Está patente, a partir desta segunda-feira, dia 18 de março, na Biblioteca Municipal de Ponte da Barca, a exposição itinerante "25 de Abril: Rumo ao Cinquentenário”, organizada pela CIM Alto Minho, em parceria com a RIBAM – Rede Intermunicipal das Bibliotecas Públicas do Alto Minho, e apoio do município de Ponte da Barca.
A exposição, criada pelo Plano Nacional das Artes (PNA), é constituída por vários roll-ups sobre os 50 anos do 25 de Abril de 1974, abordando diversos temas, nomeadamente: regimes políticos do século XX, o Estado Novo, a contestação à ditadura, a guerra colonial, o MFA, o golpe de estado militar, a revolução, a descolonização e as independências, o PREC, a democracia e o ativismo. Cada painel tem um QR Code associado que permite aceder a uma página com conteúdos suplementares (textos, fotografias, imagens, vídeos, etc.).
A mostra pode ser visitada até ao dia 29 de março, percorrendo depois as restantes Bibliotecas Municipais do Alto Minho, até ao mês de setembro.
Celebrando-se este ano os 50 anos da Revolução dos Cravos, Ponte da Barca prepara-se para uma série de eventos destinados a honrar o legado do 25 de abril de 1974. Iniciado em janeiro com uma Exposição de Cartazes e Artefactos das primeiras eleições livres do país, bem como uma homenagem musical às Canções de Abril, o calendário de eventos promete cativar a comunidade.
Ainda no mês de março, a Biblioteca Municipal torna-se palco da exposição "25 de Abril Rumo ao Cinquentenário", organizada pela CIM Alto Minho, em parceria com a RIBAM – Rede Intermunicipal das Bibliotecas Públicas do Alto Minho, e apoio do município de Ponte da Barca, destacando os momentos-chave que levaram à revolução, e dedicando o Dia da Poesia com o evento “Dizer e Ler Abril”, em colaboração do Agrupamento de Escolas.
À medida que abril se aproxima, as atividades intensificam-se. Uma exposição itinerante percorrerá o concelho, convidando os habitantes a refletirem sobre "Onde Estávamos há 50 Anos?". Um concerto de apresentação do videoclipe "Carolina Adormecida", pelos Gaiteiros de Bravães, faz ainda parte das celebrações, enquanto o cinema e o teatro, em colaboração com o Agrupamento de Escolas, proporcionarão uma imersão cultural, com exibições de filmes e performances ao vivo que revisitam os eventos e o ambiente da época.
No dia 25 de abril, terá lugar a habitual Sessão Solene da Assembleia Municipal, com momentos de Poemas de Abril e Canções de Intervenção, relembrando a importância da resistência cultural na luta pela liberdade. No mesmo dia, um dos pontos altos das celebrações decorrerá com o Musical dos 50 Anos do 25 de Abril, uma produção que contará com a participação da Orquestra Viv´arte, solistas convidados e a Academia de Música local.
O culminar das celebrações decorrerá em novembro, com uma Conferência intitulada "50 Anos Depois, Cumprir Abril!", seguida de um espetáculo musical, naquela que será a sessão de encerramento.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Barcelos: Catarina Martins, Ilda Figueiredo, Isabel Menéres, Lídia Pereira e Maria de Belém discutem “O papel da mulher na democracia”
“O papel da mulher na democracia” é o tema da 3.ª Tertúlia do programa das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril promovido pelo Município de Barcelos. O evento realiza-se na próxima sexta-feira, dia 15 de março, pelas 21h15, no Auditório Eng.º António Tavares, no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave - IPCA.
A Tertúlia, que vai ser moderada pela Presidente do IPCA, Maria José Fernandes, terá cinco mulheres convidadas: Catarina Martins (Bloco de Esquerda); Ilda Figueiredo (PCP); Isabel Menéres (CDS-PP); Lídia Pereira (PSD) e Maria de Belém (PS).
A programação das Comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que o Município de Barcelos está a promover ao longo de todo o ano, é muito diversificada e direcionada a todas as faixas etárias. Inclui um Ciclo de Tertúlias e Conferências, nas quais serão discutidos os mais diversos assuntos relacionados com a Revolução. Além das tertúlias e conferências, serão apresentadas diversas publicações, casos do livro “Barcelos e o 25 de abril de 1974 – a Administração Local e a Sociedade (1960 – 1989)”, da autoria do historiador barcelense, Dr. Victor Pinho; uma publicação com a identificação de todos os participantes da Assembleia Municipal desde o 25 de Abril, (edição da Assembleia Municipal de Barcelos); e o lançamento do livro “Herdeiro do Cravo”, de Francisco Duarte Mangas.
A música também tem uma programação intensa e diversificada, com concertos musicais de Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Luca Argel, Anónimos de Abril, e ainda os concertos “Que força é essa – a Força da Música de Barcelos”, Concerto Mil Vozes a Cantar Abril, a “Ópera – Pequena História de um Povo com Memória" e no encerramento das comemorações um concerto de Música Clássica.
Estão também agendados dois cortejos que mobilizarão a comunidade barcelense, concretamente o Desfile das escolas do concelho de Barcelos e o Desfile “Recriação Histórica, com grupos de teatro do concelho, havendo também peças de Teatro, poesia, cinema e concursos literários.
Quem é quem na tertúlia de sexta-feira
Catarina Martins
“Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, possui o mestrado em Linguística e a frequência de doutoramento em Didática das Línguas. Participa, desde a juventude, em diversos movimentos cívicos e políticos. No liceu junta-se à luta contra a Prova Geral de Acesso e, mais tarde, em Coimbra onde estuda Direito, participa nos movimentos contra as propinas na universidade. O seu percurso leva-a ao envolvimento em movimentos culturais: é cofundadora, em 1994, da Companhia de Teatro de Visões Úteis e foi dirigente do CITAC e da Plateia (Associação de Profissionais das Artes Cénicas).
Eleita deputada à Assembleia da República pela primeira vez em 2009, tendo sido reeleita em 2011 e 2015. Adere ao Bloco de Esquerda e integra a sua direção de 2010 a 2014. Em 2023, não se candidatou a novo mandato como coordenadora do BE, e concretizou o pedido de renúncia ao mandato parlamentar”.
Ilda Figueiredo
“Economista, professora e política portuguesa. Possui o Curso do Magistério Primário e a licenciatura em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Técnica superior sindical, no Sindicato Têxtil do Porto, integrou, mais tarde, a USP/CGTP-IN. Enquanto professora, lecionou no ensino primário, secundário e ensino superior, no Instituto Superior Jean Piaget, em Vila Nova de Gaia.
Entre 1979 e 1991 foi deputada à Assembleia da República, eleita pelo PCP. Foi vereadora na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e desempenhou funções autárquicas, na Câmara Municipal do Porto, e foi vereadora na Câmara Municipal de Viana do Castelo. Foi eleita para o Parlamento Europeu, renunciando ao mandato de eurodeputada em 2012. É Presidente da Direção Nacional do Conselho Português para a Paz e Cooperação desde 2011 e colaboradora regular em diversos órgãos de comunicação social. Recebeu as condecorações de Comendadora da Ordem do Mérito de Itália e a Medalha de Mérito, classe Ouro, do Município de Vila Nova de Gaia”.
Isabel Menéres Campos
“Vive no Porto, tem 51 anos e um filho. Licenciou-se em Direito, pela Escola do Porto da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Em 2000, obteve o grau de Mestre em Direito, pela Faculdade de Direito de Coimbra, na área das Ciências Jurídico-Civilísticas. Posteriormente, em 2010, concluiu o Doutoramento em Direito na mesma Universidade e área de especialização. É advogada e Professora Auxiliar na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto, sendo docente há cerca de 28 anos, tendo anteriormente lecionado na Escola de Direito da Universidade do Minho. Foi Vice-Presidente do Conselho de Deontologia da Ordem dos Advogados. A sua atividade política iniciou-se em 2016, período no qual ingressou no CDS-PP e na Comissão Política do Porto, desse mesmo partido. Entre 2018 e 2022, foi Presidente da Comissão Política do CDS do Porto. Integra desde 2022 a Comissão Política Nacional do mesmo partido. Desde 2021 que é deputada municipal na Assembleia Municipal do Porto, eleita pelo grupo municipal Rui Moreira 'Aqui Há Porto', ocupando o cargo de Primeira Secretária da Mesa da Assembleia Municipal. Autora de diversas publicações académicas, tem dois livros jurídicos publicados e inúmeros artigos em revistas jurídicas nacionais e internacionais. É colaboradora regular no Jornal Observador, publicando artigos de opinião. É dj amadora e adora cozinhar para a família e para os amigos”.
Lídia Pereira
“É licenciada em Economia, pela Universidade de Coimbra e mestre em Estudos Económicos Europeus, pelo Colégio da Europa. Economista e política portuguesa do Partido Social Democrata, é deputada ao Parlamento Europeu, desde 2019, e presidente da Juventude do Partido Popular Europeu (EPP). Desde que ingressou no Parlamento Europeu, tem desempenhado as funções de vice-coordenadora do seu grupo parlamentar na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários e membro da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar. Em 2020, juntou-se ao Subcomité de Assuntos Tributários. Integra o Intergrupo do Parlamento Europeu para os Mares, Rios, Ilhas e Zonas Costeiras”.
Maria de Belém
"Jurista e política portuguesa. Licenciada em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi técnica superior do Ministério do Trabalho, na Direção-Geral da Previdência, tendo-se aposentado com a categoria de assessora principal do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social. Após o 25 de Abril de 1974, integrou, como adjunta, o gabinete da Secretária de Estado da Segurança Social, Maria de Lourdes Pintasilgo, logo no I Governo Provisório. Chefe de gabinete do Ministro da Saúde do Bloco Central, vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, administradora-delegada do Centro Regional de Lisboa do Instituto Português de Oncologia e administradora da Teledifusão de Macau.
Ministra da Saúde do XIII Governo Constitucional, Ministra para a Igualdade no XIV Governo Constitucional e vice-presidente e presidente da Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde. Deputada da Assembleia da República, consultora da empresa Espírito Santo Saúde e presidente da comissão parlamentar de Inquérito ao Processo de Nacionalização, Gestão e Alienação do Banco Português de Negócios. Foi eleita presidente do PS. Participou na fundação de diversas instituições particulares de solidariedade social, desempenhou os cargos de presidente e foi membro de variadas instituições. Comentadora regular na SIC Notícias, no programa Frente-a-Frente e comentadora com presença semanal na CMTV. Membro do Conselho das Antigas Ordens Militares. Foi agraciada com o Prémio Feminina de Honra 2014 e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Maria José Fernandes
Doutorada em Ciências Empresarias pela Universidade de Santiago de Compostela, ramo de Contabilidade, e Agregada em Gestão, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), da Universidade Técnica de Lisboa.
Presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), professora coordenadora principal da Escola Superior de Gestão do IPCA, onde leciona unidades curriculares na área da Contabilidade Pública aos níveis de graduação e pós-graduação.
Foi diretora do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade da Escola Superior de Gestão do IPCA (2008 a 2017).
É autora de diversas publicações nacionais e internacionais em revistas científicas e de trabalhos de investigação académica, apresentados em vários congressos nacionais e internacionais.
Apresentação do livro e inauguração da exposição “25 de Abril de 1974, Quinta-Feira” de Alfredo Cunha. Amanhã, Sábado, 9 de Março, pelas 15h00, na Galeria do Paço, em Braga
O Município de Braga promove a apresentação do livro “25 de Abril de 1974, Quinta-Feira”, seguido da inauguração da exposição de Alfredo Cunha, que se realizam amanhã, Sábado, 9 de Março, pelas 15h00, na Galeria do Paço da Universidade do Minho, sita no Largo do Paço.
A sessão conta com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro e do fotografo Alfredo Cunha.
A iniciativa insere-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, promovidas pelo Município de Braga.
Exposição "Mulheres de Abril Somos" inaugura no Dia Internacional da Mulher em Amares
A Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda acolhe, a partir do dia 8 de abril – Dia Internacional da Mulher –, a exposição itinerante “Mulheres de Abril Somos”. Organizada pelo Movimento Democrático de Mulheres e integrada nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril do Município de Amares, a exposição abre ao público às 14h00 e vai estar patente ao público até ao dia 23 de março. O objetivo é levar a refletir sobre o papel da mulher na sociedade, pré e pós 25 de abril.
Em destaque vai estar, ainda, o quadro do artista amarense Abel Mota: “Duas irmãs e uma laranja”, realizado no âmbito do projeto Pró-Igualdade no Cávado, e um documentário sobre “O ideal feminino do Estado Novo”.
A Câmara Municipal de Vizela apresenta o programa comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril, na próxima sexta feira, dia 16 de fevereiro, pelas 11.00h no miniauditório do edifício sede, numa parceria entre a Câmara Municipal de Vizela, a Sociedade Filarmónica Vizelense e o condomínio dos espaços comerciais do Fórum Vizela - Condomínios & Companhia.
O destaque do programa vai para o dia 26 de abril com o concerto de Paulo Carvalho e Mariza Liz com a Banda da Sociedade Filarmónica Vizelense, que terá lugar na Praça do Município.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril ao longo de 2024
“Comissões Administrativas da Câmara Municipal de Barcelos: 1974-1976” é o tema da 2.ª Tertúlia do programa das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, promovidas pelo Município de Barcelos. O evento realiza-se na próxima quinta-feira, pelas 21h15, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
A Tertúlia, que vai ser moderada pelo Dr. Horácio Barra, terá como convidados três protagonistas políticos que integraram as Comissões Administrativas: Dr. António Seara, Sr. Carlos Coutada e Dr. António Reis.
Esta será uma excelente oportunidade para recordar episódios vividos nessa altura, percebendo-se como se organizava o poder político-administrativo logo a seguir à Revolução de Abril.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Barcelos está a assinalar os 50 anos da Revolução do 25 de Abril com um conjunto de iniciativas ao longo de todo o ano de 2024. A primeira ação aconteceu a 12 de janeiro com a apresentação da Comissão Executiva e das linhas gerais do programa a que se seguiu a realização da Tertúlia “O Dia D”, que contou com a participação do Furriel Manuel Correia da Silva, do Cabo José Alves Costa e do Dr. Mário Vale Lima, numa conversa moderada pelo Dr. Victor Pinho.
A programação das Comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que o Município de Barcelos vai promover ao longo de todo o ano, é muito diversificada e direcionada a todas as faixas etárias. Inclui um Ciclo de Tertúlias e Conferências – cerca de 12, nas quais serão discutidos os mais diversos assuntos relacionados com a Revolução; publicações diversas, casos do livro “Barcelos e o 25 de abril de 1974 - a Administração Local e a Sociedade (1960 - 1989)”, do historiador barcelense, Dr. Vítor Pinho; publicação com a identificação de todos os participantes da Assembleia Municipal desde o 25 de Abril, (edição da Assembleia Municipal de Barcelos); lançamento do livro “Herdeiro do Cravo”, de Francisco Duarte Mangas; concertos musicais com Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Luca Argel, Anónimos de Abril, ainda os concertos “Que força é essa – a Força da Música de Barcelos”, Concerto Mil Vozes a Cantar Abril, a “Ópera - Pequena História de um Povo com Memória e a encerrar as comemorações um Concerto de Música Clássica. Estão também agendados dois cortejos mobilizando a comunidade educativa, concretamente o Desfile com as escolas do concelho de Barcelos e o Desfile Recriação Histórica, com os grupos de teatro do concelho de Barcelos, a apresentação de três peças de Teatro, poesia, cinema e concursos literários.
Temas da Liberdade e Democracia servem de inspiração a vários eventos
A celebração dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril de 1974 dá o mote para a programação cultural do Município de Braga ao longo de 2024, com um conjunto diversificado de eventos que têm em comum os temas da Liberdade e da Democracia.
“A melhor forma de homenagearmos os heróis de Abril é promovermos a cultura, as artes e o conhecimento, envolvendo os cidadãos numa sociedade livre e pluralista”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.
A apresentação do livro “25 de Abril de 1974, quinta-feira", de Alfredo Cunha, no próximo dia 15 de Fevereiro, no Theatro Circo, e a exposição fotográfica com o mesmo nome, que ficará patente na Galeria do Paço, entre 2 de Março e 2 de Maio são duas iniciativas marcantes da programação.
Em Abril, destaque para os concertos “Canções de abril”, pela Orquestra de Filarmónica de Braga, no dia 24, e Canto d’Aqui, no dia 25, na Avenida Central. A Biblioteca de Jardim irá acolher as oficinas artísticas alusivas aos 50 anos do 25 de Abril, numa parceria com a União de Sindicatos e, no dia 26, haverá uma recriação do Comício 26 de Abril 1974, pelos Malad’arte, na Praça Municipal.
O programa comemorativo engloba ainda um conjunto de outras atividades. As nove companhias de teatro que vão participar no Braga En’Cena, que decorrerá entre 7 de Abril e 8 de Outubro, no Theatro Circo, foram desafiadas a criar sob as temáticas da Revolução de Abril e a apresentar um novo trabalho, assim como a desenvolver, em conjunto, uma obra artística diferenciadora.
Entretanto, o tema da revolução serve também de inspiração aos alunos que vão participar este ano, na Mostra Escolar de Artes Performativas, o “Mapear”, que vai decorrer entre 29 de Abril e 4 de Maio, no Espaço Vita.
O programa de Mediação Cultural do Município de Braga – “Atlas”, iniciará uma viagem pela memória através de diversas iniciativas que irão abordar os valores da “Liberdade”, “Democracia”, “Paz” e “Progresso”.
O programa “Descentrar” também dedicará diversas jornadas ao tema do 25 de Abril, com teatro, horas do conto, oficinas e concertos.
Também o Itinerarium, a nova aposta do Município de Braga para o conhecimento do património local, irá dedicar o programa de 20 de Abril ao tema “Símbolos da Resistência”, com o professor da Universidade do Minho, José Manuel Cordeiro.
Procedeu-se, ao final da tarde de segunda-feira, nos Paços do Concelho de Ponte da Barca, à inauguração da exposição que assinala os 50 anos do 25 de abril. A mostra, destinada a transportar os visitantes às primeiras eleições livres do país, destaca-se pelo uso de uma variedade de materiais político-partidários, incluindo cartazes e outros artefactos utilizados durante as eleições que marcaram o início da democracia em Portugal. Faz também parte da mostra uma pintura alusiva à temática, da autoria de Sílvia Mota Lopes.
O evento contou com dois momentos musicais significativos, com a interpretação de músicas de intervenção pelos talentosos professores da Academia de Música de Ponte da Barca, Marisa Taveira e João Pedro Azevedo, além do aluno Gabriel Lopes, que encerrou a sessão com a emblemática "Grândola, Vila Morena". A música, peça fundamental na memória coletiva da Revolução dos Cravos, acrescentou uma dimensão poética e emotiva à celebração.
Matilde Pimenta, do 7⁰ ano do Agrupamento de Escolas, fez uma contextualização do período desde a criação do Estado Novo até ao 25 de abril de 1974, com o brilhantismo a que já nos habituou.
Durante a sessão, o Presidente da Câmara, Augusto Marinho, enfatizou que a exposição não é apenas uma retrospetiva visual das primeiras eleições livres do país, mas também uma oportunidade para as gerações mais jovens compreenderem o significado do 25 de abril.
O autarca expressou a sua convicção de que esta iniciativa, juntamente com as demais atividades comemorativas dos 50 anos da Revolução dos Cravos ao longo do ano, que incluirão conferências com personalidades da atualidade e concertos de músicas de intervenção, servirá como uma lembrança viva do legado dos que lutaram por um país mais livre e justo.
A mostra permanecerá disponível para visitação até ao dia 2 de fevereiro, oferecendo uma oportunidade única para revisitar a história democrática de Portugal e homenagear aqueles que lutaram por liberdade e justiça há meio século.
Foi apresentado na manhã do passado sábado, dia 13 de Janeiro, o programa das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril, que irá decorrer ao longo de todo o ano.
O Salão Nobre dos Paços do Concelho, por onde passaram todos os Presidentes de Câmara e Assembleia da Póvoa de Lanhoso, onde foram já recebidos Presidentes da República, Ministros e Secretários de Estado, acolheu mais esta cerimónia, a apresentação do programa das comemorações da data mais importante da democracia portuguesa, o 25 de Abril.
“Grândola, Vila Morena” foi o tema interpretado por Paulo Freitas ao saxofone e Santiago Pereira ao trompete, ambos músicos da Banda Musical dos Bombeiros Voluntários. Com estes acordes da revolução, e após o tão vivido testemunho do Capitão António Carvalho que nos transportou para aqueles dias tão conturbados, estava criado o ambiente para a apresentação do programa, que esteve a cargo de Frederico Castro, Presidente da Câmara Municipal, que preside a Comissão Executiva destas Comemorações.
Desta fazem parte também todos/as os/as Vereadores/as em exercício, o Presidente da Assembleia Municipal, bem como os líderes das Bancadas Parlamentares e Representantes eleitos em Assembleia Municipal e o representante das Juntas/Uniões de Freguesia do concelho. Os Agrupamentos de Escolas e a Epave, a par dos Serviços Culturais da autarquia, do Conselho Municipal da Juventude, da Provedoria do Idoso e os Ex-Combatentes da Guerra do Ultramar foram também convidados a integrar esta Comissão e a dar o seu contributo com o objetivo de garantir a maior participação e abrangência deste programa.
Dirigindo-se a todos os presentes, Frederico Castro referiu que “este foi o momento que escolhemos para apresentar o programa que preparámos em conjunto, que é a maneira como queremos apresentar à Póvoa de Lanhoso o nosso olhar sobre os 50 anos do 25 de Abril.” Reconhecendo a importância de todos/as os/as intervenientes, acrescentou “quero agradecer a todos/as as instituições presentes nesta sala e que colaboraram connosco na elaboração deste programa, na recolha de contributos, ideias e, sobretudo, pela disponibilidade e grau de compromisso. Quero também agradecer a intervenção do Capitão Carvalho, representante dos Ex-Combatentes da Guerra do Ultramar, que no seu testemunho nos contou todos os passos dados até alcançarmos aquele momento, até chegarmos ao dia 25 de Abril de 1974, e a forma como nos retratou alguns momentos, é surpreendente e quase inimaginável para os dias de hoje. Somos uns privilegiados em poder ouvir os relatos transmitidos na primeira pessoa que o Capitão Carvalho partilhou aqui connosco e posteriormente podermos passar estes testemunhos às novas gerações, aqui representadas pela Tatiana.”
Tatiana Couto, em representação do Conselho Municipal da Juventude, declamou o poema “Abril” de José Fanha.
“Queremos que estas comemorações sejam impactantes e que deixem marcas em todos/as! Queremos deixar vincada a importância que teve para a Póvoa de Lanhoso e para o nosso país, o 25 de Abril!” concluiu Frederico Castro.
Amândio Santa Cruz Domingues Basto Oliveira, Presidente da Comissão de Honra destas Comemorações, é a personalidade povoense com o percurso político mais relevante, tendo sido o primeiro presidente da Câmara Municipal eleito e Presidente da Assembleia Municipal em dois mandatos. Foi, ainda, além de deputado da Assembleia da República, membro do Governo da Nação.
Sendo reconhecido pelo seu percurso exemplar, Amândio Basto de Oliveira partilhou com os/as presentes a sua satisfação por fazer parte “das Bodas de Ouro do 25 de Abril, desta data histórica e pelo espírito de abertura e diálogo em todas as fases e que foram indispensáveis para preparar este programa.” Sublinhou que na programação cabem todas as faixas etárias, mas realçou “a participação mais ativa dos/das jovens, sendo esta uma oportunidade para conhecerem e aprenderem o passado e exprimirem o que esperam do/para o futuro”.
Da Comissão de Honra fazem parte os Presidentes da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso democraticamente eleitos e com exercício nos últimos 50 anos, os/as Presidentes da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso com exercício nos últimos 50 anos; os/as representantes dos Partidos Políticos com assento na Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso e os Deputados da Póvoa de Lanhoso eleitos à XV Legislatura da Assembleia da República Portuguesa.
Sérgio Godinho, Fernando Tordo, “Que força é essa - a Força da Música de Barcelos” e Concerto Mil Vozes a Cantar Abril são destaques da programação musical.
O Município de Barcelos vai promover um vasto e diversificado programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, a decorrer ao longo de todo o ano de 2024. Em conferência de imprensa, o Presidente da Câmara referiu que esta iniciativa “visa envolver o maior número de pessoas possível, assinalando a efeméride mais importante da História recente de Portugal”.
Para o efeito, foi constituída uma Comissão Executiva, da qual fazem parte o Presidente da Assembleia Municipal, representantes de todos os partidos com assento na Câmara Municipal e Assembleia Municipal, o representante dos presidentes de Junta, a presidente do Politécnico do Cávado e Ave e também o presidente da Associação Académica.
Mário Constantino adiantou que a Comissão conseguiu delinear um conjunto de orientações das quais resultou “uma programação muito diversificada, mas agregadora, direcionada aos vários grupos e segmentos da população”, cujo objetivo é “perpetuar a Revolução dos Cravos, através da evocação de memórias, as quais hoje já são memória coletiva, mas também, e sobretudo, celebrar, viver, e projetar os princípios e valores da Liberdade e da Democracia”.
O autarca barcelense sublinhou que, enquanto “herdeiros da Revolução dos Cravos, temos a obrigação de zelar e não dar por segura e permanente essa preciosa herança”, pelo que todos devem ser “cidadãos vigilantes e proativos, na defesa dos seus valores e do Estado de Direito Democrático”.
Nesse sentido, acrescentou Mário Constantino Lopes, os portugueses não devem “baixar a guarda, nem nunca julgar que as conquistas de Abril estão perpetuamente adquiridas. É importante e imperioso que cada geração as deve reafirmar sempre e com muita convicção”.
Programação com Tertúlias e Conferências, Concertos Musicais, Exposições, Teatro, Poesia, Cortejos e Concursos
A programação das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que o Município de Barcelos vai promover ao longo de todo o ano, é muito diversificada e direcionada a todas as faixas etárias.
Síntese do Programa:
Ciclo de Tertúlias e Conferências – cerca de 12 nas quais serão discutidos os mais diversos assuntos relacionados com a Revolução, mas também com abordagens sociais. Os temas são muito abrangentes e vão desde "O dia D" às "Comissões Administrativas da Câmara Municipal de Barcelos", ao papel da mulher na democracia, passando pelo Poder Local, a 1.ª Câmara Municipal de Barcelos eleita, a Guerra Colonial, o PREC, a Comunicação Social, "Conversas da juventude de 1974 com a juventude de 2024: Que Futuro?", e "Liberdade e Democracia: do 25 de Abril às Primeiras Eleições Livres".
Ciclo de dez exposições, das quais se destacam “Quem és tu? Um Teatro Nacional a Olhar para o País" - Odisseia Nacional – do Teatro D. Maria II; “ARCHIVUM | 50 anos | 25 de abril”, “25 de abril de 1974"| Fotografia de Alfredo Cunha” e a exposição documental "Silenciados: os livros que não podiam ser lidos”| exposição de livros censurados, com especial destaque para a censura no feminino.
Conjunto de publicações com apresentação diversas, casos do livro “Barcelos e o 25 de Abril de 1974 - a Administração Local e a Sociedade (1960 - 1989)”, do historiador barcelense, Dr. Victor Pinho; publicação com a identificação de todos os participantes da Assembleia Municipal desde o 25 de Abril, (edição da Assembleia Municipal de Barcelos); Lançamento do livro “Herdeiro do Cravo”, de Francisco Duarte Mangas.
Concertos musicais com Sérgio Godinho, Fernando Tordo, Luca Argel, Anónimos de Abril, ainda os concertos “Que força é essa – a Força da Música de Barcelos”, Concerto Mil Vozes a Cantar Abril, a “Ópera - Pequena História de um Povo com Memória, e a encerrar as comemorações um Concerto de Música Clássica.
Dois cortejos mobilizando a comunidade educativa, concretamente o Desfile com as escolas do concelho de Barcelos e o Desfile Recriação Histórica, com os grupos de teatro do concelho de Barcelos.
Teatro, com a subida a cena de três peças; a componente de poesia com dois eventos específicos; o cinema, com a exibição dos filmes – “Capitães de Abril” e “Salgueiro Maia, o Implicado” e, finalmente, os concursos também dedicados à comunidade estudantil - “Pequenos Grandes Poetas” e “Um documento - Uma História”.
Tertúlia “Dia D” abriu comemorações
A abertura oficial das comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril aconteceu ontem à noite (sexta-feira) com a realização da tertúlia “O Dia D”.
Perante uma plateia atenta, no auditório dos Paços do Concelho, uma conversa moderada pelo historiador e ex-bibliotecário barcelense, Victor Pinho, o Furriel Manuel Correia da Silva, o Cabo José Alves Costa e o Dr. Mário Vale Lima, contaram de viva-voz as suas experiências e memórias da participação que tiveram nos acontecimentos do Dia da Revolução.
Recorde-se que estes três convidados para a primeira tertúlia têm a particularidade de terem participado ativamente do desenrolar das movimentações militares da madrugada do 25 de Abril.
Furriel Manuel Correia da Silva
O furriel, Manuel Correia da Silva, é natural de Barcelos, e tinha 22 anos quando comandou a chaimite “Bula”, participou em todas as principais movimentações da operação que libertou Portugal do regime ditatorial salazarista.
Correia da Silva tinha feito a recruta no Regimento de Infantaria 5 nas Caldas da Rainha e tirado a especialidade de blindados na Escola Prática de Cavalaria em Santarém. Foi assim que lhe coube, ao comando da chaimite, transportar o presidente do Conselho de Ministros deposto, Marcello Caetano, retirando-o do quartel do Carmo para o posto de comando dos militares revolucionários sedeado no quartel da Pontinha. Segundo relatou já, por diversas vezes, o objetivo da sua missão era dar máxima proteção ao governante destituído, o que conseguiria com total êxito.
Recorde-se que, além de Marcello Caetano, seguiram na chaimite “Bula” mais dois governantes: o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, e o Ministro do Interior, Moreira Baptista.
Cabo José Alves Costa
Só quatro décadas depois da Revolução do 25 de Abril se viria a descobrir a identidade do militar que, apesar de ter sido ameaçado com um tiro na cabeça, tomou a decisão de não disparar sobre a coluna de Salgueiro Maia no Terreiro do Paço no 25 de Abril.
Trata-se do cabo José Alves Costa. Este militar estava integrado num dos tanques da coluna que saiu do regimento de cavalaria 7, a caminho do Terreiro do Paço, que ia fazer a defesa de Marcello Caetano, “mas quando lá chegou tudo mudou”. Em declarações à comunicação social, este antigo cabo assegurou que quando saiu do regimento de cavalaria não sabia exatamente o que ia fazer e que apenas teve ordens para sair a caminho do centro de Lisboa. “Sem saber o que se estava a passar no exterior, uma vez que apenas tinha acesso às comunicações militares, José Alves Costa teve ordens para não disparar sem a ordem do seu alferes”. Tendo, entretanto, este sido preso, “um brigadeiro ameaçou José Alves Costa com um tiro na cabeça caso não disparasse, mas optou por não o fazer por respeito ao alferes que conhecia há muito tempo e que respeitava”.
Mário Vale Lima
Trata-se de um médico barcelense que em abril de 74 estava a trabalhar no Hospital Militar em Lisboa e que, mal ecoaram notícias sobre a Revolução, se dirigiu para as imediações do Quartel do Carmo, local onde se começaram a aglomerar milhares de populares.
Para se perceber a importância do testemunho do Dr. Mário Vale Lima, basta sublinhar que o Quartel do Carmo “foi o epicentro da queda da ditadura, o palco principal da Revolução de 25 de Abril de 1974, onde os acontecimentos ocorreram durante catorze horas. Foi aí que o chefe do governo, Marcello Caetano, se rendeu ao general Spínola, tudo isto depois de longas horas cercados pelas forças comandadas pelo Capitão Salgueiro Maia, um dos grandes heróis da Revolução dos Cravos”.
EXPOSIÇÃO “50 ANOS DE ABRIL” REALIZA-SE DE 15 DE JANEIRO A 2 DE FEVEREIRO | PAÇOS DO CONCELHO
No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, os Paços do Concelho de Ponte da Barca recebem, a partir do dia 15 de janeiro, uma exposição que promete transportar os visitantes às primeiras eleições livres do país com recurso a uma variedade de materiais político-partidários, como cartazes e outros artefactos, utilizados durante as eleições que marcaram o início da democracia em Portugal.
"Queremos que as gerações mais jovens compreendam a importância do 25 de abril e como as primeiras eleições livres moldaram o País que conhecemos hoje”, refere o Presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho sobre a mostra que vai ser inaugurada às 16h.
A iniciativa dá o mote para o arranque das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos - que vão decorrer ao longo de todo o ano e das quais vão fazer parte ainda conferencias com personalidades da atualidade e concertos de músicas de intervenção.-, estará aberta ao público a partir do dia da inauguração e permanecerá disponível para visitação até ao dia 2 de fevereiro.
Uma oportunidade para revisitar a história democrática de Portugal e homenagear aqueles que lutaram por liberdade e justiça há meio século.
Tertúlia “Dia D” abre comemorações na próxima sexta-feira
A Câmara Municipal de Barcelos vai assinalar os 50 anos da Revolução do 25 de Abril com um conjunto de iniciativas ao longo de todo o ano de 2024, com a primeira ação a acontecer já na próxima sexta-feira, dia 12 de janeiro” - uma Tertúlia sob o tema: “O Dia D”, que tem início às 21h00, no Auditório dos Paços do Concelho. Antes, pelas 17h30, realiza-se, nos Paços do Concelho, uma Conferência de Imprensa, para a apresentação oficial do Programa das "Comemorações do 50.º Aniversário do 25 de Abril", em Barcelos.
Relativamente ao programa para sexta-feira à noite, pelas 21h00, dar-se-á a abertura oficial das referidas comemorações, seguindo-se às 21h15 a “Música de Abril", pelo Coro de Câmara de Barcelos, e logo depois terá início a Tertúlia “O Dia D”, que conta com a participação do Furriel Manuel Correia da Silva, do Cabo José Alves Costa e do Dr. Mário Vale Lima, em conversa moderada pelo Dr. Victor Pinho.
Estes três convidados têm a particularidade de terem participado ativamente do desenrolar das movimentações militares da madrugada do 25 de Abril, pelo que este momento será uma excelente forma de iniciar as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos.
Furriel Manuel Correia da Silva
O furriel, Manuel Correia da Silva, é natural de Barcelos, e tinha 22 anos quando comandou a chaimite "Bula", participou em todas as principais movimentações da operação que libertou Portugal do regime ditatorial salazarista.
Correia da Silva tinha feito a recruta no Regimento de Infantaria 5 nas Caldas da Rainha e tirado a especialidade de blindados na Escola Prática de Cavalaria em Santarém. Foi assim que lhe coube, ao comando da chaimite, transportar o presidente do Conselho de Ministros deposto, Marcello Caetano, retirando-o do quartel do Carmo para o posto de comando dos militares revolucionários sedeado no quartel da Pontinha. Segundo relatou já por diversas vezes, o objetivo da sua missão era dar máxima proteção ao governante destituído, o que conseguiria com total êxito.
Recorde-se que, além de Marcello Caetano, seguiram na chaimite "Bula" mais dois governantes: o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Patrício, e o Ministro do Interior, Moreira Baptista.
Cabo José Alves Costa
Só quatro décadas depois da Revolução do 25 de Abril se viria a descobrir a identidade do militar que, apesar de ter sido ameaçado com um tiro na cabeça, tomou a decisão de não disparar sobre a coluna de Salgueiro Maia no Terreiro do Paço no 25 de Abril.
Trata-se do cabo José Alves Costa. Este militar estava integrado num dos tanques da coluna que saiu do regimento de cavalaria 7, a caminho do Terreiro do Paço, que ia fazer a defesa de Marcello Caetano, “mas quando lá chegou tudo mudou”. Em declarações à comunicação social, este antigo cabo assegurou que quando saiu do regimento de cavalaria não sabia exatamente o que ia fazer e que apenas teve ordens para sair a caminho do centro de Lisboa. “Sem saber o que se estava a passar no exterior, uma vez que apenas tinha acesso às comunicações militares, José Alves Costa teve ordens para não disparar sem a ordem do seu alferes”. Tendo, entretanto, este sido preso, “um brigadeiro ameaçou José Alves Costa com um tiro na cabeça caso não disparasse, mas optou por não o fazer por respeito ao alferes que conhecia há muito tempo e que respeitava”.
Mário Vale Lima
Trata-se de um médico barcelense que em abril de 74 estava a trabalhar no Hospital Militar em Lisboa e que, mal ecoaram notícias sobre a Revolução, se dirigiu para as imediações do Quartel do Carmo, local onde se começaram a aglomerar milhares de populares.
Para se perceber a importância do testemunho do Dr. Mário Vale Lima, basta sublinhar que o Quartel do Carmo “foi o epicentro da queda da ditadura, o palco principal da Revolução de 25 de Abril de 1974, onde os acontecimentos ocorreram durante catorze horas. Foi aí que o chefe do governo, Marcello Caetano, se rendeu ao general Spínola, tudo isto depois de longas horas cercados pelas forças comandadas pelo Capitão Salgueiro Maia, um dos grandes heróis da Revolução dos Cravos”.
Realizou-se na passada terça-feira, no CIMF, uma reunião do Conselho Municipal da Juventude da Póvoa de Lanhoso, com a presença, além do Vereador do Pelouro da Juventude, Ricardo Alves e do responsável do Município para a área da juventude, Frederico Amaro; de Pedro Afonso, em representação da Bancada Parlamentar do CDS; Emanuel Silva, em representação da Juventude Social Democrata; Luís Novais, em representação da Juventude Socialista; Tatiana Couto, em representação da Associação Juvenil Voz dos Anjos; Ângela Veloso, em representação do Núcleo de Escuteiros da Póvoa de Lanhoso; Carina Pereira, em representação da 1.ª Companhia Guias de Fontarcada e Sílvia Oliveira, em representação da CPCJ da Póvoa de Lanhoso.
A agenda dos trabalhos incluía a apresentação dos objetivos do Gabinete de Apoio à Juventude e a eleição do representante do CMJPVL, para integrar a Comissão Executiva, no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Relativamente ao primeiro ponto, o responsável pelo Pelouro da Juventude manifestou ser intenção do executivo reforçar e contribuir para a execução de políticas municipais de juventude. Estas diretrizes deverão ser capazes de promover o envolvimento dos jovens povoenses e apelar à sua participação ativa na comunidade.
Para a implementação deste trabalho, o Gabinete de Apoio à Juventude deve constituir-se como uma ponte entre os jovens e as instituições, e assumir um papel mais ativo que corresponda às necessidades apresentadas, orientando e encaminhando os jovens, sempre que necessário, para os serviços que lhe apontem respostas adequadas e competentes.
O Gabinete de Apoio à Juventude, que funciona no Espaço Jovem, destina-se a jovens com idades entre os 14 e os 30 anos, que estudem, trabalhem e residam no concelho da Póvoa de Lanhoso.
Neste seguimento, o Vereador Ricardo Alves esclareceu que “está prevista a requalificação e reestruturação do Espaço Jovem, que deve ser um local capacitado para atender às múltiplas necessidades desta faixa etária, o que passa, também, pela reestruturação dos recursos humanos afetos a este serviço.” Pretensões estas que deverão passar à prática num futuro próximo, reforçadas pela ambição do município de aderir à rede nacional de municípios amigos da juventude.
Nesta reunião foi ainda eleita, de acordo com o estipulado na ordem de trabalhos, Tatiana Matos Couto, para representar o CMJPVL e integrar a Comissão Executiva, no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Ricardo Alves encerrou os trabalhos, não sem antes sublinhar a importância da participação dos/das jovens na comunidade, atualmente, pois é no presente que se constrói um melhor futuro. Ficou definida, ainda que informalmente, a data da próxima reunião deste Conselho para 19 de Fevereiro de 2024.
Primeiras atividades da programação oficial aconteceram nos dias 10 e 11 de novembro
Famalicão já deu início às comemorações dos 50 Anos da conquista da liberdade. O assunto esteve em cima da mesa no colóquio “De Famalicão para o Mundo: O 25 de Abril de 1974 – Significado de uma data histórica em Vila Nova de Famalicão”, que teve lugar nos passados dias 10 e 11 de novembro, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, e é também o grande tema da exposição fotográfica de Alfredo Cunha, “25 de abril de 1974. Quinta-feira”, na Praça – Mercado Municipal de Famalicão.
Foi no passado sábado que o prestigiado fotógrafo, Alfredo Cunha, levantou o véu da sua nova exposição em território famalicense. Composta por fotografias captadas quando ainda era um jovem fotógrafo amador, “25 de abril de 1974. Quinta-feira” está patente no Mercado de Famalicão até dia 30 de maio, e contém imagens tiradas no dia da Revolução dos Cravos.
O Presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, marcou presença na inauguração da exposição e elogiou o trabalho fotográfico, que “é uma narrativa visual de um dos dias mais importantes da História de Portugal”.
Recorde-se que a autarquia famalicense está, em articulação com a comissão nacional, a preparar para o próximo ano uma programação para celebrar o 50.º aniversário da conquista da Liberdade com a valorização dos momentos mais significativos do processo que permitiram a consolidação democrática.
Executivo municipal aprova amanhã a constituição das Comissões de Honra e Científica das celebrações
O cinquentenário da fundação da democracia em Portugal vai ser assinalado em Vila Nova de Famalicão com uma intensa programação que arranca já neste mês de novembro e se prolonga pelo ano de 2024. O tema merecerá a atenção do executivo municipal na reunião camarária desta quinta-feira, 9 de novembro, com a avaliação da proposta de constituição das comissões de Honra e Científica das celebrações.
Para além da constituição da Comissão de Honra, composta por 16 personalidades famalicenses com forte expressão na vida política, social e cultural do concelho e que tiveram um papel preponderante no desenvolvimento de Famalicão e na consolidação da democracia e da liberdade, na reunião do executivo de amanhã será também formalizada a constituição da Comissão Científica, constituída por sete especialistas locais e nacionais.
A Comissão de Honra terá como missão definir e concretizar o programa de celebração de meio século de liberdade e democracia em Portugal e contribuir para o rol de atividades que pretende honrar a memória, envolver as gerações nascidas após 1974 e integrar todo o concelho de forma multifacetada, reforçando os valores da democracia e promovendo a participação política e social.
As comemorações municipais arrancam já esta semana, com o colóquio “De Famalicão para o Mundo: O 25 de Abril de 1974 – Significado de uma data histórica em Vila Nova de Famalicão”, que decorrerá nos dias 10 e 11 de novembro, no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, com inscrição obrigatória através do portal do município em www.famalicao.pt.
Serão dois dias de palestras e debates que contarão com a presença de mais de uma dezena de oradores, entre os quais, o Comissário Executivo Adjunto das Comemorações “50 anos 25 de Abril”, João Faria.
Destaque também para a inauguração da exposição “25 de abril de 1974. Quinta-feira”, marcada para este sábado, 11 de novembro, pelas 16h30, na Praça – Mercado Municipal de Famalicão. A mostra fotográfica, da autoria de Alfredo Cunha, é composta por fotografias captadas no dia em que aconteceu a Revolução dos Cravos, quando ainda era um jovem fotógrafo amador. A exposição ficará patente até 30 de maio de 2024.
O programa municipal que está a ser preparado para o próximo ano, em articulação com a comissão nacional, vai celebrar o 50.º aniversário da conquista da Liberdade com a valorização dos momentos mais significativos do processo que permitiram a consolidação democrática.
HÁ 48 ANOS, MORREU AFOGADO NO RIO TEJO O JOVEM LIMIANO ALEXANDRINO DE SOUSA, EM CONSEQUÊNCIA DA “GUERRA DE CARTAZES” NO PERÍODO REVOLUCIONÁRIO PÓS 25 DE ABRIL
Alexandrino de Sousa era um jovem estudante, natural de S. Pedro de Arcos, que frequentava a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Pertencia á Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas (FE M-L), organização de que também fez parte Durão Barroso e era dirigida por Danilo Matos, genro do escritor José Saramago. Tratava-se da estrutura juvenil do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP).
Na noite de 9 de Outubro de 1975, precisamente no período em que as tensões políticas que levaram ao 25 de Novembro se agudizavam, Alexandrino de Sousa integrava uma brigada que procedia à colagem de cartazes na Praça do Comércio, em Lisboa, quando se deparou com outra, numericamente muito superior, identificada com a União Democrática e Popular (UDP), uma das organizações que se encontra na génese do Bloco de Esquerda.
Os confrontos que então se verificavam eram de uma violência desmedida, com recurso a barras de ferro, o que levou à fuga para o rio ou à tentativa de homicídio dos elementos do MRPP – nunca chegou a ficar esclarecido em tribunal por um julgamento demasiado politizado! – de que resultou a morte por afogamento de Alexandrino de Sousa, preso no lodo junto ao cais das Colunas. Garcia Pereira foi um dos advogados que então acompanhou o processo.
O caso ocorrido causou consternação nacional e repulsa pelas práticas sectárias e violentas que caracterizaram a acção de algumas forças políticas nessa época. Por proposta do Grupo Parlamentar do PPD, a Assembleia da República aprovou um voto de pesar, o qual se encontra publicado no Diário da Assembleia Constituinte nº. 62, de 11 de Outubro de 1975.
A foto abaixo regista o desfile fúnebre de Martins Soares, na Calçada da Ajuda, ocorrido um ano antes. Tratava-se de um militante do MRPP falecido em consequência de um acidente de viação. Alexandrino de Sousa segue na primeira linha empunhando uma bandeira do seu partido. Na imagem, pode ainda distinguir-se algumas figuras conhecidas como Violante Saramago Matos, filha do escritor José Saramago, transportando a urna e, imediatamente após esta, integrando o grupo de familiares do falecido, Arnaldo Matos, secretário-geral do MRPP. Imediatamente atrás de Alexandrino de Sousa perfila-se o historiador Fernando Rosas (ver foto anterior) e, seguindo pelo passeio do lado esquerdo, integrando o “serviço de ordem” e vestindo um casaco de flanela axadrezado, Maria José Morgado.
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, presidida por Frederico Castro, aprovou a constituição da Comissão de Honra e da Comissão Executiva, que irão preparar as comemorações dos 50 anos da Revolução de Abril (1974 – 2024).
Esta é uma das deliberações que resultaram da reunião de Câmara Municipal realizada na tarde de ontem, dia 9 de outubro, nos Paços do Concelho.
“Porque compete às instituições, particularmente às que estão próximas das populações, primar pelo exemplo e significado das ações, pretende-se, na passagem do 50.º aniversário da data que permitiu trilhar os caminhos do desenvolvimento e da verdadeira soberania popular, comemorar em comunhão de testemunho uma mensagem dirigida a toda a nossa comunidade”, fundamenta, de entre outras considerações a proposta aprovada.
A Comissão de Honra, presidida por Amândio Santa Cruz Domingues Basto Oliveira, antigo Presidente da Câmara Municipal e Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, será composta por Presidentes da Câmara Municipal democraticamente eleitos e com exercício nos últimos 50 anos, pelos Presidentes da Assembleia Municipal com exercício nos últimos 50 anos; pelos representantes dos Partidos Políticos com assento na Assembleia Municipal; e pelos Deputados da Póvoa de Lanhoso eleitos à XV Legislatura da Assembleia da República Portuguesa.
A Comissão Executiva, presidida por Frederico de Oliveira Castro, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em exercício, será composta pelos membros do Executivo da Câmara Municipal em exercício; pelos líderes das Bancadas Parlamentares e Representantes eleitos em Assembleia Municipal; bem como por representantes de instituições concelhias e outras funções.
No decorrer da referida reunião de Câmara, foi ainda aprovada a alteração da periodicidade das reuniões ordinárias deste órgão, que passam a realizar-se às segundas-feiras (de quinze em quinze dias, às 17h30), bem como a alteração do preçário para utilização de espaços desportivos municipais, assim como as Normas de Utilização do Polidesportivo Gonçalo Sampaio.
A aprovação da retificação do topónimo “Rua Padre João Crisóstomo” para “Rua Nossa Senhora de Fátima”, na freguesia de Galegos, foi também uma das deliberações resultantes desta sessão, que contou com oito pontos inscritos na Ordem do Dia.
Passam precisamente 113 anos desde a realização do grande banquete que, após os confrontos que levaram à implantação do regime republicano, teve lugar no acampamento da Rotunda onde um punhado de soldados e meia centena de carbonários se entrincheiraram às ordens do Comissário Naval Machado dos Santos.
Os cestos com as duas mil pescadas. Um aspeto da confraternização. À esquerda vê-se um militar agarrado à sua namorada.
Uma vez alcançado o cessar-fogo na manhã do dia 5 de outubro, as hostilidades republicanas dirigiram-se para alvos mais comestíveis e nutritivos. O acampamento manteve-se por mais cinco dias que foram preenchidos com a realização de um autêntico festim que, a avaliar pelas quantidades de alimentos digeridos, reuniu largas centenas de comensais que, não tendo embora participado nos combates, não quiseram deixar os seus créditos de bravura por mãos alheias.
Desse extraordinário sucesso que não deveria ser omitido nas páginas da nossa História contemporânea onde se inscrevem tão gloriosos feitos revolucionários, dá-nos conta a insuspeita revista “Ilustração Portugueza”, na sua edição de 7 de novembro de 1910, sob o curioso título “Subsídios photographicos para a História da Revolução”:
“O reducto da Avenida, que foi o verdadeiro baluarte da republica, offereceu aspectos deveras curiosos, mesmo depois de passados os combates. Durante os dias que os soldados e os civis ali se encontraram foi montado um serviço regular de subsistências, confeccionando-se em improvisadas cosinhas, rancho de que partilharam todos os que lá se tinham juntado nos dias da revolta. Na manhã do dia seis foram cozinhadas no acampamento duas mil pescadas em nove fogões de campanha e desde que se estabeleceu o serviço regular até ao dia 10, em que se retiraram os militares e paisanos, consumiu-se dez mil kilos de carne de vacca e quarenta mil kilos de pão, não sendo possível averiguar o numero de pessoas que foram alimentadas durante esse tempo na rotunda que se tornou um logar histórico”.
- Esqueceu-se o cronista de mencionar quantos litros de vinho regaram tão lauto repasto !
A confeção do rancho no acampamento da Rotunda. O corneteiro, ao centro, aguardando ordens para tocar para o rancho...
Fonte: “Ilustração Portugueza”, 7 de novembro de 1910