As Comédias do Minho realizam, amanhã e sexta-feira, duas oficinas de teatro em Paredes de Coura, dando continuidade ao ciclo de formações que está a percorrer o Vale do Minho com o objetivo de promover a inclusão social ativa através da cultura. As sessões decorrem no Quartel das Artes, entre as 19h00 e as 21h30, e serão orientadas por Maria João Mota, cofundadora da PELE e do Núcleo de Teatro do Oprimido do Porto, criadora e formadora com vasta experiência em teatro comunitário e práticas artísticas de intervenção social.
Este ciclo integra um projeto mais amplo que procura utilizar o teatro como ferramenta de capacitação e integração de pessoas de toda a comunidade. Ao trabalhar diretamente com os grupos de teatro amador dos cinco municípios das Comédias do Minho, o projeto reforça a ideia de que a arte pode ser um motor de participação cívica, desenvolvimento pessoal e coesão social.
As oficinas em Paredes de Coura pretendem envolver tanto os elementos dos grupos amadores como qualquer pessoa da comunidade que tenha interesse em experimentar o teatro, independentemente da experiência ou formação. A participação é gratuita e não requer inscrição prévia. Para a diretora-geral e artística das Comédias do Minho, Fátima Alçada, esta iniciativa “afirma o teatro como espaço de encontro e transformação, onde cada pessoa pode descobrir a sua voz e sentir-se parte ativa da comunidade”.
A rede de teatro amador das Comédias do Minho, que reúne cerca de 80 elementos com idades compreendidas entre os 10 e os 85 anos, é composta pelos grupos Os Simples, de Melgaço, CTJV, de Monção, Verdevejo, de Valença, +tac (mais teatro amador courense), de Paredes de Coura, e OutraCena, de Vila Nova de Cerveira.
Criadas em 2004, as Comédias do Minho desenvolvem um projeto cultural estruturado nos eixos artístico, pedagógico e comunitário, promovendo uma relação contínua com as populações de Melgaço, Monção, Valença, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira. As oficinas agora anunciadas integram o percurso que culminará no FITAVALE 2027 – Festival Itinerante de Teatro Amador do Vale do Minho, reafirmando o compromisso da companhia com a cultura de proximidade e a participação das comunidades no processo criativo.
O Clube para a UNESCO de Salvaguarda do Teatro em Línguas Minoritárias, dirigido pelo Teatro de Balugas, venceu o Prémio Fundação Manuel António da Mota para Clubes UNESCO pela organização do LÍNGUA - Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias. A entrega do prémio decorreu este sábado, em Amarante, na 3.ª edição do espetáculo Sementes de Paz, realizado no âmbito do 20.º Aniversário da Convenção da UNESCO sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005–2025).
A Comissão Nacional da UNESCO e a Fundação Manuel António da Mota instituíram este prémio, no valor monetário de 5.000 euros, sob o lema “Criar Alicerces na Sociedade, Construir Pontes para a Paz”, para reconhecer projetos inspiradores desenvolvidos pelos Clubes para a UNESCO, como verdadeiros exemplos de cidadania ativa, trabalho de excelência e de compromisso com os ideais e valores da Organização.
O LÍNGUA é um certame dedicado às línguas da terra, onde o teatro comunitário e amador identitário de uma região ou de uma língua ou dialeto tenha palco. O diretor artístico do Teatro de Balugas, Cândido Sobreiro, questiona e responde: “O que perdemos quando morre uma língua? A resposta a esta pergunta levou à criação deste festival: a importância do teatro como expressão de resiliência da mesma, porque quando morre uma língua, morre todo um legado outrora transmitido de geração em geração”.
Nas últimas 2 edições do festival, já subiram ao palco do Theatro Gil Vicente, em Barcelos, trabalhos em várias línguas minoritárias como o mirandês, o estremenho, o sassarese, a língua gestual portuguesa, o galego, a língua cabo-verdiana/crioulo e darija/árabe marroquino. O festival está de volta à cidade de Barcelos de 5 a 7 de junho de 2026
Após a apresentação da peça, as crianças metem mãos à obra e constroem a sua própria personagem.
Pela voz de fantoches improvisados, num cenário que nos leva para os castelos de encantar, o Município de Monção dá a conhecer às crianças da Educação Pré-Escolar, através do teatro de fantoches, a história mais famosa da nossa terra: A Lenda de Deu-la-Deu Martins.
Feita pela equipa dos museus, desde o cenário às marionetas, passando pelos diálogos entre as personagens, a peça está a ser apresentada, desde o passado dia 3, até ao próximo dia 18 deste mês, no Museu Monção & Memórias.
Com duas representações diárias, a atividade destina-se a cerca de 400 crianças do Agrupamento de Escolas de Monção e da Santa Casa da Misericórdia de Monção. Os dias têm sido animados, não faltando aprendizagem e conhecimento, nem a passagem de momentos diferentes e entretidos.
Após a apresentação da peça, as crianças metem mãos à obra e constroem a sua própria personagem, numa oficina de trabalho partilhada e enriquecedora, onde a imaginação e a criatividade não têm limites, gerando, em tenra idade, a possibilidade de sonhar, criar e transformar.
Integrado no “Recontros – Ciclo de Teatro e Expressões de Arcos de Valdevez”, o projeto municipal “A Escola Vai às Artes” levou os 600 alunos do 1.º Ciclo das várias escolas do concelho ao Auditório da Casa das Artes para assistirem à peça “A Girafa Que Comia Estrelas”, apresentada pelo coletivo teatral local Movimento Incriativo (MiNC).
Promovido pelo Município de Arcos de Valdevez, este projeto tem vindo a consolidar-se ao longo da última década como uma referência na educação artística e cultural, envolvendo centenas de alunos de diferentes níveis de ensino. O seu principal objetivo é aproximar os mais jovens das diversas expressões artísticas, incentivando desde cedo o gosto pelas Artes e pela Cultura.
Desta vez, o destaque foi para o espetáculo “A Girafa Que Comia Estrelas”, uma adaptação do conto homónimo de José Eduardo Agualusa. Um espetáculo cheio de emoção, humor e imaginação que encantou o público infantil.
Com iniciativas como esta, o Município de Arcos de Valdevez reafirma o seu compromisso com a promoção das artes, a formação de públicos e a valorização da cultura local, fazendo da Casa das Artes um espaço de descoberta, criatividade e partilha.
Filipe Queiroga nasceu a 2 de janeiro de 1973, em Apúlia, concelho de Esposende.
Tem desenvolvido ao longo dos anos uma atividade cultural e artística com diversas abordagens pela música, dança e teatro. Mais recentemente abraçou um projeto de recolha e preservação do património imaterial de Apúlia, de onde se destaca a colaboração na candidatura da atividade da “Apanha do Sargaço” a Património Imaterial da Humanidade.
O seu primeiro romance, intitulado “O Infante”, foi publicado em 2016.
Em 2017 foi editado “A Guerra que nos une”, o seu segundo romance.
Fonte: Atlantic Book Shop
A Mareada é uma associação cultural apuliense criada para a recolha, preservação, promoção e divulgação do património material e imaterial da Apúlia, fomento e realização de atividades recreativas, artísticas e culturais.
Arranca já amanhã, dia 8 de novembro, mais uma edição do Encontro de Teatros (ET), promovido pelo GATERC - Grupo Amador de Teatro Esposende Rio Cávado, com o apoio do Município de Esposende.
Esta é a 15.ª edição de um evento que se consolidou ao longo dos anos como um marco cultural no concelho. Integra quatro espetáculos, sempre ao sábado à noite, a partir das 21h30, no Auditório Municipal de Esposende, prometendo envolver o público através de várias formas de expressão teatral, com uma programação rica e diversificada.
A abertura estará a cargo da Companhia da Chanca, que leva à cena a peça “Sítio”.
Um casal de idosos que vive numa aldeia no interior de Portugal recebe um postal anunciando o nascimento do seu neto. Os dois decidem juntar numa encomenda algumas prendas para enviar para o neto que está no estrangeiro e partem numa longa caminhada. Com o embrulho debaixo do braço e uma doce fúria de viver, eles vão experimentar uma série de pequenas e ternas aventuras, partilhar memórias e até apagar um incêndio. No final da epopeia, conseguem chegar… à estação de correios da vila mais próxima!
No dia 15 de novembro sobe a palco o GATERC – Grupo Amador de Teatro Esposende Rio Cávado, com a peça “Grandes Males, Grandes Remédios”.
Numa farmácia onde todos os dias parecem iguais, diferentes histórias de amor, conflito e despedida cruzam-se sem que ninguém pare para perceber. Entre um casamento à beira do colapso, um homem que aguarda a morte e um farmacêutico preso à rotina, as personagens vivem momentos de tensão, humor e emoção, sempre à sombra do tempo que nunca para. Mas para grandes males, grandes remédios — ou pelo menos assim se pensa. Entre tentativas de cura, soluções desesperadas e o medo do inevitável, a pergunta mantém-se: será que algo realmente muda ou estamos todos presos nos mesmos ciclos?
No dia 22 de novembro, apresenta-se o grupo teatro “Astro Fingido”, com a produção “Debaixo do Poilão, a qual conta com financiamento do Ministério da Cultura/DGArtes.
Na sombra imponente do Poilão, a maior árvore do arquipélago de Cabo Verde debaixo da qual nasceu esta criação, há histórias que atravessam séculos.
Testemunha silenciosa de vidas, encontros e resistências, o Poilão guarda em si memórias ancestrais que ecoam até ao presente. Inspirado por este símbolo de força, "Debaixo do Poilão" é uma experiência teatral que parte do encontro entre diferentes culturas para tecer histórias, sensações e imagens que emergem da terra, do vento e das sombras que dançam sob a copa da árvore.
Mais do que um espetáculo, "Debaixo do Poilão" é uma jornada sensorial que convida o público a sentir, imaginar e redescobrir histórias africanas guardadas pelo tempo.
A encerrar o 15.º Encontro de Teatros, no dia 29 de novembro, o “Peripécia Teatro” leva à cena a peça “Loba”.
“[O lobo] poderoso e gigantesco, com olhos profundos cor de mel. De olhos nos quais sempre pairava uma terrível pergunta: Por que tenho que ser eu o desterrado?”- Félix Rodríguez de la Fuente, Un Cuento de Lobos.
O uivo do lobo fala a linguagem das lendas. Quase todas elas nascidas das trevas e na ignorância. Boa parte do que pensamos saber sobre o lobo aparece à luz incerta de mitos e superstições. De modo que as histórias repetidas em todos os territórios dos lobos sobre animais que trotam quilómetros ao lado de caminhantes perdidos, para testar sua coragem e confirmar se podem atacar, podem ser tomadas como verdadeiras; de machos ousados que entram nos currais para arrancar os cordeiros das mãos do pastor.
Mas o seu uivo também fala de outras histórias que descrevem um animal nobre e leal aos seus entes queridos. De indivíduos que passam a noite chorando de tristeza no local onde seu companheiro foi morto. E dos machos que saltam as paredes dos currais para recuperar a pele, estendida para secar, da sua loba morta. Ninguém ouve esses uivos da mesma maneira.
Mais informações sobre cada peça, assim como o acesso à bilheteira online, estão disponíveis através da agenda online do Município de Esposende, em https://www.municipio.esposende.pt/viver/eventos. Os ingressos poderão ainda ser adquiridos presencialmente no atendimento das Piscinas Foz do Cávado ou no Auditório Municipal, uma hora antes de cada espetáculo.
Refira-se que o Município de Esposende tem vindo a investir na promoção e valorização do teatro, através do Programa CREARTE – Crescimento da Arte Teatral em Esposende, o qual foi agraciado com o Prémio “Palco de Terra/2021”, na categoria “Instituição”, pela companhia Teatro de Balugas, de Barcelos.
Espetáculo "Província" marcou o fim de um mês de teatro em Joane, numa edição que destacou a diversidade artística e o talento nacional
O XXXVIII Festival Teatro Construção chegou ao fim com o espetáculo "Província", uma criação coletiva de artistas independentes que encerrou a edição de 2025 com uma forte celebração da diversidade, da colaboração e da energia criativa que caracterizaram todo o evento.
Ao longo do mês de outubro, o festival, organizado pela ATC – Associação Teatro Construção, em Joane, Vila Nova de Famalicão, voltou a reunir companhias e artistas de várias regiões do país, oferecendo ao público espetáculos para escolas, famílias e público em geral, num ambiente de proximidade e partilha cultural.
"Foi uma edição marcada pela qualidade artística e pela diversidade. Voltámos a ter um programa que refletiu o melhor do teatro português contemporâneo, com humor, reflexão, emoção e uma grande ligação ao público", destaca Simão Barros, da Direção Artística do Festival Teatro Construção.
"O festival cresce a cada edição, não apenas em número de espetáculos, mas na sua relevância cultural. Este é um espaço de encontro, de criação e de afirmação da importância do teatro como motor de comunidade", acrescenta.
UM MÊS DE TEATRO, PARTILHA E GRANDES NOMES EM JOANE
Durante quatro fins de semana, o festival apresentou um vasto programa de criações originais e companhias vindas de todo o país.
Entre os destaques estiveram "Ser Português de Norte a Sul" (Krisalida), "Sede" (ASTA), a irreverente adaptação de "Rei Lear" (Companhia do Chapitô), e "A Pérola" (Companhia da Esquina), que lotou o auditório da ATC e contou com um elenco de rostos bem conhecidos do público português, como Ana Lúcia Palminha, Paula Neves e Rui Luís Brás.
O festival manteve também a sua forte ligação às escolas e famílias, com sessões especialmente dedicadas aos mais novos, como "O Velho Ermita", "Um Submarino em Marte", "Contos d’OIRO, ContaDOUROs", e "Rei e as Moscas", do Histórioscópio (Porto), que encerrou o ciclo infantil com muita imaginação e humor.
O espetáculo final, "Província", marcou o encerramento da 38.ª edição com um tom celebrativo, simbolizando o espírito do festival, feito de colaboração, experimentação e encontro.
"Encerrar com ‘Província’ foi uma escolha muito significativa. É um espetáculo que fala sobre quem somos, sobre o lugar de onde criamos e sobre a importância de continuar a fazê-lo em conjunto. É o espelho perfeito do espírito do Festival Teatro Construção", conclui Simão Barros.
Com quase cinco décadas de história, o Festival Teatro Construção é hoje um dos mais antigos e consistentes do país, continuando a afirmar Joane como um ponto de encontro das artes performativas em Portugal.
A ATC reforça o compromisso de dar continuidade a este projeto, apostando na proximidade com o público, na formação artística e no apoio à criação teatral contemporânea.
O XXXVIII Festival Teatro Construção contou com o apoio da República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes, no âmbito do apoio a projetos de programação.
A Krisálida, companhia de teatro com sede em Caminha, celebra uma década de criação artística com o lançamento do livro “10 anos de Krisálida”, uma obra que revisita o percurso, os projetos e os rostos que marcaram este trajeto. A apresentação terá lugar no âmbito do 20º Encontro Internacional das Artes, que decorre nos dias 6 e 7 de novembro, na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC).
A sessão de lançamento está agendada para o dia 7 de novembro, às 12h00, na Biblioteca Professor Luís Mourão, e contará com a presença da diretora artística Carla Magalhães e das designers Helena Soares e Sara Costa, responsáveis pela imagem e design do livro.
Com esta edição, a Krisálida pretende celebrar dez anos dedicados à criação, à formação e à promoção das artes performativas, reforçando o compromisso da companhia com a cultura e com o território.
A companhia convida o público, artistas, parceiros culturais e a comunicação social a juntarem-se a esta celebração, que assinala um momento simbólico na história da Krisálida.
Fundada em 2014, a Krisálida desenvolve em Caminha um projeto cultural singular, que alia criação artística, pensamento crítico e debate em torno de questões sociais relevantes. Para além dos espetáculos originais, promove iniciativas pedagógicas e comunitárias, organiza o Festival de Marionetas Luso-Galaico (MALUGA) e leva as suas produções a palcos nacionais e internacionais, fortalecendo a ligação entre Caminha, a Galiza e outras geografias.
Peça “Ouve-me como se te tocasse” pode ser vista no Café Raianos, em Messegães, no Restaurante Saint Tropez, em Trute e no Café Cristina, em Tangil. A entrada é livre.
O ator e o espectador encontram-se. De igual para igual.
O nível de responsabilidade para que a experiência teatral seja completa depende de todos os intervenientes. O público deixa de existir para dar lugar a uma experiência de partilha entre quem conta uma história e quem a ouve.
Através do dispositivo cénico, da relação próxima e intimista entre ator e espectador, da escrita empática do texto, pretende-se devolver ao público a vontade e responsabilidade da apropriação de um objeto artístico que, em última instância, só existe porque o público o faz existir.
Ficha Artística
Texto: Eduardo Brito
Criação e conceção plástica: Diana Sá
Cenografia: Patrick Hubmann
Direção Técnica: João de Guimarães
Inteerpretação: Cheila Pereira, Diana Sá, Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Sara Costa, Isabel Cunha (Paredes de Coura), Andreia Gomes (Valença), Celine Nascimento (Monção, Sonia Almeida (Vila Nova de Cerveira), Juliana Pires (Melgaço).
“Ouve-me de Perto como se Te Tocasse”: Teatro das Comédias do Minho Este Fim de Semana em Valença
A Companhia de Teatro Comédias do Minho apresenta, em Valença, o espetáculo “Ouve-me de Perto como se Te Tocasse”, com quatro sessões programadas entre 31 de outubro e 2 de novembro.
O público é convidado a viver uma experiência de cumplicidade única, onde o diálogo e a proximidade com os atores ganham palco.
Ao longo de 60 minutos, o espetáculo desafia as fronteiras tradicionais entre intérprete e espetador, inspirando-se no modelo das salas de visita das prisões americanas. Cinco cabinas criam espaços íntimos para a escuta e partilha de histórias, memórias e confissões — numa relação direta e envolvente.
Esta criação reforça a missão das Comédias do Minho de levar o teatro aos lugares e ao encontro das pessoas. Em Valença, o elenco contará com uma participação especial: Andreia Gomes, do grupo de teatro amador VerdeVejo, que se junta ao projeto para partilhar segredos que só se contam ao ouvido.
Programa dos Espetáculos:
31 outubro – Sede do Rancho Folclórico de São Julião, às 21h00
1 novembro – Praça da República, na Fortaleza de Valença, às 16h00
1 novembro – Pepitos Bar, Verdoejo, às 21h00
2 novembro – São Gabriel, em Fontoura, às 16h00
“Ouve-me de Perto como se Te Tocasse” tem texto de Eduardo Brito, criação plástica de Diana Sá , cenografia de Patrick Hubmann, interpretação de Cheila Pereira, Luís Filipe Silva, Sara Costa, Diana Sá, Gonçalo Fonseca e ainda atores dos grupos de teatro amador dos cinco municípios do Vale do Minho. A direção técnica é de João de Guimarães e a imagem de Patrick Esteves.
No fim de semana passado, a Casa das Artes foi palco da segunda edição do PLATTA – Festival Transfronteiriço de Teatro Amador, integrada no Recontros – Ciclo de Teatro e Expressões de Arcos de Valdevez.
O festival, que nasceu em 2024, voltou a reunir companhias dos dois lados da fronteira, promovendo o encontro entre o Grupo Atrezo (Galiza), o Grupo Fénix Teatro (Zamora) e o Grupo Teatro d’Água (Portugal).
Durante dois dias, o público pôde assistir a diferentes propostas teatrais que refletiram a diversidade do teatro amador ibérico. As atuações foram marcadas pela energia dos intérpretes, pela criatividade das encenações e pela partilha entre artistas e espectadores.
A segunda edição do PLATTA confirmou o sucesso da iniciativa, reforçando os laços culturais entre Portugal e Espanha e sublinhando o papel da Casa das Artes como espaço de encontro e valorização das expressões teatrais.
Espetáculo final, a 31 de outubro, celebra as artes performativas e marca o encerramento da 38.ª edição do festival em Joane.
O XXXVIII Festival Teatro Construção aproxima-se do fim, depois de um fim de semana de grande sucesso com o espetáculo “A Pérola”, da Companhia da Esquina, que lotou o auditório da ATC – Associação Teatro Construção, em Joane, Vila Nova de Famalicão.
O público respondeu em força à presença de um elenco de rostos bem conhecidos do panorama artístico nacional — Ana Lúcia Palminha, Carla Chambel, Paula Neves, Pedro Martinho, Pedro Pernas, Rita Fernandes, Rui Luís Brás e Tiago Costa — numa encenação de Jorge Gomes Ribeiro, que conquistou o público pela qualidade e intensidade dramática.
“Foi um momento especial para o festival e para Joane. A adesão do público e a qualidade do espetáculo mostraram bem o que o Festival Teatro Construção representa: o encontro entre artistas de diferentes trajetórias e o reconhecimento da importância do teatro como espaço de partilha”, refere Simão Barros, da Direção Artística do Festival.
O fim de semana ficou também marcado pela participação da companhia Filandorra – Teatro do Noroeste, que apresentou “Contos d’OIRO, ContaDOUROs” em duas sessões dedicadas às escolas, e pelo espetáculo familiar “Rei e as Moscas”, do Histórioscópio (Porto), que encerrou o domingo com humor e imaginação
ENCERRAMENTO DO FESTIVAL: “PROVÍNCIA” UMA CELEBRAÇÃO COLETIVA DAS ARTES PERFORMATIVAS
O festival termina esta sexta-feira, 31 de outubro, às 21h30, com o espetáculo “Província”, uma criação coletiva de artistas independentes que promete um encerramento simbólico e inspirador.
“’Província’ é uma celebração da criação artística e da identidade cultural do nosso território. É o encerramento perfeito para uma edição marcada pela qualidade, diversidade e pela ligação entre companhias e públicos de todo o país”, acrescenta Simão Barros.
Os bilhetes para o Festival Teatro Construção têm o valor de 6€ para o público em geral e 4€ para sócios e estudantes, sendo a entrada gratuita para crianças até aos 10 anos, quando acompanhadas por um adulto com bilhete.
O XXXVIII Festival Teatro Construção conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes, no âmbito do apoio a projetos de programação.
Mais informações e reservas podem ser feitas através do email cultura@atc.pt ou pelo telefone 252 922 175.
Em virtude das más condições meteorológicas previstas para a próxima sexta-feira, dia 31 de outubro, todas as atividades da iniciativa «A Bicha das 7 Cabeças», foram adiadas para dia 7 de novembro.
A Caminhada PR13, na freguesia de Ribeiros, acontecerá no sábado, 8 de novembro.
As oficinas de teatro do Theatro Club já arrancaram com novos horários e com uma abrangência mais ajustada às necessidades que a procura revela, sem perder de vista o principal objetivo que é dar continuidade a este projeto formativo.
Estas oficinas destinam-se, também, a acolher participantes de todas as idades e níveis de experiência, promovendo a criatividade, a dinâmica de grupo, o trabalho em equipa e o crescimento pessoal. As oficinas permitem que “os atores e atrizes” descubram novas formas de expressão, tanto a nível físico como emocional e, pretende-se que adquiram uma experiência teatral completa.
Os planos de formação são específicos para as duas Turmas de Crianças, que através do jogo dramático vão poder explorar o teatro; para a Turma de Iniciação, que pretende desenvolver a presença cénica e a consciência corporal e para a Turma de Exploração, na qual se trabalha a interpretação e as emoções.
Todos estes fatores, que baseiam a formação na área do teatro, são de extrema importância para o desenvolvimento de competências de crianças e jovens. A aprendizagem de novos conceitos e a experimentação de novas situações conferem-lhes melhor preparação para situações em contexto escolar e, a longo prazo, a nível profissional.
Além destas propostas e para outro público, vai também arrancar a oficina de trabalho do TEM, Teatro Experimental Maria, que surgiu no ano passado, precisamente no Dia Mundial do Teatro, a 27 de março.
Com um registo de mais de duas dezenas de candidaturas, espera-se que o TEM se apresente com uma energia reforçada com um número ainda maior de povoenses interessados em criar teatro. As candidaturas ainda estão a decorrer (terminam a 24 de outubro). As audições estão marcadas para os dias 27 e 28 de outubro.
Os ensaios irão decorrer às segundas, terças e quartas à noite, entre as 20h30 e as 22h30, com um novo modelo de trabalho, pois o TEM passa a dividir-se entre a nova produção e a reposição de espetáculos anteriores.
Aliás, o atual elenco de OS VULTOS já se encontra a trabalhar para uma apresentação no Theatro Club, a 15 de novembro, na qual vão participar atores profissionais convidados, cujas presenças se têm revelado bastante enriquecedoras.
O TEM está também a iniciar os trabalhos para levar OS VULTOS a outros palcos da região durante o próximo ano, cumprindo um dos objetivos deste Grupo de Teatro.
Os trabalhos para a nova produção, a estrear no verão de 2026, começam em novembro já com a integração dos candidatos selecionados e está previsto que todos os participantes se familiarizem com outras funções, além da interpretação, que vão desde o texto (dramaturgia), passando pela encenação, cenografia, figurinos, luz e som.
Tal como referiu a Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, aquando da realização do XXIII Fórum Permanente de Teatro e a propósito também da realização do XX Concurso Nacional de Teatro Ruy de Carvalho, ambos no início deste ano, na Póvoa de Lanhoso, “a formação é muito importante, não só no teatro, mas como em todas as dimensões, mas além disso é também o espírito que se cria, de união, de família, de partilha, de entusiasmo”.
A experiência de partilha entre quem conta uma história e quem ouve é o mote para a peça de teatro “Ouve-me como se te tocasse”, que as Comédias do Minho levam à cena em quatro espaços diferentes do concelho de Paredes de Coura, entre sexta-feira e domingo.
O Xapas Lounge, em Paredes de Coura, recebe a peça pelas 23 horas de sexta-feira, 24 de outubro, enquanto no sábado as apresentações dividem-se pelo Café Portugal, em Castanheira, às 17h00, e Doce Pecado, em Bico, pelas 21h00. A última apresentação de “Ouve-me como se te tocasse” está agendada para a tarde de domingo, 15h00, no Café Antas, em Rubiães.
Em “Ouve-me como se te tocasse” o ator e o espectador encontram-se. De igual para igual. O nível de responsabilidade para que a experiência teatral seja completa depende de todos os intervenientes. O público deixa de existir para dar lugar a cúmplice de uma experiência de partilha entre quem conta uma história e quem ouve.
O objetivo é através do dispositivo cénico, da relação próxima e intimista entre ator e espectador, a escrita do texto a pensar na criação de empatia, conseguir devolver ao público em geral a vontade e responsabilidade da apropriação de um objeto artístico que, em última instância só existe porque o público o faz existir. Neste projeto o principal objetivo é refletir sobre a distância que se sente entre o teatro contemporâneo e o espectador e repensar este casamento que é feito a duas partes.
FICHA ARTÍSTICA
Textos Eduardo Brito
Criação e concepção plástica Diana Sá
Cenografia Patrick Hubmann
Direção Técnica João de Guimarães
Interpretação Cheila Pereira, Diana Sá, Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Sara Costa, Isabel Cunha (Paredes de Coura), Andreia Gomes (Valença), Celine Nascimento (Monção), Sónia Almeida (Vila Nova de Cerveira), Juliana Pires (Melgaço)
Comédias do Minho e Diana Sá
"Viagem a Lisboa" e ‘Auto das Anfitriãs’
Ainda esta sexta-feira, mas mais cedo, pelas 21h30, o Centro Cultural assiste ao regresso a Coura do ator João Pedro Vaz, que foi diretor artístico das Comédias do Minho e recentemente foi distinguido com o Globo de Ouro para melhor ator de cinema com "Os Papéis do Inglês".
Nesta coprodução A Oficina/Centro Cultural Vila Flor e Teatro-Cine de Pombal, O Clube traz a peça "Viagem a Lisboa", um espetáculo-concerto, como na obra de Isabela Figueiredo e de Silk Nobre, em que a família surge como contexto nuclear para abordar tensões sociopolíticas, como o colonialismo, o racismo e a experiência dos "retornados”.
Ainda no teatro, o mês de outubro o Centro Cultural de Paredes de Coura associa-se às comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões via ‘Auto das Anfitriãs’, um espetáculo integrado no Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, para ver a 31 de outubro, pelas 21h30.
A Casa das Artes acolhe, no próximo fim de semana, a segunda edição do PLATTA – Festival Transfronteiriço de Teatro Amador, iniciativa que nasceu em 2024 e que reúne companhias de ambos os lados da fronteira: o Grupo Atrezo (Galiza), o Grupo Fénix Teatro (Zamora) e o Grupo Teatro d’Água (Portugal).
Sinopses:
➡️ 𝐒𝐢𝐥e𝐧𝐜𝐢𝐨
Se cada vez que queremos sair das normas, do que dita a moral, dizem-nos SILENCIO.
Se os que supostamente têm que cuidar-nos, proteger-nos constroem armadilhas e ordenam SILENCIO.
Se fizermos caso e nos calarmos só ficará o SILENCIO…. Rompamos O SILENCIO.
➡️ 𝐓𝐞𝐫𝐚𝐩𝐢𝐚
Quem é o louco? Essa é a questão, e a resposta deixa espaço para, pelo menos, uma grande questão.
A peça apresenta esta realidade e fá-lo apelando à comédia, à insensatez que provoca o riso, de modo a aliviar um pouco a angústia que nos causa.
O médico e o seu paciente tentam encontrar as respostas. Será que as vão encontrar?
"Os sãos não são aqueles que não veem as coisas... são aqueles que as veem como todos os outros, mas permanecem em silêncio."
➡️ 𝐀 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐞𝐫𝐧𝐚𝐫𝐝𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐚
Após a morte do segundo marido, Bernarda Alba impõe um luto rigoroso de oito anos às suas cinco filhas, confinando-as dentro de casa e controlando todos os aspetos das suas vidas. A casa transforma-se num espaço de repressão, silêncio e tensão crescente. A presença invisível de Pepe el Romano, pretendente da filha mais velha, desperta ciúmes e rivalidades, revelando os desejos reprimidos, as frustrações e os conflitos internos de cada personagem. Obra-prima do teatro espanhol, A Casa de Bernarda Alba, escrita por Federico Garcia Lorca, é uma crítica poderosa à opressão feminina, às convenções sociais rígidas e à tirania familiar.
Entrada gratuita
Bilhetes disponíveis para levantamento 30 minutos antes do evento.
*Um encontro íntimo entre ator e espetador questiona a relação do público com o teatro contemporâneo
Depois das apresentações em Melgaço e Vila Nova de Cerveira, “Ouve-me de perto como se te tocasse” chega este fim de semana a Paredes de Coura, prosseguindo a digressão das Comédias do Minho pelos cinco municípios do Vale do Minho. De sexta a domingo, o espetáculo instala-se em diferentes espaços do concelho, rompendo fronteiras entre palco e plateia e colocando em primeiro plano a cumplicidade entre quem conta uma história e quem a escuta.
Até 2 de novembro, a itinerância passará ainda por Valença e Monção, sempre em espaços públicos e informais - cafés e praças -, lugares onde a vida acontece todos os dias e onde o teatro se integra naturalmente, convidando o público a viver encontros únicos e próximos com os atores. Entre uma conversa, um café ou um copo de vinho, o público é convidado a aproximar-se e a entrar numa das cinco cabinas inspiradas nas salas de visitas das prisões americanas. Lá dentro, há um telefone, um ator e um momento de escuta. Um diálogo íntimo, de um para um, onde se revelam segredos, memórias e confissões.
Nesta criação de Diana Sá, o ator e o espetador encontram-se de igual para igual, numa experiência que valoriza a proximidade, a partilha e a responsabilidade conjunta pela existência do próprio ato teatral. Aqui, o público é convidado a participar ativamente, tornando-se parte essencial de uma criação que só se cumpre na sua presença. “Sentimos que é preciso repensar o casamento entre o teatro contemporâneo e o público. Este espetáculo é um convite a restaurar essa ligação, não pela via da culpa, mas pela da partilha”, sublinha Fátima Alçada, diretora geral e artística das Comédias do Minho
Atores amadores chamados a intervir
O texto é assinado por Eduardo Brito, a criação e conceção plástica são de Diana Sá e a cenografia de Patrick Hubmann. Em cena estão os atores profissionais das Comédias do Minho - Cheila Pereira, Luís Filipe Silva e Sara Costa - aos quais se juntam Diana Sá e Gonçalo Fonseca, atores que colaboram regularmente com a companhia.
A esta equipa somam-se ainda atores convidados dos grupos de teatro comunitário dos cinco concelhos do Vale do Minho, dinamizados ao longo do ano pelas Comédias do Minho no âmbito do seu projeto comunitário: Isabel Cunha (“+ tac”, Paredes de Coura), Andreia Gomes (“Verdevejo”, Valença), Celine Nascimento (“CTJV”, Monção), Sónia Almeida (“Outra Cena”, Vila Nova de Cerveira) e Juliana Pires (“Os Simples”, Melgaço). A sua presença em palco reforça a dimensão de proximidade, partilha e envolvimento local que define a identidade e a missão das Comédias do Minho.
A entrada é livre.
Paredes de Coura
24 a 26 de outubro
24 outubro – Xapas Lounge, Paredes de Coura | 23h00
25 outubro – Café Portugal, Castanheira | 17h00
25 outubro – Doce Pecado, Bico | 21h00
26 outubro – Café de Antas, Rubiães | 15h00
Com a participação especial de Isabel Cunha, do grupo de teatro amador “+ tac”.
Valença
31 de outubro a 2 de novembro
31 outubro – Sede do Rancho Folclórico de S. Julião | 21h00
1 novembro – Praça da República, Valença (Paços do Concelho) | 16h00
1 novembro – Pepitos Bar, Verdoejo | 21h00
2 novembro – Recinto de São Gabriel, Fontoura | 16h00
Com a participação especial de Andreia Gomes, do grupo “Verdevejo”.
Monção
6 a 9 de novembro
Locais e horários a anunciar brevemente.
Com a participação especial de Celine Nascimento, do grupo “CTJV”.
“OUVE-ME DE PERTO COMO SE TE TOCASSE”
Ficha artística:
Textos: Eduardo Brito
Criação e concepção: plástica Diana Sá
Cenografia: Patrick Hubmann
Direção Técnica: João de Guimarães
Interpretação Cheila Pereira, Diana Sá, Gonçalo Fonseca, Luís Filipe Silva, Sara Costa, Isabel Cunha (Paredes de Coura), Andreia Gomes (Valença), Celine Nascimento (Monção), Sónia Almeida (Vila Nova de Cerveira), Juliana Pires (Melgaço)
Classificação: M/12
Duração: 60 minutos
Entrada livre
Sobre as Comédias do Minho
As Comédias do Minho iniciaram a sua atividade profissional em 2004, com o objetivo de levar o teatro às aldeias do Vale do Minho, promovendo uma relação próxima e genuína com as comunidades locais. A Companhia tem investido na circulação de criadores nacionais e internacionais, oferecendo uma programação diversificada que reflete o seu compromisso com a arte e a cultura.
A sua atuação é estruturada em três pilares principais: a Companhia de Teatro, o Projeto Pedagógico e o Projeto Comunitário, que trabalham de forma integrada e complementar. A missão das Comédias do Minho é clara: criar um projeto cultural adaptado à realidade socioeconómica do Vale do Minho, com um forte foco no envolvimento das populações.