A Infraestruturas de Portugal (IP) tem em curso um conjunto de trabalhos de beneficiação da Ponte Internacional da Amizade, que liga os concelhos de Vila Nova de Cerveira e de Tomiño, na sequência de uma reunião solicitada pelo executivo liderado pelo socialista Rui Teixeira. Encontro serviu ainda para abordar a conclusão das obras na EN13, bem como a concessão das estações da CP.
Sem constrangimentos na circulação automóvel, a intervenção está a decorrer desde o mês de agosto, incidindo na reposição de pavimento nos passeios, que se encontrava ou partido ou em falta, bem como na limpeza das guardas de proteção e de mobiliário urbano existente.
O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira explica que “há algum tempo que já se reclamava esta melhoria na travessia sobre o rio Minho, pois apresentava um aspeto degradado e descuidado, algo que não coincide com a imagem pela qual o Município é conhecido”. Rui Teixeira solicitou uma reunião formal, com pedido de visita técnica ao local, por forma a se inteirarem da “má imagem” da ponte, “pois é um cartão de visita, na qual o tráfego médio diário de veículos ligeiros é de cerca de cinco mil viaturas”, segundo dados do Observatório Transfronteiriço Espanha-Portugal (2017).
De salientar que a entrada em funcionamento, em 2004, desta travessia rodoviária sobre o rio Minho representou um marco histórico para as duas populações vizinhas de Cerveira e Tomiño, afirmando a centralidade e conetividade de um território comum, suprimindo um constrangimento de mobilidade. A Ponte Internacional da Amizade resultou de um investimento de seis milhões de euros, comparticipados em 75% por fundos comunitários.
Durante o encontro com representantes da Infraestruturas de Portugal (IP), o autarca cerveirense, Rui Teixeira, formalizou ainda o pedido para a conclusão dos trabalhos na EN13. Após a colocação do novo pavimento em locais mais deteriorados, entre Vila Meã e Gondarém, está a faltar a pintura da via. Não obstante, também foi abordado o interesse que a Câmara Municipal tem em ficar com a concessão dos edifícios das estações da CP de Vila Nova de Cerveira e de Gondarém, atualmente dotados ao abandono e sem utilização, para se avançar com um projeto de remodelação para a construção de mais habitação.
O presidente da entidade, Luís Nobre, solicitou por carta aos ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, ao de Assuntos Exteriores e Transportes. Ambos governos acolheram positivamente a petição
Há uma década o Eixo Atlântico propôs a construção de uma nova linha de alta velocidade entre Ferrol- Lisboa e que, por sua vez, teria uma estação no aeroporto Francisco Sá Carneiro. Esta petição realizou-se pela primeira vez em 2016 numa reunião entre municípios e empresários no Europarque de Santa Maria da Feira. Posteriormente, na Assembleia-Geral do Eixo Atlântico celebrada na Maia em 2018, transmitiu-se ao Governo de António Costa, através do ministro do Meio Ambiente Matos Fernandes, a proposta de que a nova linha tivesse uma estação no aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Esta linha seria a alternativa à do Minho que, depois da sua modernização e eletrificação, iniciativa liderada pelo Eixo Atlântico, continuava a ter o handicap de que os tempos de viagem apenas se poderiam melhorar limitadamente devido aos estrangulamentos que há em Valença- Porto, a maior parte delessem possibilidades de solução. Paralelamente, foram realizadas diversas reuniões com responsáveis do governo espanhol até desbloquear a saída sul de Vigo.
Isto, que é história, está documentado nas atas do Eixo Atlântico e na hemeroteca dos meios de comunicação e é importante conhece-lo num momento em que o processo construtivo está desbloqueado e avança segundo o previsto, tanto na parte portuguesa como espanhola. Um mérito que é exclusivo dos municípios (especialmente, dos do Eixo Atlântico), da sociedade civil e das organizações que promovem e defendem a ferrovia.
Da mesma forma, é importante reivindicar as figuras de António Costa e de Infraestruturas de Portugal que foram os artífices desta linha que alguns agora tentam utilizar como arma contra o Governo de Espanha enquanto, em Portugal, o PSD, desde a sua chegada ao governo, continua a desenvolver os projetos de estado do governo anterior.
Falta apenas desenvolver um aspeto para que o projeto mantenha os seus prazos: a nova ponte sobre o Rio Minho que servirá esta linha, ponte que se construirá a este de Valença e Tui mas cuja localização exata está por determinar. Da mesma forma, estão por terminar os últimos trâmites administrativos e as últimas engenharias e estudos informativos dos troços de ambos os lados: Porriño-Frontera, no lado galego, e Ponte de Lima-Frontera, no lado português.
Por esse motivo, o presidente do Eixo Atlântico, Luís Nobre, solicitou formalmente através de uma carta enviada a ambos os governos que este ponto figure na agenda da próxima Cimeira Ibérica que está prevista para o outono e que permitirá continuar o desenvolvimento da obra no seu conjunto dentro dos prazos previstos.
A petição foi acolhida positivamente por parte do Ministério de Assuntos Exteriores e o de Infraestruturas e Habitação através de uma carta oficial.
De 9 a 12 de julho, o Aquamuseu do Rio Minho volta a propor um conjunto de atividades pedagógicas para crianças dos 7 aos 13 anos. Trata-se de mais uma edição das ‘Férias de Verão, sob a temática “A vida numa poça de maré”. Participação requer inscrição.
Do terreno para o laboratório. As atividades previstas visam a recolha de seres vivos encontrados na margem do rio Minho, nomeadamente nas poças de maré que, aquando da maré baixa, deixam visíveis compartimentos biológicos. Depois, o desafio é levar os ‘achados’ para laboratório para identificação e análise. As ‘Férias de Verão’24 no Aquamuseu culminam com uma saída para observação de aves no estuário do rio Minho.
Com limite de participação de 15 crianças, a inscrição tem um custo de 15€ e deve ser formalizada em: https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/pages/1082. As atividades decorrem na semana de 9 a 12 de julho, entre as 14h00 e as 17h00.
Pela sua intervenção no património natural, o Aquamuseu tem procurado dinamizar diversas atividades didático-culturais, explorando temáticas que visam aumentar a sensibilidade para a conservação dos valores naturais, privilegiando a atividade experimental como metodologia para a aquisição de conhecimento.
A obra de recuperação da Ecopista do rio Minho, entre Chamosinhos e Cristelo-Covo, já começou, num investimento de cerca de 300 mil euros.
A obra implicará a recuperação do troço da ecopista, em toda a frente ribeirinha da freguesia de São Pedro da Torre, numa extensão de 2,5 Kms, entre a ponte romana da Veiga da Mira e o regato em Chamosinhos.
Estabilização dos taludes, entre a ecopista e o rio, com a implantação de elementos suporte de reforço, bem como a correção do piso, em todos os locais danificados, são as grandes marcas desta obra.
A intervenção respeitará o traçado original da ecopista, pretendendo-se, também, garantir a sua estabilização em situações futuras de cheias através de enrocamento nas zonas mais sensíveis.
Com esta obra pretende-se recuperar a Ecopista do Rio Minho, bastante danificada pelas intempéries.
Esta obra vai ser financiada pelo contrato programa que a Câmara Municipal assinou com a Direção Geral das Autarquias Locais – DGAL e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte – CCDRN relativo à reparação dos danos provocados pelas cheias e inundações ocorridas em janeiro de 2023.
220 atletas participam na 17ª Regata Internacional Ponte da Amizade
Este domingo, uma grande moldura humana vai enriquecer ainda mais a beleza do rio Minho. A 17ª Regata Internacional Ponte da Amizade conta com a participação de 222 atletas, de 14 clubes (nove portugueses e cinco espanhóis), 142 embarcações e inúmeros apoiantes nas margens, a partir das 10h00.
Organizada pela Associação Desportiva e Cultural da Juventude de Cerveira, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, a regata inclui várias provas, dos escalões benjamins, infantis, iniciados e juvenis.
Referência no calendário desportivo da modalidade, a Regata Internacional Ponte da Amizade promove o convívio e bem-estar dos jovens desportistas, através de uma competição salutar, de forma a divulgar o remo e a valorizar o vasto património natural que abraça Vila Nova de Cerveira.
As pesqueiras, testemunhos de tradição e saber ancestral, são o segredo por trás das delícias gastronómicas locais. Compre já os selos personalizados e mergulhe neste verdadeiro tesouro gastronómico e cultural.
Município de Monção coloca painéis informativos nos locais autorizados para a atracagem de embarcações.
O Município de Monção colocou estruturas de madeira, com sinalética informativa, onde constam dados georreferenciados, referentes à localização dos seis fundeadouros existentes no troço do rio Minho que percorre o nosso concelho.
Situados em Lapela, Senhora da Cabeça, Lodeira, Floresta/Troviscoso Laginha/Bela, e Redonda/Bouças, estes elementos identificativos, executados e colocados pelos funcionários municipais, tem como finalidade sinalizar os locais ribeirinhos autorizados para a atracagem de embarcações.
Além de garantir maior disciplina à atividade fluvial no troço internacional do rio Minho, os fundeadouros permitem um acesso mais facilitado à margem e uma atracagem mais segura, assegurando, em paralelo, a preservação e valorização das áreas ribeirinhas.
Enquadrado nas comemorações do Dia da Marinha 2024, o NRP Rio Minho, instalado no Cais do Parque de Lazer do Castelinho, em Vila Nova de Cerveira, vai estar aberto a visitas ao público geral, bem como realizar “Batismos de Mar” através das embarcações auxiliares do navio.
As visitas estão agendadas para este sábado e domingo, entre as 09h30 e as 12h30 e as 14h30 e as 18h00.
O navio da Marinha, em missão permanente no Troço Internacional do Rio Minho (TIRM), colabora na prevenção e combate à poluição marítima e na busca e salvamento marítimo. O NRP Rio Minho foi aumentado ao efetivo da Marinha Portuguesa a 1 de agosto de 1991.
A apresentação acontecerá aquando da 3ª edição da “Festa dos Pescadores das Pesqueiras do Rio Minho”, no próximo sábado, dia 18 de maio
O valor material e imaterial das pesqueiras do rio Minho chamou a atenção dos CTT – Correios de Portugal que, em homenagem a esse património secular e aos pescadores, lançam agora uma coleção de selos personalizados composta por uma booklet de oito selos. A apresentação acontecerá aquando da 3ª edição da “Festa dos Pescadores das Pesqueiras do Rio Minho”, no próximo sábado, dia 18 de maio. O evento, fechado ao público, marca o encerramento da época piscatória nos dois lados do Rio Minho* e tem início previsto para as 10h30, no Parque de Merendas, junto ao acesso ao Rio Minho, freguesia de Alvaredo (coordenadas: 42.101261, -8.313881).
A Festa, cujo intuito é mostrar a importância da atividade piscatória nas pesqueiras do Rio Minho, aos níveis económico, ecológico, social, patrimonial e cultural, assume-se como um marco de convívio entre os pescadores das pesqueiras do rio Minho, assim como das várias instituições/entidades com as quais mantém relações profissionais e/ou institucionais, sendo apenas aberta a este público. Esta iniciativa oferecerá aos participantes uma experiência associada à gastronomia, com produtos endógenos da região, e à descoberta das suas origens, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer in loco as pesqueiras e a arte ancestral da pesca que aqui se faz.
PROGRAMA
10h30 | Concentração dos pescadores e entidades convidadas no Parque de Merendas do acesso de Alvaredo (coordenadas: 42.101261, -8.313881)
10h40 | Receção de boas-vindas
» Presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista
» Presidente da Junta de Freguesia de Alvaredo, Diogo Castro
» Presidente da PESQUEIRAS - Associação dos Pescadores do Rio Minho, Venâncio Fernandes
11h00 | Caminhada pelo “Trilho dos Pescadores”, com explicação das artes da pesca 11h30 | Lançamento de coleção de selos CTT alusivos às Pesqueiras do rio Minho junto à Pesqueira Novas do Braço
» Lurdes Além -Direção de Filatelia dos CTT
13h00 | Almoço convívio com música tradicional
» Apresentação da música em homenagem ao rio Minho pelo grupo de concertinas
O RIO MINHO
O rio Minho marca a identidade das gentes de Melgaço e a ele estão ligadas as principais atividades que foram, durante anos, as suas fontes de sobrevivência e, desde cedo, se assumiu como uma das principais fontes de rendimento. Naquela época, o rio era rico em espécies que ainda hoje fazem as delícias gastronómicas, como o salmão, o sável, a savelha e, sobretudo, a lampreia, e que são hoje produtos de promoção turística. Atendendo à enorme variedade piscícola que o rio oferecia, a população foi utilizando os seus recursos e a sua própria topografia para construir armadilhas de pesca em pedra ao longo das suas margens – as pesqueiras do rio Minho.
AS PESQUEIRAS DO RIO MINHO INTEGRAM O INVENTÁRIO NACIONAL DO PATRIMÓNIO IMATERIAL
As pesqueiras do Rio Minho constituem um bom exemplo da relação estabelecida entre o meio físico e o social, um marco histórico-cultural que comprova os usos e costumes de um povo, nomeadamente na arte de armar a pesca. Desde novembro de 2022, integram o Inventário Nacional do Património Imaterial.
A origem das suas construções perde-se na História: as primeiras referências documentadas são do séc. XI. Já eram utilizadas pelos romanos para a pesca daquela que é considerada uma das maiores iguarias do rio Minho: a lampreia. Testemunham saberes ancestrais na escolha dos melhores sítios para a sua implementação, na sua orientação em relação às correntes do rio, no processo de trabalhar a pedra e erguer os muros, na escolha das redes mais adequadas e, ainda, no sistema de partilha comunitária do seu uso.
Saiba-se que este rio internacional concentra, nas duas margens e apenas no troço de 37 quilómetros, entre Monção e Melgaço, cerca de 900 pesqueiras (das quais cerca de 350 estão ativas).
*No troço compreendido entre a linha que passa pelas torres do Castelo da Lapela, em Monção – Portugal, e pela igreja do Porto, em Espanha, e o limite superior da linha fronteiriça.
Magnífica ave imitadora capaz de reproduzir numerosos sons que capta no seu habitat, podemos encontrá-lo com muita frequência pelas serras d’Arga, na Peneda e no Gerês, no Corno do Bico em Paredes de Coura, nas lagoas de Bertiandos em Ponte de Lima e no Pinhal do Camarido, em Caminha, junto ao estuário do rio Minho.
O gaio é uma aves que mais temas do nosso cancioneiro popular inspira, danças e cantares do nosso folclore um pouco por todo o país, geralmente associado à primavera.
Cerca de 70 pessoas participaram, este sábado, na caminhada com os pescadores das Pesqueiras do Rio Minho
Num percurso de cerca de 4km, ao longo do qual foi possível observar 27 pesqueiras, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir histórias reais, assistir a uma simulação da pesca da lampreia e conhecer mais sobre esta arte ancestral.
A ação, integrada no programa de atividades da iniciativa «Lampreia do Rio Minho – Um prato de excelência», teve como propósito divulgar as pesqueiras do rio Minho, bem como a importância da arte piscatória aqui desenvolvida.
O tempo ajudou, as nuvens afastaram-se e o sol apareceu para permitir que mais uma vez a Cruz Pascal atravessa-se o Rio Minho, no tradicional e emblemático Lanço da Cruz, entre Cristelo Covo, em Valença e Sobrada, em Tomiño (Galiza).
Esta foi uma edição especial que contou com a presença de uma equipa da Direção Geral do Património que está a avaliar a candidatura desta tradição a Património Imaterial Nacional. A candidatura foi formulada pelo Município de Valença, em parceria com a Fabrica da Igreja de Cristelo Covo e a Comissão de Festas de Srª. da Cabeça.
Pelas 16h00, o pároco com a Cruz Pascal, entrou num barco de pesca e dirigiu-se até ao meio do rio. A meio do rio encontraram-se as duas cruzes, beijadas pelos párocos e comitivas. A portuguesa segui para Sobrada e a galega para Cristelo Covo, sendo dada a beijar nas duas margens, entre o soar dos bombos, das pandeiretas, das castanholas, concertinas e gaitas de foles.
A comitiva portuguesa, além de muitos pescadores e populares, contou, com a presença do Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, do Presidente da Assembleia Municipal, José António, Cerqueira, do vereador Arlindo de Sousa, do Presidente da União de Freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão, Diogo Mota, das técnicas do Município, da equipa da Direção Geral do Património, entre outros.
Milhares de minhotos e galegos encheram as duas margens do Rio Minho, nesta festividade onde a tradição, a fé e a devoção misturam o cristianismo com os mais antigos cultos pagãos das águas.
A Cruz Pascal vai atravessar o Rio Minho, num tradicional compasso pascal transfronteiriço, com o emblemático Lanço da Cruz, na próxima Segunda-feira de Páscoa, 1 de abril, às 16h00 (PT).
O rio Minho será o palco desta tradição pascal, dos pescadores de Cristelo Covo, em Valença (Portugal) e de Sobrado, em Tomiño (Galiza).
O Município de Valença submeteu a candidatura da tradição do Lanço da Cruz a Património Imaterial Nacional e, nesse sentido, este ano, espera-se a presença de uma equipa da Direção Geral do Património que está a avaliar o evento. A candidatura foi formulada pelo Município de Valença, em parceria com a Fabrica da Igreja de Cristelo Covo e a Comissão de Festas de Srª. da Cabeça.
Milhares de minhotos e galegos são esperados, nas duas margens, nesta festividade onde a tradição, a fé e a devoção misturam o cristianismo com os mais antigos cultos pagãos das águas.
O Santuário da Senhora da Cabeça, o parque de merendas do Cais de Sobrado e o rio Minho são os palcos desta autêntica romaria galaico-minhota que decorre sempre na segunda-feira imediata ao fim de semana da Páscoa.
LANÇO DA CRUZ E PROCISSÃO FLUVIAL
Pelas 16h00, depois da visita pascal a Cristelo-Covo, o pároco com a Cruz Pascal, entra num barco de pesca, no Cais da Fonte e dirige-se até ao meio do rio. Em Sobrado o desfile dos Chimpins (pequenos tratores) enfeitados, cheios de populares e com a Cruz Pascal dirige-se para o rio, onde os populares embarcam nos barcos de pesca.
A meio do rio encontram-se as duas cruzes, beijadas pelos párocos e comitivas. A portuguesa segue para Sobrado e a galega para Cristelo Covo, sendo dada a beijar nas duas margens, entre o soar dos bombos, das pandeiretas, das castanholas, concertinas e gaitas de foles.
Entretanto, os pescadores lançam as redes benzidas ao rio. Todo o peixe que sair no lance é para o pároco.
As candidatas do Bloco de Esquerda ao círculo eleitoral de Viana do Castelo, Adriana Temporão e Edite Costa, acompanhada do deputado municipal de Caminha Abílio Cerqueira, estiveram reunidos, na tarde de sábado, com a Associação de Pescadores do Rio Minho e Mar, para perceber as dificuldades da profissão.
No final do encontro, a cabeça de lista defendeu que os pescadores do Rio Minho têm de ser compensados quando as condições climatéricas não permitem a saída dos barcos, equivalente aos apoios que são dados para quem não sai para o mar.
A bloquista salientou ainda que deve ser constituída uma empresa pública de dragagens que permita o desassoreamento dos canais de circulação para diminuir os riscos de acidentes e aumentar a segurança dos pescadores.
Recorde-se que a comunidade piscatória caminhense conta com cerca de 136 pescadores, com média de 55 anos, em mais de 100 barcos a trabalhar diariamente.
Fazendo jus à tradição, acrescentando uma dose q.b. de inovação, a afamada e saborosa Lampreia do Rio Minho chega à mesa dos restaurantes da região do Vale do Minho para grande satisfação dos apreciadores desta iguaria. A XV edição da ‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’ é apresentada, no próximo dia 15 de fevereiro, pelas 15h30, na Quinta da Malaposta, no concelho de Vila Nova de Cerveira, com um showcooking e uma prova gastronómica.
Dinamizado pela ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho desde 2010, em parceria com a Confraria da Lampreia do Rio Minho e com os seis municípios do Vale do Minho (Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira), este evento gastronómico de referência tem como principal objetivo a promoção de um produto/prato tradicional, portador de uma forte componente turística para este território. Além de valorizar a lampreia do Rio Minho, enquanto recurso endógeno e de elevado valor gastronómico, promove, paralelamente, as potencialidades naturais e culturais de cada concelho.
A sessão de abertura da XV edição da ‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’ está agendada para as 15h30, de 15 de fevereiro, pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, na Quinta da Malaposta, seguindo-se a apresentação do programa da iniciativa “Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência” pelo Presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista. Pelas 16h00, o Biólogo do Aquamuseu do Rio Minho, Carlos Antunes, aborda a questão d’ “A tradição gastronómica e a abundância dos recursos”, encerrando-se com um Showcooking e uma prova gastronómica de arroz de lampreia e de produtos regionais do Vale do Minho.
Ao longo de dois meses - 15 de fevereiro a 15 de abril, uma centena de restaurantes dos seis municípios do Vale do Minho dispõem nos seus cardápios as formas de confeção mais tradicionais, assim como as mais inovadoras da ‘rainha’ do Rio Minho, sempre com sugestões irresistíveis.
Cerveira conta com 15 restaurantes aderentes
Abrigo das Andorinhas; Adega Real; Boega – O Peregrino; Cantinho dos Amigos; Casa das Velhas; Casa Lau; Casebre; Central; Costa Verde; Dom Júlio; Glutão; Lavrador; Luso Galaico; O Cervo; O Dias. Estes são os 15 restaurantes cerveirenses comprometidos com a iniciativa ‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’.
Além da lampreia à boa mesa, quem visitar a ‘Vila das Artes’ pode ainda usufruir de uma panóplia de atividades que o Município promove para atrair cada vez mais visitantes, bem como para dinamizar a economia local, nomeadamente mais uma edição dos ETC… Encontros de Teatro de Cerveira (9, 16 e 23 de março); a programação da Semana Santa, especificamente o Mercado da Páscoa (28 a 30 de março) e a Queima de Judas (30 de março), além de exposições diversas, das sugestões do turismo ativo e as visitas a museus.