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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PONTE DA BARCA: ENTERRO DO PAI VELHO É UMA TRADIÇÃO DO LINDOSO SEM IGUAL EM TODO O PAÍS

Aproxima-se o Carnaval e com ele a tradição dos tradicionais festejos carnavalescos do Enterro do Pai Velho no Lindoso, em Ponte da Barca. Logo pela manhã, o cortejo percorre os caminhos da aldeia, no lugar do Castelo.

À frente, um carro de bois devidamente engalanado com uma base de ramagens de cedro, bucho, cameleira e mimosa leva o busto de madeira do Pai Velho. Segue-se o “Carro das Ervas” com os bois enfeitados com ramos de flores nos chifres, conduzido pela lavradeira e seguido pelas tradicionais rusgas ao som da concertina, do bombo, dos ferrinhos e das castanholas. E, porque de entrudo se trata, não faltam no cortejo os foliões mascarados a preceito.

O “Pai Velho” é um boneco cujo busto é de madeira de castanho e o corpo de palha. Por volta da meia-noite, tem lugar o “Enterro do Pai Velho” propriamente dito. É então lido o testamento que cumpre a sua função de sátira social, terminando com uma grande fogueira onde o “Pai Velho” é queimado ou, com mais rigor, o seu corpo de palha uma vez que o busto em madeira permanecerá escondido à guarda dos homens mais antigos da aldeia, até ao ano seguinte.

Esta tradição é atualmente mantida pela Associação “Os Amigos do Lindoso” e conta com o apoio da Câmara Municipal de Ponte da Barca.

À semelhança da “Serração da Velha”, da “Queima do Judas” e outras representações tradicionais, o “Enterro do Pai Velho” insere-se num ciclo de festividades de origem pagã que pretendiam assinalar o fim do inverno e o renascimento da Natureza e dos vegetais com a chegada da Primavera, participando através do rito na ação criadora dos deuses.

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Decorado com ramagens de cedro, bucho, cameleira e mimosa, o busto de madeira do Pai Velho é levado pelas ruas da aldeia num carro de bois. Atrás segue o Carro das Ervas, com os bois engalanados com ramos de flores nos cornos, seguindo-se as rusgas de tocadores de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas. O chiar dos carros de bois e o alegre tilintar das campainhas preenchem o ambiente castiço da festa que se traduz num ritual que se destina a celebrar um novo ciclo da natureza que então se inicia.

A culminar os festejos, é lido o testamento e o Pai Velho queimado numa grande fogueira, um costume que nos remete para outras tradições semelhantes como a Serração da Velha, a Queima do Judas, a Vaca de Fogo ou as Pulhas. A este propósito, descreve-nos o Dr. Francisco Sampaio:

Quem é este Pai Velho? Uma espécie de despedida do Inverno e o acolhimento à Primavera que está a chegar? Recordação das festas dos "loucos medievais", colocando um ponto final ao tempo de excessos que precedem a Quarta - Feira de cinzas? O rito da fecundidade estimulado por uma nova seiva que vai surgir após as longas noites do solstício do Inverno?

O cerimonial mantém-se quase com os mesmos ingredientes medievos que encontramos na "Vaca das Cordas", ou na "Procissão do Corpo de Deus", em Monção com a tradição do Boi Bento, do Carro das Ervas, do Dragão e do S. Jorge, ou na Senhora D'Agonia com os seus Gigantones e Cabeçudos. Cumpre-se a tradição em Terras do Lindoso, sempre na época do Entrudo, nos lugares de Castelo e de Parada. Em dias de Domingo Gordo e Terça - feira de Carnaval.

Em frente aos espigueiros e à eira comunitária, tendo como cenário o Castelo Medievo, o busto de madeira do Pai Velho transportado num carro de bois, seguido de outro carro de bois, Carro das Ervas, engalanados, com a chiadeira habitual, tilintando de campainhas e com as cangas ornamentadas de monelhas, ramos de flores em cada chifre; à frente a lavradeira, camponesa rústica qual loura Ceres ( Deusa da Fecundidade), bem ourada com os cordões das avós; atrás as rusgas de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas e a que não faltam as máscaras dos mais foliões, os "varredouros" - normalmente de chapéus de palha e face tapadas com panos esburacados, munidos de vassouras de varrer o forno... eis os cortejos de Domingo Gordo no lugar do Castelo, depois da missa e, da parte de tarde, no lugar de Parada, com idêntico cerimonial.

Tudo se esconde até terça - feira de carnaval onde idênticos cortejos se realizam ainda com festa mais rija, para terminar depois dos bailaricos, com a entrada de um novo cortejo, com uma dúzia de vultos de branco vestidos, cada um com uma vela acesa e uma cruz á vanguarda, iniciando-se todo um coro de gemidos e berraria, gritando: "Adeus Pai Velho - eras um bom Pai".

Segue-se o enterro do Pai Velho, cerca da Meia-noite, altura em que se atinge o clímax do ritual coletivo concretizado na queima do boneco de palha e a leitura do seu testamento. Pai Velho que não dispensa o "seu" ritual gastronómico em dia de Domingo Gordo.

E são os rapazes e raparigas que cantam os Reis que tem a obrigação da ceia composta pelo tradicional cozido onde não faltam a orelheira, salpicão de fumeiro, tracanaz de presunto (e o que lhe davam mais), os chispes (unhas de porco) e o focinho do reco.

Se lhe acrescentarmos umas boas costelas Barrosãs e um pé descalço, mais umas chouriças de cabaço, ai temos o cozido do Lindoso em honra do Pai Velho: duas travessas fumegantes a rescender a sabores de salgadeira, da vezeira e do quinteiro: a das carnes; outra com batatas, cenoura e couve-galega; o alguidar tortulho com arroz branco e rodelas de chouriça, paio e salpicão, tudo acompanhado de um verde tinto a deixar nas malgas vidradas uma velatura de musselina rósea.

E as grâ - mestras da cozinha do Lindoso a dizerem-me prazenteiras e sorridentes: bom proveito, que lh'apreste. Cá fora, no terreiro do Castelo as concertinas e as vozes diziam:

"O Carnaval de Lindoso

É o melhor do concelho

Todos gostamos de ver
O enterro do Pai Velho"

Ass: Gracinda de Amorim

"Lindoso terra bonita

Onde se colhe bom pão

Festejam o Carnaval

Que não acabe a tradição!
Pai Velho não Morras!"

Fotos: https://www.facebook.com/EnterrodoPaiVelho

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ESCRITOR TRANSMONTANO MIGUEL TORGA ANDOU PELA PENEDA, SOAJO E LINDOSO MAS NÃO APRECIOU A PAISAGEM VERDEJANTE DA NOSSA REGIÃO

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Dizia o insígne escritor Miguel Torga que “…no Minho tudo é verde, o caldo é verde, o vinho é verde…” – como transmontano que era, dos pés à cabeça, desconhecia o escritor que o Minho também possuía outras cores como o branco da neve que a tempos cobre as serranias do Soajo e de Castro Laboreiro!

"Desanimado, meti para Castro Laboreiro à procura dum Minho com menos milho, menos couves, menos erva, menos videiras de enforcado e mais meu. Um Minho que o não fosse, afinal. Encontrei-o logo dois passos adiante, severo, de curcelo e carapuça.

A relva dera finalmente lugar à terra nua que, parda como o burel, tinha ossos e chagas. O colmo de centeio, curtido pelos nevões, perdera o riso alvar das malhadas. Identificara-se com o panorama humano, e cobria pudicamente a dor do frio e da fome. Um rebanho de ovelhas silenciosas retouçava as pedras da fortaleza desmantelada. E uma velha muito velha, desmemoriada como uma coruja das catacumbas, vigiava a porta do baluarte, a fiar o tempo. Era a pré-história ao natural, à espera da neta.

Ó castrejinha do monte,

Que deitas no teu cabelo?

Deito-lhe água da fonte

E rama de tormentelo.

Bonita, esbofeteada do frio, a cachopa vinha à frente dum carro de bois carregado de canhotas. Preparava a casa de inverno para quandochegasse a hora da transumância e toda a família —pais, irmãos, gados, pulgas e percevejos— descesse dos cortelhos da montanha para os cortelhos do vale, abrigados das neves.

– Conhece esta cantiga?

– Ãhn?

Falava uma língua estranha, alheia ao Diário de Noticias, mas próxima do Livro de Linhagens do Conde de Barcelos.

– É legitimo este cão?

– É cadela.

Negro, mal encarado, o bicho, olhou-me por baixo, a ver se eu insistia na ofensa. O matriarcado teimava ainda...

– A Peneda?

A moça apontou a vara. E, como ao gesto de um prestidigitador, foram- se desvendando a meus olhos mistérios sucessivos. Todo o grande maciço de pedra se abriu como uma rosa. A Peneda, o Suajo e o Lindoso. Um nunca mais acabar de espinhaços e de abismos, de encostas e planaltos. Um mundo de primária beleza, de inviolada intimidade, que ora fugia esquivo pelas brenhas, tímido e secreto, ora sorria dum postigo, acolhedor e fraterno.

Quando dei conta, estava no topo da Serra Amarela a merendar com a solidão. Tinham desaparecido de vez as cangas lavradas e coloridas que ofendiam as molhelhas do suor verdadeiro. A zanguizarra dos pandeiros festivos e as lágrimas dos foguetes já não encandeavam a lucidez dos sentidos. Os aventais de chita garrida davam lugar aos de estopa encardida. Nem contratos pré-nupciais ardilosos, nem torres feudais, nem rebanhos de homens pequeninos, dóceis, a cantar o Avé atrás do cura da freguesia. Pisava, realmente, a alta e livre terra dos pastores, dos contrabandistas e das urzes. As pernas de granito dum velho fojo abriam-se num grande V, como as dum gigante no sono da sesta. E saltou-me vivo à lembrança o instantâneo de Joaquim Vicente Araújo, quando no seu Diário Filosófico da Viagem ao Gerês fala duma batida aos lobos, que presenciou, e em que toda a população masculina do lugar colaborara: «Era cousa de ver a má catadura duns e a presteza de todos, que descalços, outros de socos, armados desciam pelas fragas». Sem a coragem dos avós, agora os habitantes comunitârios de Vilarinho da Furna atacavam as alcateias a estricnina e caçavam corças furtivamente. Mas mesmo assim nao faziam má figura ao lado do rio Homem, que, talvez a querer justificar um nome que a etimologia lhe nega, parecia um lavrador numa leira de pedras, tenaz em todo o percurso, e sempre límpido, a espelhar o céu. Na margem de lá, o Pé do Cabril, solene, esperava a abraço duma ascensão. E coma a desafiar aquela pétrea majestade, arrogante e lustroso, o toira do lugar roncou de uma chã. Símbolo tangível da virilidade e da fecundação, nenhum outro deus, ali, tinha forças para o destronar. Plenitude encarnada do instinto natural de preservação da seiva capaz de se multiplicar em cada acto de amor, era ele o pólo de todos os cultos cuItos e desvelos. Rei já no tempo das casarotas megalíticas que me rodeavam, continuava a sê-lo ainda no presente por exigência e graça da própria vida.

Atravessada a ponte em corcova, galgados os muros ciclópicos da Calcedónia, numa erudiçao feita à custa dos pés, e guiado pelos miliários imperiais, segui a geira romana até chegar à Portela do Homem, onde as legiões invasoras pareciam aquarteladas. Mas foi a guarda fiscal, vigilante, que me recebeu.

A uma sombra tutelar, pouco depois, num minuto de descanso, a Historia recente da Pátria avivou-se.

– Uma das incursoes monarquicas foi por aqui...

– Tentaram... Tentaram...

– Este Minho! Este Minho!...

– Tem uma costela talassa, tem...

Mas recusei-me a reintegrar, por simples razões partidárias, aquelas viris penedias no planisfério verdurengo de onde a própria natureza as libertara. Tranquei as portas da memória e, pela margem do rio, subi aos Carris. Uma multidão minava as fragas à procura de volfrâmio, por conta da guerra e de quem a fazia. Teixos e carvalhos centenários acompanharam-me quase todo o caminho. Só desistiram quando me aproximei do cume da montanha, onde a vida, já sem raizes, tenta levantar voo.

Agora, sim! Agora podia, em perfeita paz de espírito, estender a minha ternura lusíada por toda a portuguesa Galiza percorrida. Pano de fundo, o mar de terras baixas era apenas um cenário esfumado; à boca do palco reflectiam-se nas várias albufeiras do Cávado a redonda pureza da Cabreira e a beleza sem par do Gerês. E o espectador emotivo já não tinha necessidade de brigar com o cavador instintivo que havia também dentro de mim. Embora através da magia agreste dos relevos, talvez por contraste, impunha-se-me com outra significação a abundância dos canastros, o optimismo dos semeadores e a própria embriaguez que anestesiava cada acto, no fundo necessária à saúde dos corpos individuais e colectivos. Integrava o alegrete perpétuo no meu caleidoscópio telúrico. Bem vistas as coisas, se ele não existisse faria falta no arranjo final do ramalhete corográfico português.

Em acção de graças por esta conclusão pacificadora, rezei orações pagãs no Altar de Cabrões, antes de subir à Nevosa e aos Cornos da Fonte Fria a experimentar como se tremem maleitas em pleno Agosto.

Estava exausto, mas o corpo recusava-se a parar. Pitões acenava-me lá longe, de tectos colmados e de chancas ferradas. Não obstante pisar o mais belo pedaço de chão pátrio, queria repousar em terra real e consubstancialmente minha. Ansiava por estender os ossos nos tomentos de Barroso, onde, apesar de tudo, era mais seguro adormecer. Quem me garantia a mim que, mesmo alcandorado nos carrapitos doirados da Borrajeira, não voltaria a ter pela noite fora um pesadelo verde?"

PONTE DA BARCA: X FESTA TRANSFRONTEIRIÇA DE CAÇA – LINDOSO

Conferência, exposições e provas gastronómicas em fim de semana de festa em Lindoso

É já no dia 31 de maio, 1 e 2 de junho que vai decorrer a X Festa Transfronteiriça de Caça, que desta vez vai ter lugar na freguesia de Lindoso, concelho de Ponte da Barca.

Entre os vários momentos de convívio, exposições, competições e de provas gastronómicas, neste evento transfronteiriço que decorre também na localidade espanhola de Riocaldo – Lobios, é de destacar a conferência que vai acontecer no dia 1 de junho, no Castelo de Lindoso, a partir das 15 horas, subordinada ao tema: “Recursos cinegético, tradição e sustentabilidade da caça em alta montanha e suas aplicações na economia local”.

Este será um dos momentos mais importantes de partilha entre os presentes e os oradores convidados com espaço para que os caçadores exponham os seus pontos de vista em relação aos problemas que afetam a região, as espécies e a caça. Pretende-se nesta conferência dar atenção aos problemas da região com vista a encontrar soluções pacíficas e capazes de ajudar a harmonizar o setor mantendo o equilíbrio da fauna existente.

Segundo o presidente do Clube de Caça e Pesca de Lindoso e membro da organização deste evento, Horácio Cerqueira, “o objetivo é permitir a todos os participantes neste certame a partilha de opiniões sobre o estado da caça na região e a forma de como é exercido o respetivo controlo sobre as espécies”. “Todo o evento está organizado para enaltecer aquilo que resulta desta atividade e que é tão importante para este território. Queremos que os participantes se sintam confortáveis em partilhar as suas opiniões durante a conferência e embora sejam sempre temas que dividem, nós estamos aqui para encontrar equilíbrio nesta atividade e na forma como a caça é vista”, explica o presidente do Clube.

Como oradores convidados da conferência estará a deputada do PSD, Emília Cerqueira, que também é presidente da Comissão de Agricultura e Pescas, o veterinário galego Juan Antonio Fernandez Pérez, responsável técnico da Asociacion Tecoresde Galicia, que trará a visão espanhola sobre o controlo das espécies cinegéticas. Manuel Imperadeiro, caçador e dirigente associativo, o engenheiro zootécnico e diretor geral do PEC Nordeste, Vítor Gonçalves e ainda o reconhecido chef Álvaro Costa, serão parte integrante desta tarde de debate em Lindoso.

Haverá ainda tempo para provas gastronómicas que prometem deliciar os participantes

A organização desta X Festa Transfronteiriça aproveita para convidar todos os interessados a marcarem presença nestes dias de evento em Lindoso e que promete surpreender, mesmo os mais céticos.

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PAI VELHO – ENTRUDO TRADICIONAL DO LINDOSO: UMA CELEBRAÇÃO ANCESTRAL EM PLENO CORAÇÃO DO ALTO MINHO

À medida que o Carnaval se aproxima, Lindoso preparam-se para uma das celebrações mais antigas do país: o Pai Velho, uma verdadeira viagem no tempo e um tributo à rica herança cultural portuguesa. 

Nos dias 11 e 13 de fevereiro, conhecidos como "Domingo Gordo" e Terça-feira de Carnaval, o busto de madeira do Pai Velho é o centro das atenções, sendo transportado por entre os espigueiros e a eira comunitária, tendo como pano de fundo o imponente Castelo Medieval. Às 10h30 de domingo e 13h de terça-feira, o cortejo inicia-se com momentos de humor junto ao cruzeiro, proporcionando entretenimento aos participantes.

O momento alto acontece na noite de terça-feira, a partir das 23h30. É quando ocorre o velório do Pai Velho, seguido pela queima do busto e a leitura do seu testamento. Este ritual simbólico marca o fim da festividade, mas também o início da esperança e renovação, conforme os participantes se despedem do inverno e dão as boas-vindas à chegada da primavera.

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PONTE DA BARCA: LINDOSO CELEBRA O PAI VELHO – O CARNAVAL MAIS TRADICIONAL DE PORTUGAL

Pai Velho – Entrudo Tradicional do Lindoso: Uma celebração ancestral em pleno coração do Alto Minho

À medida que o Carnaval se aproxima, Lindoso preparam-se para uma das celebrações mais antigas do país: o Pai Velho, uma verdadeira viagem no tempo e um tributo à rica herança cultural portuguesa.

Nos dias 11 e 13 de fevereiro, conhecidos como "Domingo Gordo" (10h30) e Terça-feira de Carnaval (13h), o busto de madeira do Pai Velho é o centro das atenções, sendo transportado por entre os espigueiros e a eira comunitária, tendo como pano de fundo o imponente Castelo Medieval.

O momento alto acontece na noite de terça-feira, a partir das 23h30. É quando acontece o velório do Pai Velho, seguido pela queima do busto e a leitura do seu testamento. Este ritual simbólico marca o fim da festividade, mas também o início da esperança e renovação, conforme os participantes se despedem do inverno e dão as boas-vindas à chegada da primavera.

A organização é da Associação Os Amigos de Lindoso, com o apoio do Município de Ponte da Barca.

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PONTE DA BARCA: LINDOSO PROMOVE A QUEIMA DO PAI VELHO – O ENTRUDO MAIS TRADICIONAL DE PORTUGAL!

O Entrudo do Pai Velho, uma das últimas celebrações mais tradicionais do nosso país, acontece ao longo de dois dia - no dia 11 de fevereiro, “Domingo Gordo”, e dia 13 de fevereiro, Terça-feira de Carnaval.

A iniciativa realiza-se neste magnifico cenário das terras altas onde tem lugar o engalanado cortejo que transporta o Pai Velho pelos lugares para que o povo se junte à festa e celebre os dias de Carnaval.

Em frente dos espigueiros e da eira comunitária, e tendo como pano de fundo o Castelo Medieval, o busto de madeira do Pai Velho é transportado sempre nas manhãs de domingo (às 10h30) e terça-feira (às 13h), com a realização de um momento de humor protagonizado junto ao cruzeiro (dia 11 às 11h30) e com muita animação musical, através do encontro de concertinas e das desgarradas (dia 11, das 14h30 às 23h30 e dia 12 das 14h30 às 23h30).

O momento alto do entrudo tradicional de Lindoso acontece no dia 13, a partir das 23h30, com o velório, a queima do Pai Velho e a leitura do seu testamento.

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PONTE DA BARCA VAI QUEIMAR O "PAI VELHO" – É A TRADIÇÃO DAS GENTES DO LINDOSO!

“Pai Velho” - Entrudo mais tradicionais do país acontece em Lindoso, Ponte da Barca.

De 11 a 13 de Fevereiro cumpre-se em Lindoso, Ponte da Barca, a tradição do “Pai Velho”, um dos raros e autênticos entrudos do país, que acontece ao longo de dois dias - no dia 11 de fevereiro, “Domingo Gordo”, e dia 13 de fevereiro, Terça-feira de Carnaval.

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A iniciativa realiza-se neste magnifico cenário das terras altas onde tem lugar o engalanado cortejo que transporta o Pai Velho pelos lugares para que o povo se junte à festa e celebre os dias de Carnaval.

Em frente dos espigueiros e da eira comunitária, e tendo como pano de fundo o Castelo Medieval, o busto de madeira do Pai Velho é transportado sempre nas manhãs de domingo (às 10h30) e terça-feira (às 13h), com a realização de um momento de humor protagonizado junto ao cruzeiro (dia 11 às 11h30) e com muita animação musical, através do encontro de concertinas e das desgarradas (dia 11, das 14h30 às 23h30 e dia 12 das 14h30 às 23h30).

O momento alto do entrudo tradicional de Lindoso acontece no dia 13, a partir das 23h30, com o velório, a queima do Pai Velho e a leitura do seu testamento.

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PONTE DA BARCA: EM 1803, HABITANTES DO LINDOSO MANTIVERAM CONFLITO COM OS VIZINHOS DA GALIZA

Certidão (cópia) datada de 12 de Dezembro de 1803, do governador do castelo do Lindoso para o tenente-general Gonçalo Pereira Caldas, governador das Armas da província do Minho, sobre o conflito existente entre os moradores do Lindoso e os espanhóis de Lodeiros Compostela, remetida para o visconde da Anadia, secretário de Estado dos Negócios da Guerra.

Contém ofício de remessa da certidão citada, do tenente-general Gonçalo Pereira Caldas para o visconde de Anadia, secretário de Estado dos Negócios da Guerra.

Fonte: Arquivo Histórico Militar

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PONTE DA BARCA: ENTERRO DO PAI VELHO NO LINDOSO É UMA DAS TRADIÇÕES POPULARES MAIS GENUÍNAS DO ENTRUDO

Mais uma vez, a aldeia serrana do Lindoso, entre o Soajo e a Serra Amarela, no concelho de Ponte da Barca, vai cumprir a tradição. No próximo domingo e na terça-feira realizam-se os cortejos do Enterro do Pai Velho. Decorado com ramagens de cedro, bucho, cameleira e mimosa, o busto de madeira do Pai Velho é levado pelas ruas da aldeia num carro de bois. Atrás segue o Carro das Ervas, com os bois engalanados com ramos de flores nos cornos, seguindo-se as rusgas de tocadores de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas. O chiar dos carros de bois e o alegre tilintar das campainhas preenchem o ambiente castiço da festa que se traduz num ritual que se destina a celebrar um novo ciclo da natureza que então se inicia.

A culminar os festejos, é lido o testamento e o Pai Velho queimado numa grande fogueira, um costume que nos remete para outras tradições semelhantes como a Serração da Velha, a Queima do Judas, a Vaca de Fogo ou as Pulhas. A este propósito, descreve-nos o Dr. Francisco Sampaio:

Quem é este Pai Velho? Uma espécie de despedida do Inverno e o acolhimento à Primavera que está a chegar? Recordação das festas dos "loucos medievais", colocando um ponto final ao tempo de excessos que precedem a Quarta - Feira de cinzas? O rito da fecundidade estimulado por uma nova seiva que vai surgir após as longas noites do solstício do Inverno?

O cerimonial mantém-se quase com os mesmos ingredientes medievos que encontramos na "Vaca das Cordas", ou na "Procissão do Corpo de Deus", em Monção com a tradição do Boi Bento, do Carro das Ervas, do Dragão e do S. Jorge, ou na Senhora D'Agonia com os seus Gigantones e Cabeçudos. Cumpre-se a tradição em Terras do Lindoso, sempre na época do Entrudo, nos lugares de Castelo e de Parada. Em dias de Domingo Gordo e Terça - feira de Carnaval.

Em frente aos espigueiros e à eira comunitária, tendo como cenário o Castelo Medievo, o busto de madeira do Pai Velho transportado num carro de bois, seguido de outro carro de bois, Carro das Ervas, engalanados, com a chiadeira habitual, tilintando de campainhas e com as cangas ornamentadas de monelhas, ramos de flores em cada chifre; à frente a lavradeira, camponesa rústica qual loura Ceres ( Deusa da Fecundidade), bem ourada com os cordões das avós; atrás as rusgas de concertinas, bombos, ferrinhos e castanholas e a que não faltam as máscaras dos mais foliões, os "varredouros" - normalmente de chapéus de palha e face tapadas com panos esburacados, munidos de vassouras de varrer o forno... eis os cortejos de Domingo Gordo no lugar do Castelo, depois da missa e, da parte de tarde, no lugar de Parada, com idêntico cerimonial.

Tudo se esconde até terça - feira de carnaval onde idênticos cortejos se realizam ainda com festa mais rija, para terminar depois dos bailaricos, com a entrada de um novo cortejo, com uma dúzia de vultos de branco vestidos, cada um com uma vela acesa e uma cruz á vanguarda, iniciando-se todo um coro de gemidos e berraria, gritando: "Adeus Pai Velho - eras um bom Pai".

Segue-se o enterro do Pai Velho, cerca da Meia-noite, altura em que se atinge o clímax do ritual coletivo concretizado na queima do boneco de palha e a leitura do seu testamento. Pai Velho que não dispensa o "seu" ritual gastronómico em dia de Domingo Gordo.

E são os rapazes e raparigas que cantam os Reis que tem a obrigação da ceia composta pelo tradicional cozido onde não faltam a orelheira, salpicão de fumeiro, tracanaz de presunto (e o que lhe davam mais), os chispes (unhas de porco) e o focinho do reco.

Se lhe acrescentarmos umas boas costelas Barrosãs e um pé descalço, mais umas chouriças de cabaço, ai temos o cozido do Lindoso em honra do Pai Velho: duas travessas fumegantes a rescender a sabores de salgadeira, da vezeira e do quinteiro: a das carnes; outra com batatas, cenoura e couve-galega; o alguidar tortulho com arroz branco e rodelas de chouriça, paio e salpicão, tudo acompanhado de um verde tinto a deixar nas malgas vidradas uma velatura de musselina rósea.

E as grâ - mestras da cozinha do Lindoso a dizerem-me prazenteiras e sorridentes: bom proveito, que lh'apreste. Cá fora, no terreiro do Castelo as concertinas e as vozes diziam:

"O Carnaval de Lindoso

É o melhor do concelho

Todos gostamos de ver
O enterro do Pai Velho"

Ass: Gracinda de Amorim

"Lindoso terra bonita

Onde se colhe bom pão

Festejam o Carnaval

Que não acabe a tradição!
Pai Velho não Morras!"

Fotos: https://www.facebook.com/EnterrodoPaiVelho

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PONTE DA BARCA: ENTRUDO TRADICIONAL DO PAI VELHO REGRESSA AO LINDOSO

Ponte da Barca promove animado fim de semana de Carnaval: Pai velho – Entrudo Tradicional de Lindoso e Domingo Gastronómico do Cozido à Portuguesa são algumas das iniciativas propostas

O município de Ponte da Barca promove, de 17 a 21 de fevereiro, um conjunto de atividade que prometem animar o fim de semana de carnaval e motivar uma visita a Ponte da Barca.

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A confeção do tradicional Cozido à Portuguesa, incluído na iniciativa “Domingos Gastronómicos”, constituirá decerto um desses mobiles. A iguaria, que congrega os enchidos, as carnes e legumes da região, aos quais se adiciona o saber – fazer tradicional da “mão barquense” que o prepara e lhe confere o seu tão especial sabor, pode ser encontrada no domingo, dia 19 de fevereiro, em qualquer um dos oito restaurantes que aderiram à rota do bom gosto: Casa dos Leitões; Churrasqueira Barquense; Emigrante; Jaime Gomes; Novas Pontes; O Moinho; O Tasco; e Santana, casas de bem comer que vão oferecer, de resto, entre outros restaurantes locais, durante seis fins de semana (entre os meses de Fevereiro e Novembro), os melhores aromas e sabores do Alto Minho, regados pelo bom vinho verde que a Adega Cooperativa de Ponte da Barca oferece e que fazem as delícias de qualquer apreciador da boa cozinha.  

Mas o ritmo carnavalesco começa já amanhã, 17 de fevereiro, com o Desfile de Carnaval do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, que vai percorrer com muita cor, alegria e diversão várias artérias da vila barquense.

O Entrudo do Pai Velho, um dos mais raros e autênticos entrudos do país que acontece no “Domingo Gordo” e na Terça-feira de Carnaval. No magnifico cenário das terras altas, em frente dos espigueiros e da eira comunitária, e tendo como pano de fundo o Castelo Medieval, tem lugar o engalanado cortejo que transporta o Pai Velho pelos lugares da aldeia para que o povo se junte à festa e celebre os dias de Carnaval. Um dos momentos altos acontece na noite de terça-feira, com o velório, a queima do Pai Velho e a leitura do seu testamento.

A todos estas atividade, junta-se um concelho de uma beleza ímpar, inserido em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês onde abundam deslumbrantes paisagens, história, património, cultura, tradições, com tudo o que de mais minhoto e verdadeiramente marcante tem para oferecer.

PRESIDENTE DA CÂMARA DE PONTE DA BARCA VISITA EMPREITADA EM LINDOSO

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, esteve de visita ao lugar de Cidadelhe, em Lindoso, onde está a decorrer o arranjo urbanístico resultante da candidatura “Qualificação das Experiências de Turismo de Aldeia no Minho”, aprovada pelo NORTE2020 com um custo total de 119 910,01€, e financiada a 85%.

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A empreitada contempla a pavimentação daquele que se pretende venha a ser um percurso pela aldeia entre o que virá a ser considerado o estacionamento público, contíguo à via de tráfico principal, e a criação de um miradouro com vista para as encostas do Rio Lima. A empreitada visa ainda a colocação de sinalética informativa do património existente como é o caso de um conjunto de “cortelhos”, trazendo novas dinâmicas ao território.

Posteriormente à aprovação da candidatura, e de modo a proceder a uma mais eficiente gestão das obras públicas, realizou-se uma intervenção adicional resultante de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Ponte da Barca e a Junta de Freguesia de Lindoso com o objetivo de instalar conduta de drenagem de águas residuais para servir a população residente, no valor de mais de 58 mil euros.

Recorde-se que a aldeia de Lindoso classificada com a marca “Aldeias de Portugal”, possui as condições privilegiadas enquanto projeto âncora no âmbito da qualificação das experiências de turismo de Aldeia no Minho – Lindoso, já que mantém a estrutura urbana primitiva e a maior parte do edificado, constituindo excelente repositório da arquitetura popular com franca necessidade de intervenção e dinamização turística.

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PONTE DA BARCA: MAIS DE 25 MIL TURISTAS PASSARAM PELA LOJA INTERATIVA DE TURISMO, PORTA E CASTELO DE LINDOSO EM 2022

A Loja Interativa de Turismo de Ponte da Barca, juntamente com a Porta e Castelo de Lindoso registaram, em 2022, mais de 25 mil turistas. Neste período, as duas estruturas acolheram turistas de diversos pontos do país e do mundo, sendo os visitantes internacionais que mais se destacaram oriundos da Espanha, França e Países Baixos.

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A Loja Interativa de Turismo, onde funciona também o Centro Interpretativo do Património Fernão de Magalhães, é um dos pontos de passagem obrigatória, localizada no centro histórico de Ponte da Barca, junto à zona ribeirinha e à Ponte Medieval, um dos ex-libris de Ponte da Barca. O espaço integra-se numa rede estruturada de informação e serviços, partilhando conteúdos em tempo real e disponibilizando informações sobre o concelho e toda a região.

Também na freguesia de Lindoso, onde se situam os emblemáticos espigueiros, a Porta e o Castelo, mereceu a visitação de muitos turistas. A porta do Parque Nacional da Peneda Gerês – classificado pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera -, é uma estrutura privilegiada de receção aos visitantes e de promoção de todo um património natural, cultural e paisagístico e de diversas atividades como visitas ao castelo ou da promoção de ação de educação ambiental. Mas Lindoso é atrativa também pelo seu conjunto de espigueiros que se estendem por uma vasta eira junto ao Castelo e pelo seu Castelo que foi palco de algumas das batalhas mais duras que, desde o reinado de Afonso III, afirmaram a independência de Portugal e que, nos dias de hoje, acolhe ainda o Núcleo Museológico.

Além dos espigueiros e do castelo, é possível observar uma pequena ponte medieval, várias calçadas medievais, o castro de Cidadelhe, os moinhos de água de Parada ou as eiras comunitárias. Nas redondezas encontra ainda a deslumbrante paisagem da albufeira do Lindoso, onde se situa, também, a Barragem da Alto Lindoso.

A beleza do património natural e a riqueza do património histórico, acrescidas de uma gastronomia extraordinária, de excelentes unidades hoteleiras, valências desportivas e de lazer e de uma oferta desportivo-cultural de referência têm contribuído para a maior atratividade do Concelho de Ponte da Barca.

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AUTARQUIA DE PONTE DA BARCA APRESENTA ESTUDO SOBRE PAI VELHO – ENTRUDO TRADICIONAL DE LINDOSO

A Câmara Municipal de Ponte da Barca vai promover, no dia 6 de maio, a apresentação pública de um estudo sobre o Pai Velho – Entrudo Tradicional de Lindoso, uma das expressões maiores da nossa cultura popular,  projeto este, integrado na candidatura EEC – PROVERE Minho Inovação Norte 2020.

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A supervisão cientifica deste projeto/estudo ficou a cargo de Álvaro Campelo, reputado académico na área da antropologia, com larga experiência no conhecimento e investigação das comunidades do Alto Minho e com um vasto número de publicações.

Este documento incluiu as principais características desta manifestação cultural única, dá a conhecer os seus intervenientes e membros de comunidade, e destaca o território altamente ritualizado.

O objetivo é que venha a ser inscrito na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial, após a apreciação da Direção Geral do Património Cultural.

É intenção da autarquia de Ponte da Barca manter vivas as tradições que constituem a identidade do concelho e as múltiplas facetas de um território onde as tradições e vivências se mantêm vivas e renovadas, promovendo e preservando o património material e imaterial de Ponte da Barca que é rico e vasto, como é disso exemplo, também, a Romaria de S. Bartolomeu, eleita uma das sete maravilhas da cultura popular de Portugal.

Recorde-se que o Pai velho é um dos mais raros e autênticos entrudos do país que acontece, habitualmente, no “Domingo Gordo” e na Terça-feira de Carnaval. No magnifico cenário das terras altas, em frente dos espigueiros e da eira comunitária, e tendo como pano de fundo o Castelo Medieval, tem lugar o engalanado cortejo que transporta o Pai Velho pelos lugares da aldeia para que o povo se junte à festa e celebre os dias de Carnaval. Um dos momento alto acontece na noite de Terça-feira, com o velório, a queima do Pai Velho e a leitura do seu testamento.