Manuel de Azevedo Antunes é doutorado em Ciência Política (2009). Estudante nas Universidades de Lisboa (1966-1976) e Paris – Sorbonne (1976-1977), desenvolveu atividade docente nas Universidades de Lisboa (1975-1992) e Maputo (1979-1987). Foi Consultor das Nações Unidas (1989), em Moçambique. Na Guiné- Bissau (1988-1992), participou, como coordenador, metodólogo e estatístico, no Inquérito Demográfico e Sanitário, para o Ministério da Saúde, com apoio do Banco Mundial. É, atualmente, Professor Associado e Investigador na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Preside a AFURNA – Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna, tendo publicado “Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Regra do Jogo, 1985), “Requiem por Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Biblioteca da Universidade Lusófona, 1994) e “Vilarinho da Furna, Memórias do Passado e do Futuro” (Lisboa: Centro de Estudos da População, Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2005).
Fonte: Blogue do Minho
Manuel de Azevedo Antunes é formado em Filosofia e Teologia (1972), em Administração Ultramarina (1974) e em Ciências Político-Sociais (1976), doutorado em Ciência Política (2009), com a tese *A Dinâmica da População no Desenvolvimento de Moçambique*, aprovado com distinção e louvor.
Entre muitas das suas atividades académicas e profissionais, em Portugal e no estrangeiro, é de destacar que foi estudante nas Universidades de Lisboa (1966-1976) e Paris - EHESS - École des Hautes Études en Sciences Sociales (a Universidade de Pierre Bourdieu, Claude Lévi-Strauss, e tantos outros, na sequência de Fernand Braudel, com ligação à Sorbonne - (1976-1978), docente nas Universidades de Lisboa (1975-1992) e Maputo (1979-1987), e Consultor das Nações Unidas (1989), em Moçambique.
Na Guiné-Bissau (1988-1992), participou, como coordenador, metodólogo e estatístico, no Inquérito Demográfico e Sanitário, para o Ministério da Saúde, com apoio do Banco Mundial.
É, atualmente, Professor e Investigador Jubilado da Universidade Lusófona.
Publicou 47 artigos em revistas especializadas, 16 artigos noutras revistas e jornais, 13 textos de outra produção científica,2 trabalhos em atas de eventos e possui 20 livros e 2 capítulos de livros publicados. Participou em 80 eventos em Portugal e 22 no estrangeiro.
Participou em 19 júris de Doutoramento e Mestrado e em 2 júris de avaliação administrativa. Tem participação editorial em 2 Revistas e é ¿Referee¿ na Revista científica RITUR - Revista Iberoamericana de Turismo, sediada na Universidade de Alagoas, no Brasil.
Recebeu 9 prémios e/ou homenagens. Atua nas áreas de Ciências Sociais, com ênfase em Sociologia, Demografia, Ciências Políticas e Ciências da Computação e da Informação.
Nas suas atividades profissionais interagiu com 6 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.
No seu curriculum DeGóis, os termos mais frequentes, na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Africanologia, Demografia, Desenvolvimento, Guiné-Bissau, Moçambique, Objectivos do Milénio e Projeções Demográficas.
É sócio de várias Associações Científicas e do Desenvolvimento.
No passado dia 18 do corrente mês, a AFURNA realizou a sua Assembleia Geral, no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, onde se situa a sua sede. Para além dos procedimentos habituais, houve oportunidade para um convívio e para o lançamento do livro “Vilarinho da Furna”, do fotógrafo Pedro Dantas dos Reis.
Como refere o seu autor, “este livro é um tributo à resiliência dos antigos habitantes de Vilarinho da Furna (...) e é também um sublinhar da importância de preservar memórias culturais, não permitindo que sejam levadas pela corrente do tempo”.
Foi Inaugurada no dia 26 de junho, no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, a Exposição Arte Têxtil intitulada “Memórias de Infância”, da autoria de Maria Luísa Manso, que contou com a presença da Vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, que fez a abertura elogiando a autora pelo belíssimo trabalho e agradecendo por ter escolhido o nosso belo território para expor, enriquecendo o nosso programa cultural.
A Exposição estará patente ao público, no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna até 31 de agosto, com o horário de abertura de terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30.
Nota biográfica da artista:
Maria Luísa. Manso nasceu no Porto. Terminou a sua formação em ballet clássico em 1980 e estilismo em 1981. Depois, tirou o curso de Design em Moda no CITEX, e é licenciada em Belas Artes pela Escola Superior de Artes do Porto.
Manso tem participado em várias exposições coletivas e workshops artísticos.
Em 2015 marcou presença na Bienal de Cerveira, com o projeto 100% D'Arga., ligado à recuperação da tecelagem tradicional.
2ª Edição da Festa do Unicórnio decorreu no Campo do Gerês a 25 e 26 de maio
Decorreu no fim de semana de 25 e 26 de maio, no Núcleo Museológico do Campo do Gerês, a 2ª Edição da Festa do Unicórnio, evento promovido e organizado pela AFURNA - Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna, com o apoio do Município de Terras de Bouro.
O evento contou com presença e intervenção da Vereadora Municipal, Ana Genoveva Araújo e contemplou a apresentação do novo projeto da AFURNA ”Caravana do Empreendedor- Mudar Portugal”, um plano que visa levar recursos às comunidades menos favorecidas das áreas rurais de Portugal e Espanha, uma visita à Casa Barroso e a realização de um workshop de colagem. Ao longo do fim de semana o evento contou, ainda, com uma feira, tendo à venda produtos de artesanato.
Nos finais de 1968, o movimento humano de Vilarinho da Furna congregou-se para atingir um único fim: recolher o património etnográfico da aldeia e salvaguardá-lo. A sua inventariação representou um trabalho em conjunto, do povo de Vilarinho da Furna, da Junta de Freguesia e do Sr. Dr. Manuel Azevedo Antunes. O espólio concentrado representava o sector agrário, as tradições comunitárias, a vida doméstica e a ruralidade genuína da vida dos habitantes da aldeia.
O Museu Etnográfico surge então da vontade manifestada pelos antigos habitantes da extinta aldeia de Vilarinho da Furna, com a função de albergar o espólio recolhido, e no ano de 1981, a Câmara Municipal de Terras de Bouro deu início à sua construção, consubstanciada no aproveitamento de matéria-prima originária da aldeia, sendo inaugurado a 14 de Maio de 1989.
Trata-se de uma construção de arquitetura popular em alvenaria tradicional, cujo desenho final enquadra-se, com perfeição, na cultura edificada da aldeia de Campo do Gerês.
Nota: A exposição etnográfica referente a Vilarinho da Furna, por se encontrar no 1.º piso do edifício não é acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Informações
Horário(terça-feira a domingo):
9:30h às 12h:30h e das 13:30 às 17:00h
Ultima Entrada: 16:30h
Encerrado:segundas-feiras, 25 de dezembro, 1 de janeiro, e domingo de Páscoa.
Fonte e fotos: Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna
A aldeia de Vilarinho da Furna foi um lugar da freguesia de Campo do Gerês, situada na zona Nordeste do município de Terras de Bouro. Foi submersa, no início dos anos 1971, e com ela uma grande riqueza etnográfica, associada às actividades agro-silvo-pastoris, vivências e espírito comunitário do seu povo, das habitações e outras histórias do passado.
Como forma de salvaguardar todo o património da aldeia, foi construído o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, por iniciativa do, então, jovem estudante de Vilarinho, Manuel de Azevedo Antunes, com o apoio, principalmente, da Câmara Municipal de Terras de Bouro, que recria o lugar que foi submerso pelas águas da albufeira, no rio Homem, aquando da inauguração da barragem, em 21 de Maio de 1972. De portas abertas desde 1989, é uma mostra viva daquilo que foi Vilarinho da Furna e o próprio Museu foi construído com objectos originais e casas retiradas da aldeia.
Faz hoje 35 anos que foi inaugurado o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, em 14 de maio de 1989. Um evento aparentemente muito simples, mas que foi o primeiro e único Museu, durante muito tempo, a nível mundial, evocativo de uma aldeia submersa pelas águas de um albufeira. – Prof. Doutor Manuel Antunes
Regimen pastoril dos povos da Serra do Gerez : costumes e tradições agricolas do Minho / Tude M. de Sousa. - Porto : Imp. Portugueza, 1907. - 16 p. ; 28 cm (Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal)
VILARINHO DAS FURNAS + A Invenção do Amor de António Campos, quinta-feira, 15 de Fevereiro na Casa das Artes de Famalicão
Uma aldeia perdida no sopé da serra Amarela, Gerês, e a sua vivência comunitária, das raras experiências integrais que ainda restam em território português do comunitarismo agro-pastoril, serão destruídas pelas águas represadas de uma grande barragem «estratégica».
A integração será difícil, mas conseguida por fim, e Campos regista as derradeiras tarefas, como a última apanha do milho, a última procissão, a manutenção sem esperanças dos últimos diques tradicionais.
O documentário foi nomeado para o Prémio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Cannes em 1972. Em complemento será exibida a curta-metragem de António Campos “A Invenção do Amor” (1965, 25 min):
Em todas as esquinas da cidade, nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos, nas janelas dos autocarros, mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de aparelhos de rádio e detergentes, na vitrina da pequena loja onde não entra ninguém, no átrio da estação de caminhos de ferro, que foi o lar da nossa esperança de fuga, um cartaz denuncia o nosso amor.
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema no âmbito do projecto FILMar, integrado no Mecanismo Europeu de Financiamento EEA Grants 2020-2024.
O Município de Terras de Bouro, em conjunto com a Cinemateca Portuguesa (Cinemateca Júnior) e o Plano Nacional de Cinema, elaborou um plano de atividades para um público mais jovem, complementado com a exibição de filmes e que proporcionou várias atividades no Museu de Vilarinho da Furna aos alunos do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, a saber: uma OFICINA “MINUTOS LUMIÈRE” para alunos do 10º ano ao 12º ano; uma OFICINA de ANIMAÇÃO para alunos do 1º Ciclo e uma OFICINA de ANIMAÇÃO para pais e filhos.
Estas oficinas, destinadas a públicos juvenis procuram, de forma geral, ensinar a “ler” e “fazer” cinema, como forma de alargar o conhecimento em torno da linguagem audiovisual, direcionadas para o desenvolvimento da leitura crítica da imagem, para a ampliação dos repertórios culturais e da capacidade de expressão, através de visionamentos e exercícios práticos de realização cinematográfica.
As oficinas visaram criar um espaço de diálogo entre pares, tempo de escuta e partilha de opiniões, em torno de uma experiência coletiva do consumo de uma obra de arte. De igual modo, procurou-se despoletar o desenvolvimento de uma cidadania ativa, através da criação de hábitos de discussão e posição crítica em relação à realidade social, passada e presente.
Promovido pela Universidade Italiana de Basilicata, representado pelo Prof. Dr. Fabrizio Gizzi, através do seu Departamento de Ciências e tendo como parceiros em Portugal, o Instituto de Ciências do Património e a Universidade do Minho, representado pela Prof.ª Isabel Margarida Antunes, para além da Universidade Albanesa de Epoka, representada pelo Prof. Ylber Muceku, o projeto BEGIN, (acrónimo de “Abandono vs Regeneração”) visa desenvolver uma parceria metodológica em contextos regionais, nacionais, europeus e fora da UE, para a disseminação do conhecimento, conservação, regeneração, valorização, utilização e gestão de “localidades fantasma”.
O projeto tem como objetivos a criação de um Centro de Documentação e Interpretação sobre cidades-fantasmas no sul da Itália; um protótipo de plataforma para aplicações de realidade virtual para o conhecimento, valorização e fruição da “localidade fantasma”; uma elaboração de um manual de boas práticas para a geoconservação de locais abandonados; elaboração de um manual de boas práticas para a valorização de "localidades fantasma".
Neste âmbito foram consideradas três “localidades fantasma”: CRACO, em Basílica, Itália, VILARINHO DAS FURNAS, em Terras de Bouro, Portugal e HIMARA, na Albânia. Assim sendo, a 11 de outubro, no salão nobre da Câmara Municipal, decorreu uma reunião que contou com a presença dos responsáveis do projeto e os representantes locais da AFURNA, Manuel Antunes e Luciana Castelli, sendo esta a entidade gestora do património da “Aldeia de Vilarinho da Furna” e da Vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, que comunicou aos vários parceiros presentes todo o apoio da autarquia no fornecimento da informação essencial para o sucesso do projeto de modo a perpetuar e promover a herança etnográfica que Vilarinho da Furna nos deixou. A sessão destinou-se assim a criar os primeiros laços de intercâmbio sobre as melhores práticas a adotar para a gestão das “localidades fantasma” que surgirão deste projeto.
No dia 16 de setembro o Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna acolheu a exibição da película cinematográfica VILARINHO DAS FURNAS, de António Campos. A apresentação deste filme foi promovida pela Cinemateca Portuguesa numa sessão especial integrada no programa europeu “A Season of Classic Films”, da Associação das Cinematecas Europeias. Este evento contou com o apoio do projeto FILMar e a importante colaboração da AFURNA - Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna.
O filme foi concebido pelo realizador António Campos, sendo a sua primeira longa-metragem e é o seu encontro com a história da aldeia de Vilarinho da Furna, no concelho de Terras de Bouro, afundada em 1971, por ordens do regime do Estado Novo, para construir uma nova barragem. O filme documenta o forte espírito comunitário da aldeia e acompanha o duro processo de evacuação forçada.
O filme ficará disponível até dia 04 de outubro na página digital da Cinemateca Portuguesa.
Esta sessão, que mereceu honras de abertura pela Vereadora Municipal da Cultura, Ana Genoveva Araújo, como representante do Município de Terras de Bouro, que para além de agradecer à cinemateca por este projeto que veio enriquecer a agenda cultural do Município de Terras de Bouro, permitindo a toda a comunidade poder usufruir de eventos culturais gratuitamente, também relembrou o povo de Vilarinho da Furna, ao referir a organização comunitária em que viviam, traço que os distinguia.
A sessão foi abrilhantada pela atuação dos alunos da Escola de Música de Terras de Bouro.
De realçar, ainda, que a presença da Cinemateca Portuguesa continuará, entre 1 e 4 de outubro, com a organização de atividades educativas, com o objetivo de promover, junto do público mais jovem, o cinema enquanto ferramenta para o conhecimento, a aprendizagem, a cultura e o saber.
Decorre no próximo sábado, em Terras de Bouro, a sessão de apresentação do filme “Vilarinho das Furnas”. A sessão terá lugar no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, pelas 20h30, com entrada gratuita.
A exibição é promovida pela Cinemateca numa sessão especial integrada no programa europeu A Season of Classic Films, da Associação das Cinematecas Europeias. O filme foi concebido pelo realizador António Campos, sendo a sua primeira longa-metragem e é o seu encontro com a história da aldeia de Vilarinho da Furna, no concelho de Terras de Bouro, afundada em 1971, por ordens do regime do Estado Novo, para construir uma nova barragem. O filme documenta o forte espírito comunitário da aldeia e acompanha o duro processo de evacuação forçada.
Esta sessão conta com o apoio do Município de Terras de Bouro e do projeto FILMar.
O Centro Interpretativo da Serra Amarela, situado junto à Barragem de Vilarinho da Furna, acolheu a 8 de julho a apresentação do fascículo Vilarinho da Furna que faz parte de uma coleção composta por cinco volumes, intitulada Peneda-Gerês Ambiente e Tradição.
Este projeto editorial Peneda-Gerês Ambiente e Tradição da autoria de Ricardo Prata, foi elaborado com o propósito das comemorações dos 50 anos do PNPG e segundo o autor “partiu da curiosidade e da busca de uma realidade cultural em grande pare já desaparecida, mas conservada em registos documentais simultaneamente poéticos e científicos; filmes concisos e eloquentes, argumentos contemplativos e questionadores”; ” Um olhar sobre as aldeias e as manifestações humanas no interior do Parque Nacional Peneda-Gerês e do património imaterial que elas encerram numa “simbiose” entre Ambiente e Tradição”.
A abertura da sessão ficou a cargo da vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, que começou por dizer que “esta é uma coleção que se distingue pela sua beleza e contextualização dos conteúdos sobre a Aldeia de Vilarinho da Furna”. Para o presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo, “trata-se de uma obra que enaltece o concelho de Terras de Bouro, as gentes e as tradições de uma aldeia há muito perdida no tempo, mas presente nas nossas memórias, tanto por pessoas curiosas e interessadas como o arquiteto Ricardo Prata, bem como, pelos locais que ainda nos deliciam com essas memórias da enigmática Aldeia de Vilarinho da Furna. O volume de Vilarinho da Furna poderá ser adquirido na Porta do Campo do Gerês e futuramente, também será disponibilizada nesses serviços a respetiva coleção completa, composta pelos fascículos: Castro Laboreiro, Soajo, Lindoso, Vilarinho da Furna e Pitões das Júnias.
Na cerimónia, a representar o Município de Terras de Bouro, além do presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo e a vereadora, Ana Genoveva Araújo, também estiveram presentes o vice-presidente, Adelino Cunha e o vereador António Cunha, bem como, Associações e Entidades locais, que puderam testemunhar “este olhar sobre as aldeias e as manifestações humanas no interior do PNPG e do património imaterial que elas encerram numa simbiose entre Ambiente e Tradição”.
O Salão Nobre dos Paços do Concelho acolheu, a 29 de junho, a apresentação do livro “Para Sempre Vilarinho da Furna”. Trata-se de uma obra literária com textos de Luciana Castelli, ilustrações de Ana Gabriela e revisão e posfácio de Manuel Antunes. Sendo um livro infantil, a autora, Luciana Castelli, afirmou nesta sessão que é também o combate “à intolerância que enterra aldeias, pessoas e culturas. Este é um livro com um quê de questionamento”, sublinhou.
A vereadora municipal, Ana Genoveva Araújo, apresentou a obra que nas suas palavras, “é um contributo para perpetuar a memória de uma aldeia que de um momento para o outro teve que sair das suas casas” . Através da personagem Luci é contada toda a vivência da aldeia comunitária, submersa nos anos 70: “57 famílias tiveram que sair de repente, mas ainda conseguir reunir algum espólio que estaria na origem do Museu de Vilarinho da Furna inaugurado em maio de 1989 e construído com pedras saídas da aldeia”. Já para Manuel Antunes, Presidente da AFURNA, Vilarinho das Furnas “é a aldeia mais falada no mundo inteiro” e este “livro capta a beleza e a essência de Vilarinho da Furna”.
Encerrando a sessão, o presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo, afirmou que: “Vilarinho da Furna é uma identidade e o livro reflete a história e a memória daqueles que lá nasceram e viveram em comunidade”, concluindo também que “Vilarinho da Furna é um quadro das melhores imagens do concelho, identificadas em todo Mundo”.
No âmbito da primeira edição da Festa do Unicórnio, realizada no Campo do Gerês, foi apresentado a 6 de maio o livro de banda desenhada “Para Sempre Vilarinho da Furna”. A obra tem a coautoria do presidente da Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna (AFURNA), Manuel Antunes e de Luciana Castelli, gestora de negócios internacionais.
Contando com o apoio do Município de Terras de Bouro, o Núcleo Museológico do Campo do Gerês recebeu este evento que também teve como ponto alto o lançamento da nova coleção, “Lindo Linho Fantasia”, produzida no território onde outrora viveu o povo de Vilarinho da Furna. Neste lançamento desfilaram fadas, príncipes e princesas, vestidos com linho e lã produzidos artesanalmente que se misturaram com os convidados, passando assim a mensagem fundamental da iniciativa que foi “Para Sempre Vilarinho da Furna”.
A primeira Festa do Unicórnio teve assim muita animação, dança e música celta, uma aldeia medieval com malabaristas por conta do grupo artístico Velha Lamparina, existindo ainda várias barracas com alimentação típica e venda de artes a artesanato local, envolvendo toda a comunidade local, antigos habitantes e amigos.
Museu de Vilarinho recebeu sessão Acontece in Loco – Campo do Gerês – “Programa de animação comunitária e capacitação para o desenvolvimento de comunidades rurais de montanha”
No âmbito do projeto Minho Inovação PA3 - Aldeias de Portugal / Minho, promovido pela CIM do Cávado, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, pela sua Escola Superior Agrária e a Associação Cultural Rural Vivo organizaram na Sala da Geira do Museu de Vilarinho da Furna a primeira “Oficina de Partilha de Conhecimentos e de Experiências em ligação com os modelos educativos e aprendizagens em territórios de baixa densidade: uma reflexão em torno da sua aplicação em aldeias de montanha”.
A sessão, que contou com o apoio do Município de Terras de Bouro e da Junta de Freguesia de Campo do Gerês, foi inaugurada e moderada pela Vereadora da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Ana Genoveva Araújo e teve por objetivos: reconhecer modelos educativos para territórios de baixa densidade; reconhecer o potencial educativo das aldeias; refletir em torno da importância da permanência das crianças e jovens no seu território e partilhar experiências de intervenções educativas locais.
Assim sendo e num primeiro momento decorreu participação do Professor Abílio Amiguinho, professor jubilado da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, do Instituto Politécnico de Portalegre, investigador, autor de vários livros sobre o tema e atualmente coordenador de um projeto intergeracional em Portalegre, o projeto Entre-Tempos. Esta intervenção do Professor Abílio Amiguinho teve duas componentes: uma de natureza mais reflexiva e outra de partilha da sua atual experiência.
Seguidamente, participaram os restantes convidados que partilharam as suas experiências de iniciativas que configuram modelos educativos alternativos, com aplicação a territórios rurais de baixa densidade. António Córbal do Centro de Desenvolvimento Rural O Viso (Lodoselo – Ourense), Evelyne Moussons da Comunidade de Aprendizagem “Germinar” (Campo do Gerês – Terras de Bouro) e Maria Macedo, membro da Equipa Pedagógica do Campus Clonlara (Idanha-a-Nova) intervieram também neste período que antecedeu um espaço de debate sobre as temáticas e experiências vividas e apresentadas.