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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MONÇÃO APRESENTA PUBLICAÇÃO SOBRE JOÃO VERDE

“Prosas e Alguns Versos de João Verde II (e outros pseudónimos de José R. Vale)”, recolha e compilação de poemas e textos do autor por Fernando Prego, é apresentado este sábado, 11 de fevereiro, pelas 16h00, no Cine Teatro João Verde.

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A publicação“Prosas e Alguns Versos de João Verde II (e outros pseudónimos de José R. Vale)”, recolha e compilação de poemas e textos do autorpor Fernando Prego, é apresentado no próximo sábado, 11 de fevereiro, no Cine Teatro João Verde.

Antes decorre a conferência “O que a Galiza mai-lo Minho devem a João Verde”, proferida por Artur Anselmo, presidente da Academia das Ciências de Lisboa. A cerimónia, realizada no âmbito dos 150 anos do nascimento de João Verde, tem início à 16h00, encontrando-se aberta a todos os interessados.

Neste segundo volume, Fernando Prego apresenta poemas e crónicas publicadas em jornais onde João Verde escrevia com certa regularidade, bem como determinados textos escritos pelo autor com recurso a outros pseudónimos, alguns totalmente desconhecidos do público. 

Complementando o primeiro volume, onde estão apenas inseridos textos do jornal “O Regional”, a presente publicação contribui para um conhecimento mais profundo do autor monçanense, enriquecendo o universo literário do poeta nascido a 2 de novembro de 1866, no Largo da Palma, e falecido a 7 de fevereiro de 1934, na Casa do Arco.

LAURINDA FERNANDES DE CARVALHO ARAÚJO: UMA POETISA LIMIANA QUE PERMANECE IGNORADA PELOS SEUS CONTERRÂNEOS

Apesar de contar com vasta obra literária publicada em livro e bastante colaboração dispersa por diversos órgãos da imprensa regional, a poetisa limiana Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo permanece ignorada da maior parte dos seus conterrâneos.

Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo fazendo a apresentação do seu livro, em Lisboa, em 1987. À direita, na foto, o sr. Dias de Carvalho, de Vitorino das Donas.

Durante vários anos publicou no jornal “O Povo do Lima” a secção “Página Feminina” na qual publicou muitos dos seus poemas, além de outros comentários e artigos sobre os mais variados temas.

Em 1971, publicou os seus primeiros livros de poemas – “Coração que sofre!...” e “Retalhos de Poesia”. Seguiram-se “Apologia de S. Julião de Freixo e Suas damas de Honor”, “Reminiscências do Passado”, “Faúlhas do 25 de Abril”, “Poesias Dispersas”, “Poesias Completas para os meus 13 filhos”, “O Fim da Hospedagem”, “No Crepúsculo”, “Poesias para os meus 30 Netos” e “Galiza – Universidade do seu povo”.

Publicou em prosa “Histórias da Avozinha para os Netos”, “Conversa íntima com os jovens – Noivas e Casadas”, “Monografia de S. Julião de Freixo e Estudo Sucinto de Anais”, “Cartas… Sem Resposta” e “Monografia de S. Eulália de Rio Covo – Barcelos”. Em prosa e verso, “Venha Comigo ao Rio de Janeiro”. E, ainda, em teatro, de parceria com o escritor Afonso do Paço, “O Rosto da Imaginação – Comédia em 3 actos”, “A Gaivota – Comédia infantil em 2 actos” e “Fantasmagorias – Tragi-comédia”.

Em parceria com Afonso do Paço publicou também, em poesia, “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”, cuja capa junto reproduzimos.

A poetisa Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo nasceu em S. Julião de Freixo e era professora de Instrução Primária. Entre as entidades a que se encontrava associada, destacamos a Sociedade de Geografia e a Associação Portuguesa de Escritores, Associação de Jornalistas e Homens de Letras, o Centro de Estudos Regionais e o Centro de Estudos Sociais e Etnográficos de Viana do Castelo. Era ainda Sóocia Honorária do Liceu Literário Português e do Real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro.

Transcrevemos alguns versos do seu poema “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”.

                                      Ó Galiza e Minho

                                      Torrões floridos

                                      Por todo o mundo

                                      Vós sois queridos.

                                      Tendes o encanto

                                      Da natureza

                                      Que em vós espalhou

                                      Tanta beleza

                                     

                                      Lindos canteiros

                                      Cheios de flores

                                      Que nos perfumam

                                      Com seus odores.

                                      Todos vos adoram

                                      Com simpatia

                                      Se em vós respiram

                                      Toda a alegria.

                                     

                                      Tenho gravado

                                      Dentro em meu peito

                                      Vossos nomes queridos

                                      Amor perfeito.

                                      Por todo o mundo

                                      Sois apreciados

                                      De vossos países

                                      Os mais belos quadros.

                                      Galiza e Minho

                                      Meu amor primeiro

                                      Sois admirados

                                      Pelo mundo inteiro