C.R. Arcos de Valdevez bate categoricamente Setúbal por 35-17
No último sábado, o C.R. Arcos de Valdevez cumpriu os seus serviços mínimos com distinção. Cabia-lhe derrotar o líder da classificação, a Academia de Setúbal, em casa e esperar por um deslize do R.C. Santarém em Tondela (que não aconteceu) para poder chegar à final da competição. De qualquer modo, ficou um exibição brilhante e a sensação amarga de ter perdido a final por pouco.
O jogo ficou marcado pelo domínio do C.R. Arcos de Valdevez a maior parte do tempo. Sinal disso foram três ensaios sem resposta nos primeiros 30 minutos, com jogadas variadas e de belo efeito. Aos 38 minutos, o Setúbal marca o seu primeiro ensaio (21-10), mas os inspirados arcuenses não perdoaram marcando o quarto ensaio ao cair do pano e entrando no ponto de bónus ofensivo. Ao intervalo o resultado estava em 28-10.
A segunda parte disputou-se sob o signo de um maior equilíbrio. Os primeiros 20 minutos ainda foram dos minhotos, mas faltou-lhes a eficácia da primeira parte, só conseguindo o ensaio perto dos 30 minutos. Nos minutos finais, o jogo ficou mais confuso. O Setúbal impôs o seu poder físico, enquanto os da casa casa há tinham a equipa muito mexida pelas substituições.
No minuto final, os sadinos conseguiram um ensaio de penalidade, que deixou o marcador no fim do jogo em 35-17, garantindo ao C.R. Arcos de Valdevez os quatro pontos da vitória mais um de bónus ofensivo.
Mau grado a qualidade da prestação, não foi suficiente para pôr o a equipa na final. Em Tondela, o R.C. Santarém venceu a equipa local por 17-29, garantido-lhe o segundo lugar na classificação ficando dois pontos à frente dos minhotos.
Deste modo, no dia 17 de maio disputar-se-á a final do CN1 entre Setúbal e Santarém.
O C.R. Arcos de Valdevez voltou a perder de forma tangencial. Depois de ser vencido por um ponto contra o RC Santarém (1a jornada), por dois em Montemor-o-Novo (5a jornada), claudicou no último sábado em casa contra a Academia de Setúbal por 17-19.
Tratou-se de um jogo muito equilibrado e disputado, com momentos de domínio das duas equipas e o resultado é espelho do renhido que o jogo foi. A.equipa da casa foi a.primeiria a.impor-se com um ensaio a meio da.primeira parte. Até lá o jogo estava ainda pouco.definido,.com as equipas a jogarem de forma algo anárquica, com.muitas iniciativas individuais inconsequentes. Três minutos depois do 7-0, a equipa sadina respondeu com um ensaio convertido, repondo a igualdade inicial (7-7). Após alguns minutos de domínio territorial, os visitantes marcaram outro ensaio na última jogada da primeira parte, passando pela primeira vez para a frente do marcador (7-14).
A segunda parte não foi muito diferente da.primeira: muita intensidade, muito contacto e períodos oscilantes de domínio territorial. Foi o C.R. Arcos de Valdevez que procurou começar a impor-se pretendendo igualar o marcador. Fé-lo aos 25 minutos, num ensaio espelho da luta que existia no campo. Empatado o jogo (14-14), voltou à toada alternada de domínio, mas foram os da casa que se adiantaram no marcador com a conversão de uma penalidade a meio do campo (17-14).
Os cinco minutos finais continuaram os "suspense" e a emoção do jogo. A Academia de Setúbal instalou-se no meio campo minhoto e procurava o ensaio. Ambas as equipas estavam desgastadas e cometiam erros, mas, na última jogada do encontro, aproveitando uma falha defensiva do adversário, os visitantes conseguem o terceiro ensaio e a vitória na partida.
Foi um duro golpe para os arcuenses, que viram a vitória fugir-lhes no derradeiro momento do jogo.
No próximo fim de semana, o C.R. Arcos de Valdevez voltará a jogar em casa, defrontando a 20 de abril o Braga Râguebi, em jogo em atraso da segunda jornada.
Frei Agostinho da Cruz: D. José Tolentino Mendonça profere conferência, em Setúbal, a 3 de janeiro
Numa organização da Diocese de Setúbal, através da Comissão para as comemorações do IV Centenário da Morte de Frei Agostinho da Cruz e dos 480 anos do seu nascimento, estará presente no próximo dia 3 de Janeiro de 2020, em Setúbal, o Cardeal D. José Tolentino Mendonça, a fim de proferir uma conferência sobre o frade e poeta arrábido.
O encontro está marcado para as 17h00 no Salão Nobre da Câmara Municipal setubalense.
Acontecerá ainda um momento musical a cargo do Mediaevus Ensemble, agrupamento que apresentará alguns poemas do homenageado com melodias compostas pelos seus músicos e pelo compositor António Laertes.
A iniciativa tem o apoio da edilidade sadina.
A Comissão das Comemorações para o IV Centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz
Frei Agostinho da Cruz homenageado pela Diocese de Setúbal
Eucaristia e lançamento de antologia fazem parte das comemorações do IV centenário da morte e dos 480 anos do nascimento do frade arrábido. Celebrações arrancam em Setúbal no sábado e vão chegar a quase todo o país.
Frei Agostinho da Cruz, poeta e frade arrábido, vai ser homenageado pela Diocese de Setúbal com uma série de iniciativas que assinam o IV centenário da sua morte e os 480 anos do seu nascimento, a partir deste mês e até Maio de 2020. As comemorações têm início com uma missa presidida pelo Bispo de Setúbal D. José Ornelas Carvalho e o lançamento de uma antologia, pelo professor Ruy Ventura, no próximo sábado, 16.
A eucaristia de sufrágio e acção de graças por Frei Agostinho da Cruz terá lugar na igreja paroquial da Anunciada, às 18h30, e a antologia será lançada, por sua vez, no auditório da Cúria Diocesana, com uma sessão de leitura de poemas, às 21h00. O calendário das comemorações arranca antes, quinta-feira, numa organização da autarquia de Ponte da Barca, cidade natal do conhecido padre.
No mesmo dia, às 14h30, Ruy Ventura, professor e presidente da Comissão das comemorações, dará uma conferência na Escola Secundária EB 2,3 de Aranguez, em Setúbal – onde é docente – sobre a vida, obra e relação do padre com a Arrábida. O objectivo é transmitir conhecimento, pois “os alunos são o futuro da preservação da memória de Frei Agostinho”, diz.
De membro da Corte a frade isolado
“Embora não seja dos mais conhecidos, é dos mais importantes poetas de Língua Portuguesa”, elogia o também poeta e ensaísta estudioso da vida e obra de Frei Agostinho. Na verdade, o frade chamava-se Agostinho Pimenta e só adoptou o nome por que é conhecido ao ingressar no Convento dos Frades Arrábidos, com 20 anos, uma decisão que na altura “apanhou muitas pessoas desprevenidas”.
“Era uma pessoa muito simpática, gostava de conviver com os outros e tinha uma vida desafogada na corte”, onde havia entrado ao serviço, ainda criança, como criado de D. Duarte, um dos netos do rei D. Manuel I. Frei Agostinho da Cruz viveu 45 anos no “convento mais rigoroso da Ordem” até conseguir autorização para se fixar numa ermita do Convento da Arrábida, querendo ficar mais próximo de Deus e dedicar-se à poesia.
Os seus hábitos valeram-lhe, porém, actos de contestação por parte dos outros frades. Escolheu viver “praticamente isolado, numa cela muito pobre, onde rezava missa diariamente e podia receber visitas. Muitas vezes ia à zona da Lapa de Santa Margarida para pescar e apanhar marisco”, passatempos que lhe causaram “problemas enormes”. “Frei Agostinho da Cruz foi expulso pelo menos três vezes durante os 14 anos que lá esteve”, revela Ruy Ventura.
“O facto é que ele tinha uma aura de santidade diferente da dos outros frades”, sublinha o professor. Quando adoeceu, foi levado pelos frades para a enfermaria em Setúbal, onde morreu a 14 de Março de 1619, com 79 anos, uma idade tardia para a época. “Assim que se soube que tinha morrido a população acorreu em massa ao sítio onde estava a ser velado e tiveram de lhe fazer guarda de honra para que ele não fosse desfeito em relíquias”, acrescenta Ruy Ventura.
Um poeta à frente do seu tempo
O presidente da Comissão das comemorações promovidas pela Diocese de Setúbal afirma que, além da poesia de Frei Agostinho da Cruz, “o próprio exemplo de vida dele não deixa de ser menos importante. Acabou por ser um vulto até à frente do seu tempo em muitos aspectos”, a ponto de quatrocentos anos depois ainda conseguir ensinar muita coisa. “Quanto mais lemos mais aprendemos com ele”, reflecte.
Ruy Ventura, que foi aliás quem seleccionou e organizou os poemas da antologia a apresentar no sábado, realça que a poesia de Frei Agostinho se releva “muito mais variada do que muita gente julga”. “O que tem de mais interessante é que, se a lermos com alguma frequência, é uma espécie de diário íntimo, onde vai falando de Deus e de todos os problemas que foi tendo ao longo da vida”.
Com cerca de 300 páginas, a antologia reúne “mais ou menos metade dos poemas que escreveu”, explica o professor, notando que existem poemas de que não se tem a certeza de terem sido escritos por Frei Agostinho da Cruz. Vinte e um anos depois da última reedição dos seus poemas, diz Ruy Ventura que “é importante voltar a lê-lo, voltar a entendê-lo e voltar a aprender com o exemplo dele”. “É curioso como é que um homem como ele, no século XVI, dizia que não havia nada mais importante na vida do que a liberdade”, conclui.
As comemorações do IV Centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz e dos 480 anos do seu nascimento prevêem, além dos eventos de sábado, uma visita guiada ao Convento da Arrábida com a leitura de poemas e a participação de várias outras entidades no sábado, 23, às 15h30. Sesimbra, Almada, Barreiro, Sintra, Santarém, Porto e Ponte da Barca são outras das cidades que vão acolher eventos neste âmbito, entre Março desde ano e Maio de 2020, mês em que se assinala os 480 anos do nascimento de Frei Agostinho da Cruz. O programa encontra-se em detalhe na página de Internet da Diocese de Setúbal.
Igreja/Cultura: Início das comemorações centenárias de Frei Agostinho da Cruz
A Diocese de Setúbal assinala, entre 2019 e 2020, o IV Centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz e os 480 anos do seu nascimento, entre março de 2019 e maio de 2020.
As comemorações iniciam-se a 16 de março, com a eucaristia presidida por D. José Ornelas, na Paróquia da Anunciada, (Setúbal), seguindo-se, à noite, o lançamento de uma antologia organizada pelo Comissário das Comemorações, Ruy Ventura, salienta uma nota enviada à Agência ECCLESIA
Este evento terá lugar no auditório da Cúria Diocesana, espaço onde se situava a antiga enfermaria dos frades arrábidos, e onde veio a falecer Frei Agostinho da Cruz.
Figura marcante na literatura no nosso país e também na espiritualidade, “nomeadamente franciscana e arrábida”, a sua memória será lembrada entre este ano e 2020 (480 anos do seu nascimento) num conjunto de iniciativas, promovidas ou apoiadas pela Diocese de Setúbal.
Além desta edição vai realizar-se “um recital de poesia”, no Convento da Arrábida, a 23 de março, com a leitura de poemas de Frei Agostinho da Cruz e de outros autores que espelharam nos seus versos aquele sacro-monte.
No dia 01 de junho realiza-se um colóquio sobre a vida e obra do poeta, em Sintra, localidade onde viveu mais de quarenta anos.
Em janeiro de 2020, D. José Tolentino Mendonça profere, em Setúbal, uma conferência sobre o poeta.
Nascido em Ponte da Barca e falecido em Setúbal, junto à igreja da Anunciada, Agostinho Pimenta – o seu primeiro nome – foi noviço no convento de Santa Cruz, na serra de Sintra, passando a habitar a partir de 1605 numa cela na serra da Arrábida, como eremita.
A equipa de sub-18 do CRAV recebeu e venceu o CR Setúbal no passado dia 21 de janeiro, em mais uma jornada da fase final do campeonato nacional, com um resultado favorável de 34-32.
No início do jogo assistiu-se a uma forte pressão por parte dos jovens arcuenses, que surpreenderam a equipa adversária com a marcação de 4 ensaios consecutivos, logo nos primeiros 20 minutos.
O CTAV manteve-se forte saindo para intervalo a vencer por 29-12, um resultado que exprimia a superioridade em movimentos ofensivos.
Com algumas alterações táticas ao intervalo, a equipa local entrou na segunda parte mais fragilizada, acusando alguma quebra de rendimento quer a nível de ataque, quer a nível defensivo, vacilando sobretudo no final do encontro. O Setúbal conseguiu a marcação de pontos através de ensaios, diminuindo assim a desvantagem que tinha até então.
Os jovens do CRAV ainda passaram por um susto, mesmo no instante final, com a possibilidade da equipa adversária poder empatar, mas tal não veio a acontecer.
A soprano bracarense Cristiana Oliveira atuou na Gala Luísa Todi – Jovens Clássicos que se realizou no sábado, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, um espetáculo que contou também com a participação da solista Tamila Kharambura e da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Conduzida pelo maestro Jean-Sébastien Béreau, a Orquestra Metropolitana de Lisboa interpretou vários temas de Mozart, nomeadamente das óperas “Così fan tutte”, “La clemenza di Tito” e “Don Giovanni”. O reportório incluiu ainda “Concerto para Violino n.º 3”, de Mozart, e as sinfonias para cordas “n.º 8” e “n.º 10”, de Mendelssohn, interpretado pela soprano Cristiana Oliveira e a violinista Tamila Ostapivna Kharambura.
Esta iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Setúbal, destina-se a promover a carreira de cantores líricos nacionais, nomeadamente com a constituição de elencos para apresentações em auditórios portugueses em articulação com os instrumentistas do Festival Jovens Músicos da RDP, tendo constituído o primeiro concerto do projeto Luísa Todi – Jovens Clássicos.
A soprano bracarense Cristiana Oliveira recebeu em 2011 uma Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, foi distinguida em 2012 com o primeiro prémio no XIV Concurso Internacional de Interpretação do Estoril, enquanto no ano passado ganhou o prémio especial Concerto a Milano no concurso Internacional de Canto Maria Malibran, em Milão, Itália.
O programa ECCLESIA na Antena 1 deixa-lhe esta semana sugestões de autores portugueses para este tempo de férias
O professor Ruy Ventura afirma que a obra do Frei Agostinho da Cruz sofreu uma “mudança”, originalmente de uma “produção profana” para se tornar num poeta “profundamente religioso”.
Frei Agostinho “nasceu no dia de Santa Cruz de 1540 e tomou hábito no mesmo dia em 1560, no convento de Santa Cruz de Sintra”, declara Ruy Ventura ao programa Ecclesia, dando conta de que este autor foi “sobretudo um professor da Cruz” professando uma “grande devoção à Cruz de Cristo”.
É um poeta da meditação”, revela o professor, notando que Frei Agostinho da Cruz “viveu numa época muito conturbada” e muito “semelhante á nossa”.
Ruy Ventura não deixa de apontar que Frei Agostinho abandonou o “mundo material para se ligar ao mundo espiritual”, resultando o seu trabalho “numa poesia de opções”, onde o autor “vê o mundo vão e prefere o mundo espiritual”.
“Serra sagrada” é como Ruy Ventura define a serra da Arrábida, em Setúbal, que serviu de grande inspiração a Frei Agostinho.
Ao longo desta semana o programa Ecclesia da Antena 1 vai ao encontro de poetas e lugares que marcam a cultura portuguesa e deixa-lhe sugestões de leitura para este tempo de férias.
Vamos conhecer Portugal mais de perto! Este é o lema da próxima viagem organizada pelo Museu dos Terceiros de Ponte de Lima, à Península de Setúbal, nos dias 25 e 26 de maio.
A Península de Setúbal é rica em património histórico com ocupações pré-históricas e com vestígios que nos levam a viajar no tempo. Desde as ruínas romanas de Troia, passando pelo Castelo de Palmela até ao Convento da Arrábida, inserindo em pleno Parque Nacional da Arrábida, convidamo-lo a disfrutar não só da beleza artística do homem mas também da magnificência das paisagens naturais.
A visita será Comissariada e acompanhada: Prof. Doutor Carlos A. Brochado de Almeida (Diretor do Museu dos Terceiros e Professor de História Romana e Arqueologia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto).
A data limite de inscrição é o dia 30 de março, devendo as mesma ser enviadas para o Museu dos Terceiros, na Av. 5 de Outubro, ou pelo email: gestão@museudosterceiros.com, ou ainda pelos telef/Fax: 258 240220.
Programa:
25 de maio
7h30 – Saída de Ponte de Lima (junto aos paços do concelho)
Almoço Livre
14h00 – Saída do Barreiro em direção ao Convento da Arrábida
15h00 – Visita guiada ao Convento da Arrábida (valor: 3€ pax)
Jantar e noite livre em Setúbal
26 de maio
8h00 – Saída Setúbal em direção a Tróia
10h00 – Visita guiada às Ruínas Romanas de Tróia – almoço livre em Tróia
13h30 – Saída de Tróia em direção a Palmela
15h30 – Visita guiada ao Castelo de Palmela
17h00 – Saída de Palmela em direção a Ponte de Lima
22h30 – Horário previsto de chegada a Ponte de Lima