Beatriz Patrocínio, natural de Ponte de Lima, é a vencedora do Prémio Music Series Festivals 2024. A Beatriz já tinha conquistado o 1.º prémio de Canto, nível superior, no Prémio Jovens Músicos 2024, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, entre outros. Frequenta o Mestrado em Interpretação Artística na ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, Porto, continuando a aperfeiçoar o seu talento extraordinário. Em 2025, dará novos passos na sua carreira internacional, estreando-se como Mimi, na ópera “La Bohème” de Puccini, em Oslo e Salzburgo.
O dia 10 de dezembro de 1923 é, para Fafe, uma data especial, marcando a conclusão da obra de restauro do edifício do Teatro Cinema. Volvidos 101 anos, e como forma de comemoração do renascimento simbólico deste espaço emblemático, o espetáculo final «Carmina Burana» subiu a palco e trouxe ao público o sentimento, o trabalho e a emoção de um conjunto de artes.
O espetáculo, que apelou a todos os sentidos, juntou em palco cerca de 300 músicos e bailarinos da Escola de Bailado de Fafe e da Academia de Música José Atalaya (envolvendo o Coro Infantil e o Coro dos Pais e Amigos) que, em perfeita simbiose, proporcionaram um momento único e muito especial.
Este espetáculo resultou de um desafio lançado em 2022 e que se tornou um projeto essencialmente pedagógico, contando com o envolvimento das crianças e jovens de ambas as escolas de artes. Ao longo do ano de 2024, Carmina Burana foi apresentado em três atos: "Primo Vere", "In Taberna" e "Cour D'Amours". Na noite desta terça-feira, teve o seu epílogo num espetáculo palpitante no Multiusos de Fafe. A magia e beleza das artes que subiram a palco em «Carmina Burana» mostram que Fafe é também um farol para a promoção da arte e cultura, sempre ao serviço dos fafenses e da comunidade.
Emoldurada por um símbolo da antiguidade, a "roda da fortuna", a obra «Carmina Burana» reveste-se de uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, num movimento perpétuo, que traz alternadamente boa e má sorte. Carl Orff musicou alguns dos poemas das canções de Benedikt-Beuern, (cerca de duzentos poemas e canções medievais, encontrados na Biblioteca da antiga Abadia de Menediktbeuern), e que compõe esta cantata, com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", com estreia em Frankfurt em 1937. Uma obra que nos oferece um lugar de magia, numa procura de cultos e símbolos, perpetuando a parábola da vida humana sempre exposta a constantes transformações. A exuberância da vida (natureza, amor, beleza, vinho), à mercê da eterna lei da mutabilidade, foi aquilo a que assistimos numa brilhante representação.
O Município de Fafe agradece a todos os envolvidos nesta produção, desde participantes, professores, diretores e equipas técnicas, em especial à Academia de Música José Atalaya, e aos seus grandes mentores, e à Escola de Bailado, na pessoa da Professora Alexandra, a grande ideóloga deste projeto que levou a palco um paralelismo brilhante entre a “roda da fortuna” e a sociedade do mundo atual.
Um agradecimento especial a todos os funcionários da autarquia, dos diversos serviços, envolvidos nesta produção e cujo trabalho, muitas vezes invisível, deve ser reconhecido como parte deste sucesso. O empenho e dedicação inexcedíveis de todas estas pessoas deram aso a um espetáculo único que ficará guardado nas melhores memórias da história da cultura do nosso concelho.
O Teatro Cinema é o berço de todas as artes. Celebrá-lo com espetáculos com a grandiosidade de «Carmina Burana» é, para nós, um orgulho! Fafe mostrou, na noite desta terça-feira, com uma casa lotada, que o investimento na Cultura será sempre uma prioridade e que o concelho tem um enorme potencial artístico e cultural.
Natural de Guimarães, Elisabete Matos é uma consagrada cantora de ópera que tem em Puccini e Wagner os compositores por si mais interpretados. Deixamos aos leitores a sua própria biografia oficial.
Elisabete Matos nasceu em Braga onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).
Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.
Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.
Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.
Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.
Depois do sucesso no Centro Cultural de Belém, a opereta Maria da Fonte regressa a casa e apresenta-se na região norte, para uma récita a 6 de abril, com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos!
Não deixe passar a oportunidade de assistir em Fafe a esta revisitação da revolta da Maria da Fonte, composta por Augusto Machado, sob a forma de comédia em três atos, que vem relembrar os ideais de liberdade, emancipação feminina e de luta.
A encenação é de Ricardo Neves-Neves, a direção musical e edição da partitura moderna é de João Paulo Santos e, em cena, estará também um belíssimo elenco de solistas portugueses.
Coprodução APARM-Academia Portuguesa de Artes Musicais, Centro Cultural de Belém, OPART-TNSC, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Associação Égide, Teatro do Eléctrico
A Opereta Maria da Fonte, que estreou no dia 12 de Novembro, no grande Auditório do Centro Cultural de Belém, vai subir de novo ao palco, desta vez no Pavilhão Multiusos de Fafe, no dia 6 de Abril, às 16 horas.
Na Póvoa de Lanhoso, no Theatro Club, terá lugar uma conversa com a equipa artística acerca desta obra, pelas 16 horas, no dia seguinte, 7 de Abril.
Com o objetivo de divulgar a realização destes eventos, na passada sexta-feira, 15 de Março, Jenny Silvestre, responsável do Laboratório de Ópera Portuguesa, esteve na EPAVE e na Escola Secundária para convidar os/as jovens povoenses a participar nestas iniciativas, numa sessão bastante apelativa em que apresentou alguns excertos da récita e falou acerca da atualidade do livreto que teve que ser escrito.
Assistir a este espetáculo será uma oportunidade única e irrepetível e é a possibilidade para que todos/as os/as que o desejarem poderem apreciar esta forma tão rara de arte, que tem como base o elemento mais identitário da Póvoa de Lanhoso, a Maria da Fonte.
A opereta Maria da Fonte foi recuperada também com o intuito de valorizar a Região do Minho e a importância deste território, sendo o ponto de partida a Póvoa de Lanhoso.Além da recuperação e preservação do património musical histórico, esta foi o mote para aproximar a investigação científica e as diferentes formas de cultura ao grande público, visando a promoção da coesão territorial e o trabalho conjunto dos municípios.
Esta iniciativa fez parte da Semana Maria da Fonte, que decorreu de 4 a 12 de Novembro, e que também incluiu um Ciclo de Conferências, cujo mote era “A Mulher portuguesa e a multifuncionalidade do seu papel no decurso da História". Enaltecendo a força e a determinação das mulheres, como foi o papel da Maria da Fonte no decurso da história, estas foram oportunidades para refletir sobre temas tão atuais como a igualdade, o empreendedorismo, entre outros.
A estreia desta obra, cuja direção musical esteve a cargo de João Paulo Santos contou, ainda, com as fantásticas interpretações de vários outros atores que contribuíram para que esta estreia não defraudasse as expectativas criadas, tendo este evento sido largamente divulgado em toda a imprensa nacional.
A opereta recentemente recuperada dos Arquivos Nacionais é uma obra musical do autor Augusto Machado, que estreou no Teatro da Trindade no remoto ano de 1879, e que foi resgatada pelo Laboratório de Ópera Portuguesa, tornando-se a sua estreia no momento cultural da atualidade. Todos os “palcos” nacionais trouxeram para a ribalta a Maria da Fonte, enaltecendo a força da heroína povoense, tonando este espetáculo da numa experiência cultural inesquecível.
Para quem não pode assistir à estreia da Opereta Maria da Fonte naquela sala emblemática da cultura nacional, que contou com a Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de S. Carlos e à qual assistiram mais de 1600 pessoas, é criada agora uma nova e derradeira oportunidade para a população povoense em particular e minhota, no geral, mas não só. Os bilhetes já estão disponíveis, através dos canais habituais.
O Pavilhão Multiusos de Fafe recebe, a 6 de abril, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Artave, bem como alguns dos mais reconhecidos solistas da atualidade: Cátia Moreso, Luís Rodrigues, Marco Alves dos Santos, Inês Simões, Eduarda Melo, João Merino e Tiago Matos para a realização da moderna Opereta Maria da Fonte.
Em contagem decrescente para as celebrações dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, a opereta MARIA DA FONTE vem relembrar os ideais de liberdade, emancipação feminina e de luta.
1600 pessoas encheram o Centro Cultural de Belém para assistir à estreia Moderna da Opereta Maria da Fonte
A Vice-presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira esteve presente, ontem, na estreia moderna da Opereta Maria da Fonte. Este espetáculo, que decorreu no grande Auditório do Centro Cultural de Belém, foi o ponto alto da Semana Maria da Fonte.
Com as atenções focadas no palco, à espera que subisse o pano da boca de cena, foi do fosso que surgiram os primeiros acordes da Orquestra Sinfónica Portuguesa. No plateau surgiram depois, à medida que as várias cenas se iam desenrolando, os solistas do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos que encarnaram as várias personagens: Cátia Moreso (Maria da Fonte), Luís Rodrigues (Abade Cortições), Marco Alves dos Santos (Ludovino), Eduarda Melos (Joana), Inês Simões (Perpétua), André Henriques (Onofre), Tiago Matos (Vilar) e João Merino (Aniceto).
A estreia desta opereta, cuja direção musical esteve a cargo de João Paulo Santos contou, ainda, com as fantásticas interpretações de vários outros atores que contribuíram para que esta estreia não defraudasse as expectativas criadas ao longo da última semana, em que este evento foi sobejamente divulgado em toda a imprensa nacional.
Com a duração de 90 minutos, esta obra musical do autor Augusto Machado, dinamizada pelo Laboratório de Ópera Nacional, que sob a direção de Jenny Silvestre, assumiu o processo a recuperação dos manuscritos originais e a preparação deste espetáculo, será ainda apresentada nesta terça-feira, 14 de Novembro. Esta reposição destina-se a crianças e pessoas mais idosas e terá, também, áudio descrição e tradução em língua gestual portuguesa.
Além da recuperação e preservação do património musical histórico, esta foi também uma feliz tentativa de aproximação da investigação científica e das diferentes formas de cultura ao grande público, que visou também a promoção da coesão territorial e a igualdade de género.
Para quem pode assistir a esta récita naquela sala emblemática da cultura nacional, foi uma oportunidade única e irrepetível. No entanto, estão a ser encetadas diligências para que a opereta seja reposta nos Municípios da Póvoa de Lanhoso e de Fafe, no próximo ano, criando-se uma nova possibilidade para que todos/as que o desejarem possam desfrutar desta pérola única e tão identitária da Póvoa de Lanhoso, agigantando o nome da Maria da Fonte fora de portas.
«Mulher Portuguesa: A multifuncionalidade do seu papel no decurso da História» | Conferências Maria da Fonte – Sessão de encerramento
12 NOV | 11H às 13H | Sala Maria Helena Vieira da Silva | ENTRADA LIVRE*
No âmbito da apresentação da opereta «Maria da Fonte», de Augusto Machado, pelo CCB em coprodução com o Teatro Nacional de São Carlos, vamos acolher a sessão de encerramento das conferências que têm como mote a representação histórica e simbólica feminina encarnada pela lenda de Maria da Fonte.
Nesta sessão estarão presentes a musicóloga Luísa Cymbron, do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o diretor musical João Paulo Santos e o encenador Ricardo Neves-Neves.
Em conjunto irão contribuir para o debate sobre a recuperação e execução desta obra de Augusto Machado.
*mediante levantamento de bilhete no próprio dia, a partir das 10H.
Setembro marca o regresso de um dos mais originais festivais do panorama artístico nacional. Nos dias 14 e 15 de setembro, quinta e sexta-feira, a segunda edição do Festival Informal de Ópera (FIO) regressa a Braga, a cidade que viu nascer esta iniciativa em 2021. A novidade deste ano é Barcelos, que vai acolher o festival a 22 e 23 de setembro, sexta-feira e sábado.
Idealizado por uma associação de artistas em colaboração com a Sinfonietta de Braga e tendo como principais mecenas a Direção Geral das Artes, a Câmara Municipal de Braga e a Câmara Municipal de Barcelos, a proposta do FIO assume um formato único que estabelece uma relação entre a cidade, o público, os artistas e as peças musicais apresentadas.
Em Braga, serão quatro os emblemáticos espaços a receber estas óperas criadas especificamente para estas localizações: no dia 14 de setembro, será a vez do Museu Nogueira da Silva e do Museu dos Biscainhos; já no dia seguinte, o FIO decorre no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho e no Auditório Adelina Caravana no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Em Barcelos, o Theatro Gil Vicente será o anfitrião desta iniciativa.
“Depois de uma primeira edição de sucesso com casa cheia, apesar das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, é com um enorme entusiasmo que voltamos a trazer o FIO à cidade de Braga e estamos prontos para receber o público, desta vez de forma ainda mais calorosa”, afirma Maria Afonso, membro da Direção da Sinfonietta de Braga.
“Nesta segunda edição, as expectativas não podiam estar mais altas por apresentarmos o conceito a Barcelos, uma cidade que, desde o primeiro momento, se mostrou interessada e que soube valorizar uma proposta cultural tão diferenciada quanto esta. Representa um enorme passo para o FIO e estamos confiantes de que seremos muito bem recebidos pelo público barcelense”, acrescenta Francisco Fontes, membro da Direção Artística do FIO e compositor de uma das óperas do certame.
No total, são quatro as óperas da autoria de quatro compositores portugueses, desenvolvidas em exclusivo para o FIO:
O Concílio Celeste, com música de Fátima Fonte, texto de Patrícia Portela e encenação de Sónia Batista;
Maria Magola, com música de Francisco Fontes, texto de Marta Pais de Oliveira e encenação de Daniela Cruz;
Oráculos & Ladainhas, com música de Sofia Sousa Rocha, texto de Tiago Schwäbl e encenação de António Torres;
In(opeRA)VEL, com música de Sara Ross, texto de Tiago Schwäbl e encenação de Joana Providência.
São assim quatro os dias a reservar na agenda para descobrir as duas cidades minhotas pela mão de ópera made in Portugal. Vamos à ópera? Em Braga, nos dias 14 e 15 de setembro, e em Barcelos nos dias 22 e 23 de setembro.
Festival Informal de Ópera | 2.ª Edição
Programa:
Sobre o FIO
O FIO - Festival Informal de Ópera é um evento focado em ópera que pretende aproximar o público geral deste género musical. A dinâmica do projeto advém da aposta na criação contemporânea por parte de compositores portugueses, valorização do património e na envolvência da cidade-comunidade. O conceito engloba criações originais de pequeno formato criadas em exclusivo para o certame, desde a composição e libreto à encenação e interpretação. O FIO é um festival pensado e executado por Fátima Fonte, Francisco Fontes, Joaquim Pimenta Pereira, Sara Ross, Sofia Sousa Rocha e Tiago Schwäbl. Foi testado e estreado com grande sucesso na cidade de Braga em 2021. A segunda edição decorre em Braga e em Barcelos em setembro de 2023.
Sobre a Sinfonietta de Braga
A Sinfonietta de Braga foi criada com o intuito de desenvolver a cultura musical da região, potenciando, em simultâneo, as carreiras artísticas de músicos profissionais. Tem prestado um papel importante na valorização da profissão de Músico, procurando preencher as lacunas de um mercado de trabalho nacional que não tem sido capaz de dar resposta ao percurso natural dos mesmos, após uma formação de nível superior, primando sempre pelo profissionalismo, e pela valorização do potencial dos seus artistas. Nos últimos anos, a Sinfonietta de Braga destacou-se por um trabalho notável no paradigma cultural reconhecido pelo Pelouro da Cultura do Município de Braga, que tem vindo a apostar na Sinfonietta como parceiro no desenvolvimento cultural da cidade. Nos vários anos de atividade, a Sinfonietta teve oportunidade de promover concertos em vários locais do país e em distintos contextos musicais, apresentando-se com solistas internacionais e com músicos da região de Braga.
O Município de Ponte de Lima apresenta a Amadeus Orchestra, com o concerto Intemporais, no próximo dia 10 de agosto, pelas 22.00 horas, na Igreja Matriz, em Ponte de Lima.
A Amadeus Orchestra de Pascal Donzé é uma orquestra de formato variável, sediada na Bélgica, que associa músicos profissionais e jovens talentos promissores das escolas de música de Quiévrain, Hensies e Bernissart. Esta fórmula orquestral única oferece um repertório particularmente eclético que, de acordo com as aspirações dos seus membros, explora a grande música clássica ou ópera, bem como a música ligeira e a comédia musical. Já se apresentaram em concertos na Disneyland Paris - Palácio de Belas Artes de Charleroi - Centro «Temps Choisi» em Gilly - Teatro Real de Mons, nas primeiras partes dos concertos da "Annie Cordy" - "Michèle Torr"; bem como com apresentações em países como Itália, Espanha e França.
Apresentam-se em Ponte de Lima com 17 músicos distribuídos pelas cordas, madeiras, metais, canto, teclados e percussão, sob direção de Direção de Pascal Donzé e no violino solo Anne Chardon.
Não deixe de assistir a este concerto, o espetáculo é gratuito e de lotação limitada ao espaço.
4 de agosto, 21h30 - Centro de Atividades Náuticas
Integrado nas comemorações dos 450 anos de elevação de Esposende a vila e da fundação do concelho, no próximo dia 4 de agosto, pelas 21h30, no Centro de Atividades Náuticas SABSEG - Forum Esposendense, terá lugar a estreia da Ópera “Torre da Memória”. O espetáculo tem entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço.
Trata-se de uma coprodução do Município de Esposende e do Quarteto Contratempus, que configura um tributo inspirado no território de Esposende, nas gentes locais e na sua relação próxima e multissecular com o oceano. Esta criação artística resgata ainda o episódio histórico do naufrágio da lancha de S. João Novo, ocorrido em 1888.
Através do canto vivo e destemido de uma vareira em terra, inicia-se uma viagem pela vida quotidiana da comunidade piscatória de Esposende no início do século XX. Entre a pesca e a agricultura, o peixe e o sargaço, a fartura e a escassez, também as personagens envelhecem ao longo desta narrativa, como se as quatro estações do ano marcassem o ritmo de uma vida inteira de saudade. Nesta impressão iconográfica de um passado tão à portuguesa, cabe a velocidade inacessível da natureza, a tentativa hercúlea de sobrevivência de uma comunidade pobre mas inquebrável e o compromisso profundamente amoroso entre quem fica e quem vai: “diz-me tu porque hei-de confiar / que além de mim/também esse mar te ame?”. Por fim, em jeito de lamentação, esta viagem termina na evocação de uma tragédia marítima real. Salvar, nesta “Torre da Memória”, o eterno reconhecimento de Quem é do mar - para os que lá ficaram e para os que buscam, qual gambiarra acesa no escuro, a esperança do futuro possível.
O projeto foi iniciado no território de Esposende em 2021, envolvendo alunos dos Agrupamentos de Escolas António Correia de Oliveira e António Rodrigues Sampaio e os utentes do Centro de Acolhimento Temporário Emília Figueiredo – ASCRA, bem como homens e mulheres do mar, que foram “os protagonistas” da fase prévia de recolha de histórias e memórias locais. Esta participação da comunidade estendeu-se, entretanto, à componente performativa. Neste sentido, ao elenco de músicos profissionais, juntou-se um coro comunitário, que resultou de uma adesão assinalável a uma open call lançada pelo projeto, contando com participantes de várias freguesias e faixas etárias.
Com encenação de Ivar Sverisson e direção musical a cargo de Diogo Costa, a Ópera “Torre da Memória” contará com interpretação dos músicos Teresa Nunes (Soprano), Miguel Leitão (Tenor), Crispim Luz (Clarinete), Lauro Lira (Violoncelo), Bernardo Pinhal (Piano) e dos membros do Coro Comunitário de Esposende: Ana Beatriz Rolo, Artur Ribeiro, Filipe Madureira, Gabriel Rodrigues, Joana Rocha, Mafalda Piedade, Margarida Praia, Margarida Sá, Maria Lima, Mariana Cepa, Patrícia Serra, Paulyne Caseiro, Rafael Madureira, Sílvia Cruz, Vítor Carvalho. O espetáculo conta, entre outros, com o apoio da Banda de Música de Antas.
Tendo como promotor o Município de Esposende e como parceiro local a associação Forum Esposendense, através das suas estruturas Museu Marítimo de Esposende e Centro de Atividades Náuticas SABSEG, este é um projeto associado dos "Cidadãos Ativ@s" da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Bissaya Barreto, sendo o Quarteto Contratempus uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura/Direção Geral das Artes.
O programa comemorativo dos 450 anos de Esposende, que arrancou a 19 de agosto de 2022 (Dia do Município) e se prolonga até 19 de agosto de 2023, tendo como Comissário Manuel Albino Penteado Neiva, pretende ver refletida a demonstração da riqueza de Esposende, vincando a sua identidade, alicerçada na cultura, na tradição e no traço de caráter do seu povo, postura alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Refira-se que da Comissão de Honra fazem parte o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-ministro, António Costa.