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No dia 16 de maio de 2025, às 21h30, o Município Ponte de Lima apresenta no Teatro Diogo Bernardes, em Estreia e Coprodução com o Teatro Stephens, o espetáculo de Cruzamentos Artísticos, “Povo da Montanha”, pela Leirena Teatro - Companhia de Teatro de Leiria.
Bilhetes disponíveis em: https://teatrodiogobernardes.bol.pt
A companhia Teatro de Balugas estreou este sábado, em Barcelos, a peça que evoca o papel da aldeia de Cambedo, no concelho de Chaves, ao acolher refugiados e guerrilheiros que combatiam o franquismo.
O novo trabalho, intitulado “Cambedo 1946”, subiu ao palco do Theatro Gil Vicente com lotação esgotada. Trata-se do primeiro espetáculo da segunda trilogia da companhia de Barcelos, com texto e encenação de Cândido Sobreiro.
Através do teatro físico, o trabalho é um espetáculo narrativo, utilizando a linguagem do corpo, sonoridades e elementos visuais como extensão dessa narrativa para contar a história de uma fronteira que não impediu a solidariedade de dois povos, mas também não conteve um ataque militar concertado por Portugal e Espanha.
Com a participação especial do ator galego Antonio Vázquez Turnes, do Andaravía Teatro, Corunha, e a presença na plateia também do galego Xurxo Ayan Vila, um dos arqueólogos responsáveis pelo primeiro projeto de arqueologia contemporânea em Portugal, levado a cabo nesta aldeia de Trás-os-Montes, a obra é, nas palavras do autor e encenador, “uma linha do tempo que continua em aberto, pois a memória confiscada à aldeia ainda não foi totalmente reposta e a opção por um espetáculo de teatro físico, é tornar a peça e a sua mensagem em formas universais de linguagem”.
O ator galego Antonio Vázquez Turnes do Andaravía Teatro participa no espetáculo Cambedo 1946. Esta e muitas mais surpresas no primeiro espetáculo da segunda trilogia do Teatro de Balugas sobre a história esquecida de uma aldeia do noroeste peninsular bombardeada pelas duas ditaduras ibéricas.
CAMBEDO 1946, Teatro de Balugas
10 de maio • 21h30 • Theatro Gil Vicente (Barcelos)
Bilhetes disponíveis em gilvicente.bol.pt
Realizou-se ontem em Melgaço, no Castelo de Castro Laboreiro, a cerimónia de assinatura dos novos contratos-programa de apoio às Comédias do Minho, celebrados entre a estrutura cultural e os cinco municípios do Vale do Minho: Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira. O momento decorreu na presença de autarcas dos cinco municípios envolvidos e da diretora geral das Comédias do Minho, Fátima Alçada, numa demonstração de compromisso político e institucional com a continuidade deste projeto cultural em rede.
Os novos contratos-programa formalizam um apoio anual global de 150 mil euros, traduzindo um aumento de 50% no contributo de cada autarquia face ao acordo anterior. Este reforço reflete não apenas o reconhecimento do impacto cultural e social que as Comédias do Minho têm vindo a consolidar ao longo dos últimos 20 anos, com uma programação artística de proximidade, inovadora e participativa, mas também a consciência de que o contexto atual exige uma resposta ajustada. Após vários anos de estabilidade contratual, os municípios assumem agora que o mundo mudou — com novas exigências económicas e sociais — e que o valor do trabalho cultural deve acompanhar essa transformação. Este compromisso renovado permite assegurar a continuidade, a qualidade e a ambição de um projeto cultural profundamente enraizado no território, capacitado para enfrentar os desafios do presente e do futuro.
Desde 2003, as Comédias do Minho têm vindo a afirmar-se como um projeto cultural singular no panorama nacional, fruto da colaboração entre os cinco municípios do Vale do Minho. Esta estrutura artística assente num modelo de criação e difusão cultural em rede tem promovido, ao longo de mais de duas décadas, uma intensa atividade de programação teatral, formação, mediação cultural e participação comunitária, reforçando a identidade cultural da região e aproximando a arte das populações locais.
Fundada em 2003, as Comédias do Minho, fundadas em 2003 é uma associação cultural de direito privado que reúne os municípios de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira, constituindo o seu território de ação. Com uma missão centrada na criação de um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica local, as Comédias do Minho investem em propostas artísticas e pedagógicas de valor participativo e simbólico, envolvendo ativamente as comunidades. Esta missão concretiza-se através de três eixos interligados: uma companhia de teatro profissional, um projeto pedagógico e um projeto comunitário. As Comédias do Minho contam com a promoção da Crédito Agrícola Caixa do Norte e o apoio da República Portuguesa - Cultura.
A nova peça do Teatro de Balugas, “Cambedo 1946”, estreia no dia 10 de maio, pelas 21h30, no Theatro Gil Vicente em Barcelos. Trata-se do primeiro espetáculo da segunda trilogia da companhia barcelense, com texto e encenação de Cândido Sobreiro.
A nova obra retrata a aldeia raiana de Cambedo que, em 1946, foi cercada por forças repressivas de ambas as ditaduras ibéricas e bombardeada com morteiros. O resultado foi gente morta, ferida e presa. Sobre o assunto caiu um ignominioso silêncio, o que se passou foi obscurecido e deturpado pelos fascismos ibéricos durante décadas.
Através do teatro físico, o trabalho é um espetáculo narrativo, utilizando a linguagem do corpo, sonoridades e elementos visuais como extensão dessa narrativa, para contar a história de uma fronteira que não impediu a solidariedade de dois povos, mas também não conteve um ataque militar concertado por Portugal e Espanha.
Os bilhetes podem ser adquiridos online em GilVicente.bol.pt ou na bilheteira do teatro em Barcelos.
Festival Infantojuvenil de Teatro de Vila Verde está de volta com mais de 100 crianças em palco
A IV edição do FIT – Festival Infantojuvenil de Teatro de Vila Verde – está de regresso e promete encher os palcos de talento infantil e muita diversão. O evento realiza-se no dia 10 de maio, a partir das 10h, na Escola Profissional Amar Terra Verde, com entrada livre (sujeita à lotação do espaço).
Mais de uma centena de crianças subirão ao palco, num dia dedicado à celebração ao teatro e ao envolvimento das comunidades escolares e culturais da região. Entre os destaques deste ano estão as atuações dos grupos convidados do MINC – Movimento Incriativo de Ponte da Barca e das Oficinas de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.
A programação conta ainda com um espetáculo promovido pelo Projeto Expressar, especialmente pensado para o público infantil.
O FIT, promovido pelo Município de Vila Verde em parceria com o Projeto Expressar, afirma-se, mais uma vez, como um espaço de encontro e partilha, promovendo o desenvolvimento artístico e o gosto pelo teatro desde a infância.
A nova peça do Teatro de Balugas, “Cambedo 1946”, estreia no dia 10 de maio, pelas 21h30, no Theatro Gil Vicente em Barcelos. Trata-se do primeiro espetáculo da segunda trilogia da companhia barcelense, com texto e encenação de Cândido Sobreiro.
A nova obra retrata a aldeia raiana de Cambedo que, em 1946, foi cercada por forças repressivas de ambas as ditaduras ibéricas e bombardeada com morteiros. O resultado foi gente morta, ferida e presa. Sobre o assunto caiu um ignominioso silêncio, o que se passou foi obscurecido e deturpado pelos fascismos ibéricos durante décadas.
Através do teatro físico, o trabalho é um espetáculo narrativo, utilizando a linguagem do corpo, sonoridades e elementos visuais como extensão dessa narrativa, para contar a história de uma fronteira que não impediu a solidariedade de dois povos, mas também não conteve um ataque militar concertado por Portugal e Espanha.
Os bilhetes podem ser adquiridos online em GilVicente.bol.pt ou na bilheteira do teatro em Barcelos.
A companhia de teatro Krisálida encontra-se na África do Sul a representar oficialmente Portugal nas comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que decorrem na Universidade de Witwatersrand (Wits), em Joanesburgo, a convite do Instituto Camões.
O evento, promovido pelo Instituto Camões, através do seu Centro de Língua Portuguesa na Wits, em colaboração com o Consulado Geral de Portugal em Joanesburgo, reúne membros da comunidade académica, diplomática e cultural.
A Krisálida apresenta "Retalhos de um Amor", um espetáculo a partir da obra "Amor de Perdição" de Camilo Castelo Branco, no Chris Seabrooke Music Hall, um dos espaços culturais de referência da universidade. A performance destaca-se pela sua abordagem sensível e poética das relações humanas, evidenciando a riqueza expressiva da língua portuguesa como ferramenta artística e cultural.
O Dia Mundial da Língua Portuguesa, celebrado anualmente a 5 de maio, foi proclamado pela UNESCO em 2019, reconhecendo a importância global da língua portuguesa e a sua contribuição para a diversidade cultural mundial. A presença da Krisálida neste evento internacional simboliza o compromisso da companhia em promover a cultura portuguesa além-fronteiras.
Sobre a Krisálida:
Fundada em outubro de 2014 e sediada em Caminha (Viana do Castelo), a Krisálida é uma companhia de teatro profissional dedicada à criação de espetáculos originais que exploram temáticas socialmente relevantes, estimulando o pensamento crítico e o diálogo. Através do teatro como meio de expressão artística, social e educativa, a Krisálida procura democratizar o acesso à cultura, apresentando as suas criações a públicos diversos, tanto em espaços tradicionais como alternativos. Para além da produção artística, a companhia desenvolve projetos pedagógicos e comunitários, promovendo a participação ativa da comunidade. Organiza ainda o Festival de Marionetas Luso-Galaico (MALUGA) e acolhe espetáculos de outras companhias, contribuindo para a circulação nacional e internacional das artes cénicas e para o surgimento de novas linguagens e visões no panorama teatral contemporâneo.
Hoje, dia 3 de maio, pelas 21h30, a marcar o arranque do VI Festival de Teatro Amador de Esposende, o Grupo Forjães em Cena traz ao público a peça "A Jogada do Conde", com uma adaptação livre de uma peça de F. Gomes.
Um Conde, à conta da sua “extravagância”, encontra-se na miséria. Para sair desta situação de falência orçamental tem um plano que passa por casar a filha com um amigo rico. Para tal, conta com a bondade de sua filha, e irá contar também com todos os que vivem consigo. Naturalmente, esta jogada passa por muitos enganos, mentiras, revelações, mal entendidos. Trocas e baldrocas.
A Festa da Marioneta Luso-Galaica está de volta!
De 31 de maio a 08 de junho, a MALUGA vai levar a magia das marionetas a Caminha e Vila Praia de Âncora com espetáculos de sala, oficinas criativas, sessões para escolas e muita animação gratuita na rua, ao ar livre, para toda a família!
E há mais! Nos dias 7 e 8 de junho, a festa estende-se até ao município de Esposende, numa parceria com o Município de Esposende.
“C…” espetáculo de teatro pelo +TAC
sáb_3 mai_21h30 | Centro Cultural
“C…”, espetáculo de teatro do +TAC – Mais Teatro Amador Courense, sobe ao palco este sábado, 3 de maio, pelas 21h30, no Centro Cultural de Paredes de Coura, no âmbito do FITAVALE, Festival Itinerante de Teatro de Amadores do Vale do Minho, que desafiou cinco dramaturgos a escrever um texto original para cada um dos cinco grupos de teatro amador que integram os municípios deste território.
No caso concreto do +TAC, “C…” é uma criação de Luís Filipe Silva a partir de “Cenofobia” de André Teodósio, “um texto caótico e provocador” ao qual foram adicionadas as experiências plásticas de cada um dos que integram a peça: “um convite -- ou um desafio -- ao público para confrontar os seus próprios medos e para (re)pensar o lugar do teatro enquanto espelho e disrupção do mundo”, sugere a sinopse do trabalho, enquanto André Teodósio explica que “Cenofobia consiste num grupo de pessoas que tem de fazer alguma coisa… e para alguém, porque senão a coisa toma conta de nós (o que é um paradoxo, uma vez que se sentimos que temos de fazer alguma coisa, é porque há já alguma coisa a exigir-nos que façamos alguma coisa para que a tal coisa não nos coisifique!) Complexo? Lá está, é um jogo”.
“C…”
Criação Luís Filipe Silva
Texto a partir de “Cenofobia” de André Teodósio
Música Samuel Coelho
Desenho de Luz Vasco Ferreira
Cenografia e Adereços Cristóvão Neto
Interpretação Adrian Rosa, Ana Costa, Alexandre Carvalho, Aurora Teixeira, Maria José Esteves, Mariana Carapinha, Marta Almeida, Rafael Pereira
Espetáculo integrado no FITAVALE - Festival Itinerante de Teatro Amador do Vale do Minho - Comédias do Minho
Entrada livre limitada à lotação da sala
Sexta edição integra quatro espetáculos dos grupos do concelho
O FESTIAMA - Festival de Teatro Amador de Esposende vai regressar ao palco do Auditório Municipal, nos meses de maio e junho, com a apresentação de quatro espetáculos.
O evento, que já vai na sexta edição, visa promover o trabalho realizado pelos grupos de teatro amador do concelho, no âmbito do projeto CREARTE - Crescimento da Arte Teatral de Esposende, incrementado pelo Município de Esposende com assinalável êxito, pela dinâmica e envolvência desenvolvidas em torno desta arte.
Os espetáculos terão lugar nos dias 3, 24 e 31 de maio e 19 de junho, sempre às 21h30. Na abertura, no dia 3 de maio, sobe a palco o Forjães em Cena com “A Jogada do Conde”, uma adaptação livre de uma peça de F. Gomes.
Um Conde, à conta da sua “extravagância”, encontra-se na miséria. Para sair desta situação de falência orçamental tem um plano que passa por casar a filha com um amigo rico. Para tal, conta com a bondade de sua filha, e irá contar também com todos os que vivem consigo. Naturalmente, esta jogada passa por muitos enganos, mentiras, revelações, mal-entendidos. Trocas e baldrocas.
No dia 24 de maio, é a vez do GATERC - Grupo Amador de Teatro Esposende Rio Cávado levar à cena a produção “Para Grandes Males, Grandes Remédios”, uma adaptação de três atos únicos - Farmácia de Serviço, Amizade, Perigosamente – da autoria de Eduardo di Filippo dramaturgo, ator, encenador e cineasta italiano.
Numa farmácia onde todos os dias parecem iguais, diferentes histórias de amor, conflito e despedida cruzam-se sem que ninguém pare para perceber. Entre um casamento à beira do colapso, um homem que aguarda a morte e um farmacêutico preso à rotina, as personagens vivem momentos de tensão, humor e emoção, sempre à sombra do tempo que nunca para. Mas para grandes males, grandes remédios — ou pelo menos assim se pensa. Entre tentativas de cura, soluções desesperadas e o medo do inevitável, a pergunta mantém-se: será que algo realmente muda ou estamos todos presos nos mesmos ciclos?
A GATA - Grupo Associativo de Teatro Amador, de Fão, atua no dia 31 de maio, apresentando o espetáculo “O Fantasma do Salão Paroquial”, da autoria de Tiago Rio.
Numa talvez demasiado pacata aldeia, um misterioso fantasma decide que as pessoas são felizes demais. O teatro, em particular, afigura-se-lhe com um veneno na moralidade do povo. Para acabar com essa exacerbada libertinagem, o misterioso fantasma tenta assombrar as almas do grupo de teatro amador local, de modo a que os seus integrantes não queiram mais ensaiar ou apresentar peças de teatro no salão paroquial da aldeia. Como se desenrolará este conflito?
A encerrar a sexta edição do FESTIAMA, o Grupo de Teatro da JUM, de Marinhas, apresenta, no dia 19 de junho, “Natal na Esquadra”, peça adaptada de uma peça de Jean Martine.
Na noite de Natal, dois inspetores estão de serviço, apenas com alguns desamparados como companhia. Nesse momento, o Ministro do Interior chega à esquadra para prestar homenagem ao compromisso das forças de ordem. Naturalmente, nada acontecerá como esperado…
Todos os espetáculos contam com encenação de Eva Fernandes e Jorge Alonso, artistas que, através do projeto CREARTE, trabalham regularmente com os grupos de teatro amador do concelho.
Os bilhetes para os espetáculos, todos direcionados para maiores de 8 anos, podem ser adquiridos na bilheteira online da Esposende 2000, no atendimento das Piscinas Foz do Cávado ou uma hora antes do espetáculo, no próprio Auditório Municipal. Mais informações sobre o evento estão disponíveis na agenda on-line do Município: https://www.municipio.esposende.pt/viver/eventos
Entre 3 e 31 de maio, o teatro é feito por quem vive o território
O FITAVALE – Festival Itinerante de Teatro de Amadores do Vale do Minho – regressa, entre 3 e 31 de maio, com uma proposta renovada e profundamente enraizada no território: cinco dramaturgos e dramaturgas foram desafiados a criar textos originais para os cinco grupos de teatro amador dos concelhos de Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura. Este desafio, lançado através de uma open call muito participada, promove o encontro entre a criação profissional e a prática teatral amadora, cruzando vozes e experiências distintas, mas unidas por uma mesma geografia afetiva.
Organizado pelas Comédias do Minho, o festival assume-se como uma utopia em construção – um gesto coletivo de criação, partilha e pertença, num tempo em que é urgente sonhar em conjunto. Ao longo de cinco fins de semana, o FITAVALE percorre os municípios do Vale do Minho, oferecendo à população espetáculos que espelham inquietações universais a partir de vozes locais.
O festival tem início no dia 3 de maio, em Paredes de Coura, com o espetáculo “Cenofobia”, protagonizado pelo grupo +TAC (Mais Teatro Amador Courense), com encenação de Luís Filipe Silva e música de Samuel Coelho. Inspirado num texto caótico e provocador de André Teodósio, este espetáculo convida o público a confrontar os seus próprios medos e a (re)pensar o lugar do teatro enquanto espelho e disrupção do mundo. Entre o absurdo e o plástico – no sentido literal –, Cenofobia é um jogo de espelhos e um apelo à ação, marcado por uma linguagem visual intensa e uma interpretação coletiva poderosa.
No fim de semana seguinte, no dia 9 de maio, sobe à cena no Palco das Artes, em Vila Nova de Cerveira, o espetáculo “Aurora Debruçada Sobre o Rio”, uma criação do grupo Outra Cena com encenação de Tânia Almeida, a partir de um texto de Cláudio Castro Filho. Mergulhando nas questões da pertença, do território e da ideia de casa, a peça interroga-se: será que pertencemos ao lugar onde nascemos? Ou será esse lugar que nos molda, que nos reclama, que nos sonha? Com sensibilidade e lirismo, este espetáculo propõe uma reflexão poética sobre identidade e enraizamento, tendo o rio como metáfora de vida e memória.
No dia 17 de maio, o FITAVALE ruma a Valença, onde o grupo Verdevejo apresenta o espetáculo “O Dia do Arquivo”, encenado por Sara Costa e livremente inspirado no texto “O meu deus, arquivaram o meu avô”, de Alexandra Moreira. Num mundo ficcional onde as memórias são o bem mais precioso, uma família comemora o Dia Nacional do Arquivo com uma visita à Biblioteca Nacional – o centro nevrálgico de uma realidade onde recordar é uma urgência. Cada membro da família embarca numa aventura surreal, entre personagens insólitas e situações desconcertantes, confrontando medos, ilusões e verdades. Com humor e densidade emocional, esta criação questiona a forma como recordamos, esquecemos e somos lembrados.
Nos dias 23 e 24 de maio, o grupo Os Simples, de Melgaço, apresenta na Casa da Cultura o espetáculo “Ser Cá Dos”, com encenação de Ana Perfeito e texto de João Pecegueiro. Onze atores dão vida a onze personagens encerradas há cinquenta e três dias. Entre cartas – em todos os significados da palavra – e fragmentos de memória, desenha-se uma travessia por múltiplos géneros teatrais, com o cerco de 1388 a Melgaço como ponto de partida. Cada quadro é uma tentativa inexplicável de libertação desse não-lugar em que habitam. Cercados. Ser cá dos... dos que são de cá, dos que não são; das memórias, das viagens, da realidade e da ficção.
O festival encerra no dia 31 de maio, em Monção, com “Pequena Coleção de Esquecimentos”, criação do grupo CTJV com encenação de Cheila Pereira, dramaturgia de Matilde Real e música original e interpretação ao vivo de Rita Barbosa. Esta peça reúne esquecimentos, gestos, vontades e imagens que uma mulher deixou para trás. Entre vestígios e silêncios, desenha-se o retrato fragmentado de uma figura anónima que talvez tenha escolhido desaparecer. Um espetáculo subtil e tocante sobre o que resta quando quase tudo se apaga – e sobre como a memória, mesmo em falha, constrói presença.
A apresentação integra a Maratona FITAVALE, que se realiza no Cine-Teatro João Verde, onde todos os grupos se reencontram para uma celebração final do teatro e da comunidade.
Mais do que um festival, o FITAVALE é um lugar de encontro e criação, onde o teatro se faz espelho, memória e provocação – sempre com os pés no território e os olhos no futuro.
Sobre as Comédias do Minho
As Comédias do Minho iniciaram a sua atividade profissional em 2004, com o objetivo de levar o teatro às aldeias do Vale do Minho, promovendo uma relação próxima e genuína com as comunidades locais. A Companhia tem investido na circulação de criadores nacionais e internacionais, oferecendo uma programação diversificada que reflete o seu compromisso com a arte e a cultura.
A sua atuação é estruturada em três pilares principais: a Companhia de Teatro, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário, que trabalham de forma integrada e complementar. A missão das Comédias do Minho é clara: criar um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica do Vale do Minho, com um forte foco no envolvimento das populações.
Curso Alargado Sem Interesse Nenhum desafia aprendizagem tradicional
Entre 22 e 24 de abril, a atriz e encenadora Beatriz Batarda junta-se ao programa pedagógico das Comédias do Minho, assumindo as sessões do “ Curso Alargado Sem Interesse Nenhum” (CASIN).
Nesta nova etapa do CASIN, Beatriz Batarda irá explorar a relação entre a palavra, o corpo e a interpretação, desafiando os alunos a mergulharem no universo da expressão teatral. O seu percurso multifacetado – que atravessa o teatro, o cinema e a encenação – será o ponto de partida para um conjunto de oficinas práticas, nas quais os jovens terão a oportunidade de desenvolver competências essenciais para a comunicação, a criatividade e a reflexão crítica.
Batarda junta-se assim a um leque de formadores que já passaram pelo CASIN, como Albano Jerónimo, Afonso Cruz, Marta Bernardes e José Maria Vieira Pinto, dando continuidade ao compromisso do projeto de trazer aos alunos perspetivas diversificadas e experiências enriquecedoras. A iniciativa tem como objetivo não apenas a transmissão de conhecimentos, mas também a criação de espaços de partilha e experimentação, onde a aprendizagem surge de forma dinâmica e interativa.
Sobre o CASIN
O “Curso Alargado Sem Interesse Nenhum” é um programa pedagógico das Comédias do Minho que decorre ao longo de três anos letivos. Com cinco grupos de alunos, em cinco municípios do Vale do Minho, e cinco convidados de referência, este ciclo formativo realiza-se entre dezembro e abril de cada ano letivo, promovendo sessões presenciais de 3h30.
O CASIN é um projeto que pretende fomentar o pensamento crítico e a colaboração, proporcionando aos alunos e professores um contacto direto com artistas e criadores de diferentes áreas. Para além das formações para os estudantes, o programa inclui também ações de capacitação para docentes, assegurando que a inovação pedagógica se reflete em toda a comunidade escolar.
O nome provocador – “Curso Alargado Sem Interesse Nenhum” – reflete o humor e a ousadia das Comédias do Minho, incentivando os participantes a olharem para o conhecimento e para a aprendizagem com um novo olhar, fora dos moldes convencionais.
O projeto, que envolve as escolas secundárias de Melgaço, Monção e Valença e as escolas profissionais ETAP, em Vila Nova de Cerveira, e EPRAMI, em Paredes de Coura, é financiado pela Fundação BPI/laCaixa e conta com o apoio do dstgroup.
Sobre as Comédias do Minho
As Comédias do Minho iniciaram a sua atividade profissional em 2004, com o objetivo de levar o teatro às aldeias do Vale do Minho, promovendo uma relação próxima e genuína com as comunidades locais. A Companhia tem investido na circulação de criadores nacionais e internacionais, oferecendo uma programação diversificada que reflete o seu compromisso com a arte e a cultura.
A sua atuação é estruturada em três pilares principais: a Companhia de Teatro, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário, que trabalham de forma integrada e complementar. A missão das Comédias do Minho é clara: criar um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica do Vale do Minho, com um forte foco no envolvimento das populações.
Arrancou, na noite do passado sábado, a primeira de três encenações teatrais que integram a programação pascal de Ponte da Barca. Inicialmente prevista para decorrer no Mosteiro de Vila Nova de Muía, a peça foi transferida para o Pavilhão Municipal devido às condições meteorológicas adversas. Ainda assim, o público pôde assistir à emocionante representação de "O Sermão da Montanha", que percorreu momentos marcantes da vida de Cristo, desde o Seu nascimento em Belém até à chegada a Jerusalém.
O ciclo prossegue já na próxima Quinta-feira Santa, com a tradicional recriação de "A Mui Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo", nos arredores do Mosteiro de Bravães. Esta encenação retrata, com intensidade e emoção, as últimas 24 horas de vida de Jesus na Terra.
A programação culmina a 19 de abril, às 22h30, com a encenação de "A Ressurreição de Jesus Cristo", no imponente Mosteiro Românico de São Martinho de Crasto, encerrando esta série de representações com um momento de grande simbolismo e espiritualidade.
Todas as peças são encenadas por Jaime Ferreri e contam com a participação de cerca de 300 atores e figurantes locais, oriundos das diversas freguesias do concelho. Com figurinos detalhados, cenários cuidados e iluminação especial, estas encenações representam um momento marcante da vivência pascal em Ponte da Barca, unindo fé, cultura e comunidade.
Espetáculo de teatro de rua acontece a 19 de abril, às 23h30
Na noite de 19 de abril, às 23h30, Vila Nova de Cerveira volta a acolher a Queima de Judas, um espetáculo de teatro de rua concebido pelas Comédias do Minho, em parceria com o Município. Criado com forte envolvimento da comunidade local, o evento assinala simbolicamente o fim de um ciclo e a chegada da Primavera, num ritual coletivo de renovação que alia tradição e criação artística contemporânea.
Desde 2006 que esta reinterpretação da Queima de Judas é levada a cabo pelas Comédias do Minho, estrutura artística que atua nos cinco municípios do Vale do Minho, com um trabalho centrado na ligação entre arte e comunidade. O espetáculo de rua assenta num trabalho artístico exigente e participado, que envolve habitantes, associações locais, IPSS e artistas profissionais e amadores, que, ao longo de semanas, trabalham na construção conjunta deste evento anual que tem vindo a afirmar-se como um momento marcante na programação cultural do concelho.
Este ano, a narrativa parte do beijo da traição de Judas a Cristo, símbolo da Paixão, para construir uma metáfora sobre o erro, a culpa e, sobretudo, a redenção. A proposta propõe um olhar renovado sobre esta figura bíblica, colocando o enfoque na dimensão humana e na procura de comunhão entre iguais. Mais do que um julgamento, o espetáculo é um convite à celebração da imperfeição, da consciência e da solidariedade.
O espetáculo vai invadir o centro da vila dedicada às artes, num percurso que culmina na queima do Judas, figura construída com o apoio da comunidade e carregada de significados simbólicos. A sua destruição ritual, ao som de música e entre aplausos, transforma-se num momento de catarse e festa aberta a toda a população.
A criação artística está a cargo de Diana Sá e Gonçalo Fonseca, com produção das Comédias do Minho e organização do Município de Vila Nova de Cerveira. A participação da população local — em palco, nos bastidores e na construção da figura do Judas — é uma vez mais elemento central deste projeto, inserido no Projeto Comunitário das Comédias do Minho, que promove a criação artística com base nas tradições e dinâmicas locais, fora das lógicas de entretenimento comercial.
A entrada é livre e todos estão convidados a participar neste momento único de partilha, expressão e celebração comunitária.
As Comédias do Minho iniciaram a sua atividade profissional em 2004, com o objetivo de levar o teatro às aldeias do Vale do Minho, promovendo uma relação próxima e genuína com as comunidades locais. A Companhia tem investido na circulação de criadores nacionais e internacionais, oferecendo uma programação diversificada que reflete o seu compromisso com a arte e a cultura. A sua atuação é estruturada em três pilares principais: a Companhia de Teatro, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário, que trabalham de forma integrada e complementar. A missão das Comédias do Minho é clara: criar um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica do Vale do Minho, com um forte foco no envolvimento das populações.
Este sábado, 12 de abril às 17h, a Sala Experimental do Teatro Municipal Sá de Miranda abre portas para o teatro infantojuvenil com o espetáculo “Olha a Bruxa, Nicolau”, de UMCOLETIVO!
Uma história misteriosa e cheia de magia para os mais novos, perfeita para uma tarde em família!
Não deixes escapar este feitiço teatral!
‘Blackface’ - por Marco Mendonça
sex_11 abr_21h30 | Centro Cultural
O racismo e as suas múltiplas formas de se apresentar está em ‘Blackface’, o espetáculo que Marco Mendonça traz à cena esta sexta-feira, 11 abril, pelas 21h30, no Centro Cultural de Paredes de Coura.
É partindo deste tipo de performance teatral que foi muito popular no século XIX e inícios de XX, em que atores coloriam as suas caras de carvão representando personagens afro-americanas, que Marco Mendoça procura desmontar aos dias de hoje algumas reminiscências que já se imaginariam longínquas.
“Onde começou o blackface? Quando termina o blackface?
Blackface é um espectáculo a solo, escrito e encenado por Marco Mendonça, uma conferência musical, entre o stand up e a fantasia, entre a sátira e o teatro físico, entre o burlesco e o documental.
Partindo de experiências pessoais e da história do blackface como prática teatral racista – desde as suas raízes nos EUA aos casos portugueses –, Marco Mendonça procura os limites do que pode, ou não, ser representado num palco.
Considerando a extensa biblioteca de eventos em que esta prática racista foi usada para retratar pessoas negras como membros inferiores da sociedade portuguesa, será possível achar que não existe racismo em Portugal?”, lê-se na sinopse deste espetáculo, de uma particular atualidade, que também passa por Paredes de Coura.
Ficha:
Direção artística, criação e interpretação: Marco Mendonça
Apoio à criação: Bruno Huca
Apoio à dramaturgia: Gisela Casimiro
Vídeo: Heverton Harieno
Composição musical e sonoplastia: Mestre André
Desenho de luz: Rui Monteiro
Cenografia: Pedro Azevedo
Figurino: Aldina Jesus
Direção técnica e operação de luz: Manuel Abrantes
Montagem de cenografia: Daniela Cardante
Difusão e produção: Teatro do Vão / Carolina P. Gameiro
Produção: Alkantara / Sinara Suzin (2023-24)
Coprodução: Alkantara, Teatro do Bairro Alto e Teatro Viriato
Residência de coprodução: O Espaço do Tempo
Apoio à residência: Moussem Nomadic Arts Centre
Agradecimentos: Ana Cristina Mendonça, André e. Teodósio, Artistas Unidos, Bernardo Peixoto, Catarina Amaral, Cidália Espadinha, Cleo Diára, Eduardo Mendonça, Eduardo Molina, Gio Lourenço, Isabél Zuaa, Márcia Mendonça, Marcos Cardão, Maria Jorge, Nádia Yracema, Nuna, Nuno Lopes, Soraia Tavares, Raquel S., Tiago Bartolomeu Costa e Vanessa Coelho.