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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PÓVOA DE LANHOSO: CAMINHO PORTUGUÊS DE SANTIAGO LEON DE ROSMANINHAL VAI TER COLOCADA SINALÉTICA ATÉ AO FINAL DO ANO

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QRcode vai permitir acesso a play list de sons etnográficos e tradicionais

No Salão Nobre dos Paços do Concelho realizou-se uma reunião de trabalho para assinalar o primeiro ano da assinatura do Protocolo de Cooperação para a instalação do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, que teve lugar em Março do ano passado.

A Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, acompanhada pelo Vereador do Turismo, Ricardo Alves, deu as boas-vindas aos representantes dos municípios presentes e aos que participaram online (Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Flor).

No início dos trabalhos esta responsável enalteceu o facto de “todos estarem alinhados na promoção e valorização deste caminho que vai permitir aos/às peregrinos/as explorar os nossos territórios, alavancando-se assim, o turismo do interior”.

Numa primeira fase, foram partilhados os resultados deste primeiro ano e, de seguida, foi feita uma apresentação, com uma proposta da sinalética que é considerada essencial para orientar os/as peregrinos/as ao longo dos 260 quilómetros, de uma forma autónoma. Este será um importante passo pois pretende-se que daqui a um ano estejam reunidas as condições necessárias para submeter a Caminho a certificação pelas entidades competentes.

Os Municípios tiveram oportunidade de fazer o ponto de situação em relação ao levantamento do mapa de quantidades e até quando é que conseguem instalar a sinalética básica no terreno, prevendo-se que seja conseguido por todos até ao final do ano.

Subprojecto “Sons do Norte”

Foi também decidido que este Caminho vai apresentar o subprojecto “Sons do Norte”. O desafio aos presentes passa pela criação de uma lista de músicas/poemas/sons associados a cada concelho que depois será carregada num QRCode e colocada nos totens de entrada do respetivo território.

O desenvolvimento deste subprojeto pretende incrementar uma novidade nos Caminhos de Santiago e partilhar com os peregrinos as sonoridades do Norte que tanto caracterizam a riqueza de Trás-os-Montes e o Minho.

Com a introdução desta novidade pretende-se valorizar este Caminho jacobeu e que os/as peregrinos/as ao percorrerem cada localidade possam de desfrutar da paisagem, do património edificado, da gastronomia … mas também conhecer diferentes “sonoridades e pronúncias” dos locais por onde passam, proporcionando experiências únicas a quem entrar nesta aventura.

CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE LANHOSO ENTREGOU VOUCHERS DO APOIO NATURALANHOSO – 51.650 EUROS PARA APOIAR FAMÍLIAS POVOENSES

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A Câmara Municipal entregou vouchers do apoio NaturaLanhoso – 51 650 euros para apoiar 75 famílias povoenses

No final da tarde desta quinta-feira, o Theatro Club recebeu inúmeras famílias povoenses que foram receber os vouchers respeitantes ao apoio NaturaLanhoso.

A cerimónia, que teve como anfitriã a Vice-Presidente da Câmara Municipal, Fátima Moreira, contou também com a presença dos Vereadores Paulo Gago e Ricardo Alves e do Chefe de Gabinete da Presidência, Fernando Ribeiro.

Fátima Moreira, dirigindo-se aos pais e às mães presentes, em nome da Câmara Municipal, destacou que “este momento é muito especial para nós, mais do que o apoio que o voucher traduz, este é um momento simbólico, é muito importante estarmos hoje aqui a celebrar a família, a celebrar a vida, os vossos príncipes e as vossas princesas".

Acrescentou que “simbolicamente, o NaturaLanhoso está ao vosso lado para vos apoiar numa fase em que há uma maior exigência em termos de despesas, mas não é isso que conta, o que queremos é que levem sobretudo a mensagem de que estamos aqui para o que precisarem, muito além do NaturaLanhoso, com as várias respostas que temos em termos de rede social, de segurança, saúde, educação.”

Antes do momento de animação musical previsto, houve ainda oportunidade para felicitar todas famílias presentes, procedendo-se de seguida à entrega de lembranças a cada agregado beneficiário presente.

A medida Naturalanhoso visa incentivar a natalidade, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento da economia local. Este apoio financeiro engloba ainda uma componente destinada a apoiar a comparticipação de vacinas que não integram o Plano Nacional de Vacinação.

PÓVOA DE LANHOSO DESTACA-SE EM EVENTOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

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A Póvoa de Lanhoso, no âmbito do programa Bairro Comercial Digital, a ser apresentado muito em breve, continua a afirmar-se como um Município dinâmico e inovador, tendo estado presente, no passado dia 19 de março, no evento “Como o Low-Code e a Gen AI estão a Transformar as Indústrias”, promovido pela OutSystems, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

Este encontro, que reuniu especialistas e entusiastas da tecnologia, focou-se no impacto da inteligência artificial e do desenvolvimento low-code na transformação digital.

A participação neste evento reflete o compromisso da Póvoa de Lanhoso em acompanhar as tendências tecnológicas e em promover o desenvolvimento sustentável e inteligente. Este não é, contudo, um caso isolado. O Município já havia demonstrado a sua visão estratégica ao participar em eventos de renome como o Wireless Meeting, que explora soluções de conectividade e inovação, e o Portugal Smart Cities Summit, dedicado à criação de cidades mais inteligentes, sustentáveis e conectadas.

A participação da Póvoa de Lanhoso em eventos de tecnologia tem trazido vários benefícios significativos para o município. Ao nível da Modernização e Digitalização, iniciativas como o projeto "Acelerar o Norte", em colaboração com a Associação Empresarial de Braga, têm ajudado empresários/as locais a adotar ferramentas tecnológicas, promovendo a eficiência operacional e a competitividade. Em termos de atração de investimentos, a presença em eventos como o Portugal Smart Cities Summit posiciona o Município como um destino atrativo para parcerias estratégicas e investimentos em soluções inovadoras. No que se refere à promoção de Boas Práticas, a participação em encontros tecnológicos permite ao Município aprender com casos de sucesso e implementar estratégias eficazes para o desenvolvimento local. Relativamente ao fortalecimento da Comunidade Empresarial, estes eventos criam oportunidades de networking e colaboração entre empresários locais, fortalecendo o tecido empresarial da região.

Com estas iniciativas, a Póvoa de Lanhoso reforça a sua posição como um exemplo de modernidade e adaptação às exigências do futuro, promovendo o bem-estar dos seus cidadãos e das suas cidadãs e a atratividade do território para investimentos e parcerias estratégicas.

A Póvoa de Lanhoso foi também convidada a participar já nos próximos dias 26 e 27 de março no evento e-commerce connect, reservado aos mais importantes players do setor e uma referência nacional e internacional num formato de one to one de alta relevância e um foco extremo nas relações entre os diferentes participantes e consequente desenvolvimento de novas estratégias e ações. Aliás, o lema desta iniciativa é o foco na qualidade e não na quantidade.

PÓVOA DE LANHOSO EVOCA CAMILO CASTELO BRANCO

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Póvoa de Lanhoso deu início às comemorações do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco com a apresentação do livro “Vivências de Camilo Castelo Branco a partir da sua correspondência”

No passado domingo, o Theatro Club acolheu a apresentação do livro “Vivências de Camilo Castelo Branco a partir da sua correspondência”, de José Manuel Oliveira. Neste evento estiveram presentes a Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, o coordenador do Núcleo Documental, Paulo Freitas, e o Vice-Presidente da CCDR- N, Jorge Sobrado, que tem orientado e coordenado todo o trabalho do CAMILO a Norte 200, numa dinâmica que conta com mais de três dezenas de parceiros coordenadas por aquela entidade.

Nas palavras da Vice-Presidente da edilidade, “a Póvoa de Lanhoso, tendo sido palco de várias narrativas camilianas, não poderia deixar de se associar a estas comemorações.” Prosseguiu anunciando que serão desenvolvidas “um conjunto de iniciativas que não só enaltecem a genialidade literária de Camilo, mas também tornam a sua obra mais acessível e próxima da comunidade. O programa vai para além das tradicionais apresentações de livros, promovendo um contacto direto com a literatura camiliana, sobretudo aquela que faz referência direta à Póvoa de Lanhoso, terra que inspirou e marcou a sua escrita”.

Esta apresentação inseria-se na evocação do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco (1825-2025), na qual foi também dado a conhecer o programa das comemorações da Póvoa de Lanhoso, na condição de “Terra Camiliana”, que está a ser desenvolvido a partir do Núcleo Documental – Maria da Fonte. Além disso, esta iniciativa de âmbito cultural e histórico, faz também parte da extensa programação das Festas de S. José, enriquecendo o cartaz com a diversidade de abordagens, destinadas aos mais variados grupos da comunidade povoense.

São elencadas de seguida as linhas orientadoras do programa, pois este deve ser assumido como um documento aberto a propostas de instituições e coletividades da comunidade e a iniciativas que possam surgir no âmbito do consórcio, que beneficiarão de itinerância.

Lembramos que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso é uma das entidades signatárias de um protocolo para a implementação das Comemorações oficiais do Bicentenário do Nascimento de Camilo Castelo Branco. Fátima Moreira representou a autarquia Povoense na cerimónia de assinatura, que decorreu na Casa de Camilo, no concelho de Vila Nova de Famalicão, no passado mês de Janeiro.

Do programa proposto pelo Município povoense faz parte a Exposição «Uma Camiliana Povoense» (Damião Velozo Ferreira), que terá lugar no Theatro Club, e será inaugurada a 1 de junho. Ainda em junho, mas para o dia 22, está a ser organizada uma Caminhada Camiliana, na qual será formalizado um percurso pedonal interpretativo em referência ao livro de Camilo Castelo Branco «Maria da Fonte».

Esta iniciativa implica a colocação de sinalética e leitores interpretativos ao longo do percurso que liga o Centro Interpretativo Maria da Fonte e a Igreja Românica de Fontarcada – Monumento Nacional. Na Fonte do Vido, localizada junto à casa onde nasceu a Maria da Fonte, no lugar de Barreiro – Aldeia, Fontarcada será criado um espaço interpretativo e de lazer.

Para setembro serão agendadas a apresentação do livro “Camilo Castelo Branco, Vida e Obra”, de José Manuel de Oliveira e a reedição de “Maria da Fonte” de Camilo Castelo Branco, cuja 1.ª edição data de 1885. E no dia 25, data em que se comemora o Dia do Concelho, será inaugurada a exposição documental «Correspondência e outros textos de José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade”, que estará patente no Centro Interpretativo Maria da Fonte.

O Dia Internacional das Bibliotecas, 28 de Outubro, vai ser assinalado no âmbito da iniciativa “Um mês de Camilo ”. Este será o autor do mês na Casa do Livro e o autor escolhido pelo programa da Rede de Bibliotecas Escolares, sendo objetivo aproximar os mais jovens do seu legado literário e histórico. Estão também previstas visitas à Casa de Camilo e à Torre Literária em Vila Nova de Famalicão, além de iniciativas de leitura com a Rede de Centros de Convívio e uma Tertúlia Camiliana.

Apresentação do livro “Camilo e o último enforcado em Braga – O Demónio do Ouro”, de António José Ferreira Afonso, irá encerrar este programa. A edição deste livro é resultado de uma iniciativa tripartida do Município da Póvoa de Lanhoso e das Santas Casas da Misericórdia de Barcelos e de Braga.

Com a participação nestas comemorações, a Câmara Municipal reforça a Póvoa de Lanhoso como Terra Camiliana, sendo referência e presença em diversos momentos da obra camiliana, o que torna indubitável esta ligação. Nas obras “ Maria da Fonte”, “ O demónio do Ouro” e “Brasileira de Prazins”, Camilo Castelo Branco apresenta várias cenas e descrições que acontecem na Póvoa de Lanhoso.

PÓVOA DE LANHOSO PLANTA MILHARES DE ÁRVORES

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Março Verde arranca com a plantação de 800 árvores – até ao final da iniciativa serão plantadas 1000 de árvores de 12 espécies autóctones e nativas

A Vice-Presidente e Vereadora da Educação, Fátima Moreira, e o Vereador do Ambiente, Paulo Gago, estiveram presentes na primeira iniciativa do programa “Março Verde”, que decorreu em Galegos, com a plantação de 800 árvores.

Nesta primeira ação estiveram também presentes, além do Presidente da Junta de Freguesia de Galegos, Ricardo Silva, representantes das entidades parceiras, a ANEFA (Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente) que foi a empresa que disponibilizou as plantas e a Fujitsu – Tecnology Solutions, que convidaram o Município a participar no projeto ProNatura como Entidade Recetora.

Fátima Moreira agradeceu em nome do Município às entidades parceiras e sublinhou a importância destas iniciativas para a preservação do nosso meio ambiente, acrescentando que “estas são ações que nos mudam enquanto pessoas e que causam uma dupla transformação”. Referia-se à consciencialização de todos/as para a importância que tem a preservação no nosso meio ambiente e à melhoria que é aportada a cada pessoa com a participação numa atividade social tão valorosa.

É um hectare de área que vai ser abrangido por esta ação que vai criar resiliência e contribuir para a prevenção de incêndios e para a qual os/as técnicos/as contaram com a ajuda de alunos/as da Escola Secundária Póvoa de Lanhoso e de um grupo de seniores do Centro Social do Vale do Homem.

Com a iniciativa Março Verde, o Município da Póvoa de Lanhoso vai proceder à plantação de um total de 1000 árvores, em 6 momentos e locais diferentes, de várias espécies, designadamente, azinheiras, bétulas, carvalhos alvarinho, cerquinho, negral; castanheiros, aceres pseudoplátanos, cerejeiras bravas, sobreiros, medronheiros, pinheiros bravos e pinheiros mansos.

Para o dia 21 de Março, Dia Mundial da Árvore, a plantação vai estar a cargo de 50 alunos/as das 2 turmas 4º ano, da Escola Básica António Lopes e, de tarde, os/as utentes dos Centros de Convívio e alunos/as da EPAVE. A plantação continua nos dias 24 e 27de Março, com os alunos do 4.º ano das Escolas Básicas do Cávado, da Póvoa de Lanhoso e D. Elvira Câmara Lopes.

A plantação termina no dia 28 com a participação da Academia de Voluntariado da Câmara Municipal e da Equipa de Voluntariado Interno, reforçando o espírito de equipa, solidariedade e sentimento de família profissional. A mobilização da comunidade local para a importância da preservação da natureza vai permitir a todos/as contribuir diretamente para a melhoria do meio ambiente através da reflorestação da referida área.

Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres; gerir de forma sustentável as florestas; combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda de biodiversidade, prevenir ameaças à biodiversidade são os objetivos do “Março Verde”.

Para finalizar o programa elencado irá decorrer, no dia 29 de Março, uma iniciava dedicada a Gonçalo Sampaio, conhecido botânico povoense. Celebram-se nesse dia os 160 anos do seu nascimento e a cerimónia de encerramento irá decorrer no Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos (CICC).

É ainda oportuno lembrar que todas estas ações de cariz ambiental reforçam o importante papel do CICC, que este ano assinala 20 anos. As ações que decorrem neste espaço de excelência da natureza, dedicadas aos/às mais novos/as que participam em ações promovidas pela equipa responsável em parceria com as escolas reforçam o papel pedagógico a nível ambientam que é feito junto dos mais jovens. O CICC tem recebido também ações dedicadas aos/às seniores, além de ser um aprazível espaço para desfrute familiar onde está o imponente e centenário Carvalho de Calvos.

CAMINHO PORTUGUÊS DE SANTIAGO DE LEON DE ROSMITHAL PROMOVIDO NA BOLSA DE TURISMO DE LISBOA

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A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso contribuiu para a promoção do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, na Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu de 12 a 16 de Março, no stand da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago.

Estas ações de promoção tiveram lugar a convite das Câmaras Municipais de Mirandela e de Braga, que disponibilizaram, respetivamente um horário na sexta-feira e no sábado. Estes Municípios são ambos parceiros deste novo caminho jacobeu, juntamente com os restantes dez que são parte integrante do Percurso e que foi apresentado publicamente a 20 de março de 2024, na Igreja Românica de Fontarcada. O Vereador do Turismo, Ricardo Alves, esteve presente, reforçando a importância deste produto turístico para a estratégia de promoção dos territórios envolvidos.

Nestas ações, os/as visitantes do stand tiveram oportunidade de assistir a um pequeno vídeo promocional do Caminho e receberem, gratuitamente, um íman onde consta toda a informação do itinerário, que também pode ser consultada aqui: https://www.povoadelanhoso.pt/caminho-portugues-santiago-leon-rosmithal/

Muitos dos/das visitantes já sabiam da existência deste percurso, no entanto, esta foi a oportunidade para esclarecer qualquer dúvida, pois, têm intenção de percorrer os 260 quilómetros que ligam Freixo de Espada à Cinta a Braga, assim que a sinalização estiver feita.

Foram registados, desde a data da apresentação do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, 80 peregrinos/bicigrinos. No presente ano está um grupo de 60 peregrinos a percorrer este itinerário, que têm ficado encantados com a imensidão paisagística que conseguem deslumbrar, nos trajetos/etapas já realizados.

O próximo passo é a aplicação da sinalização direcional de forma a permitir o pleno usufruto deste itinerário que foi, outrora, uma ligação extremamente importante entre Trás-os-Montes e o Minho e que, além de peregrinos/as, foi percorrido pela comitiva de Leon de Rosmithal, pelo Arcebispo Fernando da Guerra e pelo Arcebispo Frei Bartolomeu dos Mártires, ambos de Braga.

Recorda-se, ainda que a Póvoa de Lanhoso esteve presente na BTL, no stand do Município e no stand da Região de Turismo Porto e Norte, com artesãos a trabalhar ao vivo a arte da Filigrana.

PÓVOA DE LANHOSO ABRE O CARDÁPIO DOS FINS DE SEMANA GASTRONÓMICOS COM A EMENTA DO CABRITO

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Com o maior número de restaurantes aderentes, o Cabrito à S. José abre o cardápio dos fins-de-semana gastronómicos

Esta iniciativa de valorização e promoção da gastronomia povoense foi apresentada na manhã de hoje em conferência de imprensa que decorreu no Hotel Rural Maria da Fonte, na União de Freguesias de Calvos e Frades, Póvoa de Lanhoso.

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, e o Vereador do Turismo e Eventos, Ricardo Alves explanaram a iniciativa “Sente-se à Mesa com a Gente”, colocando o enfoque no “Cabrito à S. José”, que abre a lista de seis fins-de-semana dedicados à gastronomia tradicional minhota, da qual a Póvoa de Lanhoso é um excelente exemplo.

São este ano 27 os restaurantes que aceitaram o desafio e, nos dias 15, 16 e 19 de Março, o Cabrito à S. José será o prato mais servido e procurado, fazendo jus às mais remotas tradições das Festas de S. José.

O líder do executivo povoense disse ter para o próximo fim-de-semana as melhores expetativas, também no que toca às Festas de S. José. O programa lançado tem um maior número de dias, e sem desvalorizar o que de tão bom e importante se faz na Póvoa de Lanhoso, o melhor e mais atrativo cartaz de sempre. “Gostava que as pessoas ao olharem para o Programa encontrassem pelo menos um motivo de interesse para vir às Festas, - se for mais do que um, melhor ainda, - de entre tantos momentos que o cartaz oferece".

Dirigiu o convite a todos/as para visitarem a Póvoa de Lanhoso, quer nos próximos dias em que se realizam as festas de S. José com um programa aliciante para todas as faixas etárias e gostos, quer nos referidos fins-de-semana em que a gastronomia estará em destaque.

Para 12 e 13 de Abril está agendada a Vitela Assada; para 24 e 25 de Maio o Sr. Bacalhau; para 5, 6 e 7 de Setembro o Bife à Romaria; para 18 e 19 de Outubro o Pica no Chão e, para finalizar, nos dias 22 e 23 de Novembro será a vez das Papas de Sarrabulho e Rojões.

Quem almoçar ou jantar nestes estabelecimentos povoenses poderá ainda usufruir de um desconto nos 13 empreendimentos turísticos aderentes, sendo esta uma forma de aliar a oferta da gastronomia e da restauração ao alojamento. Também vão ser oferecidos aos/às clientes dos restaurantes entradas gratuitas para a Torre de Menagem e um cupão que habilita ao sorteio de um coração de filigrana certificada de Portugal, produzido pelos filigraneiros locais. A continuidade da realização deste concurso pretende reforçar a identidade da Póvoa de Lanhoso como terra da Maria da Fonte, do Castelo de Lanhoso e da Filigrana.

Esta proposta é um convite para partir à descoberta da Póvoa de Lanhoso que tanto tem para oferecer quer a nível gastronómico, como cultural ou histórico.

Ao adicionar um “ingrediente” cultural, que se baseia em dois elementos históricos e patrimoniais representativos do concelho: o ex libris, Castelo de Lanhoso, e a Filigrana, o executivo pretende reforçar a identidade do território povoense e atrair para o concelho o maior número de turistas, contribuindo para o fortalecimento económico destes restaurantes e empreendimentos turísticos.

GRUPO PARLAMENTAR DO PARTIDO SOCIALISTA PROPÕE ELEVAÇÃO DA PÓVOA DE LANHOS À CATEGORIA DE CIDADE

Projeto de Lei n.º 618/XVI

Elevação da Vila da Póvoa de Lanhoso à categoria de Cidade

Exposição de motivos

  1. Caracterização da vila da Póvoa de Lanhoso
    • Concelho da Póvoa de Lanhoso

O concelho da Póvoa de Lanhoso, distribuído por 22 freguesias, situa-se em pleno coração do Minho com uma área de 134,65km2. Geograficamente, situa-se entre a margem esquerda do rio Cávado e, maioritariamente, na margem direita do rio Ave e está num eixo de transição entre o litoral, densamente povoado, e o interior, cada vez mais despovoado. A sede de concelho é a vila da Póvoa de Lanhoso.

Este concelho, que integra a sub-região do alto Ave, zona de montanha por excelência, é caracterizado por pendentes declivosas, relevos acentuados, vales encaixados, com uma exposição dominante ao quadrante norte, indiciador de uma zona fria e de clima rigoroso.

De acordo com os Censos de 2021, o concelho da Póvoa de Lanhoso totaliza 21 775 habitantes

A expressão populacional reflete-se numa dinâmica económica, tradicionalmente assente na industrial têxtil, ourivesaria, agricultura e exploração de granito. Estes setores empresarias incentivam o desenvolvimento económico do território.

Em termos puramente demográficos, o concelho da Póvoa de Lanhoso apresentou uma expansão demográfica semelhante à região Norte: após um declínio na década de 60, até o ano de 2001 o concelho apresentou um crescimento na ordem dos 4%. Entre 2001 e 2011, o concelho voltou a perder população, seguindo a tendência do Ave, registando, em 2011, 21.866 residentes (5% da população da sub-região). Importa realçar que pelas estimativas do INE para o ano de 2023, existiu um novo aumento de população que passou para 22607 indivíduos.

Verifica-se, pois, uma dinâmica demográfica relevante, o que permite inferir que a Póvoa de Lanhoso tem uma grande capacidade atrativa, sendo que esta realidade se reflete pelo facto de a Póvoa de Lanhoso ser hoje em dia um concelho dormitório para a população que trabalha em Braga e /ou Guimarães oferecendo tanto os bons acessos de ligação a qualquer um destes Concelhos, como com uma boa a qualidade de vida.

1.2.                          A Vila da Póvoa de Lanhoso

A Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) é uma freguesia do concelho da Póvoa de Lanhoso com uma área de 5,62Km2 e uma população de 5623 habitantes, segundo os censos de 2021, e cuja densidade populacional é de 1000,05 habitantes/km2. A freguesia é limitada pelas freguesias de Lanhoso, Geraz do Minho, Rendufinho, Vilela, Galegos e pela União das Freguesias de Calvos e Frades e União das Freguesias de Fontarcada e Oliveira.

O ribeiro do Pontido, afluente do rio Ave, serpenteia-se pelo centro da freguesia e foi preponderante para o desenvolvimento estratégico da malha urbana que hoje se regista.

A vila da Póvoa de Lanhoso é a sede do concelho e situa-se ao longo da EN 205, numa extensão de aproximadamente 3,7 quilómetros, no sentido oeste/este. A EN 310, que liga o centro da Póvoa de Lanhoso a Santo Tirso, tem uma extensão de aproximadamente 37 quilómetros, no sentido norte/sul.

Apesar de administrativamente a EN 103 não ter ligação física à vila, este eixo viário é de extrema importância para a movimentação de produtos, bens e pessoas porque Braga, capital de Distrito, está a pouco mais de 10 quilómetros.

O perímetro urbano da vila da Póvoa de Lanhoso assemelha-se a uma disposição em círculo com um vértice pronunciado para sul, apresentando uma área aproximada de 5,62 km2 onde residem em permanência 5623 pessoas, segundo os Censos de 2021.

A vila está a cerca de 70 km do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a cerca de 15 km da cidade de Braga, a cerca de 30 km da cidade de Guimarães e a 24 km do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

No que aos setores de atividades diz respeito, a vila de Póvoa de Lanhoso destaca-se pela predominância das Indústrias transformadoras, seguindo-se o sector do Comércio por grosso e retalho, a Construção civil, as Atividades Administrativas e Serviços de Apoio, equiparado ao Alojamento, Restauração e Similares e por fim o sector da Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca.

De há umas décadas a esta parte, na vila da Póvoa de Lanhoso acentuou-se o fluxo turístico sustentado nos espaços rurais como locais de satisfação de necessidades primárias, destacando-se as atividades recreativas e turísticas. A maior e melhor mobilidade da população, o desejo do sossego, tranquilidade, contacto com a natureza e a prática de atividades em espaços abertos, fez com que houvesse um aumento exponencial de turistas a procurar esta vila, refletindo-se num elemento crucial para o desenvolvimento económico do território.

É uma vila com um dinamismo assinalável, destacando-se um conjunto de infraestruturas fundamentais para a atividade e desenvolvimento económico, beneficiando do centralismo que a vila tem em relação à região do Minho.

2.       Apontamentos históricos

  • Origem do termo Póvoa de Lanhoso

A origem do topónimo Lanhoso, que se supõe de origem Ibérica, relaciona-se diretamente com as características geológicas, marcadas pela abundância de grandes lajes graníticas, muito particularmente aquela onde assenta a construção do Castelo de Lanhoso (empiricamente classificado como o maior monólito granítico peninsular). A evolução do topónimo passaria por variantes como Laginoso, Lainoso, Lanyoso até ao atual Lanhoso.

No tocante à origem da Póvoa que antecede Lanhoso na atual designação, se inicialmente se supunha ter a sua origem no desenvolvimento medieval de uma povoação, destinada a promover o seu repovoamento, atendendo ao importante baluarte que constituía o próprio Castelo de Lanhoso, fica claro quando D. Dinis na Carta de Foral expressa objetivamente, no texto da Carta de Foral que institui este concelho, a concessão à sua Póvoa de Lanhoso: "Dou et concedo vobis, populatoribus de mea popula de Lanyoso".

2.2.       A criação da freguesia

O ribeiro do Pontido era o limite físico e administrativo entre a freguesia de Fontarcada e Lanhoso. Nas margens desta linha de água, situavam-se algumas das casas mais importantes e influentes do território, pertencentes à aristocracia local, os serviços municipais, outras repartições públicas e a cadeira.

No início do século XX, já com um desenvolvimento urbanístico muito relevante, da responsabilidade de alguns “brasileiros de torna viagem”, com a criação de novas infraestruturas públicas e privadas, um grupo de pessoas decidiram iniciar um processo de criação de uma nova freguesia, congregando os lugares de Fontarcada e Lanhoso mais próximos desta linha de água. Este trajeto resulta, em termos religiosos, na criação da paróquia de Nossa Senhora do Amparo, a 17 de março de 1925, por provisão do arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos. Volvidos 5 anos, depois de muito esforço, é que se concretizou a promulgação da freguesia da Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) pelo Presidente da República, António Óscar de Fragoso Carmona, a 23 de julho de 1930.

Depois desta agregação, esta nova freguesia ficou composta por 402 fogos e por 1364 habitantes. Desde então, tem vindo a aumentar significativamente e a malha urbana não para de aumentar.

  1. Património arquitetónico e cultural
    • Património
      1. Castelo de Lanhoso

No alto do maior afloramento granítico português, na condição de sentinela e gozando de um estatuto protetor de um território ímpar e estratégico, o Castelo de Lanhoso tinha nas sumptuosas e robustas linhas defensivas o apoio necessário para travar inúmeras ofensivas militares tornando-o num dos baluartes medievais melhor preparado para defender os interesses portucalenses, impondo-se como um verdadeiro Pilar da nacionalidade.

Foi neste monumento que, em meados de 1120, a condessa D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, procurou refúgio quando estava a ser perseguida pela ofensiva militar de D. Urraca, sua meia-irmã, e por aqui ficou cercada durante algum tempo. Depois da pesada derrota militar na histórica batalha de S. Mamede, ocorrida a 24 de junho de 1128, em Guimarães, e principalmente na quebra das relações com o filho herdeiro, D. Teresa, já sem forças para derramar mais lágrimas e com a sensação da alma trespassada por uma espada sedenta de poder, vê-se obrigada a abandonar definitivamente o Condado Portucalense e passa pelo Castelo de Lanhoso antes de partir para o exílio na Galiza, onde acaba por falecer a 01 de novembro de 1130.

No entanto, este reduto medieval não foi palco apenas de episódios bélicos. As ásperas e frias pedras foram testemunhas de um episódio de amor trágico que aconteceu em finais do século XIII entre D. Rodrigo Gonçalves Pereira, então alcaide do Castelo de Lanhoso, e Inês Sanches, sua esbelta e encantadora esposa. Sentindo-se sozinha num espaço sombrio e sem o aconchego do seu marido, Inês Sanches convida um frade do Mosteiro de Santa Maria de Bouro, do concelho de Amares, para os seus aposentos com o propósito de confessar os pecados, acabando por cometer adultério. Quando o alcaide soube da infidelidade de sua esposa, num ato de fúria, tranca no interior deste reduto fortificado os adúlteros e todos os que consentiram a esta traição e ateou fogo à estrutura, cumprindo a sua vingança pessoal e honrando o bom nome. Ainda nos dias de hoje, quando a neblina cai sobre o Castelo de Lanhoso, parece ouvir-se os gritos estridentes a sair das paredes que teimam em guardar estas memórias. A partir deste acontecimento, a eficácia militar deste baluarte medieval foi-se perdendo e só volta a ganhar a sua altivez e preponderância em 1940, data de conclusão da profunda reforma levada a efeito pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) e que se mantem até aos dias de hoje.

  1. Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso

Integrado na torre de menagem, o Núcleo Museológico do Castelo de Lanhoso foi inaugurado em 1996 e totalmente renovado em 2011.

Desde então, este espaço museológico é detentor de um vasto e valiosíssimo espólio arqueológico, proveniente de vários pontos do concelho, e soluções visuais e audiovisuais que retratam os acontecimentos marcantes deste baluarte medieval.

O caminho de ronda, localizado no topo da torre, proporciona momentos marcantes na visita a este núcleo museológico porque permite apreciar todo o esplendor paisagístico dos vales do rio Ave e Cávado, verdadeiros pilares do Minho.

  1. Museu dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

Inaugurado em 2016, o Museu dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso contem peças pertencentes à corporação da Póvoa de Lanhoso e a familiares de antigos bombeiros, que as doaram para ali ficarem expostas. Desde um fardamento de 1904 a medalhas como o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros, passando por escadas, batedores, botas, assobios ou veículos de tração animal e motor, há ali de tudo um pouco.

3.2.                 Património arqueológico

a)                  Castro de Lanhoso

Na década de 30, do séc. XX, foi aberta a estrada de ligação do sopé ao topo do Monte de Lanhoso, onde encontramos localizado o medieval Castelo de Lanhoso (MN), e puseram a descoberto um conjunto de estruturas castrejas, composto por várias tipologias de casas, associadas a um espólio arqueológico de diversos períodos cronológicos, utilizando diversos tipos de materiais.

Pelas caraterísticas morfológicas e geomorfológicas, este sítio manteve uma continuidade de ocupação ao longo de milénios, desde os períodos pré-históricos, passando por culturas castrejas e romanização (construções e espólio), para além da época moderna (calçada, santuário Mariano) outro importante e significativo período marcante na ocupação do monte.

A interpretação do Castro de Lanhoso, sendo feita através de um percurso pedonal com painéis informativos ao longo do itinerário, além de permitir a o conhecimento das diversas tipologias de ocupação, culminando com robustos elementos pedagógicos (foram construídas três casas modelo), permite uma ligação próxima à calçada ainda hoje utilizada como “Via Sacra” (culto a N. Sra. do Pilar, desde 1680), terminando junto ao Castelo de Lanhoso (MN).

O Castro de Lanhoso foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1948, pelo Decreto nº 30 762, DG 225 de 26 de setembro 1940 / Decreto nº 37 – 077, DG, 1ª série, nº 228 de 29 setembro de 1948.

b)                 Via Romana XVII

Iniciada na época do Imperador Augusto, a Via Romana XVII foi um dos mais importantes eixos viários entre Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga, Espanha), numa extensão de aproximadamente 350 km, facilitando a comunicação entre estas duas capitais romanas do noroeste peninsular.

Projetada para servir as legiões romanas, esta via imperial rapidamente assumiu-se, também, como o principal canal de escoamento de produtos metalíferos, que eram explorados intensamente no território montanhoso e acidentado da antiga Hispânia.

Um complexo, mas bem definido, conjunto de caminhos secundários, que passavam junto das principais explorações mineiras auríferas (Três Minas/Jales em Vila Pouca de Aguiar, Urros em Torre de Moncorvo ou em Las Médulas, Bierzo – Castilla/Léon), e que convergiam para o grande eixo transversal formado pela Via Romana XVII, foram fundamentais para o escoamento do ouro, incentivando, por outro lado, o aparecimento de inúmeros povoados romanos ao longo destes eixos viários, promovendo o natural desenvolvimento socioeconómico desta região.

Face à notável técnica de construção destas vias, a intensa e sistemática exploração mineira, que teve o seu auge durante a governação de Trajano, entre 98-117 d.C., fez com que a reparação destes caminhos fosse uma das prioridades do império romano, não pondo em causa o complexo processo de circulação do ouro.

No concelho da Póvoa de Lanhoso, numa extensão de aproximadamente 15 km, a Via Romana XVII apresenta, também, correlações com a distribuição dos povoados, em especial com o Castro de Lanhoso, onde apareceram três torques castrejos em ouro, joias estruturalmente simples, constando de um aro de perfil circular e remates típicos nos extremos, profusamente decorados com filigrana.

A adaptação desta via romana como percurso pedestre (GR 117) pretende contribuir para a revitalização do que foi a azáfama nos tempos áureos do império romano, dando a conhecer, por outro lado, muito do património natural, edificado e arqueológico do concelho da Póvoa de Lanhoso.

O visitante encontra aqui um percurso histórico aliado à natureza, cenário apropriado para despertar o imaginário de cada um.

3.3.            Património religioso

  1. Santuário de Nossa Senhora do Pilar

O Santuário de Nossa Senhora do Pilar é composto por Via Sacra, constituída por capelas dos Passos desenvolvidas ao longo de uma calçada que serpenteia a encosta do monte, Capela do Senhor do Horto, casa do ermitão e a igreja.

Este conjunto religioso começou a ser edificado em 1680 por encomenda de André da Silva Machado, talvez abençoado por um milagre da Nossa Senhora. Este excelso devoto nasceu pobre no lugar de “Aldemil”, Póvoa de Lanhoso, e mais tarde tornou-se um dos mais ricos negociantes da cidade do Porto.

Depois da construção da igreja da Senhora do Pilar, há registo de romeiros provenientes de várias regiões que ficavam hospedados nas “cazas da romagem, en que vive hum ermitão”. Era no topo do monte que faziam “humas festas de cavalos, a não haver perigo dos despenhadeiros”.

Após a construção do templo principal, foi criado um estaleiro de obras no Monte de Lanhoso e a ampliação do Santuário só viria a terminar volvidos aproximadamente 100 anos. O acesso era por “hum carreiro, en que huma só pessoa pode hir…por devoção de algumas pessoas, se tem aberto huam estrada (calçada) e posto por elle varias ermidas, obra em que ainda se trabalha, neste presente anno de 1724”. É já em meados do séc. XVIII que se dá início à construção da Capela do Senhor do Horto, última grande obra religiosa do Santuário de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais belas joias do concelho da Póvoa de Lanhoso enriquecido pela proximidade ao notável Castelo de Lanhoso.

  1. Igreja de Nossa Senhora do Amparo

A Igreja de Nossa Senhora do Amparo é situada no coração da Vila da Póvoa de Lanhoso.

O terreno onde foi implantada integrava a quinta das Lourenças e intitulava-se exatamente campoda Lourença de Cima, que à época (1872) pertencia a João Baptista Antunes Guimarães e a sua mulher Dona Maria Joaquina Miranda Lemos e Vasconcelos. Ficava nos arrabaldes da vila, junto ao campo da feira do gado, tendo sido vendido pela quantia de 230.000 réis. O campo tinha 37 metros de frente de nascente para poentes e de fundo 35 metros de sul para norte. Foi procurador de Manuel Joaquim Barbosa Castro, à época a residir em Lisboa, Francisco José de Sousa Lobão.

A igreja começaria a ser edificada em 1874, a partir de 1925 passa a ser a igreja sede da nova paróquia da Senhora do Amparo, nesse ano fundada.

  • Património Imaterial
    1. Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso

A Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso, com bases sólidas e inequívocas na decoração dos três torques encontrados no Castro de Lanhoso, importante povoado da Idade do Ferro, evidencia um longo e aprimorado percurso refletindo-se na criação de exuberantes joias de arte sacra ou nos identitários e distintivos corações de filigrana, sendo motivo de orgulho para o concelho povoense, um dos últimos bastiões nacionais desta arte ancestral.

A filigrana é uma técnica de ourivesaria que assenta no trabalho artesanal, utilizando fios finíssimos, de ouro ou prata, entrançados e aplicados numa armação desenhada e concebida pelo mesmo mestre filigraneiro. Com base nesta técnica, que subsiste desde o I milénio a.C., a ourivesaria povoense deu-se a conhecer ao mundo e foi-se reinventando, ao longo dos séculos, ao ponto de saírem verdadeiras obras de arte das oficinas tradicionais que polvilham, principalmente, as freguesias de Travassos e Sobradelo da Goma e constituem-se como verdadeiros museus de sítio.

A importância deste trabalho artesanal passou a ser reconhecido pela Certificação da Filigrana (2018), e mais recentemente (2023) a Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (DR, Anúncio n.º 97/2023, 08 de maio de 2023, pág.49) pela sua relevância no desenvolvimento cultural e económico do território.

  1. Festas de São José

As festas do Concelho da Póvoa de Lanhoso, e Feira-franca de S. José, são as primeiras das grandes Romarias do Minho. Com uma tradição secular, a primeira feira foi instituída em 1895, algumas das principais referências da tradição mantêm ainda bem presente esse espírito. Tem uma dinâmica fundamentalmente económica, que se manteve o principal motor impulsionador e propulsor durante décadas, onde os comerciantes assumiam a sua fundamental quota parte de responsabilidade na organização e promoção das diversas iniciativas, no âmbito destas festividades, em que os principais momentos eram, naturalmente, além do concurso pecuário e da feira-franca, as corridas de cavalos.

A história das feiras na Póvoa de Lanhoso encontra referências bem anteriores à feira de S. José. Desde logo na Carta de Foral de D. Dinis (1292, 25 de setembro), ou a primeira referência à Carta de Feira datada do século XV. As primeiras feiras existentes na Póvoa de Lanhoso, mercê da sua ruralidade característica, escolhiam de uma forma quase indistinta o período das colheitas sazonais do final do Verão (o “S. Miguel de setembro”), existindo diversas referências a feiras semanais ou mensais ao longo do século XIX.

  1. Centro Interpretativo da Maria da Fonte

O Centro Interpretativo Maria da Fonte (CIMF) propõe-se a contribuir para a desmistificação desta figura nacional e para o esclarecimento da génese dos eventos que resultaram nos tumultos ocorridos no ano de 1846, primeiro no Minho e depois por todo o país. É um espaço que há muito este símbolo nacional e a importância deste marco histórico reivindicavam para si.

O CIMF constitui-se, ainda, como um espaço aberto de exploração artística, potenciando parcerias com importantes instituições de conhecimento e saber, ensino e formação, bem como de outras formas de manifestação artísticas, considerando a multitude de obras literárias, plásticas e musicais que a figura e a coragem desta mulher inspiraram.

  1. Sala de Interpretação da Filigrana

A Sala de Interpretação da Filigrana (SIF), integrada no edifício da Casa da Botica, é um recurso patrimonial voltado para a valorização e perpetuação desta forma tão valiosa e peculiar de trabalhar o ouro, como só os artífices da Póvoa de Lanhoso, mais concretamente das freguesias de Travassos e Sobradelo da Goma, o sabem fazer. Esta atividade, marcadamente artesanal que nos engrandece e orgulha, é a identidade de uma comunidade que eleva a arte da filigrana a estandarte povoense.

Este espaço expositivo não é mais que uma merecida homenagem aos mestres filigraneiros, que representam um dos últimos bastiões nacionais na preservação da técnica da filigrana e fornecem ao país e ao mundo verdadeiras obras de arte.

  • Património Natural

a)                  Parque do Pontido

Parque Urbano da Vila, mais conhecido como Parque do Pontido, é um espaço verde e agradável que muito enriquece os equipamentos de utilidade pública da Póvoa de Lanhoso por estabelecer uma relação entre a população e o Ribeiro do Pontido. Esta relação é estabelecida através da criação de percursos pedonais inseridos em espaços verdes, com colocação estratégica de mobiliário urbano que permitem a contemplação da natureza e o desfrute de momentos de lazer, pela criação de um parque infantil, campos de jogos e de dois edifícios de apoio.

4.                  Percursos Pedestres

a)                  PR 1 – Maria da Fonte

O PR1-Maria da Fonte é uma merecida homenagem à heroína popular que marcou profundamente a história do concelho da Póvoa de Lanhoso. Este percurso inicia-se no Parque do Pontido e ruma em direção ao lugar da Requezenda até encontrar a capela de S. Brás, uma das mais antigas do concelho Povoense e detentora de uma configuração muito peculiar.

  1. Caminho alternativo para São Bento da Porta Aberta

A Póvoa de Lanhoso oferece, no seu território, um itinerário alternativo para os peregrinos de São Bento da Porta Aberta. O traçado, que liga Santo Emilião e a Serzedelo, proporciona mais segurança e comodidade, fazendo-se praticamente na totalidade fora de das estradas nacionais. Desta forma, os devotos, enquanto cumprem a sua motivação religiosa ou lúdica, podem apreciar melhor o caminho e toda a sua envolvente. De facto, são milhares as pessoas que, todos os anos, atravessam o concelho da Póvoa de Lanhoso a pé, em direção ao “São Bentinho” e isso acontece sobretudo entre os meses de julho e agosto ou mesmo setembro.

Caminhado quase sempre em grupos, de noite e calcorreando, maioritariamente, as estradas nacionais ou municipais, estes peregrinos correm os perigos inerentes à utilização pedonal das referidas vias, até chegarem ao Santuário de São Bento da Porta Aberta, no vizinho concelho de Terras de Bouro.

Assim, o caminho liga as freguesias de Santo Emilião a Serzedelo, numa extensão de aproximadamente 18 quilómetros (altimetria: 658 metros de acumulado positivo), e apresenta sinalética que utiliza o símbolo de São Bento da Porta Aberta (corvo com o pão no bico) e setas direcionais, tudo em azulejo cor de laranja.

  1. Trilho dos Moinhos do Pontido

O ribeiro do Pontido nasce na encosta sudoeste da Serra de S. Mamede, na União de Freguesias de Calvos e Frades, e estende-se por 12 quilómetros até entroncar na margem direita do rio Ave, na freguesia de Vilela. A fertilidade dos solos e as cadeias montanhosas foram determinantes para o assentamento e desenvolvimento da comunidade em torno do ribeiro do Pontido desde, pelo menos, o neolítico (IV milénio a.C.) até aos nossos dias.

3.6.      Miradouros

Miradouro do Pilar

O miradouro do Pilar, sobranceiro à vila da Póvoa de Lanhoso, foi cuidadosamente torneado pelas mãos humanas ao longo dos milénios até aos dias de hoje. A partir deste local, é possível apreciar toda a sumptuosidade da típica paisagem minhota, rasgada pelos inúmeros regatos que confluem para os rios Ave ou Cávado.

4.2.                 Elementos culturais da Póvoa de Lanhoso

As Festas de S. José é a festa mais importante do concelho, bem como a Romaria dos Bifes que se realiza no 1º domingo de setembro.

O Concurso Nacional de Teatro Ruy de Carvalho (CONTE), que se realiza anualmente no Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, já é um marco e um palco nacional de prestígio para os grupos amadores oriundos de todo o país.

Inserido na Programação da animação e Verão do Município da Póvoa de Lanhoso, o evento Sentir Póvoa celebra a partilha, a memória, a tradição e a identidade.

5.             Caracterização económica e social

A Póvoa de Lanhoso destaca-se pela sua história, património, cultura, gastronomia, tradições e pelas suas gentes. Concelho tipicamente minhoto, este território preserva as suas raízes, mas olha o futuro com ousadia e bravura, honrando os seus antepassados e orgulhando os seus contemporâneos. Terra da Filigrana, da Maria da Fonte e do Castelo de Lanhoso, a Póvoa de Lanhoso caracteriza-se pelas suas paisagens autênticas e afirma-se cada vez mais como um destino turístico de natureza, pela oferta existente e pela beleza natural. O pulsar da Póvoa de Lanhoso permite adivinhar um concelho que constrói, dia após dia, o equilíbrio desejado por quem habitar, trabalhar e investir no território ou mesmo dele desfrutar e visitar. A Póvoa de Lanhoso é uma terra de emoções.

O Concelho de Póvoa de Lanhoso insere-se no distrito de Braga e é um dos oito Concelhos que integra a NUTIII do Ave. Localiza-se no centro de um importante triângulo turístico do Norte de Portugal, composto pela cidade de Braga, pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês e pela cidade de Guimarães. Faz fronteira ainda com outros Concelhos como sendo Vieira do Minho, Fafe e Amares.

O Concelho da Póvoa de Lanhoso destaca-se pela proximidade à área metropolitana do Porto, ao interior norte e à Galiza, o que fortalece a capacidade para estabelecer pontes e potenciar sinergias inter e supra territoriais através da A3 e da A11, mediante a ligação pelas estradas nacionais 103 (Braga) e 310.

Na globalidade, Póvoa de Lanhoso agrega 22 freguesias, contabilizando, na totalidade, uma área de 135 km².

No que concerne ao enquadramento e evolução populacional é de destacar que, ao longo dos anos, se verificou uma menor expressão na população jovem, face ao índice de envelhecimento. Assim, para o ano de 2021 é de realçar que 12,2% dizem respeito à franja populacional jovem; 65,4% correspondem à população ativa e, em última instância, 22,4% aos idosos.

No que aos setores de atividades diz respeito, a vila de Póvoa de Lanhoso destaca-se pela predominância das Indústrias transformadoras, seguindo-se o sector do Comércio por grosso e retalho, a Construção civil, as Atividades Administrativas e Serviços de Apoio, equiparado ao Alojamento, Restauração e Similares e por fim o sector da Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca.

6.           Equipamentos e estabelecimentos existentes ao nível da educação, desporto, cultura, culto religioso, saúde e solidariedade

Elencam-se os equipamentos, estabelecimentos e infraestruturas existentes.

  • Serviços públicos da administração central ou local prestado presencialmente com caráter permanente à população
  • Balcão do cidadão
  • Diversas agências bancárias
  • Diversas caixas de multibanco
  • Posto de correios CTT
  • Casa mortuária

6.2.                 Educação e desporto

  • Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso (3º ciclo e Secundário- ensino regular e profissional)
  • Escola Básica Gonçalo Sampaio (2º e 3º Ciclo)
  • Escola Básica António Lopes (pré-escolar e 1º ciclo)
  • Escola Básica da Póvoa de Lanhoso (pré-escolar e 1º ciclo)
  • EPAVE-Escola Profissional do Alto Ave

Rede Privada

  • Santa Casa da Misericórdia (pré-escolar, 3 salas-80 crianças, Creche com 2 estabelecimentos)
  • Casa da Botica - Biblioteca Municipal
  • Casa do Livro
  • Parque Caravanismo
  • Piscinas Municipais Cobertas
  • Piscinas Municipais Descobertas
  • Campos de Ténis 25 Abril
  • Estádio dos Moinhos Novos - Maria da Fonte
  • Parque Desportivo Municipal
  • Campo de futebol - Pontido
  • Pavilhão Desportivo Escola Secundária
  • Pavilhão Desportivo 25 Abril
  • Pavilhão Desportivo Gonçalo Sampaio
  • Campo Voleibol
  • Campo Basquetebol
  • Campo de Basquetebol 3x3
  • Campo Futebol - Valdemil
  • Campo Padel
  • Parque Radical /Skate

6.3.                 Espaços de culto

  • Igreja de Nossa Senhora do Amparo
  • Igreja de Nossa Senhora do Pilar
    • Saúde e Solidariedade
  • Unidade de Saúde Familiar D´As Terras de Lanhoso
  • Unidade de Saúde Familiar Maria da Fonte
  • Unidade de Cuidados na Comunidade “Coração do Minho”
  • Hospital António Lopes
  • Unidade de Longa Duração e Manutenção Dona Elvira Câmara Lopes
  • 4 farmácias
  • Diversas clínicas privadas
  • Diversas clínicas dentárias
  • Diversas óticas
  • Gabinetes de psicologia
    • Segurança e Lazer
  • Serviço Municipal de Proteção Civil, inserido no Edifício da Câmara Municipal
  • GNR da Póvoa de Lanhoso com efetivo permanente (Destacamento Territorial da Póvoa de Lanhoso
  • Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, com Equipas de Intervenção Permanente (diurno) e equipas Voluntárias (noturno e fins-de-semana)
  • Cruz Vermelha Portuguesa, (Delegação da Póvoa de Lanhoso), apenas com serviços de Transporte de Doentes não Urgentes
  • Hospital António Lopes (Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso)
  • Parque de Lazer do Pontido, Póvoa de Lanhoso
  • Jardim António Lopes, Póvoa de Lanhoso
  • Jardim 50 anos 25 Abril
  • Memorial 25 e 50 anos 25 Abril.
  • Praça Engenheiro Armando Rodrigues
  • Parque Lazer “Monumento do Professor”
  • Monte do Pilar (Castelo de Lanhoso)

 

7.             Caracterização económica e social

7.1.       Segurança e lazer

  • Edifício da GNR com efetivo permanente
  • Quartel dos Bombeiros Voluntários

7.2.       Atividades económicas

Segue-se uma listagem por 3 ramos de atividade.

  • Comércio em geral: agências bancárias, drogarias, empresas na área da publicidade, construção              civil,                contabilidade           e                        gestão          de    empresas     e

propriedades, mediação mobiliárias, consultoria, eletrodomésticos, informática, lavandarias, posto dos CTT, salões de barbearia/cabeleireiros

  • Restauração e hotelaria: diversos cafés, minimercados, hipermercados, restaurantes, pastelarias, snack-bares, diversos hotéis e turismo Rural (de 3 e de 4 estrelas)
  • Mobilidade, transportes e conexos: transportes públicos urbanos, praça de táxis, oficinas automóveis e quatro posto de combustíveis, centro de tratamento de resíduos urbanos (Braval)
    • Mapeamento entidades com Intervenção Terceiro Setor – Equipamentos Sociais
  • Misericórdia da Póvoa de Lanhoso (respostas: centro de dia, ERPI; SAD; ATL; cantina social; Unidade de Longa Duração; unidade de convalescença; creche; POAPMC)
  • Associação de Apoio aos Deficientes Invisuais do Distrito de Braga (resposta: CAVI CAARPD)
  • Associação Em Dialogo  (respostas: escola aberta, programa de férias; POAMC; fornecimento de refeições; SAD)
  • Associação de Solidariedade Social, Integração e Saúde do Norte (Lar residencial; CACI; Residência Autonomização e Inclusão; SAD);

Entidade Privadas com resposta Social

  • Hotel Sénior
  • Vivenza Senior Living
  • A par da Idade

8.           Movimento associativo

Existem diversas coletividades na freguesia:

  • Associação Estudantes da Escola Secundária
  • Associação Cultural Juventude de Valdemil
  • Associação Juvenil e Cultural Maria da Fonte
  • Núcleo CNE da Póvoa de Lanhoso
  • Clube Caçadores da Póvoa de Lanhoso
  • Moto club Maria da Fonte
  • Inter Lanhoso
  • Associação de Krav Maga
  • Fintas Academia.
  • FTE
  • APMI - Artes Marciais Israelitas
  • Organizações de juventude partidária: Juventude Socialista e Juventude Social Democrata

Com a entrada em vigor da Lei n.º 24/2024, de 20 de fevereiro, que aprovou a lei-quadro de atribuição das categorias de vila ou cidade, a ordem jurídica interna voltou a dispor de um regime definidor dos critérios de elevação de povoações a vilas, que se encontrava em falta desde que em 2012 a antiga Lei n.º 11/82, de 2 de junho, havia sido revogada.

Neste novo quadro normativo, tendo presente os elementos caracterizadores da povoação descritos na presente exposição de motivos, facilmente se conclui pela verificação dos requisitos constantes do n.º 2 do artigo 4.º da lei, no que concerne à presença com intensidade de equipamentos identificados na lei, habilitando a possibilidade de elevação da vila da Póvoa de Lanhoso à categoria de cidade.

Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, as Deputadas e os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista abaixo-assinados, apresentam o seguinte Projeto de Lei:

Artigo 1.º

Objeto

A presente lei eleva a vila de Póvoa de Lanhoso, concelho da Póvoa de Lanhoso, à categoria de cidade.

Artigo 2.º

Elevação a Cidade

A vila da Póvoa de Lanhoso, correspondente à Freguesia Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo), no concelho de Póvoa de Lanhoso, é elevada à categoria de cidade.

Artigo 3.º

Entrada em vigor

A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Palácio de São Bento, 12 de março de 2025

As Deputadas e os Deputados,

Gilberto Anjos

Irene Costa

José Luís Carneiro

Palmira Maciel

Pedro Sousa

Ricardo Costa

Marina Gonçalves

Jorge Botelho

Pedro Delgado Alves

PÓVOA DE LANHOSO: PAULA CARVALHO RECEBEU O PRÉMIO PRESTÍGIO NA GALA DE ENCERRAMENTO DO XX CONCURSO NACIONAL DE TEATRO RUY DE CARVALHO

Vencedores do CONTE 2025.jpeg

Foi uma noite de emoções em que estiveram de parabéns as 9 companhias participantes, num palco que há mais de um século se mantém como bastião da cultura povoense, e que acolheu nesta edição 81 atores e atrizes, acompanhados/as por 98 técnicos/as e assistentes, diante de um público de 590 espetadores – números que atestam a força do teatro associativo e o papel estruturante deste concurso na dinâmica cultural do país.

A Vice-presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, que foi a anfitriã deste evento, nas palavras que dirigiu à plateia expressou que “o CONTE é muito mais do que uma competição; é uma homenagem à arte, à cultura e ao talento que, ano após ano, continua a brilhar neste palco com companhias que vêm de todo o país”.

Da Fundação Inatel esteve presente Eduarda Marques, Vice - Presidente e da Federação Portuguesa de Teatro (FTA), Valdemar Mota. Estas duas entidades são as parceiras do Município na organização do CONTE, para a qual também contribuiu o Grupo Cénico Povoense. 

“É com enorme orgulho que temos ligado à Póvoa de Lanhoso o nome maior do teatro de Portugal, de todos os tempos, Ruy de Carvalho, que aceitou associar o seu nome ao CONTE e a quem a Póvoa de Lanhoso retribuiu a honra, entregando-lhe em 2023 as chaves da Vila da Póvoa de Lanhoso”. Ruy de Carvalho, patrono do CONTE esteve representado na Gala do passado sábado pela filha Paula Carvalho, a quem foi atribuído o Prémio Prestígio Personalidade Inatel. Coincidindo esta Gala com o Dia da Mulher, a Vice-Presidente da Câmara Municipal referiu que “neste dia especial, queremos homenagear não apenas o percurso e a entrega da Paula de Carvalho, mas também de todas as mulheres que, através da arte, da cultura e do seu talento, inspiram e transformam o mundo”.

Nesta oportunidade, a responsável do executivo agradeceu “de forma muito especial, a todas as pessoas da Póvoa de Lanhoso que continuam a fazer teatro, mantendo viva esta forma de arte tão essencial para a nossa identidade cultural. O vosso trabalho e persistência são inspiradores. Ao Grupo Cénico, ao recém criado grupo de criação Teatro Experimental Maria, às turmas de formação das oficinas do Theatro Club e todas as pessoas que fazem teatro, o nosso reconhecimento e a certeza que terão na autarquia um parceiro. Contem sempre com o nosso apoio!”

A Póvoa de Lanhoso é uma terra de teatro, que tem passado, presente e que tem futuro e é com esta premissa que o executivo, alinhado com todos os parceiros, começa já a pensar na edição do próximo ano.

E foi ao palco do Theatro Club, a sala de espetáculos povoense que assinala 120 anos de existência onde foram apresentados os 9 espetáculos que concorreram à edição deste ano, que foram também chamados os/as vencedores/as nas várias categorias.

Aplaudidos por uma plateia cheia de convidados/as, os/as grandes vencedores, segundo as categorias, foram:

MELHOR DESENHO DE LUZ – Prémio “Orlando Worm”

Grupo Mérito Dramático Avintense "Inferno" André Teixeira

MELHOR SONOPLASTIA

Pateo das Galinhas "De o Doido e a Morte" Rubi 8Hz

MELHOR CENOGRAFIA – Prémio “João Barros”

Re-Criar Grémio Dramático Povoense "Vermes " Daniel Gonçalves

MELHOR GUARDA-ROUPA

ARCA – Associação Recreativa de Aveleda "O Ginjal" – Mariana Chilro e Albina Silva

Menção honrosa: CONTACTO “Casa de Bonecas” Isilda Margarida e Daniela Fula

MELHOR INTERPRETAÇÃO SECUNDÁRIA FEMININA

Pateo das Galinhas "De o Doido e a Morte" – Lígia Bugalho

MELHOR INTERPRETAÇÃO SECUNDÁRIA MASCULINA

Pateo das Galinhas "De o Doido e a Morte" Fernando Romeiro

Menção honrosa: Grupo Mérito Dramático Avintense “Inferno” Hélder Sousa e Rui Madureira

MELHOR INTERPRETAÇÃO PRINCIPAL FEMININA

Grupo de Artes e Comédias "Terror e Miséria" Teresa Nogueira

Menção honrosa: Os Plebeus Avintenses “(Com)Partilha” Leonor Rodriguez

MELHOR INTERPRETAÇÃO PRINCIPAL MASCULINA

Pateo das Galinhas "De o Doido e a Morte" Fernando Lopes

Menção honrosa: Grupo Mérito Dramático Avintense “Inferno” Tiago Moura

MELHOR ENCENAÇÃO

Grupo Mérito Dramático Avintense "Inferno" Nuno Santos Cena

PRÉMIO RUY DE CARVALHO
“Inferno” – Grupo Mérito Dramático Avintense

Prémio Maria da Fonte – Júri popular

“Qual a Cor da Liberdade?”

PÓVOA DE LANHOSO VAI TER UM ESPAÇO DIGNO PARA RECOLHER E TRATAR CÃES E GATOS

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Assinado o auto de consignação para a construção do novo Canil/Gatil

O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, assinou, na manhã de terça-feira, o auto de consignação com a empresa vencedora do concurso para a empreitada da construção do Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA), a JPA - Joaquim Peixoto Azevedo & Filhos, Lda..

O Vereador dos Pelouros da Defesa Animal e do Ambiente, Paulo Gago, esteve também presente no momento da assinatura desta empreitada, no valor de 608.761,81€, cujo prazo de execução é de 180 dias.

O novo Centro de Recolha vai permitir a criação de um espaço de bem-estar animal, com várias áreas de atuação e uma diversidade de serviços que serão prestados: recolha de animais errantes; tratamento dos animais recolhidos; campanhas de promoção e gestão de adoções; campanhas de controlo da população canina e felina; campanhas de vacinação antirrábica e identificação eletrónica; e ações de sequestro e quarentena de animais potencialmente perigosos, de entre outros.

A realização desta obra, aguardada há mais de 20 anos, garantirá o fim das condições inadequadas em que os animais vivem atualmente. Além disso, permitirá promover a higiene e a saúde pública, bem como a segurança da população, sem nunca comprometer os direitos dos animais.

O executivo procurou ao longo dos últimos anos uma solução, assegurando sempre as melhores condições possíveis, firmando consecutivamente protocolos com o CAPA – Clube de Adoção e Proteção de Animais para menorizar esses efeitos.

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MUNICÍPIO DE TERRAS DE BOURO REUNIU COM O SECRETÁRIO DE ESTADO DAS FLORESTAS, ENGº RUI MIGUEL LADEIRA PEREIRA

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A Câmara Municipal de Terras de Bouro foi palco a 7 de março de uma reunião de trabalho que contou com a presença do Sr. Secretário de Estado das Florestas, Eng. Rui Miguel Ladeira Pereira. No encontro foram abordadas questões relacionadas com a necessidade de investimento em áreas estratégicas para o território de Terras de Bouro e do Parque Nacional da Peneda-Gerês e apresentados projetos de enorme relevância para o desenvolvimento económico do concelho de Terras de Bouro.

Durante esta jornada foi possível sentir no terreno o problema das espécies invasoras que, para o Secretário de Estado das Florestas, tem de ter uma solução urgente, com uma resposta célere e eficaz. Foi também uma excelente oportunidade de conhecer os trabalhos de prevenção que o município, juntas de freguesia, baldios e as equipas de sapadores florestais têm vindo a desenvolver e de reunir com os técnicos e autoridades do ICNF e proteção civil, reforçando o compromisso com a gestão sustentável da floresta e a proteção deste importante património natural.

O Secretário de Estado das Florestas foi acompanhado pelo Executivo Municipal da Câmara Municipal de Terras de Bouro, pelo Vice-Presidente da CCDR-Norte, Paulo Ramalho e pela Diretora Regional do ICNF, Sandra Sarmento.

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PÓVOA DE LANHOSO: NÚCLEO LOCAL DE INSERÇÃO SOCIAL POVOENSE PREOCUPADO EM “CUIDAR DAS EMOÇÕES”

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O Núcleo Local de Inserção (NLI) promoveu duas sessões no âmbito do projeto “Cuidar das Emoções”, dando cumprimento a um dos objetivos delineados no seu plano de ação.

“Inteligência Emocional” e o “Poder da Vulnerabilidade” foram os temas abordados nas sessões que decorreram no auditório do CIMF, durante o mês de Fevereiro.

Estas ações destinaram-se, num primeiro momento, a cuidadores informais, famílias acompanhadas pela SAAS, mas foram também abertas a famílias da comunidade que tivessem interesse em participar.

O objetivo destas ações foi munir os/as participantes com ferramentas que lhes permitam lidar melhor com as situações quotidianas em que apresentem dificuldades. Promover  a gestão das emoções de forma positiva e prevenir doenças do foro mental são o foco principal.

Esta é uma resposta que já começou a ser disponibilizada no ano passado para famílias em acompanhamento social, e este ano será alargada à comunidade, uma vez que os temas são do interesse de qualquer pessoa que sinta necessidade de cuidar das emoções.

O Núcleo Local de Inserção, com o contributo de todas as entidades envolvidas, é uma mais-valia que apresenta mais e melhores respostas sociais, sendo um suporte para todas as famílias.

MUNICÍPIO DA PÓVOA DE LANHOSO PROMOVEU ABORDAGEM DA SAÚDE MENTAL EM CRIANÇAS E JOVENS

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“A saúde mental e os problemas emocionais em Crianças e Jovens: Como cuidar, prevenir e apoiar - O Papel Essencial dos Pais" foi o tema da ação de sensibilização que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu. Estes são aspetos cada vez mais relevantes nos dias de hoje e os pais e as mães ou encarregados/as de educação desempenham um papel crucial na construção de um ambiente seguro e acolhedor.

Esta ação, que contou com a presença da Vereadora da Educação da Câmara Municipal Fátima Moreira, foi dinamizada pela Professora Doutora Carina Magalhães, da Universidade do Minho, tendo decorrido, no passado dia 20 de fevereiro, no Theatro Club.

Reforçar a importância do cuidado com a saúde mental das crianças e jovens, destacando que investir na saúde mental é investir no futuro, foi o objetivo desta iniciativa, que reforçou ainda a necessidade de um maior compromisso por parte das famílias, educadores/as e sociedade em geral na promoção do bem-estar emocional e psicológico das futuras gerações.

Durante o evento, foram abordados temas essenciais como a compreensão da saúde mental em crianças e jovens, a identificação dos principais problemas emocionais e de saúde mental que afetam este público, bem como a exploração do impacto do papel dos pais e das mães ou encarregados/as de educação no desenvolvimento emocional e na saúde mental dos filhos e das filhas. Para além disso, as pessoas participantes tiveram a oportunidade de discutir e partilhar estratégias práticas que podem ser aplicadas para apoiar a saúde mental e emocional das gerações mais novas.

PÓVOA DE LANHOSO PROMOVE AS LEITURAS ENCENADAS

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“As leituras encendas são um projeto com perfil pedagógico que professores e alunos valorizam e elogiam” - As leituras encenadas continuam périplo pelas escolas.

“Menino de todas as cores”, de Luísa Ducla Soares, foi a história escolhida para contar, no decorrer da passada semana, aos/às alunas do 2.º ano do 1.º ciclo dos dois Agrupamentos da Póvoa de Lanhoso. A equipa das leituras encendas desloca-se a todas os estabelecimentos de ensino do 1.º ciclo e apresenta esta fábula a 192 crianças que frequentam o 2.º ano. Esta é a história de um “menino branco, que começa a ver o mundo com outros olhos, onde todos são diferentes, mas todos são iguais”.

Esta obra, trabalhada de modo animado mas pedagógico, faz parte do Plano Nacional de Leitura e insere-se nesta iniciativa que os Serviços da Cultura do Município, a partir da Casa do Livro- Biblioteca Municipal da rede Pública, promovem, em parceria com a Rede de Bibliotecas da Póvoa de Lanhoso (RBPL).

Os/as professores/as bibliotecários/as são unânimes na opinião que este é um excelente projeto e que é uma iniciativa de grande valor para os/as alunos/as, que reagem de maneira muito animada quando recebem a visita das contadoras de histórias. Os temas abordados nas histórias que estes responsáveis escolhem no início de cada ano letivo são mais uma ferramenta de trabalho para as aulas em que os/as professores/as titulares conseguem fazer uma abordagem mais interessante e cativante, com o adequado enquadramento pedagógico. “É sem dúvida uma iniciativa que nós valorizamos e que deve ser continuada. A cada ano letivo há cada vez maior envolvência quer de professores, quer de alunos, que aguardam estas visitas com expetativa”.

As leituras encenadas, que contribuem para o enriquecimento dos currículos de cada ano de escolaridade, vão abranger a totalidade dos cerca de 1018 alunos/as dos estabelecimentos de ensino povoenses.

Levar o teatro às escolas, promover o gosto e o hábito da leitura, estimular a imaginação e criatividade são alguns dos objetivos que reforçam esta iniciativa, promovida pelo executivo em estreita colaboração com os Agrupamentos de Escolas.