FOLIADA JUNTA GALEGOS EM LISBOA

Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]


O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, esteve esta quarta-feira em Lugo com o principal objetivo reforçar os laços entre as duas cidades, que são geminadas desde 1990.
Depois de, em setembro, o Alcalde de Lugo, Miguel Fernández, ter visitado a Princesa do Lima e diversos equipamentos da cidade, no âmbito do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, o autarca vianense foi agora à cidade irmã para “aprofundar relações” face aos desafios de futuro. Luís Nobre enalteceu o trabalho conjunto nestes 35 anos de geminação, uma “longevidade muito significativa”, reforçando a intenção de trabalhar em parceria face aos desafios de futuro.
“Esta visita é essencial para darmos densidade a áreas e dimensões que temos trabalhado, mas há outras que temos que incorporar, dentro do que são os desafios das cidades e das suas áreas urbanas. Trabalhamos sempre muito bem a área da cultura, da partilha de iniciativas, eventos e manifestações artísticas e musicais, mas temos de atualizar e aprofundar essa relação”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Luís Nobre explicou que a intenção passa por “abrir a outros domínios” o trabalho conjunto, dando como exemplos “a economia, a partilha de experiências e da sua complexidade em termos do que são as ambiências urbanas, novos desafios, inovação e integração dos princípios da mobilidade sustentável”.
O autarca vianense enfatizou que a colaboração entre as cidades vai além das tradicionais esferas culturais e artísticas. Referiu ser “vital” que Viana do Castelo e outras cidades irmãs aproveitem esta oportunidade para estreitar laços em áreas como o desenvolvimento económico e a tecnologia.
“Estamos diante de um mundo em constante mudança, onde a tecnologia desempenha um papel crucial na formação de cidades mais inteligentes. Precisamos unir forças para abordar a infraestrutura digital, promover a inovação e garantir que os nossos cidadãos tenham acesso às mais recentes ferramentas e recursos. Esse é um caminho que, se trilhado em conjunto, pode beneficiar todos,” defendeu, frisando a importância de formar consórcios que promovam iniciativas conjuntas.
Neste encontro participaram também o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Vázquez Mao, e o vereador Mauricio Repetto, da Área de Dinamización Económica e Relações Institucionais de Lugo.
Já o autarca da cidade galega, Miguel Fernández, destacou que “Lugo e Viana do Castelo não são apenas cidades geminadas, mas urbes com estratégias comuns centradas no âmbito do património”.
Na visita a Lugo, os dois autarcas percorreram algumas novas zonas pedestres, que surgiram como parte de um projeto que quer Viana do Castelo quer Lugo desenvolvem, de criar cidades abertas, sustentáveis, verdes e feitas para viver comodamente.
Estas visitas inserem-se na estratégia do Eixo Atlântico de promover a colaboração entre cidades da Galiza e do Norte de Portugal, reforçando o desenvolvimento sustentável, a coesão social e a identidade cultural da região.






A Eurocidade Cerveira-Tomiño e o Aquamuseu do Rio Minho promovem, nos dias 28 e 29 de novembro, o XII Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho, um encontro científico e técnico aberto à comunidade que visa refletir sobre os principais desafios ambientais deste importante curso de água transfronteiriço. Pela segunda vez, este evento bienal realiza-se fora de Vila Nova de Cerveira - depois da 2.ª edição ter decorrido em Melgaço - acontecendo no Espazo Isaura Gómez, em Tomiño.
Durante dois dias, investigadores, técnicos e gestores ambientais de Portugal e da Galiza vão partilhar conhecimento e debater temas como a qualidade da água e poluição no rio Minho e afluentes, a gestão de espécies autóctones e exóticas (presente e ameaças futuras), o estado atual das populações de peixes migradores e a literacia e cidadania ambiental.
A abertura do encontro está a cargo da alcaldesa de Tomiño, Sandra Gonzalez, e do vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, António Quintas, e entre as entidades participantes destacam-se o CIIMAR – Universidade do Porto, o MARE – Universidade de Lisboa, o IPMA, a Universidade de Santiago de Compostela, a Junta da Galiza, o Instituto de Investigações Marinhas (CSIC), a Universidade de Vigo e a Associação Herpetológica Espanhola, entre outras instituições científicas e ambientais de referência.
O programa inclui ainda um workshop temático subordinado ao tema “Da conservação à inovação: conciliar espécies autóctones e exóticas. Qual o contributo da tecnologia científica?”, que apresentará projetos e soluções aplicadas noutras regiões, com o objetivo de inspirar respostas inovadoras aos desafios que se colocam à bacia do rio Minho.
O XII Simpósio Ibérico sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Minho reforça o compromisso de cooperação transfronteiriça entre Cerveira e Tomiño e promove uma reflexão conjunta sobre a biodiversidade, a sustentabilidade e o futuro comum do rio que une os dois territórios. Pela sua essência integra a operação 0177_Eurocidade_CT_ADAPT_1_P, cofinanciada em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através da convocatória INTERREG VA POCTEP.
Para mais informações e/ou inscrições, os interessados devem contactar o Aquamuseu do Rio Minho, através do telefone 251 708 026 ou do email aquamuseu@cm-vncerveira.pt. O programa completo está disponível em: https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/pages/594

O Grupo Folclórico Colexiata do Sar, proveniente de Santiago de Compostela, vai no próximo dia 22 de novembro deslocar-se a Lisboa a fim de participar nas comemorações dos 117 anos da Xuventud de Galicia – Centro Galego de Lisboa onde, além da atuação prevista, atuará também durante a celebração da missa solene.
De acordo com a sua apresentação oficial, “A Agrupación Folclórica Colexiata do Sar e a súa Escola de Danza e Música Tradicional fundáronse no ano 1980 no barrio de Sar (Santiago de Compostela), co obxectivo de difundir o folclore, a danza, a música e a vestimenta tradicional de Galicia.”





A Xuventude de Galiza – Centro Galego de Lisboa foi fundada em 10 de Novembro de 1908, precisamente num período marcante do associativismo popular caracterizado pelo surgimento de numerosas associações, incluindo os primeiros grémios regionalistas, posteriormente designados por casas regionais. As celebrações vão ter lugar no próximo dia 23 de novembro.
As afinidades étnicas, históricas e culturais que nos ligam à Galiza e ao povo galego não nos podiam deixar indiferentes à sua presença nomeadamente em Lisboa onde a colaboração entre minhotos e galegos deveria, em nosso entender, ser mais estreita.
A presença de galegos entre nós remonta aos primórdios da Reconquista e da formação da nacionalidade. Porém, o fenómeno da imigração galega entendida enquanto tal teve o seu começo a partir do século XVII, facto a que não é certamente alheia a situação política da época caracterizada pela dominação filipina. Vinham sobretudo para a lides dos campos, ocupar-se em trabalhos sazonais, procurando obter o indispensável para regressarem às origens e providenciarem o sustento da família. Mas também havia os que se estabeleciam nas cidades, nomeadamente em Lisboa, dedicando-se às mais variadas profissões e ofícios.
Por essa altura, no alto de uma colina do sítio de Alcântara já se encontrava construída a Capela de Santo Amaro que viria a tornar-se o local mais concorrido dos galegos que viviam em Lisboa, tornando-se palco de festas e romarias em homenagem àquele que se tornara o seu padroeiro nesta cidade. Com efeito, a pequena ermida foi erguida na sequência de uma promessa feita por frades da Ordem de Cristo que, numa viagem de regresso de Roma, a nau em que vinham foi acometida de temporal no mar e, perante o receio de naufrágio, prometeram construir uma capela no local onde aportassem sãos e salvos.
De traça renascentista, a ermida apresenta forma circular e é rodeada por um átrio. A capela original foi construída em 1549 e constitui, muito provavelmente, a atual sacristia. A Capela de Santo Amaro está classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Julho de 1910.
Com o tempo, a presença de galegos foi crescendo em número, tendo passado a concentrar-se preferencialmente nas cidades de Lisboa e Porto. Por altura da “Guerra das Laranjas” ocorrida em 1801, altura em que perdemos Olivença, chegou a ser aventada a possibilidade da sua expulsão a qual, proposta que contou com a oposição do Intendente da Polícia porque tal resultaria em deixar de ter “quem servisse as cidades de Lisboa e Porto”. Acredita-se, porém, que em consequência do crescimento económico verificado a partir da segunda metade do século XIX, a comunidade galega tenha atingido perto de trinta mil indivíduos, a maioria dos quais a viver em Lisboa.
Como costuma dizer-se, os galegos eram então pau para toda a obra. Havia entre eles taberneiros e carvoeiros, moços de fretes e hospedeiros. Eça de Queirós, na sua obra “Os Maias”, faz-lhes frequentes alusões, confundindo-os embora com espanhóis. Porém, é a profissão de aguadeiro que mais o identifica e fica associado na vida lisboeta. Com a sua indumentária característica e a respetiva chapa de identificação municipal no boné, o aguadeiro galego percorria a cidade vendendo a água em barris. E era vê-los a abastecer-se nos chafarizes e fontes do Aqueduto das Águas Livres, nas bicas que lhes estavam reservadas pelo município a fim de evitar as brigas que frequentemente ocorriam. De referir que, até ao início do século XX, a maioria da população lisboeta era forçada a recorrer aos fontenários uma vez que poucas eram as habitações que dispunham de água canalizada. Os aguadeiros organizavam-se em companhias e, uma vez que tinham a primazia do abastecimento de água, eram ainda obrigados a participar no combate aos incêndios.
Outra das atividades pela qual ficaram particularmente conhecidos consistiu na venda dos palitos fosfóricos, então feitos de enxofre que tinham de ser mergulhados num pequeno frasco de ácido sulfúrico. Dada a sua utilização demorada e ainda pouco prática, os palitos fosfóricos ficaram então conhecidos por “espera-galego”, criando-se desse modo uma imagem que passou a conotar de forma algo injusta os próprios galegos, sugerindo tratarem-se de mandriões. Porém, a colónia galega não se ocupava apenas das profissões mais labregas, por assim dizer humildes, mas destacava-se em todas as áreas sociais, muitas das quais de grande relevo, tendo nomeadamente eleito vereadores para a edilidade lisboeta como sucedeu com o escritor Carlos Selvagem. É, aliás, no início do século que surge na zona da Graça, em Lisboa, por iniciativa de um empresário galego, um bairro para os trabalhadores da sua fábrica que desperta ainda grande curiosidade devido à simbologia ali sempre presente – o Bairro Estrela d’Ouro.
Todos os anos, por ocasião do dia que é consagrado a Santo Amaro e que ocorre em meados do mês de Janeiro, uma autêntica multidão acorria à Romaria de Santo Amaro para festejar o seu padroeiro. Rezam as crónicas da época que, em redor da capela, era um ver de gaitas-de-foles e pandeiretas e um nunca mais acabar de xotas e muiñeiras, carballesas e foliadas. Contudo, esta festa foi perdendo o seu fulgor e deixou de realizar-se. A própria capela veio a encontrar-se ao abandono, chegando uma das suas dependências a ser utilizada como armazém de carvão.
Entretanto, em 1908, os galegos que vivem em Lisboa constituíram a sua própria associação – a Xuventude de Galicia (Centro Galego de Lisboa). E, em meados do século passado, passaram a celebrar o dia 25 de Julho em homenagem a S. Tiago, Padroeiro da Galiza. E, para o festejar, escolhiam então uma velha capelinha atualmente em ruína, situada no Alto da Boa Viagem, junto ao farol do Esteiro, em Caxias, e para lá acorriam juntamente com os minhotos, o mesmo é dizer os “galegos d’aquém Minho”. Mas, à semelhança do que antes sucedera com a Romaria de Santo Amaro, também esta acabou votada ao esquecimento e deixou de ser celebrada. Também, há pouco mais de meio século, criaram o grupo “Os Anaquiños da Terra” que procura manter e divulgar as tradições folclóricas das gentes da Galiza.
Em virtude da sua identidade cultural e sobretudo linguística, a comunidade galega encontra-se presentemente integrada na sociedade portuguesa a tal ponto que não se faz notar pela forma de estar ou de se exprimir. Pese embora os acontecimentos históricos terem determinado a separação política de um povo que possui raízes comuns, portugueses e galegos continuam irmanados do mesmo sentimento que os une e do supremo ideal de virem ainda um dia a construir uma só nação. Como disse Ramón Cabanillas, no seu poema “Saúdo aos escolares Lusitanos”:
Irmáns no sentimento saudoso!
Mocedade da pátria portuguesa!
Este homilde fogar galego é voso.
É voso este casal,
onde vive a soñar, orante, acesa,
a alma da Galiza e Portugal!










![]()
Paço de Giela, em Arcos de Valdevez, onde nasceu D. Leonel de Lima em 1403
De origens galegas, Leonel de Lima (c.1403 – 13 de abril de 1495) foi o primeiro Visconde do Reino de Portugal, tendo recebido o título de Visconde de Vila Nova de Cerveira, durante o reinado de Afonso V.
Leonel de Lima foi filho de Fernão Anes de Lima e de sua mulher Teresa da Silva (filha de João Gomes da Silva, 2.º Senhor de Vagos e Conselheiro de D. João I de Portugal, e de sua mulher Margarida Coelho). Tinha um irmão mais velho, Álvaro Rodrigues de Lima, e uma irmã mais nova, Maria de Lima, Abadessa de Santa Clara de Pontevedra.
A sua data de nascimento é de 1402 ou 1403, uma vez que à data da sua morte, 13 de Abril de 1495, já contava com 92 anos, segundo o testemunho dum Cronista Franciscano (Frei Pedro de Jesus Maria José).
Em 24 Janeiro de 1429, o rei D. João I confirmou as herdades de seu irmão Álvaro, morto nos princípios do ano 1429 sem sucessão. Estes lugares e terras foram: Fraião, Coura, São Martinho, Santo Estêvão, Jaraz, Val de Vez e o Paço da Giela, na Freguesia de Giela, que o Rei D. João I doara a seu pai, Fernão Anes de Lima, em 1398.
Possuía várias terras, senhorios e cargos no Minho, entre os quais Vila Nova de Cerveira, que lhe doou o Rei D. Afonso V a 21 de Outubro de 1471, e foi nomeado Visconde daquela terra a 4 de Maio de 1476. Também foi o primeiro Alcaide-Mor do Castelo de Ponte de Lima.
Os Viscondes D. Leonel e D. Filipa foram sepultados na Capela de Nossa Senhora de Piedade no Convento de Santo António de Ponte de Lima.
Fonte: Wikipédia
Vista geral da fachada poente do Paço da Giela, ou Solar dos Limas e da zona envolvente, no Lugar do Paço, em Arcos de Valdevez, em 1938. | Fonte: Arquivo Municipal do Porto
EURICO, Pedro - Figuras do passado. Ponte de Lima: Lisboa : Tip. Editora José Bastos, 1915. Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima

O mar da costa de Âncora até Caminha 𝗽𝗿𝗲𝘀𝗲𝗻𝘁𝗲𝗼𝘂 𝘂𝗺 𝗱𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗮𝗿𝗺𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗷𝗼𝘃𝗲𝗻𝘀 𝗰𝗼𝗺 com um magnífico exemplar: 𝘂𝗺𝗮 𝗱𝗼𝘂𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗱𝗲 𝟯,𝟲𝟬𝟬 𝗸𝗴.
Apesar deste belo prémio, 𝗮𝗻𝗼 𝘁𝗲𝗺 𝘀𝗶𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝘂𝗹𝗮𝗿𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗶𝗳𝗶́𝗰𝗶𝗹 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗽𝗲𝘀𝗰𝗮 𝗽𝗿𝗼𝗳𝗶𝘀𝘀𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 não apenas para as embarcações de Vila Praia de Âncora, mas em todo o país. As capturas diminuíram de forma acentuada. Uns dizem que é apenas um 𝗰𝗶𝗰𝗹𝗼 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗺𝗮𝗿, outros apontam a 𝗽𝗼𝗹𝘂𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗼 𝗮𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗲𝘀𝗽𝗲́𝗰𝗶𝗲𝘀 𝗽𝗿𝗲𝗱𝗮𝗱𝗼𝗿𝗮𝘀 como principais causas.
Mas há algo que nunca muda: 𝗮 𝗰𝗼𝗿𝗮𝗴𝗲𝗺 𝗱𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗽𝗲𝘀𝗰𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀. Mesmo quando o peixe escasseia, 𝗮𝘃𝗲𝗻𝘁𝘂𝗿𝗮𝗺-𝘀𝗲 𝘀𝗲𝗺𝗽𝗿𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗲 𝗮 𝗯𝗮𝗿𝗿𝗮 𝗼 𝗽𝗲𝗿𝗺𝗶𝘁𝗲 mantendo viva uma tradição que atravessa gerações.
Vila Praia de Âncora, 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗮𝗻𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗼 𝗹𝗶𝘁𝗼𝗿𝗮𝗹 𝗻𝗼𝗿𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗹𝗮𝗱𝗼 𝗮𝗼 𝗺𝗮𝗿 𝗱𝗼𝘀 𝗻𝗼𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗵𝗲𝗿𝗺𝗮𝗻𝗼𝘀 𝗴𝗮𝗹𝗲𝗴𝗼𝘀, possui 𝗰𝗼𝗻𝗱𝗶𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗲𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮, com 𝗹𝗼𝘁𝗮 𝗲 𝗺𝗲𝗿𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮 𝘃𝗲𝗻𝗱𝗮 reconhecidos pela qualidade do pescado e pela dedicação dos seus profissionais.
Ainda assim, há melhorias a fazer. A Docapesca - Portos e Lotas, S.A. prepara-se para realizar 𝗮𝗷𝘂𝘀𝘁𝗲𝘀 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗻𝗮 𝗼𝘁𝗶𝗺𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰̧𝗼 𝗱𝗼 𝗠𝗲𝗿𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗦𝗲𝗴𝘂𝗻𝗱𝗮 𝗩𝗲𝗻𝗱𝗮, em articulação com a 𝗔𝘀𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗣𝗲𝘀𝗰𝗮𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗣𝗿𝗼𝗳𝗶𝘀𝘀𝗶𝗼𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗲 𝗗𝗲𝘀𝗽𝗼𝗿𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮 𝗣𝗿𝗮𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗔̂𝗻𝗰𝗼𝗿𝗮, o Caminha Município e a Freguesia de Vila Praia de Âncora para reforçar a qualidade e valorização do nosso pescado.
Por agora, 𝗺𝗮𝗿𝗮𝘃𝗶𝗹𝗵𝗲𝗺𝗼-𝗻𝗼𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗺𝗮𝗴𝗻𝗶́𝗳𝗶𝗰𝗼 𝗲𝘅𝗲𝗺𝗽𝗹𝗮𝗿, que viajou para longe…𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘀𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗿 𝗲𝗺 𝗦𝗨𝗦𝗛𝗜 levando consigo o sabor autêntico da nossa costa.
Carlos Sampaio | Presidente interino Associação Pescadores Profissionais e Desportivos de Vila Praia de Âncora



A Casa das Artes acolhe, no próximo fim de semana, a segunda edição do PLATTA – Festival Transfronteiriço de Teatro Amador, iniciativa que nasceu em 2024 e que reúne companhias de ambos os lados da fronteira: o Grupo Atrezo (Galiza), o Grupo Fénix Teatro (Zamora) e o Grupo Teatro d’Água (Portugal).
Sinopses:
➡️ 𝐒𝐢𝐥e𝐧𝐜𝐢𝐨
Se cada vez que queremos sair das normas, do que dita a moral, dizem-nos SILENCIO.
Se os que supostamente têm que cuidar-nos, proteger-nos constroem armadilhas e ordenam SILENCIO.
Se fizermos caso e nos calarmos só ficará o SILENCIO…. Rompamos O SILENCIO.
➡️ 𝐓𝐞𝐫𝐚𝐩𝐢𝐚
Quem é o louco? Essa é a questão, e a resposta deixa espaço para, pelo menos, uma grande questão.
A peça apresenta esta realidade e fá-lo apelando à comédia, à insensatez que provoca o riso, de modo a aliviar um pouco a angústia que nos causa.
O médico e o seu paciente tentam encontrar as respostas. Será que as vão encontrar?
"Os sãos não são aqueles que não veem as coisas... são aqueles que as veem como todos os outros, mas permanecem em silêncio."
➡️ 𝐀 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐞𝐫𝐧𝐚𝐫𝐝𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐚
Após a morte do segundo marido, Bernarda Alba impõe um luto rigoroso de oito anos às suas cinco filhas, confinando-as dentro de casa e controlando todos os aspetos das suas vidas. A casa transforma-se num espaço de repressão, silêncio e tensão crescente. A presença invisível de Pepe el Romano, pretendente da filha mais velha, desperta ciúmes e rivalidades, revelando os desejos reprimidos, as frustrações e os conflitos internos de cada personagem. Obra-prima do teatro espanhol, A Casa de Bernarda Alba, escrita por Federico Garcia Lorca, é uma crítica poderosa à opressão feminina, às convenções sociais rígidas e à tirania familiar.
Entrada gratuita
Bilhetes disponíveis para levantamento 30 minutos antes do evento.


A Compostela – documento que comprova a realização do Caminho de Santiago – foi entregue este ano a 1.054 peregrinos que iniciaram o percurso em Braga, uma ligeira descida em comparação com igual período do ano passado. Em contrapartida, destaca-se o Caminho da Geira e dos Arrieiros (CGA), que já bateu o seu recorde do ano passado.
O CGA registou até domingo, dia 19, um aumento de 7,3% nas partidas de Braga, evoluindo de 482 para 517 peregrinos em termos homólogos. Se incluirmos todos os pontos de partida, foi percorrido por 692 pessoas, mais duas do que em todo o ano passado.
Segundo o Serviço de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela, este caminho registou, assim, um crescimento de 4,9% no número total de Compostelas emitidas até agora, consolidando-se como uma opção cada vez mais valorizada por quem procura uma peregrinação autêntica e imersiva.
Os dados indicam uma diminuição nas partidas de Braga pelo Caminho Português Central, que registou uma queda homóloga de 9,2%. No entanto, o número global de peregrinos neste percurso cresceu 3,7%.
Caminho | Partidas de Braga (2025) | Partidas de Braga (2024) | Total de Peregrinos (2025) | Total de Peregrinos (2024) | Variação Partidas Braga (%) | Variação Total Peregrinos (%) |
Caminho da Geira e dos Arrieiros | 517 | 482 | 692 | 660 | 7,26% | 4,85% |
Caminho Português Central | 525 | 578 | 95.224 | 91.854 | -9,17% | 3,67% |
Caminho Minhoto Ribeiro | 11 | 4 | 29 | 14 | 175,00% | 107,14% |
Caminho de São Rosendo | 1 | 3 | 24 | 6 | -66,67% | 300,00% |
TOTAL | 1.054 | 1.067 | 95.969 | 92.534 | -1,22% | 3,71% |
Fonte: Serviço de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela, 19 de outubro de 2025.
Apesar da ligeira descida de peregrinos, os dados mostram Braga como um ponto de partida relevante, com um contributo crescente do Caminho da Geira e dos Arrieiros.
Nos últimos nove anos, estima-se que foi percorrido por mais de 7.565 peregrinos, de 5.685 dos quais existe prova fotográfica e pediram a Compostela 3.107 pessoas, segundo as associações que promovem o itinerário.
Entre eles contam-se pelo menos 50 proveniências, sobretudo de Portugal, Espanha e do resto da Europa, mas também do Japão, México, Azerbaijão, China, Porto Rico, Taiwan, Afeganistão, Bahamas, Palestina, Uruguai, Canadá, Nova Zelândia ou Sri Lanka.
O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela do Homem.
Foi apresentado em 2017, em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019, e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, a via do género mais bem conservada do antigo Império Romano Ocidental, e a Reserva da Biosfera
Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos poucos que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.






Valença foi distinguida com a entrega da placa distintiva da classificação do Lanço da Cruz como Património Cultural Imaterial de Portugal, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Património Cultural Imaterial, no dia 17 de outubro.
A cerimónia oficial decorreu em Lisboa e contou com a presença do Secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos, que entregou a distinção ao Município de Valença.
Recorde-se que foi em junho deste ano que a singular e secular tradição do Lanço da Cruz, celebrada entre Cristelo Covo e Sobrada (Tomiño, Galiza), foi oficialmente reconhecida e inscrita neste Inventário Nacional.
Para o Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, “este reconhecimento é um orgulho para Cristelo Covo e Sobrada, para Valença e Tomiño.
O Lanço da Cruz é uma marca da nossa identidade que transpõe fronteiras, partilhada entre galegos e portugueses, e representa uma responsabilidade redobrada na sua preservação e valorização”.
O Lanço da Cruz é uma manifestação única da cultura pascal transfronteiriça, celebrada anualmente na Segunda-feira de Páscoa, unindo as populações das duas margens do rio Minho.
Com esta distinção, Valença passa a contar com dois bens inscritos no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial — o Lanço da Cruz e a tradicional Feira dos Santos de Cerdal — reforçando o seu papel como território de referência na preservação das tradições e da identidade cultural do Alto Minho.



A ligação do Porto a Vigo, na Galiza, prevista para 2032, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença, no distrito de Viana do Castelo.
Com a sua concretização da ligação ferroviária de alta velocidade entre Porto (Campanhã) e Vigo, o tempo estimado de viagem direta entre estas duas cidades passará a ser de 50 minutos, ao invés das atuais 2h22 do serviço Celta, permitindo reforçar a centralidade do Porto e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro no noroeste peninsular.
