A Casa da Azenha da Ponte Medieval mereceu destaque na reportagem “International Molinology”, publicada no “Journal of The International Molinological Society”, N.º 109, de dezembro do ano passado.
Esta referência internacional praticamente coincidiu com os trabalhos de colocação de uma nova roda na Casa da Azenha, construída agora em madeira exótica capaz de suportar melhor as condições climatéricas.
Entretanto, a roda da Azenha começará a funcionar logo que estejam concluídos os trabalhos técnicos e de musealização no interior do edifício, sendo depois aberta ao público.
A Casa da Azenha é um edifício recuperado na margem do Rio Cávado e junto à ponte medieval de Barcelos, onde antigamente funcionava uma moagem, com a respetiva habitação dos moleiros. É um dos edifícios mais emblemáticos do casco velho da cidade, já que integra as vistas pitorescas que de Barcelinhos se fazem para o conjunto histórico de Barcelos, juntamente com a ponte, o Paço dos Condes, a igreja Matriz e o Solar dos Pinheiros.
Esta casa é o resultado de um “sonho”, inicialmente megalómano, que demorou mais de dez anos a concretizar-se, desde 1886 até cerca de 1896, data do seu registo notarial. A sua aprovação pela Câmara Municipal de Barcelos remonta ao ano de 1891.
Foi mandada construir por António José da Silva, tendo mudado de proprietário várias vezes ao longo dos anos, laborando até ao início dos anos setenta do século XX, não resistindo aos novos tempos, concorrência dos moinhos industriais.
O edifício foi adquirido pelo Município de Barcelos, em 1993, tendo-se promovido a sua recuperação, concluída em 2003. Veja as fotos dos trabalhos de colocação e montagem da nova Roda da Azenha.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou esta sexta-feira presença na sessão de assinatura dos Acordos de Colaboração de adesão do Moinho do Inácio e do Museu do Mel e do Caulino à Rede Portuguesa de Turismo Industrial, que aconteceu no salão nobre da Junta de Freguesia de Vila de Punhe.
“O setor do Turismo é um fator diferenciador e criador de riqueza, pelo que temos trabalhado e investido nele com todo o cuidado e dedicação, por sabermos e reconhecermos o seu potencial”, assumiu o autarca vianense. Luís Nobre considerou mesmo que o turismo “tem afirmado Viana do Castelo em termos nacionais e internacionais”, o que justifica em pleno a aposta que o município tem feito na promoção do território.
O Vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, José Cancela Moura, assegurou que “assinar estes protocolos representa uma grande responsabilidade perante estes recursos endógenos e perante a preservação destes espaços”.
“O turismo industrial é uma nova forma de fazer turismo que vem valorizar os produtos endógenos e o saber-fazer. O Navio Gil Eannes, por exemplo, está no Top 10 nacional do turismo industrial, com cerca de 87 mil visitantes por ano”, realçou o representante da TPNP.
“Viana do Castelo é um exemplo que deve ser replicado e que contribui decisivamente para a afirmação do Porto e Norte em todos os setores, nomeadamente no setor turístico”, distinguiu Cancela Moura.
O Presidente da Junta de Freguesia de Vila de Punhe, António Costa, explicou que o Moinho do Inácio e o Museu do Mel e do Caulino representam “produtos endógenos que se destacam no Vale do Neiva”, afirmando que os dois espaços “permitem uma ligação profunda entre o passado e o presente”, pelo que considerou “uma honra e um orgulho” integrar a Rede Portuguesa de Turismo Industrial, o que vai permitir “potenciar o território em termos turísticos, económicos, culturais e sociais”.
A Estratégia Turismo 2027 enquadra a estruturação da oferta de Turismo Industrial como um novo produto turístico, capaz de reforçar a atratividade dos territórios, valorizar os produtos, os processos produtivos e o saber-fazer nacionais, e captar o interesse da procura turística nacional e internacional, ao longo de todo o ano.
Nesse contexto, os protocolos de colaboração agora firmados visam confirmar o interesse e empenho das partes na implementação das boas práticas e critérios de conformidade associados aos serviços de Turismo Industrial, de acordo com o Guia de Boas Práticas desenvolvido pelo Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
Confirmam também o empenho da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e do Município de Viana do Castelo em apoiar, no que for possível, o trabalho de qualificação e promoção dos serviços de Turismo Industrial. Confirmam ainda a disponibilidade dos parceiros Moinho do Inácio e Museu do Mel e do Caulino em colaborar com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal e o Município e outros parceiros de Turismo Industrial no desenvolvimento de iniciativas que concorram para a estruturação e promoção da rede regional e nacional, sempre que tal for possível, entre outros objetivos.
Até ao ano de 2013, o Moinho do Inácio era uma valência em ruínas, em posse de um particular. Nesse ano, através de um protocolo de cedência e de uma escritura de usucapião, passou a integrar o património da Junta de Freguesia, que, através do apoio técnico prestado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, apresentou uma candidatura ao PRODER (gerido pela ADRIL), tendo a mesma sido aprovada e permitido que este espaço tenha as características e usos atuais.
Situado na rua das Boucinhas, o antigo edifício/engenho de rodízio, conhecido por Moinho do Inácio, já funcionava em 1837. Na posse da autarquia, foi restaurado e inaugurado a 4 de outubro de 2014. Está, assim, aberto ao público, com visitas mediante marcação.
Já o Museu do Mel e do Caulino surgiu em maio de 2021, resultado de um investimento do município vianense. Estando sob a gestão da Junta de Freguesia, que cedeu o espaço, é visitável, por marcação.
Na Porta do Neiva do Geoparque de Viana do Castelo é explorado o tema “Do Mel ao Caulino”, dois produtos endógenos que se destacam no Vale do Neiva interligados entre si pelo simbolismo hexagonal. Os visitantes podem explorar o património identitário da margem esquerda da Ribeira Lima e ainda conhecer o vasto património natural e cultural patente na área territorial de Viana do Castelo neste espaço expositivo que se divide em duas alas: a ala do mel onde se pode observar os vários utensílios usados pelos apicultores, conhecer os diferentes produtos extraídos da colmeia e fazer prova de mel; e a ala dedicada ao caulino, onde são apresentados testemunhos da exploração e das aplicações deste barro especial.
Em Viana do Castelo, já integravam a Rede Nacional de Turismo Industrial o navio-hospital Gil Eannes, a Rota da Cerâmica de Alvarães/Fornos Telheiros e o Moinho de Maré – Azenhas de D. Prior.
O Navio Hospital Gil Eannes é considerado um símbolo vivo da construção naval e do apoio à frota bacalhoeira da pesca à linha, assumindo-se como o museu mais visitado da cidade. Ao longo dos seus anos enquanto navio-hospital, teve a importante missão de apoiar a frota bacalhoeira nos mares da Terra Nova e Gronelândia. Embora a sua principal função fosse prestar assistência hospitalar a pescadores e tripulantes, o Gil Eannes foi navio capitania, navio correio, navio rebocador e quebra-gelo, garantindo abastecimento de mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau.
Já a história do fabrico de materiais cerâmicos na freguesia de Alvarães, que remonta ao século XVI, e os seus Fornos de Telheiros que se inserem na Rota da Cerâmica da freguesia, são também parte da rede nacional do Turismo Industrial. O percurso interpretativo tem uma extensão de 15,6 quilómetros e passa por 13 pontos de interesse industrial, cultural e ambiental, destacando-se o forno telheiro de Alvarães que foi construído na primeira metade do século XX e está classificado pelo Instituto Português de Arqueologia.
No âmbito do Programa Polis, foi possível criar um Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental a partir da recuperação do único exemplar de Moinho de Maré no concelho, conhecido como Azenhas de D. Prior. Sabe-se que este moinho foi mandado construir pelo Abade de Lobrigos, no início do século XIX, para o abastecimento de farinha à cidade. No início de XX, o comerciante Jules Deveze substituiu o mecanismo de madeira por outro de ferro, que é o que podemos ver hoje. Deixou de funcionar nos anos 30.
No âmbito do Dia Mundial do Turismo, que hoje, 27 de setembro, se comemora, o Parque dos Moinhos da Abelheira, em Marinhas, recebeu, ontem, a visita de um grupo de participantes do 16.º Simpósio e Tour da TIMS - Sociedade Internacional de Molinologia.
Promovido por esta organização mundial dedicada ao estudo, salvaguarda e promoção dos moinhos tradicionais e que se encontra representada em 34 países, este evento decorre até ao próximo domingo, reunindo representantes de 16 países de todo o mundo, entre os quais algumas das figuras que mais se destacam no estudo e defesa dos moinhos a nível internacional.
É, pois, uma oportunidade única de divulgação dos moinhos portugueses a nível mundial, aferindo e testemunhando o trabalho desenvolvido noutros países em termos de preservação e fruição dos moinhos tradicionais. Constitui, ainda, uma oportunidade para aceder a conhecimentos técnicos e estabelecer contactos com molinólogos de todo o mundo, que também seguem com interesse a dinâmica da Rede Portuguesa de Moinhos e dos seus membros.
Ton Meesters, presidente da TIMS, entregou ao Município de Esposende a placa que assinala a passagem pelos Moinhos de Abelheira, selecionados no âmbito do Tour, pela sua representatividade tipológica e rigor etnotecnológico.
Refira-se que, até ao momento, foram reabilitados e recuperados três moinhos dos sete existentes, materializando a 1.ª fase do projeto do “Parque Temático dos Moinhos de Abelheira” traçado pelo Município. Tendo em conta o interesse patrimonial dos moinhos, que mereceram classificação municipal, a intervenção de restauro obedece a critérios de investigação, qualidade e autenticidade garantindo a fidelidade histórica dos moinhos.
O moinho dedicado à Etnografia, inclui o ciclo do pão e a etnografia a ele associado, as histórias e os saberes tradicionais relacionados com a produção de pão, do grão à farinha. O designado Moinho do Futuro Energético, aborda o futuro da energia, diferenciando-se dos outros exemplares pelo seu aspeto mais vanguardista, onde o visitante pode perceber os efeitos sobre a paisagem atual se não existir uma política ecológica por parte da comunidade em geral.
De referir que o Município já procedeu à aquisição de um quarto moinho, estando, nesta fase, a desenvolver o projeto para a sua requalificação e de toda a área envolvente, estando, por isso, cada vez mais perto da concretização total do projeto do “Parque Temático dos Moinhos de Abelheira”.
Esta estratégia enquadra-se no Plano de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo de Esposende_2023-2027, e está comprometida com o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
Quem já alguma vez teve a felicidade de contactar de alguma forma com o labor do moleiro, num moinho de vento, certamente se apercebeu da extraordinária semelhança de numerosos vocábulos empregues neste ofício relativamente à linguagem das gentes do mar. Com efeito, existem muitos termos que são comuns às duas atividades, em grande medida resultante da identidade de processos utilizados em ambas as atividades.
À semelhança das naus e, em geral, de todas as embarcações à vela, também os moinhos de vento aproveitam a mesma fonte de energia, recorrendo a uma técnica semelhante para assegurarem o seu próprio funcionamento. Tal como o marinheiro, também o moleiro deve saber medir a direção e intensidade do vento e manobrar as velas para dele tirar o máximo rendimento. Para tal, utiliza o cata-vento estrategicamente colocado sobre o capelo do moinho e os búzios atados na extremidade das vergas. Na realidade, o moinho de vento é como um veleiro a navegar em terra firme que requer a sabedoria do seu marinheiro – o moleiro!
Quando os portugueses se fizeram ao mar, a tripulação das naus partiu de terra e era naturalmente constituída por gente que, nas suas lides quotidianas, se dedicava aos mais variados ofícios. Entre ela encontravam-se certamente os moleiros cuja arte foi seguramente determinante para as atividades de manobra uma vez que, à semelhança dos moinhos, as naus e as caravelas navegavam à vela, sendo necessários marinheiros experimentados na arte de marinharia que era, afinal de contas, a arte dos próprios moleiros.
Não admira, pois, que ambas as linguagens se confundam em grande medida. De resto, é bastante sintomática a expressão outrora utilizada pelos navegadores quando, ao constatarem a evolução demasiado lenta da nau, a ela se referiam dizendo que “a nau ia moendo”, numa clara alusão ao ritmo pachorrento com que o moinho procede à moagem do grão.
O estudo dos moinhos é de uma extraordinária riqueza e elevado interesse cultural, sob todas as suas variantes, desde o ponto de vista tecnológico como ainda etnográfico, histórico e linguístico. Refira-se, a título de exemplo, que os construtores de moinhos eram outrora apelidados de engenheiros por se tratarem, na realidade, de construtores de engenhos.
Desde que o Homem sentiu necessidade de recorrer a processos mais eficazes para moer os grãos que utilizava na sua alimentação, ultrapassando a forma primitiva de os esmagar à mão com o emprego de duas pedras, os moinhos acompanharam a evolução do seu conhecimento e refletiram a sua própria organização social. Aproveitando os mais diversos recursos naturais e apresentando-se sob variadas formas, incluindo as azenhas e os moinhos de maré, eles encontram-se presentes nas novas tecnologias para captação da energia eólica ou ainda para bombagem de água como sucede na captação de água dos poços ou na manutenção dos diques da Holanda.
Atendendo ao valor cultural que o estudo dos moinhos representa, junta-se um pequeno dicionário comparado da linguagem utilizada pelos moleiros que trabalham nos moinhos de vento relativamente à empregue no meio náutico
Andadeira–Mó de cima. Corredor.
Bolacho– Diz-se quando a vela tem três voltas em torno da vara.
Braços– Varas, Vergas.
Búzio– Alcatruz. Pequeno objeto de barro, por vezes com a forma de uma cabaça, contendo um só orifício, que se coloca na ponta das vergas das velas dos moinhos de vento e que, com o girar destas, produz uma espécie de assobio que permite ao moleiro calcular a intensidade do vento e a velocidade adquirida pelas velas.
Cabrestante– Sarilho. Dispositivo para fazer rodar o capelo do moinho. – Nos navios, refere-se ao sarilho para manobrar e levantar a âncora e outros pesos.
Cabresto– Corda comprida que segura as varas e que serve para efetuar a amarração das velas no exterior. – Cada um dos cabos que, da ponta do gurupés vem à proa do navio, junto ao couce do beque. O gurupés é o mastro oblíquo situado na proa dos navios.
Calha– Peça que leva o grão da tremonha para o olho da mó. Ligação entre o tegão e o olho da mó. Quelha.
Canoura- Vaso de madeira donde o grão vai caindo para a mó. Moega. Tremonha.
Capelo– Parte superior do moinho que roda em função da direção do vento. Existem, contudo, moinhos que são rodados a partir da base, com a utilização de rodados. – Em linguagem náutica, diz-se da volta da amarra na abita que constitui a peça de madeira ou ferro, existente na proa dos navios, para fixar a amarra da âncora. Esta peça, apresenta-se geralmente de forma retilínea e liga ao “pé de roda” e termina na roda de proa. Nos barcos rabões, embarcações da família dos rabelos durienses, indica a sua extremidade superior. Nos valvoeiros, refere-se à parte superior da caverna.
Carreto– Roda colocada na parte superior do eixo central do moinho e ligado à entrosa.
Corredor– Mó de cima, com raio idêntico ao poiso, mas com altura inferior a esta.
Eixo– Mastro.
Entrosa– Rosa dentada existente no mastro do moinho, com os dentes na lateral engrenando noutra roda dentada.
Frechal– Calha onde assenta a cúpula móvel sobre a torre do moinho.
Forquilha– Vara comprida e com a ferragem em ponta em forma de “V”. – No meio náutico também se designa por forqueta e é constituído por duas hastes de madeira onde os pescadores arrumam o mastro, a verga e a palamenta enquanto pescam. A forquilha de retranca é uma cruzeta de madeira ou de ferro colocada na borda do navio, à popa, a meia-nau, para descanso da retranca.
Mastro– Eixo do moinho de vento. – Numa embarcação designa cada uma das peças altas constituídas por vergônteas de madeira que sustentam as velas.
Meia-ponta– Diz-se quando a vela tem cinco voltas em torno da vara.
Meia-vela– Diz-se quando a vela do moinho tem uma volta em redor da vara.
Mó– Pedra cilíndrica em forma de anel que serve para moer o grão.
Moageiro– Aquele que produz moagem.
Moagem– Acto ou efeito de moer. Moedura
Moedura– Moagem.
Moega– Canoura. Tremonha.
Moenda– Mó. Acto ou efeito de moer. Maquia que o moleiro retribui em géneros. Moinho. Moenga.
Moenga– Moenda
Moer– acto ou efeito de transformar o grão em farinha – Em linguagem antiga de marinha, “a nau ir moendo” referia-se à evolução demasiado lenta de um navio.
Olho da mó– Parte vazia no centro da mó.
Pano– Diz-se quando a vela do moinho se encontra toda aberta. – Os marinheiros referem “navegar a todo o pano” quando se pretende que o navio obtenha a sua velocidade máxima, aludindo ao completo desfraldar das velas.
Pião– Eixo do moinho de vento. Mastro.
Picadeira– Ferramenta usada para picar a mó a fim de criar novos sulcos. Picão.
Picão– Picadeira.
Poiso– A mó que fica por debaixo, estática.
Ponta– Diz-se quando a vela tem quatro voltas em torno da vara.
Quelha– Calha.
Sarilho– Dispositivo para fazer rodar o capelo. Cabrestante. – Nos navios consiste na máquina onde se enrola o cabo ou cadeia do cabrestante.
Segurelha– Suporte metálico regulável que fixa o corredor ao eixo vertical. Peça onde entra o ferro que segura a mó inferior ou poiso para tornar uniforme o movimento da superior ou andadeira.
Taleiga– Saco pequeno para condução de farinha.
Tegão– Peça por onde o grão passa para moer.
Traquete– Diz-se quando a vela do moinho tem duas voltas em redor da vara. – Nos navios, é a maior vela do mastro da proa.
Tremonha– Canoura. Moega.
Varas– Hastes de madeira de auxílio à amarração. Vergas. – Nos navios, constituem peças longas de madeira colocadas horizontalmente sobre os mastros para nelas se prenderem as velas.
Vela– Pano forte e resistente que se prende aos braços dos moinhos para os fazer girar sob a ação do vento. – Nos navios e embarcações, é o pano que se prende aos mastros para as fazer navegar.
Vela fechada– Diz-se quando a vela tem seis voltas em torno da vara.
Vela latina– Vela de formato triangular geralmente utilizada nos moinhos e nos navios.
Velame– Conjunto das velas de um moinho ou de um navio.
Vergas– Varas de auxílio à amarração. – Na linguagem náutica, existe uma grande variedade de designações, as quais remetem para as velas que nelas envergavam. De sublinhar, aliás, a proveniência do verbo envergar.
Bibliografia: LEITÃO, Humberto; LOPES, J. Vicente. Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual. Edições Culturais de Marinha. Lisboa. 1990.
Moinhos de Cima e do Marinheiro, em Carreço, no Concelho de Viana do Castelo.
O Ecomuseu Natural e Cultural da Serra da Labruja vai dinamizar visitas noturnas ao núcleo moageiro da Várzea no âmbito do Dia Internacional dos Museus 2024. O belíssimo espaço, rasgado pelas águas cristalinas do ribeiro de São João, integra dez engenhos hidráulicos, três deles totalmente recuperados e em pleno funcionamento, passadiços de madeira dispostos ao longo do percurso e duas pontes suspensas para contemplação da deleitosa paisagem circundante.
Associe-se às celebrações e visite-nos no dia 17 de maio, entre as 21h00 e as 23h00
O Ecomuseu Natural e Cultural da Serra da Labruja vai dinamizar visitas noturnas ao núcleo moageiro da Várzea no âmbito do Dia Internacional dos Museus 2024. O belíssimo espaço, rasgado pelas águas cristalinas do ribeiro de São João, integra dez engenhos hidráulicos, três deles totalmente recuperados e em pleno funcionamento, passadiços de madeira dispostos ao longo do percurso e duas pontes suspensas para contemplação da deleitosa paisagem circundante.
Associe-se às celebrações e visite-nos no dia 17 de maio, entre as 21h00 e as 23h00
Foi em ambiente festivo que se celebrou, em Celorico de Basto, o Dia Nacional dos Moinhos, com várias ações sempre com os moinhos como foco.
A manhã do dia 7 de abril iniciou com uma visita ao moinho de Perre (S. Romão do Corgo), de tarde, os moinhos do Bernardo estiveram abertos e a funcionar com a moagem do milho, e o forno da casa do Moleiro foi acesso para “cozer o pão à moda antiga”.
Esta iniciativa atraiu muitos curiosos que assistiram à atividade e colaboram ativamente na mesma. O rancho Folclórico os Amigos do Castelo foi a entidade dinamizadora com elementos do grupo a amassar a massa tal como fazia antigamente. Segundo a técnica de turismo do Município, Dores Vieira, “tudo foi feito como se fazia antigamente, usamos o saber fazer das gentes que usualmente coziam o pão e mostramos aos visitantes estas técnicas tradicionais e ancestrais que acrescentam valor a esta comunidade”.
Todo o ritual inerente a esta técnica foi replicado e deixou muitos dos presentes curiosos e encantados. Depois de juntar a farinha, de trigo, de milho e de centeio, juntou-se o fermento já devidamente embebido em água e sal, a técnica de amassar é um ritual muito próprio que termina com uma cruz no meio da massa e fica a repousar até levedar.
Os presentes desfrutaram de todo este processo e degustaram do bolo de carne. Puderam ainda usufruir dos cantares do rancho, que animou a ação.
Para a Vereadora do município, Maria José Marinho, “esta efeméride é, para este território, muito importante. O nosso património de moinhos é vasto, e teve um papel muito importante na economia local ao longo de séculos. Hoje são espaços que abrem pontualmente, em situações de visitas guiadas, para demonstrações e atividades educativas, e que se encontram devidamente preservados para manter viva a memória e a identidade das nossas gentes”.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, assinaram ontem, e pleno Dia Nacional dos Moinhos, o protocolo de adesão do Moinho de Maré – antigas Azenhas de D. Prior à Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
Na sessão, que aconteceu no Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo, o autarca Luís Nobre valorizou a integração das antigas azenhas nesta rede portuguesa, permitindo valorizar este moinho de maré e estimulando o turismo industrial que tem ganho importância a nível nacional.
No arranque das comemorações, o Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal considerou que “o turismo industrial é um dos bons exemplos de como se deve estruturar um produto” e referiu que 70% da oferta, a nível nacional, se localiza no Porto e no Norte de Portugal, o que é justificado pela força da indústria na região.
Luís Pedro Martins destacou a presença de Viana do Castelo nas feiras de turismo de proximidade, muitas vezes em parceria com o Turismo do Porto e Norte, “o que tem permitido ao turismo da região um crescimento sólido” e garantindo que 2024 “vai certamente ser outro ano fantástico para este setor”.
Também o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Manuel Vitorino, considerou que as antigas Azenhas de D. Prior se localizam “num braço do rio onde temos a Rede Natura 2000 e onde encontramos os Moinhos de maré, que podem fazer esta amarração ao turismo industrial, que é um turismo diferenciador”.
Existe apenas um exemplar de Moinhos de Maré no concelho, conhecido como Azenhas de D. Prior. Corresponde a um edifício robusto, com necessidade de uma preparação do local de implantação, uma vez que funciona com a diferença entre a preia-mar e a baixa-mar, precisa de condições muito específicas: proximidade da costa, geralmente no estuário dos rios, no local onde as águas do rio, sob a pressão da maré-alta, crescem para a margem, alagando-a. Sabe-se que este moinho foi mandado construir pelo Abade de Lobrigos, no início do século XIX, para o abastecimento de farinha à cidade. No início de XX, o comerciante Jules Deveze substituiu o mecanismo de madeira por outro de ferro, que é o que podemos ver hoje. Deixou de funcionar nos anos 30.
Domingo, dia 7 de abril, comemora-se o Dia Nacional dos Moinhos. Para assinalar a data, será possível visitar alguns dos mais emblemáticos exemplares de moinhos de água do concelho de Caminha: os Moinhos da Gandra, em Arga de Cima e os Moinhos de A’Pardal, em Riba de Âncora.
Os moinhos irão estar abertos das 10h às 17h, para visita livre.
Esta iniciativa pretende evidenciar o elevado valor patrimonial dos moinhos tradicionais e a sua importância para a história, cultura e identidade das comunidades locais, e tem o apoio da Freguesia de Riba de Âncora e da União de Freguesias de Arga (Baixo, Cima e São João).
Dia 7 de abril, Celorico de Basto vai “cozer pão à moda antiga” na casa do Moleiro, para celebrar o Dia Nacional dos Moinhos.
O Dia Nacional dos Moinhos existe com a intenção de preservar e valorizar este património histórico e cultural. Em Celorico de Basto “existe um valor incalculável de moinhos, que mantêm preservadas as técnicas tradicionais de moagem de cereais e que foram, em tempos, símbolos da agricultura, da economia local e do desenvolvimento das comunidades. Hoje, com o desenvolvimento tecnológico estas técnicas tradicionais de moagem são usadas quase d forma demonstrativa para que o saber fazer não se perca e se perpetue no tempo assim como este património e tudo o que lhe está associado” aferiu o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima.
A celebração do dia Nacional dos Moinhos começa logo pela manhã com a visita ao moinho de Perre, em S. Romão do Corgo. À tarde, a comunidade é convidada a meter “as mãos na massa” com o “cozer do pão à moda antiga”, na Casa do Moleiro, no Parque Urbano do Freixieiro, momento dinamizado pelo Rancho Folclórico de Santa Maria de Canedo.
Quem já alguma vez teve a felicidade de contactar de alguma forma com o labor do moleiro, num moinho de vento, certamente se apercebeu da extraordinária semelhança de numerosos vocábulos empregues neste ofício relativamente à linguagem das gentes do mar. Com efeito, existem muitos termos que são comuns às duas atividades, em grande medida resultante da identidade de processos utilizados em ambas as atividades.
À semelhança das naus e, em geral, de todas as embarcações à vela, também os moinhos de vento aproveitam a mesma fonte de energia, recorrendo a uma técnica semelhante para assegurarem o seu próprio funcionamento. Tal como o marinheiro, também o moleiro deve saber medir a direção e intensidade do vento e manobrar as velas para dele tirar o máximo rendimento. Para tal, utiliza o cata-vento estrategicamente colocado sobre o capelo do moinho e os búzios atados na extremidade das vergas. Na realidade, o moinho de vento é como um veleiro a navegar em terra firme que requer a sabedoria do seu marinheiro – o moleiro!
Quando os portugueses se fizeram ao mar, a tripulação das naus partiu de terra e era naturalmente constituída por gente que, nas suas lides quotidianas, se dedicava aos mais variados ofícios. Entre ela encontravam-se certamente os moleiros cuja arte foi seguramente determinante para as atividades de manobra uma vez que, à semelhança dos moinhos, as naus e as caravelas navegavam à vela, sendo necessários marinheiros experimentados na arte de marinharia que era, afinal de contas, a arte dos próprios moleiros.
Não admira, pois, que ambas as linguagens se confundam em grande medida. De resto, é bastante sintomática a expressão outrora utilizada pelos navegadores quando, ao constatarem a evolução demasiado lenta da nau, a ela se referiam dizendo que “a nau ia moendo”, numa clara alusão ao ritmo pachorrento com que o moinho procede à moagem do grão.
O estudo dos moinhos é de uma extraordinária riqueza e elevado interesse cultural, sob todas as suas variantes, desde o ponto de vista tecnológico como ainda etnográfico, histórico e linguístico. Refira-se, a título de exemplo, que os construtores de moinhos eram outrora apelidados de engenheiros por se tratarem, na realidade, de construtores de engenhos.
Desde que o Homem sentiu necessidade de recorrer a processos mais eficazes para moer os grãos que utilizava na sua alimentação, ultrapassando a forma primitiva de os esmagar à mão com o emprego de duas pedras, os moinhos acompanharam a evolução do seu conhecimento e refletiram a sua própria organização social. Aproveitando os mais diversos recursos naturais e apresentando-se sob variadas formas, incluindo as azenhas e os moinhos de maré, eles encontram-se presentes nas novas tecnologias para captação da energia eólica ou ainda para bombagem de água como sucede na captação de água dos poços ou na manutenção dos diques da Holanda.
Atendendo ao valor cultural que o estudo dos moinhos representa, junta-se um pequeno dicionário comparado da linguagem utilizada pelos moleiros que trabalham nos moinhos de vento relativamente à empregue no meio náutico
Andadeira–Mó de cima. Corredor.
Bolacho– Diz-se quando a vela tem três voltas em torno da vara.
Braços– Varas, Vergas.
Búzio– Alcatruz. Pequeno objeto de barro, por vezes com a forma de uma cabaça, contendo um só orifício, que se coloca na ponta das vergas das velas dos moinhos de vento e que, com o girar destas, produz uma espécie de assobio que permite ao moleiro calcular a intensidade do vento e a velocidade adquirida pelas velas.
Cabrestante– Sarilho. Dispositivo para fazer rodar o capelo do moinho. – Nos navios, refere-se ao sarilho para manobrar e levantar a âncora e outros pesos.
Cabresto– Corda comprida que segura as varas e que serve para efetuar a amarração das velas no exterior. – Cada um dos cabos que, da ponta do gurupés vem à proa do navio, junto ao couce do beque. O gurupés é o mastro oblíquo situado na proa dos navios.
Calha– Peça que leva o grão da tremonha para o olho da mó. Ligação entre o tegão e o olho da mó. Quelha.
Canoura- Vaso de madeira donde o grão vai caindo para a mó. Moega. Tremonha.
Capelo– Parte superior do moinho que roda em função da direção do vento. Existem, contudo, moinhos que são rodados a partir da base, com a utilização de rodados. – Em linguagem náutica, diz-se da volta da amarra na abita que constitui a peça de madeira ou ferro, existente na proa dos navios, para fixar a amarra da âncora. Esta peça, apresenta-se geralmente de forma retilínea e liga ao “pé de roda” e termina na roda de proa. Nos barcos rabões, embarcações da família dos rabelos durienses, indica a sua extremidade superior. Nos valvoeiros, refere-se à parte superior da caverna.
Carreto– Roda colocada na parte superior do eixo central do moinho e ligado à entrosa.
Corredor– Mó de cima, com raio idêntico ao poiso, mas com altura inferior a esta.
Eixo– Mastro.
Entrosa– Rosa dentada existente no mastro do moinho, com os dentes na lateral engrenando noutra roda dentada.
Frechal– Calha onde assenta a cúpula móvel sobre a torre do moinho.
Forquilha– Vara comprida e com a ferragem em ponta em forma de “V”. – No meio náutico também se designa por forqueta e é constituído por duas hastes de madeira onde os pescadores arrumam o mastro, a verga e a palamenta enquanto pescam. A forquilha de retranca é uma cruzeta de madeira ou de ferro colocada na borda do navio, à popa, a meia-nau, para descanso da retranca.
Mastro– Eixo do moinho de vento. – Numa embarcação designa cada uma das peças altas constituídas por vergônteas de madeira que sustentam as velas.
Meia-ponta– Diz-se quando a vela tem cinco voltas em torno da vara.
Meia-vela– Diz-se quando a vela do moinho tem uma volta em redor da vara.
Mó– Pedra cilíndrica em forma de anel que serve para moer o grão.
Moageiro– Aquele que produz moagem.
Moagem– Acto ou efeito de moer. Moedura
Moedura– Moagem.
Moega– Canoura. Tremonha.
Moenda– Mó. Acto ou efeito de moer. Maquia que o moleiro retribui em géneros. Moinho. Moenga.
Moenga– Moenda
Moer– acto ou efeito de transformar o grão em farinha – Em linguagem antiga de marinha, “a nau ir moendo” referia-se à evolução demasiado lenta de um navio.
Olho da mó– Parte vazia no centro da mó.
Pano– Diz-se quando a vela do moinho se encontra toda aberta. – Os marinheiros referem “navegar a todo o pano” quando se pretende que o navio obtenha a sua velocidade máxima, aludindo ao completo desfraldar das velas.
Pião– Eixo do moinho de vento. Mastro.
Picadeira– Ferramenta usada para picar a mó a fim de criar novos sulcos. Picão.
Picão– Picadeira.
Poiso– A mó que fica por debaixo, estática.
Ponta– Diz-se quando a vela tem quatro voltas em torno da vara.
Quelha– Calha.
Sarilho– Dispositivo para fazer rodar o capelo. Cabrestante. – Nos navios consiste na máquina onde se enrola o cabo ou cadeia do cabrestante.
Segurelha– Suporte metálico regulável que fixa o corredor ao eixo vertical. Peça onde entra o ferro que segura a mó inferior ou poiso para tornar uniforme o movimento da superior ou andadeira.
Taleiga– Saco pequeno para condução de farinha.
Tegão– Peça por onde o grão passa para moer.
Traquete– Diz-se quando a vela do moinho tem duas voltas em redor da vara. – Nos navios, é a maior vela do mastro da proa.
Tremonha– Canoura. Moega.
Varas– Hastes de madeira de auxílio à amarração. Vergas. – Nos navios, constituem peças longas de madeira colocadas horizontalmente sobre os mastros para nelas se prenderem as velas.
Vela– Pano forte e resistente que se prende aos braços dos moinhos para os fazer girar sob a ação do vento. – Nos navios e embarcações, é o pano que se prende aos mastros para as fazer navegar.
Vela fechada– Diz-se quando a vela tem seis voltas em torno da vara.
Vela latina– Vela de formato triangular geralmente utilizada nos moinhos e nos navios.
Velame– Conjunto das velas de um moinho ou de um navio.
Vergas– Varas de auxílio à amarração. – Na linguagem náutica, existe uma grande variedade de designações, as quais remetem para as velas que nelas envergavam. De sublinhar, aliás, a proveniência do verbo envergar.
Bibliografia: LEITÃO, Humberto; LOPES, J. Vicente. Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual. Edições Culturais de Marinha. Lisboa. 1990.
Moinhos de Cima e do Marinheiro, em Carreço, no Concelho de Viana do Castelo.
Dia Nacional dos Moinhos (7 de Abril) – Moinhos Abertos (6 e 7 de Abril; sábado e domingo)
É já no próximo fim de semana: Os moinhos voltam a estar de portas abertas GRATUITAMENTE em todo o País pelo 18º Ano Consecutivo!
Em resultado deste amplo movimento de cidadania, de mobilização e voluntariado pelos moinhos da nossa identidade, estarão à disposição de todos:
219 Moinhos
104 núcleos moageiros
71 Municípios
Todos os 18 Distritos de Portugal Continental
2 Ilhas da Região Autónoma dos Açores
O que é o “Dia dos Moinhos Abertos”?
O conceito desta atividade é extremamente simples:
Fazer funcionar em simultâneo e abrir ao público para acesso livre tantos moinhos quantos for possível em todo o país!
Quem participa?
Todos: Moinhos Abertos é uma iniciativa aberta e gratuita!
Esta é uma iniciativa de alcance nacional e ampla divulgação com o único objetivo de chamar a atenção dos Portugueses para o inestimável valor patrimonial dos nossos moinhos tradicionais, por forma a motivar e coordenar vontades e esforços de proprietários, organizações associativas, autarquias locais, museus, investigadores, molinólogos, entusiastas e amigos dos moinhos. Promovida desde 2007 pela Etnoideia esta iniciativa tem o apoio da TIMS, Sociedade Internacional de Molinologia sendo divulgada internacionalmente por todo o mundo.
Este dia, além de chamar a atenção para os moinhos tradicionais portugueses poderá também servir para identificar problemas e oportunidades, germinar projetos e ideias, ou mesmo para levar a cabo pequenas beneficiações (limpezas, pinturas, consertos de coberturas, etc.) com a participação de ativistas e visitantes que o pretendam, preservando os moinhos e criando dinâmicas em torno deles.
Este elemento patrimonial de interesse relevante tal como está inventariado na carta do Património do PDM, está a sofrer obras após a aprovação da candidatura “Recuperação e valorização dos Moinhos de Argontim” integrada na medida Renovação de Aldeias do PDR2020 submetida pela Junta de Freguesia do Rego com apoio técnico do Município de Celorico de Basto.
A intervenção nos Moinhos de Argontim incide na recuperação e beneficiação do Núcleo Museológico do Planalto da Lameira, assim como a recuperação e beneficiação paisagística e ambiental do Circuito/ Percurso Turístico dos Moinhos de Argontim.
Fazem parte do Circuito/ Percurso Turístico dos Moinhos de Argontim, os moinhos de água existentes, bem como o Núcleo Museológico do Planalto da Lameira. Este circuito localiza-se na Freguesia do Rego, concelho de Celorico de Basto, ao longo do Rio Bugio. Um espaço constituído por vários moinhos, uma serração de madeira movida a água, uma azenha, e um alambique. O Núcleo Museológico do Planalto da Lameira foi instalado no edifício onde outrora funcionou uma serração de madeiras cujo engenho primitivo funcionou movido por roda hidráulica. No interior do edifício é possível observar todo o mecanismo da serração em funcionamento e um limador. O espaço alberga ainda uma moagem de duas mós e uma exposição temática de arqueologia. A exposição patente nesta sala remete, sobretudo, para os aspetos da exploração dos recursos agrícolas em dois grandes momentos: ao longo da Pré-História e na época romana.
A candidatura é financiada pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) com uma taxa de apoio de 80%. A obra está a ser realizada pela junta de freguesia do Rego com o apoio da Câmara Municipal.