Edificado num maciço rochoso do Monte do Pilar, a sua construção não se deve à vontade de nenhum rei, com é comum, mas sim ao arcebispo de Braga, por volta de 1071, para defesa da sede episcopal.
Este local já tinha ocupação humana desde o período calcolítico e também os romanos o dotaram de uma fortificação, o castelo do arcebispo terá sido melhorado no reinado de D. Afonso Henriques, passando a ter Torre de Menagem.
A este castelo estão ligados alguns episódios dramáticos, um deles refere que D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, terá sido desterrada para este castelo após a batalha de S. Mamede.
«O »Castelo de Lanhoso : jornal hebdomadario, politico, litterario e noticioso / propr. Narciso Antonio Rebello da Silva. - A. 1, nº 1 (4 jun. 1885). - Povoa de Lanhoso : Zeferino J. d'Azevedo Barroso, 1885. - 45 cm
Panorámica do Castelo de Lanhoso. Entre o século X e o século XI, a antiga fortificação romana encontrava-se reduzida aos seus alicerces. O arcebispo D. Pedro (I) de Braga (1071-1091), visando a defesa avançada da sede episcopal de Braga, determinou a construção do castelo, conforme placa epigráfica no silhar (a mais antiga em um castelo de Portugal), acompanhando os alicerces e o perímetro da primitiva fortificação. De qualquer modo, datará do final do século XII e o início do século XIII a reforma do castelo, com a construção da torre de menagem. O castelo era então o que se chamava de cabeça de terra, o que traduz a sua importância regional.
Monsul: concelho de Póvoa de Lanhoso: restos do pelourinho de São João de Rei em 1939
Pormenor de um elemento - símbolos heráldicos invertidos - do pelourinho de São João de Rei (Concelho extinto em 31.12.1853), em Monsul, como base de um cruzeiro da Via Sacra, em frente ao cemitério, na Rua de São Martinho. Atualmente encontra-se sede da Junta de Freguesia.
Vista geral da coluna e da peça de remate, em cantaria de granito, do antigo pelourinho de São João de Rei (concelho extinto a 31.12.1853), em Monsul, que se encontra a servir de pilar de suporte de escadaria de habitação particular, na Estrada Nacional 205, perto de uma rotunda EM595.
Sob o título “Uma figura notável da Ciência portuguesa / Prof. Gonçalo Sampaio / Faleceu, ontem, no Pôrto, o eminente naturalista e folclorista”, publicou o jornal “Comércio do Porto” na sua edição de 28 de Julho de 1937, a respectiva notícia necronológica.
Aquele periódico portuense destacou o nefando acontecimento, incluindo o retrato e biografia do Professor Gonçalo Sampaio. Refira-se que o ilustre minhoto era antigo professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Passam no próximo mês de Setembro precisamente 77 anos desde que foi criado em Lisboa o primeiro grupo folclórico minhoto – o Rancho Folclórico da Casa do Minho.
Constituído em 3 de Setembro 1943 no seio daquela agremiação regionalista à época denominada Casa de Entre-o-Douro-e-Minho, a sua actuação e forma de representar caracterizou-se durante décadas pelo figurino em voga na época e que caracterizava a maioria dos grupos folclóricos surgidos na década de quarenta do século passado.
Na realidade, documentos mais recentes vieram colocar em causa a versão oficial até então aceite como definitiva, tudo indicando que o Rancho Folclórico da Casa do Minho tenha sido criado em 29 de Abril de 1943, altura em que ocorreu a sua primeira exibição em público, logo seguida de outra no dia 3 de Maio do mesmo ano. Um facto histórico a confirmar e corrigir a narrativa histórica daquela entidade.
Entretanto, mudanças sociais e políticas que se verificaram e também o inesperado desaparecimento do grande obreiro da Casa do Minho, o jornalista Artur Maciel, levaram a um prolongado interregno da actividade do rancho folclórico.
Armando Rocha
Ultrapassada a fase mais atribulada que o país viveu, eis que nos finais da década de setenta do século passado, o Rancho Folclórico da Casa do Minho retoma a sua actividade sob a batuta experiente de um lanhosense conhecido e estimado pelos minhotos radicados em Lisboa – o Armando Rocha.
Paulo Duque
E, desde então, o Rancho Folclórico da Casa do Minho não mais parou de dançar até ao momento em que a pandemia provocada pelo vírus Covid-19 nos forçou a todos ao confinamento. Mas, Paulo Duque, seu actual director acumulando com as funções de Presidente da Direcção daquela Instituição regionalista, não baixa os braços e prepara o regresso à normalidade ainda com maior energia, não deixando de observar as preocupações sanitárias e de higiéne que a situação actual a todos nos obriga.
O Prémio Ruy de Carvalho para o Melhor Espetáculo foi conquistado pelo Teatro de Balugas, que se apresentou no CONTE - Concurso Nacional de Teatro com a peça ‘Pão Nosso’. A companhia de teatro de Balugães venceu também o prémio na categoria de Melhor Cenário.
O Teatro de Balugas foi um dos nove finalistas apurados para a final do CONTE 2020, certame decorrido em fevereiro de 2020, tendo depois sido o grupo nomeado para oito categorias. A gala de encerramento de mais uma edição do CONTE decorreu no passado sábado, no Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, e foi o próprio ator Ruy de Carvalho, patrono do evento, que anunciou e entregou em mão o prémio ao Teatro de Balugas.
Cândido Sobreiro, diretor artístico da companhia Teatro de Balugas, referiu que este prémio “É fruto do trabalho de 13 anos a guardar a memória e o território do vale do Neiva e do Minho, do teatro da aldeia que consegue resistir e que continua vivo, feito com rigor, missão e seriedade.”.
O espetáculo “Pão Nosso”, com texto e encenação de Cândido Sobreiro, fala-nos da aldeia de Balugães, terra onde já se amassou muito pão e onde se talharam muitas gamelas de pinho. O pão era o sustento, as gamelas também. Uma relação de pequenas histórias que contam mais do que o artefacto, o alimento, o labor. Uma recolha de memórias, ladainhas, cantigas e ofícios, recuperando utensílios e articulando artisticamente com a comunidade a criação do espetáculo. A partir daqui, o Teatro de Balugas aborda de uma forma teatral e poética o ciclo do pão na aldeia, reconstruindo-o a partir de princípios diferentes não tradicionais e quase oníricos.
Esta produção do Teatro de Balugas resulta de uma residência artística de teatro comunitário que foi uma das premiadas pelo Programa de Apoio ao Associativismo da Fundação INATEL, tendo a peça arrecadado o prémio de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Barcelos em 2018, bem como os prémios de Melhor Cenário, Melhor Sonoplastia, Melhor Iluminação Cénica e Melhor Guarda-Roupa. Em 2019, a peça de teatro foi selecionada para apresentação no Festival Transfronteiriço de Teatro Amador PLATTA, em Espanha.
O CONTE resulta da parceria que junta a Federação Portuguesa de Teatro e a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso na organização do evento.
O espetáculo "Pão Nosso" do Teatro de Balugas é um dos finalistas selecionados a nível nacional para o CONTE - Concurso Nacional de Teatro, que é organizado pela Federação Portuguesa de Teatro em parceria com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
Nove companhias de todo o país sobem ao palco do Theatro Club da Póvoa de Lanhoso, apresentando-se o Teatro de Balugas no dia 28 de fevereiro, pelas 21h45. O certame conta com 12 prémios, sendo de destacar o Prémio Ruy de Carvalho (patrono do CONTE).
Esta produção do Teatro de Balugas, com texto de Cândido Sobreiro, resulta de uma residência artística de teatro comunitário que foi uma das premiadas pelo Programa de Apoio ao Associativismo da Fundação INATEL, tendo a peça arrecadado o prémio de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Barcelos em 2018, bem como os prémios de Melhor Cenário, Melhor Sonoplastia, Melhor Iluminação Cénica e Melhor Guarda-Roupa. Em 2019, a peça de teatro foi selecionada para apresentação no Festival Transfronteiriço de Teatro Amador PLATTA, em Espanha.
Assembleia Geral do CIAB - Tribunal Arbitral de Consumo decorreu a 13 de novembro
No passado dia 13 novembro, a Assembleia Geral do CIAB reuniu-se na Póvoa de Lanhoso para a aprovação do Plano Actividades de 2020. No mesmo dia e no mesmo local decorreu, igualmente, a reunião do Conselho Técnico – Financeiro do CIAB, órgão do qual a senhora Vereadora, Dr.ª Ana Genoveva Araújo, também faz parte e a que presidiu, destinando-se a abordar o Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2020.
Este órgão conta com a participação dos autarcas dos 19 municípios integrantes, assim como dos representantes da Direção-Geral da Política de Justiça e da Direção Geral do Consumidor, sendo de realçar o serviço de relevo que o CIAB presta na resolução de conflitos pela via da mediação ou de julgamento arbitral,
O CIAB tem:
- Facilidade de acesso (regras de compreensão simples para as partes e funcionamento amigável);
- Celeridade na resolução (o processo de reclamação é, por regra encerrado em menos de 90 dias);
- Segurança das decisões (o acordo ou a sentença arbitral têm o mesmo valor que se obtidos no Tribunal Judicial);
- Proximidade dos utentes (os utentes do CIAB podem aceder aos seus serviços nos locais de atendimento disponíveis pelo território abrangido);
- Funcionamento baseado na voluntariedade das partes (mas nos serviços públicos essenciais funciona um procedimento de arbitragem necessária);
- Gratuitidade (os serviços prestados pelo CIAB são gratuitos).
O Município de Terras de Bouro é associado do CIAB, dispondo de um serviço de apoio ao consumidor.