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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CLIMAS E PAISAGENS DO MINHO E ALENTEJO – CRÓNICA DE ANTÓNIO GALOPIM DE CARVALHO

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As diferentes paisagens da Terra, em qualquer momento da sua história, foram e são, em grande parte, reflexo das características meteorológicas aí prevalecentes. Esta afirmação é evidente para a generalidade dos cidadãos que, embora nunca tenham formulado esta conjectura, têm-na por adquirida. Sem saírem deste nosso rectângulo, no ocidente da Europa, todos relacionam os campos verdejantes do Minho com a maior pluviosidade anual ali verificada (2000 a 2400 mm) e as terras de sequeiro do sudeste alentejano com os menores valores dessa mesma precipitação atmosférica (<600 mm).

À escala mundial, a televisão mostra-nos constantemente imagens dos múltiplos visuais do nosso planeta marcadas pelo clima, sejam, por exemplo, a floresta equatorial da Amazónia, os glaciares do sul da Argentina, a pradaria norte-americana ou a estepe siberiana, a tundra boreal ou as areias escaldantes do Saara.

Embora na explicação da paisagem, haja que ter em conta o enquadramento geológico regional, com destaque para a natureza das rochas (granito, xisto, calcário, etc.) que lhes servem de substrato e da respectiva estrutura (modo de ocorrência dos corpos rochosos: homogéneos, estratificados, dobrados falhados, etc.), a influência do clima é muito superior. Face a esta realidade desenvolveu-se um capítulo, comum à geologia e à geografia, conhecido por “geomorfologia climática”, com o estabelecimento de domínios ou regiões morfoclimáticas.

“Faça sol ou faça chuva” é uma expressão vulgar de alusão ao estado do tempo, informação que diariamente nos chega através dos boletins meteorológicos, transmitidos pela televisão, pela rádio e pelos jornais. O estado do tempo, num dado lugar, é uma manifestação de uma realidade mais vasta, própria e à escala do nosso planeta, a que chamamos clima. Em termos muito simples, entende-se por clima um conjunto de fenómenos próprios da atmosfera, na interactividade que estabelece com os oceanos (e os lagos de maiores extensões) e com as terras emersas, nas quais a latitude, a altitude, a interioridade e a cobertura vegetal têm papel mais visível.

Temperatura, humidade do ar e pressão atmosférica são factores de clima assegurados pela energia radiante do Sol. Relacionados entre si, são os responsáveis pelas situações de tempo quente ou frio, de tempo chuvoso ou de neve ou, pelo contrário, de tempo seco. São ainda responsáveis pela existência de vento, não raras vezes catastrófico, tal a intensidade que chega a atingir.

O clima condiciona a alteração superficial (meteorização) das rochas, a génese e evolução dos solos, a erosão e transporte (evacuação) dos materiais erodidos (os sedimentos que estão na génese de muitas rochas sedimentares), bem como a ocupação vegetal e animal, incluindo a humana. São as manifestações de clima que, conjugadas com a natureza geológica dos terrenos, determinam o tipo da paisagem que nos rodeia e todas as outras de todos os lugares da Terra.

Ao longo da sua história de milhares de milhões de anos, a mudança das paisagens foi uma constante. Praticamente imperceptível à dimensão temporal de uma vida humana, esta mudança tem pouca expressão no tempo histórico, sendo notável e bem testemunhada à escala do tempo geológico. A paisagem é um sistema dinâmico, só aparentemente estático. É como um simples fotograma de um filme, escreveu Don L. Eicher, em 1970.

Processos geodinâmicos internos à escala global, com destaque para as translacções continentais e os enrugamentos orogénicos, ocasionaram mudanças de latitude e de altitude e subsequentes modificações climáticas que, por sua vez, determinaram mudanças na paisagem.

Na Terra só há alteração das rochas, formação de solos e erosão, (três aspectos modificadores do relevo e, portanto, da paisagem), porque há energia solar e porque temos uma atmosfera e uma hidrosfera, duas entidades susceptíveis de captar essa energia e de a transformar no dinamismo necessário aos processos geológicos ocorrentes à superfície e, também, aos biológicos.

As massas de ar diferentemente aquecidas pelo calor solar dão origem à circulação atmosférica, processo que se traduz na existência do vento. Nas baixas latitudes, nomeadamente nas regiões intertropicais, a incidência dos raios solares aproxima-se e atinge a perpendicular (o Sol está a pique, como vulgarmente se diz), aquecendo o ar mais do que nas latitudes das regiões polares. Nestas, a incidência desses raios é muito oblíqua e, até, rasante, pelo que a temperatura do ar é aí muito mais baixa. Esta diferença de aquecimento faz com que o ar quente suba e o ar frio desça, sendo essa uma das causas da circulação atmosférica (outra causa é da própria rotação do planeta). Por outro lado, a evaporação da água à superfície dos mares, rios e lagos e a resultante da transpiração da cobertura vegetal (uma realidade bem visível nas grandes florestas equatoriais, quentes e húmidas) fornece humidade suficiente para formar nuvens que o vento transporta e descarrega como chuva ou neve, consoante as temperaturas locais.

É, sobretudo, a esfericidade do globo terrestre e a consequente variação da latitude que determinam a zonalidade climática de que toda a gente tem noção, ainda que sumária e empírica. Mas há outros factores que interferem nessa zonalidade, entre os quais a altitude, a proximidade ou afastamento (interioridade) face ao litoral, a existência ou não de barreiras montanhosas que impeçam a passagem de ventos húmidos e, ainda, a orientação dominante do vento nas fronteiras terra/mar.

Existe, pois, uma dialéctica constante entre o clima e a paisagem, dois aspectos que também ditam a génese e a natureza das rochas sedimentares formadas na sua dependência. As areias das praias portuguesas, à semelhança de outras das regiões de clima temperado a frio, são essencialmente constituídas por grãos de quartzo, mineral oriundo, sobretudo, da desagregação dos granitos e de outras rochas afins, características e abundantes na crosta continental. Parte significativa das areias das praias das latitudes intertropicais é essencialmente calcária, dado que resultam da trituração e acumulação de restos de conchas de moluscos e de outras partes esqueléticas de múltiplos organismos construtores de carbonato de cálcio (algas, corais, etc.) que pululam nessas regiões. São estas areias, excepcionalmente brancas, que fazem a alvura das praias das Caraíbas ou das Bahamas, entre outras, e os característicos tons de azul dos mares de coral. Foram areias deste tipo e vasas finas da mesma natureza que, uma vez litificadas, deram origem a muitos calcários, entre eles os do Jurássico das nossas Serras do Sicó, d’Aire e Candeeiros, bem como do barrocal algarvio, e testemunham o posicionamento tropical destas regiões nesses recuados tempos.

O nosso satélite, embora receba o mesmo tipo de energia, não dispõe destas duas entidades, pelo que não exibe qualquer actividade erosiva para além da resultante dos antiquíssimos impactes meteoríticos. Cessado o vulcanismo que aí existiu e diminuída a intensidade de quedas meteoríticas, as suas paisagens são praticamente as mesmas desde há mais de 3000 milhões de anos.

Nas imagens, o Minho verdejante e o Alentejo a caminho da desertificação.

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PONTE DE LIMA: GOVERNO CONCEDEU EM 2011 A EXPLORAÇÃO DE MINERAIS NA CABRAÇÃO

O Ministério da Economia e do Emprego – Direcção-Geral de Energia e Geologia, publicou em Diário da República nº. 234/2011, Série II de 2011-12-07, o extracto do Contrato nº. 1198/2011, de 7 de dezembro, visando a concessão de exploração de depósitos minerais de feldspato, quartzo, lítio e tântalo a que corresponde o número de cadastro C-123 «FORMIGOSO», localizado na freguesia de Cabração, concelho de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo.

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VILA NOVA DE CERVEIRA: BLOCO DE ESQUERDA VISITA ANTIGA EXPLORAÇÃO MINEIRA EM COVAS

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Entre 1942 e 1984, em Covas, Vila Nova de Cerveira, decorreu, de forma regular, a exploração mineira de volfrâmio.

A partir do ano de 1989 ficaram numa situação de completo abandono. Em 2007 iniciou-se aquilo que foi apelidado de "recuperação ambiental" desta área pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA (EDM), entidade que está encarregue de proceder à recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras. Segundo as informações que constam no site da EDM, esta intervenção consistiu na modelação e impermeabilização das escombreiras, drenagem/tratamento de águas superficiais, renaturalização e recuperação paisagística, entre outras.

No início do ano passado, foi anunciada nova intervenção por parte da EDM, no valor de 2 milhões de euros, com o objetivo de "minimizar a geração de águas ácidas, mas também de assegurar uma adequada recolha e tratamento passivo das águas contaminadas previamente à sua drenagem para a ribeira do Poço Negro e do rio Coura".

No dia 17 de fevereiro, o Bloco de Esquerda, fazendo-se representar pelas candidatas Adriana Temporão e Ana Azevedo, por Leonídia Pereira, membro da Assembleia de Freguesia de Covas, e Abílio Cerqueira, dirigente distrital, juntamente com representantes da associação COREMA, visitaram o Ribeiro do Poço Negro. Nesta visita pudemos constatar, com preocupação, não só os impactos que a exploração mineira deixou naquela zona, mas também os que deixa no Rio Coura, onde este ribeiro vai escoar. A intervenção anunciada no início de 2023, é extremamente necessária e urgente, no entanto, foi com surpresa que não encontramos qualquer indício de que os trabalhos tenham sido iniciados.

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VIANA DO CASTELO: A REGIÃO MINEIRA DA SERRA D’ARGA É O TEMA DA PRÓXIMA CONFERÊNCIA DO XIII CICLO DE ESTUDOS “TERRA” PROMOVIDA PELO CENTRO DE ESTUDOS REGIONAIS

No próximo dia 22 de fevereiro, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, às 17.15 horas, tem lugar a conferência “Minas e recursos minerais – património e promessa – o exemplo da Região Mineira da Serra d’Arga”, por Raquel Alves. O encontro integra o programa da 13ª edição do Ciclo de Estudos, iniciativa organizada pelo Centro de Estudos Regionais, que decorre até março de 2024, sob o tema “Terra”.

A conferencista convidada, Raquel Alves, é geóloga e investigadora, com Pós-Doutoramento em Geoquímica Ambiental, doutoramento e mestrado em Ordenamento e Valorização de Recursos Geológicos. O seu principal campo de estudo e análise é a Serra d’Arga. Tem, atualmente, funções em Investigação, Desenvolvimento e Inovação na empresa Mercado da Pedra, do grupo António Longarito, sendo responsável por parcerias com entidades técnicas e científicas. É colaboradora do Centro de Investigação Lab2PT, da Universidade do Minho, onde vem orientando alunos de mestrado e de doutoramento. Integra a Comissão Técnica Portuguesa das Rochas Ornamentais e é especialista no Comité Europeu de Normalização para Especificações de Produto de Pedra Natural. Publicou artigos científicos e capítulos de livros e coordenou ações de divulgação das geociências e dos recursos minerais.    

A participação na conferência é gratuita e não carece de inscrições.  

A direção do Centro de Estudos Regionais

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ARCOS DE VALDEVEZ MOSTRA ROCHAS E MINERAIS

Um olhar sobre o nosso planeta: A Terra. Exposição de Rochas e Minerais. 

A pensar no público escolar, mas também no público em geral, a Biblioteca Municipal tem em exibição desde março, uma vasta coleção de Minerais e Rochas que reúne mais de três centenas e meia de exemplares, alguns muito raros e outros de rara beleza. Os exemplares pertencem a dois colecionadores: o Dr. José da Silva Ferreira e o Sr. Taciano Rodrigues Lages, que motivados pelo interesse e dos visitantes, continuam a incluir novos exemplares na coleção. 

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Na semana passada o Dr. José da Silva Ferreira acrescentou um meteorito de ferro, procedente da Argentina que terá sido encontrado no século XVI. Trata-se de um meteorito recolhido em Campo del Cielo, uma área que está situada a 1.000 quilómetros a noroeste de Buenos Aires. O local cobre uma área de  cinquenta e cinco quilómetros quadrados e contém pelo menos 26 crateras, tendo a de maior dimensão 115 m de comprimento por 91 metros de largura.

Em 1576, os indígenas da região, relataram a existência de crateras com avultadas massas de ferro que suscitaram o interesse das autoridades ao serviço da coroa espanhola.

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Atualmente as crateras e a área ao redor contêm numerosos fragmentos de um meteorito de ferro que terá atingido a superfície terrestre há 4.000-5.000 anos.

Volvidos cerca de 500 anos, o peso total das peças recuperadas é superior a 100 toneladas, podendo um desses fragmentos ser agora observado na Biblioteca Municipal Tomaz de Figueiredo. O exemplar em questão surpreende pelo facto de ser muito pesado devido à sua composição: Ferro 93%, Níquel 6% Carbono, Cobalto e Sulfúrio 1%

Organizada de uma forma didática, a exposição pretende captar a atenção dos alunos e demais visitantes e exibir de uma firma direta e clara a incrível variedade do mundo mineral. Entre outras curiosidades destacam-se uma bala vulcânica, obsidianas, vários exemplares de fósseis dos quais várias trilobites, pedras parideiras, ágatas, ametistas e múltiplos e variegados cristais. A exposição poderá ser visitada até 31 dezembro 2016. 

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PONTE DE LIMA PROMOVE GRANITO DAS PEDRAS FINAS

Marca “Granito das Pedras Finas”. Município de Ponte de Lima promove Workshop

O Município de Ponte de Lima, no âmbito da criação da marca “Granito das Pedras Finas” promoveu no dia 28 de novembro, na sede da junta de freguesia de Arcozelo, um workshop sobre a temática, dirigido aos empresários do setor, que aderiram em número significativo à sessão de esclarecimento.

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A ação contou com a participação do IPVC – Instituto Politécnico de Viana do Castelo, parceiro do Município de Ponte de Lima, na dinamização e promoção deste projeto, da CEVALOR – Centro Tecnológico da Pedra Natural de Portugal e da Junta de Freguesia de Arcozelo, entidades que apoiam o projeto. A sessão contou ainda com a presença da ANIET – Associação Nacional da Indústria Extrativa e Transformadora.

Em Ponte de Lima são explorados Granitos com reconhecido interesse ornamental, neste sentido os temas analisados foram a “Certificação do Produto”, temática apresentada pela CEVALOR, considerando que a qualidade associada à certificação do produto é uma dinâmica empresarial e uma meta atingir por todas as empresas, cuja competitividade seja um fator de crescimento.

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Por sua vez, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo apresentou a evolução histórica do Granito das Pedras Finas e fez uma análise à situação internacional do Granito, revelando que os principais importadores do Granito são os países Europeus.

O granito enquanto recurso endógeno e a cantaria enquanto ofício de grande tradição em Ponte de Lima, constituem um património natural e cultural cuja rentabilização económica se procura dinamizar.

O projeto "Granito das Pedras Finas de Ponte de Lima: afirmação da marca em novos produtos e novos mercados" enquadra-se no PROVERE MINHO IN (EEC) projeto cofinanciado pelo ON.2 - O Novo Norte e QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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MUNICÍPIO DE PONTE DE LIMA CELEBRA CONTRATO COM A CEVALOR COM VISTA À CERTIFICAÇÃO DO GRANITO DAS PEDRAS FINAS

A Câmara Municipal de Ponte de Lima deliberou na reunião realizada no dia 9 de dezembro celebrar um contrato com a Cevalor - Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais”, cuja missão é a Certificação do Granito das Pedras Finas.

Susana Matos Rio Lima

Em Ponte de Lima são explorados Granitos com reconhecido interesse ornamental.

A certificação do “Granito das Pedras Finas” de Ponte de Lima é uma ação prioritária e imprescindível ao reconhecimento da qualidade e especificidade deste recurso natural endógeno. A qualidade associada à certificação do produto é hoje considerada como um factor de dinâmica e competitividade empresarial. Certificar a Pedra Natural implica efetuar a sua caracterização mineralógica/petrográfica, em cumprimento das diretivas comunitárias, nomeadamente da normalização prevista para o sector.

A concretização deste processo irá permitir um real conhecimento dos granitos de Ponte de Lima, culminado na definição de verdadeiros Bilhetes de Identidade das litologias estudadas. Conhecimento fundamental para a competitividade da Pedra Natural, a certificação emerge como a base de todas as ações a realizar ao nível da Imagem e Identidade, designadamente à constituição da marca “Granito Pedras Finas”.

Esta caracterização irá permitir um real conhecimento dos granitos de Ponte de Lima, sendo a base para todas as ações ao nível da criação da Imagem e Identidade.

O processo de implementação dividido em 4 etapas, cumpre um cronograma de atividades que se prolongam até fevereiro de 2015.

Este projeto da certificação do “Granito das Pedras Finas de Ponte de Lima: afirmação da marca em novos produtos e novos mercados” insere-se no PROVERE MINHO IN (EEC) projeto cofinanciado pelo ON.2 – O Novo Norte e QREN, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

PONTE DE LIMA PROMOVE GRANITO DAS PEDRAS FINAS

Sessão Pública de Assinatura do Contrato de Financiamento do projeto “Granito das Pedras Finas” PROVERE Minho IN

No próximo dia 2 de julho, às 18h30, irá ter lugar no Auditório Municipal a sessão pública de assinatura do Contrato de Financiamento entre a Autoridade de Gestão do Programa Operacional da Região Norte, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e este Município, relativo ao projeto “Granito das Pedras Finas de Ponte de Lima: afirmação da marca em novos produtos e novos mercados” - EEC - PROVERE MINHO IN.

Neste âmbito o Município de Ponte de Lima e o IPVC viram finalmente aprovado o financiamento, a uma taxa de comparticipação FEDER de 85%, dos investimentos relativos à implementação de ações que visam contribuir decisivamente para a estruturação do produto “Granito das Pedras Finas”, particularmente, através da sua certificação, da constituição da marca, da definição de uma estratégia de valorização comercial, incluindo a análise de canais de distribuição e identificação de mercados potenciais, e da exploração de novas soluções de design e aplicações para os produtos em granito, passando também pela promoção do ordenamento territorial da atividade e pela valorização ambiental e paisagística integrada das zonas extrativas. Estas ações implicam, no seu conjunto, um investimento na ordem dos 420.392,00 €.

O granito enquanto recurso endógeno e a cantaria enquanto ofício de grande tradição em Ponte de Lima, constituem um património natural e cultural cuja rentabilização económica se procura potenciar através daqueles investimentos. Assim, “Granito das Pedras Finas” justificou a determinação de um projeto âncora, como recurso endógeno, enquadrado pelas estratégias de eficiência coletiva (no caso em apreço um Programa de Valorização de Recursos Endógenos – PROVERE) definidas no atual quadro de apoio (QREN 2007/2013).

É fundamental que, neste contexto, venha a ser assumido por todos os atores que só através do funcionamento em parceria, e de uma forma coletiva e integrada, será possível prever o futuro desta indústria. Assim, toda a abordagem passa pela congregação de esforços, entre as entidades públicas e os privados/empresários, que se deverão unir em torno deste objetivo comum.

VILA NOVA DE CERVEIRA: PROSPEÇÃO DE OURO EM COVAS AMEAÇA PARAÍSO AMBIENTAL

A empresa canadiana Avrupa Minerals Ltd anunciou recentemente no seu site oficial ter encontrado nas antigas minas de Covas, em Vila Nova de Cerveira, ouro e tungsténio, vulgo volfrâmio, em quantidade “significativa” para ser explorada. As prospeções decorrem numa área de cerca de 900 metros de comprimento por 100 metros de largura, tendo-se registado a presença de ouro em quase todas as amostras recolhidas. O melhor resultado obtido representou 10,2 gramas de ouro por tonelada de terra e rocha removida.

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Com efeito, o ouro encontra-se disperso no subsolo em ínfimas proporções pelo que é necessário proceder à remoção de grandes quantidades de solo para se poder obter uma pequena quantidade de metal precioso. Mais ainda, a sua extração é efetuada com recurso a lixiviantes com cianeto, mercúrio e metais pesados de elevado teor tóxico e altamente prejudiciais para a saúde e o meio ambiente.

Com a extração de ouro, na freguesia de Covas, os recursos naturais ficarão contaminados e os solos agrícolas destruídos, a paisagem não será mais a mesma e a população perderá a sua qualidade de vida a troco de uma miragem cujo brilho do ouro jamais enxergarão. Há muitas décadas, também na vizinha Freguesia da Cabração, em Ponte de Lima, se extraiu ouro e estanho sem que a população alguma vez tivesse recebido qualquer benefício da exploração. A própria energia elétrica só chegou em 1975, muito tempo decorrido desde a suspensão da atividade mineira naquela localidade.

O BLOGUE DO MINHO dedica hoje uma série de artigos à Freguesia de Covas, do Concelho de Vila Nova de Cerveira. As fotos que junto reproduzimos são da autoria de vários habitantes desta localidade e a sua publicação destina-se a dar a conhecer os encantos desta terra minhota.

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EXTRACÇÃO DO OURO VAI DESTRUIR COVAS, EM VILA NOVA DE CERVEIRA

A empresa canadiana Avrupa Minerals Ltd anunciou recentemente no seu site oficial ter encontrado nas antigas minas de Covas, em Vila Nova de Cerveira, ouro e tungsténio, vulgo volfrâmio, em quantidade “significativa” para ser explorada. As prospecções decorrem numa área de cerca de 900 metros de comprimento por 100 metros de largura, tendo-se registado a presença de ouro em quase todas as amostras recolhidas. O melhor resultado obtido representou 10,2 gramas de ouro por tonelada de terra e rocha removida.

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Com efeito, o ouro encontra-se disperso no subsolo em ínfimas proporções pelo que é necessário proceder à remoção de grandes quantidades de solo para se poder obter uma pequena quantidade de metal precioso. Mais ainda, a sua extracção é efectuada com recurso a lixiviantes com cianeto, mercúrio e metais pesados de elevado teor tóxico e altamente prejudiciais para a saúde e o meio ambiente.

Com a extracção de ouro, na freguesia de Covas, os recursos naturais ficarão contaminados e os solos agrícolas destruídos, a paisagem não será mais a mesma e a população perderá a sua qualidade de vida a troco de uma miragem cujo brilho do ouro jamais enxergarão. Há muitas décadas, também na vizinha Freguesia da Cabração, em Ponte de Lima, se extraiu ouro e estanho sem que a população alguma vez tivésse recebido qualquer benefício da exploração. A própria energia eléctrica só chegou em 1975, muito tempo decorrido desde a suspensão da actividade mineira naquela localidade.