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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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EUROCIDADE TUI – VALENÇA JUNTOU MULHERES EMPREENDEDORAS

Na passada sexta-feira, 15 de março, realizou-se, em Tui, mais uma edição do Networking Women Connected.

O objetivo desta iniciativa foi proporcionar um espaço de encontro entre empresárias, empreendedoras e gestoras para ouvir testemunhos, diferentes realidades e criar oportunidades de negócios e colaborações de futuro.

Durante o encontro foi possível testemunhar os depoimentos da Vereadora do Emprego e Igualdade da Câmara Municipal de Tui, Ana Núñez, Chus Lago, Arantxa Treus e da Câmara Municipal de Valença, Ana Paula Xavier.

Além destas individualidades, tiveram voz várias mulheres empresárias, empreendedoras e gestoras, de destaque de Espanha e Portugal, para dar a conhecer as suas experiências individuais e coletivas.

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O AECT DA EURORREGIÃO GALICIA - NORTE DE PORTUGAL APROVA EM ASSEMBLEIA O PLANO DE ATIVIDADES E ORÇAMENTO DE 2024:

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  • IMPLEMENTAR OS NOVE PROJETOS EUROPEUS EM EXECUÇÃO, INTENSIFICAR A COOPERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DE PROXIMIDADE
  • A MOBILIDADE CULTURAL, ACADÉMICA E CIENTÍFICA
  • CONTINUAR A TRABALHAR PARA MELHORAR AS CONEXÕES FERROVIÁRIAS NA EURORREGIÃO E QUE SE MATERIALIZE O ESTATUTO DO TRABALHADOR TRANSFRONTEIRIÇO

A Assembleia e o Conselho Superior do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial da Eurorregião Galicia - Norte de Portugal reuniram-se hoje, na sua sede em Vigo, com a presença do Director Xeral de Relacións Exteriores e coa UE da Xunta de Galicia, Jesús Gamallo, da Directora Xeral de Administración Local da Xunta de Galicia, Natalia Prieto, dos Vice Presidentes da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte de Portugal, Instituto Público (CCDR-NORTE, I.P.), Célia Ramos, Jorge Sobrado e Ana Gomes, e do Diretor e o Subdiretor do AECT da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, Nuno Almeida e Xosé Lago.

O objetivo da sessão foi aprovar o plano de atividades e o orçamento do AECT para 2024, para poder implementar os nove projetos europeus em execução, após o repasso das principais atividades desenvolvidas em 2023. Entre elas se destaca a assinatura, em Vigo, no passado mês de novembro, do protocolo entre o AECT da Eurorregião Galicia - Norte de Portugal e o Conselho Sindical Interregional Galicia – Norte de Portugal, para melhorar as condições laborais dos trabalhadores transfronteiriços, a realização do 2º Encontro das AECT Ibéricas, para avançar na cooperação transfronteiriça. Além de outras atividades, o AECT organizou, em junho de 2023, em Matosinhos (Portugal) o 1º Seminário de Diretores e Editores de Meios de Comunicação da Eurorregião para debater a situação no setor e encontrar novas vias de colaboração.

A ASSEMBLEIA E O CONSELHO SUPERIOR DO AECT COMPROMETERAM-SE A:

  • Continuar a apoiar a mobilidade académica, com o programa de êxito Iacobus, de cooperação com as Universidades, projeto da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, e que neste 2024 celebra 10 anos e se amplia para uma Rede Eurorregional de Conhecimento e Inovação. Neste sentido, iremos lançar este ano novas convocatórias para Estadias de investigação, Publicações Científicas e Patentes. Desde o seu início, o Programa Iacobus conseguiu desenvolver a cooperação transfronteiriça no âmbito da I+D+I entre Universidades, Centros Tecnológicos e Institutos Politécnicos da Eurorregião.
  • Seguir a incentivar o intercâmbio cultural na Eurorregião, através do programa Nortear, e a cooperação transfronteiriça noutros setores estratégicos para a Galiza e o Norte de Portugal, como o turismo, através do projecto Clustertur_GNP, que pretende a criação de um clúster transfronteiriço na Eurorregião.
  • Colaborar na cooperação no setor aeroespacial, da energia verde e do agroindustrial, através de outros programas em execução pelo AECT.
  • Fomentar a mobilidade geográfica e a cooperação de proximidade. O AECT da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal continua envolvida na reclamação de um Estatuto do Trabalhador Transfronteiriço, além da melhoria urgente nas conexões ferroviárias, com a aposta no comboio de alta velocidade Vigo - Porto, reafirmando as especificidades da Eurorregião com os Governos dos dois países, ainda que sem avanços nas últimas Cimeiras Ibéricas, de Viana do Castelo, novembro de 2022, e Lanzarote,  março 2023. O AECT está a desenvolver um grupo de trabalho com as diferentes entidades transfronteiriças para a próxima Cimeira Ibérico deste ano.

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CAMINHO DA GEIRA ABRE TERCEIRO ALBERGUE E HÁ MAIS PROJETADOS

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O albergue de acolhimento tradicional “Repouso do Caminhante”, localizado em Beariz, na província galega de Ourense, é o terceiro a abrir no Caminho da Geira e dos Arrieiros. Existem outros três projetos semelhantes em desenvolvimento.

A reabilitação da casa começou no final do ano passado, durou quatro meses e tem capacidade para receber seis pessoas, em três beliches. Contudo, em caso de necessidade, o número pode duplicar com recurso a colchões e sacos-cama.

“Encantei-me pela casa e pensei que seria ideal para montar uma biblioteca, com cerca de quatro mil livros meus, onde eu e outras pessoas pudéssemos passar tempo com tranquilidade. No entanto, mudei de ideias e embarquei nesta aventura”, explica José Balboa Rodríguez, escritor, filósofo e Cavaleiro da Ordem de Santiago.

O edifício de dois pisos – composto por uma casa de habitação e um curral – tem 200 anos e estava em ruínas quando foi adquirido por José Balboa Rodríguez que, aos 87 anos, teve a “ousadia de se lançar num projeto como este, por muito pequeno que seja”, com o apoio da sua esposa, Lorena.

Ainda existem “pormenores por concluir e o telhado será substituído mais tarde”, mas o “Repouso do Caminhante” está pronto para receber os primeiros peregrinos, no dia 20 de março.

Além do espaço ocupado pelos beliches, o albergue possui instalações sanitárias com duche, uma cozinha equipada com o essencial, incluindo fogão, frigorífico, louça e talheres, e uma área para estender roupa.

O albergue funciona com base em donativos. “Não tenho qualquer interesse económico. O que desejo é que seja um lugar onde os peregrinos possam descansar com toda a tranquilidade. E que seja um estímulo, que contagie outros a fazer o mesmo. Se deixarem um donativo para pagar a eletricidade e outras despesas, bendito seja Deus. E se não deixarem, bom caminho de qualquer maneira”, afirma o escritor.

A espiritualidade do Caminho e a luta contra a desertificação são duas razões que o motivam: “Acredito que o Caminho é um autêntico cordão umbilical para que as aldeias e o mundo rural por onde passa possam progredir ou renascer”, explica.

Nas proximidades do albergue, a menos de 200 metros, existem uma farmácia, banco, lavandaria, talho, mercearia e um restaurante. José Balboa Rodríguez apenas pede aos peregrinos que, sempre que possível, reservem a estadia com dois ou três dias de antecedência para que se possa atender a qualquer necessidade.

Além do “Repouso do Caminhante”, os peregrinos do Caminho da Geira e dos Arrieiros já podem usufruir dos albergues público de Santiago de Caldelas, no concelho de Amares, e privado de Couso-Pontevea (donativo). No verão, está previsto iniciar a reabilitação da aldeia de Varziela, em Castro Laboreiro, que incluirá um albergue. Está em desenvolvimento outro projeto, na zona da fronteira, que também prevê prestar apoio a peregrinos. A localidade de Béran, onde se encontra o Km 100 deste caminho, deverá igualmente dispor de um albergue a curto prazo.

O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela Homem.

Nos últimos seis anos foi percorrido por quase quatro mil peregrinos, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de outros 13 países europeus, e do Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbeijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina ou Uruguai.

Foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).

O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, via do género mais bem conservada do antigo império ocidental romano, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.

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BTT EUROCIDADE TUI-VALENÇA ESTÁ DE REGRESSO A 17 DE MARÇO

Valença e Tui preparam-se para receber mais uma edição do BTT Eurocidade, a prova rainha do calendário desportivo da Eurocidade, no domingo 17 de março.

A prova, de carácter internacional e não competitiva, contará com um percurso curto de 45 km’s preparado para desfrutar das belezas naturais, paisagísticas e patrimoniais da região. Este percurso terá um grau de dificuldade física média-alta, com um declive positivo de 1.000 mts, acessível para os ciclistas com uma certa preparação física.

O Monte do Faro, este ano, será o grande protagonista da prova que vai proporcionar, ainda, passagens pelo Monte Aloia, ponte centenária internacional, centros históricos de Valença e Tui, bem como as margens ribeirinhas do Minho.

A apresentação pública da prova decorreu ontem, 6 de março, no Centro Interfederado de Tui. No ato o Vereador do Desporto, Arlindo Sousa, destacou a importância “desta prova para mostrar a riqueza natural, patrimonial e cultural do nosso território”.

O percurso longo de 80 km’s está destinado aos atletas mais experientes e capacitados, para que possam mostrar toda a sua destreza e capacidade técnica. Este percurso exige uma elevada aptidão física, dificuldade e técnica média e terá um declive positivo de 2.000 mts.

A saída estará localizada, como habitualmente, na Avenida da Juventude, em frente à Piscina Municipal de Valença e a meta, na Praça da República, na Fortaleza.

As inscrições podem ser feitas no site www.biciosos.gal, até este domingo 10 de março. Os interessados em obter mais informações podem contactar a organização pelos telefones 0034986604431 ou 0034644524425.

Por questões logísticas a prova está limitada a 1200 participantes. A saída dos primeiros 500 ciclistas decorrerá por ordem de inscrição.

Para os familiares dos atletas em prova está agendada uma caminhada a cargo do grupo AndaTui, os interessados podem-se inscrever na página www.biciosos.gal.

A organização é da Eurocidade Tui Valença, da Peña Ciclista Biciosos Rias Baixas com o apoio da Federación Galega de Ciclismo, Deporte Galego, Deputación de Pontevedra.

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DEFENDE QUE CAMINHO DE SANTIAGO NÃO É UMA ROTA DE TURISMO

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A presidente da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago (FPCS), Ana Rita Dias, defende que o itinerário jacobeu “é uma rota de cultura e não de turismo”, pelo que é “preciso salvaguardar valores culturais” e realçar o que marca a peregrinação.

Falando nas comemorações do 20º aniversário da Associação Espaço Jacobeus, no sábado, dia 2, Ana Rita Dias disse aos participantes, “com muita clareza”, que a FPCS “pretende deixar a marca daquilo que é a peregrinação, um trabalho fraterno, de colaboração e de respeito na promoção” do itinerário, tal como fazem as associações jacobeias.

“O projeto da FPCS foi essencialmente pensado para levarmos a essência do caminho ao caminho. Ou seja, a essência partilhada nestas comemorações, as experiências, o apoio ao peregrino, esta rede de ajuda entre todos”, adiantou Ana Rita Dias.

“A visão da FPCS é que, efetivamente, o caminho de Santiago é um caminho de cultura, não é um caminho de turismo. E, portanto, é preciso salvaguardar os valores culturais; os valores da paz, fraternidade, direitos humanos, união, e é isso que nós também queremos salvaguardar”, explicou.

No entanto, afirmando não querer “enganar” os peregrinos, referiu que também há “uma estratégia política. Há uma estratégia política para o território, queremos dar a conhecer e levar peregrinos para o caminho, mas queremos uma peregrinação equilibrada, não um caminho de massas”.

“O caminho para ser sentido não pode ser feito à pressa para garantir lugar no albergue, tem de ser com  tranquilidade, desfrutando da natureza, da paisagem”, adiantou Ana Rita Dias que, “puxando um pouco a brasa à sua sardinha”, afirmou ser esta a intenção em Vila Pouca de Aguiar (onde é vice-presidente da câmara municipal) em relação ao Caminho do Interior.

A presidente da FPCS considerou a Associação Espaço jacobeus “uma referência a nível nacional”, à qual deu os “parabéns pelo trabalho de excelência que tem feito”, com “associados ativos, dinâmicos e sempre interessados a fazer projetos novos e vencedores”.

“Independentemente das diferenças ou posições que possa haver, está no seu papel de associação de peregrinos defender os seus valores, interesses e de dizer quando não concorda com alguma coisa”, concluiu Ana Rita Dias.

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CAMINHO DA GEIRA “VAI SER MUITO IMPORTANTE” NO PANORAMA DOS ITINERÁRIOS DE SANTIAGO

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O Caminho da Geira e dos Arrieiros (CGA) “tem um potencial enorme e vai ser muito importante” entre as duas dezenas de itinerários jacobeus referenciadas nas estatísticas do Serviço de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela, considera Manuel Rocha, Irmão Maior da Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago.

Numa intervenção nas comemorações do 20º aniversário da Associação Espaço Jacobeus, no sábado, dia 2, em Guimarães, Manuel Rocha, um dos pioneiros do Caminho Português da Costa, afirmou que o CGA “tem um potencial enorme de crescimento”.

“Provavelmente, será o sétimo caminho, dentro de pouco tempo, em número de peregrinos a receberem a Compostela em Santiago. Vai ser muito importante”, destacou o membro da Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago, que também se considera “um pioneiro do CGA na forma de estar e de ser”.

O CGA foi principal responsável pelo crescimento de 5,7% no número de peregrinos que partiram de Braga e receberam em 2023 a Compostela à chegada à Catedral de Santiago.

O Caminho Central Português registou 674 peregrinos no ano passado, seguindo-se o CGA com 403 e o Minhoto Ribeiro com 21. No total do percurso, o CGA motivou a emissão de 547 compostelas – entre as 851 pessoas que cumpriram o itinerário, segundo as associações.

Entre elas, 516 (94,3%) partiram de localidades portuguesas, 408 (74,6%) são de nacionalidade lusa e 66 espanhola (12%). A Compostela foi entregue a peregrinos de 27 nacionalidades que cumpriram este itinerário jacobeu.

O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela Homem.

Nos últimos seis anos foi percorrido por quase quatro mil peregrinos, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de outros 13 países europeus, e do Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbeijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina ou Uruguai.

Foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).

O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, via do género mais bem conservada do antigo império ocidental romano, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.

Associação Transfronteiriça do Caminho da Geira e dos Arrieiros (em instalação)

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AEJ ASSINALA 20º ANIVERSÁRIO: ESPAÇO JACOBEUS DEFENDE PARCERIAS PARA VALORIZAR CAMINHO DE SANTIAGO

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A “dimensão” da Associação Espaço Jacobeus (AEJ) “orgulha os associados”, mas esta “posição acarreta muita responsabilidade”, alertou o presidente da “maior organização jacobeia portuguesa” na sessão solene comemorativa do 20º aniversário.

“Defender e promover o Caminho de Santiago não é apenas colocar o maior número de pessoas a caminhar”, disse António Devesa durante a cerimónia, no sábado, dia 2, em Guimarães, destacando que “é, sim, fazer com que o façam preparados e envolvidos pelos reais valores associados ao culto e à peregrinação jacobeia”.

Por isso, “desconhecer e desvalorizar as organizações que preparam, informam e acolhem peregrinos, é simplesmente desvalorizar o Caminho Português de Santiago”, adiantou o presidente da AEJ, considerando que “só trabalhando em conjunto, aprendendo com o seu testemunho e valorizando o trabalho desenvolvido” pelas entidades jacobeias “é possível potenciar a defesa do peregrino e do caminho”.

Nesse sentido, “trabalhar em parceria com as entidades públicas para valorizá-lo em todas as iniciativas, nomeadamente na verificação e validação de itinerários, promovendo a correta sinalização, a conservação e a limpeza dos itinerários, é uma forma de promover a defesa” de ambos.

No que respeita ao percurso de duas décadas da AEJ, que conta meio milhar de associados, o dirigente reconheceu: “por vezes as etapas não são percorridas da melhor forma, noutras perdemo-nos no caminho ou não comunicamos da melhor maneira com os companheiros de jornada, mas sabemos que deve ser sempre um caminho de verdade, honestidade e altruísmo”.

A AEJ, uma instituição com quase 30 delegações em Portugal e no estrangeiro, “existe com o único propósito de trabalhar para o Caminho de Santiago e para os peregrinos” e, por isso, “só deve estar na associação quem esteja para servir, e não para ser servido; quem queira dar um pouco de si próprio aos outros, e não quem pretenda usar a associação como degrau para alguma coisa”, salientou António Devesa. “O crescimento e a atual dimensão da AEJ é algo que orgulha, obviamente, os associados. Contudo, esta posição acarreta muita responsabilidade, ao nível de organização, comunicação e discussão de ideias entre todos os que nela veem a entidade que deve defender, intransigentemente, o superior interesse do peregrino e do caminho”, pelo que “nunca poderá esquecer-se, nem divergir, dos seus objetivos base: fomentar o culto e a peregrinação ao apóstolo Santiago, preparar e informar peregrinos e promover os itinerários do Caminho Português de Santiago”.

A sessão solene comemorativa do 20º aniversário da AEJ incluiu intervenções de João Freitas (sócio nº2 da AEJ), Carina Frazão (delegada da AEJ em Fátima), Lúcio Lourenço (hospitaleiro e ex-presidente da AEJ) e Nuno Pontes da Costa (ex-presidente da AEJ), focadas, sobretudo, na história da associação.

Num segundo painel, intervieram Manuel Rocha (Irmão Maior da Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago), Artur Filipe dos Santos (professor, investigador, especialista em comunicação e património; protocolista e vexiloligo, jornalista) e Ana Rita Dias, presidente da Federação do Portuguesa do Caminho de Santiago, que abordaram diferentes temas relacionados com o itinerário. O presidente da mesa da assembleia geral da AEJ, Adelino de Oliveira Martins, encerrou os trabalhos, com uma apresentação sobre percursos jacobeus.

Antes da sessão solene, decorreu o 1º Congresso de Delegados da AEJ, uma visita a museus e locais relacionados com a peregrinação jacobeia, em Guimarães, uma missa e um almoço de convívio, no decurso de um programa organizado pelos representantes da associação em Vila de Prado/Vila Verde, Nuno Pimenta e em Guimarães, Leonel Pereira.

A Associação Espaço Jacobeus – Confraria de São Tiago foi fundada em 2004, é uma organização católica com sede em Braga, que “preserva, na sua essência, o espírito ecuménico de aceitação de todas as pessoas, de todas as raças e credos, congregando nas atividades pessoas de diferente fé e fundamentação humanística”.

Em 2006 foi oficialmente reconhecida pela Arquidiocese de Braga e agregada à Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago, com sede em Santiago de Compostela.

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GALÍCIA NORTE DE PORTUGAL PROMOVE MAIS UMA EDIÇÃO DO PRÉMIO NORTEAR

Nortear é um exemplo destacado de espaço cultural único na Eurorregião. Até ao dia 19 de julho está aberta a 10ª edição do Prémio Nortear de relatos curtos para Jovens da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal

- O prémio conta com uma dotação financeira de 3.000€ e a publicação da obra vencedora em português e galego. Podem participar jovens, entre os 16 e 36 anos de idade, nascidos ou residentes na Galiza ou no Norte de Portugal.

- É uma iniciativa conjunta do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, da Consellería de Cultura, Educación, Formación Profesional e Universidades da Xunta de Galicia e da CCDR-Norte I.P.

- O vencedor da 9ª edição foi Vicente Vázquez com a obra “Profundo sen nome”.

Os jovens da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, entre os 16 e os 36 anos, que tenham escrito uma obra original em português ou em galego, de cinco mil a oito mil palavras podem participar, até ao dia 19 de julho, na 10ª edição do prémio Nortear de relato curto. A edição de 2024 tem uma dotação financeira de 3.000 euros para o  vencedor e a publicação da obra em português e em galego.

A Plataforma Nortear: https://nortear.gnpaect.eu/ receberá todas as candidaturas até o próximo dia 19 de julho.

O prémio é uma iniciativa conjunta do AECT da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, da Consellería de Cultura, Educación, Formación Profesional e Universidades da Xunta de Galicia e da CCDR-Norte I.P.

10 anos despois, o premio Nortear é um exemplo destacado de espaço cultural único na Eurorregião, além de ser uma plataforma de lançamento para os jovens escritores da Eurorregião, ao distinguir anualmente obras literárias originais, incentivar a criatividade literária entre os residentes na Galiza e no Norte de Portugal e promover internalcionalmente a distribuição de obras literárias.

Nas nove edições de êxito do prémio Nortear realizadas até à data, apresentaram-se cerca de 400 obras de jovens dos dois territórios.

Podem apresentar-se todas as pessoas com plena capacidade jurídica entre os 16 e 36 anos, nascidos e/o residentes na Região Norte de Portugal ou na Galiza, com obras originais e inéditas, escritas em língua portuguesa -segundo o novo acordo ortográfico- e em língua galega -segundo a normativa ortográfica vigente publicada pela Real Academia Galega-, no género do relato curto.

O AECT da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, a Consellería de Cultura, Educación, Formación Profesional e Universidades da Xunta de Galicia e a CCDR-Norte I.P. colaboram de forma continuada, promovendo diferentes atividades com o objetivo do conhecimento mútuo da cultura, a literatura e a criação artística em geral, em ambos os territórios.

Os nove vencedores das anteriores edições do prémio Nortear foram: Lara Dopazo, Rui Cerqueira Coelho, Cecília Santomé, Sara Brandão, Sabela Varela, Célia Fraga, Pedro Rodríguez Villar, Marta Pais de Oliveira e Vicente Vázquez.

O Projeto Nortear é um pólo cultural de referência na Europa no âmbito da cooperação transfronteiriça. É co-financiado pelo Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal (POCTEP).

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XUVENTUDE DE GALÍCIA – CENTRO GALEGO DE LISBOA PROMOVE CONFERÊNCIA SOBRE A GAITA DE FOLE NA ESTREMADURA

Próximo sábado, dia 02 de março, não perca a conferência sobre “A gaita de fole na Estremadura e os gaiteiros estremenhos”.

No painel de oradores estão Francisco Pimenta, Henrique Oliveira e José Gomes. Esta conferência está enquadrada no programa de atividades do dia de São Patrício, que se celebra no próximo dia 17 de março com um grande desfile de gaiteiros na Avenida da Liberdade. Fique atento!!

Ao longo do século XX, e certamente desde muito antes, a prática musical dos gaiteiros na Estremadura esteve estreitamente ligada aos Círios, um tipo de romaria coletiva amplamente difundido nesta região: estes tocadores eram contratados para tocar nos peditórios, na deslocação aos santuários e nas celebrações aí realizadas, nas procissões e no acompanhamento das missas festivas, até mesmo dentro das igrejas.

Eram, e em algumas festas religiosas de hoje ainda o são, figuras importantes nas comunidades para onde eram/são “chamados”, sendo a sua participação muito valorizada e devidamente remunerada.

Nesta sessão, iremos conhecer estes e outros contextos onde a gaita de fole chegou até aos dias atuais na região estremenha.

Iremos também dar a conhecer alguns dos gaiteiros estremenhos antigos, os seus saberes ligados ao instrumento, o repertório da região e as características das gaitas que aqui encontramos. E veremos como esta tradição continua viva, com algumas transformações, nas mãos de gaiteiros surgidos em contextos diferentes dos tocadores tradicionais, estes praticamente desaparecidos.

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SERÃO OS MINHOTOS DESCENDENTES DOS OFIS – POVO CELTA ORIUNDO DA REGIÃO GERMANO-CHECA – E QUE HABITOU O MINHO A QUE OS ANTIGOS GREGOS DESIGNAVAM POR OPHIUSSA QUE SIGNIFICA “TERRA DAS SERPENTES”?

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Foto: https://www.vortexmag.net/

Ofiússa ou Ophiussa é o nome dado pelos antigos gregos ao território português. Significa Terra das Serpentes.

Os ofis viveriam nas montanhas do norte de Portugal, incluindo a Galiza. Outros dizem que estes viviam na foz dos rios Douro e do Cávado com sua foz em Ofir. As fontes clássicas, principalmente a Ora Maritima, localizam os ofis ou sefes perto dos cempsos, sobretudo ao longo da costa sul do Tejo ou junto à foz dos rios Tejo e Sado. Este povo venerava as serpentes, daí Terra das Serpentes ou serpes.

Existem alguns estudos arqueológicos que mencionam este povo e cultura. Alguns creem que a serpe ou dragão, por vezes representados semelhantes a um grifo e originários de uma primitiva serpente alada - a Serpente de Moisés ou "Serpe Real" (ou dragão, alada e cabeça dragonada), adoptada como timbre ou símbolo pelo rei D. João I, timbre dos Reis de Portugal e depois também dos Imperadores do Brasil, está relacionado com este povo, ou com os celtas que mais tarde colonizaram a zona, que por sua vez poderiam ter sido influenciados pelo culto ofi.

Na face cristã deste símbolo no Reino de Portugal, expressa na tradição dos monges cistercienses de Alcobaça sobre o Milagre de Ourique e a consequente origem das Quinas da coroa portuguesa nas Cinco Chagas de Jesus Cristo, descrita no mesmo Juramento de Ourique, este símbolo sagrado da serpente ligado à sabedoria divina e já atribuído a Moisés, liga-se agora essencialmente com a divindade de Jesus Cristo.

No século IV, o poeta romano Avieno, na Ora maritima, um documento inspirado por uma viagem marítima, anotou "Oestriminis" (ou o extremo ocidente) povoados pelos Estrímnios, um povo que vive naquela área desde há muito tempo, que tiveram que fugir das suas terras depois de uma "invasão de serpentes". Isto pode ser uma relação aos Sefes ou ofis ("o povo das serpentes") e aos Draganos ("o povo dos dragões"), que vieram colonizar aquelas terras e formaram um território conhecido pelos gregos como Ofiússa. Alguns autores relacionam o povo Ofi com os druidas ou proto-celtas ou, até mesmo, antigos egípcios. Numa tradição egípcia, refere-se que as "serpentes" egípcias de Carnaque ou Luxor teriam emigrado para a Europa.

Fonte: Wikipédia

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Foto: https://www.vortexmag.net/

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Povos ibéricos proto-históricos

ESPOSENDE: ENCONTRO LUSO-GALAICO DE BTT PREMIADO COMO “EVENTO INTERNACIONAL DO ANO”

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O Encontro Luso-galaico de BTT, que o Município de Esposende tem vindo a realizar ao longo das últimas duas décadas, foi reconhecido como "Evento Internacional do Ano".

Este evento alcançou o 1.º lugar na categoria 2, de 10.000 a 50.000 habitantes, no âmbito do programa Município Amigo do Desporto, promovido pela Cidade Social, entidade que apoia e reconhece as boas práticas autárquicas nas vertentes de Desporto e Ação Social. A distinção foi entregue no passado dia 23 de fevereiro, no âmbito do seminário “Gestão de Eventos Desportivos em contexto Municipal”, que decorreu na Mealhada e onde marcou presença o Vereador do Desporto, Rui Losa, e o coordenador do Serviço de Desporto, Carlos Mota.

Apresentaram-se a concurso inúmeros municípios de norte a sul do país e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com eventos e atividades desportivas diversas, desde provas a torneios, tanto em ambientes fechados como ao ar livre. Para além dos objetivos desportivos, estes eventos poderiam abraçar outros propósitos, como os de cariz solidário ou ambiental, dirigidos a diferentes públicos.

Os critérios de avaliação incidiram sobre a implementação de práticas adequadas na gestão desportiva, a promoção da participação em eventos desportivos e a democratização da prática desportiva informal, recreativa ou competitiva. Também foram avaliados o caráter inovador das ações, as parcerias estabelecidas e o valor acrescentado dessas colaborações, além de outros elementos relevantes para a avaliação dos eventos.

Fazendo jus ao slogan “Esposende, Naturalmente é Desporto”, o Município de Esposende viu reconhecido o Encontro Luso-galaico de BTT, evento que assinala, em 2024, 20 anos de existência. Desde a primeira edição, apresenta um programa diversificado possibilitando a participação de praticantes de todas as idades, dos mais pequenos aos mais experientes, tendo-se afirmado há muito como um evento desportivo de referência.

O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, assinala que “este reconhecimento constitui um estímulo à prossecução do assinalável trabalho que o Município tem vindo a desenvolver no plano desportivo, um prémio que comprova que o Encontro Luso-galaico de BTT, volvidos 20 anos, desempenha um importante papel como promotor da prática da atividade física em qualquer idade”. Esta estratégia encontra-se alinhada com o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente no que se refere a Saúde de Qualidade (ODS 3), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS 11) e Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade (ODS 17).

“A Câmara Municipal Esposende agradece a todos os colaboradores, parceiros e cidadãos que contribuíram para este significativo reconhecimento, e reafirma o seu compromisso contínuo em servir e fortalecer a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos munícipes, através do desporto”, afirma, ainda, o autarca.

ROSALÍA DE CASTRO: PIONEIRA DO REXURDIMENTO CULTURAL DA GALIZA

Rosalía de Castro é justamente considerada a fundadora da moderna literatura galega ou seja, o movimento cultural do rexurdimento que está na origem do nacionalismo galego. A poetisa nasceu em Santiago de Compostela, em 21 de fevereiro de 1837, e faleceu em Padrón, em 15 de julho de 1885.

Escrita em galego e castelhano, a sua poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca, tendo publicado em galego “Cantares Gallegos” e “Folhas Novas” e, em castelhano, “En las Orillas del Sar”. A Galiza celebra o Dia das Letras Galegas em 17 de Maio, invocando a edição de “Cantares Gallegos”, a sua primeira obra em galego.

Rosalia

 San Antonio bendito,

                                          dádeme um home,

                                           anque me mate,

                                 anque me esfole.

 

                                     Meu santo San Antonio,

                                 daime um homiño,

                                 anque o tamaño teña

                                 dun gran de millo.

                                 Daimo, meu santo,

                                 anque os pés teña coxos,

                                 mancos os brazos.

 

                                     Uma mller sin home...,

                                 ίsanto bendito!,

                                 é corpiño sin alma,

                                 festa sin trigo,

                                 pau viradoiro

                                 que onda queira que vaia

                                 troncho que troncho.

 

                                     Mais, em tendo um homiño,

                                 ίVirxe do Carme!,

                                 non hai mundo que chegue

                                 pra um folgarse.

                                 Que, zambo ou trenco,

                                 sempre é bo ter un home

                                 para um remédio.

 

                                     Eu sei dum que cobisa

                                 causa miralo,

                                 lanzaliño de corpo,

                                 roxo e encarnado,

                                 caniñas de manteiga,

                                 e palavras tan doces

                                 qual mentireiras.

 

                                 Por el peno de día,

                                 de noite peno,

                                 pensando nos seus ollos

                                 color de ceo;

                                 mais el, xá doito,

                                 de amoriños entende,

                                 de casar pouco.

 

                                     Facé, meu Sant Antonio,

                                 que onda min veña

                                 para casar conmigo,

                                 nena solteir

                                 que levo en dote

                                 uma culler de ferro,

                                 carro de boxe,

 

                                     un irmanciño novo

                                 que xá tem dentes,

                                 unha vaquiña vella

                                 que non dá leite...

                                 ίAi, meu santiño!:

                                 face que tal suceda

                                 cal volo pido.

 

                                     San Antonio bendito,

                                 dádeme um home,

                                 anque me mate,

                                 anque me esfole,

                                 que, zambo ou trenco,

                                 sempre é bo ter un home

                                 para um remédio.

POETISA GALEGA ROSALÍA DE CASTRO NASCEU HÁ 187 ANOS

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Rosalía de Castro é justamente considerada a fundadora da moderna literatura galega ou seja, o movimento cultural do rexurdimento que está na origem do nacionalismo galego. A poetisa nasceu em Santiago de Compostela, em 23 de fevereiro de 1837, e faleceu em Padrón, em 15 de julho de 1885.

Escrita em galego e castelhano, a sua poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca, tendo publicado em galego “Cantares Gallegos” e “Folhas Novas” e, em castelhano, “En las Orillas del Sar”. A Galiza celebra o Dia das Letras Galegas em 17 de Maio, invocando a edição de “Cantares Gallegos”, a sua primeira obra em galego.

VAGUEDÁS

II

Bem sei que non hai nada

Novo en baixo do ceo,

Que antes outros pensaron

As cousas que ora eu penso.

 

E bem, ¿para que escribo?

E bem, porque así semos,

Relox que repetimos

Eternamente o mesmo.

 

III

Tal como as nubes

Que impele o vento,

I agora asombran, i agora alegran

Os espazos inmensos do ceo,

Así as ideas

Loucas que eu teño,

As imaxes de múltiples formas,

De estranas feituras, de cores incertos,

Agora asombran,

Agora acraran

O fondo sin fondo do meu pensamento.

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Estátua a Rosalía de Castro, no Porto