25 anos após a publicação da sua primeira obra, Pompeu Miguel Martins apresenta «A Utopia do Não Ser», um texto onde percorre domínios poéticos em torno de lugares, de gentes e de Deus. O evento está marcado para o dia 7 de dezembro, pelas 15h.30m, na sala Manoel de Oliveira, em Fafe. Com chancela da Editora Labirinto, a apresentação da obra estará ao cuidado do
Prof. Doutor César Freitas.
Nesta obra, o leitor é confrontado com o espaço íntimo e com o espaço público, com a relação pessoal e universal entre personagens e nela a relação com Deus é revelada no plano da crença e de uma lida diária de construção da identidade.
Neste novo livro, Pompeu Miguel Martins regressa a um universo poético muito seu e muito deste nosso tempo com as tensões e o confronto que o leitor de poesia sempre procura para iniciar uma viagem, que é a sua, em torno de um tempo comum que se partilha e se transforma.
Pompeu Miguel Martins nNasceu em Fafe em 1969. Autor de várias obras no domínio da poesia, romance e teatro, com publicação regular desde 1998.
A sua obra poética tem integrado antologias nacionais e internacionais.
Sociólogo, de formação académica, desenvolveu estudos nas áreas da História das Populações, Património Cultural Imaterial e Estudos Comparados: Literatura e outras Artes.
Desempenhou, ao longo dos anos, cargos de natureza política, nomeadamente Deputado à Assembleia da República, Vice-presidente e Vereador da Câmara Municipal de Fafe.
Profissionalmente, exerceu funções docentes e foi membro do Conselho de Direção da Escola Superior de Educação de Fafe e ocupou cargos em representação do Governo português na área da Juventude, no distrito de Braga e junto da Comissão Europeia.
Estamos perante uma complexa e exaustiva obra de investigação, no âmbito das mobilidades, na região do Alto Minho. É parte de um trabalho de investigação que o autor apresentou, em primeira mão, como dissertação de doutoramento na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, acerca de vinte anos. Mas não parou aí o estudo e reflexão com a defesa da tese. O Prof. Doutor Henrique Rodrigues tomou a temática das mobilidades nas suas mais diversas variáveis para provocar novas reflexões nos seus alunos, enquanto docente do ensino superior, bem como nas múltiplas comunicações em congressos e seminários, no país e no estrangeiro, junto dos seus pares. Agora compilou vários estudos, em dois volumes. o que representa, de facto, um tempo longo de reflexão e de escrita aprimorada.
Depois de uma vida dedicada à investigação, o autor deparou-se com um conjunto deveras significativo de trabalhos científicos, na área das mobilidades, que andavam dispersos e que careciam de ser agregados porque eles constituem um todo e obedecem a uma única lógica. São dezenas de textos divulgados em obras coletivas ou espalhados por centros de investigação, com destaque para os divulgados em Espanha e Brasil, em capítulos de livros ou atas de reuniões em que participou, bem como em revistas com arbitragem científica.
O autor circunscreveu o estudo da emigração para o Brasil à região do Alto Minho e ao período dos séculos XIX e inícios do XX. O seu olhar e atenção voltaram-se para a fonte primordial do arquivo do ex-Governo Civil de Viana do Castelo onde se encontra a abundante documentação que mais e melhor informação lhe poderia fornecer – os passaportes de emigração para o Brasil das gentes do Alto Minho e de cidadãos oriundos da Galiza, que daqui partiram para as Américas. Acresce, ainda, que grande parte desses documentos oficiais são acompanhados de cartas desses emigrantes, que foram usadas para fins de aquisição de licença de viagem, e que o seu uso transformou em documentos “oficias”, sendo integradas no corpo dos processos para requisição de passaporte. Além disso, o Prof. Doutor Henrique Rodrigues deitou mão do seu rico e variado arquivo particular, onde reúne mais de um milhar de documentos da emigração e outros arquivos familiares de gente de sucesso no Brasil.
Diria, antes de mais, que este conjunto documental de arquivo lhe forneceu um manancial de informação, quase inesgotável, que o autor, com mestria, soube explorar e expor de uma forma exemplar e exímia nas suas exposições orais e nos múltiplos escritos que foi deixando em publicações de especialidade. Uma primeira nota, que logo ressalta do tomo n.º 1, é a meticulosa recolha dos dados e a rara forma como o Doutor Henrique os trabalhou – através da análise das mais diversas variáveis – retirando deles as mais impensáveis conclusões que caracterizam uma época e uma região, fazendo cair por terra muitos mitos existentes sobre os nossos emigrantes de oitocentos. Daí a originalidade e riqueza de informação que aqui se colhe e que fica à disposição de ulteriores desenvolvimentos na área das mobilidades. O número de casos registados conta-se na ordem de dezenas de milhares, como se pode ver pela análise do tomo sobre perfis de emigrantes.
Quando falamos da emigração do séc. XIX, nesta região em concreto, estamos a referir-nos a motivos essencialmente económicos que levaram grupos de pessoas a deixar o país e a procurar o Brasil em busca de empregos e melhores condições de vida. Trata-se de um fenómeno complexo que, nesta região do Alto Minho e neste período em análise, envolveu um fluxo migratório significativo, como podemos constatar pelos dados apurados e apresentados através das mais variadas formas.
Que é que atraía os nossos emigrantes a procurar o Brasil? Que desejavam fazer num país tão longe que, em princípio, levava à separação e até desagregação da família, e a despesas que levavam normalmente ao endividamento familiar? A resposta a estas e a muitas outras questões passa muito pela análise epistolográfica onde mais se evidenciam as razões que levaram aos fluxos migratórios que o Doutor Henrique sabiamente explora e apresenta.
Este estudo permitiu-lhe traçar um quadro bem elucidativo do que foi, de facto, a emigração para as Terras de Vera Cruz, averiguando as causas e as consequências que, nem sempre, foram as mais felizes. A partida para o Brasil era quase uma miragem, era a ideia de um “El Dorado”, ideia essa alimentada pela fantasia de um enriquecimento fácil e uma vida opulenta para todo o agregado familiar. Era, muitas vezes, o espírito de aventura que norteava a partida para o desconhecido, um pouco ao sabor dos navegadores de outrora que deram “novos mundos ao mundo”.
É um facto que os nossos emigrantes se dedicaram mais a atividades urbanas, principalmente o comércio e serviços, porque a experiência que levavam era a da agricultura de subsistência que não os retirava da pobreza em que viviam e o sonho que os levava apontava por outros voos mais altos. O Brasil surgia, então, como a possibilidade de um enriquecimento fácil e uma possibilidade de ascensão na vida social da sua terra de origem. A sua miragem era poder voltar à terra com uma aura de sucesso que os alcandorasse no seu meio social e os tornasse invejáveis aos olhares dos seus concidadãos.
Na verdade, aqui é feita uma avaliação aos refluxos e reembarques, às travessias da primeira viagem, por concelhos e índices de instrução. O número de reembarques atinge a maior dinâmica no último quartel do século XIX, o que significa que foi bem-sucedida a partida para o Brasil. Por outro lado, relacionando o reembarque com a alfabetização, o autor verifica uma melhoria substancial nos índices de alfabetização, o que significa, também, uma melhor posição laboral conseguida.
O primeiro tomo, agora em análise, com mais de 500 páginas, está estruturado em quatro grandes partes que, por sua vez, foram subdivididas em onze capítulos: Mobilidades epistolares, saudade e solidariedade (escritas populares da emigração; a saudade na epistolografia e quadros da emigração); Mobilidades demográficas (mobilidade da juventude e correspondências; mobilidades rurais e urbanas; geografia do emigrante do noroeste de Portugal; mobilidades de pequena e média distância); Mobilidades de quadros familiares precários (emigração de órfãos; mobilidade de filhos ilegítimos no século XIX; sobrevivência de expostos); Mobilidades de galegos (galegos para as américa no século XIX).
No primeiro capítulo, e através de um tratamento minucioso e exaustivo, emergem as fontes utilizadas. O autor dá uma particular atenção às cartas de emigração, aos ritmos de correspondência, aos papéis femininos, às preocupações com a viagem da família, às imagens de alfabetização e ao enxoval que a família levava e, até, a determinados pormenores que passavam pelos conselhos dados à esposa na forma como se devia vestir e comportar durante a viagem.
No campo das mobilidades demográficas apresenta-nos a geografia do noroeste de Portugal, com pormenores: proveniência e destino dos lavradores e agricultores, dos estudantes e caixeiros, dos pedreiros e trabalhadores de calçado, carpinteiros, alfaiates e chapeleiros, entre outros. Mas não são só os rurais que emigram. Para além das mobilidades rurais e quadros profissionais das aldeias, o investigador preocupa-se em apresentar também um quadro completo das mobilidades urbanas através dos embarques e reembarques, quadros profissionais dos burgos, destinos à primeira travessia e destino dos reembarcados.
Dentro das mobilidades individuais, o Historiador dedica um capítulo à mobilidades de quadros familiares precários: os órfãos, os filhos ilegítimos e os expostos. Numa análise mais fina, apresenta os índices de orfandade, de ilegítimos e expostos, origem, destinos, níveis de literacia, identificação dos progenitores, quadros profissionais e instrução, distribuição por locais de naturalidade, sobreviventes e trajetórias. Enfim, traça um quadro minucioso esgotando a análise das fontes consultadas.
Finalmente, temos o capítulo dedicado à mobilidade de galegos que, de Portugal, demandaram as Américas. Na linha metodológica que traçou apresenta, antes de mais, as fontes utlizadas. E depois, os passos que sistematicamente explorou: áreas de naturalidade, distribuição, por municípios, das províncias de A Coruña e Pontevedra, áreas de residência e áreas de destino.
Esta obra teve como mecenas, a CCAMN (Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste), tendo dado um contributo financeiro assinalável, sem o qual a edição não teria visto a luz do dia. Também houve apoio financeiro concedido pelas câmaras de Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Valença, Monção, Melgaço e pela FCAN (Fundação Caixa Agrícola Noroeste). Ainda apoiaram esta edição a CIM Alto Minho (Comunidade Intermunicipal do Alto Minho) e a APHVIN/GEHVID (Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho).
Bem-haja ao autor e aos patrocinadores, pelo papel em prol da cultura da nossa região e por terem dado espaço ao cidadão anónimo que emigrou no século XIX.
Ernesto Português
Dezembro de 2024
Nota biobibliográfica do Prof. Doutor Henrique Rodrigues
Henrique Fernandes Rodrigues formou-se na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo obtido os graus de Bacharelato. Licenciatura, Mestrado e Doutoramento em História Moderna e Contemporânea, com Louvor e Distinção por unanimidade do júri. É investigador do CETRAD/UTAD e docente aposentado do Ensino Superior.
Participou em mais de cento e sessenta eventos científicos nacionais e internacionais com comunicação. É autor de mais de duzentos títulos dados a lume no Brasil, Chile, Espanha, Ilhas Baleares, França, Portugal (Portugal Continental, Madeira e Açores). Organizou eventos científicos sobre a problemática das Mobilidades, Escritas, Alfabetização e da Guerra e fez parte de várias comissões científicas de congressos nacionais e internacionais. Foi Fundador e Coordenado Científico da Revista Estudos Regionais, 2.ª série (n.º 1 a 4). É membro de várias associações e de centros de investigação, de que se destaca a APHVIN/GEHVID (Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho), CER (Centro de Estudos Regionais), ADEH (Associação de Demografia Histórica Ibérica) e do CETRAD.
Foi colaborador da Universidade Portucalense-Infante D. Henrique, instituição onde arguiu e orientou várias dissertações de doutoramento, e da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), com o mesmo perfil de ação. Orientou cerca de três dezenas de dissertações de mestrado no ensino superior e arguiu várias dezenas.
Tem colaborado com o CEHA (Centro de Estudos de História do Atlântico), onde foi co-organizador de vários eventos científicos internacionais sobre Escritas do Eu, Escritas de Si e Mobilidades. Foi membro efetivo do CEPESE do Porto e colaborou com outros centros de investigação estrangeiros, com destaque para o Brasil, Espanha, Chile e França.
Publicou em várias revistas internacionais e nacionais. Das publicações sobre Mobilidades, destacam-se os trabalhos dados à pública forma no Funchal, Ponta Delgada, Maia, Minas Gerais Rio de Janeiro, São Paulo, Porto, Santiago de Compostela, Valência, Córdova, Múrcia, Vigo, Braga, Guimarães, Barcelos, Bragança, Coimbra, Évora, Lisboa, Paris, Régua, Viana do Castelo e várias academias e centros de investigação, de que se apresentam alguns textos vindos a lume: Imagens de emigração oitocentista na correspondência enviada do Brasil; Escritas de Emigrantes, uma abordagem à correspondência oitocentista; Escrita popular e imagens da emigração portuguesa; Uma abordagem às cartas enviadas do Brasil; “Viagens e Turismo” no século XIX, abordagem às imagens dos emigrantes da região da região do vinho verde a partir da escrita popular; A viagem, o sagrado e o profano na correspondência do século XIX; Arquivar a própria vida, documentos da Casa Malafaia de Viana; As Margens da Palavra, Cartas, Vozes e Silêncios Femininos, Solidariedade, apoios e gestos caritativos no contexto da emigração oitocentista; Correntes de afeto em tempo de guerra e Correspondências da Guerra Colonial.
Tem centrado a investigação na área da epistolografia dos “Sem História”, recorrendo às escritas populares, analisando os afetos da juventude através das correspondências; Cartas e aerogramas da guerra colonial; Escritas breves da Primeira Guerra Mundial; Epístolas da emigração Lusa; Cartas da diáspora vianense oitocentista; Escritas privadas e familiares; Correspondência recebida por um “brasileiro”; Memórias da Emigração, correspondências oitocentistas; Escritas da mobilidade; Escritas de si e correspondências da emigração, além de outras áreas de investigação, onde se cruzam os saberes da História, Linguística, Antropologia e Sociologia.
Tem em curso a preparação do quarto tomo sobre mobilidades da epistolografia. É investigador registado na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promove a apresentação do livro “Relato de Futebol – narração na Rádio, TV e Internet”, da autoria de Pedro Azevedo, jornalista desportivo.
Esta apresentação, que resulta de uma parceria com a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga, está marcada para a próxima quinta-feira, 5 de dezembro, às 18h00, no Centro Interpretativo Maria da Fonte (Vila da Póvoa de Lanhoso).
Obra contou com a colaboração fotográfica de Carlos Gomes, Administrador do Blogue do Minho
O Movimento 1º de Dezembro procedeu em 2017 ao lançamento do livro “O Novo 1º de Dezembro”, em cerimónia público que decorreu no Palácio dos Condes de Almada, vulgo Palácio da Independência, ao Largo de São Domingos, 11, em Lisboa.
O livro foi apresentado por José Ribeiro e Castro, coordenador da obra e do Movimento 1º de Dezembro, por José Alarcão Troni, presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e Martinho Caetano, Presidente da Confederação Musical Portuguesa.
Com esta iniciativa, pretendeu o Movimento 1º de Dezembro assinalar cinco anos do Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas (2012-16), visando enriquecer e valorizar o dia em que celebramos a independência nacional.
Sob chancela da "Casa Sassetti", uma marca da Editora Princípia, trata-se de um livro-álbum elaborado sob coordenação de José Ribeiro e Castro, apresentando imagens de bandas filarmónicas e outros grupos que, nos últimos cinco anos, já vieram representar 71 concelhos neste "novo 1º de Dezembro", festivo e popular.
A obra é uma edição conjunta da APHVIN/GEHVID (Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho) e da FCAN (Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), patrocinada pela Caixa de Crédito Agrícola Noroeste e apoiada por municípios do Vale do Minho e CIM Alto Minho, obra constituída por dois tomos sobre Mobilidades e Emigrantes do Vale do Minho e Galiza.
A apresentação pública está a cargo do Historiador Doutor Ernesto Português e vai ter lugar hoje, dia 30 de Novembro, nas instalações da Caixa de Crédito Agrícola de Paredes de Coura.
A obra é uma edição conjunta da APHVIN/GEHVID (Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho) e da FCAN (Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), patrocinada pela Caixa de Crédito Agrícola Noroeste e apoiada por municípios do Vale do Minho e CIM Alto Minho, obra constituída por dois tomos sobre Mobilidades e Emigrantes do Vale do Minho e Galiza.
A apresentação pública está a cargo do Historiador Doutor Ernesto Português e vai ter lugar no próximo dia 30 de Novembro, nas instalações da Caixa de Crédito Agrícola de Paredes de Coura.
A Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo recebe, no 3 de dezembro, pelas 17h00, a Apresentação do Livro “Portugal Gastronómico: apresentação das obras de Olga Cavaleiro”.
Olga é socióloga e mestre em História da Alimentação e tem dedicado a sua carreira à investigação das tradições gastronómicas de Portugal. No evento, serão apresentadas obras como "Portugal Gastronómico: A Gastronomia Portuguesa e as Cozinhas Regionais" e "Quem Conta um Conto, Acrescenta um Pouco", que exploram a riqueza cultural e os sabores típicos das regiões portuguesas, incluindo o Minho.
Esta é uma oportunidade única para conhecer o trabalho de uma defensora incansável da herança gastronómica nacional, que promove o valor histórico e cultural da nossa alimentação.
Em época natalícia os livros limianos voltam a ocupar um espaço de destaque na Biblioteca Municipal de Ponte de Lima promovendo-se mais uma edição da Feira do Livro Limiano com novidades e livros para todas as gerações, entre os dias 02 e 31 de dezembro de 2024.
Através de um evento facilitador de desenvolvimento cultural e de lazer o Município de Ponte de Lima organiza mais uma edição de incentivo ao livro e à leitura com o lema “Este Natal ofereça um livro limiano” promovendo uma feira que agrega livros de autores limianos e publicações com chancela municipal.
Trata-se de uma oportunidade única para durante este período aproveitar esta iniciativa e adquirir a um preço mais convidativo livros com desconto de 40% sobre o preço de capa.
Aproveitem este acontecimento, visitem a Biblioteca Municipal de Ponte de Lima e usufruam de uma oportunidade para explorar uma vasta seleção de livros e desfrutar de uma atmosfera cultural vibrante onde não faltarão novidades.
A entrada na feira é livre e funcionará de segunda a sábado, de acordo com o horário de funcionamento da Biblioteca Municipal.
A obra é uma edição conjunta da APHVIN/GEHVID (Associação Portuguesa de História da Vinha e do Vinho) e da FCAN (Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), patrocinada pela Caixa de Crédito Agrícola Noroeste e apoiada por municípios do Vale do Minho e CIM Alto Minho, obra constituída por dois tomos sobre Mobilidades e Emigrantes do Vale do Minho e Galiza.
A apresentação pública está a cargo do Historiador Doutor Ernesto Português e vai ter lugar no próximo dia 30 de Novembro, nas instalações da Caixa de Crédito Agrícola de Paredes de Coura.
O Município de Ponte de Lima vai promover a sessão de apresentação do livro "Eco de Narciso", da autoria de Sandra Araújo Martins Morais, dia 30 de novembro, pelas 17h00, no auditório dos Paços do Concelho.
Trata-se de uma obra publicada sob a chancela da editora Cordel D'Prata que perpetua a beleza e a raridade das palavras desta autora limiana, numa incursão intimista pela poesia, revelando a sua essência em constante transformação e de mãos dadas com múltiplas emoções e sentimentos.
Compareça nesta sessão e venha conhecer em primeira mão a produção literária de Sandra Morais.
Aceite o nosso convite e venha celebrar a literatura em Língua Portuguesa.
A entrada é gratuita.
Sobre o livro
Eco de Narciso é uma incursão intimista por um eu fragmentado, peculiar e extemporâneo.
As palavras dançam com as emoções no seu estado mais puro ao som de uma orquestra simbiótica e despretensiosa de sentimentos que são a base de uma alma indefinível e indeterminada.
Sobre a autora
Sandra Araújo Martins Morais nasceu em Ponte de Lima. É licenciada em Ensino de Português, pela Universidade do Minho. Na mesma universidade, tirou o Curso de Mestrado em Ensino da Criança, especialização em Tecnologias de Informação e Comunicação. Para além disso, é pós-graduada em Educação Especial, domínio cognitivo e motor, pela Universidade Fernando Pessoa, em Ponte de Lima. É docente de Português e de Educação Especial. Com um espírito marcadamente sensível, a escrita ocupou, desde cedo, um lugar central na sua vida, tendo começado a escrever poesia na adolescência como forma de catarse e de descobrimento de um "eu" heteronímico e emotivo.
A Escola Básica Domingos de Abreu, em Vieira do Minho, foi palco da apresentação do livro Um Mundo Paralelo, da autoria de Elisabete Pereira. A obra, produzida com o apoio da Braval, é direcionada às crianças e visa sensibilizar as novas gerações para a importância da preservação ambiental. A apresentação contou ainda com um momento musical, protagonizado pelo compositor Miguel Oliveira, que apresentou o hino “Reduzir, Reutilizar, Reciclar”, reforçando a mensagem do livro de forma lúdica e envolvente.
Este projeto enquadra-se numa campanha promovida pela Braval no âmbito do POSEUR, com o objetivo de fortalecer a recolha seletiva de resíduos e educar a comunidade escolar sobre práticas sustentáveis. Pedro Machado, diretor geral executivo da Braval, destacou a relevância desta iniciativa, sublinhando a necessidade de sensibilizar as crianças desde cedo para questões ambientais como a reciclagem, a redução de resíduos e a reutilização de materiais. “A educação ambiental deve começar nos mais jovens, porque é através deles que podemos garantir um futuro mais sustentável. Se não cumprirmos as metas, as consequências serão tanto económicas como ambientais, prejudicando ainda mais o nosso planeta”, reforçou.
Elisabete Pereira, autora da obra, sublinhou a importância de transmitir às crianças que a proteção do ambiente é uma responsabilidade de todos. Segundo a escritora, o livro promove a política dos cinco Rs – Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar – como forma de enfrentar os desafios ambientais atuais. “O planeta está a sofrer cada vez mais com as nossas ações, e é essencial que as crianças entendam o papel que podem desempenhar na construção de um futuro melhor. Elas são o nosso futuro, e está nas suas mãos fazer a diferença”, afirmou.
A sessão foi marcada por momentos de interação entre os alunos e os autores do projeto, num ambiente descontraído e educativo. A apresentação do hino “Reduzir, Reutilizar, Reciclar”, interpretado por Miguel Oliveira, foi um dos pontos altos do evento, deixando uma mensagem forte e inspiradora para os mais novos.
António Cardoso, presidente da Câmara Municipal esteve presente na sessão e referiu que "com este projeto, Vieira do Minho junta-se aos restantes municípios abrangidos pela campanha, reforçando o compromisso de educar e sensibilizar a população para a importância de práticas ambientais sustentáveis". A iniciativa destacou-se como uma oportunidade de semear consciência ambiental nas crianças, que desempenharão um papel crucial na proteção do planeta no futuro.
Publicação, de Alfredo Cunha, integrou as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos
O Tribunal de Contas notificou o Presidente da Câmara Municipal do arquivamento do processo de denúncia relativo à aquisição do livro de fotografias da autoria do fotógrafo Alfredo Cunha - “25 de Abril de 1974, Quinta-Feira”, ficando assim confirmada a legalidade de mais este procedimento, que integrou as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. “É mais um capítulo de uma avalanche de denúncias sem qualquer fundamento, que não são sérias e que consomem tempo e recursos, humanos e materiais, ao Município, prejudicando seriamente a população e o concelho de Caminha”, afirma Rui Lages.
“Têm-se multiplicado, nos últimos meses, as denúncias contra o Município de Caminha, junto das mais diversas entidades, no que em tudo parece assemelhar-se a uma estratégia desenfreada e irresponsável, na tentativa desesperada de prejudicar o Executivo e de envolver os seus responsáveis em atos alegadamente ilícitos”, explica o Presidente da Câmara. “Defendo o escrutínio democrático, sem reservas, mas não é disso que se trata, na esmagadora maioria destas denúncias. Este autêntico ‘bombardeamento’ obriga os funcionários do Município a gastar horas e horas de trabalho em processos estéreis, tempo que faz falta para trabalhar em prol da nossa comunidade. Da mesma forma, o Município vê-se obrigado e pagar, repetidamente, custas judiciais, e a assegurar serviços jurídicos em conformidade e de acordo com a Lei. São recursos financeiros que gostaríamos de utilizar em obras e atividades que contribuíssem para o desenvolvimento efetivo e para o apoio à nossa população”, conclui Rui Lages.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Caminha se associou à “Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril” patrocinando, juntamente com outras entidades, a edição especial do livro “25 de abril de 1974, Quinta-Feira”, com fotografias e coordenação do fotógrafo Alfredo Cunha. Como referimos na altura, esta parceria permitiu trazer para o concelho um conjunto de importantes iniciativas, que integraram o programa de comemorações da Revolução dos Cravos.
Da mesma forma, a Câmara pôde adquirir, no quadro desta relação, por um preço simbólico, 120 exemplares, que integram o espólio municipal. Entidades diversas, entre elas várias câmaras municipais (Barcelos, Braga, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Paredes de Coura, Vila Nova de Famalicão, Guarda, Grândola, Tavira. S. João da Madeira, Vila Verde, Santarém, entre outras), juntaram-se neste mesmo projeto, que preserva, para memória futura, testemunhos fotográficos e outros, reunidos numa edição especial de “25 de abril de 1974, Quinta-Feira”, com fotografias e coordenação de Alfredo Cunha; textos de Carlos Matos Gomes, Adelino Gomes, e Fernando Rosas; gravuras de Alexandre Farto / Vhils e prefácio de Luís Pedro Nunes.
Esta parceria permitiu, como referimos, adquirir para o Município, a preço simbólico (cerca de metade do preço de capa), 120 exemplares do livro, uma edição especial de 28.5cmx28.5cm. Além da edição especial, existe uma edição mais simples, (16x16 cm) à venda em livrarias e websites.
AQUI HÁ CULTURA! - Lançamento do Livro "Mário Viegas – autophotobiografia (não autorizada)" emociona público em Vila Verde
No passado dia 15 de novembro, a Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, recebeu a apresentação do livro "Mário Viegas – autophotobiografia (não autorizada)", num evento integrado no programa “Aqui há Cultura!”.
O livro, escrito pela mão do ator e em posse de Hélia Viegas, irmã e herdeira universal de Mário Viegas, e editado por José Moças, é uma obra única que explora a vida do artista desde a sua infância até aos últimos dias de vida. Com 250 páginas que incluem fotografias, recortes, memórias e até bandas desenhadas, esta obra oferece uma perspetiva intimista de um dos maiores ícones da cultura portuguesa.
A sessão destacou-se pelos momentos interativos e emocionantes, como as gravações inéditas de Mário Viegas, incluindo a sua primeira gravação, com 9 anos, e a participação remota de Hélia Viegas, que partilhou memórias sobre o irmão e agradeceu o apoio ao projeto.
Com este evento, Vila Verde celebrou não apenas a vida e obra de Mário Viegas, mas também o poder da cultura em unir gerações.
A Brigada do Minho – denominação pela qual ficou conhecida e célebre a 4ª Brigada de Infantaria – integrou a 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português, teve como missão, desde 7 de Fevereiro de 1918, guarnecer o sector de Fauquissart, na região de Pas-de-Calais, no norte de França.
As suas forças cooperavam tacticamente com o 6º Grupo de Baterias de Artilharia, o 4º Grupo de Metralhadoras Pesadas e as 4ªs baterias de morteiros médios e morteiros pesados.
A bandeira da Brigada do Minho foi confeccionada e oferecida pelas famílias dos oficiais da Brigada.
Como refere em carta reproduzida neste relatório o Tenente-Coronel João Diogo Guerreiro Telo, “Unificou o seu Quartel General, identificou-o de tal forma com o seu modo de ser, que êle constituiu até ao 9 de Abril um comando verdadeiramente modelar; conseguiu reunir na sua Brigada, e sabe Deus à custa de quantos esforços e de quanta perseverança, os quatro batalhões oriundos do Minho indo assim buscar ao espírito regionalista o primeiro élo da cadeia que tão fortemente os havia de futuro ligar, fazendo dêles um blóco homogénio onde se fundiam todos os esforços qualquer que fôsse a sua região d’origem.
Dados êstes primeiros passos, a fria e inexpressiva designação de 4ª B.I. dava lugar à de “Brigada do Minho” – E este já tinha história, já tinha tradições; tinha a história e as tradições heróicas da sua tão querida província natal, eram os descendentes dos Minhotos de Caminha e da linha do Ave, eram os mantenedores dos loiros dos minhotos dematacãesda Guerra Penínsular – e êsses Minhotos quiseram e fôram dignos das suas tradições, bateram-se com denôdo pela Bandeira que o seu Minho, num gesto galante, lhes enviava para os nortear no campo de batalha.”
Quis a História que a capitulação da Rússia ocorrida na sequência da revolução ocorrida no final de 1917 levásse ao fim da frente oriental, o que possibilitou à deslocação massiva para a frente ocidental de todas as forças e meios limitares que ali tinham concentradas. E, como resultado, a tragédia da Batalha de La Lys, porventura a maior derrota militar portuguesa desde a Batalha de Alcácer-Quibir.
Carlos Gomes / Fotos: livro propriedade do autor
A imagem mostra a capa de um exemplar do livro “A Brigada do Minho na Flandres: o 9 de Abril. Relatório da Batalha e sua Documentação”, da autoria do Coronel Eugénio Mardel, atualmente pertencente atualmente à Biblioteca do Exército.
O livro foi publicado em 1923 pelo Ministério da Guerra e impresso nos Serviços Gráficos do Exército.
O município de Arcos de Valdevez realizou ontem no Salão Nobre a apresentação do Livro Genealógico da Raça Garrana, esse cavalito montês residente nas montanhas de Arcos de Valdevez, Paredes de Coura e Ponte de Lima, principalmente. No evento foram também assinados vários protocolos para investir no Desenvolvimento Rural, cerimónias na qual participaram os deputados do PS eleitos pelo distrito de Viana do Castelo: José Maria Costa e Marina Gonçalves.
Participaram na sessão, também os Presidentes da Edilidade e da Assembleia, respectivamente João Manuel Esteves e francisco Araújo.
Trata-se dum leilão de livros invulgar que termina amanhã, duma temática incomum, e como tal reúne umas dezenas de títulos sobre culinária e vinhos. O alfarrabista Raúl Pereira, de Guimarães, selecionou para a almoeda algumas preciosidades bibliográficas: a ARTE DE COZINHA de Domingos Rodrigues (1637 – 1719), natural do concelho de Lamego, e Mestre de Cozinha no reinado de D. Pedro II, é a jóia da coroa! Com quase três centenas de receitas compiladas, no domínio das carnes, mariscos, empadas, pastéis, ervas, frutas, doces, ovos, tortas e frutas, a obra é um clássico sobre a gastronomia nacional e internacional, designadamente espanhola e francesa. De receituário luso, folheando a publicação, eis a curiosidade da iguaria apresentada por Domingos Rodrigues: galinha sem ossos.
Ao edição apresentada a leilão para os bibliófilos ou gastrónomos interessados na sua compra, é a publicada em Lisboa em 1794, exemplar que inclui a estampa desdobrável sobre disposição de mesas e serviços, mas a original, mais simples data de 1680.
Todavia, como se trata dum catálogo, outros livros merecem ser evidenciados; é o caso do tratado de culinária de Lucas Rigaud, a versão nacional lançada em 1798, e o monumental estudo, bilingue (português e francês) da O Portugal Vinícola, da autoria do especialista Cincinato da Costa, apresentado à Exposição Universal de PARIS 1900, outros estudos vinícolas produzidos pelo seu colega o Visconde de Vilarinho de S. Romão, vários títulos sobre Vinho do Porto, livros de receitas de culinária em francês e espanhol, mas muito deles com traduções portuguesas, principalmente do século XIX.
O conhecido jornalista Joaquim Vieira desloca-se a esta cidade para apresentar o seu mais recente livro, "O que fizemos da nossa liberdade? 50 anos de democracia em Portugal", na próxima sexta-feira, no salão nobre do Teatro-Cinema, a partir das 18h30, com entrada livre.
A iniciativa insere-se no âmbito da quinta edição do curso livre de História Local, promovido pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe, e conta com o apoio do Município de Fafe e da Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Joaquim Vieira (n. 1951), jornalista, ensaísta e documentarista, esteve na direção do Expresso, RTP e Grande Reportagem e foi provedor do leitor do jornal Público.
É autor de diversos livros dedicados à análise do país contemporâneo, tendo assinado Portugal Século XX – Crónica em Imagens (10 volumes) e dirigiu uma coleção de fotobiografias de figuras do século XX, tendo escrito os volumes relativos a Almada Negreiros, Oliveira Salazar e Marcelo Caetano. Escreveu, entre outros, Mário Soares – Uma Vida; Álvaro Cunhal – O Homem e o Mito; José Saramago – Rota de Vida; e História Libidinosa de Portugal; e, em coautoria, Os Meus 35 Anos com Salazar; República em Portugal! – O 5 de Outubro Visto pela Imprensa Internacional; Nas Bocas do Mundo – O 25 de Abril e o PREC na Imprensa Internacional e Caso Sócrates – O Julgamento do Regime. O seu último documentário é Música de Graça, sobre Fernando Lopes-Graça, tendo antes realizado Insubmissa, sobre Natália Correia, entre mais de uma dezena.
De 2015 a 2024, integrou o painel do programa televisivo de comentário social e político O Último Apaga a Luz, na RTP3.
As eleições de 10 de março de 2024, quase coincidindo com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, têm sido vistas como o encerramento de um ciclo de meio século da recente história de Portugal. Vale, por isso, a pena olhar com atenção para este período em que os Portugueses viveram, pela primeira vez, em plena liberdade, e fazer um balanço necessário, se não urgente, para se perceber como chegámos até aqui.
Joaquim Vieira enumera o que de mais significativo aconteceu em democracia até hoje nas diversas áreas da vida pública nacional, assim como os principais protagonistas e as tendências que se foram desenhando.
O que fizemos da nossa liberdade? 50 anos de democracia em Portugal é um livro fundamental para compreender as escolhas de um país na confluência de movimentos globais de polarização com sentimentos internos de desilusão e desesperança.
O V Curso Livre de História Local de Fafe, que arrancou na semana passada, vai incluir ainda mais duas sessões. Em 21 de Novembro, sobre a evolução do ensino em Fafe ao longo dos 50 anos de Democracia, pelo historiador que mais se tem dedicado à investigação desse sector, Artur Magalhães Leite.
Finalmente, o quarto e último módulo, será apresentado por Artur Coimbra e versa sobre o legado, os protagonistas e o impacto do Poder Local Democrático, desde 1976 à atualidade.
Neste ano em que se comemoram festivamente os 50 anos do 25 de Abril, o Núcleo de Artes e Letras entendeu promover esta edição exatamente sobre a temática do impacto da Revolução de Abril no nosso território.
O curso é de frequência gratuita e tem lugar na Biblioteca Municipal de Fafe, a partir das 18h30.
A Casa-Museu Manuel de Boaventura está cada vez mais perto de ser uma realidade. Depois da aquisição da casa do escritor, situada em Palmeira de Faro, o Município de Esposende avançou agora com a contratação da equipa projetista que elaborará o projeto de recuperação e adaptação a Casa-Museu.
O anúncio foi feito pelo Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Guilherme Emílio, na sessão da apresentação da reedição de mais três obras do escritor esposendense - “Ânsia de Perfeição e Contos Imperfeitos” e “Timóteo, o Penitente” e Marrucho Mentideiro” (estes dois títulos num único volume), que decorreu na tarde de hoje, na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em Esposende, com sala cheia.
Realçando que “a melhor maneira de homenagearmos as nossas figuras mais queridas e ilustres é recordarmos a sua vida e perpetuarmos a sua obra”, o autarca lembrou que o Município tem vindo, desde 2017, a proceder à reedição crítica da obra de Manuel de Boaventura, “precisamente para que todos conheçam o seu legado e a grandeza do seu trabalho literário”. Assim, foram já publicados: “O Solar dos Vermelhos” 2017); “Crimes dum Usurário” (2018); “No Presídio – Memórias dum Conspirador” (2019); “Contos do Minho” (2020); “Novos Contos do Minho” e “Lapinhas do Natal” (2022); “Zé do Telhado no Minho” e “Histórias Contadas à Lareira” (2023). Os três títulos hoje apresentados, conjuntamente com a reedição crítica da obra “Vocabulário Minhoto”, que ocorrerá em 2025, encerram a publicação da sua obra romanesca – os volumes IX e X da coleção “Obras de Manuel de Boaventura”, sem prejuízo de o Município vir a editar outras obras sobre o autor.
Guilherme Emílio realçou que “homenagear Manuel de Boaventura é um ato de profunda justiça”, que se encontra refletido também no Prémio Literário, instituído pelo Município, a partir de 2016, e que já premiou nomes como Ana Margarida Carvalho (2017), Filipa Martins (2019), Mia Couto (2021) e Giovana Madalosso e Rui Couceiro (2023), nomes que prestigiam e engrandecem este Prémio.
Ciente de que “era possível ir ainda mais longe”, o Município avançou com a aquisição da moradia do escritor, com o intuito de a transformar em Casa-Museu, um “projeto ambicioso, à medida da sua grandeza”, e que se pretende seja “uma referência da nossa identidade cultural em termos regionais e nacionais, servindo como produto estruturante na oferta cultural do nosso concelho”, afiançou Guilherme Emílio.
A apresentação dos três títulos agora reeditados esteve a cargo de Sérgio Guimarães de Sousa, autor do estudo prévio e responsável pela fixação do texto, que destacou o empenho do Município em dar a conhecer o escritor Manuel de Boaventura e a sua obra.
“A literatura é, talvez, a forma mais profunda de pensar a realidade do território, porque recorre a personagens, neste caso de Esposende, de um passado não assim tão longínquo quanto isso, e permite repensar esse território e sobretudo essa dimensão do que ele foi e do que pode vir a ser, tendo sempre como horizonte o presente, o horizonte das suas raízes fundamentais, que são raízes rurais. Manuel de Boaventura é um escritor disso mesmo”, afirmou.
Estando apenas a um título de dar por terminado este trabalho da redição das obras de Manuel de Boaventura, Sérgio Guimarães de Sousa agradeceu ao Município “a honra de ter desenvolvido este trabalho” e saudou a autarquia pelo “investimento avultado, cujo retorno não é imediato e automático, mas de longa duração”.
A neta do escritor, Helena Boaventura, agradeceu ao Município por ter assumido a preservação e promoção do legado de Manuel de Boaventura, reconhecendo que está a fazer um excelente trabalho nesse domínio e assumindo que a família, por si só, não teria capacidade para empreender esse desígnio.