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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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NOS PASSOS DE FEIJÓ NA SUÉCIA: 3 GERAÇÕES DESCENDENTES VISITAM PONTE DE LIMA – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

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No seguimento da nossa estada na Suécia no passado mês de Maio, três gerações dos Feijós visitam Ponte de Lima no final do Verão. Tratam-se de bisnetos (Thomas e John), trinetos (Per, Anna, Alexander e Erik),e possivelmente uma tetraneta, estudante universitária de medicina.

O regresso às origens, o conhecer e calcorrear os passos dos antepassados na sede do concelho e vizinhas freguesias da Feitosa, Correlhã e Arcozelo, principalmente do antepassado ilustre, nos perfis de diplomata, escritor e gastrónomo, António Joaquim de Castro Feijó (1859 Ponte de Lima – 1917 Estocolmo). Para Tomas e Alexander será o revisitar de memórias familiares, para os restantes, o primeiro encontro com as raízes portuguesas, Pontelimenses, e Melgacenses.

O programa está em elaboração, os desejos dos descendentes directos do apreciado poeta serão cumpridos, com novas deslocações a locais da juventude de António Feijó, como a Quinta de Faldejães ou do Conselheiro António Vieira Lisboa, em Arcozelo, onde o autor das Bailatas certo dia no extinto jornal da terra, publicou – Os Carecas de Faldejães – um estratagema para evitar o roubo das uvas na propriedade, a quem Feijó dedicou  o poemeto Á Janela do Ocidente, publicado em 1884. Esta novela foi tema da nossa intervenção na cerimónia efectuada na embaixada de Portugal na Suécia, na manhã de 16 de Maio, pelo que agora, será a vez de visitar o local onde se desenrolou a peripécia, como desejam os nossos ilustres visitantes.

Mas, também as visitas às entidades oficiais e parentes que residem em Rebordões, integrarão o programa, para além de novas experiências em comeres tradicionais altominhotos, para cuja tarefa já se disponibilizaram elementos do nosso Clube de Gastronomia: Chefinho João Leonardo Matos, de Arcozelo; Chefs Paulo Santos, de S. Pedro de Arcos e Domingos Gomes, de Cardielos, Viana do Castelo, que nos acompanharam nas deslocações deste e do ano passado para conhecer as iguarias suecas como já temos revelado em outras crónicas.

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VIANA DO CASTELO E VIANA DO ALENTEJO ESTÃO LIGADOS POR LAÇOS HISTÓRICOS COMUNS

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O brasão de Viana do Alentejo exibe elementos heráldicos que fazem parte das armas dos Marqueses de Viana

A semelhança das desígnações toponímicas de Viana do Castelo e Viana do Alentejo sugere que existirá algo de comum entre estas duas localidades portuguesas, quanto mais não seja a razão de ser da sua própria denominação. O mesmo se deve verificar em relação a Viana da Grade, S. Pedro de Viana, Santa Cruz de Viana e Viana do Bolo, na Galiza.

Existe uma certa controvérsia relativamente à origem etimológica do topónimo Viana, havendo quem assegure a sua origem do antigo idioma ibérico com o significado de “monte” ou quem avente outras hipóteses, cada qual a menos credível, desde a alusão à próximidade de vias romanas à sua relação com a provável existência de villae romanas. Em todos os casos conhecidos, a palavra integra topónimos compostos como sucede com Viana do Castelo, outrora designada por Viana da Foz do Lima, e Viana do Alentejo, antes Viana a par de Alvito.

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Armas dos Condes de Viana do Alentejo e dos Condes de Viana da Foz do Lima

Para além da afinidade toponímica, a Viana do Castelo e Viana do Alentejo une-as uma família nobre que atravessa quase toda a nossa existência histórica desde os começos da nacionalidade – a dos condes e marqueses de Viana!

Quanto aos Condes de Viana, trata-se, na realidade, de dois títulos nobiliárquicos diferentes. Em 1 de junho de 1371, o rei D. Fernando atribui a D. Álvaro Pires de Casto o título de Conde de Viana da Foz do Lima. Era irmão de Inês de Castro e foi ainda Conde de Arraiolos e Condestável de Portugal. Tendo por morte de D. Álvaro vagado o condado e este regressado à Coroa, o rei D. Duarte outorgou-o em 6 de julho de 1446 a D. Duarte de Meneses que também foi 3º Conde de Viana do Alentejo, tendo-lhe sucedido o filho, D. Henrique de Meneses que foi 4º Conde de Viana do Alentejo.

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Armas dos Marqueses de Viana

Por seu turno, o título de Conde de Viana do Alentejo foi, pelo mesmo rei, em 19 de março de 1373, atribuído a D. João Afonso Telo de Meneses, primo da rainha D. Leonor Teles de Meneses, tendo-lhe sucedido sucessivamente D. Pedro de Meneses e D. Duarte de Meneses e D. Henrique de Meneses a quem já antes nos referimos.

Nos século XVII e XIX vieram a ser criados dois títulos nobiliárquicos novos, o de Conde de Viana e o de Marquês de Viana, sem alusão a qualquer localidade em concreto.

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D. João Manoel de Menezes, 1º marquês de Viana

O título de Conde de Viana foi criado por D. Pedro II em 8 de fevereiro de 1692, tendo sido atribuído a D. José de Menezes, neto do 2º Conde de Cantanhede, o qual faleceu sem deixar geração. Sucedeu-lhe no título D. João Manuel de Menezes, o qual também veio a receber o título de Marquês de Viana, criado em 3 de julho de 1821 por D. João VI. A partir de então, ambos os títulos permaneceram sempre na mesma família.

Pertenceu aos marqueses de Viana o magnífico edifício situado no Largo do Rato, em Lisboa, onde atualmente se encontra instalada a Sede Nacional do Partido Socialista. Trata-se do Palácio do Marquês da Praia, construído onde outrora existiu a famosa Fábrica de Loiça do Rato e assim designado por ter pertencido a esta família até à década de setenta do século passado.

No Museu de S. João de Alporão, em Santarém, guardam-se as relíquias de D. Duarte de Meneses, Conde de Viana.

Nos finais do século XIX, estava então em moda a realização de festas nos salões aristocráticos. No seu palácio, organizaram os marqueses de Viana grandiosas festas por onde desfilava a nata da nossa aristocracia, deslumbrando a sociedade da época, tendo em 1855 realizado um baile de máscaras que contou com a presença dos príncipes D. Pedro e D. Luís que, anos mais tarde, viriam a ser reis de Portugal.

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A imagem mostra o palácio que foi dos Marqueses de Viana, no Largo do Rato, em meados do século passado.

A propósito do fausto que então rodeou os marqueses de Ponte de Lima, conta-se o seguinte: “Por alturas de 1840, os saraus dos Marqueses de Viana prendiam as atenções de Lisboa inteira. Esbanjava-se dinheiro a rodos. Os salões estavam forrados com seda natural, amarela, os móveis, com incrustações de tartaruga, suportavam os mais preciosos objectos, de entre os quais se destacavam trinta jóias em ouro lavrado que tinham pertencido a D. Mariana de Áustria.

O lustre tinha 140 velas.

A sala de jantar, dividida por colunas, era forrada a mármore. A baixela da casa fora oferecida pela imperatriz Catarina da Rússia.

Meia dúzia de anos decorreram, entre festas, concertos e saraus. Dizia-se que a despensa do palácio nunca se esgotava.

Certo dia, um grupo de fidalgotes decidiu ver se o que se dizia era verdade.

Começaram a fazer exigências sucessivas. Quando a comida chegava, lançavam-na pelas janelas. Cá fora, no largo, criadas, plebe e boleeiros lançavam-se sobre as iguarias. Ali estavam os cocheiros que faziam história em Lisboa – o “Timpanas”, o “Mulato”, o “Caldeirão”, o “Preto”, o “Malaquias”.

A despensa jamais se esgotou.

Esgotou-se, isso sim, a fortuna dos Vianas. Ela, acabou os seus dias como vendedora ambulante, no Mercado de Pedrouços.

É a vida.” *

* “Santa Isabel. Ao correr da pena…”. Lisboa. Outubro de 1985.

GENEALOGIA E HISTÓRIA DE VIANA DO CASTELO

Sob organização do Centro de Estudos Regionais e da Casa Sarmento - Centro de Estudos do Património (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho), no próximo dia 24 de outubro (quinta-feira) realiza-se uma sessão de apresentação do projeto de reconstituição genealógica da cidade de Viana do Castelo, trabalho que tem sido desenvolvido por um grupo de investigação do Centro de Estudos Regionais, orientado pela Dr.ª Aurora Rego, há alguns anos. O encontro, designado "Genealogia e História de Viana do Castelo, um repositório em construção", terá lugar no auditório do Museu de Artes Decorativas, às 17.30 horas. Na ocasião serão apresentados os objetivos e a metodologia adotada na constituição do Repositório Genealógico de Viana do Castelo, bem como alguns resultados preliminares do trabalho de leitura e tratamento dos registos paroquiais das freguesias urbanas. Trata-se de um trabalho desenvolvido em estreita articulação entre as duas entidades organizadoras do evento, no âmbito do Repositório Genealógico Nacional, que visa aprofundar o conhecimento sobre as nossas raízes, a partir da leitura, análise e tratamento dos registos paroquiais de batizados, casamentos e óbitos. A recolha sistemática destes registos é um importante contributo para o conhecimento da evolução demográfica da cidade e de outras dimensões da sua história, como se demonstrará na conferência.

A sessão é aberta ao público.

A direção do Centro de Estudos Regionais

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“REPOSITÓRIO GENEALÓGICO DO CONCELHO DE CAMINHA” IDENTIFICA E RELACIONA MAIS DE 127 MIL PESSOAS

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“Um valiosíssimo contributo, que nos diz mais sobre quem somos e de onde vimos”, disponível a partir de ontem numa plataforma digital

O “Repositório Genealógico do Concelho de Caminha” dá a conhecer mais de 127 mil pessoas, reconstituindo as comunidades históricas do concelho, freguesia a freguesia, ao longo de três séculos. São 10 anos de um trabalho de investigação hercúleo, que agora partilhamos com o mundo e que está à distância de um clique. A vastíssima informação, reunida numa plataforma digital, permite conhecer com bastante profundidade a evolução do concelho, entre outros, ao nível das famílias, ofícios, relações transfronteiriças, papel da mulher, aspetos sanitários e mesmo impacto de acontecimentos internacionais. O trabalho foi ontem apresentado ao fim da tarde, nos Paços do Concelho.

Na cerimónia de apresentação do “Repositório Genealógico do Concelho de Caminha” estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages; Aurora Botão Rego, coordenadora do Repositório do Concelho de Caminha; João Azevedo, membro do Repositório do Concelho de Caminha; Norberta Amorim – autora da metodologia e do projeto do Repositório Nacional e membro da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho); Antero Ferreira, Diretor da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho) e Filipe Salgado, programador informático da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho), entre outras entidades.

“Hoje é um dia muito feliz para o concelho de Caminha. Ao mesmo tempo em que inauguramos a obra de requalificação dos Paços do Concelho, apresentamos também um trabalho de maior dignidade e importância para o concelho de Caminha. Falo-vos do Repositório Genealógico do Concelho de Caminha.”, referiu o Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages.      

A tese de doutoramento da investigadora e funcionária da Câmara Municipal, Aurora Botão Rego, concluída em 2013, foi o ponto de partida para a construção deste Repositório. O tema foi, na altura, a evolução demográfica da freguesia de Gontinhães (atual Vila Praia de Âncora). A ideia de replicar a investigação nas outras freguesias do concelho surgiu nessa sequência e foi lançado o desafio ao Presidente da Câmara de então, que o aceitou. Começou assim o processo que demorou uma década e contou com o entusiasmo de diversas pessoas, muitas do concelho, sendo a investigação coordenada por Aurora Rego.

Em 2014, a Câmara Municipal de Caminha celebrou um protocolo de investigação com a Universidade do Minho e Casa de Sarmento (Guimarães) que visava a reconstituição de todas as comunidades históricas do concelho, através da construção de uma base de dados genealógica por cada freguesia, desde o início da existência dos assentos paroquiais (normalmente nas primeiras décadas do século XVII).

Em 2015 realizou-se a apresentação do projeto “Repositório Genealógico do Concelho de Caminha”, incluindo a assinatura de um protocolo de colaboração com alguns investigadores locais que cederam as bases de dados já construídas de algumas paróquias.

"Fez-se um trabalho maturado, minucioso, atento, de filigrana, nas 14 freguesias do nosso concelho", disse o presidente da Câmara.

Sobre o Repositório, Rui Lages sublinhou: "este é um projeto de elevado valor cultural, histórico e humano. A criação de um repositório genealógico vai muito além de arquivar documentos ou de se reunir dados sobre uma determinada pessoa ou família. Trata-se, sobretudo, de um ato de preservação da nossa história", acrescentando "a partir deste estudo, cada pessoa, poderá conhecer um pouco mais de si, descobrir os seus antepassados e compreender as trajetórias que moldaram a sua própria existência. A implementação de um repositório genealógico é um legado que deixaremos para as gerações futuras. Este é um tesouro que transcende o tempo e as fronteiras, conectando pessoas e gerações num elo contínuo de história e humanidade".

O autarca agradeceu a todos os investigadores, a todos os anónimos que de uma forma ou de outra contribuíram para alcançarmos este resultado. Às diversas Instituições que dedicaram o seu tempo e saber para que o concelho de Caminha se tornasse mais rico e mais sabedor de si mesmo.

Este projeto contou com o apoio da Academia Sénior de Caminha que, no âmbito da aula de História do Concelho, lecionada por Aurora Botão Rego, envolveu os alunos na investigação.

A investigação desenvolveu-se, como referimos, a partir dos registos paroquiais (casamentos, batizados e óbitos), nem sempre a partir da mesma data nas várias freguesias, sendo a de Caminha onde mais se recuou no tempo, com registos desde sensivelmente 1612.    

A metodologia da investigação é da autoria de Norberta Amorim, Professora Jubilada da Universidade do Minho e orientadora da tese de Aurora Rego.

Problemas pessoais de saúde em 2019, a que se seguiu a Covid-19, trouxeram alguns contratempos, mas não impediram a evolução da investigação, a que se tinham juntado outras pessoas, como os venadenses João Azevedo (Professor Jubilado) e Lúcio Mourão (Médico, entretanto aposentado).      

Por parte da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho) são de realçar os contributos decisivos do Professor Antero Ferreira (diretor) e do Engenheiro Filipe Salgado, na parte informática: aplicações e gestão da plataforma.

Agora, uma década depois do desafio inicial, o resultado de milhares de horas de trabalho de uma equipa é pautado pelo sucesso e é partilhado online com todos os que quiserem conhecer melhor o concelho de Caminha. Como referimos, a informação está disponível freguesia a freguesia, resgatando a identidade das gerações passadas desde o início dos lançamentos dos registos paroquiais, identificando todas as famílias que participaram na evolução das freguesias do território, bem como atribuindo um nome a todos os indivíduos que integraram as várias camadas geracionais anónimas das nossas terras. Permite, não só aos residentes, mas a todos os indivíduos que têm ligações ao concelho de Caminha, em qualquer parte do mundo, aceder às suas raízes familiares e genealógicas, desde o início do século XVII.

A genealogia das freguesias do concelho de Caminha poderá ser consultada na plataforma digital da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho), onde se encontra alocado o Repositório Nacional.

Através do website do Município de Caminha, na área “Viver”, acede-se também a uma ligação ao Repositório Genealógico do Concelho de Caminha.

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“REPOSITÓRIO GENEALÓGICO DO CONCELHO DE CAMINHA” VAI SER APRESENTADO AMANHÃ NOS PAÇOS DO CONCELHO

Pelas 18h00, no Salão Nobre do edifício

A Câmara Municipal de Caminha vai apresentar o “Repositório Genealógico do Concelho de Caminha” amanhã, pelas 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Nessa altura será também inaugurada a requalificação dos Paços do Concelho.

Em 2014, a Câmara Municipal de Caminha celebrou um protocolo de investigação com a Universidade do Minho/Casa de Sarmento (Guimarães) que visava a reconstituição de todas as comunidades históricas do concelho, através da construção de uma base de dados genealógica por cada freguesia, desde o início da existência dos assentos paroquiais (normalmente nas primeiras décadas do século XVII).

Em 2015 realizou-se a apresentação do projeto “Repositório Genealógico do Concelho de Caminha”, incluindo a assinatura de um protocolo de colaboração com alguns investigadores locais que cederam as bases de dados já construídas de algumas paróquias.

Este projeto contou com o apoio da Academia Sénior de Caminha que, no âmbito da aula de História do Concelho, auxiliou na construção das restantes bases de dados das freguesias do concelho, sob a coordenação da docente e investigadora do CITCEM Aurora Botão Rego.

O Repositório Genealógico do Concelho de Caminha, que agora será divulgado, teve como objetivo reconstituir as comunidades históricas do concelho de Caminha, ao longo de três séculos, freguesia a freguesia; resgatar a identidade das gerações passadas desde o início dos lançamentos dos registos paroquiais, identificando todas as famílias que participaram na evolução das freguesias do território, bem como atribuir um nome a todos os indivíduos que integraram as várias camadas geracionais anónimas das nossas terras.

Permite, não só aos residentes, mas a todos os indivíduos que têm ligações ao concelho de Caminha, em qualquer parte do mundo, aceder às suas raízes familiares e genealógicas, desde o início do século XVII,

A genealogia das freguesias do concelho de Caminha poderá ser consultada na plataforma digital da Casa de Sarmento (Unidade Diferenciada da Universidade do Minho), onde se encontra alocado o Repositório Nacional.

Através do website do Município de Caminha, na área “Viver”, haverá também uma ligação ao Repositório genealógico do Concelho de Caminha.

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FEIJÓS DA SUÉCIA VISITARAM A FEITOSA EM PONTE DE LIMA – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

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Regressamos hoje com mais fotojornalismo da estadia nas Feiras Novas dos representantes directos do nosso António Feijó, residentes na Suécia: o bisneto, Tomas, e o trineto, Alexander.

O motivo de incluir-mos a freguesia da Feitosa no roteiro – Nos Passos de António Feijó em Ponte de Lima – foi uma visita ao seu local de baptismo, ao património outrora da família e provar uma bebida típica da localidade. O passeio começou com a deslocação á Igreja Paroquial, onde com apenas seis dias de vida, foi baptizado António Joaquim de Castro Feijó. Foram padrinhos o Reitor de Vitorino das Donas e tio do neófito, António Correa Feijó e irmã Ana Cândida de Castro Pimenta Feijó, representada por seu sobrinho José Joaquim de Castro Pimenta Feijó (falecido em 1906 em Viana do Castelo, onde exerceu advocacia e a Presidência do município). Mais informações, tendo por base o registo de nascimento do ilustre Limiano (Livro de 1845-1860), fotocópia efectuada há mais de trinta anos no Arquivo Distrital de Braga, permitem saber que o pai era natural de Rouças, concelho de Melgaço, mas o avô paterno Pontelimense, da freguesia de Calheiros, da Casa do Barrenho, podemos nós acrescentar, dos Godoy Rodrigues de Moraes, brasonados pelo rei D. José I, radicados em Minas Gerais, Brasil.

Embora com pressa face a compromissos oficiais, os Feijós da Suécia ainda cumprimentaram o Presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Pereira, e com ele provaram a saborosa Sidra, tema do carro representativo no Cortejo Etnográfico das Feiras Novas. Uma olhada na Quinta das Portelas, desde 1887 propriedade de Pedro Joaquim dos Santos e esposa, Clara Rosa Penha, e o loteado Eido das Ínsuas, á ponte de Lamezinhos, da famosa cozinheira e proprietária, a quem se deve a introdução do Arroz de Sarrabulho nas ementas de restaurantes da vila, e que Feijó em férias visitava essa sua vizinha e restaurante, e abancava.. para saboreara iguaria típica!

Seguimos viagem para conhecer o antigo património familiar feijóano…

Faceando a Central de Camionagem e a Avenida dos Bombeiros Voluntários, portanto desde há um quarto de século começou a urbanização, visitamos o que resta da Quinta da Venda Nova, onde o poeta brincou em infância e minha mãe também, pois foi até á década de sessenta do século passado, pertença de minha avó Deolinda, que a houvera da mãe, Adelina Penha, e esta da tia Clara Penha (1838-1924), por compra que realizara em 1917 a Rui de Menezes de Castro Feijó e esposa, sobrinho do poeta e diplomata, incluindo a casa grande na Rua do Pinheiro, e a seguinte (garagem do carro de cavalos ou “casa do carvão”),pois aí  se armazenava após a compra  tal matéria para a cozinha do restaurante.

Pelos passos de Feijó criança, depois de Feijó adulto e na vida estudantil, e já Feijó diplomata com carreira iniciada no Brasil, afloremos com entrega de credenciais ao Imperador no dia 15 de Julho de 1886! Nesse país – irmão, o nosso homenageado nestas linhas, serviu nos consulados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco, até seguir para Estocolmo, Suécia, onde faleceu a 20 de Junho de 1917.

FEIJÓS DA SUÉCIA NAS SUAS ORIGENS EM PONTE DE LIMA – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

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Voltamos hoje com mais uma notícia referente ao roteiro – Nos Passos de António Feijó em Ponte de Lima – elaborado para o acolhimento dos descentes suecos de António Feijó: o bisneto, Tomas, residente em Estocolmo, e o filho ou trineto, Alexander, residente em Gotemburgo.

A viagem cultural ao berço da família em plenas Feiras Novas, a Casa da Anta, na freguesia limiana da Correlhã, rodeada de quinta anexa de seis hectares, foi acompanhada pela Presidente da Junta de Freguesia, Fátima Oliveira, e seu secretário Jorge. A residência solarenga, ao gosto de meados do seculo XVIII integra a capela dedicada a S. Caetano, fundada em 1686, e foi a residência dos antepassados paternos do poeta, diplomata, e gastrónomo António Joaquim de Castro Feijó (1859-1917).

No templozinho, encostado ao portal e faceando o Caminho (de S. Tiago de Compostela), existe uma janela de balcão, permitindo momentos de oração aos peregrinos que por lá transitavam; na capela seriam  sepultados membros da família, como aconteceu no ano de 1771, pois então foi lá enterrada Maria Madalena, viúva de Manuel Correia Feijó.

A propriedade é hoje pertença dum ramo de Feijós, residentes nos Estados Unidos da América.

VISCONDES DE VILA NOVA DE CERVEIRA: “PRIMEIRA PÁGINA DE INSTRUMENTO DE CONSERTO E AMIGÁVEL COMPOSIÇÃO E DESISTÊNCIA” EM 1608

“PRIMEIRA PÁGINA DE Instrumento de conserto e amigável composição e desistência” das arras, móveis, imóveis e dinheiro prometidas em dote de casamento, feito pelo secretário, Gaspar de Faria Severim, procurador de D. Maria de Noronha, viúva de D. João Luís de Vasconcelos e Meneses, governador da praça de Mazagão aos Viscondes de Vila Nova de Cerveira, D. Diogo de Lima e sua mulher D. Joana de Vasconcelos EM 14 DE SETEMBRO DE 1608

Estava na capilha do documento com a cota: Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 32, n.º 19; tem cosido no fim uma meia folha com a informação "Nomeação do prazo da Travanca e Mafra "; número atribuído ao documento: 566. Este número no Índice da documentação, referido no documento: Portugal, Torre do Tombo, Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 2, n.º 4 (PT-TT-VNC/A/204), pertence ao mç. 17. No inventário intitulado: "Livro Geral do cartório de D. Tomás José Xavier de Lima, 2º Marquês de Ponte de Lima, no qual se contém todos os títulos e padrões, morgados, senhorios, propriedades, quintas, fazendas, foros, casais e mais rendas, privilégios, bulas apostólicas, testamentos e outros bens que pertencem à dita casa. Tudo extraído dos originais, títulos e mais documentos que no dito cartório se acham mando [sic] por ordem do dito senhor em Julho de 1819" (PT-TT-VNC/A/1), mç. 17 corresponde ao "Morgado e bens dos Vasconcelos".

Relação complementar: documento mencionado no elemento de informação "História custodial e arquivística": (PT-TT-VNC/A/1), mç.17, n.º 14: "escritura de de D. Diogo de Lima com D. Joana de Vasconcelos e Meneses e por ele consta os bens que vieram à casa dos Viscondes, ano de 1642"; Relação complementar: Portugal, Torre do Tombo, Viscondes de Vila Nova de Cerveira, cx. 2, n.º 12, (PT-TT-VNC/A//212), inventário das instituições "delas", do Morgado de Santa Ana, bens da Coroa e Morgado de Soalhães, f. 6, 6v, mç 2, n.º 25 (702): "Para haver de casar D. Diogo de Lima com a Senhora D. Joana de Vasconcelos e Meneses filha de D. João Luís de Vasconcelos e Meneses lhe fez o Visconde pai de D. Diogo dote e D. João Luís de Vasconcelos também qualquer deles dê 400 reis de renda D. João Luís pôs rendimentos da quinta da Valada que chamam Malpica 200 reis e na alcaidaria mor de Castelo Bom 100 reis e 100 reis nos rendimentos do concelho de Aregos e na dita Joana noiva além do mais que lhe dotaram fizeram nomeação do prazo da Golegã que é do convento de Tarouca, do prazo de Travanca junto a Viseu senhorio a Universidade de Coimbra, e do prazo da Enxara dos Cavaleiros, senhorio o Hospital de Todos os Santos e dos prazos que pertencem à quinta de Malpica foreiros a saber um às freiras de Chelas, outro à igreja de São João em Porto de Mós outros à igreja de Alcáçova em Santarém e também o dito D. João Luís e sua mulher fizeram deste à dita sua filha de todos os seus bens livres havidos e por haver com reserva somente do usufruto, todo o sobredito por escritura feita em Lisboa em 28 de Junho de 1642 tabelião Gaspar de Carvalho". À margem "1642". "Depois falecendo D. João Luís, sua mulher D. Maria de Noronha fez contrato com seu genro e filha acima nomeados por modo de partilhas: ela D. Maria de Noronha desistiu das arras prometidas por seu marido, móveis e dinheiro do dote e do que resultou d venda das casas e cardal nomeados no dito dote e da acção que podia ter contra os bens de seu marido e do direito e nomeação dos prazos que este lhe fez da quinta de Valada e da parte que tinha nas propriedades livres que ficaram no casal e dos bens móveis tudo a favor dos viscondes filha e genro e fez a sobredita desistência e cessão dos serviços que tinha de seu marido D. João Luís para os haverem os viscondes e estes se obrigaram a dar-lhe cada ano 200 reis de que lhe fizeram consignações no juro do Almoxarifado de Alenquer 80 reis e 80 reis na Cabana do pescado e o restante nos foros de Carnide e os viscondes lhe largaram a pretensão do prazo de Travanca para o gozar em sua vida e a dita D. Maria de Noronha lhe largou o direito que tinha vindo e viesse de Mazagão para fazer o visconde umas casas e ele ficaria obrigado a pagar as dívidas do casal excepto o serviço dos criados, de que há escritura feita em Lisboa ano de 1648. Tabelião Gregório de Souto Craveiro. À margem direita: há rol incorporado na mesma escritura. À margem na f. 6, 6 v: foi filho do Visconde D. Lourenço de Lima além do mais que depois foi visconde"; Relação complementar: Portugal, Torre do Tombo, Viscondes de Vila Nova de Cerveira, "Livro que contém o rendimento das fazendas das minhas casas e morgados a elas anexos", cx. 20, n.º 1 (PT-TT-VNC/B/2001), f. 171.

Nota ao elemento de informação "Datas": escritura feita em Lisboa junto á igreja das Chagas, nas casas do Visconde de Vila Nova de Cerveira, D. Diogo de Lima [D. Diogo de Lima Brito e Nogueira, 7º visconde de Vila Nova de Cerveira].

Fonte: ANTT

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FAMILIARES SUECOS DO POETA ANTÓNIO FEIJÓ ENCANTADOS COM O SARRABULHO DE PONTE DE LIMA – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

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Os descendentes suecos do poeta limiano António Feijó chegaram há minutos a Ponte de Lima e a primeira paragem da visita foi na Correlha. Aqui Tomás e Alexander foram presenteados com um Sarrabulho a moda de Ponte de Lima no Sonho do Capitão.

Os ilustres visitantes vão permanecer três dias na festa com programa diversificado conforme divulgamos ontem. Mas a curiosidade genealógica levou-os a conhecer a origem dos Feijós na Correlha, Ponte de Lima.

Assim, após o repasto Fátima Oliveira a Presidente da Junta de Freguesia da Correlhã desloca se com a comitiva a Casa da Anta, construção iniciada cerca 1750 onde se destaca Tomás Correia Feijó, o primeiro Administrador do vínculo e Quinta da Anta, que foi Governador do forte de Vila Praia de Âncora, Caminha.

O programa de hoje prossegue na sede do Agrupamento de Escolas António Feijó, à Câmara Municipal de Ponte de Lima, ao monumento erigido ao poeta e diplomata e observação de suas fardas oficiais no Museu dos Terceiros.

PONTE DE LIMA EVOCA O CANTOR ZECA AFONSO – DESCENDENTE DE LIMIANOS – NO DIA EM QUE SE CELEBRA O CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL

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Cantor Zeca Afonso descendia pelo lado materno de famílias limianas

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos de seu nome completo, era filho de José Nepomuceno Afonso dos Santos, natural do Fundão, e de Maria das Dores Dantas Cerqueira. Aliás, Zeca Afonso viveu em Ponte de Lima os primeiros três anos de vida, antes de ter sido levado para Angola.

Sua mãe foi professora primária e nasceu em Ponte de Lima nos começos do século XX. Outros antepassados do cantor eram oriundos de Arcozelo e São Martinho da Gandra. Domingos José Cerqueira, seu avô materno, foi professor de instrução primária em Ponte de Lima. Porém quis o destino que José Afonso viesse a nascer em Aveiro, em 2 de agosto de 1929.

Angola, Moçambique, Belmonte, Coimbra, Faro e Setúbal são algumas referências geográficas que se encontram na rota da sua vida. Ponte de Lima é, porventura a menos conhecida. De resto, além de não ter ao que se saiba vivido alguma vez em terras limianas, também não deverá ter encontrado matéria-prima para as suas letras, apesar da fonte de inspiração que o rio Lima sempre constituiu para muitos poetas.

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A ASCENDÊNCIA PONTE-LIMENSE DE JOSÉ AFONSO

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  • Crónica de José Sousa Vieira

Nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, resultado, segundo o seu irmão mais velho, João, “da enxertia de uma cepa beirã em vide minhota, ambas transplantadas para a foz do Vouga”.

A “cepa” era José Nepomuceno Afonso dos Santos, natural do Fundão, magistrado, e a “vide” a professora primária Maria das Dores Dantas Cerqueira, nativa de Ponte de Lima, como seus pais, Rosa Augusta Dantas e Domingos José Cerqueira.

Deste seu avô, que Zeca Afonso não conheceu, escrevia Júlio de Lemos ser de “inteligência ricamente dotada” e “a bondade em pessoa” (cf. Anais Municipais de Ponte de Lima, pág. 91).

José Carlos de Magalhães Loureiro, no número 22, ano 2005, de “O Anunciador das Feiras Novas”, páginas 157 a 159, dá-nos relevantes elementos desta personalidade que deixou, para a posteridade, os seus descendentes, destacando-se José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (José Afonso), mas também um papel não negligenciável na história do ensino no nosso país, com marca perene na sua “Cartilha Escolar”, aparecida em 1912.

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PONTE DE LIMA: CANTOR ZECA AFONSO DESCENDIA DE LIMIANOS

No dia em que passam 37 anos da morte de José Afonso (José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos) lembramos as suas raízes no distrito de Viana do Castelo com a publicação do assento de baptismo de sua mãe.

Maria das Dores Dantas Cerqueira nasceu a 18 de julho de 1901, na vila de Ponte de Lima. Era filha de Domingos José Cerqueira, professor primário, natural de Santa Maria dos Anjos, vila de Ponte de Lima, e de Rosa Augusta Dantas, natural da freguesia de Santa Marinha de Arcozelo, concelho de Ponte de Lima. Seguindo a carreira de seu pai, professora da instrução primária, casou, em Aveiro, a 22 de abril de 1927, com José Napomuceno Afonso dos Santos, Juiz na carreira judicial ultramarina.

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo

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DR. ALVES DOS SANTOS FALECEU HÁ 100 ANOS – EFEMÉRIDE ASSINALA-SE NO PRÓXIMO DIA 17 DE JANEIRO!

Passam no próximo dia 17 de Janeiro precisamente 100 anos sobre a data do falecimento do ilustre limiano Augusto Joaquim Alves dos Santos.

É sabido que o Concelho de Ponte de Lima possui uma extensa galeria de figuras notáveis como nenhum outro se pode orgulhar. É de igual modo verdade que, por vezes, muitas destas figuras ilustres permanecem durante certo tempo ignoradas por falta de conhecimento, apesar de em vida terem atingido grande notoriedade.

Foto existente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, cedida ao autor por aquela entidade

O Dr. Alves dos Santos tem sido precisamente uma dessas figuras ilustres e desconhecidas cuja estatura moral e craveira intelectual em muito prestigiam o nosso concelho.

De seu nome completo Augusto Joaquim Alves dos Santos, o nosso ilustre conterrâneo nasceu em 14 de Outubro de 1866, na Freguesia de Cabração, tendo falecido em 17 de janeiro de 1924 na cidade de Coimbra onde viveu e se distinguiu.

Apesar dos esforços desenvolvidos não conseguimos identificar possíveis descendentes ou outros familiares, nomeadamente na Freguesia de que foi natural. Sabemos unicamente que era filho de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos e Ana Maria Alves Soares.

Não é nosso propósito aqui fazer a sua biografia mas, no caso vertente, não resistimos a enumerar alguns dados biográficos pois o conhecimento do Dr. Alves dos Santos não dispensa apresentação.

Entre os inúmeros cargos que exerceu, o Dr. Alves dos Santos foi Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Ministro do Trabalho e por três vezes eleito deputado pelo círculo de Coimbra entre 1910 e 1921, chegando inclusivamente a presidir à Câmara dos Deputados. Foi ainda Diretor da Biblioteca da Universidade de Coimbra e, um ano após a implantação da República, Chefe do Gabinete do Presidente do Governo provisório.

Foi um eminente teólogo, tendo frequentado o curso de Teologia do Seminário de Braga e recebido ordens sacras. Comendador da Ordem de Santiago em 1904, lecionou Grego e Hebraico no Liceu de Coimbra, Pedagogia, Psicologia e Psicologia Infantil nomeadamente na Escola Normal Superior daquela cidade e, entre inúmeras cadeiras, Pedagogia, Psicologia e Lógica, História da Filosofia e Psicologia Experimental na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A ele se deveu a instalação do Laboratório de Psicologia daquela Faculdade, no qual também desempenhou as funções de Diretor.

A sua obra literária é igualmente vasta, sendo de destacar os seguintes trabalhos:

- “Concordismo e Idealismo”, publicado em 1900;

- “O Problema da origem da família e do matrimónio em face da Bíblia e da Sociologia”, editado em 1901;

- “A nossa escola primária – o que tem sido e o que deve ser”, em 1910;

- “O ensino primário em Portugal, nas suas relações com a história geral da nação”, em 1913;

- “Elementos de filosofia científica”, em 1918;

- “Portugal e a Grande Guerra” (duas conferências), Coimbra, 1913;

- “Psicologia experimental e Pedagogia”, Coimbra, 1923;

O Dr. Alves dos Santos foi militante do Partido Republicano Nacionalista desde que se extinguira o Partido Republicano Evolucionista do Dr. António José de Almeida.

Sobre o seu perfil político, o periódico “O Despertar” de Coimbra, na sua edição de 19 de janeiro de 1924 afirmava:

Foi um orador fluente. Tanto da tribuna sagrada como em comícios públicos e mais tarde no parlamento, o sr. Dr. Alves dos Santos era sempre ouvido com o mais vivo interesse.

Conhecedor a fundo da língua, o saudoso extinto era fecundo em maravilhosas imagens, chegando, por vezes, a empolgar a assistência, com o seu gesto largo e manifesta sinceridade que exprimia às suas palavras.

Os seus adversários políticos, nomeadamente, eram os primeiros a reconhecer-lhe o mais formoso talento”.

Ainda segundo o mesmo periódico, o Dr. Alves dos Santos era uma figura “essencialmente popular, sem escusados preconceitos”, “estimadíssimo em Coimbra” e “um amigo devotado das crianças, às quais dedicava os mais vivos afectos”, razão pela qual lhes consagrou muitos dos seus estudos.

O Dr. Alves dos Santos residia no número catorze da rua Alexandre Herculano, na cidade de Coimbra, e faleceu na sequência de “uma horrorosa enfermidade para a qual a sciencia médica é ainda impotente”, conforme noticiava a “Gazeta de Coimbra”, no dia do seu falecimento.

No seu funeral estiveram representadas a Universidade de Coimbra, o Governador Civil do Distrito, os ministros do Interior e do Trabalho, a Câmara Municipal de Coimbra e a Misericórdia local entre numerosas outras entidades. Isto apesar da vontade manifesta do Dr. Alves dos Santos na realização de uma cerimónia fúnebre discreta.

Na Câmara Municipal e no Centro Nacionalista foi içada a bandeira nacional a meia haste e na Câmara dos Deputados foi aprovado um voto de sentimento.

Os restos mortais do Dr. Alves dos Santos encontram-se depositados no Cemitério da Conchada, em Coimbra, mais concretamente na sepultura nº. 16 do leirão nº. 23, conforme notícia publicada em “O Despertar” de 19 de janeiro de 1924.

O seu nome não consta da toponímia da cidade de Coimbra nem do Concelho de Ponte de Lima.

Contudo, como dizia o periódico acima citado na referida edição, o Dr. Alves dos Santos foi um “patriota dos mais eminentes, foi sempre um grande liberal, perdendo o país no saudoso finado um dos seus filhos mais ilustres”.

- Carlos Gomes em “O Anunciador das Feiras Novas”, nº X, Ponte de Lima, 1993

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O Dr. Alves dos Santos (segundo a contar da direita) foi Ministro do Trabalho no governo do Dr. Cunha Leal

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A foto, publicada na revista “Ilustração Portugueza” de 28 de janeiro de 1922, mostra a visita do Dr. Alves dos Santos, na qualidade de Ministro do Trabalho, ao asilo D. Maria Pia 

Notas:

1. Alguns anos após a publicação deste artigo, a Câmara Municipal de Ponte de Lima atribuiu o seu nome a uma das artérias da vila limiana.

2. O Dr. Alves dos Santos não teve descendentes diretos. De acordo com pesquisas genealógicas posteriormente efetuadas pelo autor, Augusto Joaquim Alves dos Santos era oriundo da família Carmo (da Cabração) da qual descendiam os de apelido Santos.

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Transcrição:

“Aos vinte e hum dias do mês de outubro do anno de mil e oito centos sasenta e seis n’esta parochial Igreja de Sancta Maria da Cabração, concelho de Ponte do Lima Diocese de Braga Primaz Baptizei Solenemente hum indevido do sexo masculino a quem dei o nome de Augusto Joaquim Santos que nasceo nesta freguesia no dia quatorze de outubro pelas quatro horas da manha do dito mês e anno folho legitimo de Manoel Joaquim Rodrigues dos Santos e Anna Maria Alves Soares natural da freguesia de Sam João da Rebeira e ele natural desta freguesia recebidos (…) de Ponte de Lima mas parochianos Proprietarios e moradores no Lugar da Igreja desta freguesia. Nepto Paterno de Antonio Jose Rodrigues dos Santos já defunto e Anna Joaquina Dantas proprietários e moradores no Lugar de Igreja que he desta freguesia e ella hoje residente na freguesia da Labruje deste concelho Materno de Antonio Jose Alves, Soares digo de Antonio Jose Alves e Mariana Luisa Soares da freguesia de Sam João da Ribeira Lugar de Crasto proprietários e forão Padrinhos o Reverendo Manoel Joaquim Soares thio do Baptizado e Maria Rosa Alves, solteira thia do Baptizado ambos da freguesia de Sam João da Rebeira Lugar de Crasto os quais todos sei serem os próprios. E para constar labrei em duplicado o prezente assento que depois de lido e conferido perante os Padrinhos comigo assinarão Era est supra.

os Padrinhos Manoel Joaquim Soares

                      Maria Rosa Alves

O Parocho     Antonio Raymundo da Cunha Ferreira”

(Arquivo Distrital de Viana do Castelo. Fundo Paroquial de Ponte de Lima – Cabração. Livro de baptismos. Datas extremas: 1855 – 1890. Fls. 33 Cota 3.13.1.32)

REVISTA "ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA" NOTICIOU O FALECIMENTO DO DR. ALVES DOS SANTOS

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A revista “Ilustração portuguesa” de 26 de janeiro de 1924, publicou a notícia do falecimento do Dr Alves dos Santos.

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BISAVÓ DE ANTÓNIO CHAMPALIMAUD ERA NATURAL DE PAREDES DE COURA

No dia 3 de setembro passaram 220 anos desde o nascimento de Casimira (Champalimaud de Nussane de Sousa Lira e Castro) na paróquia de Ferreira, concelho de Paredes de Coura. Filha de José Joaquim Champalimaud de Nussane de Sousa Lira e Castro, distinto militar na defesa de Portugal contra as invasões napoleónicas, e de Maria Clara de Sousa Lira e Castro, do Paço de Ferreira.

O seu bisneto, António de Sommer Champalimaud, industrial que marcou o século XX português, aquando da sua morte, em 2004, deixou cerca de 500 milhões de euros para a constituição da Fundação D. Anna de Sommer Champalimaud e Dr. Carlos Montez Champalimaud. A terceira, segundo a Forbes, maior fundação portuguesa, dedica-se primordialmente ao desenvolvimento de programas avançados de investigação biomédica e à prestação interdisciplinar de cuidados clínicos.

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo

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PONTE DE LIMA: NO INÍCIO DO PRÓXIMO ANO CUMPRE-SE O PRIMEIRO CENTENÁRIO DO FALECIMENTO DO ILUSTRE LIMIANO QUE FOI O DR. ALVES DOS SANTOS

Passa no próximo dia 17 de Janeiro de 2024 precisamente o 1º centenário do falecimento em Coimbra do Dr. Alves dos Santos. De seu nome completo Augusto Joaquim Alves dos Santos, nasceu em 14 de Outubro de 1866 na Freguesia de Santa Maria da Cabração, concelho de Ponte de Lima, e faleceu na cidade de Coimbra. Era filho de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos e de Ana Maria Alves Soares.

A atribuição do seu nome a um estabelecimento de ensino em Ponte de Lima como seu patrono seria a homenagem mais digna a dar a conhecer a personalidade e a obra de um dos mais ilustres limianos

O Dr. Alves dos Santos – um dos mais ilustres filhos de Ponte de Lima – foi o pioneiro do estudo e investigação da psicologia no nosso país, continuando a sua obra a ser estudada pelos mais notáveis académicos decorridos mais de oito décadas desde a data do seu desaparecimento. A obra que publicou em 1923, Psicologia Experimental e Pedologia”, é considerada aliás um marco “na história da psicologia em Portugal pelo seu pioneirismo e importância histórica”.

Figura controversa, padre apóstata, monárquico convertido ao republicanismo, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É apontado como o principal autor da reforma do ensino primário de 1911. Pioneiro em Portugal da Psicologia Experimental, criou o primeiro laboratório nesta área. Conhecia em profundidade os principais psicólogos europeus do seu tempo, tendo privado com Henri Piéron (colaborador de Binet), cursou no Instituto Jean-Jacques Rosseau, em Genebra, com Edouard Claparède e Paul Godin.

De seu nome completo Augusto Joaquim Alves dos Santos, o nosso ilustre conterrâneo nasceu em 14 de Outubro de 1866, na Freguesia de Cabração, tendo falecido em 17 de janeiro de 1924 na cidade de Coimbra onde viveu e se distinguiu.

Entre os inúmeros cargos que exerceu, o Dr. Alves dos Santos foi Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Ministro do Trabalho e por três vezes eleito deputado pelo círculo de Coimbra entre 1910 e 1921, chegando inclusivamente a presidir à Câmara dos Deputados. Foi ainda Diretor da Biblioteca da Universidade de Coimbra e, um ano após a implantação da República, Chefe do Gabinete do Presidente do Governo provisório.

Foi um eminente teólogo, tendo frequentado o curso de Teologia do Seminário de Braga e recebido ordens sacras. Comendador da Ordem de Santiago em 1904, lecionou Grego e Hebraico no Liceu de Coimbra, Pedagogia, Psicologia e Psicologia Infantil nomeadamente na Escola Normal Superior daquela cidade e, entre inúmeras cadeiras, Pedagogia, Psicologia e Lógica, História da Filosofia e Psicologia Experimental na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A ele se deveu a instalação do Laboratório de Psicologia daquela Faculdade, no qual também desempenhou as funções de Diretor.

A sua obra literária é igualmente vasta, sendo de destacar os seguintes trabalhos:

  • “Concordismo e Idealismo”, publicado em 1900;
  • “O Problema da origem da família e do matrimónio em face da Bíblia e da Sociologia”, editado em 1901;
  • “A nossa escola primária – o que tem sido e o que deve ser”, em 1910;
  • “O ensino primário em Portugal, nas suas relações com a história geral da nação”, em 1913;
  • “Elementos de filosofia científica”, em 1918;
  • “Portugal e a Grande Guerra” (duas conferências), Coimbra, 1913;
  • “Psicologia experimental e Pedagogia”, Coimbra, 1923.

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A foto, publicada na revista “Ilustração Portugueza” de 28 de janeiro de 1922, mostra a visita do Dr. Alves dos Santos, na qualidade de Ministro do Trabalho, ao asilo D. Maria Pia 

Transcreve-se o assento paroquial de batismo de Manoel Joaquim Rodrigues dos Santos, pai de Augusto Joaquim Alves dos Santos, também ele natural da Freguesia de Cabração, concelho de Ponte de Lima, cuja imagem junto se reproduz.

“Manoel Joaquim filho legitimo de Antonio Jose Rodriguez dos Sanctos, e de Anna Joaquina Dantas do Lugar da Egreja desta freguesia de Santa Maria da Cabração julgado de Ponte de Lima; nasceo no dia quinze de Agosto de mil oito centos trinta, e nove, foi baptizado solenemente na pia Baptismal desta Igreja, com imposição dos sanctos oleos, no dia dezoito do ditto mês, por mim padre Joao Antonio Pereira de Amorim Paroco desta Igreja. Forao padrinhos, Joao Antonio Rodrigues, solteiro (…) Maria Joanna Rodrigues solteira ambos (…) e do mesmo Baptizado. Nepto Paterno de Joao Rodrigues dos Sanctos, e de Maria Affonso do Lugar da Igreja desta mesma (…) materno do Padre Manoel Jose de (…), e de Rosa Maria de Antas solteira, ambos da freguesia da Labruje, Lugar do Socorro. Pª constar fiz este assento que assino: era dia mês comes est. Supra.

O Paroco Joao Antº Perª de Amorim Vigº”

(Arquivo Distrital de Viana do castelo. Fundo paroquial de Ponte de Lima – Cabração. Livro de baptismos. Nº. do livro: 2 Fls 4 Cota 3.13.1.31)

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O Dr. Alves dos Santos (segundo a contar da direita) foi Ministro do Trabalho no governo do Dr. Cunha Leal

A revista “Ilustração portuguesa” de 26 de janeiro de 1924, publicou a notícia do falecimento do Dr Alves dos Santos.

PONTE DE LIMA: ANTÓNIO MANUEL GOMES HASTEOU EM 1919 A BANDEIRA DA MONARQUIA NA CABRAÇÃO – DECORRIA A “MONARQUIA DO NORTE” CHEFIADA POR PAIVA COUCEIRO!

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A casa do Carmo, assim designada por ter pertencido a uma família com esse apelido (antecessora dos Santos), conserva na fachada o escudo nacional que evoca a adesão do seu antigo proprietário à "Monarquia do Norte" em 1919

A revolta conhecida por “Monarquia do Norte” estalou no Porto em 1919 sob o comando de Paiva Couceiro. O movimento obteve enorme adesão em quase toda a região norte do país. Ponte de Lima não foi excepção à regra e aqui, a freguesia da Cabração foi uma das que contou com numerosos adeptos à causa monárquica.

Alguns partiram para a linha da frente dar combate às forças republicanas. O entusiasmo levou António Manuel Gomes – um dos partidários da causa realista – a içar a bandeira monárquica na sua própria casa, sita no lugar de Além.

Executado por um tio a seu pedido, a casa ainda ostenta na fachada o escudo nacional sem coroa real, a testemunhar ocorrências históricas com mais de um século.

Este tema foi abordado na edição de 1994 da revista “O Anunciador das Feiras Novas” que se publica em Ponte de Lima.

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António Manuel Gomes e esposa, Maria Joaquina dos Santos (prima em 1º grau do Dr. Augusto Joaquim Alves dos Santos). A foto data do início do século XX.

Transcrição do assento de Baptismo de António Manuel Gomes, em 1881, na Igreja Paroquial de Santa Maria da Cabração.

Certidão de baptismo de António Manuel Gomes

Cabração. 9/9/1881 – f. Cabração. 26/8/1965

Aos quinze dias do mêz de septembro do anno de mil oito centos oitenta e um, n’esta parochial Egreja de Sancta Maria da Cabração, concelho de Ponte do Lima, Archidiocese de Braga Primaz, baptizei solennemente e pûz os sanctos olêos a um individuo do sexo masculino a que dei o nome de Antonio, que nascêo n’esta freguezia no dia nove do ditto mêz e anno pelas dêz horas da manhã, filho legitimo e primeiro d’este nome de João Luiz Gomes e sua mulher Anna Maria de Mattos, lavradores, naturaes e moradores no lugar da Ballouca, que é d’esta freguezia, n’ella recebidos e d’ella parochianos; nepto paterno de Manoel Antonio Gomes e de sua mulher Bernardina Joanna Alves, lavradores, naturaes e moradores no lugar da Escuza, que é d’esta freguezia; e materno de João Manoel de Mattos e de sua mulher Maria do Carmo, lavradores, naturaes e moradores no lugar d’Alem, que é d’esta freguezia. Foram seos padrinhos João Manoel de Mattos Junior, solteiro, tio do baptizado, lavrador, natural e morador no lugar d’Alem que é d’esta freguezia, e Emilia d’Azevedo de Mattos, solteira, tia do baptizado, lavradora natural e moradora no lugar d’Alem que é d’esta freguezia, os quaes todos sei serem os proprios. E para constar lavrei em duplicado o presente assento, que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos, o passo a assignar, e junctamente o padrinho e madrinha por saberem lêr e escrever. Erat est supra.

O padrinho - Joao Manoel de Mattos Junior

A madrinha – Emilia d’Azevedo de Mattos

O Parocho Jose Miguel Domingues Carreira

VIANA DO CASTELO: QUEM É O VIANENSE D. LOURENÇO DE ALMADA – SENHOR DO PAÇO DE LANHESES – A CUJOS ANTEPASSADOS DEVEMOS A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL EM 1640?

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O Paço de Lanheses pertence aos condes de Almada e Avranches desde o século XIX.

A 30 de Março de 1818, o conde D. Antão José Maria de Almada aceita casar em Lisboa com a herdeira desta propriedade, D. Maria Francisca de Abreu Pereira Cirne Peixoto, filha única de Sebastião de Abreu Pereira Cirne Peixoto, 1º senhor da então Vila Nova de Lanhezes.

Ao fazê-lo assume o seu lugar na casa, que pertencia à família desde o século XVI.

Hoje a sua representação está em D. Lourenço José de Almada, nascido em Abril de 1961, natural de Lanheses, pai de três filhos, que a reparte com sua mãe e seus quatro irmãos.

Falar dos antepassados desta tão antiga e aristocrática família é o mesmo que falar da História de Portugal. Por terra e por mar, com carácter e nobreza cavalheiresca, os Almada lutaram sempre pelos seus ideais e pela pátria, participando em acontecimentos com influência no resto da Europa e do Mundo.

Não assumindo actualmente uma participação directa na governação da sua nação, primeiro pela Monarquia Constitucional e depois pela República, em cujas políticas nunca se reviu, assiste com preocupação à má gestão do Património e Tradições que tem como seu legado.

Fonte: https://www.pacodelanheses.com/pt/

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PONTE DE LIMA: QUEM FOI MANUEL JOAQUIM RODRIGUES DOS SANTOS – NATURAL DA CABRAÇÃO – PAI DO ILUSTRE LIMIANO AUGUSTO JOAQUIM ALVES DOS SANTOS

“Manuel Joaquim filho legítimo de Antonio Jose Rodriguez dos Sanctos, e de Anna Joaquina Dantas do lugar da Egreja desta freguezia de Sancta Maria da Cabração julgado de Ponte doLima; nasceo no dia quinze de Agosto de mil oito centos trinta, e nove, foi baptizado solenemente na pia Baptismal deste Igreja, com imposição dos sanctos oelos, no dia dezoito do ditto mês, por mim Padre Joao Antonio Pereira de Amorim Paroco desta Igreja. Forao padrinhos, Joao Antonio Rodrigues solteiro, (…) Maria Joanna Rodrigues solteira ambos (…) e do mesmo Baptizado. Nepto Paterno de João Rodrigues dos Sanctos, e de Maria Affonso do Lugar de Igreja desta mesma materno do Padre Manoel Jose de (…), e de Rosa Maria de Antas solteira, ambos da freguezia da Labruje, Lugar do Socorro, Pª constar fiz este assento que assino: era dia e mês est supre.

O Paroco Joao Antº Perª de Amorim Vigº”

Transcrição do assento de baptismo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos, pais de Augusto Joaquim Alves dos Santos.

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo. Fundo Paroquial de Ponte de Lima – Cabração. Livro de batismos. Nº. do livro: 2. Fls. 4 Cota 3.13.1.31.

Foto existente na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, cedida ao autor

CANTOR ZECA AFONSO FALECEU HÁ 36 ANOS – DESCENDIA DE LIMIANOS!

Cantor Zeca Afonso descendia pelo lado materno de famílias limianas

Passam precisamente 36 anos desde a data do falecimento do cantor José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos - vulgo Zeca Afonso.

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José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos de seu nome completo, era filho de José Nepomuceno Afonso dos Santos, natural do Fundão, e de Maria das Dores Dantas Cerqueira. Aliás, Zeca Afonso viveu em Ponte de Lima os primeiros três anos de vida, antes de ter sido levado para Angola.

Sua mãe foi professora primária e nasceu em Ponte de Lima nos começos do século XX. Outros antepassados do cantor eram oriundos de Arcozelo e São Martinho da Gandra. Domingos José Cerqueira, seu avô materno, foi professor de instrução primária em Ponte de Lima. Porém quis o destino que José Afonso viesse a nascer em Aveiro, em 2 de agosto de 1929.

Angola, Moçambique, Belmonte, Coimbra, Faro e Setúbal são algumas referências geográficas que se encontram na rota da sua vida. Ponte de Lima é, porventura a menos conhecida. De resto, além de não ter ao que se saiba vivido alguma vez em terras limianas, também não deverá ter encontrado matéria-prima para as suas letras, apesar da fonte de inspiração que o rio Lima sempre constituiu para muitos poetas.

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Domingos Cerqueira – autor da “Cartilha Escolar” e tio materno de Zeca Afonso – nasceu em Ponte de Lima!

QUEM É D. AFONSO DE SANTA MARIA – 20º DUQUE DE BARCELOS?

Sua Alteza Real O Senhor Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael, 9º príncipe da Beira e por mercê d’El Rei D. Sebastião I, 20º duque de Barcelos, nasceu a 25 de Março de 1996.

Afonso foi baptizado na Sé Catedral de Braga no dia 1 de Junho de 1996. Foi celebrado pelo Arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira. Teve como padrinhos, D. Afonso de Herédia, irmão da Duquesa de Bragança e a Princesa Elena Sofia de Bourbon e Sicilles. No dia seguinte, foi Consagrado à Senhora da Oliveira, na Igreja de Santa Maria da Oliveira, em Guimarães, cerimónia celebrada por Monsenhor José Pinto de Carvalho.

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