Aguardamos a realização das dragagens de manutenção em seis portos de pesca e de náutica de recreio na região Norte, (Vila Praia de Âncora, em Caminha, Castelo de Neiva, em Viana do Castelo, Esposende, no distrito de Braga, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Zona Piscatória de Angeiras, no distrito do Porto), o Plano plurianual de dragagem para 2024 / 2027 está a cargo da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e é uma medida importante para garantir o bom funcionamento dessas infraestruturas e o desenvolvimento econômico local.
Dragagens de manutenção são necessárias para remover sedimentos que se acumulam nos portos ao longo do tempo, mantendo a profundidade ideal para a navegação segura e eficiente.
Os portos de pesca e de náutica de recreio na região Norte desempenham um papel crucial tanto para a economia da pesca artesanal e turismo náutico.
A manutenção regular dessas áreas permite:
Segurança e navegabilidade:
Com dragagens adequadas, os portos mantêm condições de acesso seguros para embarcações.
Desenvolvimento econômico:
A pesca é uma atividade essencial na região Norte. A manutenção dos portos garante a continuidade das atividades pesqueiras, facilitando o escoamento da produção.
Apoio ao turismo:
A náutica de recreio é um setor em crescimento, e a melhoria das condições dos portos pode atrair mais visitantes e gerar riqueza para as comunidades locais.
Preservação ambiental:
A dragagem bem planeadas e realizada de forma sustentável pode mitigar impactos negativos ao meio ambiente, preservando os ecossistemas aquáticos.
Essas intervenções são estratégicas e deverão fazer parte do Plano Plurianual 2024-2027, como parte de uma agenda de infraestrutura e desenvolvimento para a região.
Um investimento de 6,035.576,81 de euros, mais IVA.
Repartido da seguinte forma:
2024, o valor ronda os 935.666.92 euros, mais IVA.
Em plena festa em honra da Nossa Senhora da Bonança, além de sermos visitados por milhares de turistas somos também visitados por turistas de pesca desportiva embarcada que se deliciam com o nosso mar.
O porto de mar de Vila Praia de Âncora é um roteiro quase obrigatório para embarcações semi-regidas de pesca desportivas.
Turistas que muitos deles vêm de distritos vizinhos e que percorrem centenas de kilometros para pesca submarina, pesca de spinning, pesca de corrico, pesca ao fundo e mesmo lazer.
Agora imaginem este mesmo porto de mar requalificado e com regulamento específico para estas situações, triplicavamos certamente este turistas e criamos mais riqueza para nossa freguesia e concelho de Caminha.
Temos que ter turismo náutico recreio e de pesca desportiva embarcada o ano todo, mas para isso a requalificação do nosso porto de mar tem que ser uma realidade e não um sonho.
A Câmara Municipal vai promover a Festa da Juventude e do Associativismo, em parceria com as Associações do Concelho de Caminha, de 20 a 22 de setembro, na envolvente do Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora. Com um programa diversificado, os destaques vão para a música, dança e desporto. Todas as atividades são gratuitas. No espaço haverá também um mercado com iguarias e merchandising de cada uma das associações que aceitaram o desafio.
Na minha história de vida infelizmente não consegui reanimar todas as pessoas que desejava no pré hospitalar, mas equipa que estou incluído ( enfermeiro e médico da viatura) já reanimei, tratei doença subita e trauma talvez milhares de vezes com sucesso.
Coloquei centenas de vezes a minha segurança e a do médico ( enfermeiro conduz) para salvar o próximo.
Muitas vezes chego ao local da ocorrência com batimentos cardíacos acima de 180 batimentos por minuto porque fiz uma condução em 50 minutos (Viana a Monção por exemplo) defensiva para chegar ao local, e muitas vezes ainda ouço só agora? Tenho que deixar a posição de piloto e ligar o chip de enfermeiro pré hospitar e a atuar ainda com frequências cardíacas elevadas e a cabeça a martelar ' Só agora".
Muitas vezes chegamos à ocorrência desgastados de uma viagem longa e com stress, muitas vezes estamos em Melgaço, Paredes de Coura, Caminha e levamos o doente diretamente para hospitais centrais como Braga e Porto.
Infelizmente usamos viaturas ( quando a nossa principal está avariada) de 2004 /2006 com 500 a 600 mil km, poderão tirar as vossas ilações.
Cada vez que somos ativados eu ponho a minha equipa em modo de risco mesmo fazendo uma condução defensiva. No local estamos num ambiente hostil que a probabilidade de risco aumenta 10 a 15 vezes do que trabalhar no intra hospital, mas mesmo assim pela missão que nos foi confiada arriscamos todos dias sem qualquer plano de risco /subsídio para salvar.
Que as equipas pré hospitalares seja qual for elas deveriam ser reconhecida como uma profissão de alto risco.
Não vejo qualquer diferença entre mim e uma força policial em relação ao potencial risco de vida, acidente trabalho e doença profissional.
20 anos de trabalho na rua a salvar alguém, em qualquer lugar , a qualquer hora e em qualquer ambiente seja qual for
Pré hospital em Portugal só é possível por amor, mas nem sempre esse amor é reconhecido pelos pares.
Exigem mais por muito menos..
Aos meus colegas de trabalho e aos pilotos desejo uma recuperação rápida e sem sequelas.
O erro humano no pré hospital está sempre em cima da mesa, geri-lo é muito complicado, não trabalhamos num ambiente seguro mesmo que a nossa prioridade seja a nossa e a vossa segurança.
O plano plurianual de dragagens para os portos do norte 2024-2026, onde está incluído o porto de mar de Vila Praia de Âncora, ainda não avançou para concurso público.
A dragagem que estava garantida para 2024, no nosso porto de mar, não aconteceu e dificilmente será possível acontecer até finais dezembro de 2024.
Porto mar de VP Âncora é um dos portos de mar do país com mais dias de barra fechada o que leva os nossos pescadores fazerem poucas mares de faina.
Temos aqui dois grande problemas, primeiro a SEGURANÇA da barra ( a morte espreita na barra de Vila Praia de Âncora) e a segunda OPERACIONALIDADE.
Numa freguesia e concelho com graves problemas de empregabilidade e fixação das gentes no nosso concelho, este NÃO desassoreamento em 2024 vai por em questão a sobrevivência dos nossos armadores e suas tripulações.
Os armadores não conseguem fixar as suas tripulações quando está em causa a segurança da barra e o número reduzido de idas ao mar.
Este NÃO desassoreamento vai empobrecer mais ainda a comunidade piscatória já por si fragilizada.
Este NÃO desassoreamento mais uma vez põem também em causa TURISMO náutico recreio e desportivo embarcado. A média de um lúdico/turista embarcada no porto de mar de VP Âncora é entre 10 a 20 marés nos 365 dias.
Os pontões da náutica de recreio e desportivas estão em terra desde 2021 por não existir uma estratégia desassoreamento correta daquele local, na zona mais a sul ( área da rampa ISN) criou-se uma duna que está mais alta do que estrada da avenida, areia que deveria sair por terra e ser colocada na praia para garantirmos a vinda do Instituto Socorros Náufragos (ISN).
A minha pergunta é a seguinte, como não vai ser feito o desassoreamento em 2024, em 2025 vão retirar os inertes correspondentes a 2024 e 2025? Ou vai ser um plano de 2025 a 2027??? Se for assim já ficaram dentro porto de mar mais 50 mil metros cúbicos referentes a 2024.
A missão de um porto de abrigo é ter mais de 250 dias os barcos no espelho de água e conseguirem sair e entrar na barra mais de 200 mares para ser uma indústria sustentável e não de desespero e desenrasque.
Vila Praia de Âncora os barcos dos profissionais passam mais de 60% em terra os da desportiva embarcada passam 90% nas mesmas condições.
É isto que queremos para porto de mar do concelho de Caminha????
Certame decorre na zona envolvente do Forte da Lagarteira de 20 a 22 de setembro
A Câmara Municipal vai promover a Festa da Juventude e do Associativismo, em parceria com as Associações do Concelho de Caminha, de 20 a 22 de setembro, na envolvente do Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora. Com um programa diversificado, os destaques vão para a música, dança e desporto. Todas as atividades são gratuitas. No espaço haverá também um mercado com iguarias e merchandising de cada uma das associações que aceitaram o desafio.
Esta é a forma que o Município encontrou de incentivar a juventude a participar nas atividades das associações locais, bem como dar a conhecer o trabalho do associativismo local.
Assim, do dia 20 de setembro, na envolvente do Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora as propostas são várias. A Festa da Juventude e do Associativismo abre às 19H30, com a atividade “A Bombar” com os Grupos de Bombos de Vila Praia de Âncora; de Gondar e de S. Gonçalo de Dem. Pelas 22H00, a Academia de Música Fernandes Fão e a Banda de Música de Lanhelas vão juntar-se para um momento musical IN CONCERT.
No dia 21 de setembro, o dia começa com um Peddy.Paper sustentável. Para participar é só aparecer. Da parte da tarde, há um Encontro de Associações: com mostra de atividades, que incluem mini-torneios, jogos, etc. Pelas 19H00, temos o SUNSET e o dia termina com GLOW PARTY COM O DJ KLIN KLOP.
No dia 22 de setembro, pelas 15H00, na envolvente do Forte da Lagarteira temos a atividade “Ares do Minho” com a participação do Rancho Folclórico de Dem; Academia de Dança e Música Tradicional de Caminha e Vilarelho; Rancho Folclórico das Lavradeiras de Gondar – Garcea e Grupo de Danças e Cantares Genuínos da Serra d’Arga.
Somos uma vila com forte tradição pesqueira, e a pesca desempenha um papel importante na economia local.
Temos cerca de uma dezena e meia de embarcações de pesca sustentável que empregam, direta e indiretamente, mais de 200 pessoas.
Vila Praia de Âncora também conta com um mercado de segunda venda de peixe, que gera emprego para dezenas de pessoas, tanto de famílias de pescadores quanto da comunidade piscatória.
Os nossos pescadores levam o peixe capturado do nosso mar à lota de Vila Praia de Âncora e, posteriormente, compram o seu próprio peixe para ser vendido no mercado de segunda venda de peixe. As bancas de peixe têm o nome dos barcos para facilitar ao consumidor saber qual o mestre que capturou pescado, economia local sustentável.
A pesca artesanal sustentável em VP Âncora é uma pesca realizada em pequena escala, com o objetivo de respeitar o equilíbrio ambiental e garantir que os recursos pesqueiros sejam preservados para as gerações futuras. Esta prática é fundamental para a preservação dos recursos naturais, a manutenção da biodiversidade marinha e promover o bem-estar da comunidade piscatória que depende da pesca para sua subsistência.
As principais características da pesca sustentável em Vila Praia de Âncora são:
As técnicas de captura são escolhidas para minimizar o impacto sobre o ecossistema marinho, evitando a captura acidental de espécies não-alvo.
A pesca artesanal utiliza normalmente barcos menores e tecnologias menos agressivas, o que reduz a emissão de poluentes e os danos físicos ao ambiente marinho.
Para garantir a sustentabilidade, as comunidades que praticam a pesca artesanal respeitam os períodos de defeso, que são momentos do ano em que a pesca é proibida para permitir a reprodução das espécies.
O peixe capturado de forma sustentável tende a ser de melhor qualidade, pois é frequentemente mais fresco.
A pesca artesanal está vinculada ao consumo local ou regional, o que reduz as emissões de carbono relacionadas ao transporte e incentiva a economia local.
A sustentabilidade na pesca artesanal é frequentemente promovida por uma forte relação entre as comunidades e os ecossistemas marinhos, resultando em práticas de manejo mais conscientes e responsáveis.
Pesca sustentável e o apoio à economia local são fundamentais para garantir o bem-estar social, econômico e ambiental da região.
No Minho não há festa sem folclore. E Vila Praia de Âncora não foge à regra. No passado sábado, foram quatro os grupos folclóricos que no Portinho atuaram para uma imensa plateia entusiasmada com o espetáculo que lhes foi proporcionado.
Nesse sítio considerado o mais pitoresco desta vila minhota, junto ao Forte da Lagarteira, subiram ao palco o Etnográfico de Vila Praia de Âncora – o grupo anfitrião a quem coube a organização do festival – e ainda o Grupo de Danças e Cantares de Vale Domingos – Águeda; o Rancho Regional de Campo – Valongo e o Berriztasuna Taldea de Portugalete proveniente de Euskadi, vulgo País Basco.
Heróis do Mar – assim começa o nosso Hino Nacional.
As gentes de Vila Praia de Âncora realizou ontem o tradicional cortejo etnográfico das Festas em Honra de Nossa Senhora da Bonança. Tratou-se de uma verdadeira mostra de quadros etnográficos retratanto à vida das gentes de entre o mar e a serra onde os costumes dos pescadores convivem com os lavradores e lavradeiras.
Para o seu êxito concorreram os grupos folclóricos e outras associações locais. A festa revestiu-se de tradição e alegria. Terra de gente que não teme o mar!
Amanhã, a partir das 15:30 vai sair à rua a Majestosa Procissão de Nossa Senhora da Bonança.
A organização lança o desafio a toda a população para recuperar a tradição antiga de das "colchas" nas janelas e varandas, tornando assim o momento alto das festas ainda mais solene.
A Procissão terá inicio na Igreja de Nossa Senhora da Bonança, passando depois pela Praça da República, Rua 5 de outubro, Rua Celestino Fernandes, Rua 13 de Fevereiro, Avenida Dr.º Ramos Pereira, Rua Cândido dos Reis, Rua Laureano Brito, Rua Celestino Fernandes, Rua 5 de Outubro e Praça da República.
Começaram hoje em Vila Praia de Âncora as Festas em honra de Nossa Senhora da Bonança, a Padroeira dos homens do mar. Milhares de forasteiros acorreram àquela vila piscatória e estância turística do Alto Minho para assistir e participar nas festividades, nomeadamente na procissão naval de Nossa Senhora da Ínsua.
A Procissão Naval de Encontro em Honra de Nossa Senhora da Ínsua e Nossa Senhora da Bonança marcou a tarde de hoje. Vila Praia de Âncora engalanou-se a preceito para ver passar o andor da padroeira ricamente ornamentado. E, no Portinho – aninhado junto às robustas muralhas do Forte da Lagarteira – o povo apinhava-se para ver partir a padroeira e contemplar os enfeites dos modernos barcos de pesca que das velhas apenas conta a História.
Disse o escritor Raúl Brandão, na sua obra “Os Pescadores”, o seguinte: “Daqui até à Póvoa de Varzim a povoação mais importante de pescadores é a Lagarteira (Âncora), na segunda reentrância da costa. Deito-me a pé pela estrada, através do lindo pinheiral do Estado, que, de cismático, me lembra António Nobre, e fico perdido de sonho no Moledo. Em 13 de Agosto de manhã há uma ligeira névoa, um nada, um bafo. São nove horas. O azul entontece. Perco a linha da paisagem, o verde escuro do pinheiral que vai até ao mar, e tudo isto se me afigura uma larga concha azul, formada pelo mar azul e pelo céu azul, com uma borda de areal onde alguns velhos moinhos em fila batem as asas para meu encanto. O forte da Senhora da Ínsua fica num extremo da curva, onde a amplidão do azul é infinita, a penedia a desfazer-se em espuma… Não posso. Por mais que queira não posso arredar-me daqui, com a cabeça estonteada. Fico. E só ao fim da tarde é que consigo chegar a Âncora, com dois jactos de azul metidos pelos olhos dentro. Logo hoje, até muito tarde, não se apaga do céu um doirado de iluminura, que se prolonga até noite velha e morre com aflição…”
No dia 23 de outubro, a Krisálida, relevante companhia de Teatro do Alto Minho, completa uma década de existência em pleno desenvolvimento da sua arte.
Nestes 10 anos de companhia, consolidou-se como referência no teatro a destacar-se pela criação, produção, acolhimento de outras companhias e na exibição de espetáculos de elevada qualidade estética e artística.
A partir de uma programação diversificada, contínua e de excelência, tem contribuído para o enriquecimento do panorama cultural e económico da região onde está inserida e de todo país.
Para celebrar o momento, a Krisálida, preparou uma série de atividades destinadas a todas as idades e públicos.
“O público poderá desfrutar de uma variedade de propostas artísticas de extrema qualidade. Teremos espetáculos teatrais que nos chegam de diversos pontos do país, com diversas linguagens e estéticas, além de oficinas e dos nossos espetáculos em circulação, terminando o ano com a já tão aguardada Festa da Marioneta, comenta Carla Magalhães, Diretora Artística da Krisálida.”
A temporada começa com o KAAMinho – Krisálida Acolhe no Alto Minho, umprograma de acolhimento de grupos teatrais nacionais visando uma vasta partilha cultural. As apresentações serão realizadas no concelho de Caminha, tendo como palcos o Valadares – Teatro Municipal de Caminha e o Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.
O KAAMinho começa em setembro e será aberto pela companhia a Bruxa TEATRO (Évora), que trará ao público o espetáculo Chovem Amores na Rua do Matador de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, no dia 14, às 21h30, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora.
No dia 21, o Teatro Art’Imagem (Maia), sobe ao palco do Valadares - Teatro Municipal de Caminha, às 21h30, com o espetáculo Espécies Lázaro. Já no dia 28 de setembro, às 21h30, o Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora receberá o espetáculo Noite de Solidão no Capim, da Cia. Seiva Trupe Teatro Vivo (Porto).
Nos dias 19 e 20 de outubro, às 21h30 e 18h, as apresentações ficam à cargo da Varazim Teatro (Póvoa de Varzim) com o espetáculo Vocês Viram o Meu Cão? e da Baal17 Companhia de Teatro (Serpa), que apresenta o espetáculo Uni-Verso, respetivamente em cada data, ambos no Valadares – Teatro Municipal de Caminha. No dia 26 de outubro, às 21h30, a Asta – Teatro e Outras Artes (Covilhã) apresenta o espetáculo Spectrum em Vila Praia de Âncora.
Já no mês de novembro, a companhia Krisálida apresenta ao público o seu mais recente espetáculo, Ser Português de Norte a Sul, que se apresenta em Vila Praia de Âncora, no dia 9 de novembro, às 21h30, no Cineteatro. Para encerrar os acolhimentos do KAAMinho, no dia 10, às 18h, a Companhia de Teatro de Leiria, Leirena Teatro, irá apresentar o espetáculo Sob a Terra, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora.
Em Dezembro chega a X Edição da MALUGA – Festa da Marioneta Luso-Galaica, entre os dias 7 e 15, em Caminha e Vila Praia de Âncora, com atividades para todas as idades com a programação a ser anunciada no fim do mês de setembro.
“A Festa da Marioneta acompanha a idade da companhia pois festeja 10 anos nesta edição. Já passaram por Caminha várias dezenas de espetáculos de companhias galegas e portuguesas com espetáculos para toda a família e para todas as idades, confirma a diretora artística”.
A confirmar o compromisso com um papel educativo e de inclusão, a Krisálida realizará, neste último trimestre do ano, oficinas teatrais e de marionetas destinadas ao público infantil, cujas inscrições abrirão em breve.
Sobre a Krisálida
A KRISÁLIDA é uma companhia profissional de teatro que está sediada em Caminha, desde 2014, com o objetivo estrutural de fomentar o interesse pela cultura, em particular, pelo teatro. Assentando numa estratégia que viabilize uma estreita relação com as comunidades locais, a Krisálida procura descentralizar e democratizar o acesso ao teatro a todos. Com esse propósito, cria espetáculos de teatro que possam chegar a espaços não-convencionais e que possam ser apresentados nos mais diversos locais, sem comprometer as suas qualidades estética e artística. A Krisálida é financiada pela Direção Geral das Artes – DGARTES/República Portuguesa.
Vila Praia de Âncora homenageia Nossa Senhora da Bonança – a Padroeira das Gentes do Mar – 4 a 8 de Setembro
Vila Praia de Âncora que aos pés de Nossa Senhora da Bonança se ajoelha em religiosa devoção, é terra de gente que não teme o mar e todas as manhãs, ainda o sol não se ergue no firmamento, afoita-se nas vagas alterosas para lançar as redes que recolherão o pão que é o sustento da família. Como disse o sábio grego Platão, existem no mundo três espécies de homens: os vivos, os mortos e os que andam no mar.
Vila Praia de Âncora – a vetusta Santa Marinha de Gontinhães – é uma terra de tradições piscatórias no concelho de Caminha. Situa-se num vale abrigado pela serra d’Arga a norte e o Monte de Santa Luzia, a sul. O velho portinho, junto ao Forte da Lagarteira, tem para contar inúmeras histórias de pescadores que, ao que tudo indica, possuem as suas raízes em A Guarda, na Galiza. Mas, Vila Praia de Âncora é terra e mar e possui costumes rurais, tão bem retratados no seu grupo folclórico: o Etnográfico de Vila Praia de Âncora!
Este grupo foi fundado em 22 de Março de 1976. É um grupo que representa o Alto Minho, com especial destaque para a vertente poente da Serra d'Arga, considerada a região de Portugal mais rica em folclore e etnografia. Cantam e dançam os viras e as gotas, as rusgas e as chulas ao som da concertina e do cavaquinho, vestem trajes de trabalho e de cotio, domingueiros ou de festa. Mas, apesar de difícil recolha etnográfica, o Etnográfico de Vila Praia de Âncora não deixa de representar os usos e costumes dos pescadores da sua terra.
O escritor Raul Brandão, na sua obra “Os Pescadores” publicada em 1923, descrevia esta comunidade piscatória da seguinte forma: “À direita, encostado ao forte de Lippe, que forma o outro lado da bacia, com o portinho e o varadouro, ficam as casas dos pescadores.
(…) A parte dos pescadores no areal difere completamente nos tipos, nos costumes e nas casas, naturalmente noutros tempos barracas de madeira construídas sobre estacas. Há quatrocentos pescadores pouco mais ou menos, e cento e trinta e dois barcos varados na praia, todos pintados de vermelho. São maceiras, de fundo chato, tripuladas por dois homens, volanteiras ou lanchas de pescada por doze homens, e barcos de sardinha, que levam cinco ou seis peças de sessenta braças cada uma, e quatro homens. As redes têm nomes: peças as da sardinha, volantes as da pescada. Chama-se galricho a uma espécie de massa com que se apanha a faneca; rastão ao camaroeiro; patelo à rede que colhe o caranguejo ou mexoalho; e rasco à da lagosta. As redes da sardinha são do mestre, e as da pescada dos pescadores. Os quinhões dividem-se conforme o peixe.”