Na noite de ontem, o Auditório Municipal de Ponte da Barca recebeu a peça de teatro "O Olho Perdido de Camões", de Nelson Monforte, um espetáculo que mergulha nas profundezas da identidade portuguesa, entrelaçando passado e presente para tecer uma narrativa impactante e provocadora.
No ano em que se celebram os 100 anos do nascimento de Luís de Camões e os 50 anos do 25 de abril, a obra surge como uma reflexão profunda sobre a trajetória do país, destacando as conquistas e desafios que ainda persistem. Inspirado pela grandiosa obra "Os Lusíadas", Monforte trouxe a palco uma viagem emocional através da história de Portugal, acompanhada de cenários, sons e performances arrebatadoras.
A narrativa abordou desde as marcas do passado colonial até os ideais de liberdade conquistados com o 25 de abril, conectando esses momentos históricos aos desafios contemporâneos que moldam a sociedade portuguesa.
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O Theatro Club expande o seu leque de atividades apresentando duas novas turmas e criando um Grupo de Teatro. Este é um passo significativo na expansão das iniciativas do Theatro Club, que pretende acolher todos/as os/as apaixonados/as pelo palco, desde aqueles/as que desejam criar as suas próprias histórias até aos/às que querem mergulhar no mundo mágico da representação.
As duas turmas novas que as Oficinas de teatro apresentam são “Drama Club” e “Contos e Lendas”, que se diferenciam pelo carácter inovador e inclusivo que querem aportar à oferta nesta área.
“Drama Club" é uma turma especialmente dedicada a alunos/as estrangeiros/as que desejam explorar o mundo do teatro. Este espaço “internacional” será um ponto de encontro para partilhar histórias, culturas e, sobretudo, a paixão pelo palco. Aqui, a diversidade é celebrada, e o teatro torna-se a língua comum que une vozes de todo o mundo.
A turma "Contos e Lendas" destina-se aos/às mais vividos/as, e pretende explorar narrativas intemporais que continuarão a fascinar públicos de todas as idades. Os/as participantes terão a oportunidade de interpretar e reinventar histórias clássicas, acrescentando um toque pessoal a cada interpretação. Este espaço é ideal para aqueles/as que, independentemente da experiência, queiram descobrir e participar no mundo teatral.
Por seu lado, a criação do Grupo de Teatro resulta da evolução da antiga Turma de Criação que se transforma agora num “verdadeiro” Grupo de Teatro.
Esta nova estrutura oferece a oportunidade a quem deseja explorar o desafiador processo de criação no teatro, desde a conceção de personagens até a produção de peças originais. Haverá a liberdade de expressar a criatividade e colaborar na criação de espetáculos inovadores, com cada voz e ideia a desempenharem um papel importante na construção das produções.
Oficinas de teatro do Theatro Club: Um Projeto Formativo de Continuidade
Estas oficinas dão continuidade ao projeto formativo e destinam-se a acolher participantes de todas as idades e níveis de experiência, promovendo a criatividade, a dinâmica de grupo, o trabalho em equipa e o crescimento pessoal.
Com o objetivo principal de oferecer uma experiência teatral completa, as oficinas permitem que os atores e atrizes descubram novas formas de expressão, tanto a nível físico como emocional.
Através de uma abordagem prática, orientada para o "fazer", os/as formandos/as são desafiados a mergulhar nos diferentes aspetos do teatro, desde a interpretação de personagens, passando pela criação de histórias, até à representação final em palco.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Krisálida promove o projeto "Laboratório Kriativo – Projeto de Teatro e Comunidade", destinado a todos os residentes do Concelho de Caminha, a partir dos 16 anos de idade, de forma gratuita.
Este é um projeto de caráter comunitário que visa fomentar o diálogo entre os integrantes através da recolha e cruzamento de histórias e vivências pessoais. Realiza-se ao longo de 9 meses, convidando os envolvidos a concretizar um objeto artístico que os represente, tanto dentro como fora do palco, culminando o mesmo com a apresentação de um exercício final/espetáculo.
"Nos dois últimos anos, houve uma população sénior que frequentou a oficina, o que torna esta iniciativa muito interessante e importante. Esta mescla de experiências entre os mais novos e os mais velhos é fundamental para fomentar o diálogo, o convívio, no fundo promover uma relação entre pessoas que partilham o mesmo território e os mesmos interesses no palco ", acrescenta a Diretora Artística Carla Magalhães.
Espera-se que o projeto alcance novos públicos, mas também que se mantenha o envolvimento das pessoas que participaram nas edições anteriores, dando continuidade aos seus progressos artísticos.
As inscrições para o Laboratório Kriativo já estão abertas. Para efetuar a inscrição, basta preencher o formulário online disponível através do link: https://bit.ly/laboratoriokriativo.
O início das sessões está previsto para o dia 5 de novembro, às terças-feiras, das 21h às 23h, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.
Este Laboratório é criado e desenvolvido pela Krisálida, que conta com financiamento da DGArtes/Ministério da Cultura e com o apoio do Município de Caminha.
Laboratório Kriativo - Oficina de Teatro para comunidade Caminhense
Inscrições abertas!
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas online, através do preenchimento do formulário: https://bit.ly/laboratoriokriativo até o dia 1 de novembro.
Início das aulas: 5 de novembro de 2024.
Horários: 3ªs feiras, das 21h às 23h.
Local: Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora
A KRISÁLIDA é uma companhia profissional de teatro que está sediada em Caminha e que este ano completa 10 anos de atividades. Tem o objetivo estrutural de fomentar o interesse pela cultura, em particular, pelo teatro. Assente numa estratégia que viabilize uma estreita relação com as comunidades locais, a Krisálida procura descentralizar e democratizar o acesso ao teatro a todos. Com esse propósito, cria espetáculos de teatro que possam chegar a espaços não-convencionais e que possam ser apresentados nos mais diversos locais, sem comprometer as suas qualidades estética e artística. A companha é financiada pela Direção Geral das Artes – DGARTES/República Portuguesa e tem apoio da Câmara Municipal de Caminha.
No dia 28 de setembro de 2024, às 21h30, na Alameda de S. João, o Município de Ponte de Lima em parceria com a Associação Cultural Unhas do Diabo, apresenta o espetáculo de teatro de rua, "A Cidade e as Serras" (não é Eça), pelo grupo de Teatro Regional da Serra do Montemuro.
Iniciativa vai percorrer 30 freguesias do concelho
O ‘Teatro N’Aldeia’ vai voltar a percorrer os quatro cantos do concelho de Vila Nova de Famalicão, levando a magia do teatro amador a 30 freguesias famalicenses. A iniciativa, dinamizada pela Câmara Municipal, arranca no dia 28 de setembro e prolonga-se até 15 de dezembro, com uma programação composta por seis espetáculos protagonizados pela “prata da casa”.
As apresentações, com entrada gratuita, acontecem aos sábados e domingos, em horários que variam entre as 15h30 e as 21h30.
Serão levados a cena seis espetáculos protagonizados pelo GRUTACA – Grupo de Teatro Amador Camiliano (“Maria Moisés”), PASEC – Plataforma de Animadores Sócio Educativos e Culturais (“O Eu, o Nós e a Minha Melhor Versão”), Greculeme – Grupo Recreativo e Cultural de Lemenhe (“Um Hotel Modelo”), Academia Alçapão (“Que Portugal? ‘Está Tudo Bem Assim e Não Podia Ser de Outra Forma’”), Teatro Comunitário - Ribeirão Musical (“Os Dois Surdos”) e NUTEACV – Núcleo de Teatro da Associação Cultural de Vermoim (“Aqui e Agora”).
A oitava edição do Teatro N’Aldeia arranca no sábado, 28 de setembro, com a apresentação da peça cómica, “Hotel Modelo”, pelas 21h30, no Salão Paroquial de Oliveira Santa Maria.
Recorde-se que esta iniciativa é promovida pelo Município de Vila Nova de Famalicão, desde 2015, e conta com as Juntas de Freguesia e associações culturais famalicenses como principais parceiros. É um projeto que se tem afirmado como uma estratégia de descentralização cultural municipal de sucesso, levando o trabalho dos grupos de teatro amadores locais por todo o concelho, numa ótica de promoção da arte performativa e formação de públicos.
Toda a programação do Teatro N’Aldeia 2024 encontra-se disponível em www.famalicao.pt.
Este sábado, pelas 21h30, o Teatro Aviscena recebe no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves, no âmbito do Festival de Teatro EM CENA, a peça «A Furgoneta» do Teatro de Balugas, espetáculo selecionado para o Festival Internacional de Teatro Amador da International Amateur Theatre Association, em Debrecen, na Hungria, e vencedor do Prémio do Público no Concurso Nacional de Teatro Ruy de Carvalho. No ano passado, a peça foi distinguida em Itália como melhor espetáculo internacional de teatro amador.
O trabalho, com texto e encenação de Cândido Sobreiro é sobre a história de Romão e do irmão que decidem reformar o negócio do pai, homem com milhares de quilómetros feitos pelas aldeias do Minho. Mas agora o negócio é outro: a furgoneta que vendia tudo e mais alguma coisa, até a compra de uma simples faca, que dava para estonar batatas e cortar o pescoço ao frango, já não é feita da mesma maneira! Confrontados com um modo de vida que está a chegar ao fim entre os últimos fregueses e os velhos vendedores ambulantes, os dois irmãos veem-se divididos entre o progresso tecnológico e os que ainda resistem nas aldeias, à espera da buzina estridente e dois dedos de conversa.
Reserva de bilhetes na bilheteira do Centro Cultural Municipal de Vila das Aves ou através do telefone 252 870 020.
No próximo dia 19 de setembro (quinta-feira), tem lugar a conversa inaugural da segunda edição do EntardeCER, iniciativa do Centro de Estudos Regionais, que decorre no AP Dona Aninhas, Boutique Hotel (Viana do Castelo), parceiro no projeto, pelas 17.30 horas.
A conversa terá como tema o Auto da Floripes, representação teatral realizada anualmente por habitantes das freguesias de Mujães, Barroselas e Vila de Punhe, no lugar das Neves, no dia 5 de agosto. O auto, cujo texto evidencia influência da segunda parte da narrativa “Carlos Magno e dos Doze Pares de França”, relata a luta entre os cristãos, liderados por Carlos Magno, e um exército Turco, comandado por Balaão. O evento contará com a presença de um membro do Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto, associação que tem vindo a desenvolver diversas iniciativas no sentido de preservar este relevante património cultural e identitário.
O EntardeCER é um conjunto de conversas sobre os mais diversos assuntos, ao final da tarde, realizadas num ambiente tranquilo, entre homens e mulheres que partilham o gosto ancestral da conversação e o interesse pelo património cultural. As conversas do projeto EntardeCER são moderadas por José Carlos Loureiro e têm lugar na terceira quinta-feira de cada mês, entre setembro de 2024 e maio de 2025. A iniciativa é aberta ao público em geral, estando limitada à lotação da sala.
De forma a assinalar o 500.º aniversário de Luís de Camões, realiza-se no próximo dia 3 de outubro, às 21h30, no Auditório Municipal, um espetáculo teatral intitulado “O Olho Perdido de Camões”.
O espetáculo de Nélson Monforte apresenta dois Camões e várias perspetivas sobre a narrativa inspirada na sua obra mais célebre “Os Lusíadas”.
No dia 23 de outubro, a Krisálida, relevante companhia de Teatro do Alto Minho, completa uma década de existência em pleno desenvolvimento da sua arte.
Nestes 10 anos de companhia, consolidou-se como referência no teatro a destacar-se pela criação, produção, acolhimento de outras companhias e na exibição de espetáculos de elevada qualidade estética e artística.
A partir de uma programação diversificada, contínua e de excelência, tem contribuído para o enriquecimento do panorama cultural e económico da região onde está inserida e de todo país.
Para celebrar o momento, a Krisálida, preparou uma série de atividades destinadas a todas as idades e públicos.
“O público poderá desfrutar de uma variedade de propostas artísticas de extrema qualidade. Teremos espetáculos teatrais que nos chegam de diversos pontos do país, com diversas linguagens e estéticas, além de oficinas e dos nossos espetáculos em circulação, terminando o ano com a já tão aguardada Festa da Marioneta, comenta Carla Magalhães, Diretora Artística da Krisálida.”
A temporada começa com o KAAMinho – Krisálida Acolhe no Alto Minho, umprograma de acolhimento de grupos teatrais nacionais visando uma vasta partilha cultural. As apresentações serão realizadas no concelho de Caminha, tendo como palcos o Valadares – Teatro Municipal de Caminha e o Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.
O KAAMinho começa em setembro e será aberto pela companhia a Bruxa TEATRO (Évora), que trará ao público o espetáculo Chovem Amores na Rua do Matador de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, no dia 14, às 21h30, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora.
No dia 21, o Teatro Art’Imagem (Maia), sobe ao palco do Valadares - Teatro Municipal de Caminha, às 21h30, com o espetáculo Espécies Lázaro. Já no dia 28 de setembro, às 21h30, o Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora receberá o espetáculo Noite de Solidão no Capim, da Cia. Seiva Trupe Teatro Vivo (Porto).
Nos dias 19 e 20 de outubro, às 21h30 e 18h, as apresentações ficam à cargo da Varazim Teatro (Póvoa de Varzim) com o espetáculo Vocês Viram o Meu Cão? e da Baal17 Companhia de Teatro (Serpa), que apresenta o espetáculo Uni-Verso, respetivamente em cada data, ambos no Valadares – Teatro Municipal de Caminha. No dia 26 de outubro, às 21h30, a Asta – Teatro e Outras Artes (Covilhã) apresenta o espetáculo Spectrum em Vila Praia de Âncora.
Já no mês de novembro, a companhia Krisálida apresenta ao público o seu mais recente espetáculo, Ser Português de Norte a Sul, que se apresenta em Vila Praia de Âncora, no dia 9 de novembro, às 21h30, no Cineteatro. Para encerrar os acolhimentos do KAAMinho, no dia 10, às 18h, a Companhia de Teatro de Leiria, Leirena Teatro, irá apresentar o espetáculo Sob a Terra, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de V. P. de Âncora.
Em Dezembro chega a X Edição da MALUGA – Festa da Marioneta Luso-Galaica, entre os dias 7 e 15, em Caminha e Vila Praia de Âncora, com atividades para todas as idades com a programação a ser anunciada no fim do mês de setembro.
“A Festa da Marioneta acompanha a idade da companhia pois festeja 10 anos nesta edição. Já passaram por Caminha várias dezenas de espetáculos de companhias galegas e portuguesas com espetáculos para toda a família e para todas as idades, confirma a diretora artística”.
A confirmar o compromisso com um papel educativo e de inclusão, a Krisálida realizará, neste último trimestre do ano, oficinas teatrais e de marionetas destinadas ao público infantil, cujas inscrições abrirão em breve.
Sobre a Krisálida
A KRISÁLIDA é uma companhia profissional de teatro que está sediada em Caminha, desde 2014, com o objetivo estrutural de fomentar o interesse pela cultura, em particular, pelo teatro. Assentando numa estratégia que viabilize uma estreita relação com as comunidades locais, a Krisálida procura descentralizar e democratizar o acesso ao teatro a todos. Com esse propósito, cria espetáculos de teatro que possam chegar a espaços não-convencionais e que possam ser apresentados nos mais diversos locais, sem comprometer as suas qualidades estética e artística. A Krisálida é financiada pela Direção Geral das Artes – DGARTES/República Portuguesa.
A nova temporada da Casa das Artes de Famalicão inicia-se com uma programação de música e teatro até ao final de setembro.
A 6 de setembro, às 21h30, o pianista Shane van Neerden atua no Grande Auditório naquele que é o Concerto de abertura do Cidnay Festival. Trata-se de um espetáculo em coprodução da Casa das Artes de Famalicão e a FAMART/Cidnay Festival. Shane van Neerden atuou, nos Países Baixos, em salas como Concertgebouw, Muziekgebouw aan 't IJ e na televisão holandesa no Podium Witteman. Atualmente, frequenta os estudos de piano com Frank Peters no Conservatório de Amsterdão e com Eliso Virsaladze na Escola de Música de Fiesole (Itália).
Nos dias 13 de setembro (21h30) e 14 de setembro (18h00) mais de 80 jovens instrumentistas nascidos ou a estudar em Vila Nova de Famalicão apresentam-se em concerto na conclusão da 6ª edição da residência artística Jovem Orquestra de Famalicão, com direção artística do Maestro José Eduardo Gomes.
O programa é composto pelo Concerto para Viola e Orquestra Sz.120, BB.128 (versão Miklós Rakos), de Béla Bartók, com Máté Szücs, como solista na viola (solista Festival Cidnay) e pela Sinfonia n°5 em ré menor, Op. 47, de Dmitri Shostakovitch.
A VI edição do estágio JOF - Jovem Orquestra de Famalicão decorre de 9 a 14 de setembro de 2024, na Casa das Artes de Famalicão. Trata-se de um estágio de orquestra sinfónica de curta duração dirigido a 87 jovens instrumentistas, com formação pré-universitária ou residentes, em Vila Nova de Famalicão e organizado pela Casa das Artes/Município de Famalicão.
O teatro regressa também em setembro, nos dias 20 e 21, às 21h30, com a estreia de “Perhaps”, uma encenação de Jorge Pinto, baseada nas ideias de Buster Keaton e Samuel Beckett.
Este espetáculo é um trabalho com ex-alunos da ACE Famalicão, atores emergentes, resultante de uma residência artística, numa coprodução da Casa das Artes de Famalicão e Ensemble-Sociedade de Actores.
Nos dias 28 (10h00 e 11h30) e 29 (10h30), estreia “A Liberdade a Passar por Aqui”, uma produção da Companhia de Música Teatral, em coprodução com a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Fábrica da Artes do Centro Cultural de Belém e Cine-Teatro Louletano.
Tendemos a perceber o que é a liberdade, e a importância que tem, quando sentimos falta dela. Toma inúmeras formas, mas muitas vezes é invisível. É um bem precioso que precisa da nossa atenção, de ser nutrido, cuidado. Precisamos dela para sermos nós mesmos. Deve fazer parte do que nos acompanha quando crescemos. Como a Música. Como se explica ou fala dela aos mais pequeninos? Talvez com Música. E com o envolvimento dos pais e avós, que certamente se lembram do tempo em que era necessário ter muito cuidado com as palavras. Muitas delas deram origem a canções ou outras formas de organizar o som, em muitas épocas e locais. O exercício de revisitar melodias, ritmos, palavras, ideias e histórias que fazem parte da História, e que estão na memória dos mais velhos, e torná-los experiência artística multifacetada e livre, ambiente de fruição e partilha para eles é a proposta do espetáculo A Liberdade a Passar Por Aqui.
Um espetáculo de música e teatro para toda a família.
Entre os dias 23 e 25 de agosto, de sexta-feira a domingo, o teatro sai à rua, em Esposende. Trata-se da oitava edição FestiTeatro – Festival de Teatro de Rua, promovido pelo Município de Esposende em coprodução com a associação Itinerantenredo, com espetáculos para todas as idades e dois especialmente direcionados para a infância.
O evento insere-se no âmbito do CREARTE, projeto que visa incentivar o crescimento da arte teatral no concelho e que se enquadra numa estratégia que dá primazia ao acesso democratizado dos cidadãos à cultura e, em particular, às artes do espetáculo. Além de abrangida pelos desígnios do movimento das Cidades Educadoras, que Esposende integra, esta postura é orientada para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
Esta edição integra seis espetáculos, todos com acesso livre, com apresentações às 15h30, 21h30 e 22h00. Todas as noites, às 21h30, apresenta-se Rui Ferreira, que protagoniza "Oli’ginal”, um desenrolar de situações criadas com e para o público. Oli sai à rua e através da sua sensibilidade e destreza começa uma viagem poética movida pelo circo e inspirada no cinema mudo. Um espetáculo “oliginal”, de linguagem universal.
Na sexta-feira, dia 23, Cia, D’es Tro apresenta “POI”, a história de um homem rural preso desde a infância pelo efeito giroscópico do seu pião. Uma viagem de reviravoltas que nos transporta para o jogo, um dos estados mais importantes da vida. Misturar as artes do circo com o popular jogo do pião e as raízes da cultura mediterrânea é o principal objetivo deste espetáculo.
Para a infância, é apresentado no sábado, dia 24, às 15h30, o espetáculo “SURPRISE”, pela Companhia Pepe’s Show. Uma caixa misteriosa está prestes a explodir e a libertar duas personagens muito hilariantes, que vão contagiar ao público de alegria e diversão, tornando-os parte das situações mais engraçadas e lúdicas. “Surprise” é um espetáculo que oferece circo, teatro, comédia, malabarismo, uma engraçada marioneta criativa, interação com o público e muita diversão garantida. À noite, às 22h00, o artista Enano protagoniza "LibertEnano". Todos desejamos a nossa liberdade individual para fazer aquilo que nos apetece em qualquer momento da vida, mas nem sempre é possível, perante as obrigações quotidianas do dia a dia, onde parece que nunca temos tempo para parar e simplesmente observar, sentir, respirar. Com este espetáculo, Enano procura relembrar a nossa liberdade individual, sem preconceitos nem julgamentos, abordando assuntos tão essenciais como amizade, morte, luta, introspeção e a milagrosa ressurreição, com uma linguagem simples de entender. Um espetáculo cheio de pureza, improviso, poesia e humor, onde ninguém vai ficar indiferente.
No domingo, dia 25, às 15h30, os mais pequenos poderão assistir ao espetáculo “FORZUDOS”, apresentado pelo coletivo Zirko Txosko. Dois atletas, dois cúmplices, que se esforçam a fazer truques impossíveis. Uma demonstração de força excessiva que trará as suas consequências... Risco, desastre e absurdo são o fio condutor deste emocionante espetáculo onde portas, fogo e técnicas aéreas aparecem de uma forma absurda. Um espetáculo muito visual e dinâmico, em que o humor se mistura com as técnicas circenses. A encerrar esta edição, às 22h00, a Companhia Nacional de Espetáculos apresenta “CLOWNS”, um espetáculo de três artistas que vivem no território do sudoeste alentejano e costa vicentina, de nacionalidades e abordagens distintas à linguagem do clown, que se encontram com Giacomo Scalisi para questionar o que significa ser clown nos dias de hoje. Uma reflexão conjunta sobre a dicotomia de identidades entre o homem e o artista, que talvez resulte num espetáculo tragicómico ou, pelo menos, imprevisível.
A noite da passada segunda-feira, 5 de Agosto, foi dedicada à apresentação do programa das Comemorações dos 120 anos do Theatro Club, verdadeiro ícone cultural e histórico da Póvoa de Lanhoso, “um espaço cheio de elegância pela sua simplicidade”, nas palavras da Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira.
Esta responsável do executivo povoense fez a apresentação do vasto programa que vai prolongar-se, exatamente, até ao próximo dia 5 de Agosto do próximo ano.
Na sua intervenção, começou por fazer uma breve resenha histórica do edifício, construído em 1904 e que inicialmente comportava dois espaços: o rés-do-chão destinava-se aos Bombeiros, para socorro à população e, na parte de cima, era “o teatrinho”. Esta informação, que partilhou com os presentes, foi retirada da notícia publicada à data, no Jornal, também centenário, Maria da Fonte.
Foi de seguida, momento para referir o Concurso Nacional de Teatro Amador Ruy de Carvalho que, em 2025, cumprirá a sua vigésima edição. “Um evento de cariz nacional, um marco para o nosso Theatro Club”, acrescentou. “Este ano, associado à realização do CONTE, teremos a realização do Fórum permanente, em parceria com a Associação Nacional de Teatro.”
O programa vai contar com a continuidade do Intercâmbio Teatral e do Encontro de Teatro Lino Gravia, em estreita pareceria com o Grupo Cénico Povoense e das sessões de teatro para bebés.
Também no que concerne ao teatro terão lugar iniciativas como o Teatro Fora de Portas, “Reposição do Incorruptível”, uma reposição da peça cuja estreia nacional decorreu no palco do Theatro Club em 2004 e o espetáculo “O Olho Perdido de Camões, uma clara vénia ao grande poeta Luís de Camões e às comemorações dos seus 500 anos.
No campo musical, o programa engloba inúmeras propostas que irão contribuir para realçar a qualidade do cartaz, designadamente, a OCDM Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho, com um Concerto candelight num ambiente intimista; Tiago Barbosa com a apresentação de um novo trabalho musical com origem na música popular portuguesa “Moços”; o Festival Província Sonora: Um Festival itinerante de música erudita; o Fourward Jazz, Concerto de jazz do grupo bracarense vencedor do concurso Smooth FM.
Será indissociável a continuidade das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril e, com “25 de Abril Hoje”, um cruzamento entre música, poesia e dança, o público será surpreendido com “novas abordagens às velhas questões”.
Exposições, dança, cinema, visitas guiadas pelo “António Lopes”, oferta formativa, serviços educativos, residências artísticas vão enriquecer a programação destas comemorações, ajudando a tornar esta numa excelente oportunidade para celebrar o valor cultural do Theatro Club e a refletir sobre o seu profundo impacto na comunidade ao longo das décadas.
“É um programa vasto, que promete, e eu quero desafiar todos/as a participar e a envolverem-se nestas comemorações”. Com este repto, Fátima Moreira encerrou a apresentação, à qual se seguiu o primeiro evento desta extensa agenda, a inauguração da XXVIII Exposição Aberta de Artes Plásticas e um espetáculo de rua, animado, dinâmico e cheio de cor, que fez da primeira noite deste programa, um sucesso.
Theatro Club
Projetado por Ascensão Machado, foi construído em 1904, por ação do maior benemérito da Póvoa de Lanhoso – António Lopes, é um edifício característico da Arte Nova, destacando-se entre as salas de espetáculo existentes em Portugal pela sua peculiar arquitetura e expressiva decoração.
A sua inauguração teve lugar em 1905.
Este edifício serviu como quartel dos Bombeiros Voluntários, contribuindo significativamente para a segurança e para o bem-estar de toda a comunidade povoense.
Em 2001, este edifício foi alvo de recuperação, tendo por base o projeto dos arquitetos Mário e Adelaide Abreu (premiado pela União Europeia, apoiado pela Fundação Gulbenkian e financiado pelo Plano Operacional da Cultura), vendo adapta a sua funcionalidade e preservada a sua valia artística.
As características seculares foram respeitadas mas foram, no entanto, introduzidas pequenas alterações com o objetivo de criar novas valias e vincar soluções técnicas sempre em respeito pela unidade do conjunto, não esquecendo a forte componente histórica do edifício Theatro Club.
Fonte: Illustração Catholica, nº 227. Braga, 3 de Novembro de 1917
Oadro da Igreja Românica de São Martinho de Balugães, em Barcelos, encheu para o espetáculo de teatro comunitário TERREIRO. Inserida nas Jornadas Culturais da freguesia, esta iniciativa artística de periodicidade bienal apresentou, nesta quinta edição, o trabalho “Pão Nosso”. No passado sábado, a aldeia de Balugães e a companhia de teatro local, o Teatro de Balugas, levaram à cena uma peça de teatro comunitário e de forte identidade local, assente numa cultura de valorização do espaço e na materialização artística da memória coletiva desta aldeia e do noroeste peninsular.
Nas palavras do diretor artístico da companhia de teatro, Cândido Sobreiro, “o TERREIRO é também essa consciência necessária ao meio que o rodeia, e o teatro comunitário tem esse poder de guardar a memória e o território”.
Está de volta o teatro ao terreiro da Igreja Românica de São Martinho de Balugães, em Barcelos. É já este sábado, pelas 22h00, e com entrada livre, que a aldeia de Balugães e a companhia de teatro local, o Teatro de Balugas, levam ao adro da igreja um espetáculo bienal de teatro comunitário e de forte identidade local, assente numa cultura de valorização do espaço e na materialização artística da memória coletiva desta aldeia e do noroeste peninsular. Inserido nas Jornadas Culturais de Balugães, o TERREIRO apresenta, nesta quinta edição, o premiado espetáculo “Pão Nosso”, uma produção do Teatro de Balugas.
Nesta aldeia do Minho, marcada pelo caminho português de Santiago, e nas palavras do diretor artístico da companhia de teatro, Cândido Sobreiro, “o TERREIRO junta a terra e o palco como dois planos que são indissociáveis da sobrevivência espiritual do homem, mas também da natureza de um teatro popular e comunitário que sempre foi feito do povo, para o povo, e a partir de uma ideia de pertença comum”.