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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VIANA DO CASTELO: NA COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DO ELEVADOR DE SANTA LUZIA AUTARCA VIANENSE QUER CRIAR REDE DE CIDADES COM ELEVADORES E FUNICULARES

No dia em que o Elevador de Santa Luzia completou 100 anos de existência, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo lançou um desafio para que seja criada uma Rede de Cidades com Elevadores e Funiculares que possa trabalhar “de forma conjunta para a promoção destes ícones”.

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Luís Nobre, que falava na Sessão Solene comemorativa do Centenário do Elevador de Santa Luzia, defendeu um trabalho conjunto para que os poucos elevadores e funiculares (ainda em funcionamento) existentes a nível nacional possam aumentar e melhorar a sua divulgação.

Na cerimónia, o autarca referiu que o Elevador de Santa Luzia “é um ícone da nossa cidade” que está ligado a um outro ícone que é o Santuário Diocesano do Sagrado Coração de Jesus.

Depois de 10 meses parado devido a problemas técnicos e após um investimento municipal de mais de 400 mil euros para remodelação e modernização da infraestrutura, o responsável considerou que “valeu a pena pelo significado que é celebrar o centenário de um equipamento desta importância e amplitude”. “Este é um momento de felicidade para todos”, declarou.

Nos últimos 15 anos, entre 2007 e 2022, o Elevador transportou mais de 1,6 milhões de passageiros, permitindo visitar o santuário, “observar a frente atlântica e o património edificado, numa experiência única”, frisou ainda Luís Nobre. A utilização do elevador evitou ainda que cerca de cem viaturas subissem, todos os dias, o monte de Santa Luzia.

A 2 de junho de 1923 foi inaugurado o Elevador de Santa Luzia. Vencendo um desnível de 160 metros, em seis a sete minutos, a viagem no Elevador de Santa Luzia é a mais longa de todos os funiculares do país, com os seus 680 metros, tendo mais do dobro da distância do que se lhe segue. A lotação é de 24 passageiros, onze sentados e treze em pé, e, reduzindo estes, podem ser transportadas pessoas em cadeiras de rodas, carros de bebés e duas bicicletas.

O Elevador de Santa Luzia foi construído "sob orientação do engenheiro portuense Bernardo Pinto Abrunhosa que, em setembro de 1921, solicitou à Comissão Executiva que se atestasse da importância, valor e influência do desenvolvimento da estância de Santa Luzia para o progresso da cidade e região”.

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CABECEIRAS DE BASTO: ARCO DE BAÚLHE EXALTOU INSCRIÇÃO DA ROMARIA DA SENHORA DOS REMÉDIOS NO INVENTÁRIO NACIONAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL

No passado sábado, 20 de maio, a vila do Arco de Baúlhe festejou a inscrição da Romaria de Nossa Senhora dos Remédios no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, a primeira manifestação religiosa do concelho a integrar o inventário nacional.

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Para assinalar a conclusão do processo de candidatura encetado pela Associação dos Festeiros do Arco, que obteve o parecer favorável da Direção Geral do Património Cultural (DGPC), a AFA e a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto delinearam um programa festivo que integrou uma sessão solene no auditório da Casa do Povo do Arco de Baúlhe, missa solene na Capela de Nossa Senhora dos Remédios, um jantar-convívio para a comunidade e animação musical com a Banda Sabor, o artista Daniel Fernandes e ainda DJ´s na rua do Arco de Baúlhe.

Para além do presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, participaram na sessão solene o presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Barreto; o Cónego José Paulo Abreu, em representação da Arquidiocese de Braga; Paulo Maximino, em representação da Direção Geral do Património Cultural; João Silva, em representação da Direção Regional da Cultura do Norte; o presidente da Junta de Freguesia do Arco de Baúlhe e Vila Nune, Carlos Teixeira; o padre Rui Araújo desta Paróquia de S. Martinho do Arco de Baúlhe; o presidente da Associação dos Festeiros do Arco, Tiago Teixeira; bem como Eduardo Pires de Oliveira, Cristina Azevedo, Rui Ferreira e a artista Cláudia Pascoal.

Vereadores, membros da Assembleia Municipal, presidentes de Juntas de Freguesia e demais autarcas, entre outras entidades civis e militares do concelho e população em geral associaram-se também ao evento.

Na oportunidade, todos os oradores convidados a intervir na cerimónia foram unânimes em enaltecer a Romaria da Senhora dos Remédios e as suas especificidades, bem como todas entidades e pessoas envolvidas na organização da grandiosa romaria do Arco de Baúlhe que acontece em setembro.

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“ROMÂNICO ALIVE” PASSA POR FAMALICÃO ESTE SÁBADO

Igreja de Santiago de Antas acolhe espetáculo que incorpora cinco performances no dia 20 de maio

A Igreja de Santiago de Antas vai ser palco do ‘Românico Alive’, projeto de animação no contexto da Rota do Românico no Vale do Ave, que abrange um espetáculo contendo cinco performances ligadas ao teatro, música, dança e movimento. O mesmo terá lugar no adro deste património famalicense já no próximo sábado, 20 de maio, pelas 21h, com entrada livre.

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O ‘Românico Alive’ arranca com ‘Confessionário Hagiográfico’, um momento teatral com encenação de Miguel de Ribas, seguindo-se ‘Gárgulas’, um conceito performativo coreografado por Joana Ji Antunes, e logo a seguir, ‘Amor Faz a Mim Amar Tal Senhor’, um trabalho de dança pela mesma coreógrafa. O espetáculo prossegue com a atuação do grupo musical, Art’Brass Quintet, terminando com ‘Comédias D’Ambão’, também com encenação de Miguel de Riba.

Toda esta dinâmica artística decorre no exterior, em redor da Igreja de Santiago de Antas.

Refira-se que este espetáculo está a percorrer seis municípios da região do Vale do Ave levando dinâmicas de criação artística que promovem o encontro de linguagens estéticas diferentes, e fazem dialogar o passado e o presente, o tradicional e o clássico, com o contemporâneo.

Promovido pela Comunidade Intermunicipal do Ave (CIM Ave), e cofinanciado pelo NORTE 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ‘Românico Alive’ arrancou no passado dia 7 de maio, na Igreja de São Romão de Arões, em Fafe, tendo já passado pela Póvoa de Lanhoso (Igreja Românica Fonte Arcada), a 12 de maio, e Mondim de Basto (Ponte de Vilar de Viando), a 14 de maio.

Para além de Vila Nova de Famalicão, esta semana o projeto também vai passar pela Igreja Românica de Serzedelo, em Guimarães, no dia 19 de maio, e pela Ponte Romana de Vizela, no domingo 21 de maio.

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PÓVOA DE LANHOSO: ARTE DA FILIGRANA JÁ ESTÁ INSCRITA NO INVENTÁRIO NACIONAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL

Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso já está formalmente inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

A Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso vive momentos de grande alegria e orgulho. Após a notícia recente de que em breve o despacho da DGPC (Direção Geral do Património Cultural) seria vertido em Diário da República, é com grande orgulho que se vê concretizar-se esta premissa.

No anúncio n.º 97/2023, datado de hoje, pode ler-se que (…) foi decidido inscrever a manifestação «Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial” e que se destaca “a relevância desta prática enquanto reflexo da identidade da comunidade no presente, a sua importância histórica no desenvolvimento cultural e económico do território em que se insere, bem como os processos sociais e culturais relacionados com as dinâmicas de transmissibilidade ao longo de gerações de artesãos filigraneiros na Póvoa de Lanhoso”.

A inscrição da Arte da Filigrana no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial é um reconhecimento que se almeja há muito, sendo mais do que legítimo pois a filigrana é uma nobre tradição que afirma a memória e a identidade povoense, que se quer manter viva e perpetuar.

Parabéns à Póvoa de Lanhoso e a todos os seus artesãos filigraneiros.

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QUAL A MAIOR “OBRA-PRIMA DE PORTUGAL” AOS OLHOS DOS PORTUGUESES?

Nova campanha da Xiaomi: “A Obra-prima de Portugal” pretende descobrir qual a maior obra prima do país aos olhos dos portugueses

Pesca Tradicional/Arte Xávega, Olaria, Galo de Barcelos, Douro Vinhateiro e Serra da Freita no roteiro das obras-primas de Portugal

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Foto: João Bernardino

Os fotógrafos João Amorim e João Bernardino são os responsáveis por registar a beleza ímpar e a cultura de várias regiões portuguesas.

A Pesca Tradicional/Arte Xávega, a Olaria, o Galo de Barcelos, o Douro Vinhateiro e a Serra da Freita estão entre os candidatos para ‘A Obra-Prima de Portugal’ – a mais recente campanha da Xiaomi que envolve uma viagem de norte a sul do país, com passagem pelos Açores e Madeira. Através das lentes do Xiaomi 13 Pro, desenvolvidas em parceria com a Leica, o fotógrafo João Bernardino e o viajante João Amorim comprometem-se a explorar os cantos e recantos de Portugal e a fotografar as obras-primas de cada região.

Sobre o Norte, João Bernardino conta que “a Serra da Freita é um dos meus lugares de eleição em Portugal. Sem dúvida uma obra prima! Digo que é o meu quintal e sinto-a como tal. A poderosa Frecha da Mizarela não deixa ninguém indiferente”.

Com esta viagem pretendemos descobrir, captar e imortalizar algumas das maiores maravilhas do nosso país e, porventura, encontrar aquela que será a mais icónica obra-prima que temos em território nacional. É uma iniciativa onde vamos recorrer à obra-prima da Xiaomi, o Xiaomi 13 Pro, para descobrir a maior obra-prima portuguesa. Vamos mostrar que a tecnologia pode e deve andar de braço dado com a descoberta e captação da riqueza cultural e paisagística do mundo”, afirma Tiago Flores, Country Diretor da Xiaomi em Portugal.

‘A Obra-Prima de Portugal’ visa promover as mais fantásticas paisagens e obras-mestras em território nacional, não presa a um específico género, a campanha contará com referências naturais, culturais, históricas, arquitetónicas e gastronómicas. As escolhas de cada obra-prima recaem sob os protagonistas da campanha cujas visões e estilos diferentes produzem registos e linguagens visuais distintas e únicas.

O itinerário, que tem um grande foco no contacto próximo com a cultura, as pessoas e as paisagens do nosso país, começa em Matosinhos e termina na Madeira. No decorrer do percurso há paragens em vários pontos de elevado interesse, tais como: Barcelos, Douro Vinhateiro, Serra da Freita, Aldeia Histórica do Piódão, Serra da Estrela, Castelo de Vide e Marvão, Costa Vicentina, Faial e São Jorge. Também a arte da Azulejaria Portuguesa e a Arte Xávega são alvo de especial atenção fotográfica, bem como o património imaterial que é o Cante Alentejano.

A campanha está a decorrer, nas redes sociais da marca, e conta com vídeos diários e fotografias das obras-primas de Portugal, escolhidas e registadas pelos dois protagonistas. No final da viagem, na página oficial do Facebook da Xiaomi Portugal, irá decorrer uma votação para se apurar a obra-prima vencedora aos olhos dos portugueses. As votações vão ocorrer entre os dias 15 e 20 de maio, com o resultado a ser conhecido no dia 22 de maio, na mesma página, onde será revelada ‘A Obra-prima de Portugal’.

Lista das obras primas | Galerias de Imagens

Pesca Tradicional/Arte Xávega

Olaria

Galo de Barcelos

Douro Vinhateiro

Serra da Freita

Piódão

Serra da Estrela

Judiaria

Cante Alentejano

Salinas

Trilho dos Pescadores

Vulcão dos Capelinhos

Parque Natural do Faial

Queijo da Ilha/Queijo de São Jorge

Fajãs Açores

Cerâmica/Azulejaria

Ponta de São Lourenço

Fanal da Madeira

Vinho da Madeira

Sobre a Xiaomi Corporation

A Xiaomi Corporation foi fundada em abril de 2010 e cotada na Bolsa de Hong Kong a 9 de julho de 2018 (1810.HK). A Xiaomi é uma empresa de eletrónica de consumo e de fabrico inteligente com smartphones e hardware ligados através de uma plataforma IoT no seu núcleo.

Abraçando a nossa visão de "Ser amiga dos utilizadores e a empresa mais cool nos seus corações", a Xiaomi persegue continuamente a inovação, uma experiência de utilizador de alta qualidade e eficiência operacional. A empresa constrói incessantemente produtos incríveis com preços honestos, para permitir que todas as pessoas no mundo possam desfrutar de uma vida melhor através de tecnologia inovadora.

A Xiaomi é uma das empresas líderes mundiais em smartphones. De acordo com a Canalys, a quota de mercado da empresa em termos de envios de smartphones ficou no 3.º lugar a nível global em 2022. Em dezembro de 2022, existiam aproximadamente 585 milhões de utilizadores mensais ativos da MIUI a nível mundial. A empresa também estabeleceu a plataforma líder mundial de consumo AIoT (AI+IoT), com 589 milhões de dispositivos inteligentes ligados a 31 de dezembro de 2022, excluindo smartphones, tablets e computadores portáteis. Os produtos Xiaomi estão presentes em mais de 100 países e regiões em todo o mundo. Em agosto de 2022, a empresa foi incluída na lista Fortune Global 500 pela quarta vez, classificando-se no 266.º lugar, subindo 72 posições face a 2021.

A Xiaomi é uma constituinte do Índice Hang Seng, Índice Hang Seng China Enterprises, Índice Hang Seng TECH e Índice Hang Seng China 50.

Para mais informações sobre Xiaomi como empresa, por favor aceda a https://www.mi.com/global/discover/newsroom

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Foto: João Amorim

VIANA DO CASTELO: MUSEU DE ARTES DECORATIVAS CELEBRA DIA NACIONAL DO AZULEJO ESTE SÁBADO

Este sábado, dia 6 de maio, o Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo associa-se ao Dia Nacional do Azulejo que, desde 2017, é comemorado, em Portugal.

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A proposta, enquadrada no conceito de Museu Acessível, prevê uma visita orientada, ao público escolar que, esta sexta-feira, percorrerá um Roteiro do Azulejo na Cidade, entre as 10h00 e as 14h00, com ponto de encontro no Museu. Para cada um dos pontos de visita, realizou-se um videograma, em formato QR code, que permanecerá junto do painel azulejar, podendo ser descarregado por todos os públicos interessados.

No dia 6 de maio, o Museu de Artes Decorativas promove o workshop “Faz o teu azulejo”, encontrando-se aberto a todos os visitantes, no âmbito do importante património azulejar, que dispõe nas suas coleções. O workshop conta com orientação de Sara Jácome e Nuno Tanha, para o público em geral, com inscrições para mad@cm-viana-castelo.pt .

Vídeo sobre os azulejos na cidade: https://youtu.be/OSKz9XLOr8A .

Refira-se que a Câmara Municipal de Viana do Castelo tem disponível o Roteiro do Azulejo, onde se propõe ao leitor em geral, e ao turista em particular, uma viagem de três percursos no espaço urbano de Viana do Castelo, ao encontro do Azulejo, num horizonte temporal de meio milénio.

Azulejos ornamental-alegóricos, utilitários e pedagógicos, em revestimentos de fachadas e formando silhares ou “tapetes” em espaços interiores. São azulejos dos séculos XVI, XVII e XVIII, de padronagens, de “figura avulsa” e em composições historiadas do Maneirismo e do “Ciclo dos Mestres” (Primeiro Barroco), “Grande Produção Joanina” e Rococó; padrões de “alto e meio-relevo”, de “estampilha” com pintura manual e de estampagem mecânica; azulejos retangulares “biselados”; frisos e painéis revivalistas e modernistas; composições de novas técnicas e estéticas no dealbar do século XXI.

Os percursos P1 e P2 concernem ao Centro Histórico de Viana do Castelo, atualmente delimitado pelo caminho de ferro e a beira-rio até à foz do Lima: áreas nucleares das freguesias de Santa Maria Maior e Monserrate. O percurso P3 corresponde à área envolvente do Centro Histórico, pelo Poente, Norte e Nascente.

Recorde-se que as coleções do Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo são constituídas por faianças portuguesas dos séculos XVII ("Louça Azul"), XVIII e XIX, faianças da Fábrica de Louça de Viana (1774-1855), azulejos, mobiliário indo-português, mobiliário dos séculos XVII e XVIII e desenhos e pinturas de artistas portugueses (séculos XVIII e XIX).

Instalado desde 1923 num edifício do século XVIII, o Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo tem uma excecional coleção de artes decorativas, doadas pelo estudioso Luís Augusto Oliveira, que inclui contadores Indo-portugueses e mobiliário de D. João V e D. José I. Uma parte importante do acervo do Museu é composta por coleções de faiança, nomeadamente da Fábrica de Loiça de Viana, sendo detentor de uma das mais importantes coleções do país.

Merecedoras de destaque são também as salas com os alizares de azulejos, representando os quatro continentes, as cenas de caça e da vida palaciana. O Museu possui ainda algumas pinturas sobre madeira dos séculos XVI a XX; uma secção lapidar com mais de três dezenas de peças, onde se destaca o núcleo de heráldica classificado como Pedras de Armas e um valioso espólio numismático.

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“ARTE DA FILIGRANA DA PÓVOA DE LANHOSO” CLASSIFICADA COMO PATRIMÓNIO CULTURAL

“A DGPC inscreveu a «Arte da Filigrana da Póvoa de Lanhoso» no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, conforme Despacho da Subdiretora-Geral do Património Cultural de 21 de abril de 2023, que será publicado em breve em Diário da República. Com esta inscrição, a DGPC reconhece que a arte da filigrana se mantém ativa na Póvoa de Lanhoso, e que apresenta grande relevância na reprodução da memória e identidade da comunidade em que se insere”, justifica a DGPC, em comunicado.

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Segundo a Direção Geral do Património Cultural, “a filigrana, técnica de ourivesaria que assenta no trabalho artesanal, utiliza fios de metais preciosos finíssimos, torcidos dois a dois e achatados, que preenchem uma armação previamente definida”.

“Transmitida por tradição dentro do seio familiar, esta arte é hoje também trabalhada em contexto de formação nas próprias oficinas. Nestas, são produzidas joias que abastecem sobretudo a região minhota, mas também outras áreas do país e até mercados internacionais”, sublinha a Direção-Geral do Património Cultural.

A técnica da filigrana no concelho de Póvoa de Lanhoso regista uma atividade muito significativa desde o século XIX, apesar da presença de ourives no seu território se encontrar documentada a partir do século XVIII.

“Atualmente, a Póvoa de Lanhoso afirma-se como um dos dois grandes núcleos filigraneiros do país, a par de Gondomar, existindo, no presente, 11 oficinas ativas, concentradas maioritariamente nas freguesias de Travassos e Sobradelo da Goma”, conta a DGPC.

O pedido de registo foi submetido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e resulta de um processo de investigação no terreno conduzido pela Associação Portugal à Mão, efetuada entre outubro de 2020 e setembro de 2022, em estreita colaboração com os principais detentores das práticas relacionadas, os artesãos filigraneiros da Póvoa de Lanhoso.

“O público pode, a partir de agora, ter acesso na plataforma www.matrizpci.dgpc.pt à documentação que caracteriza esta manifestação do património cultural imaterial nacional, cuja continuidade se deseja salvaguardar”, assegura a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

Fonte: Diário do Minho / Fotografia: DR

FAMALICÃO: PRÉMIO JANUÁRIO GODINHO COM CANDIDATURAS ABERTAS ATÉ 12 DE JUNHO

Quarta edição do prémio de arquitetura promovido pela autarquia.

Estão abertas as candidaturas para a quarta edição do Prémio Januário Godinho, promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão com o objetivo de promover a salvaguarda e valorização do património edificado.

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Os interessados têm até ao dia 12 de junho para submeter a candidatura. Podem participar todas as entidades privadas que tenham promovido intervenções de reabilitação em 2021 e 2022 em qualquer edifício localizado nas áreas de reabilitação urbana do concelho ou, no caso das restantes áreas do território famalicense, em edifícios com idade igual ou superior a 30 anos.

O prémio é de frequência bienal e tem um valor pecuniário de 7 mil euros – 2 mil para o promotor da obra e 5 mil para a equipa projetista. O regulamento e a ficha de inscrição encontram-se disponíveis para consulta e download em www.famalicao.pt/premio-januario-godinho.

Recorde-se que o Prémio Januário Godinho foi criado em 2017 com o objetivo de promover a salvaguarda e valorização do património edificado, assim como promover a divulgação do trabalho desenvolvido por projetistas, construtores e promotores.

A reabilitação do Palácio da Igreja Velha, em Vermoim, foi a obra vencedora da primeira edição do prémio. O projeto de arquitetura foi da responsabilidade do gabinete VISIOARQ arquitetura, tendo como co-autores os arquitetos Vicente Gouveia, Nuno Poiarez, Pedro Afonso. A promoção da obra ficou a cargo da empresa Vetor Predileto Unipessoal. A reabilitação da “Casa Serafim e Esperança Oliveira”, no centro de Vila Nova de Famalicão, venceu a segunda edição da iniciativa. O projeto de arquitetura foi da responsabilidade do Atelier 15 Arquitetura, Lda. Os co-autores do projeto foram os arquitetos Sérgio Fernandez e Alexandre Alves Costa. A obra foi executada por Construções Silvério & Filho e promovida por Vítor Serafim Pereira Oliveira. A reabilitação e ampliação da moradia Quinta de São Tiago foi a obra vencedora da terceira edição. O projeto de arquitetura da obra foi da responsabilidade do gabinete NOARQ, NO Arquitetos Lda., tendo como autor o arquiteto José Carlos Nunes Oliveira. A promoção da obra ficou a cargo da empresa MT & Costa Sociedade Imobiliária, Lda. e a construção a cargo da empresa Henrique Cunha, Lda.

Recorde-se que Januário Godinho, figura incontornável da arquitetura moderna portuguesa, nasceu a 16 de agosto de 1910 no concelho de Ovar. Arquiteto eminentemente moderno, demarca-se dos seus pares, pela importância que prestou à tradição, ao contexto e ao património edificado, em toda a sua obra. A vasta obra que Januário Godinho deixou no nosso território e a sua sensibilidade no equilíbrio entre novo e tradição, constituem ensinamentos que merecem ser difundidos e homenageados através deste Prémio.

Da obra deixada em Vila Nova de Famalicão por Januário Godinho destaca-se o edifício dos Paços do Concelho e o antigo Tribunal; na freguesia de Antas o edifício para o Banco Português do Atlântico (1953); na freguesia de Brufe a casa Afonso Barbosa (1940-42); na freguesia do Louro várias construções na Quinta de Seara, propriedade do banqueiro Artur Cupertino de Miranda, o mercado, a igreja, a Casa do Povo, o centro paroquial e o cemitério. Na freguesia de Requião, cujo promotor foi o industrial Manuel Gonçalves, destaca-se o projeto da Casa Manuel Gonçalves, a Quinta de Compostela e a Têxteis Manuel Gonçalves.

BRAGA PROMOVE PERCURSO PELA ARTE E PATRIMÓNIO

Iniciativa realiza-se dia 25 de Abril, pelas 21h30

“De lanterna na mão” é o percurso nocturno para descobrir no próximo AR.PA.

“De lanterna na mão”, olhos bem abertos e ouvidos à escuta. Assim, será o próximo AR.PA.— Percursos pela Arte e Património de Braga, uma iniciativa promovida pelo Município de Braga, com direcção artística de ‘A casa Ao Lado’, que está a levar os participantes a descobrirem a cidade e a explorarem as paisagens de forma artística.

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O próximo percurso será nocturno e realiza-se na noite de 25 de Abril, Terça-feira, a partir das 21h30. O itinerário irá percorrer o jardim de Santa Bárbara até à fachada do Paço Medieval de Braga, para o estudo das sombras e formas que culmina numa oficina de teatro de sombras recriado a partir da iluminação do património visitado.

O ponto de encontro será na fonte do Dragão, localizada em frente ao Jardim de Santa Bárbara e a oficina irá decorrer na Praça – Mercado Municipal de Braga. No total serão 120 minutos repletos de educação pela arte, sendo que a inscrição é válida apenas com a participação nas duas vertentes da actividade (percurso + oficina artística). A entrada é livre.

As inscrições podem ser feitas através do link do www.eventbrite.pt. Mais informações estão disponíveis através do mail atlas.mediacaocultural@cm-braga.pt.

Neste programa, destinado a famílias, os dinamizadores contam com apoio de áudio guias para o percurso e artistas especializados para a oficina artística que finaliza o percurso.

Com uma perspectiva de partilha de conhecimentos, curiosidades e abordagens transversais às temáticas da história da arte, arquitectura urbana e paisagística e cidadania, o projecto AR.PA. pretende estimular o olhar sobre o património visual da cidade.

Refira-se que esta actividade está integrada no «ATLAS – Programa de Mediação Cultural», promovido pelo Município de Braga, alinhado com a Estratégia Cultural de Braga 2020-2030.

O QUE REPRESENTA A FAMOSA GÁRGULA DA IGREJA MATRIZ DE CAMINHA?

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A imagem mostra a famosa gárgula da Igreja Matriz de Caminha (Foto: Manuel Passos)

Situada defronte do município galego da Guarda, da província de Pontevedra, Caminha detém junto à foz dos rios Minho e Coura onde, de uma área amuralhada, ergue-se a Igreja Matriz cuja construção foi iniciada em 1488, ainda ao tempo de D. João II, tendo as obras sido realizadas por Pêro Galego e João Tolosa, mestre pedreiros provenientes da Galiza e da Biscaia. Apesar disso, nela também participaram artistas portugueses que terão sido os autores de uma curiosa gárgula antropomórfica que, na fachada do lado nascente da Igreja, exibe as nádegas voltadas para norte ou seja, para as bandas da Galiza.

Muito usuais na arquitectura gótica, as gárgulas servem para escoar a água dos telhados, funcionando como uma espécie de gargalo, daí derivando o seu nome. Adquirindo uma função ornamental e também protectora na medida em que as representações de monstros e outras figuras assombrosas serviam como guardiães das catedrais e dos templos religiosos, existem gárgulas que representam as imagens mais variadas, desde animais e monges até figuras cómicas.

No que respeita à famosa gárgula da Igreja Matriz de Caminha, à semelhança aliás de outras existentes noutras localidades fronteiriças, insere-se muito provavelmente no contexto da guerra da Restauração e representa, de forma vernácula, a recusa portuguesa da dominação filipina.

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Para além da curiosa gárgula, a Igreja Matriz de Caminha possui elevado interesse artístico pelo qual merece ser visitada. (Foto: Wikipédia)

MUNICÍPIO DE BARCELOS COMEMORA DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

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O Município de Barcelos volta a associar-se às Comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (18 de abril), este ano subordinado ao tema “Património e Mudança".

Respondendo ao desafio da Direção-Geral do Património Cultural, o Município Barcelos convida a uma visita guiada ao Convento de São Salvador de Vilar de Frades, no dia 22 de abril, com início às 10h000.

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, defende-se que teve a sua origem no século VI. É um dos magníficos exemplares da arquitetura religiosa nacional, cujos elementos artísticos remontam ao estilo Românico percorrendo vários séculos até ao Barroco.

Com o apoio da Direção-Regional da Cultura Norte, que tutela o espaço, a visita será orientada pelo Doutor António Sá Pereira, investigador e especialista em arqueologia e arquitetura conventual.

A participação é gratuita, mas carece de inscrição obrigatória através do email: arqueologia@cm-barcelos.pt.

Não perca a viagem pelo emblemático Convento de São Salvador de Vilar de Frades!

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