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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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QUEM FOI O LIMIANO CRISTÓVÃO SOARES DE ABREU QUE ENTRE OUTROS CARGOS QUE EXERCEU FOI VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA NO SÉCULO XVII

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O Ex-Libris de Cristóvão Soares de Abreu, gravura a buril de Nicola de L'armessim, apresenta o Escudo Esquartelado: I e IV – Sequeiros; II e III - Abreu. Sobre-o-todo: Soares de Albergaria. Timbre: Abreus, e pendente da cadeia, a insígnia da Ordem de Cristo.

O dr. Cristóvão Soares de Abreu, filho do dr. Francisco Soares de Abreu e de D. Catarina Luísa Brandão, nasceu em Talharezes, lugar da freguesia de São João da Ribeira, concelho de Ponte de Lima (1601).

Foi moço-fidalgo da Casa Real (1615); genealogista; poeta; prosador; bibliófilo; formado em Direito na Universidade de Coimbra; magistrado; especialista em Jurisprudência; proprietário em Lisboa, Ponte de Lima e Alenquer; Senhor da Casa de Vale de Flores, em Cadafais, Alenquer, pelo seu casamento; cavaleiro da Ordem de Cristo (Janeiro de 1641); Juiz Desembargador Extravagante da Casa da Relação do Porto (18 de Janeiro de 1641); diplomata; secretário da embaixada especial enviada ao rei Luís XIII de França, para ajudar a defender os esforços da Restauração da Independência (3 de Fevereiro de 1641 – 22 de Julho de 1641); o Rei Dom João IV explica aos embaixadores Francisco de Melo, monteiro-mor do Reino, e dr. António Coelho de Carvalho, desembargador do Paço, que «os papéis e negócios da embaixada correrão por mãos de Cristóvão Soares de Abreu, que envio por secretário dela, com cuja pessoa vos recomendo que tenhais particular conta, e o ouçais sobre os mesmos negócios» (1641); desembarca em Lisboa para avisar El-Rei Dom João IV do fim da embaixada a França (8 de Agosto de 1641); 2.º Senhor do Morgadio de Soares de Abreu, de Lisboa, como sucessor de seu pai (1641); 2.º padroeiro da Capela de São Francisco do Convento de Santa Ana, em Lisboa (1641); recusou o posto de secretário da embaixada a França (1642); escreve uma carta com recomendações e advertências a D. Vasco Luís da Gama, Conde da Vidigueira, embaixador de Portugal em Paris (1642), Juiz Desembargador da Relação do Porto (1643); Juiz Ouvidor do Crime na Relação e Casa do Porto (6 de Fevereiro de 1645); Juiz Desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação, de Lisboa (14 de Novembro de 1646); nomeado enviado plenipotenciário à Alemanha (Novembro de 1646); comendador da Comenda da Ordem de Cristo, do lote de 120$000 réis (13 de Dezembro de 1646); mercê de 120$000 réis de tença (15 de Dezembro de 1646); partiu de Lisboa com destino à Alemanha (19 de Dezembro de 1646); em Haia escreve ao Rei Dom João IV queixando-se que «eu me não acho com forças e capacidades para residir em Alemanha assistindo e agradando aos Principes della» pois «eu me não posso conformar por me aver criado no rigor da sobriedade Portuguesa» (9 de Agosto de 1647); enviado plenipotenciário ao Congresso de Osnabruck, na Alemanha, que preparou a Paz de Vestefália, a fim de terminar a Guerra dos Cem Anos (1647 – 1648); ministro residente de Portugal em França (1648 – 1651); escreve uma carta com recomendações e advertências a Francisco de Sousa Coutinho, novo embaixador em França (19 de Setembro de 1651); vereador do Senado da Câmara Municipal de Lisboa (Maio de 1652 – Setembro de 1671); D. Francisco Manuel de Melo dedica-lhe a obra A Visita das Fontes: Apólogo Dialogal Terceiro (1657); fidalgo da Cota de Armas, com armas de Sequeira, Abreu e Soares de Albergaria (1660); juiz conservador da Casa da Moeda de Lisboa (1666 – 1675); por ser o vereador mais antigo foi incumbido pela Câmara Municipal de Lisboa de pronunciar o discurso oficial de recepção ao rei Dom Afonso VI e à rainha D. Maria Francisca de Saboia, a quando da régia entrada na capital (29 de Agosto de 1666); o gravador Nicola de L’Armessin desenha e grava, a buril, o seu ex-líbris heráldico (1670); exonerado das funções de vereador do Senado da Câmara de Lisboa (5 de Setembro de 1671); apostila para que os 120$000 réis de tença que possui se juntem nos Almoxarifados do Reino (28 de Outubro de 1671).

Escreveu e publicou:

– Officium in Laudem Sacrosanti Eucharistiae Sacramenti Cum Litania, Lisboa, 1630.

– Nobiliário de Christovão Soares de Abreu, 1641, manuscrito.

– Advertências ao Conde da Vidigueira, Dando Instruções Para Sua Embaixada em Paris, 1643.

– Diário, manuscrito, 1648.

– Advertências a Francisco de Sousa Coutinho, 1651.

– Oração de Christóvão Soarez d’Abreu em Presença das Majestades d’El Rey D. Afonso VI e da Rainha D. Maria Francisca Isabel de Saboya, Lisboa, 1666.

Casou com D. Maria de Almeida do Amaral, natural de Alenquer e falecida em 27 de Junho de 1676 na freguesia do Socorro, cidade de Lisboa, e foi sepultada no Mosteiro dos Capuchos da Carnota, em Alenquer.

Faleceu numa casa na Rua das Parreiras, freguesia de Nossa Senhora do Socorro, cidade de Lisboa, faz agora 341 anos (4 de Junho de 1684); foi sepultado na Capela de São Francisco do Convento de Santa Ana, das Religiosas Franciscanas, na freguesia da Pena, cidade de Lisboa (4 de Junho de 1684).

Fonte: Jofre de Lima Monteiro Alves | https://iluminura.blogs.sapo.pt/

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PONTE DA BARCA: AS OFERTAS DO REI D. MANUEL I À BARCA TERRA DA NÓBREGA NO SÉCULO XVI – CRÓNICA DE MANUEL BENINGER

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As ofertas do Rei D. Manuel I à Barca Terra da Nóbrega no século XVI

Em 1515 o rei D. Manuel I veio à Barca atribuir o foral à Terra da Nóbrega. Ficou uns dias com a rainha na casa situada na praça de poesia e foram colocados dois bustos em granito na parede da casa. O rei resolveu oferecer à Barca uma ponte para o rio Lima entre a Nóbrega e Valdevez. Ofereceu também para a Páscoa uma cruz de cristo em prata e um escudo de Portugal em pedra de granito com uma barca por baixo que está exposta na parede da praça Diogo Bernardes em frente ao Museu Fernão Magalhães e ao restaurante Gomes.

Esse brasão de Portugal, que já esteve exposto na antiga câmara municipal, está agora suposto a ser coberto pelas plantas que o rodeiam e ninguém sabe que é um monumento com mais de quinhentos anos e havia interesse em documentar na base do brasão histórico a história monumental.

Curiosamente os turistas estrangeiros que habitam a Casa Nobre do Correio-Mor, perguntam por vezes o que representa a Barca por baixo do brasão de Portugal, existente no Largo Diogo Bernardes e explicamos que o rei D. Manuel I de Portugal pôs uma barca debaixo do brasão porque era o nome da terra e só depois de o rei ter produzido a ponte passou a ser Ponte da Barca, cerca de cem anos depois.

​Por todo este motivo histórico propúnhamos que, tal como existe junto à igreja românica de Bravães e com muita competência e uma explicação do monumento, um dito por baixo do brasão de Portugal falando do efeito do rei D. Manuel I no século XVI. Seria um monumento histórico muito apreciável.

BRASÕES DE BRAGA E VIANA DO CASTELO FIGURAM NA CALÇADA DA PRAÇA DO IMPÉRIO EM LISBOA – FOTOS DE JOSÉ VERÍSSIMO

Os brasões florais da Praça do Império, em Lisboa, que representavam os distritos de Portugal Continental, os arquipélagos insulares e os territórios ultramarinos foram substituídos pela calçada portuguesa.

Os novos brasões, inaugurados em 14 de Fevereiro de 2023, mantém os brasões de Braga e Viana do Castelo.

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SANTA MARTA DE PORTUZELO E A SUA CONSTITUIÇÃO HERÁLDICA

O Ministério do Interior - Direcção Geral de Administração Política e Civil, através da Portaria n.º 8123, de 1 de junho, publicada no Diário do Govêrno n.º 125/1935, Série I de 1935-06-01, designou a constituição heráldica das armas, bandeira e sêlo da Junta de Freguesia de Santa Marta de Portuzelo, concelho e distrito de Viana do Castelo.

Refira-se que vários grupos folclóricos da nossa região têm vindo nos últimos tempos a inserir de forma errada os brasões municipais nos trajes femininos, algo que não corresponde à época em que tais trajes eram usados.

A título de curiosidade histórica, a Assembleia da República, aprovou a Lei 59/2003 de 22 de Agosto, através da qual procedeu à alteração da designação da freguesia de Portuzelo, passando esta a designar-se Santa Marta de Portuzelo. Não obtante o diploma que designou a sua constituição heráldica já a tratar com essa denominação.

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PAREDES DE COURA: SÍMBOLOS HERÁLDICOS FORAM APROVADOS EM 1940

O Ministério do Interior - Direcção Geral de Administração Política e Civil, através da Portaria nº. 9563, publicada em Diário do Govêrno n.º 144/1940, Série I de 1940-06-24, Designa a constituição heráldica das armas, bandeira e sêlo da Câmara Municipal de Paredes de Coura.

Tratando-se de uma simbologia de criação relativamente recente, a mesma não deve ser usada em trajes de folclore porque extemporânea.

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ROTEIRO SUGERE PERCURSOS PARA DESCOBRIR HERÁLDICA DE VIANA DO CASTELO

A Câmara Municipal de Viana do Castelo editou um roteiro dedicado à Heráldica da cidade, da autoria de Francisco José Carneiro Fernandes. O roteiro apresenta uma cidade multissecular, repleta de história, incidindo na ciência e arte de descrever brasões de armas ou escudos.

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O roteiro agora lançado apresenta diversos percursos pelo centro urbano, que permitem aos vianenses e visitantes conhecer ou revisitar recantos e curiosidades. Os três percursos apresentados vão ao encontro da Heráldica de Viana do Castelo, da Idade Média até ao século XX. Os percursos P1 e P2 fazem uma viagem pelo centro histórico, enquanto o percurso P3 corresponde à área envolvente do casco histórico.

Apresenta-se, assim, a Heráldica ornamental, alegórica e pedagógica, naquela que promete ser uma descoberta de elevado interesse para todos os vianenses e para aqueles que apreciam esta arte.

É, assim, proposta uma viagem pela Heráldica Pessoal e de Família e também pela Heráldica Institucional, que abrange as heráldicas de domínio, eclesiástica, militar e associativa.

Esta obra dedicada à heráldica vianense assume-se, pois, como uma proposta para a redescoberta dos brasões em pedras de armas, sepulturas, pinturas e obras de talha, numa publicação repleta de história e simbolismo.

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