“Ponte de Lima Cultural” constitui uma das páginas da internet que integram o portal do município de Ponte de Lima. Uma ideia interessante não fosse o caso de se encontar algo enviesada em relação aos seus propósitos culturais.
Constatamos que a mesma parece orientar-se de uma forma que peca pela falta de honestidade intelectual, visto frequentemente não referenciar as fontes – autores e publicações – algumas das quais ligadas a Ponte de Lima como sucede com a revista “O Anunciador das Feiras Novas”.
O responsável da referida página que desconheço por se tratar de um anónimo revela com esta atitude uma medíocridade que em nada abona a entidade que o incumbiu da tarefa – a Câmara Municipal de Ponte de Lima. Situação que lamentamos!
A edição do corrente mês de Fevereiro da “Revista da Armada” apresenta como ilustração da capa uma fotografia da estátua de D. Teresa, em Ponte de Lima, feita pelo Sargento Chefe Costa Caridade.
No interior da revista, vem publicado um excelente artigo de três páginas intitulado “A Rainha Tarasia e os 900 anos de Portugal”, da autoria do Dr Luís da Costa Diogo, Chefe do Gabinete Jurídico da Direção Geral da Autoridade Marítima (DGAM).
A edição de Fevereiro de 2016 da “Revista da Armada” apresentou como ilustração da capa uma fotografia da estátua de D. Teresa, em Ponte de Lima, feita pelo Sargento Chefe Costa Caridade.
No interior da revista, vem publicado um excelente artigo de três páginas intitulado “A Rainha Tarasia e os 900 anos de Portugal”, da autoria do Dr Luís da Costa Diogo, Chefe do Gabinete Jurídico da Direção Geral da Autoridade Marítima (DGAM).
O programa gastronómico arranca este fim de semana com esta iguaria mas decorrerá ao longo de todo o ano para dar destaque a outros "pecados" da região.
Arroz de lampreia, à bordalesa, ou ainda preparada no forno, e até grelhada são algumas das opções que pode encontrar este fim de semana em Barcelos no âmbito do programa anual 7 Prazeres da Gastronomia.
Este é o primeiro fim de semana da iniciativa, dedicado precisamente à lampreia, que poderá ser degustada em 15 restaurantes do concelho.
Mas ao longo de todo o ano, Barcelos terá uma série de fins de semana gastronómicos, cada um dedicado a uma iguaria da região, abrangendo no total 70 estabelecimentos.
De 7 a 16 de março, promovem-se os fins de semana gastronómicos do Galo, dos Rojões e das Papas de Sarabulho à moda de Barcelos.
Em maio, de 16 a 18, avança o Fim de Semana do Bacalhau.
De 11 a 13 de julho, realiza-se o Fim de Semana dos Petiscos.
Na época do outono, mais concretamente de 10 a 12 de outubro, há o “Concurso Galo Assado”.
O fim de semana do Pica no Chão está agendado para 14 a 16 de novembro.
Finalmente, os “7 Prazeres da Gastronomia” encerram com o concurso de pastelaria, Barcelos Doce, no dia 6 de dezembro.
Promovida pelo Município, esta iniciativa envolve o setor da restauração e da hotelaria, bem como produtores vinícolas, tendo associado um conjunto de atividades paralelas que vão desde a animação de rua, ao artesanato, passando pelas caminhadas ambientais, por rotas temáticas e percursos pedestres.
"Além de se constituir como fator de desenvolvimento da economia local, os 7 Prazeres da Gastronomia, envolvendo a restauração e a hotelaria, permitem dar a conhecer a identidade do nosso povo que tão bem preserva a sua herança gastronómica e cultural”, realça a vereadora do Tursimo da autarquia, Elisa Braga.
A Biblioteca Municipal de Valença já disponibiliza o serviço de acesso gratuito à plataforma Pressreader, para todos os seus associados.
Os utilizadores da Biblioteca Municipal de Valença têm agora acesso gratuito a milhares de publicações periódicas, com os principais jornais e revistas de Portugal e do mundo, à distância de um clique.
Para aceder a esta plataforma dirija-se à Biblioteca Municipal com o seu cartão de leitor e peça os códigos para poder aceder à plataforma.
A Press Reader é uma plataforma digital que permite o acesso direto e integral a um amplo conjunto de publicações periódicas, de mais de 150 países e em mais de 60 línguas, através de um interface de fácil pesquisa e leitura, distribuído por áreas temáticas.
Assim, a PressReader, garante acesso a conteúdos atualizados e de fontes confiáveis. Isso é essencial para quem busca informação de qualidade, seja para estudos, negócios ou lazer.
Permite, também, leitura em diversos dispositivos, como smartphones, tablets e computadores, além de oferecer funcionalidades interativas, como tradução instantânea, narração de artigos e compartilhamento de conteúdos.
Este novo serviço pretende capacitar e reforçar os meios físicos e tecnológicos que a Biblioteca Municipal de Valença disponibiliza, aos seus leitores, de modo a ser cada vez mais uma porta de entrada para o conhecimento credível,fiável e qualificado.
O seu acesso gratuito permite que todos os associados, independentemente de sua condição financeira, possam ler publicações premium sem custos adicionais.
Ícone gastronómico local, o “Arroz de sarrabulho” é um dos vértices da candidatura de Ponte de Lima à Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia, a que se juntam a preservação de receitas e tradições culinárias, boas práticas em termos de sustentabilidade, inclusão e inovação
Indissociável da cultura e identidade local, o “Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima” é um ícone local que tem vindo a ser preservado e celebrado na região. Recentemente classificada como Especialidade Tradicional pela União Europeia, a receita, rica em sabor e história, é tradicionalmente servida em “romarias missas novas, noivados, casamentos e nascimentos” acompanhada de vinho verde Loureiro ou Vinhão. A par da preservação das tradições locais, que fazem do prato um dos grandes embaixadores da mesa farta minhota, há diversas caraterísticas na região que a fazem sobressair no que respeita à gastronomia.
De forma a destacar “o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em torno da valorização e promoção da gastronomia local, não só como um elemento cultural e turístico, mas também como um motor para o desenvolvimento sustentável”, nota a autarquia, Ponte de Lima vai candidatar-se à Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia.
A candidatura “pretende reforçar a identidade de Ponte de Lima como um território que, através da gastronomia, quer afirmar-se como um exemplo de boas práticas em termos de sustentabilidade, inclusão e inovação, alinhando-se com os princípios da UNESCO”, refere o município, acrescentando que a candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia coloca a localidade minhota “no mapa global da gastronomia criativa, trazendo visibilidade ao seu património e abrindo portas para novas oportunidades de colaboração internacional”.
Ao concorrer a esta rede europeia, Ponte de Lima pretende ainda salientar o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nomeadamente o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Económico) e ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis).
Além disso, nota a autarquia, “Ponte de Lima tem sido pioneira em várias iniciativas que envolvem a educação alimentar e o envolvimento da comunidade na preservação de receitas e tradições culinárias. Ponte de Lima procura não apenas consolidar-se como um destino gastronómico de referência, mas também criar um impacto positivo nas economias locais, promovendo o emprego e o desenvolvimento de novos negócios baseados na gastronomia e no turismo sustentável.
O Município de Ponte de Lima “tem investido na promoção de práticas agrícolas sustentáveis, no uso de produtos locais e sazonais, e na valorização da gastronomia tradicional, incluindo o famoso "Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima", recentemente reconhecido como Especialidade Tradicional Garantida (ETG), pela Comissão Europeia”, sublinha a câmara municipal.
Em Portugal, atualmente, apenas Santa Maria da Feira está classificada pela UNESCO como Cidade Criativa da Gastronomia, desde 2021. A classificação destaca, além dos doces típicos, “uma gastronomia diversificada e de grande qualidade, com recurso a produtos endógenos”. Em 2025, também Cascais vai candidatar-se a Cidade Criativa da Gastronomia.
Receita da famosa cozinheira Clara Penha
“Prato da gastronomia tradicional, nasceu no âmbito familiar, associado à tradição da matança do porco, e adotado no início do século XX na restauração. Servido mais tarde também nas barracas das feiras, passou a celebrar romarias e festas cíclicas, missas novas, noivados, casamentos e nascimentos”, descrevem Nuno Vieira Brito e Joana Santos, coordenadores do “Referencial Gastronómico do Minho”.
Ciosa da importância de preservar cultura e tradição, a região do “Minho, em geral, é das que melhor preserva a cozinha tradicional”. Quem o afirma é José Dias, membro da Confraria dos Gastrónomos do Minho, entidade responsável pela “promoção, divulgação e defesa dos valores gastronómicos e vinícolas, dentro dos padrões de qualidade e ancestralidade da região do Verde Minho.” Em particular, o “Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima” tem o selo ETG (Especialidade Tradicional Garantida), tendo sido certificado pela União Europeia, e a origem do prato na restauração relaciona-o com a famosa cozinheira Clara Penha, que, segundo a obra “Sarrabulho de Ponte de Lima: A Gastronomia da Tradição”, “comandava um regimento de mulheres a preparar o repasto para o jovem padre, fidalgos, clero e ricos-homens do Vale do Lima. Cozia-se o arroz, fritava-se a beloura, alourava-se os rojões, enfim preparava-se o ‘Sarrabulho’ enquanto a pequena sobrinha, vaidosa nos socos novos, namoriscava o leite-creme e a aletria...”.
Com informação prática e sugestões de passeios e experiências, “Minho Acima de Tudo” mostra a diversidade natural, patrimonial, cultural, vínica e gastronómica dos 24 concelhos das CIM Alto Minho, Ave e Cávado. O novo guia gratuito está disponível online e nos postos de turismo.
Tradição e sabor: vem aí um fim de semana dedicado ao "Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima"
Entre 24 e 26 de janeiro, Ponte de Lima dedica um fim de semana ao seu ícone gastronómico. Rico em sabor e história, conheça o festivo “Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima”, tradicionalmente servido em “romarias missas novas, noivados, casamentos e nascimentos” acompanhado de vinho verde Loureiro ou Vinhão
“Prato da gastronomia tradicional, nasceu no âmbito familiar, associado à tradição da matança do porco, e adotado no início do século XX na restauração. Servido mais tarde também nas barracas das feiras, passou a celebrar romarias e festas cíclicas, missas novas, noivados, casamentos e nascimentos”, descrevem Nuno Vieira Brito e Joana Santos, coordenadores do “Referencial Gastronómico do Minho”. Conheça o emblemático prato que é ícone gastronómico de Ponte de Lima e uma das 50 receitas do guia Restaurantes, pratos e produtos regionais.
Entre 24 e 26 de janeiro, Ponte de Lima torna-se palco de mais uma edição do Fim de Semana Gastronómico do Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima. O evento “propõe uma combinação de experiências gastronómicas, num conceito ligado à terra e à tradição”, refere o município, responsável pela organização do certame em parceria com a Confraria do Arroz de Sarrabulho. O prato é emblema da gastronomia do concelho e um dos “verdadeiros motores do desenvolvimento económico” local, acrescenta sobre a receita recentemente elevada a Especialidade Tradicional Garantida na União Europeia, meses depois ter recebido o mesmo reconhecimento em Portugal.
Durante Fim de Semana Gastronómico do Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima, o prato é servido em diversos restaurantes locais: Açude, Adega do Adão, Astro, Brasão, Braulius, Carvalheira, Casa Antiga, Casa do Provedor, O Confrade, Cozinha Velha, Diamante Azul, Encanada, Escondidinho, Expresso, Katekero, Mercado, Monte da Madalena, Morgado’s Tavern, Muralha, Petiscas, Porta do lima, O Prego, Pimm’s, S. Nicolau, Sabores do Lima, Solar Taberneiro, Sonho do Capitão, Taberna Cadeia Velha e Torre.
Receita da famosa cozinheira Clara Penha
Ciosa da importância de preservar cultura e tradição, a região do “Minho, em geral, é das que melhor preserva a cozinha tradicional”. Quem o afirma é José Dias, membro da Confraria dos Gastrónomos do Minho, entidade responsável pela “promoção, divulgação e defesa dos valores gastronómicos e vinícolas, dentro dos padrões de qualidade e ancestralidade da região do Verde Minho.” Em particular, o “Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima” tem o selo ETG (Especialidade Tradicional Garantida), tendo sido certificado pela União Europeia, e a origem do prato na restauração relaciona-o com a famosa cozinheira Clara Penha, que, segundo a obra “Sarrabulho de Ponte de Lima: A Gastronomia da Tradição”, “comandava um regimento de mulheres a preparar o repasto para o jovem padre, fidalgos, clero e ricos-homens do Vale do Lima. Cozia-se o arroz, fritava-se a beloura, alourava-se os rojões, enfim preparava-se o ‘Sarrabulho’ enquanto a pequena sobrinha, vaidosa nos socos novos, namoriscava o leite-creme e a aletria...”.
Malandrinho e caldoso
“É consensual que foi a partir de Ponte de Lima que o ‘Arroz de sarrabulho’ se difundiu e se notabilizou. As matérias--primas utilizadas, o ‘saber fazer’ dos produtores da região, que seguem uma tradição histórica transmitida de geração em geração, têm permitido preservar qualidade e identidade do ‘Arroz de sarrabulho’ e respetivos acompanhamentos”, referem Nuno Vieira e Brito e Joana Santos. Apresentado quase sempre “com o ‘Arroz de sarrabulho’ servido numa caçarola e os restantes elementos em travessa separada”, deve fazer-se acompanhar de verde da casta Loureiro ou verde tinto da casta Vinhão.
Arroz carolino malandrinho, com bastante calda de cor castanho-escura, enchidos, rojões de porco previamente marinados em vinha-d’alhos e aromas de cominhos, louro e limão estão na base do prato, que também pode ser confecionado com bucho, fígado e coração do porco. São fundamentais também a beloura, a chouriça de verde e a tripa branca.
Onde se come o melhor Arroz de sarrabulho à moda de Ponte de Lima?
Do minhoto “Arroz de sarrabulho de Ponte de Lima”, ao transmontano “Butelo com casulas”, da outrora pobre “Feijoada de sames”, ao cosmopolita “Bacalhau à Brás”, dos raros “Molhinhos de Carneiro com grão”, à serrana “Galinha cerejada”, passando pela tradicional “Espetada regional com milho frito” ou pelas festivas “Sopas do Espírito Santo”, a cozinha tradicional está repleta de truques, segredos, histórias para descobrir no novo guia essencial “Restaurantes, Pratos e Produtos Regionais”.
Dividido pelas sete regiões de turismo – Porto e Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Ribatejo, Algarve, Açores e Madeira, o novo guia “Restaurantes, Pratos e Produtos Regionais”, com a chancela Boa Cama Boa Mesa e apoio do Recheio, está à venda a partir de 8 de novembro (€15,90) em banca e/ou onlineAQUI (com desconto e oferta de portes para assinantes do Expresso). Neste guia pode saber onde se come o melhor “Arroz de míscaros” da Beira Interior, uma das 50 receitas regionais, que integram a publicação.
Ao longo de 260 páginas, dedicadas aos mais típicos sabores locais, revelam-se histórias e curiosidades que dão forma a estas receitas. Cada prato, uma história, por vezes com várias versões, para descobrir pela voz de quem lhe conhece os segredos e pela mão dos guardiões da tradição: os melhores restaurantes tradicionais, que preservam um legado passado de geração em geração.
Sugerem-se cerca de 250 espaços para visitar, sentar-se à mesa e comprovar a autenticidade dos sabores regionais, partir à descoberta dos produtos locais ou “pôr a mão na massa”, em experiências que envolvem gastronomia e vinhos.
A primeira edição de 2025 da revista National Geographic volta a destacar o importante património arqueológico de Arcos de Valdevez.
No seguimento do projeto de investigação do acampamento romano do Alto da Pedrada, realizado nos últimos anos, surgiu um novo vestígio material, uma dolabra, espécie de machado e arma defensiva, usada pelos militares romanos e agora objeto em evidência no artigo dada a sua importância e raridade. O acampamento foi o primeiro a ser identificado no Norte do país e é uma evidência da presença romana no território no período do imperador Augusto (século I).
As reconstituições virtuais deste objeto e do próprio acampamento, incluindo uma maqueta à escala, podem ser vistos no museu “Espaço Valdevez- História e Arqueologia”, na Vila de Arcos de Valdevez, propriedade do Município arcuense.
A Casa da Azenha da Ponte Medieval mereceu destaque na reportagem “International Molinology”, publicada no “Journal of The International Molinological Society”, N.º 109, de dezembro do ano passado.
Esta referência internacional praticamente coincidiu com os trabalhos de colocação de uma nova roda na Casa da Azenha, construída agora em madeira exótica capaz de suportar melhor as condições climatéricas.
Entretanto, a roda da Azenha começará a funcionar logo que estejam concluídos os trabalhos técnicos e de musealização no interior do edifício, sendo depois aberta ao público.
A Casa da Azenha é um edifício recuperado na margem do Rio Cávado e junto à ponte medieval de Barcelos, onde antigamente funcionava uma moagem, com a respetiva habitação dos moleiros. É um dos edifícios mais emblemáticos do casco velho da cidade, já que integra as vistas pitorescas que de Barcelinhos se fazem para o conjunto histórico de Barcelos, juntamente com a ponte, o Paço dos Condes, a igreja Matriz e o Solar dos Pinheiros.
Esta casa é o resultado de um “sonho”, inicialmente megalómano, que demorou mais de dez anos a concretizar-se, desde 1886 até cerca de 1896, data do seu registo notarial. A sua aprovação pela Câmara Municipal de Barcelos remonta ao ano de 1891.
Foi mandada construir por António José da Silva, tendo mudado de proprietário várias vezes ao longo dos anos, laborando até ao início dos anos setenta do século XX, não resistindo aos novos tempos, concorrência dos moinhos industriais.
O edifício foi adquirido pelo Município de Barcelos, em 1993, tendo-se promovido a sua recuperação, concluída em 2003. Veja as fotos dos trabalhos de colocação e montagem da nova Roda da Azenha.
O Dr. Manuel Gomes de Lima Bezerra: excerto de um escorço bio-bibliográfico em preparação. LEMOS, Júlio de - O Dr. Manuel Gomes de Lima Bezerra : excerpto de um escorço bio bibliográfico em preparação. In Almanaque Ilustrado "O Comércio do Lima". Ponte de Lima: [s.n.]. N.º 7 (1927), p. 117-125.
Trilhos, caminhos e ecovias para partir à descoberta do "Pulmão do Alto Minho"
Distinguido em 2024 no concurso “Green Destinations Top 100”, através do projeto “Ponte de Lima - Pulmão do Alto Minho”, este território convida a descobrir a natureza junto ao rio, a pé ou de bicicleta, seguindo o trajeto das ecovias. Passeio Verde é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa com o apoio da Kia.
No âmbito do processo de certificação como destino sustentável da Green Destinations, Ponte de Lima integra o Top 100 de Histórias de Boas Práticas de sustentabilidade. A décima edição do concurso “Green Destinations Top 100”, que decorreu em outubro de 2024, partilhou e promoveu iniciativas e projetos inovadores e eficazes de destinos que trabalham para um desenvolvimento turístico mais responsável. O projeto “Ponte de Lima – Pulmão do Alto Minho”, iniciado em 2022, lançou as bases para a criação de uma infraestrutura verde no território deste concelho, que convida a uma viagem de descoberta da beleza natural desta região.
Lagoas da serra d'Arga
Lagoas para explorar em passadiços
O roteiro segue até à Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, área de conservação da natureza e biodiversidade. Por aqui passa o Percurso da Água e o Percurso da Lagoa. Ambos começam junto ao Centro de Interpretação Ambiental (Tel. 258240201). O espaço integra ainda a Quinta Pedagógica de Pentieiros (Tel. 258240202), que recebeu o Prémio Guardião da Biodiversidade Doméstica 2023, “um galardão que pretende reconhecer e distinguir atividades de conservação, utilização e promoção dos recursos genéticos animais para alimentação e agricultura, em geral, e raças autóctones e seus produtos, em particular”, explica o município. Aqui, existem ainda parques de animais ao ar livre (como bovinos, ovinos, caprinos), estábulos e cavalariças, um galinheiro e picadeiros. A quinta inclui ainda parque de campismo, caravanismo e bungalows, entre outras valências, como campos de férias.
Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos
Descobrir a Serra d’Arga de bicicleta
O Bike Park de Ponte de Lima (Tel. 916231611) é o melhor ponto de partida para pedalar. Localiza-se na Serra d’Arga, entre as freguesias de Estorãos e Cabração, e tem para oferecer vários serviços de bicicleta de montanha, desde o Downhill, Cross Country, Enduro e passeios turísticos. O Bike Park inclui uma rede de trilhos cicláveis, numa área de 360 hectares, e alguns percursos chegam a atingir os 650 metros de altitude. Outra opção no centro da vila de Ponte de Lima é a pista de Pump Track, no Parque da Vila - Parque Urbano de Ponte de Lima.
Este Passeio Verde foi realizado em parceria com Kia – Carro Oficial Boa Cama Boa Mesa
Contemplar a paisagem
O passeio termina no Miradouro do Cerquido, com vistas para a Serra d'Arga, ponto de passagem da Grande Rota de Montanha do Alto Minho, com a etapa de Ponte de Lima a distar pouco mais de 36 km. A Grande Rota de Montanha é um percurso pedestre de traçado longo. Envolve várias extensões inseridas nos concelhos de Caminha, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca. As respetivas marcações e sinalizações obedecem às normas internacionais. A etapa no concelho de Ponte de Lima tem início nas faldas da serra d’Arga, junto à antiga casa de guarda-florestal do Alto do Cavalinho, e termina na Cruz Vermelha, fronteira com Arcos de Valdevez.
Quanto a miradouros, o da Bola da Pena, a 775 metros de altitude, oferece uma inolvidável panorâmica sobre os campos e a envolvente dos socalcos de Rendufe. Já o Miradouro do Alto do Cabeço eleva-se a 831 metros e ideal para desfrutar do pôr do sol. Nos miradouros do Monte da Nó e do Monte do Penedo tem-se uma panorâmica para o vale do Lima, que vai ser “Região Europeia da Gastronomia e Vinho” em 2025. No Miradouro do Penedo Branco, com o marco geodésico a 725 metros de altitude, contempla-se o rio e a vila. No Miradouro dos Socalcos de Labrujó e Rendufe, a 600 metros de altitude, avistam-se os socalcos fruto da mão humana na tentativa de aumentar a sua área de cultivo.
Bola da Pena
Explorar as águas do Lima
Com a ponte romana sobre o rio como cenário, exploram-se as águas calmas do Centro Náutico de Ponte de Lima, que convidam a passeios de canoa, barco ou caiaque e a usufruir de uma experiência de pesca desportiva. O Centro Náutico de Ponte de Lima (Tel. 258944899) sugere a atividade “Descidas de Rio – Os rios do Minho”, para muitos um mundo ainda desconhecido que o leva a deslizar de canoa na água límpida do rio, aqui e ali pontuado por alguns açudes de fácil transposição e passar por habitats de rãs, garças, patos e carpas.
Centro Náutico de Ponte de Lima
Ecovias para descobrir o Lima
Na margem do rio Lima descobre-se a Alameda dos Plátanos e as Ecovias do Rio Lima e do Loureiro. A Alameda dos Plátanos é uma zona pedonal com plátanos centenários, plantados em 1901, que merece visita em qualquer altura do ano. O Caminho do Topo - Açude do Rio Lima é também um espaço diferente, que no fundo é um prolongamento da Avenida dos Plátanos, junto à margem esquerda do Rio Lima e que conta com um espaço relvado junto ao açude. Ao redor da margem do Lima encontram-se várias ecovias, como a Ecovia Laranjas (que passa pelo Parque Temático do Arnado), a Ecovia dos Açudes (que liga a vila de Ponte de Lima com Ponte da Barca), a Ecovia dos Veigas (que se prolonga até Viana do Castelo) e a Ecovia das Lagoas (que encaminha até à Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos).
Entre as ecovias existentes, o destaque vai para a Ecovia do Lima, um percurso circular de cerca de 70 km, que passa por quatro concelhos do Minho e tem a particularidade de ser quase sempre junto às margens do rio. Pode ser feito a pé ou de bicicleta. A ecovia estende-se aos concelhos de Viana do Castelo, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez e percorre caminhos rurais, veigas, pesqueiras no percurso para a desova da lampreia e passadiços de madeira por um território que é Rede Natura 2000, e alguns concelhos integram a Reserva Mundial da Biosfera e outros, o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
O Passeio Verde desta semana segue até ao Parque Temático do Arnado, um dos espaços que integra o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. O parque integra jardins temáticos, que proporcionam uma viagem pela história e arte paisagística. O Jardim Romano é um espaço inspirado na Casa dos Repuxos de Conímbriga, já o Jardim Labirinto, construído em socalcos, permite ao visitante ter uma vista dominante sobre o parque. Existem ainda o Jardim Renascentista, onde a água e a escultura ganham relevo, o Jardim Barroco e uma Estufa, com um horto onde se pratica cultivo pedagógico.
Um Festival de Jardins
Premiada por várias vezes no Concurso das Vilas Mais Floridas da Europa, Ponte de Lima transformou os jardins num roteiro encantador de percorrer, visitável de maio a outubro. Para além do Parque Temático do Arnado nas margens do rio Lima, outras opções de jardins são o Jardim dos Terceiros, o Parque da Guia, o Parque da Lapa, o Parque da Vila, a Villa Moraes, e o Parque do Monte de Madalena. “Qualquer pessoa pode concorrer independentemente da sua idade, profissão ou nacionalidade. O que é importante é a criatividade dos autores e a expressão de ideias inovadoras”, refere o município de Ponte de Lima no site oficial ao referir-se ao Festival Internacional de Jardins.
De Ponte de Lima a Santiago de Compostela
O Caminho Português de Santiago tem passagem obrigatória por Ponte de Lima desde a Idade Média. A vila integra o Caminho Central Português, que começa no Porto, conta com 10 etapas e atrai maior número de peregrinos em território lusitano. Ponte de Lima inclui um albergue de peregrinos e destaca-se a etapa até Rubiães, com 19 km e que começa no Parque Temático do Arnado e sobe a Serra da Labruja.
Destino Equestre internacional
Região de cavalos Garranos e de desportos equestres, Ponte de Lima, conta, além da Feira do Cavalo, com o Espaço para Equitação Espontânea que divulga a raça Garrana e tem programas tanto para os mais experimentados cavaleiros como para os iniciados, como sejam passear a cavalo ou charrete, e ainda póneis. Ideal para as crianças, a Poney School (Tel. 966550917) funciona na Quinta de Pentieiros, enquanto equipamento complementar à Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro dos Arcos. No Centro Equestre de Vale do Lima há vários picadeiros e pistas de ensino, e ainda restaurante, bar e turismo e habitação (Tel. 968664537).
“Arroz de sarrabulho”, vinhos da casta Loureiro e o resto é paisagem para descobrir em Ponte de Lima
No Vale do Lima, Região Europeia da Gastronomia e Vinho em 2025, traça-se um roteiro de sabores, tradições e natureza. A partir de Ponte de Lima, prova-se o tradicional “Arroz de sarrabulho” e brinda-se com vinhos verdes da casta Loureiro. Para ver sábado (11h35) na SIC Notícias
Classificado como Especialidade Tradicional pela União Europeia, o “Arroz de sarrabulho” é um dos grandes embaixadores da mesa farta minhota. É também um dos pratos em destaque no novo guia “Restaurantes, Pratos e Produtos Regionais”
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Rico em sabores e com confeção demorada, o “Arroz de sarrabulho” destaca-se na ementa do restaurante A Carvalheira, em Ponte de Lima, onde a qualidade dos produtos, incluindo dos rojões e enchidos de acompanhamento, determinam a excelência deste prato.
Com as energias renovadas, parte-se à descoberta de Ponte de Lima, onde todos os caminhos vão dar ao lendário rio Lima. A ponte que o atravessa, romana e medieval, é um dos tesouros para descobrir. O passeio pelo centro histórico encaminha até à Casa do Folar Limiano, para prova de outro emblema gastronómico desta vila ancestral.
Os municípios de Viana do Castelo, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, situados no Vale do Lima, vão ser em 2025 “Região Europeia da Gastronomia e Vinho”. A Quinta do Ameal é um refúgio e o ponto de partida para descobrir este território, bem como a autóctone casta Loureiro, que ajuda a dar fama aos vinhos verdes. Entre vinhas da casta Loureiro, oliveiras e ciprestes italianos ainda a florescer, germinaram três novas villas no premiado Carmo’s Boutique Hotel, que também dispões várias suites e uma Tenda Privilege, de inspiração africana, entre as opções de alojamento.
No Passeio Verde desta semana descobrem-se as Ecovias do Rio Lima e do Loureiro, a Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, e o miradouro do Cerquido, com vistas para a Serra d’Arga.
Publicou o jornal “Notícias Ilustrado”, na sua edição de 10 de Março de 1929, uma interessante reportagem acerca da comunidade galega radicada em Portugal, dando a conhecer importantes personalidades que se salientaram nos mais variados domínios, desde as artes à indústria, realçando o seu carácter trabalhador e honesto e lembrando ao mesmo tempo as afinidades que ligam os portugueses às gentes da Galiza. É precisamente essa reportagem que aqui parcialmente reproduzimos.
A tradição galaica em Portugal é das mais curiosas, das mais características. Dessa região admirável que um poeta supremo da Espanha cantou enternecidamente, Curros Henriquez, no seu livro máximo “Aires de mi tierra” desse torrão abençoado, que é Portugal na cor quente da sua paisagem, na suavidade acalentadora do céu clima, dessa terra de monumentos antigos e de troveiros campezinos, teem vindo pacientemente, hora a hora, ano por ano, século, por século gerações de gente de trabalho, famílias inteiras à terra portuguesa, onde um nobilitante trabalho lhe dá quasi fóros de naturais. O árduo labor das suas profissões grangeiou à população galega que vive entre nós, uma simpatia fraterna, um convívio demorado, uma cativante estima que apaixonou as duas raças como se verdadeiros irmãos fossem, como se as norteiasse um mesmo ideal de trabalho, a mesma religião de atividade e de esforço. (…)
“O Notícias Ilustrado” dá com este numero a sua comovida colaboração nessa homenagem à colonia galaica que em Portugal tem tão numerosa representação. Irmãos na raça, na actividade, galegos e portugueses irmanam-se na sua intimidade sã e cordeal. E é tão grande essa tradição de amisade que, já em tempos do rei D. João I, um fidalgo da Galiza D. Pedro Alvarez de Souto Maior, que foi Conde de Caminha e Visconde de Tuy, seguiu as hostes de Portugal, onde casou com uma senhora dos Tavoras de Mogadouro, de que há ainda hoje larga descendência, na nobreza lusitana.
Hoje, a colónia galaica, é das mais importantes do nosso paiz. Não só trabalhadores humildes e infatigáveis, trocaram os campos verdes e paisagens fartas pela labuta nos nossos centros; homens de valor, da industria e da sciencia teem em Portugal construído os seus lares. É das mais laboriosas colónias – a da Galiza irmã – esta que tem em Portugal no coração – irmãos; e na alma amigos sinceros e complementos espirituaes – temos entre nós poetas e artistas galegos – que nos acarinham a alma com as suas obras que tanto se casam com o nosso sentimento e com a nossa ternura de meridionais.
Eles são, na nossa terra de sonhadores, de idealistas, como que um pedaço da Espanha cavalheiresca, cheia de tradição, alfobre de lendas deliciosas, ninho de afirmações, onde o Sol tem o brilho que tem no nosso Portugal e onde a paisagem tanto se identifica com a nossa.
(clichés de Batista e Ferreira da Cunha)
“….não se deve esquecer que entre a gente de alem Douro, entre minhotos e galegos, apenas existem características diferentes” - Alejo Carrera
Telegrama da redacção do periódico limiano "Cardeal Saraiva"" para Maria Joana Queiroga de Almeida, viúva de António José de Almeida apresentando condolências pela morte do marido.. Datado de 2 de novembro de 1929.