A romaria ao padroeiro dos paraquedistas é organizada pela primeira vez em Ponte de Lima e decorre no dia 30 deste mês, dia Internacional das Tropas Paraquedistas.
A Associação de Paraquedistas do Alto Minho, com sede em Ponte de Lima, está na organização e celebração da 1.ª Romaria a São Miguel Arcanjo, Padroeiro dos Paraquedistas, que decorrerá amanhã naquela vila, dia Internacional das Tropas Paraquedistas.
A romaria será presidida por D. Rui Valério, Bispo das Forças Armadas e contará também com D. João Evangelista, Bispo da Diocese de Viana do Castelo, com o Capelão Paraquedista e com o Monsenhor José Caldas, Pároco de Ponte de Lima e Vigário Geral da Diocese de Viana do Castelo. Entretanto, D. Rui Valério foi nomeado, por Sua Santidade o Papa Francisco, Cardeal Patriarca de Lisboa, pelo se aguarda ainda a confirmação da sua presença ou seu substituto. Em termos militares o citado evento será representado pelo General Carlos Jerónimo, Presidente do Para Clube Boinas Verdes e pelo General do Exército, Eduardo Ferrão.
Do programa do evento consta ainda um desfile com dezenas de Estandartes das várias Associações de Paraquedistas nacionais e também estrangeiras, prevendo-se a presença de cerca de mil paraquedistas, para além de familiares e público em geral. Durante o almoço convivo, a organização contará ainda com a animação musical e atuação dos Sons do Minho, rancho/s folclórico/s, concertinas e bombos. Serão ainda efetuadas duas largadas de saltos em paraquedas.
A tradição cumpriu-se. Milhares de pessoas afluíram ao Santuário de São João d’Arga para cumprir as suas promessas, cantar e dançar e divertir-se bem à maneira minhota.
A Romaria de S. João d’Arga, uma das mais conhecidas e visitadas do concelho de Caminha. Todos os anos, após ano, após a subida ao monte, os peregrinos e visitantes mantêm a tradição de dar três voltas à capela, seguindo-se da entregue de duas esmolas: uma ao santo…e outra ao diabo!
A mais de oitocentos metros de altitude, em pleno santuário da natureza, situa-se a capelinha do S. João d’Arga, rodeada de quarteis onde se alojam os peregrinos. E, em redor, num sublime hino ao Criador, a vida selvagem revela-se em todo o seu esplendor. Os garranos apascentam livremente nos planaltos agrestes da serrania e a vegetação respira o ar livre das impurezas da civilização humana.
E, lá ao fundo, no velho mosteiro, a multidão agita-se e é vê-la noite inteira a pular e cantar ao desafio. Quem nunca foi ao São João d’Arga não conhece a verdadeira alma minhota!
Hoje, todos os caminhos vão dar a São João d’Arga. São muitos os romeiros que durante o dia rumam até Arga de São João para pernoitarem na zona envolvente ao Mosteiro de São João d'Arga, para assistirem às cantigas ao desafio, dançarem ao som das concertinas, bem como provarem as especialidades locais, a aguardente com mel, a broa, o chouriço, o cabrito e o vinho verde, petiscos considerados já uma tradição.
O dia e a noite são de festa. A animação e a boa disposição são uma constante.
A Romaria de S. João d’Arga é uma das romarias mais genuínas do concelho de Caminha.
Vila Praia de Âncora realiza a romaria de Nossa Senhora da Bonança de 7 a 10 de Setembro. Trata-se de uma das festas mais populares do concelho de Caminha cuja tradição se encontra registada desde 1883, costume muito ligado à classe piscatória.
Situada na foz do rio Âncora entre o mar e a serra d’Arga abriga-se uma pequena póvoa de pescadores junto ao Forte da Lagarteira.
As festas destacam-se pela procissão naval ao Forte da Ínsua com as embarcações magnificamente engalanadas e transportando numerosos romeiros para aí recolherem a imagem de Nossa Senhora da Ínsua. Em ciclos de 75 anos, um istmo de areia liga à ilha da Ínsua, permitindo aos romeiros fazerem o caminho a pé.
As tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Bonança são característicamente minhotas onde não falta o folclore, o cortejo etnográfico, as bandas filarmónicas, a procissão religiosa e o sempre deslumbrante fogo-de-artifício.
De acordo com a apresentação oficial da Câmara Municipal de Caminha, “A freguesia de Vila Praia de Âncora já aparece mencionada na documentação do séc. X, então com a denominação de Gontinhães. Era uma paróquia com igreja e que estava organizada muito provavelmente segundo a fórmula ancestral de Villa rústica, à qual pertencia o sítio chamado da Lagarteira.
Esta paróquia de Santa Marinha de Gontinhães atravessou mais de 1000 anos de história local e de tal forma a denominação se enraizou, que ainda é usual na região, tal como ainda há quem chame de Gontinhães a Vila Praia de Âncora, até porque, na verdade só em 1924, a secular Gontinhães se transmutou em Vila Praia de Âncora.
Toda a região é rica em vestígios arqueológicos, quer do Neolítico, quer da cultura Castreja (Idade do Ferro), mas o vale do Âncora tem atraído a especial atenção dos arqueólogos. O rio nasce na Serra de Arga e após 15 km chega ao mar num sítio a 7 km, a sul da foz do rio Minho. No sítio chamado Lapa dos Mouros, pode ver-se aquele que é provavelmente o Dólmen mais notável da pré-história em Portugal (o Dólmen da Barrosa).
Nos finais do século passado, Martins Sarmento deu a conhecer uma povoação castreja, hoje conhecida por Cividade de Âncora. Trata-se dum monte, excepcionalmente bem situado para cumprir missões defensivas entre o mar e uma ampla área circundante, habitada pelo menos até ao séc. I d.C.
Os romanos terão aqui instalado um entreposto mineiro para recolha dos metais que exploravam nas minas de Ribô, Orbacém e Gondar. Talvez por ter existido aí um entreposto com cais de embarque, se tenha gerado a ideia de que os romanos teriam baptizado o sítio com o nome de âncora, por aqui desembarcarem as suas tropas e aqui embarcarem o minério. Essa é a ideia de Argote. No séc. XIII generalizou-se a lenda de que teria sido na foz deste rio que o rei Ramiro (o da lenda de Gaia), afogou a sua adúltera e saudosa esposa com uma mó atada ao pescoço como se fora uma âncora… Ao que tudo indica no entanto, o nome é anterior e tem origem no nome que o próprio rio já teria. Quando a paróquia foi formada, ainda o sítio onde hoje está Vila Praia de Âncora seria completamente desabitado, principalmente por ser um sítio aberto e exposto aos constantes ataques dos piratas normandos. O mesmo Argote diz que aqui terá existido um fortim para vigilância e aviso. Por isso a paróquia inicial se fundou na “Villa” de Guntilares (dum tal Guntila) mais no interior e mais resguardada. Esta “Villa” teria resultado duma acção de presúria efectuada pelo Conde Paio Vermudes, aquando do repovoamento desta faixa do litoral até ao Lima (séc. IX) ou por um seu vassalo que se chamaria Guntila. O mesmo que terá povoado Bulhente. O topónimo já está documentado nos finais do séc. IX, altura em que parte das terras da Vila foram doadas ao Mosteiro de São Salvador da Torre. Data de então a primeira igreja consagrada como era usual, a Santa Marinha. Os tempos posteriores foram bem difíceis e desastrosos devido às razias muçulmanas e a foz do Âncora deve ter-se tornado um dos sítios mais perigosos de toda a costa norte. Era um ancoradouro que dava para um vale rico e fértil, por isso muito cobiçado e também frequentemente assaltado. Daí que uma outra Villa, a de Saboriz, provavelmente fundada no sítio actual de Vila Praia de Âncora, tenha tido uma vida precária, embora a documentação a relacione com uma Venda Velha ou com uma Pousada necessária para esta zona de muita passagem (séc. X) entre Braga e Tui.
Igreja Paroquial, Forte do Lagarteiro, capelas da Sra. Das Necessidades (Sra. Bonança), de S. Brás, de S. Sebastião e do Divino Salvador, Gruta de N. S. de Lourdes, Ponte de Abadim, vários cruzeiros, alminhas e ninhos são patrimónios existentes da freguesia de Vila Praia de Âncora.
A área urbana estende-se para as zonas de Sandia e da Vista Alegre e para a zona industrial da Póvoa e também para os lados da antiga Sobreira onde se localizam as escolas, o centro de saúde e a maioria dos serviços públicos.
Ainda a respeito da história desta freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:
«Esta freguesia aparece mencionada em documentos do século X, sob a designação de Gontinhães.
Na lista das igrejas de Entre Lima e Minho pertencentes ao bispado de Tui, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, em 1258, é citada a igreja de “Guntianes”. As Inquirições referem também São Salvador de Bulhente, que hoje é apenas um lugar de Vila Praia de Âncora. Nessa época, porém, possuía igreja própria, sendo o seu abade apresentado pelos moradores.
Rodrigo de Moura Teles, em 17717, transferiu os bens da capela de Bulhente para o sítio do Calvário, por esta ter deixado de ter cura e fregueses.
Na taxação a que se procedeu no reinado de D. Dinis, em 1320, Gontinhães figura enquadrada no arcediagado da Vinha, com a taxa de 40 libras.
No Censual do Cabido de Tui para o sobredito arcediagado da Terra da Vinha, elaborado em 1321, Gontinhães pagava um quarteiro de trigo, uma libra de cera e procuração.Entre 1514 e 1532, no Censual de D. Diogo de Sousa, Gontinhães rendia para a diocese de Braga 23 mil réis. A partir desta data, todas as freguesias de Entre Lima e Minho, da comarca eclesiástica de Valença, passaram a fazer parte da diocese de Braga.Na avaliação dos mesmos benefícios eclesiásticos (1545-1549), esta freguesia rendia 45 mil réis.
Américo Costa descreve-a como abadia da apresentação do Ordinário, como alternativa do rei, tendo anteriormente pertencido à Casa de Vila Real.
Só em 1924, por força da Lei 1616, de 5 de Julho, passou a denominar-se Vila Praia de Âncora.»
(Fontes consultadas: Caminha e seu Concelho, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte
Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI ).”
Ponte de Lima realiza as Feiras Novas de 6 a 11 de Setembro. São festas grandiosas, das mais concorridas que têm lugar no Minho.
As Feiras Novas de Ponte de Lima – assim designadas para se distinguirem das “feiras velhas” ou seja, do mercado medieval cujas origens perdem-se nos tempos e que pela primeira vez aparecem referidas na carta de foral atribuída por D. Teresa em 1125 – foram instituídas em 1826, por autorização do rei D. Pedro IV, em assentimento ao pedido feito pelos moradores da vila no ano anterior.
A partir de então, a tradicional festa em honra de Nossa Senhora das Dores passou a incluir três dias de feira, com as suas atrações e divertimentos, acrescentando a componente profana às habituais celebrações religiosas.
As gentes de Ponte de Lima festejam a Nossa Senhora das Dores pese embora o orago seja Santa Maria dos Anjos. Tal como Braga festeja a S. João apesar do orago ser S. Geraldo. É algo bastante recorrente.
Em regra, todas as festas locais a que o povo adere e com as quais se identifica possuem na sua origem uma celebração religiosa, não raras as vezes com raízes anteriores ao próprio Cristianismo. As festividades cívicas (a religião cívica), apesar da sua justificação histórica, dificilmente encontrarão espaço na adesão popular. De resto, no caso vertente, tal decisão nem sequer foi submetida a consulta popular...
Os vianenses continuarão a honrar Nossa Senhora d’Agonia e os bracarenses o S. João de Braga consagrando-lhes os respetivos feriados municipais. Nossa Senhora das Dores cuja festa litúrgica se celebra a 15 de Setembro, deixará dentro de dois anos em Ponte de Lima de merecer as honras do feriado municipal. Em Viana do Castelo, continuará a ser invocada sob o nome de Nossa Senhora d’Agonia.
De 31 de Agosto a 8 de setembro, decorre a Romaria de N. Sra. da Peneda, na Gavieira, concelho de Arcos de Valdevez, uma festividade de cariz religioso e cultural, muito procurada a nível local, nacional e internacional.
Para o Município de Arcos de Valdevez e Confraria de N. Sra. da Peneda, esta é uma celebração que “segue a tradição das grandes peregrinações marianas, onde a envolvente paisagística natural, neste caso integrada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, favorece o desenvolvimento de uma ambiência festiva e de um espírito celebrativo muito próprio, fazendo desta romaria uma das maiores e mais fascinantes de todo o Alto Minho”.
Esta celebração em honra de N. Sra. da Peneda e de todos os seus devotos, segue um programa preenchido com várias celebrações religiosas, desde missas, procissões com o Rosário e Oração de Vésperas; Oração de Laudes, Via Sacra e Exposição do Santíssimo). No dia 6, pelas 22h00, terá lugar o “Hino Akathistos em Honra da Virgem, Mãe de Deus (Beijo da imagem) e no dia 8, pelas 11h00, encerra a romaria, com a Eucaristia e Procissão da Festa da Natividade de Maria.
Existe ainda, um programa cultural, onde se destaca, no domingo, 1 de setembro, os “Fados à Senhora”, com a atuação do fadista arcuense Marco Rodrigues e a exposição de fotografia “Peneda: Esculturas e Formas”. No dia 6, pelas 21h00 irá decorrer a “Bênção de Concertinas no Santuário, seguida de desfile até ao recinto do baile popular”.
Esta é uma celebração religiosa e cultural muito importante para o concelho, para os arcuenses e para todos os visitantes, não só pela sua essência religiosa e contemplativa, como também pelo notável património arquitetónico e histórico, desde o Santuário, ao escadório das virtudes e ao monumental escadório e as suas 20 Capelas temáticas, todos eles pontos de passagem obrigatórios, que alienados às magnificas paisagens naturais, fazem da Peneda, um destino turístico de exceção, no itinerário do Parque Nacional Peneda Gerês.
O Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Peneda voltará a receber os romeiros, peregrinos e turistas que aqui encontram a ligação perfeita entre a natureza, o património e a religião.
Nove dias de oração, de festa, de encontro, de ligação entre o passado e o presente, de ligação entre o popular e o erudito, de ligação entre o humano e o divino.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e da Confraria da Nossa Senhora da Peneda.
A Romaria da Nossa Senhora da Peneda regressa com toda a normalidade de 31 de agosto a 8 de setembro.
O Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Peneda voltará a receber os romeiros, peregrinos e turistas que aqui encontram a ligação perfeita entre a natureza, o património e a religião.
Nove dias de oração, de festa, de encontro, de ligação entre o passado e o presente, de ligação entre o popular e o erudito, de ligação entre o humano e o divino.
Trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e da Confraria da Nossa Senhora da Peneda.
A Romaria de S. João d’Arga, uma das mais conhecidas e visitadas do concelho de Caminha. Todos os anos, após ano, após a subida ao monte, os peregrinos e visitantes dos nossos dias mantêm a tradição de dar três voltas à capela, seguindo-se da entregue de duas esmolas: uma ao santo…e outra ao diabo.
A noite de 28 para 29 é uma grande festa. A animação e a boa disposição são uma constante. Os romeiros oriundos dos concelhos vizinhos, pernoitam na zona envolvente ao Mosteiro para assistirem aos cantares ao desafio, dançarem ao som das concertinas, bem como provarem as especialidades locais: a aguardente com mel, a broa, o chouriço, o cabrito e o vinho verde, petiscos considerados já uma tradição.
Entre os romeiros existem muitos devotos, que se deslocam à serra somente para pagarem promessas e assistirem às cerimónias religiosas. É, sem dúvida, a romaria mais genuína do concelho de Caminha, que merece ser visitada!
A Romaria de S. João d’Arga, no concelho de Caminha, é provavelmente a mais genuína de todas as romarias do Minho e, quiçá, de Portugal inteiro. Quem nunca subiu a penedia daquele maciço montanhoso jamais esteve tão próximo de Deus e respirou tamanha beleza da criação divina. O Santuário de S. João d’Arga está para os cristãos – e em particular para os minhotos! – como Meca está para os muçulmanos.
A mais de oitocentos metros de altitude, em pleno santuário da natureza, situa-se a capelinha do S. João d’Arga, rodeada de quarteis onde se alojam os peregrinos. E, em redor, num sublime hino ao Criador, a vida selvagem revela-se em todo o seu esplendor. Os garranos apascentam livremente nos planaltos agrestes da serrania e a vegetação respira o ar livre das impurezas da civilização humana.
A quebrar a tranquilidade e pacatez das gentes serranas, o S. João d’Arga chama os peregrinos que, de terras distantes, ali acorrem em devoção ou por simples atração pela folia. E, com eles, misturados nos ranchos de romeiros, lá vêm os tocadores de concertina que, durante a noite inteira, vão animar a festa com os seus cantares brejeiros a lembrar as cantigas medievais de escárnio e maldizer.
Aqueles que por fé sincera ali vão no cumprimento de uma promessa dão três voltas em redor da capela, findas as quais se dirigem ao seu interior para depositar uma esmola ao santo… e outra ao diabo! Assim convém para que este, ao longo do ano, não faça tantas diabruras…
Em regra, as promessas a S. João d’Arga têm a ver com pedidos de cura de verrugas, quistos, doenças de pele e infertilidade ou ainda ajuda para arranjarem casamento. De resto, como veremos, a devoção a S. João d’Arga revela cultos ancestrais ligados a ritos de fertilidade.
Pelo caminho, os romeiros passam junto ao “penedo do casamento” onde têm o costume de lançar uma pedra para que esta ali fique, no cimo dele, dependendo das tentativas feitas para o conseguir com êxito o tempo de espera para a concretização do desejo.
Não estão fáceis os tempos que correm. Apesar disso, o penedo “arranja testo para qualquer panela”. E, imbuídos de fé, os solteiros não desistem:
Ó meu Senhor S. João
Casai-me que bem podeis
Já tenho teias de aranha
Naquilo que bem sabeis
Romaria de São João d'Arga foi em 2000 distinguida pelo Concurso da RTP como uma das "7 maravilhas da cultura popular"
A Romaria de São João d'Arga na década de 70 do século passado
Caminha, S. João d’Arga. As danças no adro da capela.
Caminha. S. João d’Arga. A capela em dia de romaria, isolada no coração da serra de Arga.
Caminha, S. João d’Arga. Os devotos beijam a cruz que tocou os pés da imagem de S. João.
Romaria de Nossa Senhora da Peneda em Arcos de Valdevez - 31 de Agosto a 8 de Setembro
De 31 de agosto a 8 de setembro, Arcos de Valdevez, volta a receber a Romaria de Nª. Sra. da Peneda, na Gavieira, uma festividade de cariz religioso e cultural, muito procurada e reconhecida a nível local, nacional e internacional.
Esta celebração é promovida pela Confraria da N. Sra. da Peneda, e conta com o apoio da Câmara Municipal. Segundo o Edil João Manuel Esteves “a Romaria de N. Sra. da Peneda tem uma grande tradição e acolhe muitos peregrinos e visitantes vindos de toda a região e de Espanha, tendo impacto na promoção cultural e económica no local e no concelho”.
A Romaria de Nª. Sra. da Peneda, segue a tradição das grandes peregrinações marianas, onde a envolvente paisagística natural, neste caso integrada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, favorece o desenvolvimento de uma ambiência festiva e de um espírito celebrativo muito próprios, fazendo desta romaria a maior e a mais fascinante de todo o Alto-Minho.
De assinalar que o Santuário da Sra. Peneda está na fase final da classificação pelo Estado Português como Momento Nacional e a Romaria de Nª. Sra. da Peneda também está em fase final de inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Na programação das celebrações é de destacar, no sábado, dia 2 de setembro o concerto “Músicas à Senhora”, com a atuação de Ana Bacalhau.
No dia 3 irá decorrer uma atuação do Rancho Folclórico das Camponesas da Vila do Soajo. No dia 5 irá decorrer a Eucaristia em Castelhano e a Bênção de Gaitas de Foles no Santuário e, no dia 6, irá decorrer a Bênção de Concertinas no Santuário e o tradicional Baile Popular.
Os restantes dias serão preenchidos com várias celebrações religiosas, desde Eucaristias em Português e Castelhano; Procissões e Orações de Vésperas; Orações de Laudes; Via Sacra e Exposição do Santíssimo; e o “Hino Akathistos em Honra da Virgem, Mãe de Deus.
Esta é uma celebração muito importante para o concelho, para os arcuenses e para os muitos devotos e visitantes, de Portugal e Espanha não só pela sua essência religiosa e contemplativa e promoção cultural e económica, como também pelo notável património arquitetónico e histórico que associados às magnificas paisagens naturais, fazem da Peneda, um destino turístico de passagem obrigatória, no itinerário de Arcos de Valdevez e no Parque Nacional Peneda Gerês.
As Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia desenrolaram-se, pela primeira vez, ao longo de nove dias, e trouxeram mais de 1 milhão e cem mil pessoas a Viana do Castelo. De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, “a extensão do programa foi distinguida com sucesso, com aumento do número de visitantes, de acordo com os resultados dos inquéritos realizados junto da população e visitantes a destacarem melhorias no estacionamento e na comunicação das festas”.
De acordo com a análise prévia do estudo realizado durante todos os dias Romaria, que teve por base um questionário para avaliação da satisfação do evento, a extensão da festa aos dias 14 e 16 de agosto teve um efeito positivo e significativo no que respeita ao número de visitantes, destacando-se a concentração de pessoas predominantemente nas áreas de diversão do Campo d’Agonia.
Nesse período, o feriado de 15 de agosto foi o dia que concentrou o maior número de pessoas, tendo sido registado um volume superior ao do ano passado em cerca de 8%. Em particular, o Festival de Folclore e a Trasladação das imagens do Senhor dos Aflitos e de Nossa Senhora da Assunção tiveram uma participação superior à do ano passado.
No dia 16 de agosto, a Festa do Traje, que aconteceu no Centro Cultural de Viana do Castelo, obteve uma participação superior relativamente ao do ano passado (mais 12 a 15%).
Já dia 17 de agosto, o Desfile da Mordomia foi o destaque da programação, tendo-se verificado um aumento de cerca de 12%.
Nos dias 18 e 19 de agosto, o programa foi afetado pela chuva forte, tendo sido necessário interromper e suspender alguns números, mas nem isso desmobilizou a população, que ficou a aguardar indicações para retomar as festas.
O feriado municipal de 20 de agosto, dia da Procissão ao Mar, garantiu bom tempo e permitiu um aumento significativo de cerca de 21,6% no que toca ao número de visitantes, tendo contribuído para este efeito o contrarrelógio da Volta a Portugal em Bicicleta.
No mesmo dia, a Serenata no Rio Lima, atraiu um grande número de pessoas às margens do rio, cerca de 96.210 pessoas, uma concentração de pessoas que registou um aumento de 23% face ao ano transato.
A extensão das festas aos dias 21 e 22 de agosto permitiu aos vianenses e visitantes usufruir da cidade e do seu património arquitetónico, paisagístico e natural.
Assim, os primeiros dados indicam que, no global, o alargamento do número de dias da Romaria d’Agonia permitiu um impacto no número de visitantes na cidade muito positivo, com um reflexo superior ao do ano anterior no que diz respeito também ao volume de transações declaradas pelos comerciantes.
A análise preliminar dos inquéritos permite ainda destacar o agrado dos visitantes no que concerne a melhorias nas soluções de estacionamento, à implementação da aplicação Romaria n’Algibeira e à estratégia de comunicação desenvolvida para divulgação da Romaria.