Setembro marca o regresso de um dos mais originais festivais do panorama artístico nacional. Nos dias 14 e 15 de setembro, quinta e sexta-feira, a segunda edição do Festival Informal de Ópera (FIO) regressa a Braga, a cidade que viu nascer esta iniciativa em 2021. A novidade deste ano é Barcelos, que vai acolher o festival a 22 e 23 de setembro, sexta-feira e sábado.
Idealizado por uma associação de artistas em colaboração com a Sinfonietta de Braga e tendo como principais mecenas a Direção Geral das Artes, a Câmara Municipal de Braga e a Câmara Municipal de Barcelos, a proposta do FIO assume um formato único que estabelece uma relação entre a cidade, o público, os artistas e as peças musicais apresentadas.
Em Braga, serão quatro os emblemáticos espaços a receber estas óperas criadas especificamente para estas localizações: no dia 14 de setembro, será a vez do Museu Nogueira da Silva e do Museu dos Biscainhos; já no dia seguinte, o FIO decorre no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho e no Auditório Adelina Caravana no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Em Barcelos, o Theatro Gil Vicente será o anfitrião desta iniciativa.
“Depois de uma primeira edição de sucesso com casa cheia, apesar das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, é com um enorme entusiasmo que voltamos a trazer o FIO à cidade de Braga e estamos prontos para receber o público, desta vez de forma ainda mais calorosa”, afirma Maria Afonso, membro da Direção da Sinfonietta de Braga.
“Nesta segunda edição, as expectativas não podiam estar mais altas por apresentarmos o conceito a Barcelos, uma cidade que, desde o primeiro momento, se mostrou interessada e que soube valorizar uma proposta cultural tão diferenciada quanto esta. Representa um enorme passo para o FIO e estamos confiantes de que seremos muito bem recebidos pelo público barcelense”, acrescenta Francisco Fontes, membro da Direção Artística do FIO e compositor de uma das óperas do certame.
No total, são quatro as óperas da autoria de quatro compositores portugueses, desenvolvidas em exclusivo para o FIO:
O Concílio Celeste, com música de Fátima Fonte, texto de Patrícia Portela e encenação de Sónia Batista;
Maria Magola, com música de Francisco Fontes, texto de Marta Pais de Oliveira e encenação de Daniela Cruz;
Oráculos & Ladainhas, com música de Sofia Sousa Rocha, texto de Tiago Schwäbl e encenação de António Torres;
In(opeRA)VEL, com música de Sara Ross, texto de Tiago Schwäbl e encenação de Joana Providência.
São assim quatro os dias a reservar na agenda para descobrir as duas cidades minhotas pela mão de ópera made in Portugal. Vamos à ópera? Em Braga, nos dias 14 e 15 de setembro, e em Barcelos nos dias 22 e 23 de setembro.
Festival Informal de Ópera | 2.ª Edição
Programa:
Sobre o FIO
O FIO - Festival Informal de Ópera é um evento focado em ópera que pretende aproximar o público geral deste género musical. A dinâmica do projeto advém da aposta na criação contemporânea por parte de compositores portugueses, valorização do património e na envolvência da cidade-comunidade. O conceito engloba criações originais de pequeno formato criadas em exclusivo para o certame, desde a composição e libreto à encenação e interpretação. O FIO é um festival pensado e executado por Fátima Fonte, Francisco Fontes, Joaquim Pimenta Pereira, Sara Ross, Sofia Sousa Rocha e Tiago Schwäbl. Foi testado e estreado com grande sucesso na cidade de Braga em 2021. A segunda edição decorre em Braga e em Barcelos em setembro de 2023.
Sobre a Sinfonietta de Braga
A Sinfonietta de Braga foi criada com o intuito de desenvolver a cultura musical da região, potenciando, em simultâneo, as carreiras artísticas de músicos profissionais. Tem prestado um papel importante na valorização da profissão de Músico, procurando preencher as lacunas de um mercado de trabalho nacional que não tem sido capaz de dar resposta ao percurso natural dos mesmos, após uma formação de nível superior, primando sempre pelo profissionalismo, e pela valorização do potencial dos seus artistas. Nos últimos anos, a Sinfonietta de Braga destacou-se por um trabalho notável no paradigma cultural reconhecido pelo Pelouro da Cultura do Município de Braga, que tem vindo a apostar na Sinfonietta como parceiro no desenvolvimento cultural da cidade. Nos vários anos de atividade, a Sinfonietta teve oportunidade de promover concertos em vários locais do país e em distintos contextos musicais, apresentando-se com solistas internacionais e com músicos da região de Braga.
O Município de Ponte de Lima apresenta a Amadeus Orchestra, com o concerto Intemporais, no próximo dia 10 de agosto, pelas 22.00 horas, na Igreja Matriz, em Ponte de Lima.
A Amadeus Orchestra de Pascal Donzé é uma orquestra de formato variável, sediada na Bélgica, que associa músicos profissionais e jovens talentos promissores das escolas de música de Quiévrain, Hensies e Bernissart. Esta fórmula orquestral única oferece um repertório particularmente eclético que, de acordo com as aspirações dos seus membros, explora a grande música clássica ou ópera, bem como a música ligeira e a comédia musical. Já se apresentaram em concertos na Disneyland Paris - Palácio de Belas Artes de Charleroi - Centro «Temps Choisi» em Gilly - Teatro Real de Mons, nas primeiras partes dos concertos da "Annie Cordy" - "Michèle Torr"; bem como com apresentações em países como Itália, Espanha e França.
Apresentam-se em Ponte de Lima com 17 músicos distribuídos pelas cordas, madeiras, metais, canto, teclados e percussão, sob direção de Direção de Pascal Donzé e no violino solo Anne Chardon.
Não deixe de assistir a este concerto, o espetáculo é gratuito e de lotação limitada ao espaço.
4 de agosto, 21h30 - Centro de Atividades Náuticas
Integrado nas comemorações dos 450 anos de elevação de Esposende a vila e da fundação do concelho, no próximo dia 4 de agosto, pelas 21h30, no Centro de Atividades Náuticas SABSEG - Forum Esposendense, terá lugar a estreia da Ópera “Torre da Memória”. O espetáculo tem entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço.
Trata-se de uma coprodução do Município de Esposende e do Quarteto Contratempus, que configura um tributo inspirado no território de Esposende, nas gentes locais e na sua relação próxima e multissecular com o oceano. Esta criação artística resgata ainda o episódio histórico do naufrágio da lancha de S. João Novo, ocorrido em 1888.
Através do canto vivo e destemido de uma vareira em terra, inicia-se uma viagem pela vida quotidiana da comunidade piscatória de Esposende no início do século XX. Entre a pesca e a agricultura, o peixe e o sargaço, a fartura e a escassez, também as personagens envelhecem ao longo desta narrativa, como se as quatro estações do ano marcassem o ritmo de uma vida inteira de saudade. Nesta impressão iconográfica de um passado tão à portuguesa, cabe a velocidade inacessível da natureza, a tentativa hercúlea de sobrevivência de uma comunidade pobre mas inquebrável e o compromisso profundamente amoroso entre quem fica e quem vai: “diz-me tu porque hei-de confiar / que além de mim/também esse mar te ame?”. Por fim, em jeito de lamentação, esta viagem termina na evocação de uma tragédia marítima real. Salvar, nesta “Torre da Memória”, o eterno reconhecimento de Quem é do mar - para os que lá ficaram e para os que buscam, qual gambiarra acesa no escuro, a esperança do futuro possível.
O projeto foi iniciado no território de Esposende em 2021, envolvendo alunos dos Agrupamentos de Escolas António Correia de Oliveira e António Rodrigues Sampaio e os utentes do Centro de Acolhimento Temporário Emília Figueiredo – ASCRA, bem como homens e mulheres do mar, que foram “os protagonistas” da fase prévia de recolha de histórias e memórias locais. Esta participação da comunidade estendeu-se, entretanto, à componente performativa. Neste sentido, ao elenco de músicos profissionais, juntou-se um coro comunitário, que resultou de uma adesão assinalável a uma open call lançada pelo projeto, contando com participantes de várias freguesias e faixas etárias.
Com encenação de Ivar Sverisson e direção musical a cargo de Diogo Costa, a Ópera “Torre da Memória” contará com interpretação dos músicos Teresa Nunes (Soprano), Miguel Leitão (Tenor), Crispim Luz (Clarinete), Lauro Lira (Violoncelo), Bernardo Pinhal (Piano) e dos membros do Coro Comunitário de Esposende: Ana Beatriz Rolo, Artur Ribeiro, Filipe Madureira, Gabriel Rodrigues, Joana Rocha, Mafalda Piedade, Margarida Praia, Margarida Sá, Maria Lima, Mariana Cepa, Patrícia Serra, Paulyne Caseiro, Rafael Madureira, Sílvia Cruz, Vítor Carvalho. O espetáculo conta, entre outros, com o apoio da Banda de Música de Antas.
Tendo como promotor o Município de Esposende e como parceiro local a associação Forum Esposendense, através das suas estruturas Museu Marítimo de Esposende e Centro de Atividades Náuticas SABSEG, este é um projeto associado dos "Cidadãos Ativ@s" da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Bissaya Barreto, sendo o Quarteto Contratempus uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura/Direção Geral das Artes.
O programa comemorativo dos 450 anos de Esposende, que arrancou a 19 de agosto de 2022 (Dia do Município) e se prolonga até 19 de agosto de 2023, tendo como Comissário Manuel Albino Penteado Neiva, pretende ver refletida a demonstração da riqueza de Esposende, vincando a sua identidade, alicerçada na cultura, na tradição e no traço de caráter do seu povo, postura alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Refira-se que da Comissão de Honra fazem parte o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Primeiro-ministro, António Costa.
Elisabete Matos é Giorgetta em Il tabarro e diz-nos: «grande música, com um grande elenco». Para ver, ao vivo, em São Carlos, a 18, 20 e 22 de maio.
Na estreia absoluta de Elisabete Matos no papel de Giorgetta, contracena com Kiril Manolov (Barítono), especialista em repertório verdiano, no papel de Michelle; Marco Berti é Luigi; Maria Luísa de Freitas é Frugola, Marco Alves dos Santos é Tinca, José Corvelo interpreta Talpa e Bruno Almeida interpreta o Vendedor de canções e um dos namorados, com Susana Vieira.
Com direção musical de Antonio Pirolli, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa.
Elisabete Matos nasceu em Guimarães onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).
Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.
Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.
Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.
Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.
Entretanto, a soprano vimaranense Elisabete Matos sucedeu a Patrick Dickie na direcção artística do Teatro Nacional de São Carlos.
O Teatro Diogo Bernardes regressa com os espectáculos para os mais novos e para as famílias 20 de Setembro – 16h00 e 18h30 – Teatro Diogo Bernardes – Ponte de Lima
A festejar o 124.º Aniversário, o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, não podia esquecer os mais novos, pelo que no próximo domingo, 20 de Setembro, com sessões às 16h00 e às 18h30, seleccionou um espectáculo de alto nível para o público infanto juvenil e para as famílias, garantindo o cumprimento de todas as orientações e normas de segurança em vigor da Direcção Geral de Saúde.
Numa altura em que o regresso à normalidade é de toda a importância, trazer o público mais jovem aos espaços culturais é da maior relevância, de forma a dar continuidade ao processo de crescimento educacional e cultural do público infanto juvenil.
Por isso, o Teatro Diogo Bernardes não se poupará a esforços para garantir a continuidade do seu trabalho, em prol do desenvolvimento da comunidade, reabrindo as suas portas no próximo fim-de-semana para dar prosseguimento aos 124 anos de serviço público de cultura.
O espectáculo proposto para os mais novos e famílias tem por título A Rolha da Garrafa do Rei d'Aonde? e é da responsabilidade da companhia Ópera ISTO.
Trata-se de um espectáculo extremamente pedagógico e divertido que alia o teatro à ópera, a música ao divertimento, garantindo momentos de excelência e de puro entretenimento.
Chegou a hora mais desejada do dia para a trupe de artistas itinerantes que acompanha o Grande Ivan, cantor de tão grande gabarito como a grandeza da própria mãe russa: a hora do almoço. A seu lado, Dmitri Lunatikov, um distraído violinista que saiu de um quadro de Chagall e não voltou a encontrar o caminho para a tela, e Maria Roliçova, gentil dançarina e comediante e cozinheira e carregadora e… faz tudo. Prontos para almoçar, há-de surgir-lhes uma oportunidade inesperada: público! E é aí que, subitamente, uma rolha vai mudar para sempre a vida de Ivan. Ou não fosse aquela a rolha da garrafa de um rei! De um rei? Mas de um rei d’aonde? A Rússia inteira o ajudará a encontrar a solução, ao som de Prokofiev, Shostakovitch, Tchaikovsky e muitos outros génios da música com nomes ainda mais difíceis de pronunciar do que estes. A Rússia e… o público. Ah, sem a ajuda do público, Ivan nunca mais será capaz de encontrar a garrafa. Sim, claro: o público também entra!!!!
Ideia Original Ângela Marques e Mário João Alves • Texto Mário João Alves • Encenação Ângela Marques e Mário João Alves • Intérpretes Mário João Alves – Grande Ivan, Ângela Marques – Maria Roliçova, David Wyn Lloyd – Dmitri Lunatikov • Concepção e Coordenação Ópera Isto • Figurinos Paula Cabral • Desenho de Luz Nuno Almeida • Direcção de Cena Ana Paula Sousa • Produção / CoProdução Ópera Isto / Casa da Música • Maiores de 4 anos
Bilhetes à venda (4,00€) e mais informações no Teatro Diogo Bernardes, pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.
A 20 de Setembro, com sessões às 16h00 e às 18h30, o primeiro espectáculo da temporada para a infância, juventude e famílias: A Rolha da Garrafa do Rei d'Aonde?, pela companhia Ópera ISTO.
O Centro Cultural de Paredes de Coura recebe na próxima 6ª feira, 6 de março, pelas 21h30, a ópera cómica multimédia “Simplex”.
Com libreto de Carlos Tê e José Topa, e encenação de António Durães, “Simplex” poderá traduzir-se numa “farsa campestre de contornos neo-românticos”, como sugere o libretista Carlos Tê, ou “uma vila velha de pinheiros transformada em vila nova de sobreiros pela mão de um Sobral, Amadeu, salvador e tudo”, como sugere o homólogo José Topa.
Sob a composição de Telmo Marques, o elenco de “Simplex” está entregue a Teresa Nunes (soprano), Miguel Leitão (tenor), Crispim Luz (clarinetista), Sérgio de A (pianista) e a Susana Lima (violoncelista), que nos remetem, em traços gerais, para a seguinte história: a repórter Geneviève chega a Vila Velha do Pinheiro a meio do discurso fúnebre do presidente da junta, Amadeu Sobral – numa homenagem a uma personalidade local. A repórter aborda o presidente sobre os métodos revolucionários da junta – simplex. O autarca explica as virtualidades implantadas por ele, tão avançadas em termos tecnológicos para tão recôndita vila portuguesa. Tudo se deve à vinda de BJ, um americano que se rendeu aos encantos da serra e é ‘adviser’ do presidente em todo o género de ‘start-ups’ rurais. O presidente convida a jornalista a conhecer a terra e os planos da autarquia. Geneviève vai-se rendendo aos encantos de Vila Velha do Pinheiro e a outros, que o coração não é de pedra. Telefonemas inoportunos, televisões avariadas, cupidos confluem para uma cerimónia final. Viva o amor, viva o avanço tecnológico, viva Vila Velha do Pinheiro!
Uma ópera cómica envolta nas subtilezas tecnológicas num possível retrato dos nossos dias, trazida até nós numa produção do Quarteto Contratempus 2019, com coprodução do Teatro Municipal do Porto, e que esta 6ª feira é levada à cena no Centro Cultural de Paredes de Coura.
Concerto de Natal | Ludus Danielis - o Drama Litúrgico de Daniel
20 de Dezembro de 2019 – 22h00 – Igreja Matriz de Ponte de Lima
Na sequência da residência artística denominada III Encontro de Música Medieval de Ponte de Lima "Caminho Português de Santiago", que decorre em Ponte de Lima de 16 a 20 de Dezembro, o Concerto de Natal Oficial do Município, a cargo Ensemble Na Rota do Peregrino, composto por 10 músicos profissionais de Portugal, Espanha e Eslovénia, apresentará a estreia de uma nova interpretação do drama litúrgico “Ludus Danielis”, do século XIII, sexta-feira, 20 de Dezembro, às 22h00, na Igreja Matriz de Ponte de Lima, para celebrar o período da Natividade.
O III Encontro de Música Medieval de Ponte de Lima "Caminho Português de Santiago" é um projeto sob direção artística de Maurício Molina (City University of New York) e direção geral de Daniela Tomaz (Ensemble Med), promovido pel’O Corvo e a Raposa Associação Cultural, em parceria com o Município de Ponte de Lima, o Teatro Diogo Bernardes e o Conselho Paroquial para os Assuntos Económicos e com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte.
Ludus Danielis é um drama litúrgico de princípios do século XIII baseado no livro bíblico de Daniel, um drama apocalíptico bíblico de II a.C. A obra, compilada em latim por estudiosos da Catedral de Beauvais para ser interpretada dentro da igreja durante a época de Natal, está escrita principalmente em versos com melodias para solistas, grupos de cantores e coro.
Ainda que Ludus Danielis esteja pensado para ser interpretado dentro da igreja, a obra possui uma construção poética elaborada, com corais festivos, que nos remetem ao mundo da ópera, sendo mesmo considerada a ópera mais antiga da História.
Neste programa, o Ensemble Na Rota de Peregrino apresenta a primeira parte de Ludus Danielis (Daniel na corte de Baltazar) com cantores solistas e pequeno coro acompanhado por instrumentos musicais medievais (viela, cítola, instrumento, flauta transversal, flauta e tamborim, gaita de foles, harpa, sinos e percussões).
A interpretação musical e a sua encenação baseiam- se no estudo do contexto original, na notificação musical do manuscrito, nas convenções interpretativas da época e nas indicações incluídas no texto sobre o uso dramático do espaço dentro da igreja.
Ludus Danielis realiza-se no idioma original em latim, com a pronúncia histórica (latim-francês do século XIII). A introdução de diferentes secções da obra é realizada em português, assim como se inclui um texto escrito no programa, onde se resume a ação e o texto poético das diferentes peças.
Entradas gratuitas. Maiores de 6 anos
Na Rota do Peregrino Ensemble:
Mauricio Molina: Diretor artístico / percussão
Daniela Tomaz: Direção geral, flauta traversa e percussão
Jasmina Črnčič: Mezzo soprano / Rainha, Satrapae, Príncipe
Virginia Gonzalo: Soprano / Sábio, Príncipe / Harpa medieval
Raúl Lacilla Crespo: Gaita medieval, flauta e tamborim, frestel
Anja Kolarič: Fídula
Carme Juncadella: Organetto
MAURÍCIO MOLINA | Direção artística e percussão medieval
Maurício Molina é um musicólogo e intérprete dedicado à reconstrução e interpretação da música dos séculos XI, XII e XIII. É Mestre em Interpretação Histórica de Mannes College of Music (New York) e Doutorado em Musicologia Histórica na City University of New York Graduate Center. É professor convidado no Centre International de Musiques Médiévales – Université Paul Valéry de Montpellier e professor de Cultura Medieval Islâmica e Antropologia Musical e Iconografia Medieval no consórcio universitário norte-americano IES Abroad Barcelona. Em 2010 publicou “Frame Drum in the Medieval Iberian Peninsula” (Reichenberger), livro que foi galardoado com o prémio Nicholas Besseraboff da American Musical Instrument Society como o mais distinto em organologia de 2010. O seu próximo livro “La canción monofónica secular y religiosa en el Occidente medieval (850-1200)” será brevemente publicado pela editorial Dairea. Maurício Molina é também diretor dos grupos de música medieval Magister Petrus, Ars Memorie e do Curso Internacional de Interpretación de Música Medieval de Besalú (Catalunha).
DANIELA TOMAZ | Direção geral, flautas e percussão medieval
Inicia os seus estudos musicais em 1990 no Conservatório Regional de Gaia, estudando com Pedro Castro, Pedro Couto Soares e Pedro Sousa Silva. Em 2008 prossegue com os estudos musicais no Departamento de Música Antiga da Hogeschool voor de Kunsten Utrecht (HKU), Países Baixos, sob orientação de Heiko ter Schegget em Flauta de Bisel e Wilbert Hazelzet em Traverso, graduando-se em Abril de 2012 Cum Laude. É Diretora do Ensemble Med, um laboratório de performance de música medieval europeia, com quem participou em diversos festivais de música dos Países Baixos e Portugal, destacando o Festival Percursos da Música, em 2017 e 2019. Dirige o projeto Raízes e Revolução, que estreou em Tbilisi e Poti (Geórgia) e participa também noutros Ensembles, nomeadamente Rosa Gallica (FR), Capella Duriensis (PT), Ensemble Ditirambo (MX), com concertos em Portugal, França, Países Baixos e México. É também licenciada em Arquitectura pela Universidade do Porto desde 2005, tendo escrito a sua tese final “Arquitectura e Acústica: o Espaço Sinestético”, da qual obteve 19 valores. É consultora da Association Européenne des Conservatoires (Utrecht/Bruxelas) desde 2011 e do Município de Famalicão desde Julho de 2018. Foi Diretora Artística na Academia de Música de Lagos de 2012 a Março 2018. Membro fundador de O Corvo e a Raposa Associação Cultural.
A soprano vimaranense Elisabete Matos acaba de suceder a Patrick Dickie na direcção artística do Teatro Nacional de São Carlos.
Elisabete Matos nasceu em Guimarães onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).
Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.
Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.
Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.
Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.
A taipense Elisabete Matos atua amanhã no Centro Cultural de Belém
A consagrada soprano Elisabete Matos atua este domingo, às 17h, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém. O concerto será dirigido pelo maestro estónio Kristjian Jarvi. O concerto Quatro Últimas Canções integra obras de R. Strauss Macbeth, Op. 23; R. Strauss Vier letzte Lieder, Op. posth. e A. Dvořák Sinfonia N.º 8, Op. 88.
Reproduzimos as declarações de Elisabete Matos ao site da OML.
“QUAIS AS SUAS EXPECTATIVAS PARA O CONCERTO DESTE DOMINGO COM A ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA?
A expectativa de um músico é servir sempre a música ao mais alto nível. Com esta fabulosa obra de Strauss, “Vier Letzten Lieder”, para Soprano e Orquestra, desejo encontrar a inspiração da minha vocalidade e, juntamente com a Orquestra Metropolitana e o Maestro Järvi, servir humildemente a Strauss em comunhão com Hesse e Eichendorff. A vida é uma caminhada que começa ardente e acaba na esperança da redenção! Assim espero sentir-me quando terminar o concerto do próximo domingo no CCB, com a sensação de que a caminhada sempre merece a pena se formos honestos e nos entregarmos à música de alma e coração.
O QUE PODEM OS ESPECTADORES DESTAS CANÇÕES DE RICHARD STRAUSS?
O público esperará com estas canções encontrar-se uma vez mais com Strauss e com os seus intérpretes e poder celebrar a beleza e força da arte. Estou confiante que tudo faremos para servi-lo, prestigiando assim o talento da criação.
VOLTA A ATUAR AO LADO DA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA. COMO TÊM SIDO ESTAS EXPERIÊNCIAS?
Cada reencontro com a Orquestra Metropolitana é sempre para mim um motivo de alegria, de orgulho no trabalho sério, escrupuloso na qualidade e na permanente ideia de superação. Este será mais um desafio e é por isso que agradeço o convite e desejo à Orquestra Metropolitana de Lisboa as maiores venturas.
PARA ESTE CONCERTO, CONTARÁ COM O PREMIADO MAESTRO KRISTJAN JARVI. É MAIS UMA GARANTIA DE SUCESSO?
Sim, claro. Estou convencidíssima que com a direção do Maestro Kristjian Järvi, teremos todas as condições para um trabalho de sucesso e alta qualidade! Empenho não vai faltar.”
O concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa no Centro Cultural de Belém está em destaque na edição de hoje da Time Out Lisboa. Não perca: este domingo, às 17:00, as "Quatro Últimas Canções" com Elisabete Matos!
A cantora lírica portuguesa que ENCHE salas internacionais
Por Cristina Amaro
Entrou discreta. Num vestido longo, de cauda e num vermelho a condizer com as Estrelas de Natal que coloriam o palco. Foi apresentada pelo meu amigo Mário Augusto, jornalista que todos conhecemos dos programas de cinema, como uma voz que nos iria deixar sem fôlego. Pediu-nos para a ouvirmos com atenção. E desafiou-nos a dizer, no final, se ele tinha ou não tinha razão...
As palavras elogiosas do Mário, a que se juntaram as do Maestro Osvaldo Ferreira, ao longo da atuação de Cristiana Oliveira, nem precisavam de lá estar...evidente que é o talento da nossa cantora lírica bracarense. Mas sim, fizeram a diferença e ainda deram mais vida ao Concerto de Ano Novo que há vários anos a marca SEAT gentilmente me convida para assistir.
Rendi-me ao talento desta jovem mulher que, arrisco-me a dizer, poucos conhecem em Portugal. Acompanhava-a em palco a Orquestra Filarmónica Portuguesa. Acompanho-a eu, a partir daquele concerto de ano novo, para a vida!
Herdei do meu pai o gosto pela música clássica, pela ópera e pelo canto lírico. Cantei alguns anos, quando era pequena (diria alguns anos, mesmo...) mas nunca me arrisquei neste tom. Ficou da infância a sensibilidade aos sons, a forma como me toca cá dentro a música. Neste dia senti saudades do meu pai. E partilhei isso com a Cristiana numa mensagem privada. “Se o meu pai fosse vivo ontem teria chorado a ouvi-la. Ele adorava canto lírico e dizia que era uma pena Portugal não ter ninguém de nível internacional. Partiu sem a conhecer...mas eu “levo-a a ele” desta maneira”, escrevi-lhe logo após o concerto esperançada que a humildade que o maestro referiu me permitisse ter dela uma resposta. E tive. Nem 2 horas depois a Cristiana respondeu-me.
Chegara a minha vez de a desafiar a ela a partilhar convosco quem é “a mulher do norte” a que se referiram o apresentador e o maestro. Porque há pessoas com quem me cruzo que valem a pena vos apresentar, aqui vos deixo este enorme orgulho para o nosso país. E partilho as suas palavras, na íntegra, porque são elas que vos dão a dimensão desta mulher. A tal humildade aliada a um talento que está a encher muitas salas de renome internacional e a levar um nome português aos 4 cantos do mundo. Fiquei fã. Vocês também vão ficar...
Uma palavra de elogio também aos músicos e ao Maestro Osvaldo Ferreira que nos ofereceram um concerto memorável! Naquela noite fizeram-me dançar a valsa com o meu pai...em memórias que guardo dele e que me deram tanta saudade...
Porque a vida é feita destes pequenos momentos, aqui ficam alguns para também vocês me dizerem se tenho ou não razão. Foram gravados excertos espontaneamente com o meu telemóvel. Numa sala escura. Têm por isso qualidade de “amador” ;-)
Valem o que nos fazem sentir. Não a qualidade da gravação. Deixo a ressalva. E deixo alguns momentos para apreciarem. Em silêncio. Porque é assim que valem a pena sentir...
Quem é Cristiana Oliveira. Aos olhos da própria
“Nunca tinha pensado ser cantora! Para ser muito honesta nem gostava muito daqueles seres que conhecia no conservatório como cantores e que nos davam cabo da cabeça quando vinham cantar connosco. Connosco refiro-me à orquestra, porque eu, como estudante de violino, era sempre da orquestra, nunca tinha sequer cantado no coro do conservatório.
Foi por mera sorte ou azar, ainda não sei muito bem... que numas férias da Páscoa, quando estava a participar nos masterclasses de violino da Academia de Vila do Conde, a nossa sala calhou ser ao lado da sala onde decorriam os masterclasses de canto pelo Prof Oliveira Lopes, que era o Prof de Canto da escola Superior de Música do Porto (ESMAE).
Já me tinham dito que eu até tinha voz (...) quando me punha a trautear para exemplificar excertos musicais nas conversas entre músicos ou a imitar (por brincadeira) os tais seres muito afetados que eu conhecia por estudantes de canto. Enchi-me de coragem, fui bater à porta dessa sala e pedi ao Prof para me ouvir e dizer sinceramente se valia a pena eu ter umas aulinhas de canto como já várias pessoas me tinham dito para ter.
Ele ouviu-me e disse:
“- Minha linda, não sei se toca bem violino, mas acho que devia ponderar mudar de instrumento...”
Ainda tentei resistir dizendo que não queria, que já estava a acabar uma licenciatura e que não queria fazer outra, mas ele insistiu e....
Aconteceu tudo como uma bola de neve! Entrei nesse mesmo ano para o Curso Superior de Canto. No último ano, ganhei o concurso de interpretação do Estoril e, depois, um Prémio em Milão. Seguiram-se os estúdios de ópera em Nova Iorque e Barcelona e os primeiros convites para papéis em óperas.
O momento do “é isto” acho que foi numa das minhas primeiras Traviatas, quando no final da ópera ficou tudo em silêncio, deu-se aquele momento mágico em que toda a sala fica em suspenso e o público não consegue começar logo a bater palmas.... parece que o tempo pára e por alguns segundos sentem-se 3000 pessoas a suster a respiração ainda completamente imergidos no que acabou de acontecer em palco, antes de começar o barulho ensurdecedor dos aplausos. É uma sensação indescritível!
Sobre salas e projetos futuros, acabei agora de fazer a Maddalena na ópera Andrea Chenier, no Teatro Massimo Bellini, onde tinha estado já anteriormente a fazer a Magda da ópera La Rondine de Puccini por convite do Maestro Gianluigi Gelmetti.
Nos próximos meses tenho convites para audições em Teatros como o Covent Garden, Deutsch Opera Berlim e Bayerische Ópera, vários galas de ópera para cantar e muito estudo para fazer! Em Novembro parto para Helsínquia onde fico até Janeiro de 2020 para a minha primeira Musetta na La Boheme de Puccini e em Fevereiro de 2020 vou para Wiesbaden onde faço a minha estreia no fabuloso papel de Leonora no Trovador de Verdi (um sonho tornado realidade!)
Deixo o convite para se quiser ir assistir.”
Escreveu-me Cristiana. Não quis mudar uma vírgula ao seu texto pelas razões que já vos expliquei. Acrescento apenas que farei tudo para aceitar o convite. Quero voltar a fechar os olhos a ouvi-la numa sala onde a sua voz ainda vai ser MAIOR! Apaixonam-me as pessoas cheias de talento e humildade.
Cristiana Oliveira é natural de Braga, cidade onde iniciou os seus estudos musicais de piano e violino.
De acordo com a sua biografia oficial que se transcreve, Cristiana Oliveira é licenciada em Canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, nas classes dos Professores Oliveira Lopes e Margarida Reis.
Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento e masterclasses com Ana Paula Matos, Patricia MacMahon, Enza Ferrari, Paulo Ferreira, Marc Tardue, Mme Dechorgnat no Conservatório Internacional de Paris, Gabriella Morigi em Bolonha e Palmira Troufa com quem estuda regularmente.
Em 2010 foi aceite no curso intensivo do Estúdio de Ópera de Nova Iorque onde interpretou o papel de Yaroslavna na ópera "Prince Igor", de Borodin.
Em 2011 obteve uma Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi.
Apresentou-se em vários recitais de Lieder e Oratória em Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos da América.
Na ópera interpretou Dido em "Dido e Aeneas", de Purcell, Gretel em "Hansel e Gretel", de Humperdink nos Teatros de Tomar e Ourém e Helena Sá e Costa e recentemente Ivette em "La Rondine", de Puccini e Nita na Zarzuela "Los Gavilanes", no Teatro Nacional de São Carlos.
Há dois anos fez a sua estreia no papel de Violetta Valery de "La Traviata" de Verdi no Atelier de l'Opera, Centro de Alto Aperfeiçoamento Operático de Barcelona e no Festival de música de Sant Pere Sallavinera com aclamadas críticas.
Em 2012 obteve o 1º Prémio no Concurso Internacional de Interpretação do Estoril.
Em 2013 ganhou o prémio especial "Concerto a Milano" no Concurso Internacional de Canto Maria Malibran em Milão.
Do seu repertório fazem parte as grandes heroínas para soprano lírico/spinto de coloratura.
O primeiro dia do ano 2019 proporcionou o já tradicional Concerto de Ano Novo pela Orquestra de Guimarães, com a soprano Elisabete Matos e a Academia Gindança, perante um auditório lotado no Centro Cultural Vila Flor.
Natural de Braga, Elisabete Matos é uma consagrada cantora de ópera que tem em Puccini e Wagner os compositores por si mais interpretados. Deixamos aos leitores a sua própria biografia oficial.
Elisabete Matos nasceu em Braga onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).
Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.
Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.
Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.
Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.
A cantora lírica Cristiana Oliveira participa em Itália no espectáculo Andrea Chénier que está em cena até ao próximo dia 7 de Novembro, no Teatro Massimo Bellini, na Catania. Trata-se de um drama de ambiente histórico em quatro quadros baseados no libreto de Luigi Illica, com música de Umberto Giordano.
A sua ficha técnica em italiano descreve o seguinte:
Il sanculotto Mathieu, detto “Populus”: Alessandro Busi
Un “Incredibile”: Saverio Pugliese
L’Abate, poeta: Saverio Pugliese
Schmidt, carceriere a San Lazzaro: Carlo Checchi
Il Maestro di Casa: Gianluca Failla
Dumas, presidente del Tribunale di Salute Pubblica: Carlo Checchi
Orchestra e Coro del Teatro Massimo Bellini
Direttore :Antonio Pirolli
Maestro del coro: Luigi Petrozziello
Regia: Giandomenico Vaccari
Assistente alla regia: Alessandro Idonea
Allestimento del Teatro Massimo Bellini
Con sopratitoli in italiano e in inglese a cura di Prescott Studio, Firenze, con Inserra Chair (Montclair State University) e ICAMus, USA
Durata: 2 ore e 50 minuti (con due intervalli)
Prima rappresentazione
Martedì 30 ottobre 2018 ore 20,30 (Turno A)
Repliche
Mercoledì 31 ottobre 2018 ore 17,30 (Turno R)
Venerdì 2 novembre 2018 ore 20,30 (Turno B)
Sabato 3 novembre 2018 ore 17,30 (Turno S1)
Domenica 4 novembre 2018 ore 17,30 (Turno D)
Martedì 6 novembre 2018 ore 17,30 (Turno C)
Mercoledì 7 novembre 2018 ore 17,30 (Turno S2)
Cristiana Oliveira é natural de Braga, cidade onde iniciou os seus estudos musicais de piano e violino.
De acordo com a sua biografia oficial que se transcreve, Cristiana Oliveira é licenciada em Canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, nas classes dos Professores Oliveira Lopes e Margarida Reis.
Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento e masterclasses com Ana Paula Matos, Patricia MacMahon, Enza Ferrari, Paulo Ferreira, Marc Tardue, Mme Dechorgnat no Conservatório Internacional de Paris, Gabriella Morigi em Bolonha e Palmira Troufa com quem estuda regularmente.
Em 2010 foi aceite no curso intensivo do Estúdio de Ópera de Nova Iorque onde interpretou o papel de Yaroslavna na ópera "Prince Igor", de Borodin.
Em 2011 obteve uma Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi.
Apresentou-se em vários recitais de Lieder e Oratória em Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos da América.
Na ópera interpretou Dido em "Dido e Aeneas", de Purcell, Gretel em "Hansel e Gretel", de Humperdink nos Teatros de Tomar e Ourém e Helena Sá e Costa e recentemente Ivette em "La Rondine", de Puccini e Nita na Zarzuela "Los Gavilanes", no Teatro Nacional de São Carlos.
Em 2012 fez a sua estreia no papel de Violetta Valery de "La Traviata" de Verdi no Atelier de l'Opera, Centro de Alto Aperfeiçoamento Operático de Barcelona e no Festival de música de Sant Pere Sallavinera com aclamadas críticas.
Ainda no mesmo ano obteve o 1º Prémio no Concurso Internacional de Interpretação do Estoril.
Em 2013 ganhou o prémio especial "Concerto a Milano" no Concurso Internacional de Canto Maria Malibran em Milão.
Do seu repertório fazem parte as grandes heroínas para soprano lírico/spinto de coloratura.
Cristiana Oliveira é natural de Braga, cidade onde iniciou os seus estudos musicais de piano e violino.
De acordo com a sua biografia oficial que se transcreve, Cristiana Oliveira é licenciada em Canto pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, nas classes dos Professores Oliveira Lopes e Margarida Reis.
Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento e masterclasses com Ana Paula Matos, Patricia MacMahon, Enza Ferrari, Paulo Ferreira, Marc Tardue, Mme Dechorgnat no Conservatório Internacional de Paris, Gabriella Morigi em Bolonha e Palmira Troufa com quem estuda regularmente.
Em 2010 foi aceite no curso intensivo do Estúdio de Ópera de Nova Iorque onde interpretou o papel de Yaroslavna na ópera "Prince Igor", de Borodin.
Em 2011 obteve uma Menção Honrosa no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi.
Apresentou-se em vários recitais de Lieder e Oratória em Portugal, Espanha, Itália e Estados Unidos da América.
Na ópera interpretou Dido em "Dido e Aeneas", de Purcell, Gretel em "Hansel e Gretel", de Humperdink nos Teatros de Tomar e Ourém e Helena Sá e Costa e recentemente Ivette em "La Rondine", de Puccini e Nita na Zarzuela "Los Gavilanes", no Teatro Nacional de São Carlos.
No ano passado fez a sua estreia no papel de Violetta Valery de "La Traviata" de Verdi no Atelier de l'Opera, Centro de Alto Aperfeiçoamento Operático de Barcelona e no Festival de música de Sant Pere Sallavinera com aclamadas críticas.
Em 2012 obteve o 1º Prémio no Concurso Internacional de Interpretação do Estoril.
Em 2013 ganhou o prémio especial "Concerto a Milano" no Concurso Internacional de Canto Maria Malibran em Milão.
Do seu repertório fazem parte as grandes heroínas para soprano lírico/spinto de coloratura.
Natural de Braga, Elisabete Matos é uma consagrada cantora de ópera que tem em Puccini e Wagner os compositores por si mais interpretados. Deixamos aos leitores a sua própria biografia oficial.
Elisabete Matos nasceu em Braga onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.
Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.
Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).
Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.
Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.
Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.
Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.
Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.
Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.
Bailado clássico sobe esta sexta-feira, dia 8, ao palco do grande auditório da Casa das Artes
A Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão recebe esta sexta-feira, 8 de dezembro, uma das maiores obras-primas do ballet clássico mundial. A Russian Classical Ballet regressa a Portugal para apresentar “O Lago dos Cisnes” e promete voltar a encantar o publico famalicense com um espetáculo para toda a família, repleto de romantismo e beleza.
Composto por dois atos e quatro cenas, o bailado “O Lago dos Cisnes” narra um conto de amor, traição, do triunfo do bem sobre o mal, numa produção clássica com elementos cenográficos de um realismo incrível, figurinos manufaturados com detalhes sumptuosos e um leque de melodias encantadoras.
“O prestígio e a notoriedade intemporal alcançados pela obra são motivados pela música inspirada de Pyotr Tchaikovsky, mas também pela coreografia inventiva e expressiva de Marius Petipa que, relacionando o corpo humano com os movimentos de um cisne, revela a sua genialidade, o seu potencial coreográfico e criatividade artística”, pode ler-se na apresentação do bailado.
Atualmente a Russian Classical Ballet é dirigida por Evgeniya Bespalova e composta por um elenco de bailarinos graduados pelas mais conceituadas escolas coreográficas, conciliando a mestria e experiência de bailarinos Internacionais, com a irreverência de jovens talentos emergentes no panorama da dança clássica.
“O Lago dos Cisnes” sobe ao palco do grande auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão esta sexta-feira à noite, pelas 21h30. O bailado tem a duração de 140 minutos com intervalo de 20 minutos. Para o público geral os bilhetes têm o custo de 18 euros, reduzindo para 9 para estudantes e portadores do Cartão Quadrilátero Cultural.
Turandot, a célebre obra de Giacomo Puccini, é apresentada em outubro no grande Coliseu Porto.
No palco com Elisabete Matos, a mais prestigiada cantora lírica portuguesa, no papel de Turandot, vão estar Rafael Rojas, como Calaf, Dora Rodrigues como Liù e Carlos Guilherme como Altum.
A famosa ópera em três atos conta, nesta produção, com direção musical do maestro Domenico Longo. Dia 21 de outubro, às 20h00, há ópera no Coliseu Porto.