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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VILA DE PONTE DE LIMA A CAMINHO DOS 900 ANOS – ELEVAÇÃO A VILA FOI ATRIBUÍDA PELA CONDESSA D. TERESA

Ponte de Lima celebra no próximo ano a elevação a vila concedida pela Condessa D. Teresa – mãe de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal – através da atribuição do foram em 4 de Fevereiro de 1125. Desde então, Ponte de Lima nunca mais quis deixar de ser vila!

Ponte de Lima nasceu do progresso resultante do cruzamento de duas importantes vias de comunicação: o rio Lima e a estrada militar romana de Braga a Astorga. Durante muitos séculos, a ponte que dá o nome à vila de Ponte de Lima, outrora Vila de Ponte, constituiu o único local de passagem enxuto do rio Lima, razão pela qual serviu de caminho aos peregrinos que se deslocavam a pé a Sant’Iago de Compostela.

Desconhecendo-se em rigor onde terão os exércitos romanos atravessado o rio Lima às ordens de Décimo Júnio Bruto, é crível que o mesmo não tenha sido distante daquele onde os próprios romanos ergueram a ponte, se não foi esse precisamente o local exato.

Local de passagem entre muitas gentes, ali surgiu a feira medieval cuja importância é bem patente no foral atribuído por D. Teresa, em 4 de Março de 1125.

A sua posição estratégica no cruzamento de importantes vias de comunicação tornou-a uma importante praça de guerra e levou a que o Rei D. Pedro ordenasse a sua fortificação. Porém, com o fim da Idade Média e o início da época dos Descobrimentos Portugueses, a vila de Ponte de Lima perdeu a sua importância relativa.

Contudo, a privilegiada localização geográfica de Ponte de Lima, equidistante em relação às duas capitais de distrito – Braga e Viana do Castelo – colocam-na no centro de grandes decisões, nomeadamente na determinação do traçado de importantes vias de comunicação. Há cerca de cem anos, a vertigem do progresso levou à destruição de parte considerável do seu património, mormente ao derrube das suas muralhas medievais. Esperemos que, nos tempos que correm, as decisões sejam mais sensatas, sem descurar o seu papel estratégico no desenvolvimento regional do Alto Minho!

VianadoCastelo 011