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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VIANA DO CASTELO: GRUPO FOLCLÓRICO “LA ENCINA” DE OLIVENÇA DANÇA NA MEADELA NOS PRÓXIMOS DIAS 2 E 3 DE AGOSTO

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La Encina traduz-se por A Azinheira

𝐘𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀́ 𝐀𝐐𝐔𝐈 𝐄𝐋 𝐗𝐕𝐈 𝐅𝐄𝐒𝐓𝐈𝐕𝐀𝐋 𝐂𝐇𝐎𝐍𝐈 𝐑𝐀𝐌𝐀𝐋𝐋𝐎

O XVI FESTIVAL CHONI RAMALLO ESTÁ AQUI.

No próximo dia 26 de julho, sábado, às 22:30 horas no Auditório Municipal celebramos uma nova edição do Festival Choni Ramallo.

Nesta ocasião, nos acompanharão os nossos baixinhos e o grupo Ronda Típica Da Meadela Viana Do Castelo de Portugal, cidade para a qual viajaremos no fim de semana de 2 e 3 de agosto.

Reserve a data e não perca.

Fotos: La Encina

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FOLCLORE DE OLIVENÇA: ENTRE O ALENTEJO E A EXTREMADURA ESPANHOLA – ARTIGO DE CARLOS GOMES

O concelho de Olivença é originariamente uma terra alentejana, com os seus usos e costumes característicos do Alto Alentejo, o seu modo de falar a Língua portuguesa com a pronúncia característica das gentes daquela região e o seu património histórico e artístico a atestar a sua secular portugalidade firmada desde o Tratado de Alcanizes. Porém, a conjuntura política dos finais do século XVII levaram à sua ocupação militar por parte de Espanha por ocasião da chamada “guerra das laranjas”, ocorrida em 1801. Esta situação levou ainda ao desmembramento do concelho de Juromenha uma vez que, também a Aldeia da Ribeira – actual freguesia de Vila Real – passou a integrar o município oliventino como se do seu termo fizesse parte.

A partir de então, diversos sucessos ocorridos ao longo de mais de dois séculos de ocupação, entre os quais se destaca a guerra civil espanhola e a ditadura franquista, determinaram a alteração do equilíbrio demográfico, registando-se um progressivo abandono por parte dos oliventinos de origem portuguesa e a sua substituição por gentes oriundas da Extremadura e outras regiões de Espanha. A maioria dos que ficaram foram reduzidos à situação de pobreza, fixaram-se nas aldeias em redor e foram sujeitos a um processo de assimilação, vendo os seus próprios nomes de baptismo convertidos para o castelhano.

A realidade, porém, é que tendo a realidade social sido alterada e colocando de parte julgamentos de natureza política, Olivença acusa presentemente uma forte influência da extremenha a par de uma surpreendente resistência da cultura portuguesa. É que, manter viva a chama da cultura portuguesa através de uma dezena de gerações que viveram sob as circunstâncias mais difíceis, sem qualquer estímulo por parte do Estado português para além da manutenção jurídica da questão territorial como uma posição de princípio, convenhamos que não é tarefa fácil. Pelo que, certos juízos de valor que por vezes se fazem acerca da vontade dos oliventinos, sem discriminação sequer quanto à sua origem, só podem ser entendidos como cínicos ou ridículos.

Essa influência extremenha revela-se nomeadamente através do próprio folclore, sendo usual os grupos folclóricos e de música tradicional interpretarem danças e cantares que claramente se distinguem quanto à sua origem e, na realidade, nem sequer se confundem. Danças como “O Pescador” e o “Verde-gaio” são representadas a par de jotas e coplas extremenhas. É uma realidade diferente que é resultado de processos históricos em relação aos quais não podemos culpar aqueles oliventinos cujas origens não se filiam na nação portuguesa. Mas, aquilo que devemos fazer e encontra-se ao nosso alcance é o estreitamento das relações culturais com Olivença, nomeadamente através do intercâmbio com os grupos folclóricos e de música tradicional ali existentes, aceitando e compreendendo as diferenças e relevando a sua identidade portuguesa e as suas características alentejanas.

Em tempos, o Rancho Folclórico “La Encina”, interpretava uma cantiga muito popular em Olivença nos começos do século XX, marcadamente portuguesa. Recolhida por Bonifácio Gil e publicada no seu “Cancioneiro Popular da Extremadura”, trata-se de uma melodia melancólica cujo tema sugere a aproximação geográfica ao rio Guadiana, relacionada com a faina da pesca e com toda a probabilidade originária da antiga Aldeia da Ribeira, actual freguesia de Vila Real.

O tema, que possui curiosas semelhanças com outras cantigas do cancioneiro popular português, trata das relações amorosas do pescador com uma mulher casada, qual “sereia que canta bela e que perdido é remo e vela”…e os conselhos da gente para que volte atrás nos seus propósitos. Na realidade, uma versão diferenciada da cantiga do “pescador da barca bela”!

 

Ó pescador da barquinha

Volta atrás que vais perdido

Essa mulher que tu amas

É casada e tem marido;

Casada e marido tem,

Ó pescador da barquinha

Volta atrás que não vás bem.

Fugiste-me ingrato

Deixaste-me só

No alto da serra

Sem pena nem dó.

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PONTE DE LIMA ACOLHE II JORNADAS DE CULTURA POPULAR

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O Município de Ponte de Lima, em parceria com a Ronda Típica da Meadela, vai dinamizar a segunda edição das Jornadas de Cultura Popular nos dias 16 e 17 de maio. O evento, inserido no programa das comemorações dos 900 anos do Foral de Ponte de Lima, decorrerá no Centro de Interpretação do Território (CIT), localizado no interior do Parque do Arnado, em Arcozelo, constituindo-se como um espaço de interação e de representação da identidade cultural do património material e imaterial da região.

A iniciativa reunirá um conjunto de especialistas em torno da temática da herança cultural, das tradições populares e da diversidade da cultura popular.

UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR DA MEADELA E FOZ DO LIMA REPRESENTAM PRIORIZAÇÃO DA SAÚDE EM VIANA DO CASTELO

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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), João Porfírio Oliveira, inauguraram, esta segunda-feira, a Unidade de Saúde Familiar da Meadela, e visitaram a Unidade de Saúde Familiar (USF) Foz do Lima, em Darque, dois momentos que vão ao encontro da priorização da Saúde no concelho.

  O autarca vianense referiu, na recém-inaugurada USF da Meadela, que representou um investimento superior a 3,4 milhões de euros, que “a saúde é um imperativo, uma prioridade, porque ao garantirmos um sistema de saúde forte, garantimos um concelho próspero”. A obra mereceu financiamento ao abrigo do Programa Operacional da Região Norte – Norte 2020 no valor de 2,2 milhões de euros, tendo a Câmara Municipal assumido a verba restante, que ascendeu a 1,2 milhões de euros, mais a cedência de terreno, o que eleva o apoio municipal para 1,5 milhões de euros. O Município garantiu o financiamento da componente nacional, coordenando também toda a empreitada de execução da nova Unidade de Cuidados de Saúde Primários que foi posteriormente entregue à ULSAM.

O equipamento de saúde serve agora cerca de 10.000 utentes de várias freguesias, sendo que 80% destes pertencem à Meadela e à Areosa. A Unidade de Saúde Familiar da Meadela ocupa uma área aproximada de 4.000 metros quadrados e conta com 14 gabinetes de consulta médica, 10 gabinetes de enfermagem ou de consulta de enfermagem, 4 consultórios, uma sala de amamentação, uma sala de espera materno-infantil e fraldário, dois gabinetes multifunções, integrando ainda salas de tratamento, salas de espera, arquivo, salas de reuniões e de pessoal, casas-de-banho, vestiários e zonas de manutenção técnica.

Luís Nobre destacou o “acolhimento humanizado” que é promovido pela nova USF e defendeu que a Unidade Local de Saúde do Alto Minho “necessita de infraestruturas, de atualização dos equipamentos”.

O autarca realçou ainda a “cooperação” existente entre o Município e a ULSAM, e a aposta da autarquia na Saúde, que tem permitido a dinamização de variados projetos, nomeadamente a Unidade Móvel de Saúde (que já serviu 12 mil utentes de 24 freguesias), o Programa Municipal de Apoio aos Cuidadores Informais (PMACI), Táxi Saúde, a alocação de viaturas e recursos humanos à área da saúde, o apoio financeiro à requalificação do bloco de partos do Hospital de Santa Luzia, entre outros.

Em breve, de acordo com Luís Nobre, será lançada a primeira pedra da construção da futura Unidade de Saúde de Alvarães, em parceria com a ULSAM, numa empreitada de 2,6 milhões de euros.

O Presidente do Conselho de Administração da ULSAM, afirmou que a inauguração da USF da Meadela foi “muito esperada” e que agora disponibiliza “excelentes condições aos profissionais de saúde e aos utentes”. João Porfírio Oliveira explicou que o edifício vai passar a receber as juntas médicas e que está também a ser analisada a possibilidade de ser integrada a saúde oral no novo espaço.

Antes, o Presidente da Câmara e o Presidente do Conselho de Administração da ULSAM visitaram a Unidade de Saúde Familiar da Foz do Lima, que entrou em funcionamento esta segunda-feira, passando a garantir médico de família a todos os utentes do Centro de Saúde de Darque.

A USF Foz do Lima funciona agora na sede do Centro de Saúde de Darque, mantendo-se em funcionamento, como até agora, os polos de Chafé, Castelo do Neiva, Geraz do Lima e Vila Franca. A UCSP de Darque continuará em funcionamento nas mesmas instalações e integrada no mesmo Centro de Saúde, de modo a continuar a prestar serviço assistencial à população no âmbito dos cuidados de saúde primários.

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VIANA DO CASTELO: GRUPO FOLCLÓRICO DAS LAVRADEIRAS DA MEADELA DANÇA NA ROMÉNIA

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O festival é uma das manifestações favoritas do público e dos convidados e não existe por acidente há 25 anos. Este ano ele trouxe sorrisos para a multidão no centro da cidade e os participantes do tradicional desfile do Festival mostraram sequências do que vai ser visto na programação da noite. Os convidados do Festival foram tradicionalmente bem-vindos e recebidos pelo Presidente da Câmara de Vr šco Dragana Mitrovi ć.

Fotos: Alexander Traveler / Vršački venac

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Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela este considerat pe bună dreptate unul dintre cele mai autentice grupuri folclorice din Alto Minho.
Fondată în 1934, păstrează vii tradițiile moștenite de la strămoșii săi. Acesta oferă costume bogate lucrate manual, dansuri, muzică tradițională și înlocuiri scenice.
Astfel de obiceiuri, datorită rafinamentului lor singular, au fost descrise de distinși scriitori și etnografi, printre care îl amintim pe Cláudio Basto în lucrarea sa "Traje à Vianesa": "În Meadela – un sat la care am făcut deja aluzie și care poate fi considerat o suburbie a Viana do Casttelo – îmbrăcămintea este confundată cu cea a vecinei Santa Marta. Acest sat, însă, merită menționat în detaliu, pentru că în el, spre deosebire de celelalte menționate din nou, costumul "țăranului" nu apare rar, ci este sincer folosit, cu galanterie și entuziasm.
Mi se pare că, dintre inovațiile introduse în costum, cel puțin recent, multe se datorează fetelor expeditive și nestânjenite din Meadel.
Să ne întoarcem, totuși, mai departe în timp și să-l cităm pe remarcabilul scriitor Ramalho Ortigão în As Farpas, referindu-se la o fată din Meadela pe care a văzut-o la târgul Viana: "Încă una din Meadela. Douăzeci și cinci de ani. Înalt, delicat, de o paloare caldă, auriu la soare. Ochii negri, umbriți de gene uriașe. Sprâncene groase. Nas drept. Un puf fin și copt de piersici în fântâni și în buzele arcuite cu săgeți. Îmbrăcat în gri și albastru. Dantelă gorgette. Pânză verde de in, dar se pare că o dă cadou, într-o asemenea măsură este atitudinea ei artistică, de Phryneia îmbrăcată, aterizând la târgul Viana ca și la aeropagul din Atena". Aici reprezentând amintirea virtuții și a frumuseții.

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VIANA DO CASTELO: GRUPUL FOLCLORIC DIN LAVRADEIRAS DA MEADELA DUCE TRADIȚIILE NOASTRE ÎN ROMÂNIA

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Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela este considerat pe bună dreptate unul dintre cele mai autentice grupuri folclorice din Alto Minho.
Fondată în 1934, păstrează vii tradițiile moștenite de la strămoșii săi. Acesta oferă costume bogate lucrate manual, dansuri, muzică tradițională și înlocuiri scenice.
Astfel de obiceiuri, datorită rafinamentului lor singular, au fost descrise de distinși scriitori și etnografi, printre care îl amintim pe Cláudio Basto în lucrarea sa "Traje à Vianesa": "În Meadela – un sat la care am făcut deja aluzie și care poate fi considerat o suburbie a Viana do Casttelo – îmbrăcămintea este confundată cu cea a vecinei Santa Marta. Acest sat, însă, merită menționat în detaliu, pentru că în el, spre deosebire de celelalte menționate din nou, costumul "țăranului" nu apare rar, ci este sincer folosit, cu galanterie și entuziasm.
Mi se pare că, dintre inovațiile introduse în costum, cel puțin recent, multe se datorează fetelor expeditive și nestânjenite din Meadel.
Să ne întoarcem, totuși, mai departe în timp și să-l cităm pe remarcabilul scriitor Ramalho Ortigão în As Farpas, referindu-se la o fată din Meadela pe care a văzut-o la târgul Viana: "Încă una din Meadela. Douăzeci și cinci de ani. Înalt, delicat, de o paloare caldă, auriu la soare. Ochii negri, umbriți de gene uriașe. Sprâncene groase. Nas drept. Un puf fin și copt de piersici în fântâni și în buzele arcuite cu săgeți. Îmbrăcat în gri și albastru. Dantelă gorgette. Pânză verde de in, dar se pare că o dă cadou, într-o asemenea măsură este atitudinea ei artistică, de Phryneia îmbrăcată, aterizând la târgul Viana ca și la aeropagul din Atena". Aici reprezentând amintirea virtuții și a frumuseții.

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