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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VIANA DO CASTELO: LANHESES FORMALIZA CANDIDATURA A VILA HISTÓRICA EM CERIMÓNIA NO PAÇO DE LANHESES

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A freguesia de Lanheses, em Viana do Castelo, deu um passo significativo para a sua elevação a "Vila Histórica" com a formalização da candidatura numa cerimónia realizada hoje no emblemático Paço de Lanheses.

O evento contou com a presença de diversas personalidades, o Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, os deputados Emília Cerqueira (PSD) e José Maria Costa (PS), bem como a Dra. Bárbara Barreiros, representante da Real Associação de Viana do Castelo.

A candidatura nasceu do empenho da comunidade local, que, a convite de Dom Lourenço de Almada, reuniu-se no Paço de Lanheses no dia 12 de Abril de 2024 para formalizar a criação de uma comissão dedicada ao processo. A estrutura, que conta também com a participação do Presidente da Junta de Freguesia, Filipe Rocha, trabalhou activamente para garantir a viabilidade do projeto.

Após a aprovação unânime pela Assembleia Municipal de Viana do Castelo, o processo segue agora para a Assembleia da República, onde foi recebido de forma favorável pelos partidos com maior representação política.

Durante a cerimónia, os deputados Emília Cerqueira e José Maria e Costa receberam o dossier da candidatura das mãos dos representantes locais, reforçando a importância de concretizar a justa aspiração dos lanhesenses, manifestaram ainda o seu apoio à iniciativa, enquanto Dom Lourenço de Almada felicitou a Comissão pelo trabalho desenvolvido, reforçando a importância de promover a cidadania para além das questões partidárias.

Historicamente, Lanheses já foi vila e sede de concelho entre o final do século XVII e o início do século XIX, sob a designação de Vila Nova de Lanhezes. A sua elevação a "Vila Histórica" representa, assim, um reconhecimento do seu passado e património cultural.

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo felicitou a comunidade local pela iniciativa e reiterou o empenho do município na concretização deste objetivo.

Fonte e fotos: Junta de Freguesia de Lanheses

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VIANA DO CASTELO: ESCRITOR VASCO ARAÚJO APRESENTA EM DARQUE LIVRO SOBRE HISTÓRIAS DO ALTO MINHO

14 histórias de vida de utentes de IPSS’s do Alto Minho compiladas em livro para inspirar gerações vindouras

‘Incríveis Pessoas Comuns’ é o nome de um livro e de um projeto intergeracional que visa celebrar a vida daqueles que nos precedem, dignificando as histórias das pessoas mais velhas e enriquecendo a sociedade com exemplos de coragem e sabedoria que já existem e que ainda têm muito a contribuir. Vasco Araújo, Diretor Executivo no Centro Paroquial e Social de Lanheses, resume 14 pequenas biografias de pessoas de 14 IPSS’s de todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo, com idades entre os 70 e os 101 anos, por representarem testemunhos de vida marcada por experiências únicas e inspiradoras.

A apresentação pública deste projeto comunitário sem fins lucrativos está agendada para o dia 7 de janeiro, às 14h00, no Auditório do Centro Paulo VI, em Darque, e contará com a presença das 14 pessoas visadas e do autor do livro, bem como das personalidades que assinaram os prefácios do livro, nomeadamente o Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. João Lavrador, da Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Carlota Borges, da ex-diretora do Centro Distrital do ISS, Cristina Oliveira, do pároco e Presidente da IPSS de Lanheses, Padre Daniel Rodrigues.

Cada capítulo do livro ‘Incríveis Pessoas Comuns’ é dedicado a uma história de vida distinta, revelando as complexidades, as lutas e as conquistas de pessoas singulares. Cada página foi projetada para inspirar leitores de diferentes idades, desafiar os preconceitos relativos ao envelhecimento e a trazer reconhecimento ao valor social das pessoas mais velhas. Um trabalho desenvolvido pelo Centro Paroquial e Social de Lanheses que pretende ser mais abrangente e dinâmico, com a construção de um website dedicado ao projeto, por forma a continuar a documentar bioconversas e biografias de pessoas mais velhas e a expandir-se, no futuro, para formatos como documentários e banda desenhada, adaptada a todas as idades.

Para o mentor do projeto, Vasco Araújo, “este projeto é inclusivo pois, além do reforço do contacto e do trabalho coletivo entre instituições do terceiro sector, prevê a visita a diferentes comunidades escolares, transportando esta intenção de movimento transformador e incrementador de uma sociedade cada vez mais inclusiva e humanizada”. Durante cerca de 10 meses, Vasco Araújo ouviu e escreveu as histórias de sete mulheres e sete homens a residir em IPSS’s do Alto minho, “histórias que representam uma dádiva de sabedoria e um exercício de grande humildade”, assegura.

Respondendo aos desafios lançados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 3 e 10), pela Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030 e pela Estratégia Europeia para os Cuidados, o projeto Incríveis Pessoas Comuns tem como objetivos os de (1) valorizar e dar visibilidade a pessoas anónimas com vidas extraordinárias, criando um legado inspirador para futuras gerações, (2) promover uma visão inclusiva e infoinclusiva do envelhecimento, (3) estimular o contacto intergeracional, (4) preservar as tradições e as culturas locais, vividas na primeira pessoa, (5) combater o idadismo e (6) beneficiar as instituições do terceiro setor, destacando o papel positivo e transparente relativo ao trabalho que realizam diariamente junto dos seus utentes mais velhos.

Capítulos:

  1. Numa enxada, a professora, com Maria da Costa Dias
  2. O auto da fé e da razão, com Glória Sousa e Silva
  3. Um rádio numa casca de noz, com Henrique Gonçalves Vieira
  4. Vinte anos de Lua de Mel, com Maria Felisbela Ferreira Pais
  5. Uma vida de um só poema, com Abílio Dantas Barreiro
  6. Três pares de gémeos, com Maria do Sameiro Amorim
  7. Um cento de anos, com Manuel Pereira
  8. O “Olímpico” Sr. Agostinho, com Agostinho Gonçalves Campos
  9. A Arte do acontecimento, com Henrique Pereira da Silva
  10. A vida entre dois continentes, com Madalena de Sousa Barros
  11. A coragem e a solidariedade, com João Almeida da Riba
  12. A vocação maternal da generosidade, com Arminda Gonçalves Cerqueira Pereira da Cunha
  13. A romântica ideia da correspondência, com Maria da Conceição Sepúlveda Matos
  14. Entre a guerra e a militância de uma vida consagrada a Deus, com Manuel Domingues

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MUNICÍPIO DE VIANA DO CASTELO INVESTE 150 MIL EUROS PARA GARANTIR CASA MORTUÁRIA À FREGUESIA DE LANHESES

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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou esta sexta-feira presença na sessão pública de apresentação do anteprojeto da futura Casa Mortuária de Lanheses, que deverá rondar os 150 mil euros de investimento, com o apoio da autarquia, para estar concluída até ao verão de 2025.

A futura Casa Mortuária contará com duas salas contíguas de repouso, que podem ser transformadas num espaço de maiores dimensões. O anteprojeto, agora apresentado, inclui, para além das duas salas, espaços de apoio, instalações sanitárias, arrumos e copa.

Na sessão, que aconteceu no Salão do Centro Paroquial e Social de Lanheses, o autarca vianense garantiu que este novo equipamento pretende ser um espaço “com a dignidade que os nossos entes queridos merecem”, pautado pela “sensibilidade, esperança e conforto”.

“Queremos que este seja um espaço de emoções e de reconhecimento de percursos de vida”, assumiu Luís Nobre.

O novo equipamento será instalado num terreno que a Junta de Freguesia adquiriu no âmbito da ampliação do cemitério da freguesia, num “espaço sobrante” que se assume como ideal por estar nas proximidades da igreja, do cemitério e de área de estacionamento.

O Presidente da Junta de Freguesia de Lanheses, Filipe Rocha, considerou que a nova Casa Mortuária é “um marco importante para o desenvolvimento da freguesia”. Considerou mesmo que, nos dias que correm, esta é “uma infraestrutura essencial já que Lanheses quer assumir-se como um território de desenvolvimento”.

Para o autarca local, a Casa Mortuária representa um anseio antigo da população e irá substituir as duas capelas que têm servido de capelas mortuárias, mas que não têm as condições necessárias para o melhor acolhimento.

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VIANA DO CASTELO: ASSOCIAÇÃO DO TEATRO AMADOR DE LANHESES LEVA À CENA A PEÇA “DE DOLORES A LOLA”

A ATAL, grupo amador de teatro de Lanheses, vai estrear a peça: “de Dolores a Lola", esta Sexta-feira dia 24 de Maio pelas 21,15 h no auditório Gabriel Gonçalves em Lanheses.

Como descrito no nosso plano de actividades de 2024, a ATAL tem trabalhado de forma a proporcionar diversas actividades para a população. E é com muita dedicação e prazer, que vamos apresentar mais uma peça, como temos feito ao longo destes últimos anos.

Haverá outra sessão no Sábado dia 25 de Maio, pelas 21,15 horas.

Sobre o espectáculo

Dolores é uma idosa de difícil carácter, exigindo atenção e cuidados.

Foi expulsa do programa de ajuda ao domicilio, obrigando a sua filha a iniciar uma atropelada e stressante selecção de candidatos a cuidar da mãe.

Depois de várias entrevistas, do mais variadas e surpreendentes, a atitude de Dolores toma um caminho inesperado.

Esta é a sinopse deste espectáculo, que se desenvolve num desfilar de personagens tão distintos e tão comuns ao nosso dia a dia.

O texto é uma comédia ,escrita pela asturiana Laura Camafreita Beato para o seu grupo “Selena Teatro” e que estreou em 2021, recebendo o “prémio da critica!” da Associação de escritores e escritoras de Asturias em 7 de Abril de 2024.

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VIANA DO CASTELO: LANHESES COMEMOROU 231 ANOS DE ELEVAÇÃO A VILA

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Luís Nobre, Presidente da Câmara, associa-se aos 231 anos da elevação da freguesia de Lanheses a vila

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou ontem presença nas comemorações dos 231 anos da elevação da freguesia de Lanheses. No Auditório Gabriel Gonçalves do edifício sede da Junta, naquele que é também o Dia da Freguesia, foram homenageadas as associações e coletividades locais e foi apresentado o Plano Estratégico da freguesia.

O Plano Estratégico identifica os investimentos públicos e privados a acontecer e já programados ou previstos para a freguesia, tendo sido valorizada a cooperação entre a Câmara Municipal de Viana do Castelo, que tem permitido a priorização de diversos investimentos em Lanheses.

Recorde-se que o Município terminou recentemente a ampliação do Parque Empresarial de Lanheses, obra que permitiu a construção de um parque de estacionamento de pesados e ligeiros e o alargamento/ ampliação do arruamento existente, no acesso poente do Parque, tendo já gerando um investimento de 90 milhões de euros numa nova unidade por parte da multinacional Borgwarner.

Foram também feitos investimentos na melhoria dos serviços públicos de proximidade, nomeadamente com a criação do Espaço Cidadão de Lanheses, que funciona como um balcão único que disponibiliza variados serviços de diversas entidades, onde os cidadãos beneficiarão de um atendimento digital assistido que lhes permitirá conhecer as várias opções disponibilizadas pelos serviços online, reunindo no mesmo espaço várias entidades públicas e privadas, com o objetivo de facilitar a relação dos cidadãos e das empresas com a Administração Pública.

Na cerimónia, foi ainda destacado o acordo interadministrativo recentemente firmado entre a Câmara Municipal de Viana do Castelo e o Ministério da Administração Interna para a construção do novo quartel da GNR de Lanheses.

Foram ainda feitos investimentos no movimento associativo local, com a requalificação do complexo desportivo local; na saúde, com a requalificação da extensão de Saúde de Lanheses; e na educação, com o mapeamento da EB/JI de Lanheses, para requalificação.

Neste dia comemorativo foi ainda apresentando o projeto de ampliação da atual sede da Junta de Freguesia, a requalificação da antiga capela para dar lugar a uma Casa da Paz e da Casa da Barrosa.

Foi há 231 anos que a freguesia de Lanheses foi elevada a Vila concelhia, por decreto da Rainha D. Maria II, no ano de 1793. Desde 2011, a 29 de abril, assinala-se também o Dia da Freguesia, com o objetivo de manter viva a chama da memória coletiva.

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VIANA DO CASTELO: LANHESES VAI TER NOVO QUARTEL DA GNR

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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, assinou ontem o acordo interadministrativo com o Ministério da Administração Interna para a construção do novo quartel da GNR de Lanheses. Esta nova estrutura integra um conjunto de contratos assinados ontem entre a tutela e diversos municípios, num investimento global de 4.2 milhões de euros para intervenções em esquadras da PSP e quartéis da GNR.

Os contratos interadministrativos foram assinados numa cerimónia que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, e dizem respeito a obras de construção e requalificação de esquadras e quartéis da Guarda Nacional Republicana (GNR) que se encontram “em estado de degradação”. Um dos equipamentos será o quartel da GNR de Lanheses.

Recorde-se que o Posto Territorial da GNR de Lanheses abrange as freguesias de Lanheses, União de Freguesias de Geraz do Lima, União de Freguesias de Torre e Vila Mou, União de Freguesias de Nogueira, Meixedo e Vilar de Murteda e freguesia da Montaria. Esta valência dá resposta a uma área aproximada de 102,14 quilómetros quadrados e mais de sete mil habitantes.

As ações e missões do Posto Territorial da GNR de Lanheses vão desde o patrulhamento, prevenção e combate à criminalidade contra as pessoas, contra o património, contra a sociedade e contra o Estado, prevenção rodoviária e vigilância florestal.

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VIANA DO CASTELO: PORQUE NÃO FOI AINDA HOMENAGEADO NA TOPONÍMIA VIANENSE D. ANTÃO DE ALMADA – UM DOS MAIS ILUSTRES OBREIROS DA RESTAURAÇÃO EM 1640?

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D. Antão de Almada, pintado por Artur de Melo, quadro exposto no Museu Militar de Lisboa,

Dom Antão de Almada – Herói e Arquitecto da Restauração

Dom Antão de Almada foi o 7º Conde de Avranches, Comendador de dois terços de S. Vicente de Vimioso, Comendador da Ordem de Cristo, Senhor do Pombalinho e Senhor dos Lagares d’ El-Rei e um dos principais Conjurados da Restauração da Independência.

Era filho de Dom Lourenço de Almada (6º Conde de Avranches) e de Dona Francisca de Távora.Antão de Almada foi um dos planificadores do movimento restaurador de 1640, e um dos principais intervenientes das reuniões conspirativas, sendo que as fundamentais foram mesmo realizadas no seu Palácio em Lisboa, o Palácio dos Almadas, como na noite de 12 de Outubro de 1640 - a mais importante de todas da Conjuração, pois além de D. Antão de Almada, participaram ainda D. Miguel de Almeida – o decano destes Conjurados -, o Monteiro-mor Francisco de Mello e seu irmão Jorge de Mello, António Saldanha, Pedro de Mendoça Furtado e o agente do Duque de Bragança em Lisboa, o Dr. João Pinto Ribeiro.

Foi nessa reunião conjurativa que ficou decidido o encontro entre Pedro de Mendoça Furtado e Dom João (II) de Bragança (futuro Rei Dom João IV de Portugal) e que aconteceu na segunda quinzena de Outubro, onde o Duque foi instigado a assumir o seu dever de defesa da Independência portuguesa, assumindo a Coroa de Portugal.Antão de Almada foi, assim, um dos 40 Conjurados que a 1 de Dezembro de 1640, restauraram a Independência do Reino de Portugal, ao invadirem o Paço da Ribeira, sede da Duquesa de Mântua, a espanhola que, desde 1634, ocupava o cargo de Vice-rainha de Portugal, e onde o seu Secretário de Estado, o traidor português Miguel de Vasconcellos e Brito, ao serviço do Rei castelhano e do seu Ministro o Conde-Duque de Olivares, exauria os portugueses pelo imposto.

Naquela manhã do dia 1 de Dezembro de 1640, pouco antes de entrar no Paço para a revolução que durou 15 minutos, foi interpelado por um conhecido e que lhe perguntou aonde ia, ao que retorquiu: "Vou ali trocar de Rei e já volto..."

Após a Restauração, Dom Antão de Almada foi nomeado para o Conselho de Estado e de Guerra e, como representante da Nobreza, para a Junta dos Três Estados. Exerceu ainda o mais importante cargo diplomático da altura: o de Embaixador ao Reino de Inglaterra entre 1641-42, tendo como objetivo o reconhecimento inglês da nova Dinastia reinante e da Independência portuguesa – defendendo que que, de acordo com a Lei Fundamental da Nação Portuguesa e o Direito Consuetudinário portugueses que Filipe I, sendo um Príncipe estrangeiro, nunca teria direito ao trono português, tanto mais que havia, segundo estas leis do País um candidato natural e legítimo: Dona Catarina, Duquesa de Bragança, e tal como Filipe I, neta d’ El-Rei Dom Manuel I, e que, segundo as Leis Portuguesas, as mulheres tinham direitos de sucessão desde que não casassem com estrangeiros. Ora, Dona Catarina de Bragança contraiu matrimónio com D. João I de Bragança e o seu primogénito D. Teodósio II, foi o 7.º Duque de Bragança, que por sua vez foi o pai de Dom João II de Bragança, que por benefício de representação viria a ser o Rei Restaurador Dom João IV de Portugal -, e negociar um tratado entre as duas Coroas. Para a sua nomeação terá contribuído a sua ascendência inglesa, e a titulatura por ser descendente do herói português Dom Álvaro Vaz de Almada (1392-1449), o 1.° Conde de Avranches, que foi um dos mais insignes cavaleiros da Europa do seu tempo. Alferes Mor de Portugal, Capitão Mor do Mar, Alcaide Mor de Lisboa, Dom Álvaro Vaz de Almada combateu na guerra dos 100 anos ao lado do Rei Henrique V de Inglaterra na Batalha de Azincourt (1415), onde se ilustrou pelas armas e praticou inúmeros actos de heroísmo, tendo-lhe sido atribuído, pelo monarca inglês, o título de Conde de Avranches – tinha conquistado aquela cidade francesa em 1421 - e agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem da Jarreteira figurando as suas armas no exclusivíssimo St. George Hall no Castelo de Windsor, onde a lista de portugueses agraciados não viria a incluir mais do que 15 personalidades, sobretudo Reis e Infantes e D. Álvaro Vaz de Almada, o 162° Cavaleiro da Jarreteira, como o único membro da nobreza e de sangue não real, confirmado.

Dom Antão partiu de Lisboa a 8 de Fevereiro de 1641, chegando a Inglaterra a a 6 de Março, endereçando uma carta ao monarca inglês a requerer a sua entrada na corte, o que sucedeu apenas um mês depois, devido à pressão espanhola junto da Coroa inglesa. As negociações arrastaram-se por vários meses e ficaram concluídas, em 29 de Janeiro de 1642, com a assinatura de um Tratado que estipulou a liberdade de comércio, de navegação e de utilização dos portos entre os súbditos das duas Coroas; a permissão dos Britânicos comerciarem em todas as possessões portuguesas, gozando dos mesmos privilégios que os súbditos daquelas; a autonomia britânica em importar e exportar qualquer tipo de mercadorias; a liberdade religiosa dos comerciantes britânicos nos domínios portugueses; a confirmação da convenção de Goa de 1635, e, que Inglaterra passaria a nomear, pela primeira vez, cônsules para o Reino português.

Após a conclusão daquele Tratado de paz e comércio, D. Antão de Almada regressou ao Reino a 18 de Julho de 1642, para assumir o cargo de Governador de Armas da Estremadura, uma vez que El-Rei Dom João IV se deslocara para o Alentejo, zona nevrálgica do conflito com Castela. Em Setembro de 1644, D. Antão foi requisitado para auxílio à vila de Elvas, onde viria a falecer vítima de doença, a 17 de Dezembro, sendo sepultado na igreja local de S. Francisco.

Fonte: Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

VIANA DO CASTELO: QUEM É O VIANENSE D. LOURENÇO DE ALMADA – SENHOR DO PAÇO DE LANHESES – A CUJOS ANTEPASSADOS DEVEMOS A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL EM 1640?

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O Paço de Lanheses pertence aos condes de Almada e Avranches desde o século XIX.

A 30 de Março de 1818, o conde D. Antão José Maria de Almada aceita casar em Lisboa com a herdeira desta propriedade, D. Maria Francisca de Abreu Pereira Cirne Peixoto, filha única de Sebastião de Abreu Pereira Cirne Peixoto, 1º senhor da então Vila Nova de Lanhezes.

Ao fazê-lo assume o seu lugar na casa, que pertencia à família desde o século XVI.

Hoje a sua representação está em D. Lourenço José de Almada, nascido em Abril de 1961, natural de Lanheses, pai de três filhos, que a reparte com sua mãe e seus quatro irmãos.

Falar dos antepassados desta tão antiga e aristocrática família é o mesmo que falar da História de Portugal. Por terra e por mar, com carácter e nobreza cavalheiresca, os Almada lutaram sempre pelos seus ideais e pela pátria, participando em acontecimentos com influência no resto da Europa e do Mundo.

Não assumindo actualmente uma participação directa na governação da sua nação, primeiro pela Monarquia Constitucional e depois pela República, em cujas políticas nunca se reviu, assiste com preocupação à má gestão do Património e Tradições que tem como seu legado.

Fonte: https://www.pacodelanheses.com/pt/

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