Carlos Braga é Associado número 574 da Associação Portuguesa de Poetas
Meu nome é Carlos Alberto da Silva Santos Braga, sou brasílico-português, com morada na cidade de Braga. Sou Oficial da Policia Militar do Estado de Minas Gerais no Brasil, com a patente de Major, já estou reformado.
Tenho especial admiração pelo Minho, suas cidades e os seus rios, especialmente o Rio Minho.
Escrevi sobre a minha família e a construção do Apelido no Brasil, especialmente na cidade de Bom Despacho, no Estado de Minas Gerais. Na história, falo do Rio Minho, e da me alegria de o conhecer desde a sua nascente, no Pedregal de Irimia, na Serra da Meira, até a sua foz em Caminha.
Em celebração do Dia Mundial da Poesia e do Dia Mundial da Árvore, que se celebra no dia 21 de Março, os alunos dos Cursos de Aprendizagem da ACIB deram vida à cidade de Barcelos com uma ação especial: “Semear Poesia pela Cidade de Barcelos”.
Com o objetivo de partilhar cultura e reflexão, cada aluno criou um marcador de livro personalizado, recheado de frases inspiradoras e nomes de poetas famosos, que foram distribuídos aos cidadãos de Barcelos. Assim, espalharam a beleza da poesia pelas ruas da cidade, levando um pouco de arte e conhecimento a todos os que os receberam.
Simultaneamente, no centro de formação, os alunos deram asas à criatividade, decorando o espaço com uma árvore simbólica e elaborando cartazes sobre a importância das florestas e o poder transformador da poesia. Poemas e frases inspiradoras foram pendurados, convidando todos a refletir sobre a importância da natureza e da literatura na nossa vida.
Com esta ação, os jovens da ACIB quiseram transmitir uma mensagem poderosa: a vida deve ser vivida com poesia, entusiasmo e alegria. Este evento reflete o compromisso da ACIB com a promoção da leitura e da cultura, ao mesmo tempo que combate a iliteracia e os baixos índices de leitura na nossa comunidade.
Mais do que uma simples atividade, esta iniciativa procurou aproximar os Barcelenses da poesia e das questões ambientais, reforçando a importância de cuidar do nosso planeta enquanto celebramos a arte e a literatura.
Sílvia Mota Lopes, natural de Braga, onde nasceu em 1970. Poeta, pintora, ilustradora, autora de literatura infantil e juvenil.
Editou: Alícia no Bosque (texto e ilustração), 2012; Ser dia e noite ser (texto), 2013; A magia de Auris (Ilustração), 2013; Chegaste primeiro (ilustração), 2014; É aqui que ela mora (texto), 2015; O cavalinho que queria saber a que cheira a primavera (ilustração), 2015; Pássaro de mil cores (autora do libreto da ópera infantil), 2016; Esboço (poesia), 2017; Aqui há gato (ilustração), 2017; Estrela Watato (ilustração), ano 2017; Quando somos nuvens (ilustração), 2018; Dar corda às palavras (texto), 2018.
Vamos celebrar os 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco a 21 de março, Dia Mundial da Poesia, com um evento muito especial!
O elenco conta com a voz de Filomena Mouta, Raquel Amorim, António Neiva e Porfírio Barbosa. O piano e flauta transversal estarão a cargo de Bruna Curva e a guitarra conta com a presença de Gonçalo Francisco.
João Verde, pseudónimo de José Rodrigues Vale, poeta maior das letras monçanenses, nasceu em 1866, no Largo da Palma, e faleceu em 1934, na “Casa do Arco”, Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita.
São da sua lavra estes versos:
“Vendo-os assim tão pertinho,
A Galiza mail'o o Minho
São como dois namorados
Que o rio traz separados
Quasi desde o nascimento.
Deixalos, pois, namorar
Já que os pais para casar
Lhes não dão consentimento.”
Na outra margem do rio Minho – da vizinha e irmã Galiza – replicou o poeta galego Amador Saavedra que respondeu nos seguintes termos:
"Os poetas vivem nos ventres das flores prenhas de perfume, / Nas avenidas sem fim da lua cheia, / Nos alicerces, profundos e profanos da dor, / Nas gotas esgotadas da fé, / No baloiço do carvalho velho, / onde se ouve rir as crianças que foram..." (Manoella de Calheiros).
A Casa do Povo de Fragoso continua a dinamizar actividades culturais.
Desta vez, no passado sábado, dia 15 de fevereiro, teve a honra de acolher a apresentação do livro "No Colo das Searas que ondulam", de Manoella de Calheiros, mulher poeta, amiga e vizinha.
A moderação foi conduzida de forma brilhante por Porfírio Silva e a apresentação da obra, realizada por Maria José Guerreiro, foi um autêntico convite à leitura.
A convite da autora, a apresentação foi enriquecida com um momento musical que contou com o sempre bem disposto duo Augusto Canário e Cândido Miranda.
Foi um momento muito especial, que proporcionou múltiplos sentimentos, nomeadamente uma grande emoção.
Agradecemos à autora a gentileza e simpatia. Continuamos a caminhar juntos.
A poesia é tão antiga como o homem. Em cada ser humano existe um poeta e não há nada na vida do homem que não escape aos sentimentos mais profundos da alma. O amor é, agora, o tema.
Pela transcendência do assunto, «pelo fácil e pelo difícil» que o envolve, se compreende a seguinte quadra:
Quem me dera dar-te um beijo, Um beijo não custa a dar; São duas bocas unidas, Quatro lábios a beijar.
Noutros tempos, o beijo era tão sagrado que logo havia desordem ou compromisso de casamento, quando observado pelos pais.
Hoje, está tão banalizado que deixou de ser expressão do que era, perdendo o significado sagrado que tinha em épocas mais distantes.
A simplicidade e a imagem a que o povo recorria para transmitir os seus sentimentos ou exaltar alegrias ou paixões, são de uma beleza encantadora
Quando os passarinhos choram Numa árvore tão pequena, Que fará meu coração Cheio de tanta pena?
Nas quadras que se vão seguir pode verificar-se o que diz a filosofia popular a propósito do amor, da traição, do belo e do feio. Aqui está um retrato excelente do amor na sabedoria popular: umas vezes, demasiado pessimista; outras, cheio de lições de moral.
Quadras de Amor
A água daquela serra Por copos de vidro desce; Nem a água mata a sede Nem o meu amor me esquece.
Abaixo da Serra d’Arga Onde fica minha aldeia, Na linda terra de Dem Onde o meu amor passeia.
A água do ribeirinho Sobe ao Céu deita pavor; Só há lágrimas na terra Por donde anda meu amor.
Abre-te, janela d’oiro, Tira-te tranca de vidro, Resolve o teu coração Que o meu está resolvido.
A água do Rio Lima Foge que desaparece; Nem a água apaga a sede Nem o meu amor me esquece.
Abre-te, janela d’oiro, Vira-te, tranca de vidro; Vem cá fora, meu amor, Que quero falar contigo.
Abaixa-te Alto do Tapado, Que eu quero ver Castanheira, Quero ver o meu amor Lá nos campos da Lapeira.
Abre-te, peito, e fala, Ó coração vem cá fora, Anda ver o teu amor Que chegou aqui agora.
Abaixa-te ó Serra d’Arga Abaixa-te um nadinha; Quero ver o meu amor No terreiro de Caminha.
A carta que te escrevi Já ta deitei na varanda; Só te peço, meu amor, Que faças o que ela manda.
Recolha levada a efeito na Serra d’Arga, nas freguesias de Arga de Cima, Arga de Baixo, Arga de São João e Dem por Artur Coutinho, transcritas na obra «Cancioneiro da Serra d’Arga».
A jovem poetisa de Arcos de Valdevez, Eleanor Bramble, apresenta o seu primeiro livro de poesia, The Girl In Black Lace, numa sessão de lançamento que terá lugar no dia 15 de fevereiro, pelas 16h00, na Biblioteca Municipal Tomaz de Figueiredo.
Publicada pela Contra Escrita - Edições, uma editora independente fundada pelo poeta, tradutor e editor Philipe Pharo, The Girl In Black Lace marca o início de uma nova jornada literária para Eleanor Bramble. A obra, escrita em língua inglesa, reflete uma poesia com um forte cunho pessoal, que surge das experiências e emoções da sua adolescência e se elabora entre a realidade e a ficção. A autora explora as contradições e os dilemas dessa fase da vida, com uma escrita poética prosada, criando uma atmosfera única de delicadeza e intensidade. Através de versos subtis, Bramble expressa o desejo de afirmação, o confronto com o mundo e a busca pela liberdade e identidade, num tom de reflexão intimamente feminino.
A publicação do livro integra a coleção Poetas Livres, da Contra Escrita, que se dedica a divulgar obras de autoras e autores contemporâneos, com um foco particular na poesia feminina. Este lançamento segue a linha editorial da editora, que se tem destacado pela publicação de títulos de grande relevância literária, incluindo obras clássicas de autores como Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Voltaire, Frederick Douglass, Fiódor Dostoiévski e Charlotte Perkins Gilman, entre outros, bem como obras originais de autores contemporâneos.
A sessão de lançamento contará com a presença da autora, que partilhará o seu processo criativo e as inspirações por detrás do livro. The Girl In Black Lace está disponível nas livrarias desde 16 de novembro de 2024, podendo ser adquirida nas principais livrarias físicas e online.
A partir de amanhã, 1 de fevereiro, até 28 de fevereiro decorre em Celorico de Basto o 2º Concurso Literário de Poesia de Celorico de Basto. Um concurso que pretende incentivar ao gosto pela leitura e pela escrita poética, um género literário exigente, que leva o autor a despertar para a criatividade, com uma linguagem musical e figurada única.
Este concurso literário abrange todo o território nacional e é direcionado a adultos, a partir dos 18 anos. Como incentivo à participação no concurso, o Município de Celorico de Basto premeia os três melhores trabalhos apresentados, com o 1º prémio no valor de 750€, o 2º prémio no valor de 350€, e o 3º prémio no valor de 250€.
Este concurso mostra-se como um despertar para a leitura, “para termos sociedades mais evoluídas temos que fomentar o espírito critico e a criatividade, e nesse aspeto a leitura tem um papel decisivo e, é por isso que articulamos todos os esforços para motivar a comunidade a ler, a escrever, a saber”, assegura José Peixoto Lima, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto. Esta segunda edição pretende chegar a um público mais vasto, “mas pretende, acima de tudo, projetar grandes talentos da escrita poética, talentos que possam ganhar, a partir deste prémio, o incentivo para continuarem a escrever ou para se dedicarem mais à escrita”.
A participação exige a leitura das normas inerentes ao concurso disponíveis na página oficial do Município em www.mun-celoricodebasto.pt.
Os resultados serão divulgados durante a Festa do Livro que terá lugar em Celorico de Basto, de 31 de março a 6 de abril.
António Manuel Couto Viana nasceu em Viana do Castelo a 24 de Janeiro de 1923, filho de um ilustre minhoto e de uma asturiana, e faleceu em Lisboa a 8 de Junho de 2010. Poeta, dramaturgo, contista, ensaísta, memorialista, tradutor, gastrólogo e autor de livros para crianças, foi também empresário teatral, director artístico, encenador e ator.
Com vasta obra publicada nas mais variadas vertentes literárias, António Manuel Couto Viana foi um dos maiores poetas do nosso tempo. Ensaísta, poeta, dramaturgo, tradutor e encenador, O livro de poemas O Avestruz Lírico, publicado em 1948, marca o início da sua carreira literária.
Ao longo da sua vasta carreira literária e artística, publicou mais de uma centena de livros, muitos dos quais traduzidos para inglês, francês, castelhano e mandarim, vulgo chinês. Encenou e dirigiu companhias de Ópera do Teatro Nacional de São Carlos, do Círculo Portuense de Ópera e da Companhia Portuguesa de Ópera. A sua paixão pelo teatro começa desde muito novo, quando recebeu por herança o Teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, mantendo-se sempre durante toda a vida ligado a companhias de teatro para a infância.
António Manuel Couto Viana à conversa com o Engº Manuel de Sá Coutinho (Aurora) e Carlos Gomes (Administrador do BLOGUE DO MINHO).
Da sua obra literária salientamos:
O Avestruz Lírico(1948)
No Sossego da Hora(1949)
O Caminho É por Aqui(1949)
Era uma Vez... Um Dragão(1950)
O Coração e a Espada(1951)
Em Louvor do Teatro Infantil(1951)
Auto das Três Costureiras(1952)
A Face Nua(1954)
O Fidalgo Aprendiz(1955)
A Tentação do Reino(1956)
O Acto e o Destino(1957)
Um Espinho da Flor(1959)
Mancha Solar(1959)
O Milagre de Ourique(1959)
A Rosa Sibilina(1960)
Do Cimo desse Telhado(1962)
Relatório Secreto(1963)
Poesia (1948/1963)(1965)
O Teatro ao Serviço da Criança(1967)
Desesperadamente Vigilante(1968)
Antígona, Ajax e Rei Édipo(1970)
O Avarento(1971)
O Senhor de Pourceaugnac(1971)
Pátria Exausta(1971)
Em Redor da Mesa(1972)
10 Poesias de Agustin de Foxá(1973)
Raiz da Lágrima(1973)
O Almada Que Eu Conheci(1974)
2 "Modernistas" do Alto Minho(1976)
709 Poesias de Reclamo à Casa Brasileira(1977)
Coração Arquivista(1977)
Nado Nada(1977)
Voo Doméstico(1978)
João de Deus e um Século de Literatura Infantil em Portugal(1978)
As Pedras do Céu(1979)
Júlio de Lemos, num Retrato Breve e Leve(1979)
Retábulo para Um Íntimo Natal(1980)
As (E)vocações Literárias(1980)
Morte e Glória de Narciso no Poeta Alfredo Pimenta(1982)
Frei Luís de Sousa à Luz de Novas Luzes(1982)
Ponto de Não Regresso(1982)
Para um Encontro com o Poeta Alfredo Pimenta(1983)
Versos de Cacaracá(1984)
Uma Vez uma Voz: Poesia Completa - 1948-1983(1985)
as antologias “Tesouros da Poesia Popular Portuguesa”(1984)
Postais de Viana(1986)
O Senhor de Si(1991)
Café de Subúrbio(1991)
Colegial de Letras e Lembranças(1994)
A Gastronomia no Teatro e na Poesia Portuguesa(1994)
No próximo dia 15 de janeiro, a escritora vianense Manoella de Calheiros apresenta na Casa do Povo de Fragoso, em Barcelos, o seu livro de poesia “No Colo das Searas que Ondulam”.
A apresentação está a cargo da Dra Maria José Guerreiro e contará com momentos musicais e um Porto de honra.
Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo fazendo a apresentação do seu livro, em Lisboa, em 1987. À direita, na foto, o sr. Dias de Carvalho, de Vitorino das Donas.
Apesar de contar com vasta obra literária publicada em livro e bastante colaboração dispersa por diversos órgãos da imprensa regional, a poetisa limiana Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo permanece ignorada da maior parte dos seus conterrâneos.
Durante vários anos manteve no jornal “O Povo do Lima” a secção “Página Feminina” na qual publicou muitos dos seus poemas, além de outros comentários e artigos sobre os mais variados temas.
Em 1971, publicou os seus primeiros livros de poemas – “Coração que sofre!...” e “Retalhos de Poesia”. Seguiram-se “Apologia de S. Julião de Freixo e Suas damas de Honor”, “Reminiscências do Passado”, “Faúlhas do 25 de Abril”, “Poesias Dispersas”, “Poesias Completas para os meus 13 filhos”, “O Fim da Hospedagem”, “No Crepúsculo”, “Poesias para os meus 30 Netos” e “Galiza – Universidade do seu povo”.
Publicou em prosa “Histórias da Avozinha para os Netos”, “Conversa íntima com os jovens – Noivas e Casadas”, “Monografia de S. Julião de Freixo e Estudo Sucinto de Anais”, “Cartas… Sem Resposta” e “Monografia de S. Eulália de Rio Covo – Barcelos”. Em prosa e verso, “Venha Comigo ao Rio de Janeiro”. E, ainda, em teatro, de parceria com o escritor Afonso do Paço, “O Rosto da Imaginação – Comédia em 3 actos”, “A Gaivota – Comédia infantil em 2 actos” e “Fantasmagorias – Tragi-comédia”.
Em parceria com Afonso do Paço publicou também, em poesia, “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”, cuja capa junto reproduzimos.
A poetisa Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo nasceu em S. Julião de Freixo e era professora de Instrução Primária. Entre as entidades a que se encontrava associada, destacamos a Sociedade de Geografia e a Associação Portuguesa de Escritores, Associação de Jornalistas e Homens de Letras, o Centro de Estudos Regionais e o Centro de Estudos Sociais e Etnográficos de Viana do Castelo. Era ainda Sóocia Honorária do Liceu Literário Português e do Real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro.
Transcrevemos alguns versos do seu poema “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”.
Foi numa cerimónia comemorativa que o Município de Celorico de Basto celebrou os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões. A cerimónia decorreu esta sexta, no Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa e contou com a presença da escritora Isabel Rio Novo e o escritor Carlos Maria Bobone, autores de biografias do poeta e que destacaram a sua importância na cultura lusitana.
Pedro Lamares foi o ator convidado para a dizer poesia, um momento que deixou a plateia rendida, à semelhança das interpretações do coro da Academia de Música de Basto, que se inspirou na poesia de Camões para criar músicas originais.
Toda a cerimónia foi idealizada pelo patrono da Cultura do Município de Celorico de Basto, Afonso Valente Batista, a quem o Presidente da Câmara Municipal tece os mais rasgados elogios pela forma como vive a cultura e a transmite. “Estou muito orgulhoso do trabalho que o Afonso tem vindo a desenvolver em prol da cultura local, esta iniciativa é o expoente dessa entrega e dedicação. Celebrar Camões é enaltecer a nossa língua, a nossa história, a nossa poesia, a nossa cultura. O poeta é uma inspiração, uma referência e cabe a cada um de nós, dar continuidade ao Portugal por ele sonhado, e hoje tão bem retratado pelos nossos ilustres convidados”. Disse José Peixoto Lima que “hoje ficamos mais ricos pelo conhecimento que nos foi transmitido e orgulhosos das nossas gentes que tão bem cantaram e disseram poesia, um caminho que estamos a trilhar na arte, na cultura, na poesia”.
Durante cerca de duas horas foi apresentada a vida e obra de Camões, um momento que Afonso Valente Batista destaca como “inspirador”. “Estou satisfeito com o resultado desta iniciativa, a cultura tem que ser trabalhada sempre, continuamente, para que as gentes ganhem hábitos e se “alimentem” da mesma. Tivemos um painel riquíssimo, com oradores conceituados com um vasto conhecimento sobre a vida e a obra de Camões. Tivemos ainda Pedro Lamares que nos brindou com poemas ditos de forma cativante. Interpretação também excelente dos alunos do concurso “Leituras no Douro, Tâmega e Sousa” e do ator local que demonstraram a riqueza deste concelho na cultura”.
Foram ainda apresentados trabalhos inspirados no poeta e na sua obra da autoria dos alunos do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto.
Uma cerimónia que encheu o Centro Cultural e mostrou que a cultura está bem viva em Celorico de Basto.
Esta iniciativa contou ainda com a presenta do Diretor da Cultura do Norte e vice-Presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado, que enalteceu o evento e afirmou que a “o centro Cultural está onde nós quisermos fazer, Celorico hoje, ao fazer este encontro, esta conferencia, mudou, de algum modo, uma centralidade habitual da cultura, temos que desvirtuar que só pode haver qualidade e oferta artística nos grandes centros urbanos. O município dá passos, sinais de querer aqui um polo cultural confinando dois mundos que dificilmente costumam resultar, o mundo da erudição, da academia, da ciência, da investigação, com o mundo da aprendizagem e da atividade artística comunitária. Jorge Sobrado acrescenta que celebrar Camões é celebrar “o alfabeto das nossas emoções, e encontramos em Camões o nosso contemporâneo, no seu carácter contraditório, paradoxal, humano, demasiado humano, cheio de contradições, de peripécias…” O Diretor da Cultura do Norte acrescentou que “não era possível imaginar os Camões sem uma biblioteca, a cultura é transformadora de um território. É um prazer testemunhar esta aposta de Celorico, na CCDR-N estamos especialmente atentos e a preparar também instrumentos de apoio aquilo que são equipamentos e serviços culturais de base do território, não apenas para as infraestruturas, equipamentos, digitalização mas também para aquilo que se chama hoje a mediação cultural dos serviços educativos. Assim, testemunhando este momento, deixo uma palavra de estimulo, e que estamos a acompanhar esta aposta, sabendo que a cultura é o agente mais transformador de um território”.