No verão de 1971, o Festival de Vilar de Mouros, apostado na “música moderna”, Pop e Rock, recebeu nos dias 7 e 8 de agosto nomes como Elton John, Manfred Mann, Quarteto 1111, Rão Kyao, Sindikato, Duo Ouro Negro ou Amália Rodrigues.
Em relatório da PIDE/DGS de 26 de agosto, aquilo que sobressai são: a alegada promiscuidade e as práticas sexuais da assistência, homens de mão dada, o consumo de drogas, os modos de Elton John ou o desagrado da população com os “cabeludos” e o aspeto da assistência.
A análise política estava guardada para as bandeiras vermelhas nas margens do rio Coura, para o facto de um dos membros dos Manfred Mann ter gritado "Angola é… (qualquer coisa)” e de o seu baterista, Mike Hugg, ser “um declarado comunista”.
Naquele que terá sido o primeiro festival de música Rock em Portugal terão estado cerca de 30 mil pessoas, com vigilância permanente da GNR e PIDE.
Está quase tudo pronto para arrancar, quarta-feira, o CA Vilar de Mouros. Durante o dia de hoje, a azáfama foi muita e vai continuar no dia de amanhã.
São várias as equipas a operar em simultâneo para que nada falte aos festivaleiros e a todos os que, por estes dias, não vão querer arredar pé de Vilar de Mouros.
Há vários dias que as equipas da Câmara Municipal de Caminha estão também no terreno e hoje à tarde, o Presidente, Rui Lages, esteve ao recinto para apreciar o andamento das montagens e demais diligências.
Rui Lages agradeceu o empenhamento de todos, em especial os trabalhadores do Município, que não têm poupado esforços para que a edição seja um enorme sucesso, como apontam todas as expetativas.
O Festival CA Vilar de Mouros, que se realiza nos dias 23, 24, 25 e 26 de agosto, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e inclusão da comunidade local.
À semelhança de anos anteriores, as equipas de produção são compostas por habitantes da região, contratados e formados localmente. Além disso, a conceção do espaço ficou a cargo de uma arquiteta natural de Caminha. A preocupação com a inclusão local resulta da vontade de devolver à região a dedicação e o empenho que entregam ao Festival.
Evento passa para quatro dias e consolida a marca do mítico Festival
O Festival de Vilar de Mouros regressa a 23 de agosto, mais robusto e com excelentes novidades. E as boas notícias vão para além da qualidade das bandas – o Festival cresce para quatro dias: começa a 23, mas só termina no dia 26, prometendo horas e horas de boa música, dança, campismo, convívio, boa disposição e muita alegria. E há uma banda caminhense em palco, são os Micomaníacos.
Ano após ano, o nosso Festival reforça-se, consolida-se. O Presidente da Câmara de Caminha reforça o caráter mítico do Festival de Vilar de Mouros e sublinha que está de volta, mais forte, mais atrativo e com muitas novidades - “Com mais um dia do que o habitual conseguimos chancelar a qualidade do CA Vilar de Mouros”.
Mas os talentos do concelho também vão marcar presença no palco, fator que Rui Lages valoriza e inclui entre as melhores notícias desta edição, significando o reconhecimento dos nossos artistas: “aliás, a primeira grande novidade é a integração da banda caminhense Micomaníacos no cartaz, uma jovem banda que tem subido a pulso e que agora tem a oportunidade de se estrear no grande palco da música”.
Confirmados: Limp Bizkit, The Prodigy, James, Pendulum, Within Temptation, Xutos e Pontapés, Ornatos Violeta, The Bloody Beetroots DJ set, Millencolin, Peaches, Guano Apes, Enter Shikari, Apocalyptica, Bizarra Locomotiva, The Last Internationale, Nowhere To Be Found e Micomaníacos são os Artistas confirmados para a edição de 2023, com quatro dias.
Reunião terá lugar dia 26 de abril, pelas 18H30, na sede da Junta de Freguesia
A Câmara Municipal de Caminha vai realizar mais uma reunião pública descentralizada na freguesia de Vilar de Mouros, no dia 26 de abril, pelas 18h30, na sede da Junta de Freguesia. As inscrições para intervenção já estão a decorrer, podendo os cidadãos fazê-lo através de telefone (258 710300), ou por email: geral@cm-caminha.pt
Estas reuniões acontecem rotativamente, em cada uma das freguesias do concelho. Como temos referido, as reuniões públicas descentralizadas favorecerem a proximidade junto da população e permitem ao presidente e aos vereadores da Câmara Municipal ouvir, esclarecer e prestar contas da gestão municipal, contribuindo assim para uma democracia local mais participativa.
As reuniões apresentam como único ponto da ordem de trabalhos a audição dos munícipes. Assim, os munícipes interessados em intervir deverão proceder à respetiva inscrição, com uma antecedência mínima de 48 horas da data da reunião. No momento da inscrição, os munícipes deverão indicar o contacto telefónico e o assunto a tratar. Será dada prioridade aos assuntos relacionados com as freguesias em questão e de interesse coletivo e/ou público.
As inscrições dos munícipes são aceites num número máximo de 20. As intervenções do público serão ordenadas de forma a priorizar as que incidam sobre assuntos de interesse da freguesia, coletivo e\ou público, não podendo o tempo de cada intervenção ultrapassar os cinco minutos.
Em Vilar de Mouros, no fim-de-semana, foi tempo para celebrar Nossa Senhora da Peneda, ocasião em que foi também benzida uma viatura e um kit de combate a incêndios.
Numa intervenção artística de Alberto Rodrigues Marques
O Palco do Casal, em Vilar de Mouros, designado também por Palco Histórico, porque por ali passaram muitas edições do “Woodstock português”, é desde agora também local de mais homenagens. A intervenção artística de Alberto Rodrigues Marques homenageia o Festival de Vilar de Mouros, mas também uma das figuras que havia de marcar a nossa história coletiva e que foi ela própria, naquele palco e de forma “sui generis”, homenageada por Zeca Afonso: Catarina Eufémia, a jovem ceifeira alentejana assassinada pela GNR em 1968 domina o Mural de grandes dimensões, que desde ontem ao fim da tarde está patente e passa a integrar o Palco do Casal.
A obra insere-se no Programa de Intervenções Artísticas e Comunidade “No Minho não há aldeia melhor do que a minha”, promovido pelo consórcio MINHO IN que integra 24 municípios do Minho. Com curadoria de de Helena Mendes Pereira, o artista Alberto Rodrigues Marques trabalhou durante cerca de um mês na produção da obra, depois de uma aturada investigação.
O jovem artista, natural de Braga, define-se a si próprio desta forma: “Desde cedo dançarino e nadador, cada uma das áreas ligadas ao pai e à mãe respetivamente. Estabeleci então grande ligação entre a música, o corpo, o espaço e o meio. Pintar hoje é continuar a fazer o que sempre fiz. Vejo tudo aquilo que faço como pintura, como criação. Sobre mim não haverá muito mais a dizer, sou um rapaz interessado no sonho que o dormir traz, na água que bebo e acima de tudo no movimento do corpo, no movimento dos outros e das coisas. A minha motivação vem pela imaginação e perspetiva de continuar a criar e experimentar as artes plásticas, performativas, nas suas vertentes e tecnologias”.
Alberto Rodrigues Marques contou como fez a pesquisa para a obra, que tem por título “Sessenta e Oito”, andando por Vilar de Mouros, conhecendo locais e gentes, conversando e descobrindo estórias aqui e ali, e estudando a história dos festivais e das pessoas direta ou indiretamente ligadas a cada uma das edições. Podia ter escolhido homenagear um músico, uma banda, um dos criadores do festival, mas optou por tornar mais visível uma homenagem feita quase em surdina naquele mesmo palco, iludindo a censura e a repressão que se abatiam sobre o nosso país.
A placa que acompanha o Mural explica o próprio título da obra “Sessenta e Oito” e conta o seu enquadramento: “A linha temporal que está na base desta proposta é a quarta edição do Festival Vilar de Mouros, fazendo-nos recuar para 3 e 4 de agosto de 1968. O Doutor António Barge tinha pensado numa programação diferente para este ano, acrescentando à música tradicional das regiões do Alto Minho e da Galiza música de intervenção popular. Apontou nomes como Carlos Paredes e Zeca Afonso, bem como Luiz Goes e Adriano Correia de Oliveira. Durante o festival, mais propriamente na noite de 4 de agosto, estavam presentes, na plateia, o Governador Civil de Braga e o General da GNR para além de alguns agentes da PIDE disfarçados.
António Barge sabendo muito bem que a música de intervenção era proibida, colocou a banda filarmónica da GNR, símbolo do Estado Novo, a tocar até à meia-noite, disfarçando os 4 artistas referidos e reservados para o final.
Na última atuação, Zeca Afonso homenageou, em palco, Catarina Eufémia, camponesa, ceifeira alentejana, assassinada a tiro a 19 de maio de 1954, após ter mobilizado outras catorze ceifeiras em torno de uma luta pelo direito a obter mais 4 escudos pelo trabalho realizado na ceifa. No decorrer desta ação de luta, a GNR foi chamada ao local acabando por matar de metralhadora, à queima-roupa, Catarina de apenas 28 anos, com 4 balas nas costas. Este ano assinalam-se, ainda, a 19 de maio de 2022, 68 anos da morte de Catarina Eufémia e tendo esta edição do festival decorrido em 1968, a intervenção assinala a efeméride”.
Vai hoje pelas 19 horas ser inaugurado em Vilar de Mouros o Mural comemorativo do 40º aniversário do Festival de Vilar de Mouros 1982, numa intervenção artística de Alberto Rodrigues Marques, no âmbito do Touring Cultural - Aldeias do Minho, que foi realizado no Palco Histórico, no Largo do Casal, em Vilar de Mouros.
No verão de 1971, o festival, apostado na “música moderna”, Pop e Rock, recebe nos dias 7 e 8 de agosto nomes como Elton John, Manfred Mann, Quarteto 1111, Rão Kyao, Sindikato, Duo Ouro Negro ou Amália Rodrigues.
Em relatório da PIDE/DGS de 26 de agosto, aquilo que sobressai são: a alegada promiscuidade e as práticas sexuais da assistência, homens de mão dada, o consumo de drogas, os modos de Elton John ou o desagrado da população com os “cabeludos” e o aspeto da assistência.
A análise política estava guardada para as bandeiras vermelhas nas margens do rio Coura, para o facto de um dos membros dos Manfred Mann ter gritado "Angola é… (qualquer coisa)” e de o seu baterista, Mike Hugg, ser “um declarado comunista”.
Naquele que terá sido o primeiro festival de música Rock em Portugal terão estado cerca de 30 mil pessoas, com vigilância permanente da GNR e PIDE.
O Ministério da Justiça e dos Cultos - Direcção Geral da Justiça e dos Cultos - 2.ª Repartição (Cultos), através da Portaria nº. 6138, publicada em Diário do Govêrno n.º Diário do Govêrno n.º 107/1929, Série I de 1929-05-14, determinou a entrega de vários bens à corporação encarregada do culto católico na freguesia de Vilar de Mouros, concelho de Caminha.
O Ministério da Instrução Pública - Direcção Geral do Ensino Primário e Normal - Repartição Pedagógica, através da Portaria nº. 6181, publicada em Diário do Govêrno n.º 121/1929, Série I de 1929-05-30, atribuiu à escola primária elementar do sexo masculino de Vilar de Mouros, concelho de Caminha, o nome de Padre João Luís Afonso da Monteira.
A execução da Rede de Saneamento de Vilar de Mouros encontra-se em fase de conclusão. Dotar as freguesias do concelho das infraestruturas necessárias para melhorar a qualidade de vida dos munícipes é uma das apostas do executivo caminhense. Esta é uma obra estruturante para os vilarmourenses, mas os trabalhos têm-se revelado bastante complexos, em virtude da natureza do solo, rochoso e duro, fatores que têm condicionado a sua progressão. O vereador, com o pelouro das obras públicas, Rui Lages, esteve no local a fim de acompanhar os trabalhos.
Esta obra prende-se com a construção das infraestruturas em “baixa” do Saneamento da Freguesia de Vilar de Mouros, da “EE 01, EE02 e EE03” e conduta elevatória e emissário “em alta” que coletarão as redes em causa, transportando os efluentes até à EE de Lanhelas. Como referimos, os trabalhos estão a terminar, a rede de saneamento já foi executada. Nesta fase, estão a decorrer os trabalhos nas estações elevatórias. Trata-se de um investimento de 792.456.01€ que vai garantir a qualidade do serviço prestado às populações e a sustentabilidade dos sistemas.
A execução da Rede de Saneamento da Freguesia de Vilar de Mouros é uma obra financiada pelo POSEUR em 85%, sendo o restante suportado pelo Município de Caminha.
Até ao final da época balnear, as praias do concelho oferecem várias atividades aos banhistas, com destaque para os percursos interpretativos, exposições e campanha de educação ambiental. No dia 1 de agosto, a praia fluvial das Azenhas, em Vilar de Mouros, vai ser palco do percurso interpretativo “Sentir a natureza”, cujo objetivo é fazer entender que cada elemento da natureza deve ser preservado e respeitado, para garantir o equilíbrio do sistema da biosfera. A qualidade das praias e as atividades que proporcionam confirmam a máxima “Praias do Concelho de Caminha – Destinos de Confiança”.
Com concentração às 9H30, junto ao mastro da Bandeira Azul, este passeio pedestre interpretativo ao longo das margens do rio Coura, vai permitir e identificar e interpretar os ecossistemas existentes.
A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória. Assim, os interessados deverão realizar a inscrição através do email ambiente@cm-caminha.pt ou dos telefones 258 721 708 / 914 476 461.
Esta atividade é organizada pela Câmara Municipal de Caminha em parceria com Carlos Venade.
Recorda-se que, as quatro praias oceânicas do concelho – Caminha (Foz do Minho), Forte do Cão (Âncora), Moledo e Vila Praia de Âncora, e a praia fluvial das Azenhas, em Vilar de Mouros, apresentam a segurança e qualidade necessárias para que os banhistas, nesta época balnear especial marcada pela Covid 19, usufruam das praias em pleno.