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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CLIMAS E PAISAGENS DO MINHO E ALENTEJO – CRÓNICA DE ANTÓNIO GALOPIM DE CARVALHO

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As diferentes paisagens da Terra, em qualquer momento da sua história, foram e são, em grande parte, reflexo das características meteorológicas aí prevalecentes. Esta afirmação é evidente para a generalidade dos cidadãos que, embora nunca tenham formulado esta conjectura, têm-na por adquirida. Sem saírem deste nosso rectângulo, no ocidente da Europa, todos relacionam os campos verdejantes do Minho com a maior pluviosidade anual ali verificada (2000 a 2400 mm) e as terras de sequeiro do sudeste alentejano com os menores valores dessa mesma precipitação atmosférica (<600 mm).

À escala mundial, a televisão mostra-nos constantemente imagens dos múltiplos visuais do nosso planeta marcadas pelo clima, sejam, por exemplo, a floresta equatorial da Amazónia, os glaciares do sul da Argentina, a pradaria norte-americana ou a estepe siberiana, a tundra boreal ou as areias escaldantes do Saara.

Embora na explicação da paisagem, haja que ter em conta o enquadramento geológico regional, com destaque para a natureza das rochas (granito, xisto, calcário, etc.) que lhes servem de substrato e da respectiva estrutura (modo de ocorrência dos corpos rochosos: homogéneos, estratificados, dobrados falhados, etc.), a influência do clima é muito superior. Face a esta realidade desenvolveu-se um capítulo, comum à geologia e à geografia, conhecido por “geomorfologia climática”, com o estabelecimento de domínios ou regiões morfoclimáticas.

“Faça sol ou faça chuva” é uma expressão vulgar de alusão ao estado do tempo, informação que diariamente nos chega através dos boletins meteorológicos, transmitidos pela televisão, pela rádio e pelos jornais. O estado do tempo, num dado lugar, é uma manifestação de uma realidade mais vasta, própria e à escala do nosso planeta, a que chamamos clima. Em termos muito simples, entende-se por clima um conjunto de fenómenos próprios da atmosfera, na interactividade que estabelece com os oceanos (e os lagos de maiores extensões) e com as terras emersas, nas quais a latitude, a altitude, a interioridade e a cobertura vegetal têm papel mais visível.

Temperatura, humidade do ar e pressão atmosférica são factores de clima assegurados pela energia radiante do Sol. Relacionados entre si, são os responsáveis pelas situações de tempo quente ou frio, de tempo chuvoso ou de neve ou, pelo contrário, de tempo seco. São ainda responsáveis pela existência de vento, não raras vezes catastrófico, tal a intensidade que chega a atingir.

O clima condiciona a alteração superficial (meteorização) das rochas, a génese e evolução dos solos, a erosão e transporte (evacuação) dos materiais erodidos (os sedimentos que estão na génese de muitas rochas sedimentares), bem como a ocupação vegetal e animal, incluindo a humana. São as manifestações de clima que, conjugadas com a natureza geológica dos terrenos, determinam o tipo da paisagem que nos rodeia e todas as outras de todos os lugares da Terra.

Ao longo da sua história de milhares de milhões de anos, a mudança das paisagens foi uma constante. Praticamente imperceptível à dimensão temporal de uma vida humana, esta mudança tem pouca expressão no tempo histórico, sendo notável e bem testemunhada à escala do tempo geológico. A paisagem é um sistema dinâmico, só aparentemente estático. É como um simples fotograma de um filme, escreveu Don L. Eicher, em 1970.

Processos geodinâmicos internos à escala global, com destaque para as translacções continentais e os enrugamentos orogénicos, ocasionaram mudanças de latitude e de altitude e subsequentes modificações climáticas que, por sua vez, determinaram mudanças na paisagem.

Na Terra só há alteração das rochas, formação de solos e erosão, (três aspectos modificadores do relevo e, portanto, da paisagem), porque há energia solar e porque temos uma atmosfera e uma hidrosfera, duas entidades susceptíveis de captar essa energia e de a transformar no dinamismo necessário aos processos geológicos ocorrentes à superfície e, também, aos biológicos.

As massas de ar diferentemente aquecidas pelo calor solar dão origem à circulação atmosférica, processo que se traduz na existência do vento. Nas baixas latitudes, nomeadamente nas regiões intertropicais, a incidência dos raios solares aproxima-se e atinge a perpendicular (o Sol está a pique, como vulgarmente se diz), aquecendo o ar mais do que nas latitudes das regiões polares. Nestas, a incidência desses raios é muito oblíqua e, até, rasante, pelo que a temperatura do ar é aí muito mais baixa. Esta diferença de aquecimento faz com que o ar quente suba e o ar frio desça, sendo essa uma das causas da circulação atmosférica (outra causa é da própria rotação do planeta). Por outro lado, a evaporação da água à superfície dos mares, rios e lagos e a resultante da transpiração da cobertura vegetal (uma realidade bem visível nas grandes florestas equatoriais, quentes e húmidas) fornece humidade suficiente para formar nuvens que o vento transporta e descarrega como chuva ou neve, consoante as temperaturas locais.

É, sobretudo, a esfericidade do globo terrestre e a consequente variação da latitude que determinam a zonalidade climática de que toda a gente tem noção, ainda que sumária e empírica. Mas há outros factores que interferem nessa zonalidade, entre os quais a altitude, a proximidade ou afastamento (interioridade) face ao litoral, a existência ou não de barreiras montanhosas que impeçam a passagem de ventos húmidos e, ainda, a orientação dominante do vento nas fronteiras terra/mar.

Existe, pois, uma dialéctica constante entre o clima e a paisagem, dois aspectos que também ditam a génese e a natureza das rochas sedimentares formadas na sua dependência. As areias das praias portuguesas, à semelhança de outras das regiões de clima temperado a frio, são essencialmente constituídas por grãos de quartzo, mineral oriundo, sobretudo, da desagregação dos granitos e de outras rochas afins, características e abundantes na crosta continental. Parte significativa das areias das praias das latitudes intertropicais é essencialmente calcária, dado que resultam da trituração e acumulação de restos de conchas de moluscos e de outras partes esqueléticas de múltiplos organismos construtores de carbonato de cálcio (algas, corais, etc.) que pululam nessas regiões. São estas areias, excepcionalmente brancas, que fazem a alvura das praias das Caraíbas ou das Bahamas, entre outras, e os característicos tons de azul dos mares de coral. Foram areias deste tipo e vasas finas da mesma natureza que, uma vez litificadas, deram origem a muitos calcários, entre eles os do Jurássico das nossas Serras do Sicó, d’Aire e Candeeiros, bem como do barrocal algarvio, e testemunham o posicionamento tropical destas regiões nesses recuados tempos.

O nosso satélite, embora receba o mesmo tipo de energia, não dispõe destas duas entidades, pelo que não exibe qualquer actividade erosiva para além da resultante dos antiquíssimos impactes meteoríticos. Cessado o vulcanismo que aí existiu e diminuída a intensidade de quedas meteoríticas, as suas paisagens são praticamente as mesmas desde há mais de 3000 milhões de anos.

Nas imagens, o Minho verdejante e o Alentejo a caminho da desertificação.

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RIO MINHO / RIO LIMA/ VILA PRAIA DE ÂNCORA: O QUE É O ASSOREAMENTO?

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A propósito dos rios Minho e Lima e sobretudo do porto de mar de Vila Praia de Âncora temos vindo a referir com certa frequência o fenómeno do assoreamento daqueles locais. O vocábulo é um termo relacionado com a Geologia e, naturalmente, pouco familiarizado pela maior parte dos leitores. Mas, afinal o que é o assoreamento?

De uma forma genérica, o assoreamento consiste na acumulação de sedimentos (areias ou terras) nos leitos dos rios e, com maior incidência, na margem sul das fozes dos rios, causando frequentemente a sua obstrução, incluindo os portos aí instalados.

O assoreamento pode ser provocado pela deslocação de arenitos resultantes da erosão das arribas devido à ação dos ventos, ao despreendimento dos solos causados pelos incêndios florestais, desmatação próximas dos cursos de água afluentes ou outras intervenções humanas, enchentes e construções de que resultam relevantes alterações na bacia hidrográfica.

Em consequência do assoreamento resultam não raras as vezes o transbordo das margens dos rios e ribeiras, favorecendo a ocorrência de cheias nas áreas urbanas e alagamento dos campos agrícolas como sempre se verificaram em Ponte de Lima, ou ainda a obstrução de portos como ocorre com frequência em Vila Praia de Âncora.

Em situações de extração de areias e eventual depósito nas suas margens sem avaliação prévia, a força da corrente pode inclusivamente ameaçar a estabilidade de estruturas como pontes e barragens, sendo necessário de se proceder ao enrocamento de maneira a reforçar as suas fundações.

O enrocamento é uma técnica de proteção de taludes e margens de rios que consiste na colocação de pedros ou blocos de cimento a fim de evitar a erosão e proteger contra a ação da água.

Em virtude da alteração do leito, o assoreamento impede a navegabilidade dos rios e o acesso aos portos marítimos tornando-os disfuncionais. Para além das obras hidráulicas e de engenharia, impõe-se o estudo hidrográfico dos locais afetados e dos ventos e correntes marítimas com vista nomeadamente à regularização das margens e construção de molhes que possibilitem o acesso e navegação no interior dos portos de abrigo.

CAMINHA: O ASSOREAMENTO DO RIO MINHO – A OPINIÃO DA ANCORENSE LILIANA SILVA

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Numa altura em que tanto se fala de cimeira ibérica, deixem-me dar a minha opinião

1- Os desassoreamentos são gestão corrente da responsabilidade dos governos de Portugal e Espanha, quando se trata de águas internacionais.

Têm que tratar desse assunto, no âmbito da gestão corrente, uma obrigação.

2- Não acho que fosse um assunto para ir à cimeira ibérica por não ser uma obra estrutural.

Aliás, a dragagem e limpeza de todo o Rio Minho tem que ser tratado nos fóruns próprios. Se na foz do Minho temos os problemas das areias, ao subirmos o rio ainda temos outros problemas como as espécies aquáticas invasoras que têm danificado barcos e provocado problemas de navegabilidade e segurança.

Pedirem para a cimeira iberica, com aquela ordem de grandeza, que se discuta o assoreamento da foz e não se tivessem colocado todos os problemas do rio Minho foi, de facto, muito redutor no seu propósito.

3- Está na altura de usarem a AECT do Rio Minho- Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Rio Minho, cujo objetivo é contribuir para o desenvolvimento e reforçar a coesão económica e social do seu território e tem como atribuições articular o espaço comum, promover as relações de cooperação territorial, aumentar a coesão institucional do território de ambas as margens do rio Minho, para fins como a promoção de reinvindicações e agendamentos de reuniões para resolver o desassoreamento e navegabilidade do Rio Minho.

Esse sim é um bom propósito, mas o concelho de Caminha, mais uma vez, tem revelado pouca capacidade de mobilização para trazer investimentos para o nosso concelho, no âmbito deste fórum também.

4- Para uma cimeira ibérica tinham que ter tido a grandiosidade ( aqueles que estão em posição para tal) para exigir a inclusão de um Ponte entre o concelho de Caminha e A Guarda.

5- O assoreamento do Rio Minho é centenário. É um problema que vai acontecer sempre, e não podemos limitar a mobilidade entre territórios a este problema.

Temos que ter uma ligação efetiva que permita o crescimento do concelho e permita as trocas comerciais, turísticas, empresariais, culturais e desportivas que são possíveis em zonas raianas como a nossa.

6- Somos o único concelho da ribeira Minho que não tem ligação rodoviária com Espanha.

A nossa capacidade de crescimento, captação de empresas e criação de postos de trabalho pode ser catapultado com a estratégia futura de criação desta ligação.

Mas também não é menos verdade que não precisamos de cimeiras ibéricas para o conseguir.

Basta haver capacidade de diálogo, de apresentar as mais valias e a importância desta ligação a quem de direito e pôr mãos ao trabalho para que este sonho se torne realidade.

Eu serei uma eterna defensora desta ligação.

No que de mim depender, se um dia estiver em posição de o fazer, irei concretizar esta ideia, vontade e projeto, porque o concelho de Caminha merece que lutemos por ele com força, convicção, resiliência, capacidade de trabalho e a sensibilidade política necessária.

Como ouvi um dia destes numa formação,

" Gestão é ter o coração do lado certo".

O meu está no concelho de Caminha.

Não há lado mais certo que esse !!

COMISSÃO DE AMBIENTE E ENERGIA DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA VISITOU BARRA DE ESPOSENDE

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O Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Guilherme Emílio, recebeu, hoje, a visita da Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República, num encontro de trabalho destinado a abordar o assunto da barra de Esposende.

Na receção à comitiva liderada por Salvador Malheiro, o autarca enalteceu a disponibilidade dos deputados para se inteirarem dos problemas dos territórios e das comunidades. Assinalando as assimetrias que os diferenciam, Guilherme Emílio referiu que como “único concelho do distrito de Braga com exposição marítima, Esposende debate-se com problemas ambientais”, entre os quais a erosão costeira e o problema da navegabilidade da barra.

O autarca realçou que o Município se tem “substituído à tutela e dado passos de gigante”, citando o caso de Pedrinhas/Cedovém, em Apúlia, cujo projeto encomendado pela autarquia prevê a redução do risco de erosão, o realojamento de pessoas e a renaturalização daquela área, como teve também oportunidade de dar a conhecer à Comissão de Ambiente e Energia.

O Presidente da Câmara Municipal frisou, ainda, que a questão da barra “é um problema com mais de 200 anos, que se tem mostrado irresolúvel”. Chamou a atenção para o nível de risco a que está exposta a comunidade piscatória na entrada e saída da barra e alertou para os efeitos negativos sobre a atividade económica, por via da inviabilização de um conjunto de ativos turísticos, como a atividade náutica. Não menos preocupante é a questão da proteção civil, notou ainda, vincando que a fragilidade da restinga constitui um “risco efetivo”.

Aludindo ao insucesso das soluções implementadas no passado, nomeadamente a intervenção com geocilindros na restinga, Guilherme Emílio referiu que, mais uma vez, o Município tomou a liderança do processo na busca de uma solução, apresentando um estudo técnico que dá “grande parte da resposta a um problema secular”.

Coube a Renato Henriques, professor e investigador da Universidade do Minho, a apresentação deste estudo, desenvolvido em parceria com Taveira Pinto da Universidade do Porto. O professor contextualizou e sustentou o trabalho desenvolvido, que conduziu à apresentação de uma solução que, a ser executada, possibilitará “poupar dinheiro no futuro”, desde logo porque reduzirá a necessidade de dragagem sedimentar no estuário.  “Nunca houve um estudo em Portugal com tantos dados”, afirmou Renato Henriques, afirmando que “esta solução tem tudo para criar resiliência e para resultar”.

Em nome dos três grupos parlamentares, o Presidente da Comissão de Ambiente e Energia, Salvador Malheiro, expressou palavras de reconhecimento ao Município pela permanente busca de soluções para a barra. “O Município de Esposende não está à espera do governo central”, assumindo a expensas próprias os custos com um estudo científico, referiu, frisando que estas matérias não competem às autarquias, mas ao governo.

Ciente da premência da intervenção na barra Salvador Malheiro defendeu “este tipo de investimento tem de acontecer”, sustentando que “é uma guerra entre o mar e a terra”. Porque em causa está a defesa do território, todo o investimento na orla costeira revela-se como retorno, defendeu o parlamentar. “Não tenho a menor dúvida de que este é um investimento mais do que justificado”, afirmou, mostrando-se convicto de que o assunto será bem acolhido no seio da tutela e merecerá a melhor atenção da Comissão de Ambiente e Energia.

A encerrar a jornada de trabalho em Esposende, os deputados tiveram a oportunidade de se desalocar à barra, onde puderam constatar, in loco, a realidade do problema que Esposende enfrenta.

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MINHO TAMBÉM TREMEU COM O SISMO

De acordo com relatos nas redes socias, o sismo ocorrido esta madrugada por volta das 5 horas também se fez sentir no Minho, em ambos os distritos, nomeadamente em Viana do Castelo, Ponte de Lima e Paredes de Coura. Em Ponte de Lima, além da vila também há registos de Fornelos e S. Martinho da Gândra. Em Viana do Castelo, pelo menos em Santa Marta de Portuzelo e Meadela. E Vila Praia de Âncora no concelho de Caminha.

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Fonte: IPMA

PONTE DE LIMA: GOVERNO MANDOU EXPROPRIAR TERRENOS NA CABRAÇÃO PARA OS COLOCAR AO SERVIÇO DA EXPLORAÇÃO MINEIRA

O Ministério da Economia – Direcção Geral de Minas e Serviços Geológicos, através do Decreto nº. 32109 publicado no Diário do Governo nº. 147/1942, Série I de 26 de Junho de 1942, concedeu à Compagnie Française des Mines, concessionária da mina denominada Monteiro, situada no concelho de Ponte do Lima, a expropriação por utilidade pública de vários terrenos para assegurar o abastecimento de água à lavaria e construir uma barragem destinada a reter as areias provenientes da oficina de tratamento do minério.

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VISITAS GUIADAS NO GEOPARQUE DE VIANA DO CASTELO INSERIDAS NA SEMANA DOS PARCEIROS DO ROTEIRO DE MINAS

O Geoparque de Viana do Castelo promove, a 31 de março e 1 de abril, visitas guiadas à Porta do Neiva | Do Mel ao Caulino, à Porta de Arga | Os Mineiros e os Minérios e ao Monumento Natural do Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor. Estas atividades acontecem no âmbito da Semana dos Parceiros – 2023 do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal, a decorrer entre 27 de março e 2 de abril, na qual os vários parceiros, dispersos pelo território de Portugal continental, promovem visitas aos seus locais de interesse geológico e mineiro.

Assim, a 31 de março, às 18h00, será promovida uma visita guiada à Porta do Neiva | Do Mel ao Caulino, que inclui uma prova de mel de produção local. Neste centro de acolhimento turístico-educativo, além de ser apresentado o vasto património natural e cultural da região, é explorado o tema “Do Mel ao Caulino”, dois produtos endógenos, permitindo conhecer os vários utensílios usados pelos apicultores, identificar os diferentes produtos extraídos da colmeia e o ciclo de vida das abelhas. Podem ainda ser descobertos testemunhos da exploração e das aplicações do “barro especial” – o caulino, um dos principais produtos do extinto rio Alvarães. 

Já no dia 1 de abril, às 9h30, será dinamizada a atividade “Sentir, descobrir e proteger o Monumento Natural do Cemitério de Praias Antigas do Alcantilado de Montedor” que inclui uma visita guiada pelo Monumento Natural para dar a conhecer os seus valores naturais e culturais e uma ação de proteção e sensibilização ambiental para limpeza de resíduos e espécies exóticas invasoras presentes naquela área classificada.

Às 14h30 deste dia, será desenvolvida uma visita guiada à Porta de Arga | Os Mineiros e os Minérios, centro de colhimento turístico-educativo onde são expostas diversas evidências do couto mineiro que outrora existiu nas Terras de Arga e Lima, entre as quais o espólio de utensílios usados na atividade extrativa dos minérios de volframite e cassiterite, documentação de referência, fotografias e testemunhos orais.

A participação nas atividades da Semana dos parceiros do Roteiro de Minas promovidas pelo Geoparque Viana do Castelo é gratuita, mas de inscrição obrigatória em formulário próprio (formulário de inscrição: https://forms.gle/RzYL9M5KQuKFuYuX7), até dia 28 de março, com vagas limitadas.

Recorde-se que o Município de Viana do Castelo integra a rede de parceiros do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal desde 2019, através do Geoparque Litoral de Viana do Castelo, que tem vindo a participar nas diversas iniciativas desta parceria divulgando o seu vasto património geológico e mineiro.

O Roteiro de Minas é promovido pela Direção Geral de Energia e Geologia - DGEG, do Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, e pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA – EDM e tem como principal objetivo a divulgação do conhecimento científico relacionado com a geologia e minerais, bem como o aproveitamento das potencialidades de desenvolvimento territorial relacionadas com as atividades extrativas.

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GEOPARQUE VIANA DO CASTELO PROMOVE VISITAS A MONUMENTOS NATURAIS DE INTERESSE GEOLÓGICO E MINEIRO NA SERRA D’ARGA

No dia 7 e 8 de abril, o Geoparque Viana do Castelo, promove três atividades inseridas na SEMANA DOS PARCEIROS - 2022 do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal. Para o dia 7 de abril estão programadas as visitas às Portas do Geoparque, das 10h às 12h a visita à Porta do Neiva e das 14h30 às 16h30 à Porta de Arga. A saída de campo para visita aos Monumentos Naturais será realizada no dia 8 de abril, das 9h às 13h.

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A SEMANA DOS PARCEIROS, decorre entre 4 e 10 de abril, onde as diversas atividades programadas pelos Parceiros ao longo de todo o território do continente, irão proporcionar experiências variadas e inéditas a todos os interessados, entre as quais visitas especiais aos diferentes locais de interesse geológico ou mineiro; visitas a monumentos e a outro património edificado através de um diferente olhar, visitas a antigas minas romanas, inalteradas há cerca de 2000 anos, entre outras.

O Geoparque Viana do Castelo integra, desde 2019, a rede de parceiros do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal promovido pela Direção Geral de Energia e Geologia - DGEG, EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA para promoção e divulgação do seu vasto e importante património geológico e mineiro.

Participe e tenha boas experiências geológicas e mineiras!

Consulte o programa aqui

TIAGO BRANDÃO RODRIGUES DEFENDE REFORÇO DO INVESTIMENTO NO COMBATE À EROSÃO COSTEIRA

Candidatos do PS à Assembleia da República visitaram obra de consolidação da Duna dos Caldeirões no concelho de Caminha

Os elementos da lista do Partido Socialista candidata às eleições legislativas de 30 de janeiro, visitaram a obra de consolidação da Duna dos Caldeirões, na freguesia de Âncora do concelho de Caminha, investimento de 1.5 milhões de euros que visa consolidar o cordão dunar que protege a Mata Nacional da Gelfa e o estuário do rio Âncora. Este investimento, cuja empreitada se encontra em fase de conclusão, foi possível graças à mobilização do Estado e da autarquia de Caminha através da Sociedade Polis Litoral Norte.

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Para Tiago Brandão Rodrigues, cabeça de lista do PS no círculo eleitoral de Viana do Castelo, "esta extraordinária obra de engenharia é um dos grandes símbolos da intervenção que o Governo e as autarquias tiveram que fazer nos últimos anos como resposta à subida do nível médio do mar, a multiplicação de fenómenos climáticos extremos e a paulatina erosão da costa atlântica. Conheci a Duna dos Caldeirões quando era miúdo e, naquele tempo, o seu tamanho e dimensão parecia imponente e inabalável. Mas o mundo mudou, as alterações climáticas são uma realidade e bastou uma tempestade forte no inverno de 2014 para derrubar uma montanha de areia que separava o rio do mar, criando problemas de salinização do sapal do Âncora, risco de inundações a montante e dúvidas sobre a possibilidade de sobrevivência da Praia das Crianças em Vila Praia de Âncora. Felizmente, a Câmara Municipal pôs mãos à obra e o Governo percebeu imediatamente a importância de acompanhar financeiramente a vontade da autarquia e da população".

Tiago Brandão Rodrigues deslocou-se ao local acompanhado de Marina Gonçalves, candidata natural de Caminha que ocupa o segundo lugar da lista do PS e com grande parte dos restantes membros da lista, com destaque para as atuais deputadas Anabela Rodrigues e Dora Brandão. Como cicerone da visita esteve Miguel Alves, Presidente da Câmara Municipal de Caminha, que agradeceu o interesse dos candidatos do PS e o apoio do Governo na concretização destas obras.

Para Tiago Brandão Rodrigues, "é preciso reforçar o investimento na proteção da nossa costa ao longo da próxima década sob pena de termos mais danos materiais, mais populações afetadas, a biodiversidade ameaçada e épocas balneares em risco. Algumas obras destas têm efeitos temporários, é certo, mas na proteção das pessoas mais vale obter sucesso durante algum tempo do que não ter sucesso em tempo algum. É assim mesmo, o mar leva, o mar traz mas não nos podemos acomodar à fatalidade de ter a nossa costa destruída. É preciso combater as alterações climáticas, obviamente, mas também ajudar as populações na mitigação dos seus efeitos" rematou o candidato socialista.

Os candidatos do PS têm vindo a efetuar diversas visitas e encontros com atores locais por todo o distrito e darão continuidade ao seu roteiro ao longo das próximas semanas.

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VILA PRAIA DE ÂNCORA: CONSOLIDAÇÃO DA DUNA DOS CALDEIRÕES CONCLUÍDA ESTE MÊS

Uma obra com técnicas amigas do ambiente e envolvimento de empresas do concelho

A empreitada de consolidação da Duna dos Caldeirões está em fase de conclusão, obra que, juntamente com a dragagem no Portinho (também em fase final) implica um investimento total superior a 1,7 milhões de euros. Cerca de 200 mil plantas oriundas de uma empresa do concelho vão auxiliar a fixação das areias. Com a conclusão das intervenções termina uma das mais importantes obras dos últimos anos em Vila Praia de Âncora, num esforço que é para continuar, como garantiu hoje o Presidente da Câmara, Miguel Alves, numa visita ao local.

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Os últimos trabalhos desenvolvem-se entre a Duna e a margem do Rio Âncora. Estão em curso plantações, mais de 200 mil pés, de quatro espécies distintas, sendo três delas aquáticas e uma dunar. Como explicou José Augusto Martins, da empresa Raiz da Terra, trata-se de espécies presentes na flora autóctone, que foram desenvolvidas nas estufas de Vile.

Está também a ser colocado o passadiço que dará acesso ao parque de estacionamento e à praia e as últimas areias, provenientes do Portinho, culminando uma grande operação que movimentou mais de 110 mil metros cúbicos de areia.

Para Miguel Alves, há em todo o processo três boas notícias. Por um lado a consolidação da Duna dos Caldeirões, conseguida com a Polis e o apoio financeiro do POSEUR e recurso às técnicas da bioengenharia; o desassoreamento do Portinho, mas também a mobilização da economia local, uma vez que os trabalhos na Duna, assim como as 200 mil plantas, têm origem em empresas do concelho.

Como referiu o Presidente, este é um esforço que não termina aqui e que terá de continuar nos próximos anos, porque está em causa a força do mar e a “vontade” dos recursos naturais, sobretudo num contexto de alterações climáticas e erosão costeira.

Quanto à importância da obra, Miguel Alves referiu também o caráter simbólico da consolidação da Duna, que o mar derrubou em 2014, escassos três meses após tomar posse no primeiro mandato: “do dia para a noite ruiu uma duna de mais de sete metros, mudou o curso do Rio Âncora, criou-se uma ligação entre o rio e o mar, e alterou-se toda a geometria desta zona, colocando em risco a praia, a nossa praia de Vila Praia de Âncora e a Praia das Crianças”.

“Sem sermos agressivos ou invasivos, recusamos outras soluções que falavam de muros e de coisas do género”, referiu Miguel Alves, destacando o papel da bioengenharia nas soluções adotadas, usando os meios mais amigos do ambiente. “Consolidamos o sapal e protegemos toda a praia de Vila Praia de Âncora, que continuará a ser uma das melhores do país”.

Miguel Alves salientou ainda os trabalhos no Portinho, uma vitória do trabalho continuado dos pescadores. Recorde-se que a intervenção no Portinho se baseou na remoção e migração de areias da barra, canal de entrada e bacia portuária do porto de Vila Praia de Âncora para a Duna dos Caldeirões.

Nesta empreitada foram conduzidos para a Duna dos Caldeirões, através de 730 metros de tubagem, mais de 110 mil metros cúbicos de areia. A tubagem foi enterrada e disfarçada na areia, tentando-se que o prejuízo da época balnear fosse o menor possível.

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MIGUEL ALVES: REABILITAÇÃO DAS DUNAS DOS CALDEIRÕES EM VILA PRAIA DE ÂNCORA ACOMPANHADA COM EXPETATIVA POR INVESTIGADORES NACIONAIS

A obra de reabilitação do sistema costeiro natural da Duna dos Caldeirões está ser acompanhada com enorme expetativa por vários investigadores nacionais.

Depois das tempestades de 2014, a opção do Município não passou pelo enrocamento, nem por fazer muros de betão. Pelo contrário, avançamos pela recuperação natural da Duna, reforçando-a com a colocação de geocilindros enterrados e a plantação de flora autóctone.

Pelo meio, conseguimos fazer a maior dragagem de sempre no Portinho, com o acompanhamento da APA, garantindo a qualidade máxima das areias por análises realizadas em 7 pontos diferentes da zona a dragar (a última das quais no mês de Julho).

Sei que esta empreitada não é valorizada por todos (por diferentes motivos, sejamos claros) mas a recuperação dos Caldeirões com soluções naturais e de bioengenharia é, porventura, a obra mais importante de proteção da orla costeira do concelho desde a construção dos paredões de Vila Praia de Âncora e Moledo.

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VIANA DO CASTELO: PRAIA DO CABEDÊLO ATRAVÉS DA OBJECTIVA DO FOTÓGRAFO CARLOS VIEIRA

Um cabedelo é uma faixa de areia formada na foz de um rio, geralmente na margem esquerda, resultado das correntes de maré e da erosão dos solos e das escarpas causados pela acção dos ventos, os quais ali vão depositar os sedimentos. Durante o verão, predominam ao longo da costa portuguesa os ventos de noroeste a que vulgarmente designamos de nortada.

Situada na margem esquerda do rio Lima junto à foz, a praia do Cabedelo, no concelho de Viana do Castelo, constitui um pequeno areal a norte do esporão e, a sul deste, um extenso cordão de dunas e uma imensa praia formada de finos e dourados grãos de areia banhada pelo mar.

Fotos: Carlos Vieira

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CENTRO INTERPRETATIVO NA PENEDA, EM ARCOS DE VALDEVEZ, CONTA “ROCHAS COM HISTÓRIA”

A Câmara Municipal aprovou, no âmbito do projeto “Rochas que Contam Histórias – valorização do património geológico e geomorfológico arcuense”, a aquisição de equipamentos, pelo valor de 173.695,00 euros, sem IVA.

O projeto “Rochas que Contam Histórias” visa tornar uma área de Arcos de Valdevez num grande centro interpretativo para a valorização do património geológico e geomorfológico arcuense, onde se vão identificar e interpretar um conjunto diverso de valores naturais e a sua relação com os restantes valores ali presentes e que é suporte de um conjunto de habitats e de espécimes da fauna e da flora, alguns dos quais protegidos. Trata-se, portanto, de criar condições “in loco” para que a comunidade infanto-juvenil e o público em geral possam conhecer os aspetos naturais do seu território, os aprenda a interpretar e desta forma adquira uma maior consciencialização para a proteção da natureza.

Com o projeto também se pretende promover a articulação entre o uso eficiente dos recursos naturais e as atividades socioeconômicas com estímulos para o contributo destas para a conservação, gestão, ordenamento e conhecimento da biodiversidade, dos ecossistemas e dos recursos geológicos.

O Centro Interpretativo estará localizado junto ao Santuário da Nª Sª da Peneda, onde será disponibilizado um conjunto de informação sobre o património natural e geológico de Arcos de valdevez, criado um site e uma aplicação móvel, bem como serão sugeridos trilhos interpretativos.

A Operação “POSEUR-03-2215-FC-000059 - Rochas que Contam Histórias - Arcos de Valdevez”, é cofinanciada pelo FC, Programa Operacional POSEUR, Portugal2020, Eixo III - Proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos e conta com um Investimento Elegível de 342.555,00 € e Comparticipação Comunitária de 291.171,75 €.

ESPOSENDE REPÕE AREIAS NAS PRAIAS

Prossegue alimentação artificial de areias nas praias de Suave Mar e Cepães

No âmbito da empreitada da Sociedade Polis Litoral Norte de alimentação artificial de areias nas praias de Suave Mar e de Cepães, no concelho de Esposende, e verificando-se que ainda não foi possível atingir os volumes de dragados/areias previstos para reposição nas praias, os trabalhos irão prolongar-se durante a presente semana, podendo causar alguns constrangimentos ao nível da utilização da praia de Suave Mar neste início de época balnear.

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Em articulação com o Município de Esposende, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Autoridade Marítima, e tendo em consideração as previsões climatéricas para os próximos dias, entenderam permitir a continuação dos trabalhos, possibilitando, desta forma, melhorar as condições de utilização das praias em questão.

Apesar dos condicionalismos verificados, a vigilância das praias será assegurada pelos nadadores salvadores, agradecendo-se a compreensão dos concessionários de praia que veem assim atrasado o pleno funcionamento das suas concessões balneares e solicitando-se a todos os que utilizam estas praias, o cumprimento das normas de segurança e a maior precaução na utilização dos locais em que decorram trabalhos e/ou circulação de máquinas e viaturas.

Esta postura enquadra-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas, nomeadamente os referentes a Ação Climática (ODS 13), Proteger a Vida Marinha (ODS 14), Proteger a Vida Terrestre (ODS 15) e Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade (ODS 17).

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ARCOS DE VALDEVEZ VAI CRIAR GEOSSÍTIOS

"Rochas que contam Histórias": Projeto para criação de Geossítios no valor de 184.000,0 euros

A Câmara Municipal aprovou, no âmbito do projeto “Rochas que Contam Histórias – valorização do património geológico e geomorfológico arcuense”, a abertura de procedimento concursal, pelo valor base de 184.000,0 euros, para a aquisição da conceção, execução e colocação de conteúdos para a sensibilização e educação ambiental sobre o património geológico e geomorfológico e a sua relação com a fauna, flora e a paisagem, suportados num conjunto de ferramentas, designadamente uma unidade interativa tridimensional; um posto Interativo táctil; painéis interpretativos para colocação exterior, os quais Incorporarão conteúdos interpretativos dos geossítios localizados nos espaços classificados, transmitidos de modo simples e acessível para o público; placas Sinalizadoras para orientar a visitação e orientar as ações de sensibilização e educação ambiental desenvolvidas nas áreas classificadas; estruturas para colocação de código QR para colocação ao longo de percursos ou junto dos geossítios que permitam fornecer informação mais detalhada sobre os geossítios mas também sobre o restante património natural; aplicação Móvel (App); um Portal de internet, dedicada à geodiversidade e ao património geológico e a sua interligação com os habitats a fauna e a flora das áreas classificadas no Município dos Arcos de Valdevez.

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O projeto “Rochas que Contam Histórias” visa tornar uma área de Arcos de Valdevez num grande centro interpretativo onde se vão identificar e interpretar um conjunto diverso de valores naturais com destaque para a geologia e geomorfologia e a sua relação com os restantes valores naturais ali presentes e que é suporte de um conjunto de habitats e de espécimes da fauna e da flora, alguns dos quais protegidos. Trata-se, portanto, de criar condições “in loco” para que a comunidade infantojuvenil e o público em geral possam conhecer os aspetos naturais do seu território, os aprenda a interpretar e desta forma adquira uma maior consciencialização para a proteção da natureza.

Com o projeto também se pretende promover a articulação entre o uso eficiente dos recursos naturais e as atividades socioeconômicas com estímulos para o contributo destas para a conservação, gestão, ordenamento e conhecimento da biodiversidade, dos ecossistemas e dos recursos geológicos.

A Operação “POSEUR-03-2215-FC-000059 - Rochas que Contam Histórias - Arcos de Valdevez”, é cofinanciada pelo FC, Programa Operacional POSEUR, Portugal2020, Eixo III - Proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos e conta com um Investimento Elegível de 342.555,00 € e Comparticipação Comunitária de 291.171,75 €.

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ESPOSENDE ESTÁ ATENTO À ORLA COSTEIRA

Sessão de esclarecimento sobre Programa da Orla Costeira lotou Auditório Municipal

O Município de Esposende realizou, ontem à noite, uma sessão de esclarecimento sobre o Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE), que lotou por completo o Auditório Municipal de Esposende. Cerca de três centenas de pessoas marcaram presença nesta sessão destinada a informar a população sobre as ações programadas para a faixa litoral concelhia e a esclarecer eventuais dúvidas, por forma a que os interessados, caso pretendam, participem do processo de discussão pública, que decorre até 14 de dezembro, apresentando reclamações, observações ou sugestões.

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Para tal estiveram presentes a equipa técnica responsável pela elaboração do programa e o Vice-presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, para além do Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, que deu nota do posicionamento do Município ao longo do processo e das diligências desenvolvidas, entre as quais a recente audiência com o Ministro do Ambiente, juntamente com as demais autarquias que apresentam reservas face a algumas medidas preconizadas no POC-CE, para melhor clarificação de alguns aspetos.

Salientado a importância destes fóruns de discussão, Benjamim Pereira regozijou-se com o interesse da população pela matéria em questão, expresso pelo elevado número de participantes, e referiu que o objetivo é que todos colaborem para melhorar este instrumento de gestão territorial da orla costeira.

O Vice-presidente da APA, Pimenta Machado, referiu que “20% da costa portuguesa está em erosão”, considerando que é “um problema gravíssimo que vai ser potenciado pelas alterações climáticas”, daí a necessidade de “preparar o litoral para os desafios futuros”.

“O POC é um PPR para o litoral” que assenta na Prevenção, Proteção e Recuo Planeado, afirmou Pimenta Machado, notando que o POC que ainda está em vigor é mais rígido e que agora se pretende uma “gestão mais adaptativa”. A prioridade é defender a linha de costa, atendendo a que, ao longo do tempo, foram “perdidos” 12 quilómetros quadrados do litoral para o mar, uma área equivalente a 1200 campos de futebol, revelou.

Pimenta Machado referiu que é primordial “não repetir os erros do passado” e estabilizar a linha de costa, objetivo que passará pela aposta na “engenharia mais natural”, nomeadamente deposição de areias nas praias, estando, por isso, colocada de parte a construção de novos esporões, prevendo-se, contudo, a reabilitação das infraestruturas existentes. Adiantou que, face à previsibilidade do aumento do nível do mar (até 2050 cerca de 85 centímetros), foram definidas faixas de salvaguarda vedando a construção.

O responsável da APA vincou que o “plano foi elaborado usando o melhor suporte científico”, envolvendo duas universidades, e revelou que, com este POC, será suprimida uma lacuna ao nível da informação sobre a zona costeira, através da aplicação de um programa de criação de uma base de dados que possibilitará “elaborar projetos mais assertivos”.

Numa sessão muito concorrida e participada, foram colocadas muitas e variadas questões, que foram devidamente esclarecidas pelos técnicos e entidades presentes. A demolição de edificações foi um dos muitos aspetos abordados, tendo sido garantido que o POC consagra direitos adquiridos, pelo que os interesses das populações serão sempre salvaguardados.

A encerrar a sessão, o Vice-presidente da APA deixou o desafio à apresentação de contributos para melhorar o Programa da Orla Costeira. “Estamos a preparar o litoral para os desafios do futuro, para nós e para as gerações vindouras”, concluiu.

Na mesma linha, o Presidente da Câmara Municipal apelou à participação na discussão pública do POC. Vincou que o Município “está ao lado da população e dos seus interesses” e garantiu que “os direitos de cada cidadão serão defendidos” e que, neste sentido, tudo fará, não descartando a possibilidade de enfrentar as instituições com responsabilidades neste domínio, se assim tiver que ser.

Como já expressou publicamente, e no que concerne ao território concelhio, Benjamim Pereira defende a definição de um plano de proteção do litoral que tenha em linha de conta as especificidades do território e os interesses das populações, preservando o que for de interesse manter.

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JÁ COMEÇOU A 2ª FASE DA INTERVENÇÃO NA DUNA DOS CALDEIRÕES EM VILA PRAIA DE ÂNCORA

Guilherme Lagido sublinhou a importância da obra para o concelho de Caminha e particularmente para Vila Praia de Âncora

A 2ª fase da intervenção na Duna dos Caldeirões, em Vila Praia de Âncora arrancou esta manhã. Guilherme Lagido, e Pimenta Machado estiveram no local para acompanharem o início da obra. “Esta intervenção é fundamental para o concelho de Caminha e, particularmente, para Vila Praia de Âncora e para quem nos visita. A preocupação do Município é a consolidação da duna, para que esta marginal mantenha o aspeto impecável que tem”, realçou Guilherme Lagido sobre a importância da obra. Estima-se que a operação, orçada em 392 mil euros, termine dentro de 120 dias.

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Decorreu esta manhã uma visita à praia de Vila Praia de Âncora, que contou com a presença do vice- presidente da Câmara de Caminha, Guilherme Lagido; presidente do Conselho de Administração da Polis Litoral Norte, Pimenta Machado; comandante da Capitania do Porto de Caminha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, representantes da Nuceatres e técnicos da Polis Litoral Norte. O objetivo da deslocação foi verificar in loco o início da empreitada de Reforço e Proteção dos Sistemas Dunares e Renaturalização de Áreas Naturais Degradadas (2.ª fase) Foz do Rio Âncora, que a Polis Litoral começou hoje a executar.

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Sobre a intervenção a realizar, Pimenta Machado assegurou: “nós acreditemos que esta intervenção vá naturalmente reforçar a duna. É este o nosso propósito” e acrescentou “esta visita deu-nos algum conforto. A duna está a recuperar”.

Para o vice-presidente do Município esta intervenção “é uma intervenção que particularmente nos agrada, já que é uma intervenção que permite por métodos naturais recuperar a Duna dos Caldeirões”.

Recorda-se que, na primeira fase, foram garantidas as condições imediatas de segurança na zona, através da restituição do curso do rio pelo desassoreamento da sua foz, da deposição dos volumes de areia resultantes daquela escavação no reforço do cordão dunar e da desmontagem de infraestruturas colapsadas, garantindo assim o usufruto daquele espaço durante a época balnear de 2014.

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Esta segunda fase contempla medidas corretivas de erosão superficial e ações de reordenamento de áreas construídas em zonas de risco e consequente reposição das condições de ambiente natural, nomeadamente a consolidação e fixação de margens do rio Âncora, com recurso a técnicas de bioengenharia; a construção de um esporão deflector na margem esquerda do rio Âncora, em enrocamento e estacas com vegetação plantada; a reabertura do leito secundário do Rio Âncora; a movimentação de areias na praia para reforço do cordão dunar; e a colocação de uma cortina de paliçadas na área do anterior rompimento da Duna, por forma a favorecer a retenção de areias nessa zona.

Estão ainda previstas ações como a construção de passadiços sobrelevados de acesso à praia; a construção de observatório da natureza no remate do passadiço sobrelevado da Duna do Caldeirão; diversas limpezas de espécies exóticas infestantes arbóreas e herbáceas; a renaturalização do acesso rodoviário existente na parte terminal da Rua de Águas Férreas; e a colocação de painéis informativos dos valores naturais presentes.

Trata-se de um investimento global no valor de 392 mil euros, financiado pela União Europeia através do Programa Operacional Temático de Valorização do Território em 85% e pelo Estado Português em 15%.

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