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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MUNICÍPIO DE VILA POUCA DE AGUIAR DISTINGUIDA COM O PRÉMIO VIVER EM IGUALDADE

O Prémio Viver em Igualdade é uma iniciativa bienal, promovida pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), no âmbito da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação (ENIND) – Portugal + Igual – concretamente inscrita nos três Planos Nacionais de Ação que definem objetivos estratégicos e específicos em matéria de igualdade entre mulheres e homens (IMH), prevenção e combate à violência contra as mulheres e violência doméstica (VMVD) e combate à discriminação em razão da orientação sexual, identidade de género e características sexuais (OIC).

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O Prémio destina-se a distinguir Municípios com boas práticas na integração da dimensão da Igualdade de Género, Cidadania e Não Discriminação, quer na sua organização ou funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas.

O Prémio consistirá na atribuição de um certificado de mérito, destinado a ser usado na comunicação da autarquia, onde se atesta que o município referido é reconhecido como um dos melhores locais para viver em igualdade.

O município de Vila Pouca de Aguiar foi distinguido com o prémio “Viver em Igualdade”, 6ª edição, 2022-2023.

Rita Dias, Conselheira Interna para a Igualdade, informou que o município encontra-se a desenvolver o Plano Municipal para a Igualdade, uma iniciativa financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE). Para Benedita Aguiar, consultora da empresa Die Apfel, a atribuição deste prémio à autarquia constitui motivo de grande orgulho e enaltece todo o trabalho realizado até ao momento.

VILA POUCA DE AGUIAR PROMOVE JORNADAS SOBRE “USOS DO TEMPO NA REGIÃO DO TÂMEGA”

A Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, no âmbito da execução do Plano Municipal para a Igualdade, irá dinamizar, no próximo dia 15 de julho, às 14h00, as Jornadas “Usos do Tempo na Região do Tâmega”. A iniciativa, que terá lugar no auditório municipal (Palacete Silva) é financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE).

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JORNADAS: USOS DO TEMPO NA REGIÃO DO TÂMEGA

A Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, no âmbito da execução do Plano Municipal para a Igualdade, irá dinamizar, no próximo dia 15 de julho, às 14h00, as Jornadas “Usos do Tempo na Região do Tâmega”. A iniciativa, que terá lugar no auditório municipal (Palacete Silva) é financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE).

De acordo com Ana Rita Dias, Conselheira Municipal para a Igualdade ”o tempo é um recurso valioso para realizar atividades que permitem satisfazer necessidades básicas (e não só), sendo também um fim em si mesmo. Por isso, o tempo dedicado ao trabalho não remunerado joga um papel importante na determinação dos níveis de bem-estar. Acresce que a possibilidade de aceder a bens e serviços que permitem poupar tempo é, também ela, desigual quando comparamos a realidade das mulheres, com a dos homens.”

A Conselheira Municipal adiantou ainda que “a carga de trabalho no interior do lar limita as possibilidades das mulheres se inserirem no mercado de trabalho e determina que aquelas se incorporem em condições mais precárias (ex: jornadas parciais). Na realidade, não obstante a integração de uma maior percentagem de mulheres no mercado de trabalho, o tempo dedicado às tarefas domésticas (por parte daquelas) continua a ser substancialmente superior ao dos homens, observando-se um fenómeno de dupla ou tripla jornada de trabalho. De facto, ao aumento do tempo dedicado ao trabalho remunerado não correspondeu uma diminuição do tempo dedicado ao trabalho não remunerado, com todas as consequências que tal acarreta, mormente ao nível da saúde física e mental das mulheres

Como sobejamente se tem referido existem diferenças estatisticamente significativas, entre mulheres e homens, na afetação do tempo. Tais diferenças foram corroboradas no diagnóstico elaborado pela autarquia, o que denota a manutenção de processos discriminatórios, que servem de sustentáculo a uma maior participação do homem na esfera pública e a uma maior participação da mulher na esfera privada.

As jornadas em questão têm como objetivo proporcionar a possibilidade de visibilizar os usos do tempo, por parte de mulheres e homens, na região do Tâmega; incentivar a partilha de boas práticas, no que concerne à conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional; demonstrar a importância da implementação de medidas de incentivo à conciliação, no aumento da produtividade e na diminuição do absentismo, assim como no incremento da saúde física e mental; promover a divulgação dos trabalhos efetuados no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade.

A iniciativa terá como oradores Ana Rita Dias, Conselheira Municipal para a Igualdade, Mafalda Perfeito, Empreendedora, Mãe de quatro filhos e Hair Stylist, bem como Benedita Aguiar, da Die Apfel. O encerramento será efetuado pelo Presidente da Câmara Municipal, Alberto Machado.

No final do dia, pelas 21h30, haverá cinema ao ar livre, com a visualização do Filme “María Solinha”, na Praça Camilo Castelo Branco.

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AUTARQUIA DE VILA POUCA DE AGUIAR DINAMIZA PLANO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE

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  • Crónica de Drª Ana Rita Dias

As políticas locais para a igualdade de género refletem as múltiplas lutas das mulheres, ao longo dos séculos, uma vez que assumem o reconhecimento das desigualdades e discriminações que ainda hoje em dia são sentidas.

O conceito de género “per si” permite desvincular as mulheres do determinismo biológico e estudar os fundamentos sociais, culturais e históricos que sustentam a construção e a reprodução das desigualdades, de geração em geração. Aquele conceito facilita a forma de analisar os problemas e as necessidades, respondendo ao desafio da inovação e do bem-estar social.

A perspetiva de género significa, de acordo com Ana Rita Dias, Conselheira Municipal para a Igualdade do concelho de Vila Pouca de Aguiar, “(1) empreender reestruturações legais e operacionais que outorguem às mulheres o acesso à esfera pública, em condições de igualdade com os homens; (2) constatar que ainda há uma representação desigual mulher/homem, em algumas áreas; (3) reconhecer que a participação das mulheres na política pública local fortalece as bases democráticas da sociedade, garantindo uma maior justiça social, económica e política”.

Aquela perspetiva é, de facto, “(1) uma metodologia de trabalho que pretende promover a equidade e prevenir a discriminação e subordinação das mulheres; (2) a possibilidade de estabelecer uma relação de qualidade entre o poder local e as mulheres, que privilegie a identidade daquelas, os seus direitos, bem como o seu papel crucial basilar no desenvolvimento local; (3) o reconhecimento da diversidade ao nível das necessidades, considerando as dos homens e as das mulheres, sem confundi-las; (4) o reconhecimento das consequências diferenciais das políticas e dos programas, na vida dos homens e das mulheres; (5) a rutura de barreiras culturais e a redistribuição do poder entre os sexos, fortalecendo a equidade social; (6) o comprometimento com diferentes leis, diretrizes e convenções relativas à eliminação de todas as formas de discriminação, bem como (7) o incentivo de uma cultura de corresponsabilização e de paridade”, adiantou Ana Rita Dias.

Com o plano municipal de igualdade de género pretende-se cimentar a integração da perspetiva de género na cultura organizacional e nas políticas públicas locais, promovendo a efetivação de boas práticas em matérias como o combate a qualquer forma de violência, a promoção da cidadania e da igualdade de oportunidades, bem como a conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional, sempre numa perspetiva de melhoria contínua.

Tendo como sustentáculo a Carta Europeia para a Igualdade das Mulheres e dos Homens na Vida Local, realizou-se previamente o diagnóstico de género e, com base no mesmo, “propusemos rotas estratégicas de intervenção que permitam (1) desenvolver iniciativas promotoras do compromisso político com a igualdade de género, a nível local e regional; (2) desenvolver conhecimento atualizado sobre diferentes indicadores, desagregando os dados por sexo e analisando-os a partir da perspetiva de género; (3) mobilizar recursos que permitam impulsionar a igualdade de género a nível local e (4) fortalecer o trabalho em rede, para que o mesmo seja agregador dos objetivos inerentes à Carta Europeia para a Igualdade das Mulheres e dos Homens na Vida Local”, terminou a Conselheira Municipal para a Igualdade.

CÂMARA MUNICIPAL DE VILA POUCA DE AGUIAR ESTUDA DIFERENÇAS ENTRE MULHERES E HOMENS AO NÍVEL DOS “USOS DO TEMPO” NO CONCELHO

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Drª Ana Rita Dias

Helena Silva: Porque é que o tempo “vale ouro”?

Rita Dias: O tempo não se resume a uma unidade métrica. Ele é, “per si”, uma edificação social, sendo que mulheres e homens vivem as suas rotinas com base num tempo socialmente edificado, consubstanciado num dado contexto e diferentemente valorizado. A parametrização do tempo, fracionado em horas, minutos e segundos, conduziu à necessária gestão do mesmo.

Helena Silva: Porquê estudar os usos do tempo, no âmbito do diagnóstico municipal para a Igualdade?

Rita Dias: As investigações relativas ao uso do tempo têm vindo a demonstrar que (1) aquele é um indicador de bem-estar e um barómetro das desigualdades de género. Verifica-se, assim, a pertinência de estudar os usos do tempo para se poderem desenvolver teorias interpretativas capazes de compreender as temporalidades que acometem mulheres e homens de formas distintas; (2) o valor deste constructo (o tempo) tem sido continuadamente associado ao trabalho remunerado, subestimando-se outras formas de trabalho; (3) o tempo é um recurso escasso, mormente nas sociedades ocidentais, a partir do qual se pode alavancar valor e criar mais-valias. Há, por conseguinte, uma utilidade socioeconómica daquele; (4) são muitas as variáveis que condicionam a distribuição do tempo, designadamente a idade, o sexo, a presença ou não de filhos, o estatuto socioeconómico, entre outros; (5) persistem formas de desigualdade que definem e estruturam o quotidiano de mulheres e de homens; (6) a distribuição desigual da forma como empregam a totalidade do tempo é resultado da participação diferencial no trabalho doméstico não remunerado e dos tempos que umas e outros dedicam a essas atividades; (7) as disparidades ao nível do trabalho doméstico são um fator obstaculizador da igualdade entre mulheres e homens.

Helena Silva: E qual o objetivo de estudar as afetações do tempo, por parte dos colaboradores/as da autarquia?

Rita Dias: Ao estudarmos as afetações do tempo, por parte dos/as colaboradores/as do município de Vila Pouca de Aguiar pretendeu-se (1) visibilizar as dimensões não monetarizadas do trabalho, designadamente as realizadas na esfera privada; (2) desocultar, retirando do insulamento, as décalages nas afetações do tempo, verificadas entre mulheres e homens; (3) encetar um esforço de valorização do trabalho doméstico, cujo pendor na economia é mercantilmente frágil; (4) estudar a estrutura de distribuição da afetação do tempo, nas esferas pública e privada; (5) visibilizar, a partir da lente microssocial, o trabalho doméstico.

Helena Silva: Quais as principais conclusões, ao nível do uso do tempo por parte dos/as colaboradores/as da autarquia, que se conseguem extrapolar do diagnóstico municipal para a igualdade?

Rita Dias: Da análise estatística realizada conseguiu-se apurar que há, de facto, claras diferenças na afetação do tempo, nos/as colaboradores/as da autarquia, sendo que no que concerne à realização de tarefas domésticas, as mulheres dedicam, em média, 18,7 horas/semana e os homens 7,4 horas/semana. O tempo livre de que usufruem é também consideravelmente diferente, sendo que os homens dispõem, em média, de 17,2 horas/semana e as mulheres de 9,8 horas/semana, um valor substancialmente inferior. O tempo dedicado a si próprio/a segue a mesma tendência diferencial, sendo que os homens dispõem, em média, de 8,5 horas/semana e as mulheres de 4,3 horas/semana. A fragilidade da igualdade alcançada é notória nos resultados ora apresentados.

Helena Silva: Rita Dias: Numa análise mais macro, considera que estes resultados podem constituir uma mais-valia para a investigação científica, ao nível dos usos do tempo?

Da análise destes resultados, assim como do conteúdo das entrevistas realizadas, podem-se inferir os seguintes dados, que constituem insumos para outras investigações neste âmbito: (1) o trabalho doméstico não remunerado permite prover bens e serviços essenciais ao agregado familiar e aos elementos que o compõem. Contudo, a contribuição deste trabalho para a economia tem sido historicamente ignorada, já que ao não medir o seu valor, aquele é invisibilizado na esfera económica; (2) esta situação constitui, de facto, uma barreira que impede as mulheres de acederem em igualdade de circunstâncias às esferas social, política e económica; (3) a divisão sexual do trabalho no interior dos lares determina a sobrecarga para as mulheres; (4) a privação do tempo contribui para debilitar o bem-estar das mulheres já que o trabalho não remunerado, realizado principalmente por elas, impede-as de disfrutar de vários direitos humanos, em pé de igualdade com os homens; (5) estes diversificam mais o uso do tempo livre e com maior facilidade, pois têm menores responsabilidades no lar e, portanto, mais tempo disponível.

Helena Silva: Rita Dias: Quais as principais conclusões que retira do diagnóstico efetuado?

Em suma, o tempo é um recurso valioso para realizar atividades que permitem satisfazer necessidades básicas (e não só), sendo também um fim em si mesmo. Por isso, o tempo dedicado ao trabalho não remunerado joga um papel importante na determinação dos níveis de bem-estar. Acresce que a possibilidade de aceder a bens e serviços que permitem poupar tempo é, também ela, desigual.

A carga de trabalho no interior do lar limita as possibilidades das mulheres se inserirem no mercado de trabalho e determina que aquelas se incorporem em condições mais precárias (ex: jornadas parciais).

Na realidade, não obstante a integração de uma maior percentagem de mulheres no mercado de trabalho, o tempo dedicado às tarefas domésticas (por parte daquelas) continua a ser substancialmente superior ao dos homens, observando-se um fenómeno de dupla ou tripla jornada de trabalho. De facto, ao aumento do tempo dedicado ao trabalho remunerado não correspondeu uma diminuição do tempo dedicado ao trabalho não remunerado, com todas as consequências que tal acarreta, mormente ao nível da saúde física e mental das mulheres.

Como sobejamente se tem referido existem diferenças estatisticamente significativas, entre mulheres e homens, na afetação do tempo. Tais diferenças foram corroboradas no nosso diagnóstico, o que denota a manutenção de processos discriminatórios, que servem de sustentáculo a uma maior participação do homem na esfera pública e a uma maior participação da mulher na esfera privada.

* Iniciativa financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE).

VILA POUCA DE AGUIAR PROPÕE DESENVOLVIMENTO DO PLANO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE

Autarquia de Vila Pouca de Aguiar participa na 2ª Sessão de Trabalho Online, com vista à apresentação dos resultados do diagnóstico e do ponto de situação da elaboração do Plano Municipal para a Igualdade

No contexto do desenvolvimento do Plano Municipal para a Igualdade, da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, a autarquia participou na 2ª sessão de trabalho online, com vista à apresentação por parte de cada município dos resultados do diagnóstico e do ponto de situação da elaboração do Plano Municipal para a Igualdade.

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Drª Ana Rita Dias, Conselheira Municipal de Vila Pouca de Aguiar para a Igualdade

A autarquia propôs como um dos objetivos prioritários o desenvolvimento de um Plano Municipal para a Igualdade de Género, o que pressupôs a realização de um diagnóstico que ajudasse a percecionar o “estado da arte”, numa dimensão interna e externa.

Apesar de a variável sexo ser regularmente incluída nas estatísticas do município e na maioria das vezes as informações estarem desagregadas, a verdade é que nem sempre é fácil aferir algumas das questões centrais na análise da igualdade, como a possível existência de desigualdades na progressão na carreira ou as disparidades nos usos do tempo, nas esferas pública e privada. Portanto, foi necessário investigar para encontrar mais e melhores soluções que permitissem esbater a desigualdade, as suas causas e os seus efeitos. Só assim foi possível encontrar soluções aferidas à realidade local, desenhando e aplicando medidas adequadas para garantir, por um lado, que no município não ocorram situações de discriminação, em razão da orientação sexual, identidade e características sexuais e, por outro lado, que seja incorporada a perspetiva de género, na definição e concretização das políticas públicas locais.

“Verifica-se que, com alguma frequência, circula a ideia de que já existe igualdade entre mulheres e homens ou, em todo o caso, que as desigualdades mais evidentes se resolverão com um mero esforço individual. Assim sendo, qualquer política específica seria extemporânea. No entanto, o conteúdo, as conclusões e as recomendações do relatório de diagnóstico proporcionaram uma visão mais fidedigna dos factos e mostrarão que existem características estruturais da desigualdade, ainda persistentes, que não se transformarão se não forem adotadas medidas concretas”, terminou a Conselheira Municipal para a Igualdade do município de Vila Pouca de Aguiar, Ana Rita Dias.

Esta iniciativa é financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE).

VILA POUCA DE AGUIAR CONSTITUI EQUIPA PARA A IGUALDADE NA VIDA LOCAL

A Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar está a dinamizar o diagnóstico municipal de igualdade de género, uma iniciativa financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE). Aquele diagnóstico sustentará o passo subsequente, que consistirá na elaboração do plano municipal para a igualdade.

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O Município celebrou um protocolo de cooperação para a Igualdade e Não Discriminação com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, organismo este que garante a execução e o desenvolvimento da política global e setorial no âmbito da promoção da igualdade entre mulheres e homens, prevenção e combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica, e o combate à discriminação em razão do sexo, da orientação sexual, da identidade e expressão de género, e das características sexuais, incluindo   numa   perspetiva    intersecional,    cooperando    e    prestando assistência técnica a entidades públicas e privadas de níveis nacional, regional e local em projetos e ações coincidentes com a sua missão. Nos termos da cláusula quarta do referido protocolo, o Presidente da Câmara procedeu à nomeação de dois/duas Conselheiros/as Locais para a Igualdade, que atuarão de forma articulada, no apoio à prossecução das políticas para a igualdade, no município de Vila Pouca de Aguiar.  

A Equipa para a Igualdade para a Vida Local foi nomeada pelo Presidente da Câmara Municipal, no passado dia 9 de junho, com a finalidade de promover a igualdade a nível local e assegurar a implementação do Plano Municipal para a Igualdade de Género. Aquela equipa é composta por 8 elementos, entre as quais  o Presidente da Câmara Municipal, Prof. António Alberto Pires Aguiar Machado, os Conselheiros Locais para a Igualdade – Dra. Ana Rita Ferreira Dias Bastos e Dr. Ricardo Sá Fernandes, a Dirigente da Câmara Municipal dos Recursos Humanos – Dra. Mónica Raquel de Matos Martins Calheiros – Chefe de Divisão, o Dirigente da Câmara Municipal do Orçamento – Dr. António Joaquim Barreiro Lameiras – Chefe de Divisão; o Dirigente da Câmara Municipal do Urbanismo – Arqto. Carlos Alberto Barros Costa Pinto – Chefe de Divisão; a Dirigente da Câmara Municipal da Intervenção Social – Dra. Elsa Maria Rodrigues Machado – Chefe de Divisão e a Dirigente da Câmara Municipal da Educação – Dra. Susana Cristina Sousa Branco – Dirigente Intermédia. Integra também a equipa a Prof. Doutora Daniela Monteiro, investigadora e docente na Universidade Católica.

Neste momento a autarquia encontra-se a realizar o diagnóstico municipal de igualdade de género (vertente interna e externa), “um trabalho cuja abordagem metodológica é baseada na transversalidade e intersecionalidade. Pretende-se, de facto, compreender o posicionamento de diversos indicadores – Ex: conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal- para, desta forma, poder propor ações que conduzam a um quadro de efetiva igualdade entre mulheres e homens, no concelho de Vila Pouca de Aguiar”, terminou Ana Rita Dias, Conselheira Municipal para a Igualdade.

MUNICÍPIO DE VILA POUCA DE AGUIAR REALIZA DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE IGUALDADE DE GÉNERO

A Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar está a dinamizar o diagnóstico municipal de igualdade de género, uma iniciativa financiada pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), pelo Portugal 2020 (PT2020) e União Europeia/Fundo Social Europeu (EU/FSE).

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Benedita Aguiar, Diretora da Empresa de Consultoria Die Apfel, referiu que “a autarquia está empenhada no cumprimento das orientações nacionais e internacionais, em matéria de igualdade de género, estando neste momento a realizar o diagnóstico municipal para a igualdade de género, um documento absolutamente essencial para o desenho do plano municipal para a igualdade. O diagnóstico de género é, de facto, um processo analítico, estratégico e preventivo que permite conhecer o “estado da arte” ao nível das políticas para a igualdade, num determinado contexto, com o propósito de revelar e corrigir problemas existentes, bem como de valorizar ações que concorram para a efetivação daquele princípio. É exatamente nessa fase que nos encontramos.”   

Ana Rita Dias, adiantou que “a Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar tem contribuído para o desenvolvimento de uma cultura organizacional baseada na igualdade entre mulheres e homens em todas as áreas, etapas e circunstâncias da vida, concorrendo, assim, para uma igualdade efetiva de mulheres e de homens. Tal preocupação faz-se sentir, igualmente, nas políticas públicas locais, com impacto na vida das cidadãs e dos cidadãos aguiarenses. Chegou o momento de avaliar, numa vertente interna (interior da autarquia) e externa (município, em geral), se os esforços envidados para deixar para trás o modelo patriarcal androcêntrico e sexista, estão ou não a ter repercussões positivas, na integração da perspetiva de género”.

Após a realização do diagnóstico municipal para a igualdade será dado o subsequente: o plano municipal para a igualdade de género.

ESTALEIRO DE ARTESANATO: UMA FERRAMENTA PARA A INCLUSÃO SOCIAL

Estaleiro de Artesanato: uma ferramenta também para a Inclusão Social de Mulheres DLD e Vítimas de Violência Doméstica

A Associação das Mulheres Aguiarenses Empreendedoras, AMAE, irá iniciar um Plano de Capacitação com o apoio do Programa Portugal Inovação Social, POISE, Portugal 2020 e União Europeia (Fundo Social Europeu).

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O Plano de Capacitação refere-se ao Estaleiro de Artesanato, uma Iniciativa de Empreendedorismo e Inovação Social (IIES) que tem como intuito promover o artesanato do concelho de Vila Pouca de Aguiar. Aquele plano é composto por cinco objetivos específicos, inerentes a cada uma das fases: promover uma análise económica do modelo de negócio da IEES; estimular uma análise estratégica da IIES; definir um plano de comunicação da IIES; capacitar os recursos humanos da IIES e planear os sistemas de informação da IIES.

De acordo com Ana Rita Dias, Presidente da Direção da AMAE, “o caráter inovador da iniciativa radica nos objetivos que a sustentam, nomeadamente dar resposta a um problema social (desemprego de longa duração em mulheres), de forma diferenciada, com maior impacto social e melhor custo de oportunidade dos recursos utilizados; melhorar as competências organizativas e de gestão da AMAE, necessárias ao desenvolvimento de um Estaleiro de Artesanato, colmatando lacunas e preparando a IIES para atrair e aplicar investimento social; promover a inserção social das mulheres desempregadas de longa duração e vítimas de violência doméstica, mitigando regionalmente este fenómeno; alavancar a criação de valor partilhado, com o apoio do investidor social e promover a avaliação do impacto social, como condição para o investimento.

Pretende-se, desta forma, “promover a perspetiva de autoeficácia junto das mulheres em geral e também vítimas de violência doméstica. De facto, o artesanato, além de ser constituído por diversas práticas e artes manuais, funciona também como ferramenta de reintegração e motivação para mulheres que deixaram de encontrar inspiração ao longo da vida, pelas diversas situações que encontraram", adiantou Ana Rita Dias.

O Estaleiro de Artesanato é uma Experiência Piloto que pretende converter-se num modelo de negócio rentável, capaz de gerar postos de trabalho para mulheres em situação de desemprego de longa duração e vítimas de violência doméstica. Outro impacto a ressaltar é a capacidade de iniciativa, de testar e adaptar um modelo de intervenção nas mulheres vítimas de violência doméstica, uma segmentação individualizada e uma intervenção ajustada, dirigida às mesmas.

Por último, referiu Ana Rita Dias, “e ainda no que concerne às evidências de impacto da IIES, destaca-se os seguintes outputs desenvolvidos pelo tutor da IIES, os quais podem ser replicáveis noutras IIES: (1) Orientações metodológicas para uma intervenção em mulheres Vítimas de Violência Doméstica; (2) Guia de recursos para implementar grupos de intervenção com Vítimas de Violência Doméstica; (3) Modelo de orientação personalizada e intervenção individualizada em mulheres Vítimas de Violência Doméstica”.

UNIDADES DE SAÚDE DO PORTO E VILA POUCA DE AGUIAR USAM AJUSTADORES DE MÁSCARAS PRODUZIDOS NO CURTIR CIÊNCIA

O que há de comum entre as unidades de saúde familiar Porto Douro e Aníbal Cunha, ambas do Porto, e o Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar?

Em todos estes três serviços de saúde, as equipas médicas e de enfermagem usam os ajustadores de máscaras produzidos nas impressoras 3D do Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guimarães.

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Quando deu início à produção de material de proteção, o Curtir Ciência estava longe de imaginar que os pedidos surgiriam das mais diversas proveniências. Instituições e profissionais de saúde manifestaram desde logo um grande interesse nas peças. Além dos serviços locais que manifestaram interesse, os pedidos chegaram também de fora do concelho. Só no Centro de Saúde de Vila Pouca de Aguiar são cerca de 50 os profissionais, entre médicos, enfermeiros e auxiliares que dão uso às peças produzidas no Curtir Ciência. No caso das duas unidades do Porto, o número de profissionais é mais do dobro.

O Curtir Ciência aproveitou o período de confinamento para produzir material de proteção, colocando os seus meios técnicos e humanos ao serviço do esforço de mitigação da pandemia. Os objetivos iniciais – produzir 200 viseiras – depressa tiveram que ser revistos em virtude dos pedidos. Em breve, o Centro Ciência Viva de Guimarães iniciará a distribuição de mais de 1000 viseiras por instituições ligadas à saúde, educação e proteção civil.

No caso das peças ajustadoras, os pedidos surgiram sobretudo de profissionais de saúde. E percebe-se porquê. Toda a gente já deve ter visto os efeitos do uso continuado das máscaras, em particular nas orelhas, devido à força dos elásticos. “Estas peças permitem segurar as máscaras sem necessidade de prender os elásticos nas orelhas. São maleáveis o suficiente para se adequarem ao contorno da nunca de cada utilizador”, elucida Sérgio Silva, Diretor Executivo do Curtir Ciência.

Para conseguir responder às solicitações, o Curtir Ciência teve que aumentar a sua capacidade produtiva. Nesse esforço contou com o contributo solidário do Clube Ciência Viva da Escola Abel Salazar, de Ronfe, através da cedência de duas impressoras 3D.