O Presidente da Câmara Municipal presidiu a mais uma reunião ordinária da Comissão Municipal de Toponímia, que contou com a participação do Vereador Arnaldo Sousa, responsável pelo Urbanismo e Toponímia, dos Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho, do Comandante da GFNR de Vizela, e ainda dos técnicos superiores em representação da Divisão de Gestão Urbanística e Divisão das Obras Municipais da Autarquia.
Da agenda da reunião destaque para as propostas de atribuição de toponímia às vias públicas do Concelho apresentadas pela União de Freguesias de Caldas de Vizela (São Miguel e São João) e da União de Freguesias de Tagilde e Vizela (São Paio).
Maria AMÉLIA CARVALHEIRA da Silva, Escultora, nasceu na Freguesia de Gondarém (Vila Nova de Cerveira), a 05-09-1904, e faleceu em Lisboa, a 31-12-1998. Filha de José António Silva e de Perpétua Maria de Jesus Costa Carvalheira.
Até 1950 assinou as suas obras com o pseudónimo Quinha. Com a estátua São João de Deus recebeu, em 1949, o Prémio Manuel Pereira.
Fez exposições individuais em 1949 e 1985. Participou na I Bienal de São Paulo, na exposição comemorativa de São Francisco Xavier realizada em Goa, em 1952, e noutras que tiveram lugar no Brasil e em Moçambique. Dedicada sobretudo à escultura religiosa, são plenas de singeleza e graças as suas interpretações de Nossa Senhora de Fátima, como a que se encontra no Seminário da Torre, em Soutelo (Vila Verde).
É no entanto em Fátima que o seu trabalho e o seu talento atingem uma maior notoriedade e visibilidade, sobretudo nas seis estátuas na Colunata de Fátima, sendo elas “Santa Teresa de Ávila”, “São João da Cruz”, “São Simão Stock”, “Santo Afonso Maria de Legória”, “Santo Inácio de Loyola” e “São Francisco de Sales”, em mármore e com cerca de dois metros e meio de altura, além de diversas outras na Capela do Verbo Divino e nos Valinhos, em Fátima, e da estátua do beato Nunes na fachada da Igreja de Santo Condestável, em Lisboa.
Em Linhó (Sintra), na Casa das Irmãs Doroteias podemos encontrar um “São José e o Menino” em mármore, com metro e meio de altura, existem trabalhos seus noutros locais, como: Pinheiro da Cruz, na Colónia Penal, em Coimbra, em Faro, no Porto, etc. Na via pública de Gondarém, terra que a viu nascer, podemos observar um “Cruzeiro” e uma “Nossa Senhora das Três Ave-Marias”, ambas em bronze e um baixo-relevo denominado “Os Emigrantes”. Ainda em Gondarém, mas na capela, um “Presépio” miniatura e uma “Via-Sacra”. A marcar a sua residência ficou um “São José”, em pedra.
O seu nome faz parte da Toponímia de: Lisboa (Freguesia de ex-Nossa Senhora de Fátima, actual Freguesia das Avenidas Novas, Edital de 23-09-2004), Vila Nova de Cerveira (Freguesia de Gondarém).
Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
A nova via que nasceu junto ao Tribunal de Famalicão, no âmbito da intervenção urbanística realizada na Avenida Engenheiro Pinheiro Braga, tem agora o nome de Rua Carlos Vieira de Castro. A atribuição, promovida pela Junta de Freguesia de Gavião e à qual a autarquia também se associa, surge como forma de homenagear o empresário e filantropo famalicense.
Carlos Vieira de Castro atribuiu a homenagem às pessoas que o ajudaram ao longo do seu percurso. “Só consegui isto com a ajuda de muita gente”, explicou o empresário e filho do fundador da Vieira, na inauguração da rua, este sábado. “Desde os operários a amigos e empresários, em todas as instituições todos confiaram sempre em mim. Essas pessoas são anónimas, mas muito do que fiz não seria possível sem o [seu] auxilio”, acrescentou. Carlos Vieira de Castro, de 75 anos, é presidente do Conselho de Administração da Vieira.
Recorde-se que esta é a terceira vez que o empresário é distinguido este mês. Carlos Vieira de Castro foi homenageado pela Associação Casa da Memória Viva, em Famalicão, e foi condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a comenda da Ordem do Mérito Empresaria. Agora, a Junta de Freguesia de Gavião e a Câmara Municipal de Famalicão decidiram entregar o topónimo da rua ao empresário. “Carlos Vieira de Castro é um benemérito não só de Gavião, mas também do nosso concelho e do país”, referiu o presidente da junta de Gaivão, António Emídio Pinto.
Para o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, “esta homenagem é uma forma de perpetuar um bom exemplo de cidadania ativa e de reconhecer junto da comunidade quem mais se destaca”.
Note-se que Carlos Viera de Castro é, desde 2018, Cidadão Honorário do Município de Famalicão.
Tomás Xavier de Azevedo Cardoso de Figueiredo (em grafia antiga Tomaz) (Braga, 6 de Julho de 1902 — Lisboa, 29 de Abril de 1970) foi um escritor português. Tem uma biblioteca com o seu nome em Arcos de Valdevez.
Nasce em Braga a 6 de Julho de 1902, na rua de santo André freguesia de São Vicente, na mesma casa onde Carlos Amarante tinha nascido. Filho de Gustavo de Araújo e Silva Figueiredo e de Maria da Soledade de Azevedo Araújo Costa Lobo e Mendonça.
Passados poucos meses vai, com seus pais, residir em Arcos de Valdevez, para a Casa de Casares, construída pelo seu avô materno, e onde ainda viviam algumas das suas tias solteiras. A ida, tão infante, para os Arcos, justifica o sentimento que o leva a considerar essa vila como"terra minha pela memória e pelo amor".
Aos doze anos vai cursar preparatórios para o Colégio dos Jesuítas, em La Guardia, na Galiza, em Espanha. Aí se vai já destacar na disciplina de Português, obtendo altas classificações. Em 1920, ingressa, em Coimbra, no Curso de Ciências Jurídicas, má escolha pela certa, porque o atirará para uma vida profissional que lhe será extremamente adversa. Em Coimbra, é contemporâneo e amigo do grupo “presencista”, afirmando mais tarde:
"Passeei em Coimbra com o chamado grupo da Presença, do qual em verdade não fiz parte, umas vezes aceitando e outras recusando, outras até ensinando e guiando, pois, independente e selvagem como era e me conservo – por graça de Deus! – impossível deixar-me arrebanhar, aceitar qualquer diácono ou pontífice".
A sua passagem por Coimbra (1920-1925) irá inspirar-lhe não só o romance “a clef”Nó Cego, que retrata o ambiente literário e ideológico coimbrão dessa época, mas aindaConversa Com O Silêncio, monólogo com o companheiro e poeta Alexandre de Aragão, falecido precocemente, por suicídio, aos 27 anos, e a novelaReconstrução da Cidade, integrada na obra Vida de Cão(1951), que relata primorosamente o confronto entre a “cidade nova” e a memória da velha cidade do seu tempo.
Após concluído o curso jurídico na Universidade de Lisboa, em 1928, e já casado (1930), vai para Tarouca como notário, mudando-se, sucessivamente, para a Nazaré, Ponte da Barca e Estarreja. Faz, na sua actividade de notário, um interregno de seis anos, durante os quais, em Lisboa, ocupa o cargo de Vice-Presidente da Junta Nacional dos Resinosos. Em Estarreja (1957), é afectado por grave doença do foro psicológico, que o obriga a internamento hospitalar e a prolongados tratamentos, ficando seriamente afectado. Após esses dois anos, umverdadeiro calvárioque relembra em muitos dos seus poemas, regressa ao cartório de Estarreja, solicitando a reforma, que lhe é concedida.
Finalmente livre das entediantes ocupações burocráticas, volta à sua casa de Lisboa para, durante dez anos (1960-1970), se entregar por inteiro à vida que verdadeiramente lhe apraz: escrever, conviver com os amigos, ser assíduo frequentador d'A Brasileira do Chiado, do Café Aviz, das livrarias Bertrand e Guimarães, ainda que profundamente amargurado com a separação do casal, entretanto ocorrida. Da sua vida de “funcionário público” diz: "Os cargos oficiais que desempenhei, tão exteriores a mim, considero-os violência de vida'"'. Escrever, apenas escrever, totalmente livre para escrever, e vivendo da sua escrita, tal o sonho que a vida lhe negou.
Morre em Lisboa, em sua casa, a 29 de Abril de 1970. Sentidamente, recorda Bigotte Chorão:
"... o corpo foi dado à terra em Arcos de Valdevez, no Cemitério de S. Bento. Mal chegou à câmara-ardente, o Padre António de Magalhães (que parecia trazer ainda no rosto o espanto de algum diálogo sibilino com Pascoaes ou Leonardo) entrou a cantar com uma veemência e uma convicção como só a Fé as pode inspirar – a Fé que faz violência aos Céus para que se abram a quem muito sofreu neste mundo."
O primeiro soneto encontrado no seu espólio data de 1917 e foi escrito enquanto aluno do Colégio de A Guarda. No entanto, a actividade literária, diz-nos o escritor, tê-la-há iniciado num jornalzinho dos Arcos,O Realista, em 1925, com académicos sonetos que muito exasperavam e escandalizavam os “intelectuais” da terra.
Anuncia-se verdadeiramente no semanário Fradique, em 1934, com novelas e contos, que levam o director da revista, Thomaz Ribeiro Colaço, a considerá-lo "chafariz de novelas, cintilantes como água pura. Espanta a clareza de estilo, com o seu talento (...) enovelesco. Desbanca o mais pintado moedeiro falso na arte de fazer contos (...) verdadeiros."
Em 1947 publica o seu primeiro romance, A Toca do Lobo, Prémio Eça de Queiroz (1948), em que faz reviver a sua infância e juventude, seus pais, as tias velhas, todo um universo afectivo que para sempre lhe perdurou na memória.
Em 1950, Nó Cegoe Carta ao Júri do Prémio Eça de Queiroz.
Em 1952, Uma Noite na Toca do Lobo, em que retoma o ambiente do seu primeiro livro – esta “fuga romântica” é como que o 2º volume de um “Ciclo de Tocas”, que a morte o impediu de efectivar.
Em 1953, traduz A Vagabunda, de Colette.
Em 1954, a novela Procissão dos Defuntos.
Em 1956, Guitarra, treze romances em verso, alguns dos quais recriam ambientes lisboetas.
Em 1960, Conversa Com o Silêncio.
Em 1961, o romance A Gata Borralheira, Prémio Diário de Notícias (1963).
Em 1962, o 1º volume da "Crónica Heróica" Dom Tanas de Barbatanas – O Doutor Geral.
Em 1963, Vida de Cão.
Em 1964, o 2º volume de Dom Tanas de Barbatanas – O Magnífico Sem Par.
Em 1965, o 1º volume de Monólogo em Elsenor – Noite das Oliveira', monólogo que se irá espraiar por quatro volumes de uma “prosa poética”, muitas vezes dorida, muitas vezes satírica, mas sempre, como diz Fernanda Botelho, “num estilo vigoroso, trabalhado, ora truculento, ora lírico, sempre encadeado por extremismos de paixão e de barroquismo.”. No mesmo ano, o 1º volume de Teatro, com as peças A Rapariga da Lorena, O Visitador Extraordinário, e A Barba do Menino Jesus.
Em 1966, Tiros de Espingarda, Prémio Nacional de Novelística (1966).
Em 1968, o longo poema Viagens No Meu Reino.
Em 1969, o 2º volume de Monólogo em Elsenor – A Má Estrela.
Em 1970, A Outra Cidade.
Postumamente, são publicados Dicionário Falado (1970) e o 3º volume de Monólogo em Elsenor – Túnica de Nesso (1989).
Por ocasião do centenário do nascimento do escritor, os seus herdeiros e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda celebraram um contrato para a publicação das suas Obras Completas, o que permitiu reeditar obras esgotadas e dar à estampa muitos dos trabalhos ainda inéditos de Tomaz de Figueiredo.
Edições IN-CM
2002- Nó Cego
2003- Teatro. A Rapariga de Lorena - O Visitador Extraordinário - A Barba do Menino Jesus - Os Lírios Brancos ou a Salvação Universal - O Homem do Quiosque* - A Nobre Cauda* - O Embate - Loiros de Morte ou, talvez, Quarto Minguante (fragmento) - O Morto e os Vivos (fragmento)
2003- Poesia I. Volumes de poemas: Guitarra - Viagens no Meu Reino - Consumatum Est* - Poço da Noite* - Sangue de Cristo* - Caixa de Música* - Orfeu e Eurídice*
2003- Poesia II. Volumes de poemas: Coroa de Ferro* - Moto Contínuo* - Viagem Estática* - Jardim Antigo* - Espada de Fogo* - As Mãos Vazias* - Malho Rodeiro* - Aos Amigos* - Poesia Diversa* - Traduções*: de 21 poemas de Reinhold Schneider; de oito Sonetos Ingleses de Fernando Pessoa; de um poema de Gerard Mauley Hopkins; de um soneto de Lope de Vega; de um poema de Ricarda Huch
2005- A Toca do Lobo - Fim* - Uma Noite na Toca o Lobo
2006- Novelas e Contos I. Procissão dos Defuntos - Vida de Cão
2006- Novelas e Contos II. Tiros de Espingarda - A Outra Cidade
2007- Monólogo em Elsenor I. Noite das Oliveiras - A Má Estrela
2007- Monólogo em Elsenor II. Túnica de Nesso - Memória de Ariel*
O documentário "A Toca do Lobo" é um filme, dedicado ao escritor e seu avô materno, realizado por Catarina Mourão, vencedor do Prémio do Público para Longa Metragem no IndieLisboa 2015 e Melhor Documentário Português no festival Filmes do Homem 2016.
Fonte: Wikipédia
ESCRITOR TOMÁS DE FIGUEIREDO ESTÁ CONSAGRADO NA TOPONÍMIA DE LISBOA
Rua Tomás de Figueiredo
Escritor - 1902 - 1970
Freguesia(s): Benfica
Início do Arruamento: Rua da Casquilha
Fim do Arruamento: Rua Engº Nobre Guedes ( Acesso Pedonal)
Data de Deliberação Camarária:
Data do Edital: 20/05/1970
Data do Edital do Governo Civil:
Data do Edital do Governo Civil:
Designação(ões) Anterior(es): Era a Rua D, à Rua da Casquilha.
Historial: Tomás de Figueiredo , escritor, nasceu em Braga em 6.7.1902 e faleceu em 1970. Com poucos meses de vida seus pais levaram-no para Arcos de Valdevez, por ele considerada a sua terra natal. Cursou Direito em Coimbra e Lisboa, onde se formou. Até 1960 exerceu funcões notariais em diversas zonas do País. Nessa data fixou-se em Lisboa, entregue apenas à actividade literária.Publicou romamces, novelas, poesia e peças de teatro. Com a sua tardia estreia, A toca do Lobo, 1947, obteve o prémio Eça de Queirós. Tiros de Espingarda, 1996 mereceu o prémio Nacional de Novelística.
Tomás de Figueiredo contribuiu para o ressurgimento da tradição romanesca acmiliana, sendo as suas obras caracterizadas por um estilo onde o casticismo se funde com o lirismo e por uma técnica narrativa singularmente moderna.
Vareiras e pescadores junto ao forte de Santiago da Barra nos finais do século XIX
Ao que consta, Viana do Castelo – outrora Póvoa do Átrio, Vianna, Viana da Foz do Lima e Viana do Minho – deve a sua atual denominação ao forte de Santiago da Barra, assim designado como castelo.
Porém, foi o Rei D. Afonso III quem fundou a vila de Viana, outorgando-lhe Carta de Foral em 1258, posteriormente confirmado em 1262. Com vista a providenciar a defesa da foz do rio Lima e fomentar a atividade mercantil e piscatória, a vila foi dotada de muralhas com a respetiva torre de menagem, cuja construção deve ter ficado concluída nos finais do século XIV. Com o seu crescimento em pleno século XV devido ao comércio próspero nomeadamente com os portos da Galiza, França e Flandes, a população aumentou e o tecido urbano ultrapassou a primitiva cerca medieval a tal ponto que se tornou desconhecido os seus limites.
Em meados do século XVI, iniciou a câmara municipal a construção de um pequeno forte de planta retângular que mais tarde, já sob o domínio filipino, aproveitou para a sua ampliação e remodelação, submetendo as gentes de Viana ao transporte da pedra com vista à sua edificação, tendo as obras ficado concluídas em 1596.
Em 1640, os vianenses cercaram o forte e impuseram a rendição à guarnição espanhola. Seguiram-se as campanhas da Restauração e, com elas, a necessidade de serem introduzidas novas remodelações que entre 1652 e 1654, por ordem de D. Diogo de Lima, Governador das Armas de Entre-Douro-e-Minho.
Dois séculos decorridos, a Rainha D. Maria II elevou a vila de Viana do Minho à categoria de cidade alterando a sua denominação para Viana do Castelo, distinção que se mantém até à atualidade.
Há alguns anos, um autarca vianense teve a ideia bizarra de pretender alterar a sua denominação para simplesmente Viana, arriscando a cidade a perder o seu estatuto atual para voltar a ser vila…
Reza a História – ou a tradição – que a denominação escolhida por D. Maria II se deveu à resistência e lealdade do comandante do Castelo de Santiago da Barra, aquando da guerra civil da Patuleia.
Assim, na carta datada de 20 de Janeiro de 1848, que a Rainha D. Maria II enviou à Câmara de Viana, reza o seguinte:
"Atendendo a que a Vila de Viana do Minho possui os elementos e recursos necessários para bem sustentar a categoria de cidade, derivados da sua extensão e vantajosa posição topográfica, da riqueza e importância comercial e da qualidade dos edifícios de que é composta; e tomando igualmente em consideração os importantes serviços prestados ao Estado, pelos seus habitantes, e os sentimentos de lealdade e constante adesão ao Trono e à Carta Constitucional da Monarquia, que eles, em diferentes épocas, têm manifestado por atos de acrisolada devoção cívica e heroicos feitos de valor, Por estes respeitos e deferindo à suplica da Câmara Municipal da mencionada Vila, em vista da informação do Governador Civil de Viana, e da resposta fiscal do Procurador Geral da Coroa, com a qual Me conformo: Hei por bem e me praz, que a Vila de Viana do Minho fique erecta em cidade com a denominação de Cidade de Viana do Castelo, e que nesta qualidade goze de todas as prerrogativas que direitamente lhe pertencem e Mando que pela Secretaria de Negócios de Estado do Reino se passe carta à Câmara Municipal daquele concelho em dois diferentes exemplares, um deles para seu Titulo e outro para se remeter ao Real Arquivo da Torre do Tombo. 0 Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino assim o tenha entendido e faça executar. Paço das Necessidades, em vinte de Janeiro de mil oitocentos e quarenta e oito = Rainha = Bernardo Gorjão Henriques".
“Neste dia simbólico, prestamos homenagem ao nosso querido conterrâneo e amigo, Evaristo Cardoso, falecido no dia 20 de dezembro de 2022, com a inauguração da Rua e Praceta Evaristo Álvaro Cardoso, ambas criadas no âmbito do processo de requalificação da Avenida D. Afonso III.
Desde o seu afamado restaurante “Solar dos Presuntos”, aberto ao público no dia 30 de outubro de 1974, ano da revolução, Evaristo Cardoso, ganhou notoriedade e prestígio universal, contribuindo para o desenvolvimento e afirmação da culinária monçanense e portuguesa.
Padrinho da nossa candidatura vencedora no concurso “7 Maravilhas à Mesa”, o “Evaristo do Lila” ou “Evaristo do Solar”, como era conhecido, sempre defendeu e promoveu, com extrema dedicação e imensurável paixão, a sua terra, Monção. Para ele, a capital de Portugal.
Agradeço a presença dos familiares nesta cerimónia. Um beijinho à Dona Graça e à Márcia. Ao Pedro, um forte abraço com a amizade que nos une”.
Evaristo Álvaro Cardoso, fundador e proprietário do conceituado restaurante “Solar dos Presuntos”, vai ser no próximo dia 25 de abril perpetuado na toponímia da vila de Monção.
Evaristo Cardoso faleceu no dia 20 de dezembro de 2022, com 80 anos. Considerado um dos mais prestigiados e reputados chefs nacionais que contribuiu, de forma decisiva, para o desenvolvimento e afirmação da culinária monçanense e portuguesa.
Verdadeiro embaixador da cozinha monçanense em Lisboa, o percurso pessoal e profissional de Evaristo Cardoso honra os pergaminhos da nossa gastronomia e orgulha todos os monçanenses. Em 2018, foi padrinho da candidatura vencedora do “Cordeiro à Moda de Monção”, no concurso “7 Maravilhas da Gastronomia Nacional”.
Cidadão de mérito do Município de Monção, desde 2004, em fevereiro passado, por ocasião do seu 80º aniversário, Evaristo Cardoso foi distinguido com a Comenda da Ordem de Mérito Empresarial, atribuída pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
Ao longo da sua extensa carreira, Evaristo Cardoso colecionou várias distinções que atestam a qualidade do Restaurante “Solar dos Presuntos”. Aberto no ano da revolução, 30 de outubro de 1974, ganhou, com o passar do tempo, grande notoriedade e prestígio universal.
As provas estão bem expressas nas paredes do “Solar dos Presuntos”, com fotografias de personalidades de todos os quadrantes da vida nacional e internacional, bem como nas críticas gastronómicas da comunicação social.
Em 2007, José Quitério, escrevia nas páginas do Expresso: “O Solar dos Presuntos ocupa um lugar de honra no restrito roteiro lisboeta dos restaurantes que melhor cultivam os autênticos paladares portugueses”.
Nas décadas de oitenta e noventa do século passado, Evaristo Cardoso assumiu funções como chef da Seleção Nacional de Futebol, vendo reconhecida a sua dedicação e competência na área da gastronomia.
Nas entrevistas dadas a distintos órgãos de comunicação, lembrava que foram momentos inesquecíveis de grande amizade que lhe permitiram, na vertente profissional, um contacto valioso com a culinária de diferentes países.
Manuscrito no verso: "Excursão de Viana do Castelo a Aveiro. O cortejo em frente ao Clube dos Galitos antes da inauguração da lápide da Rua Viana do Castelo." Data de 1937. (Fonte: Arquivo Municipal de Aveiro)
Localizado na freguesia das Águas Livres, o imóvel dominou em tempos um vasto território, na então aldeia da Damaia ou A-da-Maia, encontrando-se atualmente rodeado por uma urbanização dos anos 60.
A construção do edifício data do Século XVIII, tendo o corpo central da fachada norte sido restaurado no Século XIX. Trata-se de uma casa de campo típica da região lisboeta, com reboco cor-de-rosa e pilastras de pedra que possuía uma capela particular cujo orago era a Nossa Senhora da Conceição.
Do seu conjunto destacam-se os múltiplos telhados que compõem o edifício e os conjuntos de painéis de azulejos.
Da sua história, sabe-se que em 1813 a quinta era habitada apenas pelos caseiros e que, na primeira década do Século XX, viveu lá o Padre Himalaya, famoso pelas suas invenções.
Em 2003, a Câmara Municipal da Amadora adquiriu o imóvel, com o objetivo de assegurar a sua preservação.
A Quinta dos Condes da Lousã foi classificada como Imóvel de Interesse Público, pela publicação em Diário da República de 24 de dezembro de 2012.
A Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura, através da Portaria n.º 740-AS/2012 publicada em Diário da República n.º 248/2012, 1º Suplemento, Série II de 2012-12-24, Classifica como monumento de interesse público a Casa da antiga Quinta Grande, também denominada Quinta dos Condes da Lousã, na Rua Carvalho Araújo, 13, Damaia, freguesia da Damaia, concelho da Amadora, distrito de Lisboa.
Manuel António Gomes – vulgo Padre Himalaia – nasceu em 9 de Dezembro de 186º em Cendufe no concelho de Arcos de Valdevez
Aos 15 anos foi para o Seminário de Braga (Colégio Espiritano), onde adquiriu o gosto pelo experimentalismo e pela intervenção técnica, graças aos métodos de ensino inovadores ali praticados.
Durante o seminário modificou o seu nome de batismo, acrescentando-lhe Himalaya, devido à alcunha que um colega lhe dera por ser de elevada estatura.
É ordenado padre em 1891.
Em 1900 iniciou em Paris as suas experiências com o protótipo de um forno solar, batizado “Pyrheliophero”, que, traduzido à letra, significa “eu trago o fogo do Sol”.
Em 1904, o aparelho foi apresentado na Exposição Universal em Saint Louis, nos EUA, e premiado com o “Grand Prize da Lousiana Purchase Exposition”.
Ainda nos EUA, fabrica a “Pólvora Sem Fumo” ou Himalayte, pólvora que resiste a grandes choques e temperaturas sem risco de explosão.
Regressa a Lisboa em 1906, onde continuou a desenvolver a sua faceta de inventor e investigador. Durante alguns anos dedicou-se, filantropicamente, à prática da naturopatia junto das populações carenciadas na Damaia e Amadora. O seu interesse pela constituição de um laboratório levou-o a tentar vender, em 1925, a quinta que tinha na Damaia, onde viveu alguns anos antes de partir para a Argentina.
Voltou da Argentina em 1932, doente. Alguns meses depois, a 21 de dezembro de 1933, morria, com 65 anos, em Viana do Castelo.
A Câmara Municipal de Braga está a proceder à colocação de novas placas toponímicas no Centro Histórico da Cidade. Com esta medida, a Autarquia pretende colmatar as placas que estão em falta em diversos espaços urbanos, assim como uniformizá-las em termos de design, material e informação.
A vereadora Olga Pereira explica que, apesar da colocação das placas ser da responsabilidade das Juntas de Freguesia, a Câmara Municipal decidiu criar um modelo tipo a utilizar em toda a área do centro histórico, tendo por base um modelo de placa antiga ainda existente na Cidade.
“Fizemos o levantamento das placas em falta no centro histórico, que decidimos suprir no imediato, e constatámos a existência de diferentes materiais e designs. Com base numa placa existente na Praça Mouzinho de Albuquerque (Campo Novo), desenvolveu-se um modelo que a partir de agora será adoptado”, referiu a vereadora que, esta Quarta-feira, 10 de Janeiro, acompanhou a colocação das primeiras placas toponímicas. O momento que contou também com a presença dos presidentes da Junta de S. Victor, S. Lázaro e S. Joao do Souto e Maximinos, Sé e Cividade.
Refira-se que o projecto-tipo para estas placas toponímicas, incorporou o disposto no n.º 3 do Artigo B-2/13º, onde se refere que “nas placas referentes a antropónimos devem inscrever-se, de forma sumária as actividades pelas quais os mesmos se tornaram conhecidos e as datas de nascimento e morte”, adoptando no caso dos topónimos não antropónimos, a inscrição da data de atribuição do topónimo à rua, praça ou avenida.
As novas placas toponímicas estão a ser colocadas nas ruas Sá de Miranda, Burgo, Conselheiro Jerónimo Pimentel, Palhotas, Justino Cruz, Pêro Magalhães de Gândavo, Violinha, Eça de Queirós, rua do Raio, S. Victor, Camões, D. Afonso Henriques, Praças António Losa, Faculdade de Filosofia, Galiza, Conde de Agrolongo, Praceta de Santa Bárbara e Largo Barão S. Martinho.
D. Antão de Almada, pintado por Artur de Melo, quadro exposto no Museu Militar de Lisboa,
Dom Antão de Almada – Herói e Arquitecto da Restauração
Dom Antão de Almada foi o 7º Conde de Avranches, Comendador de dois terços de S. Vicente de Vimioso, Comendador da Ordem de Cristo, Senhor do Pombalinho e Senhor dos Lagares d’ El-Rei e um dos principais Conjurados da Restauração da Independência.
Era filho de Dom Lourenço de Almada (6º Conde de Avranches) e de Dona Francisca de Távora.Antão de Almada foi um dos planificadores do movimento restaurador de 1640, e um dos principais intervenientes das reuniões conspirativas, sendo que as fundamentais foram mesmo realizadas no seu Palácio em Lisboa, o Palácio dos Almadas, como na noite de 12 de Outubro de 1640 - a mais importante de todas da Conjuração, pois além de D. Antão de Almada, participaram ainda D. Miguel de Almeida – o decano destes Conjurados -, o Monteiro-mor Francisco de Mello e seu irmão Jorge de Mello, António Saldanha, Pedro de Mendoça Furtado e o agente do Duque de Bragança em Lisboa, o Dr. João Pinto Ribeiro.
Foi nessa reunião conjurativa que ficou decidido o encontro entre Pedro de Mendoça Furtado e Dom João (II) de Bragança (futuro Rei Dom João IV de Portugal) e que aconteceu na segunda quinzena de Outubro, onde o Duque foi instigado a assumir o seu dever de defesa da Independência portuguesa, assumindo a Coroa de Portugal.Antão de Almada foi, assim, um dos 40 Conjurados que a 1 de Dezembro de 1640, restauraram a Independência do Reino de Portugal, ao invadirem o Paço da Ribeira, sede da Duquesa de Mântua, a espanhola que, desde 1634, ocupava o cargo de Vice-rainha de Portugal, e onde o seu Secretário de Estado, o traidor português Miguel de Vasconcellos e Brito, ao serviço do Rei castelhano e do seu Ministro o Conde-Duque de Olivares, exauria os portugueses pelo imposto.
Naquela manhã do dia 1 de Dezembro de 1640, pouco antes de entrar no Paço para a revolução que durou 15 minutos, foi interpelado por um conhecido e que lhe perguntou aonde ia, ao que retorquiu: "Vou ali trocar de Rei e já volto..."
Após a Restauração, Dom Antão de Almada foi nomeado para o Conselho de Estado e de Guerra e, como representante da Nobreza, para a Junta dos Três Estados. Exerceu ainda o mais importante cargo diplomático da altura: o de Embaixador ao Reino de Inglaterra entre 1641-42, tendo como objetivo o reconhecimento inglês da nova Dinastia reinante e da Independência portuguesa – defendendo que que, de acordo com a Lei Fundamental da Nação Portuguesa e o Direito Consuetudinário portugueses que Filipe I, sendo um Príncipe estrangeiro, nunca teria direito ao trono português, tanto mais que havia, segundo estas leis do País um candidato natural e legítimo: Dona Catarina, Duquesa de Bragança, e tal como Filipe I, neta d’ El-Rei Dom Manuel I, e que, segundo as Leis Portuguesas, as mulheres tinham direitos de sucessão desde que não casassem com estrangeiros. Ora, Dona Catarina de Bragança contraiu matrimónio com D. João I de Bragança e o seu primogénito D. Teodósio II, foi o 7.º Duque de Bragança, que por sua vez foi o pai de Dom João II de Bragança, que por benefício de representação viria a ser o Rei Restaurador Dom João IV de Portugal -, e negociar um tratado entre as duas Coroas. Para a sua nomeação terá contribuído a sua ascendência inglesa, e a titulatura por ser descendente do herói português Dom Álvaro Vaz de Almada (1392-1449), o 1.° Conde de Avranches, que foi um dos mais insignes cavaleiros da Europa do seu tempo. Alferes Mor de Portugal, Capitão Mor do Mar, Alcaide Mor de Lisboa, Dom Álvaro Vaz de Almada combateu na guerra dos 100 anos ao lado do Rei Henrique V de Inglaterra na Batalha de Azincourt (1415), onde se ilustrou pelas armas e praticou inúmeros actos de heroísmo, tendo-lhe sido atribuído, pelo monarca inglês, o título de Conde de Avranches – tinha conquistado aquela cidade francesa em 1421 - e agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem da Jarreteira figurando as suas armas no exclusivíssimo St. George Hall no Castelo de Windsor, onde a lista de portugueses agraciados não viria a incluir mais do que 15 personalidades, sobretudo Reis e Infantes e D. Álvaro Vaz de Almada, o 162° Cavaleiro da Jarreteira, como o único membro da nobreza e de sangue não real, confirmado.
Dom Antão partiu de Lisboa a 8 de Fevereiro de 1641, chegando a Inglaterra a a 6 de Março, endereçando uma carta ao monarca inglês a requerer a sua entrada na corte, o que sucedeu apenas um mês depois, devido à pressão espanhola junto da Coroa inglesa. As negociações arrastaram-se por vários meses e ficaram concluídas, em 29 de Janeiro de 1642, com a assinatura de um Tratado que estipulou a liberdade de comércio, de navegação e de utilização dos portos entre os súbditos das duas Coroas; a permissão dos Britânicos comerciarem em todas as possessões portuguesas, gozando dos mesmos privilégios que os súbditos daquelas; a autonomia britânica em importar e exportar qualquer tipo de mercadorias; a liberdade religiosa dos comerciantes britânicos nos domínios portugueses; a confirmação da convenção de Goa de 1635, e, que Inglaterra passaria a nomear, pela primeira vez, cônsules para o Reino português.
Após a conclusão daquele Tratado de paz e comércio, D. Antão de Almada regressou ao Reino a 18 de Julho de 1642, para assumir o cargo de Governador de Armas da Estremadura, uma vez que El-Rei Dom João IV se deslocara para o Alentejo, zona nevrálgica do conflito com Castela. Em Setembro de 1644, D. Antão foi requisitado para auxílio à vila de Elvas, onde viria a falecer vítima de doença, a 17 de Dezembro, sendo sepultado na igreja local de S. Francisco.
Fonte: Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica
Abertura da exposição ´Fotoponímias - A toponímia das ruas de Braga na contemporaneidade´. Amanhã, Terça-feira, 31 de Outubro, às 17h30, no Hotel Vila Galé
O Município de Braga promove a exposição Fotoponímias - A toponímia das ruas de Braga na contemporaneidade, cuja abertura terá lugar amanhã, Terça-feira, 31 de Outubro, às 17h30, no Hotel Vila Galé Braga (Largo Carlos Amarante).
A iniciativa contará com a presença de João Rodrigues, vereador do Município de Braga.
A exposição, da autoria do fotógrafo Daniel Camacho, conta com o apoio do Município e estará patente entre os dias 31 de Outubro e 7 de Novembro. A exposição pretende oferecer uma jornada visual e emocional através da topografia urbana, que, enquanto identidade colectiva molda a cidade ao longo do tempo. Nomes de ruas, praças e espaços urbanos não são apenas identificadores, mas também registos culturais e políticos que desvendam as histórias que Braga tem para contar. Neste projeto, explora-se a forma como a cidade se revela através dos nomes que atribui às suas ruas e praças, como um diálogo com o passado e o presente, com a memória e a identidade.
Alexandre Vieira em 1952 (Foto: Arquivo Histórico-Social do MOSCA da Universidade de Évora)
Nascido no dia 11 de Setembro de 1884, Alexandre Vieira cujo 130º aniversário hoje passa dá nome a uma artéria do Bairro 2 de Maio, na freguesia da Ajuda, desde o Edital municipal de 29/01/1979, com a legenda «Sindicalista e Historiador/1884 – 1973».
Este Edital fez nascer no Bairro 2 de Maio as Ruas Alexandre Vieira, César Nogueira e Pinto Quartin para designar o Impasse 2, o Impasse 1 e o Impasse 3, correspondendo assim a uma solicitação do cidadão António Perianes Palma dirigida à Secretaria de Estado da Comunicação Social, para que fossem consagrados na toponímia de Lisboa os nomes destes jornalistas.
O Bairro 2 de Maio foi conhecido como bairro da Fundação Salazar até ao dia 2 de maio de 1974, em que centenas de pessoas que moravam em barracas na freguesia da Ajuda ocuparam os prédios que estavam a ser construídos, tendo mesmo pedido ajuda a alunos do Instituto Superior Técnico para o efeito. Depois, deram ao bairro o nome desse dia e foram concluindo os prédios que a partir daí lhes deram casa.
Alexandre Vieira (Porto/11.09.1884 – 26.12.1973/Lisboa) que viveu a infância em Viana do Castelo e a adolescência em Caminha, começou a trabalhar em artes tipográficas aos 15 anos, compondo e imprimindo o Jornal de Caminha. Em 1906 veio radicar-se em Lisboa, como operário gráfico mas começou a afirmar-se também nos movimentos sindicalistas. Em 1908 fundou o diário sindicalista A Greve e dirigiu mais tarde O Sindicalista (1911-1915), bem como O Movimento Operário (1917) e, o então nascido A Batalha (1919). Alexandre Vieira foi também membro efetivo do conselho administrativo da extinta Universidade Popular e de várias instituições de carácter cooperativo e cultural.
São da sua autoria as obras Em volta da minha profissão: Subsídios para a história do movimento operário (1950), Como se corrigem provas tipográficas: Noções úteis para quem manda executar impressão às tipografias (1951), Figuras gradas do Movimento Social Português (1959), Delegacia a um Congresso Sindical (1960), Para a História do Sindicalismo em Portugal (1970).
A obra ‘Famalicão através da sua Toponímia’, da autoria de João Afonso Machado e David Vieira de Castro, vai ser apresentada no próximo dia 4 de janeiro (quarta-feira), pelas 18h30, na Casa do Território do Parque da Devesa.
Esta obra disponibiliza aos investigadores e aos interessados pela historiografia famalicense a compilação, numa única edição, do estudo sobre as diversas artérias famalicenses, sob a forma de um roteiro numa viagem por Famalicão.
Com investigação e textos da autoria de João Afonso Machado e ilustrações da autoria de David Vieira de Castro, o livro, editado pela Edições Húmus, conta com o apoio editorial do Município de Vila Nova de Famalicão, e vem juntar-se à coleção ‘Biblioteca Vila Nova de Famalicão: Memória e Identidade’, da alçada da autarquia, onde já faz parte a obra ‘Casas Nobres Famalicenses (ou o que delas resta)’, dos mesmos autores.
A obra vai estar à venda no dia da apresentação, 4 de janeiro, e poderá também ser adquirida, posteriormente, na Livraria Municipal, sita na Casa do Território.
O Presidente da Câmara Municipal presidiu a mais uma reunião ordinária da Comissão Municipal de Toponímia, que contou com a participação dos Vereadores Arnaldo Sousa e Nuno Faria, responsáveis respetivamente, pelo Urbanismo e Toponímia, dos Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho, e ainda dos técnicos superiores em representação da Divisão de Gestão Urbanística e Divisão das Obras Municipais da Autarquia.
Da agenda da reunião destaque para as propostas de atribuição de toponímia às vias públicas do Concelho apresentadas pela União de Freguesias de Caldas de Vizela (São Miguel e São João) e da União de Freguesias de Tagilde e Vizela (São Paio).
O Ministério do Interior - Direcção-Geral de Administração Política e Civil, através do Decreto nº. 61/71, publicado em Diário do Governo n.º 52/1971, Série I de 1971-03-03, determinou que a freguesia de Capareiros, do concelho e distrito de Viana do Castelo, passe a denominar-se Barroselas.
A escassas dezenas de metros da Avenida da República e da Praça de Londres, o bairro do Arco do Cego é considerado o percursor da habitação social em Lisboa. Projectado durante a Primeira República, a sua construção só veio a ser concretizada em pleno Estado Novo. De ruas pacatas e estreitas, consagra numa das suas artérias o nome de Xavier de Sousa, um limiano que foi um dos fundadores do Integralismo Lusitano. Mas, afinal quem foi Xavier Cordeiro?
“Nasceu na freguesia de Arcozelo (Além-da-Ponte), em 9 de janeiro de 1880. Era filho do Dr. António Xavier de Sousa Cordeiro (oriundo de uma distinta família de Leiria), juiz da antiga Relação dos Açores e Delegado do Procurador Régio na Comarca de Ponte de Lima, e de D. Claudina Elisa Garcia Cordeiro.
Fez os seus estudos preparatórios nos liceus de Lisboa, Faro e Santarém. Em 1897, matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e conclui o curso em 1903.
Casa em 1905 com D. Maria Helena Taborda Bom de Sousa, na freguesia de Nossa Senhora da Lapa em Lisboa, de quem teve dois filhos - António Carlos e Maria Amélia.
Ao longo da sua vida profissional desempenhou o cargo de professor e diretor da reputada Escola Nacional, dedicando-se simultaneamente à advocacia.
Em 1907 é nomeado para o lugar de oficial da Direção-Geral da Instrução Pública, cargo onde se manterá até à sua morte.
Adriano Xavier Cordeiro foi um dos fundadores do Integralismo Lusitano, conjuntamente com António Sardinha, Alberto Monsaraz, Luís de Almeida Braga, João do Amaral, Simão Pinto de Mesquita e Hipólito Raposo e participou na conferência da Liga Naval Portuguesa sobre a “Questão Ibérica”, a quem coube a parte relativa ao Direito e às Instituições dos dois estados peninsulares, mais concretamente sobre os direitos de Portugal à sua livre existência como nacionalidade.
Em 1917 profere na Associação de Advogados de Lisboa a conferência “O problema da vinculação” (publicada em dois volumes). Seguem-se outras conferências, designadamente “Palavras sobre a arte do povo” proferida na abertura de uma exposição de indústrias regionais portuguesas, na qual realça “com o fervor de um apóstolo e o escrúpulo literário de um verdadeiro estilista”.
Foi nomeado pelo então Ministro da Justiça, Dr. Osório de Castro, para elaborar o projeto da instituição do Casal de Família em Portugal, que é apresentado em sessão do senado de 8 de janeiro de 1919.
Faleceu no Porto em 11 de setembro de 1919, representando a sua morte uma verdadeira perda nacional.”
A Câmara Municipal de Esposende homenageou hoje, dia 25 de Abril, o piloto Paulo Gonçalves, assinalando o 1.º aniversário do seu falecimento. A freguesia de Gemeses passa a contar, na sua toponímia, com a rua Paulo Gonçalves, perpetuando o nome do filho da terra que faleceu a 12 de janeiro de 2020, na Arábia Saudita, após queda na 42.ª edição do Rali Dakar.
A Igreja Paroquial de Gemeses acolheu, dentro das regras impostas pela DGS, os familiares e amigos que quiseram homenagear Paulo Gonçalves, numa missa em que o padre Cândido Sá destacou "o homem que se dedicou ao seu sonho e ousou voar".
O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, relembrou a enorme perda que constituiu para Esposende a morte de Paulo Gonçalves e anunciou outras homenagens.
"Olhando para o percurso de vida do Paulo Gonçalves, lembramos as suas qualidades humanas. Além desta rua de Gemeses que passa a chamar-se Paulo Gonçalves, onde pretendemos pôr, no futuro, um monumento em sua homenagem, enquadrada na requalificação de todo o espaço envolvente. Também é nossa intensão que a cidade de Esposende venha a ter uma rua ou avenida com o nome de Paulo Gonçalves", anunciou Benjamim Pereira.
Estão previstas outras iniciativas, evocativas do legado de Paulo Gonçalves, nomeadamente provas de desporto motorizado, passeios motard e a edição de uma fotobiografia, com a correspondente exposição, entre outras iniciativas que estão a ser ponderadas.
Inicialmente agendada para o dia do seu falecimento, 12 de janeiro, devido às restrições decorrentes da pandemia, só agora, com o desconfinamento progressivo, foi possível realizar esta homenagem.
Angelo Maria Frondoni (Zibello, Emilia-Romagna, 26 de fevereiro de 1809 —Santos-o-Velho, Lisboa, 4 de junho de 1891) foi um músico, maestro, compositor, poeta e crítico de arte, de origem italiana que fez carreira em Portugal.
Retrato de Angelo Frondoni - O Occidente (1891)
Angelo Maria Frondoni nasceu a 26 de fevereiro de 1809, na pequena aldeia de Pieveottoville, na comuna de Zibello, província de Parma, na região da Emilia-Romagna, em Itália, filho de Paolo Frondoni e de Maddalena Marchi. Outras fontes sugerem o ano de 1812.
Radicou-se no nosso país no ano de 1838, com cerca de 26 anos, quando veio para Portugal para ser maestro do Teatro de São Carlos, contratado pelo 1.º Conde de Farrobo. As suas primeiras composições em Portugal foram dois bailados – A Ilha dos Portentos e A Volta de Pedro o Grande de Moscovo – exibidos em 1839. O seu sucesso veio de operetas e revistas populares.
No Teatro da Rua dos Condes alcançou muito êxito com a farsa O Beijo, estreada em 26 de novembro de 1844, tendo a música sido publicada pelo editor Sassetti dada a sua grande popularidade.
Mas o que tornou Ângelo Frondoni mais famoso foi em 1846 ter composto o Hino do Minho, com letra de Paulo Midosi, que ficou conhecido popularmente como Hino da Maria da Fonte. Esta música patriótica teve larga divulgação e chegou mesmo a ser aceite nos últimos tempos da Monarquia quase como um hino nacional. No entanto, como era contra o Cabralismo e Cartismo e tinha enorme popularidade, o governo de Costa Cabral, proibiu-a. Na sequência da Revolução da Maria de Fonte, Costa Cabral havia sido demitido em 20 de maio de 1846 e exilou-se em Espanha, mas D. Maria II que sempre o apoiou voltou a nomeá-lo para governar o país em 18 de junho de 1849 (que durou até 1 de maio de 1851). Ângelo Frondoni teve dissabores nesses anos, a ponto de se ver obrigado a esconder-se para não ser preso e, ao contrário do que fazia com outros artistas, D. Maria II nunca o recebeu no Paço Real.
O Conde de Farrobo que sempre estimou Frondoni, encomendou-lhe então uma opereta para o Teatro das Laranjeiras, Mademoiselle de Mérange, em francês, que se cantou a 11 de junho de 1847. Dedicou-se também a ser professor de Canto, para além de escrever música para muitas comédias e dramas, tendo mesmo dirigido uma companhia de ópera-cómica italiana que em 1859 se organizou no Teatro D. Fernando.
A 11 de junho de 1859, na Igreja do Loreto, ao Chiado, casou com Maria José de Almeida, natural de Lisboa, freguesia de Santa Marinha, filha de Manuel Cristóvão de Almeida e de Severina Maria da Pena. Foi pai de Madalena Frondoni Lacombe, médium da elite lisboeta, sua única filha.[1]
Quando se construiu o Teatro da Trindade, Francisco Palha quis explorar a ópera cómica burlesca e chamou Frondoni para maestro, onde trabalhou desde O Barba Azul de 1868 até 1873. Também para o próximo Teatro Gymnasio musicou o drama Evangelho em acção (1870) e na época de 1873/74 voltou para o São Carlos, como maestro, para em 1874 apresentar a ópera burlesca O filho da senhora Angot, no Teatro do Príncipe Real.
Ângelo Frondoni também se empenhou em difundir o canto coral, para o que publicou artigos em jornais, solicitou ajuda a pessoas importantes e das sociedades de canto coral de Paris e da Bélgica e abriu até um curso gratuito, tentando concretizar a ideia sem sucesso, em Lisboa e depois, no Porto.
Interessado em literatura publicou dois folhetins na Revolução deSetembro – Da Poética em música (1854) e Efeitos de música (1867), um soneto em italiano à memória de D. Pedro V (1861) na Revista Contemporânea e a composição para canto Camões e o Jau, a partir de fragmentos de poesia de António Feliciano de Castilho, elaborada por ocasião das festas do centenário de Camões de 1880.
Angelo Frondoni faleceu aos 82 anos (outras fontes sugerem 79 e 83 anos), à 1 hora da madrugada de 4 de junho de 1891, na sua residência, o 2.º andar do número 460 da Rua 24 de Julho (hoje Avenida), freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, já no estado de viúvo. Encontra-se sepultado em jazigo de família no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
O acontecimento é noticiado em vários jornais da época, podendo ler-se no Diário Illustrado (edição de 5 de junho de 1891): "Falleceu hontem, com 79 annos de edade, o maestro Angelo Frondoni, que estava em Portugal desde 1838. Veio contractado pelo conde de Farrobo para o theatro das Larangeiras, e desde então nunca mais sahira de Portugal (...) Frondoni era um excentrico, sempre muito abstracto, muito esquecido. Passeava philosophicamente de cachimbo na bocca, bengala atraz das costas. Comquanto estivesse longos annos em Portugal, não conseguiu nunca fallar bem o portuguez. Assim, na sua linguagem pittorescamente estrangeirada, dava a razão de fumar sempre cachimbo: porque era «une coise munte bom para o peita.» As suas producções musicaes eram vivas, animadas, brilhantes. Ficavam no ouvido do povo (...) Frondoni deixa uma filha casada com o sr. Leon Lacombe, engenheiro da Empreza Industrial Portugueza."
O nome de Frondoni está na toponímia de Belém, da Póvoa do Lanhoso – onde começou a Revolução da Maria da Fonte – e da cidade do Porto