A Eurocidade Cerveira-Tomiño e o Aquamuseu do Rio Minho promovem, nos dias 28 e 29 de novembro, o XII Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho, um encontro científico e técnico aberto à comunidade que visa refletir sobre os principais desafios ambientais deste importante curso de água transfronteiriço. Pela segunda vez, este evento bienal realiza-se fora de Vila Nova de Cerveira - depois da 2.ª edição ter decorrido em Melgaço - acontecendo no Espazo Isaura Gómez, em Tomiño.
Durante dois dias, investigadores, técnicos e gestores ambientais de Portugal e da Galiza vão partilhar conhecimento e debater temas como a qualidade da água e poluição no rio Minho e afluentes, a gestão de espécies autóctones e exóticas (presente e ameaças futuras), o estado atual das populações de peixes migradores e a literacia e cidadania ambiental.
A abertura do encontro está a cargo da alcaldesa de Tomiño, Sandra Gonzalez, e do vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, António Quintas, e entre as entidades participantes destacam-se o CIIMAR – Universidade do Porto, o MARE – Universidade de Lisboa, o IPMA, a Universidade de Santiago de Compostela, a Junta da Galiza, o Instituto de Investigações Marinhas (CSIC), a Universidade de Vigo e a Associação Herpetológica Espanhola, entre outras instituições científicas e ambientais de referência.
O programa inclui ainda um workshop temático subordinado ao tema “Da conservação à inovação: conciliar espécies autóctones e exóticas. Qual o contributo da tecnologia científica?”, que apresentará projetos e soluções aplicadas noutras regiões, com o objetivo de inspirar respostas inovadoras aos desafios que se colocam à bacia do rio Minho.
O XII Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho reforça o compromisso de cooperação transfronteiriça entre Cerveira e Tomiño e promove uma reflexão conjunta sobre a biodiversidade, a sustentabilidade e o futuro comum do rio que une os dois territórios. Pela sua essência integra a operação 0177_Eurocidade_CT_ADAPT_1_P, cofinanciada em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através da convocatória INTERREG VA POCTEP.
Sem navegar desde 2020, a sua recuperação parece ter virado promessa eleitoral
Há quatro anos, mais precisamente em 6 de outubro de 2021, era notícia no Blogue do Minho:
"O ferryboat Santa Rita de Cássia, que estabelece percursos diários entre as duas margens do rio Minho, de Caminha a A Guarda, interrompeu temporariamente as travessias. A embarcação está a ser alvo de trabalhos de manutenção, necessários para a renovação do certificado de navegabilidade.
Esta paragem temporária deve-se à necessidade de docagem da embarcação nos Estaleiros em Espanha, para se realizarem os trabalhos de manutenção. Posteriormente, o ferryboat será vistoriado por técnicos da Direção-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos. Estes procedimentos, como referimos, são condições necessárias para a renovação do certificado de navegabilidade.
Não há previsão certa para a retoma das travessias.
A Câmara Municipal de Caminha solicita a melhor compreensão pelo incómodo que esta paragem possa causar.”
Decorrido tanto tempo, parece não existir ainda qualquer previsão para a retoma das travessias… e a Galiza aqui tão perto!
Capitão-Tenente Fernando José Vieira Pereira, Capitão do Porto de Caminha, usando das competências que lhe conferem as leis e regulamentos em vigor e no seguimento das normas aprovadas em sede da Comissão Permanente Internacional do Rio Minho, ao abrigo da Resolução da Assembleia da República n.º 34/2023, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 80, em 24 de abril de 2023, que define o Acordo entre a República Portuguesa e o Reino de Espanha relativo à Pesca no Troço Internacional do Rio Minho (TIRM), faz saber e torna público o Edital para o exercício da pesca no Troço Internacional do Rio Minho, temporada de 2025/2026:
Valença vai viver o Dia Internacional da Juventude com um programa repleto de energia, aventura e natureza, já amanhã, 12 de agosto, no Parque da Senhora da Cabeça, em Cristelo Covo.
Kayaks, paddle surf e passeios de bicicleta estarão à disposição dos jovens para explorar o rio Minho e a Ecopista de forma divertida e gratuita.
Horários das Atividades:
Manhã: 10h às 12h30
Tarde; 15h às 18h00
A iniciativa destina-se a jovens dos 12 aos 29 anos, com participação livre e gratuita. Todas as atividades serão acompanhadas por técnicos de desporto e nadadores-salvadores do Município, garantindo segurança e apoio especializado.
Com esta ação, a Câmara Municipal de Valença associa-se às comemorações do Dia Internacional da Juventude, celebrado em Portugal desde 1999, reforçando o reconhecimento do papel fundamental dos jovens na construção de uma sociedade mais justa, sustentável e inovadora.
O Município de Monção e o AECT Rio Minho celebraram, na manhã de hoje, nas Neves (Galiza), a assinatura de dois protocolos de colaboração com a Deputação de Pontevedra para a elaboração do projeto de execução da futura ponte pedonal internacional que ligará As Neves (Galiza) a Monção (Portugal).
O custo total do projeto ronda os 100.000 euros, sendo dividido em partes iguais entre as duas entidades financiadoras: a Deputação de Pontevedra e o Município de Monção, que assumem, cada um, 50% do investimento.
Esta iniciativa representa mais um passo concreto no reforço da cooperação transfronteiriça no território do rio Minho, promovendo a mobilidade sustentável, o lazer e a valorização ambiental.
O vereador da Câmara Municipal de Monção, Agostinho Correia, destacou a importância da futura ponte como elo de ligação entre dois territórios irmãos, unidos por uma história comum, uma cultura partilhada e um forte espírito de cooperação.
“Este projeto reforça a proximidade entre Monção e As Neves e irá permitir a ligação direta da ecopista do Rio Minho, na zona de lazer do Landre, na freguesia da Bela, às Neves, alavancando novas dinâmicas de mobilidade suave, turismo sustentável e valorização ambiental, numa lógica de partilha, cooperação e desenvolvimento conjunto”.
A elaboração do projeto de execução será acompanhada de perto pelos serviços técnicos da @deputacionpontevedra
e do Município de Monção, com o objetivo de avançar rapidamente para a fase seguinte e garantir que a ponte se torne uma realidade a curto prazo.
Com esta iniciativa, o Município de Monção e o AECT Rio Minho reafirmam a sua missão de promover projetos conjuntos que beneficiem as populações do território e reforcem os laços entre Portugal e a Galiza, numa lógica de proximidade, cooperação e desenvolvimento sustentável.
O Aquamuseu do Rio Minho assinala, em julho, o seu 20.º aniversário, celebrando duas décadas de dedicação à valorização do património natural e cultural associado ao ecossistema do rio Minho. Para marcar esta data tão significativa, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira preparou um programa diversificado de atividades para públicos de todas as idades, entre os dias 5 e 25 de julho, com entrada gratuita em várias iniciativas.
O programa comemorativo inclui exposições, visitas guiadas, oficinas criativas, conferências, apresentações de livros e momentos lúdicos especialmente pensados para as famílias e para o público escolar. A já habitual e muito concorrida atividade ‘Dormir com os Peixes’, para crianças entre os 7 e os 13 anos, marca o arranque deste programa comemorativo, a 5 de julho, sendo necessário efetuar inscrição prévia devido à logística subjacente (https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/pages/1082 - máximo de 20 participantes).
Programa Comemorativo – 20.º Aniversário do Aquamuseu do Rio Minho
5 de julho | 21h00: Dormir com os Peixes
6 de julho | 10h30: Inauguração da exposição “Aquamuseu do Rio Minho – 20 Anos”
8 de julho | 10h30: Visita especial - “Vem conhecer os bastidores do Aquamuseu”
9 de julho | 10h30: Inauguração da exposição de desenho - “Artes de Pesca do Rio Minho”, de Jennifer May
10 de julho | 16h00: Conferência / Debate - “O papel dos Parques Zoológicos na sociedade”
11 de julho | 21h00: Apresentação do livro - “Guia Natural do Rio Minho”, no âmbito do projeto BlueWWater
12 de julho
11h00: Visita guiada gratuita
15h00: Apresentação do livro infantil - “Afonso e o Axolote Mágico. Uma Incrível Aventura no Zoo”. Com leitura encenada e workshop de ilustração
13 de julho
10h30: Visita guiada encenada gratuita
14h00 - 18h00: Entrada gratuita no Aquamuseu
15h30: Espetáculo infantil com entrada gratuita
25 de julho | 18h00 – Reedição da apresentação do livro - “Guia Natural do Rio Minho” – Projeto BlueWWater
Caminha, encantadora vila minhota banhada pelas águas cristalinas do rio Coura e do rio Minho, contemplando ao longe a vizinha Galiza, cumpriu hoje a tradição da celebração do Corpo de Deus.
Uma majestosa procissão percorreu as ruas do centro histórico maravilhosamente revestidas por tapetes de flores que os incansáveis caminhenses, durante a noite, trataram de plantar para que a festa fosse ainda mais bela, da maneira que as nossas gentes muito apreciam.
À manifestação de Fé associaram a tradição como sempre acontece. As moças, cheias de chieira, exibiram os seus magníficos trajes de lavradeira e exibiram o ouro que sempre levam consigo em dias de festa. É a nossa identidade!
O rio Minho volta a receber, este domingo, 25 de maio, a Regata Internacional Ponte da Amizade, que celebra este ano a sua 18.ª edição, marcando assim a sua maioridade enquanto evento de referência no remo nacional. A prova integra o Calendário Nacional da Federação Portuguesa de Remo e reúne 150 atletas de 11 clubes portugueses e espanhóis, numa jornada de competição e confraternização transfronteiriça.
À semelhança das edições anteriores, o percurso estende-se desde a Ponte da Amizade até aos cais de Vila Nova de Cerveira, com regatas destinadas aos escalões benjamins, infantis, iniciados e juvenis. O momento alto da competição será a realização das provas rainha: o 4x Juvenil Feminino e o 8+ Juvenil Masculino.
A iniciativa é promovida pela Associação Desportiva e Cultural da Juventude de Cerveira, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, do Concello de Tomiño e da Federação Portuguesa de Remo. Para além do espírito competitivo, a regata tem como objetivo incentivar a prática do remo junto dos jovens, promover o convívio saudável e valorizar o rico património natural de Vila Nova de Cerveira.
As provas têm início às 09h30, prolongando-se até ao final da manhã. Segue-se a habitual cerimónia de entrega de medalhas e lembranças a todos os participantes, culminando com um convívio entre os participantes.
Carlos Braga é Associado número 574 da Associação Portuguesa de Poetas
Meu nome é Carlos Alberto da Silva Santos Braga, sou brasílico-português, com morada na cidade de Braga. Sou Oficial da Policia Militar do Estado de Minas Gerais no Brasil, com a patente de Major, já estou reformado.
Tenho especial admiração pelo Minho, suas cidades e os seus rios, especialmente o Rio Minho.
Escrevi sobre a minha família e a construção do Apelido no Brasil, especialmente na cidade de Bom Despacho, no Estado de Minas Gerais. Na história, falo do Rio Minho, e da me alegria de o conhecer desde a sua nascente, no Pedregal de Irimia, na Serra da Meira, até a sua foz em Caminha.
O tradicional Lanço da Cruz, uma das mais emblemáticas celebrações do Alto Minho, voltou a unir as comunidades de Cristelo Covo (Valença, Portugal) e Sobrada (Tomiño, Galiza) no Rio Minho, reafirmando-se como um Património Cultural Imaterial.
Esta cerimónia, que marca o ponto alto das Festividades em honra de Nossa Senhora da Cabeça, atraiu milhares de pessoas às margens do rio, num momento de profunda fé, tradição e convívio transfronteiriço.
Um Ritual que atravessa gerações
Às 16h00, os párocos de ambas as paróquias entraram em barcos de pesca tradicionais, levando consigo as Cruzes Pascais, e dirigiram-se ao meio do Rio Minho. Ali, as cruzes foram beijadas pelos sacerdotes e comitivas, simbolizando a união entre as duas margens.
A Cruz portuguesa seguiu para Sobrada (Galiza), enquanto a galega foi levada para Cristelo Covo (Portugal), sendo oferecida ao beijo dos fiéis de ambos os lados do rio. O momento foi acompanhado pelos sons tradicionais dos bombos, pandeiretas, castanholas, concertinas e gaitas de foles, que animaram a celebração.
Uma Festa que mistura Fé, História e Cultura
Além do ritual religioso, o Lanço da Cruz mantém traços de antigos cultos pagãos ligados às águas, fundindo-se com a tradição cristã. A presença de pescadores, que lançam as redes em busca da lampreia, reforça a ligação secular das comunidades ao Rio Minho.
Uma tradição que continua a unir
Sob um sol radiante, milhares de minhotos e galegos celebraram mais um capítulo desta tradição centenária, que continua a fortalecer os laços entre Portugal e a Galiza. O Lanço da Cruz não é apenas um ato de fé – é um património vivo, testemunho da riqueza cultural do Minho e da sua história partilhada.
Com as férias escolares da Páscoa a aproximarem-se, o Aquamuseu do Rio Minho apresenta uns dias marcados por atividades lúdico-pedagógica. De 14 a 17 de abril, no período da tarde, a sugestão aborda a temática "O Revestimento dos Animais", sendo dirigida a crianças com idades entre os 7 e os 13 anos. Inscrições já estão a decorrer.
Porque o revestimento corporal é uma caraterística fundamental dos seres vivos, influenciando a sua adaptação ao meio, as crianças inscritas vão ter a oportunidade de desenvolver atividades laboratoriais de observação e análise de diferentes tipos de revestimento animal. A proposta vai no sentido de explorar as funções, diferenças e particularidades, através do contacto direto com alguns animais. Complementarmente à aprendizagem prática, os técnicos do Aquamuseu do Rio Minho vão orientar os participantes na criação de um livro de registo das atividades e conhecimentos adquiridos, que cada criança levará consigo no final da iniciativa.
As Férias da Páscoa do Aquamuseu prometem ser momentos de descoberta, diversão e aprendizagem, incentivando o interesse pelo conhecimento científico e pelo meio natural. A participação está sujeita a inscrição ( https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/pages/1082 ), limitada a 15 crianças, com um custo de 15€.
Para mais informações, contacte o Aquamuseu do Rio Minho.
“Preocupa-nos que o Rio Minho se possa tornar num rio morto, sem atividade, sem vida, com perdas para a fauna e flora, a par das perdas económicas para o concelho, para a região e para o país”
O Executivo aprovou ontem, por unanimidade, uma Moção onde se exorta que o Governo de Portugal possa promover de forma urgente o desassoreamento do Rio Minho, pedindo ainda que estabeleça contactos diplomáticos para resolver este problema, também a curto e médio prazo, com o Governo de Espanha. O assoreamento do Rio Minho é um problema que aflige autarcas e população, especialmente a comunidade piscatória, sendo também um obstáculo determinante à navegação do ferry boat.
Em reunião ordinária e antes da ordem do dia, o Presidente da Câmara, Rui Lages, apresentou ao Executivo uma Moção, convidando todos os eleitos a unir-se em mais esta diligência, sendo certo que o Rio Minho, sendo um rio internacional, depende para o seu desassoreamento da vontade e ação dos governos de Portugal e Espanha.
Na Moção, Rui Lages lembra que a pesca constitui um dos principais motores económicos do Município de Caminha, a par da indústria do turismo e dos serviços: “as artes e a tradição da pesca são seculares no concelho de Caminha e, em particular na Vila de Caminha. O elevado estado de assoreamento do Rio Minho tem colocado em crise a atividade da pesca, dos desportos náuticos, da atividade marítimo turística e, bem assim, tem condicionado há alguns anos a esta parte a ligação fluvial entre Caminha e A Guarda”.
A Moção sublinha que o Rio Minho é um rio internacional, com características muito próprias, e com uma jurisdição partilhada entre o Estado Português e Espanhol e com a foz do rio cada vez mais assoreada, a falta de caudal e força do rio faz com que os inertes se depositem cada vez mais neste belíssimo estuário do Minho.
“Com este estado de coisas, torna-se quase impossível o exercício da pesca, um verdadeiro desafio, estando em causa a segurança dos nossos pescadores e, por vezes, há marés em que se torna impossível trabalhar. Como se pode verificar, os bancos de areia são imensos e com uma grande extensão, criando-se inclusive pequenas ilhas e praias. Para além do setor das pescas, também as marítimo turísticas se vêm com dificuldades em operar ficando, não raras vezes, as suas embarcações assentes em areia. O assoreamento tem também condicionado – e muito – a operacionalidade dos meios da Autoridade Marítima Nacional”, lê-se no documento.
Rui Lages alerta também para a segurança e defesa: “não se pode conceber que, num troço internacional, onde a defesa do país é base fundamental da soberania do Estado, estejam inoperacionais neste local meios da Autoridade Marítima Nacional e da Marinha Portuguesa. Preocupa-nos que o Rio Minho se possa tornar num rio morto, sem atividade, sem vida, com perdas para a fauna e flora, a par das perdas económicas para o concelho, para a região e para o país”.
Por fim, refere-se no texto, “num momento em que as relações transfronteiriças são tão propaladas, é dever do Governo da República fomentar essas mesmas relações e, para o concelho de Caminha, termos um canal fluvial que possa estar apto é fundamental, mas não menos importante é garantir que o nosso rio possa ser navegável em segurança, para o exercício das diversas atividades económicas, em concreto a pesca”.
Nestes termos, e por vontade unânime do Executivo e Caminha, decidiu-se exortar a que o Governo de Portugal possa promover de forma urgente o desassoreamento do rio Minho e pedir que estabeleça contactos diplomáticos para resolver este problema, também a curto e médio prazo, com o Governo de Espanha.
Da presente Moção será dado conhecimento ao Primeiro Ministro; Ministro da Agricultura e Pescas; partidos políticos com representação na Assembleia da República; Assembleia Municipal de Caminha e Associação de Pescadores de Caminha.
A Casa da Cultura acolhe a exposição coletiva “As artes de pesca nas Pesqueiras do Rio Minho”
Um convite para conhecer a história e a tradição destas construções milenares, que moldaram a vida ribeirinha e a atividade piscatória no Rio Minho.
A mostra reúne:
30 fotografias de Luís Borges, fruto de um trabalho do Projeto Raízes com a Associação de Pescadores das Pesqueiras do Rio Minho;
7 fotografias antigas, algumas do início do século XX, que retratam a ligação das populações de Arbo ao rio Minho e à pesca nas pesqueiras;
16 painéis que constituem o Plano Del rio Miño da Comisión Internacional de Limites entre Espanha e Portugal, datado de 1898, onde estão sinalizadas as pesqueiras dos dois lados do rio até àquela data;
Esculturas do artesão de Arbo, Vicente López Martinez, relacionadas com esta temática.
A entrada é gratuita e a exposição pode ser visitada até 11 de abril
Esta iniciativa resulta de uma colaboração entre o Município de Melgaço, as PESQUEIRAS – Associação de Pescadores do Rio Minho e a Asociación do Rio Miño Ignacio Gago.
𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀𝐒 𝐃𝐎 𝐑𝐈𝐎 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐎
As pesqueiras do Rio Minho constituem um bom exemplo da relação estabelecida entre o meio físico e o social, um marco histórico-cultural que comprova os usos e costumes de um povo, nomeadamente na arte de armar a pesca. Desde novembro de 2022, integram o Inventário Nacional do Património Imaterial.
A origem das suas construções perde-se na História: as primeiras referências documentadas são do séc. XI. Já eram utilizadas pelos romanos para a pesca daquela que é considerada uma das maiores iguarias do rio Minho: a lampreia. Testemunham saberes ancestrais na escolha dos melhores sítios para a sua implementação, na sua orientação em relação às correntes do rio, no processo de trabalhar a pedra e erguer os muros, na escolha das redes mais adequadas e, ainda, no sistema de partilha comunitária do seu uso.
Saiba-se que este rio internacional concentra, nas duas margens e apenas no troço de 37 quilómetros, entre Monção e Melgaço, cerca de 900 pesqueiras (das quais cerca de 350 estão ativas).
A Eurocidade Tui.Valença assinala hoje o seu 13º aniversário, marcando mais de uma década de cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha.
Desde a sua criação, esta parceria tem fortalecido laços culturais, sociais e económicos entre as duas cidades vizinhas, promovendo projetos conjuntos em áreas como tão diversas como o turismo, a mobilidade, o desporto e a cultura, entre outros.
O aniversário desta Eurocidade reforça o compromisso de Valença e Tui com a integração europeia, destacando o sucesso da colaboração que une estas comunidades e impulsiona o crescimento regional.