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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MUSEU DE OLARIA DE BARCELOS APRESENTA ESTUDO INÉDITO SOBRE OLARIA ANGOLANA COM LANÇAMENTO DE LIVRO DE ADÉLIO MACEDO

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No próximo sábado, dia 31 de maio, às 16h30, o Museu de Olaria, em Barcelos, será palco do lançamento do livro “Cangamba e Praia do Bebé, dois casos de olaria angolana”, da autoria de Adélio Macedo Correia. A obra, publicada pela Seda Publicações em parceria com o Município de Barcelos e o Museu de Olaria, resulta de um trabalho de investigação iniciado há mais de cinco décadas e que agora ganha forma em livro.

A sessão de lançamento contará com a presença do autor e com a apresentação da Doutora Isabel Maria Fernandes, num momento de celebração do património cultural e da ligação entre Barcelos e a memória viva da olaria angolana.

Adélio Macedo Correia, natural de Barcelos e filho do reconhecido ceramista João Macedo Correia, regressa à investigação que começou entre 1968 e 1970, enquanto cumpria serviço militar obrigatório em Angola, nomeadamente em Cangamba e no Lobito. Incentivado pelo então diretor do Museu de Olaria, Eugénio Lapa Carneiro, o autor recolheu, durante esse período, cerca de 200 peças de olaria e instrumentos de trabalho, que hoje integram o valioso acervo do museu barcelense.

O livro agora apresentado é o resultado do aprofundamento desses registos e observações de campo, documentando duas coleções de olaria que se revelam verdadeiramente únicas. As peças descritas, muitas delas irrecuperáveis, foram produzidas com técnicas e formas ancestrais, algumas das quais remontam ao período Neolítico. Os locais originais de produção já não existem tal como foram observados por Adélio Correia, o que confere ainda maior relevância e valor patrimonial ao seu trabalho.

Este evento constitui uma oportunidade única para conhecer um testemunho raro sobre práticas cerâmicas africanas, resgatadas do tempo pelo olhar atento de um antropólogo barcelense, que contribui de forma ímpar para o enriquecimento do espólio e da missão do Museu de Olaria.

BARCELOS EXPÕE BRINQUEDOS DE BARRO

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Exposições: "Pombas e pombais da minha terra" e “Brinquedos de barro”

A Torre Medieval recebe de 17 de janeiro a 16 de março as exposições "Pombas e pombais da minha terra" e “Brinquedos de barro”.

Na exposição – “Pombas e Pombais da Minha Terra”, que abarca as diversas artes e ofícios do concelho, tradicionais e contemporâneas, pretende-se dar a conhecer uma das primeiras peças do Figurado de Barcelos, uma peça maravilhosa que para além da evidente função decorativa, é também utilitária, servindo de castiçal.

No que diz respeito à exposição “Brinquedos de barro” o objetivo desta mostra passa por valorizar esses brinquedos que faziam o deleite de qualquer criança; recordar memórias da infância; mas acima de tudo relembrar aos pais que é importante a existência de tempo livre para que as crianças possam explorar o seu meio envolvente, sem quaisquer influências, para que a criatividade e a imaginação possam sobressair de forma intuitiva e espontânea.

As exposições podem ser visitadas, de forma gratuita, no seguinte horário:

Torre Medieval: segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.

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BARCELOS EXPÕE BRINQUEDOS DE BARRO

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“Pombas e Pombais da Minha Terra” e “Brinquedos de Barro” em exposição na Torre Medieval

Há mais duas exposições de artesanato a merecer visita e atenção. “Pombas e Pombais da Minha Terra” e “Brinquedos de Barro” estão patentes a partir de hoje, na Torre Medieval, e mostram o que de melhor e mais criativo se faz no nosso concelho.

“Pombas e Pombais da Minha terra”

Nesta exposição, que abarca as diversas artes e ofícios do concelho, tradicionais e contemporâneas, pretende dar-se a conhecer umas das primeiras peças do Figurado de Barcelos, uma peça maravilhosa que, para além da função decorativa, é também utilitária, servindo de castiçal. Pretende-se ainda dignificar estes pequenos edifícios emblemáticos da ruralidade do Norte de Portugal que, apesar de terem sido esquecidos, constituem um património cultural de extrema importância para a preservação da biodiversidade e conservação da vida selvagem. Estão em exposição cerca de cinquenta pombais de vinte e cinco artesãos do nosso concelho.

“Brinquedos de Barro”

A exposição” Brinquedos de Barro” tem por objetivo valorizar os brinquedos que faziam o deleite de qualquer criança; recordar memórias da infância; mas, acima de tudo, relembrar aos pais que é importante a existência de tempo livre para que as crianças possam explorar o seu meio envolvente, sem quaisquer influências, para que a criatividade e a imaginação possam sobressair de forma intuitiva e espontânea.

Pretende-se, igualmente, que o artesão também brinque um pouco, deixando a sua capacidade artística fluir, para que novos brinquedos de barro possam surgir.

Pode visitar as exposições na Torre Medieval, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.

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ZÉ POVINHO DE RAFAEL BORDALO PINHEIRO ERA UM ÍCONE DOS TABERNEIROS MINHOTOS EM LISBOA: QUERES FIADO… TOMA!

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A figura do Zé Povinho foi durante muitas décadas – a par de Santo António – um ícone nas tabernas de Lisboa, que tinham invariavelmente como donos galegos ou minhotos, com especial predominância para os oriundos de Ponte de Lima e Paredes de Coura.

“Um ramo de louro à porta / Indicava uma taberna / À noite era uma lanterna / Com sua luz quase morta” – tal como canta a barcelense Gisela João.

Lá dentro, em lugar cimeiro, Santo António segurava o menino dentro da sua capelinha e, a seu lado, a figura rústica do Zé Povinho garantia: Queres fiado… toma!

O taberneiro, qual sacerdote de Dionysos, perfila-se diante do balcão como se da ara dos ritos sacrificiais se tratasse, presidindo à liturgia pagã do vinho junto dos seus ungidos. E, no seu subido altar, nas suas funções de Baco, Zé Povinho assegurava o cumprimento do dever dos fiéis não deixarem de cumprir a sua obrigação do pagamento da despesa. Isto acontecia outrora quando existiam tabernas dos minhotos em Lisboa.

Foto: Museu Bordalo Pinheiro

CERAMISTA BARCELENSE ROSA RAMALHO FALECEU HÁ 47 ANOS

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Rosa Ramalho (14 de Agosto de 1888 - 24 de Setembro de 1977), nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista, faleceu há 47 anos.

“O seu trabalho é caracterizado por peças figurativas que evocam o surrealismo e transitam entre o real e o fantástico. As suas peças exprimem uma imaginação prodigiosa e uma visão singular do através de personagens como as alminhas, o cristo, os cabeçudos, o galo, o galo mulher, o homem-sereia, o carrocho, a cabra, a pinha, a banda, a ceia, o cavaleiro, entre outras.

Rosa Ramalho nasceu no lugar da Cova, na freguesia de São Martinho de Galegos, concelho de Barcelos. O apelido adotado por ela, e sob o qual veio a ser conhecida, vem de uma expressão que sua avó dizia a seu pai: “não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!”. Filha de um sapateiro, Luís Lopes e de uma tecedeira, Emília Barbosa, ela nunca frequentou a escola. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade quando se casou aos 18 anos e teve oito filhos (três morreram à nascença). Durante esse período, para fazer algum dinheiro, Rosa ia para casa de uma vizinha que modelava figuras, depois das suas atividades domésticas e domiciliárias. Inicialmente, para tecer tiras de cestas, mas depois para, por olho e por hábito, aprender a fazer essas tais figuras com barro por cozer (ou chacota) e com tintas não-cerâmicas, a partir da terra que tinha à disposição. Mas foi só após a morte do marido, em 1956, que, já com 68 anos de idade, iniciou o trabalho pelo qual veio a ser conhecida, com figuras de contornos dramáticos e fantasiosos, provenientes de uma imaginação fértil e repleta de mitologias locais.

A trajetória artística de Rosa começa com as tradicionais feiras populares, e foi assim que ela vendeu seus primeiros bonecos em Barcelos. Quando o pintor Antonio Quadros conheceu seu trabalho, passou a divulgar as suas exposições nas feiras. Quando o trabalho de Rosa ficou conhecido pelos membros da Escola Superior de Belas Artes do Porto, a modelagem de figuras em barro passou a ser valorizada pela "elite" artística e ganhou um estatuto superior no país.

Uma das suas peças, encontrada no acervo da Fundação Marques da Silva (FMS), da Universidade do Porto, integrou a exposição "Mais que Arquitectura", no Palacete Lopes Martins, em 2020.

Boa parte da obra de Rosa Ramalho pode ser encontrada no Museu de Olaria, em Barcelos, numa sala inteiramente dedicada ao figurado. São cerca de 250 peças que representam as várias fases do seu trabalho. Algumas da primeira fase, quando ela também pintava as peças, e outras da fase em que começou a contactar com os alunos de Belas-Artes da Universidade do Porto, e ainda figuras inacabadas.

O seu trabalho é continuado atualmente pela neta Júlia Ramalho que a acompanhava no trabalho do telheiro.

Em 1968 recebeu a medalha "As Artes ao Serviço da Nação". Nesse ano foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.

Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.”

Fonte: Wikipédia

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Rosa Ramalho pôs as mãos no barro desde criança, mas só ficou célebre na arte da olaria tradicional portuguesa depois de ficar viúva.

De origens humildes, filha de um sapateiro e de uma tecedeira, Rosa Barbosa Lopes nasceu em 1888 na freguesia de S. Martinho de Galegos, em Barcelos. A partir de uma expressão de uma frase recorrente da avó ao seu pai – “Não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!” – juntou ao seu nome o apelido Ramalho pelo qual ficou conhecida.

Nunca frequentou a escola e com apenas sete anos, a troco de algum dinheiro, começou por fazer tiras de cestas em casa de uma vizinha que modelava uns bonecos toscos em barro, imitando as cestas em vime que vira umas mulheres ciganas fazer.

Casou aos 18 anos, juntando-se ao seu marido no ofício de moleiro para sustento da família. Teve 8 filhos (três morreram à nascença) e durante os quase 50 anos de casamento, o barro tornou-se apenas num passatempo familiar com as crianças.

Só em 1956, tinha então 68 anos, é que se dedicou novamente à arte de moldar o barro, dando asas à sua imaginação fértil. Inspirada pela vida rural minhota que a envolvia e pelo imaginário fantasmagórico de infância produziu peças retratando cenas como a matança do porco e as procissões, passando por bruxas, lobisomens, bichos e monstros de um universo surreal que a distinguiria entre os barristas da região.

Percorreu feiras locais e regionais do norte de Portugal e foi na feira das Fontainhas no Porto que o pintor António Quadros reparou no seu trabalho, divulgando-o e contribuindo assim para o seu reconhecimento, tendo também sugerido que assinasse as suas peças retirando a sua obra do anonimato.

Umas das mais importantes ceramistas portuguesas, elevou a arte do figurado de barro de Barcelos, tendo trabalhado até ao fim dos seus 89 anos de vida.

Fonte: EGEAC

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QUEM FOI A ARTESÃ BARCELENSE ROSA RAMALHO?

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Rosa Ramalho pôs as mãos no barro desde criança, mas só ficou célebre na arte da olaria tradicional portuguesa depois de ficar viúva.

De origens humildes, filha de um sapateiro e de uma tecedeira, Rosa Barbosa Lopes nasceu em 1888 na freguesia de S. Martinho de Galegos, em Barcelos. A partir de uma expressão de uma frase recorrente da avó ao seu pai – “Não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!” – juntou ao seu nome o apelido Ramalho pelo qual ficou conhecida.

Nunca frequentou a escola e com apenas sete anos, a troco de algum dinheiro, começou por fazer tiras de cestas em casa de uma vizinha que modelava uns bonecos toscos em barro, imitando as cestas em vime que vira umas mulheres ciganas fazer.

Casou aos 18 anos, juntando-se ao seu marido no ofício de moleiro para sustento da família. Teve 8 filhos (três morreram à nascença) e durante os quase 50 anos de casamento, o barro tornou-se apenas num passatempo familiar com as crianças.

Só em 1956, tinha então 68 anos, é que se dedicou novamente à arte de moldar o barro, dando asas à sua imaginação fértil. Inspirada pela vida rural minhota que a envolvia e pelo imaginário fantasmagórico de infância produziu peças retratando cenas como a matança do porco e as procissões, passando por bruxas, lobisomens, bichos e monstros de um universo surreal que a distinguiria entre os barristas da região.

Percorreu feiras locais e regionais do norte de Portugal e foi na feira das Fontainhas no Porto que o pintor António Quadros reparou no seu trabalho, divulgando-o e contribuindo assim para o seu reconhecimento, tendo também sugerido que assinasse as suas peças retirando a sua obra do anonimato.

Umas das mais importantes ceramistas portuguesas, elevou a arte do figurado de barro de Barcelos, tendo trabalhado até ao fim dos seus 89 anos de vida.

Fonte: EGEAC

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Rosa Ramalho aos 86 anos (1973). Fotografia de Carlos Coutinho.

BARCELOS: ROSA RAMALHO NASCEU HÁ 136 ANOS!

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Escultora, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa, começou a aprender o seu ofício aos sete anos, quando experimentou modelar peças de barro em casa de uma vizinha, no concelho de Barcelos. A partir dos 18 anos, idade com que se casou, deixou o trabalho como barrista, ao qual só regressou após enviuvar, quando tinha já perto de 68 anos. Foi então que a arte de modelar a imaginação se tornou a sua paixão, começando a frequentar feiras e romarias. A sua obra despertou, nessa altura, a curiosidade de jovens estudantes, alunos da Escola Superior de Belas Artes do Porto, e as suas obras, evocativas do Surrealismo, tornaram-se um fenómeno do artesanato português. Foi, assim, a primeira barrista a ter um reconhecimento singular e chegou a receber, em 1981, o grau de Dama da Ordem Militar de Sant’iago da Espada.

Em 2021, um conjunto de peças suas estiveram em mostra na Galeria Avenida da Índia (Galerias Municipais de Lisboa), no âmbito da exposição coletiva “Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos”.

Rosa Ramalho nasceu em 14 de agosto, no ano de 1888.

Rosa Ramalho fotografada por Eduardo Gageiro em 1968

Fonte: Lisboa Cultura

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BARCELOS APRESENTA EXPOSIÇÕES DE FIGURADO NA TORRE MEDIEVAL E NO POSTO DE TURISMO

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A Torre Medieval e o Posto de Turismo recebem, de 24 de maio a 14 de julho, duas exposições de artesanato: na Torre Medieval vai estar patente “Um Figurado com Tradição por António Ramalho”; e, no Posto de Turismo, a mostra “Porfírio Mendes, um artesão de alma e coração”.

“Um Figurado com Tradição por António Ramalho”, na Torre Medieval

António Ramalho, nascido em Barcelos em 1969, é filho de Júlia Ramalho e bisneto de Rosa Ramalho, tendo começado ainda na infância a brincar com o barro. A herança da bisavó e da mãe são marcas das suas figuras, pelo recurso a elementos e motivos que elas já utilizavam. Por outro lado, há uma vontade consciente de se afastar dessa herança, procurando desenvolver uma linha singular. É em 2004 que António Ramalho começa a dedicar-se em exclusivo à produção de Figurado, entre a ajuda na produção das peças da mãe e na conceção e execução das suas próprias peças. Vidrados em tons de verde e o recurso ao universo fantástico, povoado por criaturas bizarras, são algumas das características do seu trabalho.

Nesta exposição, António Ramalho apresenta uma produção artesanal sustentada na tradição, ostentando o certificado de “Figurado de Barcelos”, o que confere à sua obra garantia de qualidade e autenticidade.

“Porfírio Mendes, um artesão de alma e coração”, no Posto de Turismo

No Posto de Turismo, o artesão Porfírio Mendes pretende dar a conhecer os seus trabalhos através da exposição “Porfírio Mendes, um artesão de alma e coração”. Esta é a sua primeira exposição individual e, tal como o nome indica, mostra figuras que transmitem o carinho e afeição com que este artesão coloca nas suas peças. São figuras artísticas cheias de cor e movimento, que revelam a vida e as suas circunstâncias, elaboradas sob o olhar de Porfírio Mendes. O artesão utiliza a cortiça como material base, usando rolhas, lixa, cola e tintas no seu processo de fabrico.

As exposições “Um Figurado com Tradição por António Ramalho” e “Porfírio Mendes, um artesão de alma e coração” estão patentes até 14 de julho, na Torre Medieval e no Posto de Turismo. No Posto de Turismo, pode visitar de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 18h00; aos sábados, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, e aos domingos e feriados, das 10h às 13h e das 14h às 16h. Na Torre Medieval, pode visitar de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.

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BARCELOS: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS CIDADES E VILAS DE CERÂMICA DISTINGUE MUSEU DE OLARIA

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O Museu de Olaria de Barcelos foi distinguido pela Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica pelo seu desempenho no setor da preservação e divulgação no setor da cerâmica em Portugal. Em sessão realizada no Teatro da Vista Alegre, em Ílhavo, também foram distinguidos o Departamento de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro, a Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre e o Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica - CENCAL.

Na sessão em que estiveram presentes representantes de várias cidades e vilas cerâmicas portuguesas, bem como representantes de membros honorários da Associação e alguns membros do Conselho Consultivo, foi dada posse aos corpos dirigentes para mais um mandato de dois anos, sendo que Barcelos integra de novo a direção.

A AptCVC - Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica tem 29 cidades e vilas portuguesas associadas. Pertence ao Agrupamento Europeu de Cidades Cerâmicas, composto por 7 países, e à Academia Internacional de Cerâmica, sediada em Genéve, que este ano realiza o seu Congresso Mundial, em Portugal, sob a organização da AptCVC, nas cidades de Alcobaça e Caldas da Rainha, no 3.º semestre de setembro.

BARCELOS: MUSEU DE OLARIA RECEBE DUAS EXPOSIÇÕES NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DOS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL

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“Noutros tempos era assim…” e “Técnicas Cerâmicas nos Países de Expressão Portuguesa”

No âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Museu de Olaria inaugura, na próxima sexta-feira, 12 de abril, duas exposições: “Noutros tempos era assim…” e “Técnicas Cerâmicas nos Países de Expressão Portuguesa”.

“Noutros tempos era assim…”

Patente na Sala de Exposições Temporárias até 2 de fevereiro de 2025, “Noutros tempos era assim…” dá mote ao tema desta exposição de Figurado de Barcelos, com peças da coleção do Museu de Olaria. A mostra levará os visitantes numa viagem tridimensional pela memória coletiva local, em especial antes do 25 de Abril de 1974, através dos trabalhos de nomes consagrados e emergentes do Figurado de Barcelos. Num percurso com mais de 80 obras, serão percorridos alguns lugares-comuns da vida, como a escola, a agricultura, profissões que, entretanto, foram desaparecendo. Outros temas das peças figurativas retratam as festas e romarias presentes, o namoro e os afetos, e a saúde.

“Técnicas Cerâmicas nos Países de Expressão Portuguesa”

A mostra apresenta ao público um conjunto diversificado de peças, ferramentas e instrumentos de trabalho da produção cerâmica de Angola, Brasil, Cabo Verde e Timor-Leste, fruto de trabalhos etnográficos, doações e aquisições feitas durante os séculos XX e XXI.  As louças utilitárias decorativas e a expressão artística do figurado dão a conhecer parte da cultura material daqueles países.

A exposição vai ficar patente ao público, na Sala da Capela do Museu de Olaria, até 30 de junho, podendo ser visitada nos seguintes horários: terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h30 e, aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

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ZÉ POVINHO DE RAFAEL BORDALO PINHEIRO: QUERES FIADO… TOMA!

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A figura do Zé Povinho foi durante muitas décadas – a par de Santo António – um ícone nas tabernas de Lisboa, que tinham invariavelmente como donos galegos ou minhotos, com especial predominância para os oriundos de Ponte de Lima e Paredes de Coura.

“Um ramo de louro à porta / Indicava uma taberna / À noite era uma lanterna / Com sua luz quase morta” – tal como canta a barcelense Gisela João.

Lá dentro, em lugar cimeiro, Santo António segurava o menino dentro da sua capelinha e, a seu lado, a figura rústica do Zé Povinho garantia: Queres fiado… toma!

O taberneiro, qual sacerdote de Dionysos, perfila-se diante do balcão como se da ara dos ritos sacrificiais se tratasse, presidindo à liturgia pagã do vinho junto dos seus ungidos. E, no seu subido altar, nas suas funções de Baco, Zé Povinho assegurava o cumprimento do dever dos fiéis não deixarem de cumprir a sua obrigação do pagamento da despesa. Isto acontecia outrora quando existiam tabernas dos minhotos em Lisboa.

Foto: Museu Bordalo Pinheiro

VILA VERDE E AS OLARIAS DE PRADO – POR ROCHA PEIXOTO

"A vila de Prado, situada perto de Braga, foi cabeça de um concelho extinto no ano de 1855. Em muitas das aldeias que o compunham havia uma laboriosa população que, não se sabe desde quando, em grande parte se dedicava à fabricação de louças cuja expansão e fama trasbordava do Noroeste Português. Repartidas tais aldeias pelos concelhos de Vila Verde, Braga e Barcelos, couberam ao último aquelas onde a indústria mais densamente se concentrava.

A designação "louças de Prado", essa, não se apagou com a mesma facilidade com que se extinguiu o concelho. Lentamente se operou a substituição dos nomes. Várias décadas depois da reforma administrativa ainda as louças aqui produzidas eram chamadas "de Prado".

(As olarias de Prado, por Rocha Peixoto)

Vendedeiras e fabricantes de púcaros; potes; panelos de barro; andavam longas distâncias a pé com a louça sob a cabeça e como auxilio usavam uma rodilha feita de palha para suportar o peso do molho. 

Fonte: Povo de Antanho

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MUSEU DE OLARIA DE BARCELOS RECEBE EXPOSIÇÃO “TERRA, MÃOS E FOGO – 35 ANOS DE CERÂMICA” DE ISABEL AZERÊDO

Exposição na Sala da Capela até 7 de janeiro de 2024

A Sala da Capela do Museu de Olaria tem patente, de 14 de outubro a 1 de janeiro de 2024, a exposição “Terra, mãos e fogo – 35 anos de cerâmica”, de Isabel Azerêdo.

A presente exposição faz uma retrospetiva dos 35 anos de trabalho em cerâmica de Isabel Azerêdo, que traz ao Museu de Olaria obras que ilustram o seu percurso profissional enquanto ceramista e escultora. Da terra, ela retira a matéria-prima que modela artisticamente, indo buscar às formas mais tradicionais a essência do seu trabalho.

O barro, elemento fundamental da obra de Isabel, transforma objetos, dá-lhes uma dimensão escultórica e uma beleza artística únicas próprias de uma identidade. O desenho é o princípio de cada um dos seus trabalhos.

Isabel Azerêdo trabalha o barro com mestria, cria obras complexas e faz com que o barro se transforme em algo mais sublime. Quando se veem as suas peças, decorativas e/ou funcionais, percebe-se a sua origem e lembra-se a ancestralidade que está inerente à modelação do barro.

A artista

1966 Nasceu em Lisboa 1982 Curso de Introdução às Artes Plásticas Design e Arquittura na Escola António Arroio 1986 Curso profissional moldador/modelador cerâmico na escola António Arroio, sob a orientação do mestre Querubim Lapa 1987 Curso de cerâmica de alta temperatura no AR.CO - Centro de Arte e Comunicação Visual – sob a orientação do ceramista Alberto Cidraes. | Participa em workshop sobre serigrafia/escultura com o ceramista António Pascoal - AR.CO | Assistente para a área de olaria no curso de cerâmica leccionado pelo professor/ceramista António Vasconcelos Lapa, no IADE-Instituto de Arte e Decoração 1988 Participa no workshop sobre vidro soprado com o artista britanico Ray Flavel - AR.CO | Executa esculturas/troféus oferecidos pela publicação das produções cassefaz - “O Actor” 1990 Em itália, estágio com o ceramista Giancarlo Scapim 1991 Ingressa na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde frequenta o 1.º ano 1992|93 Frequenta a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa 1993 Inicia colaboração com o designer Pedro Lunta, apresentando anualmente coleções de design cerâmico com produção de autor 2007 Referenciada no livro do ceramista/escultor Eduardo Nery “Azulejo - apreciação estética do azulejo” pág. 62, ed. Inapa | Inscrita na SPA - Sociedade Portuguesa de Autores com o nº 14645.

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BARCELOS: MUSEU DA OLARIA RECEBE EXPOSIÇÃO “CARLOS BARROCO E O ARTESANATO PORTUGUÊS”

Exposição na Sala da Capela até 1 de outubro

A Sala da Capela do Museu de Olaria tem patente, de 1 de julho a 1 de outubro, a exposição “Carlos Barroco e o Artesanato Português”.

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Carlos Barroco (Lisboa, 1946-2015) foi uma figura multifacetada e com múltiplos interesses, ficando sobretudo conhecido enquanto artista plástico e galerista. Em 1985, fundou a galeria Novo Século, que lhe permitiu dedicar-se profissionalmente ao que realmente lhe interessava: a expressão artística nas suas múltiplas vertentes, da arte popular à contemporânea, do trabalho manual à produção industrial.

Nesta exposição, que é também uma homenagem à vida e obra de Carlos Barroco, procuramos destacar a relevância do seu contributo para o campo do artesanato português, salientando a validade da sua abordagem e perspetiva. Damos a conhecer uma parte significativa da sua coleção de figurado de barro, a par de um pequeno conjunto de obras por si produzidas – onde se detetam claras referências à arte popular – e de alguma documentação visual que realizou durante as visitas que fazia aos artesãos. A sua dedicação ao artesanato português resultou, para além da constituição de uma coleção composta sobretudo por figurado de barro, num conjunto de textos, exposições, fotografias e vídeos que hoje constituem valiosos documentos textuais e visuais sobre esta área.

Carlos Barroco (1946-2015)

Nasceu em Lisboa, em 1946, cidade onde viveu e trabalhou. Frequentou a Escola de Artes António Arroio e, em 1988, foi bolseiro da S.E.C.. Encontra-se representado na coleção da Caixa Geral de Depósitos e em coleções particulares em Portugal e no estrangeiro.  Ao longo da sua carreira, realizou exposições no país e no estrangeiro, como por exemplo em Bruxelas, Bélgica e Itália. Está citado nas seguintes monografias: Dictionary Portuguese Paintings – Tanock;  Pintura e Escultura em Portugal 1940/1980 - Rui Mário Gonçalves; jornais e publicações diversas. Faleceu em 2015, em Lisboa.

A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

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BARCELOS: NOS 60 ANOS DE EXISTÊNCIA, MUSEU MOSTRA OLARIAS DE PORTUGAL

Por ocasião da celebração dos seus 60 anos de existência, foi inaugurada hoje no Museu de Olaria a grande exposição “Olarias de Portugal", uma mostra que permite percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses, ilustrados por cerca de 650 peças.

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A sessão que marcou a abertura desta mostra foi presidida pelo presidente da Câmara de Barcelos, acompanhado da vereadora da Cultura.

Após um enquadramento histórico, feito pela diretora, Cláudia Milhazes, da vida do Museu e do seu papel na preservação, estudo, divulgação e promoção das olarias e figurado, o presidente da Câmara, Mário Constantino, sublinhou a importância desta nova exposição permanente, quiçá a mais rica e representativa das olarias portuguesas. "É mais um excelente produto cultural que muito orgulha Barcelos e faz o nosso Museu ganhar ainda mais dimensão nacional e internacional", referiu o autarca.

A exposição "Olarias de Portugal" está organizada por três pisos diferenciados, nos quais estão expostas peças de cerâmica e olaria dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa, Leiria, e ainda dos núcleos do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores, bem como naturalmente peças da olaria e do figurado de Barcelos, desde os finais do século XIX, até aos dias de hoje.

A arte de produzir louça com barro além de ancestral é, indiscutivelmente, fruto da necessidade humana. O uso de recipientes para conservar, cozinhar, servir, ornamentar, para a promoção de rituais ou satisfação de crenças, calcorreia séculos.

A exposição "Olarias de Portugal" convida-o a percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses. Desde o processo de extração do barro, à preparação da pasta para ser trabalhada pelo oleiro, passando pelas características únicas de cada centro produtor. O caminho começa no primeiro piso com as louças de Barcelos, seguindo até aos distritos de Vila Real e Bragança. Depois de se subir as escadas, no piso superior, encontram-se louças dos distritos da Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa e Leiria, e ainda da envolvente do Alentejo, Algarve, e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

No terceiro piso, o destaque releva a antiguidade e criatividade do Figurado de Barcelos e as mudanças que o mesmo foi sofrendo ao longo dos anos. Mas a visita não termina aqui, no retorno, descendo as escadas, encontra-se a louça decorativa produzida no território barcelense, desde os finais do século XIX.

O percurso museológico pelas Olarias de Portugal termina com a possibilidade de se poderem apreciar algumas das obras contemporâneas da coleção do Museu.

O Museu de Olaria

Decorria o ano 1963, quando foi inaugurado o Museu de Cerâmica Regional, em Barcelos. Onze anos antes, o etnógrafo Joaquim Sellés Paes de Villas-Bôas doara a sua coleção de louça utilitária e figurado ao Município, promovendo a criação de um museu. Uma sala subterrânea, por baixo do Paço dos Condes, foi o local escolhido para acolher a coleção.

Muito se discutiu e se fez em torno deste museu e do que ele significava, enquanto polo dinamizador da investigação cerâmica em Portugal. Sim, a vontade de quem o dirigia ultrapassava o limite concelhio, entendia Eugénio Lapa Carneiro que tinha de ser um museu útil e vivo e foi assim que se manifestou aquando de uma doação de uma pequena biblioteca: “[…] o museu de Barcelos deve ser apetrechado de modo a servir os estudiosos da cerâmica popular, portugueses e estrangeiros, deve preparar-se para desempenhar cabalmente o seu papel de centro promotor de estudos sobre cerâmica popular.” (Carneiro. 1969). Não chegava uma coleção, importava ter um centro de investigação. Com Eugénio Lapa Carneiro, a coleção do museu foi aumentando, desafiou antropólogos e etnógrafos para estudarem cerâmicas de países lusófonos: João Lopes Filho fez um importante levantamento em Cabo Verde; Adélio Marinho Macedo Correia para além do Alentejo, percorreu Angola onde desenvolveu um trabalho imensurável. Com a inclusão de Isabel Maria Fernandes na equipa, a investigação do mundo do barro ganhou nova dimensão. O museu desempenhava agora um papel fulcral na perspetiva do estudo, mas também na divulgação e promoção do seu acervo.

A incorporação de peças nacionais e de países de língua oficial portuguesa como Angola, Cabo Verde, Brasil, Timor, Moçambique e Guiné são reflexo da sua vivência, intimamente ligada à história nacional.

Em 1995, foi inaugurado o Museu de Olaria; nova designação, mudança de instalações com a adaptação a museu da Casa dos Mendanhas de Benevides, onde hoje se encontra.

O acervo, com mais de 10 000 peças, é apresentado de forma sucinta nesta exposição, contudo conscientes de que a riqueza da olaria portuguesa não se limita neste espaço. É, por isso, que Cláudia Milhazes, diretora do museu, refere que: “o papel do museu na comunidade extravasa as instalações, a olaria requer ainda muita investigação e tem sido uma preocupação constante transmitir conhecimento, desde o público escolar ao público em geral, bem como a promoção de novos artistas no mundo da cerâmica”.

O Museu de Olaria quer ser útil para manter a olaria viva!

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MUSEU DA OLARIA DE BARCELOS APRESENTA A GRANDE EXPOSIÇÃO “OLARIA DE PORTUGAL”

Vai ser inaugurada, no Museu de Olaria, em Barcelos, no próximo sábado, pelas 17 horas, a exposição "Olaria de Portugal", uma mostra que permite percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses.

Esta exposição apresenta louças dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa, Leiria, e ainda dos núcleos do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.

Em destaque, estão também a olaria e o figurado de Barcelos, com peças desde os finais do século XIX.

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BARCELOS: “FÉ E FOLIA EM BARRO” EM EXPOSIÇÃO NO MUSEU DE OLARIA

O Museu de Olaria volta a ser a casa do Figurado de Barcelos, essa ancestral arte representativa de uma das atividades artesanais mais importantes do concelho. “Fé e Folia em Barro” é o nome da exposição que abriu ao público no sábado (18/03) e que estará patente até 21 de janeiro de 2024.

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A exposição mostra-nos as criações de barristas de Barcelos que sempre representaram temas do quotidiano: o trabalho, os animais, a religião e as festas, mostrando como a Religião e a Festa foram e são representados e como evoluíram os olhares e as formas do Figurado de Barcelos.

Inicialmente, faziam-se figurinhas, de pequenas dimensões, produzidas particularmente para os mais pequenos, às quais lhes adicionavam assobios e orifícios. As primeiras enquadram-se na função lúdica, sendo oferecidas/vendidas como brinquedo; às segundas, o povo inventivo e engenhoso conferiu-lhe uma função prática, a de paliteiro.

Os modeladores e pintores eram mulheres e crianças e só a crescente procura em feiras e festas fez com que o homem, artífice de louça utilitária, começasse também a contribuir para o processo de fabrico de figurado. Assim, utilizando a roda de oleiro, mas também moldes, entre outras tecnologias à disposição, o figurado começou uma nova etapa. Mantendo orifícios e/ou assobios, começaram a surgir peças de maiores dimensões feitas no torno, como galos, gigantones, cabeçudos, bonecas... Ao mesmo tempo, surge uma policromia mais rica, um brilho característico conferido pelo vidrado e pela utilização de novas tintas .

As transformações apareciam em catadupa e o reconhecimento de mestres das Belas-Artes do Porto, de onde se destacou o pintor António Quadros, viria a colocar na história da Arte Popular nomes como Ana Baraça, Rosa “Ramalho”, Rosa Côta, Teresa Carumas, entre outros.

As dimensões das peças aumentaram e os acessórios foram-se perdendo.

A exposição “Fé e Folia em Barro” pode ser visitada até 21 de janeiro de 2024, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. A entrada é gratuita.

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