Com origem asiática, provavelmente na região entre a Índia e os Himalaias, a laranja doce foi no século XVI trazida da China para a Europa pelos portugueses, tendo-se o seu cultivo disseminado para os mais diversos pontos do mundo, nomeadamente o continente africano e América. Não admira, pois, que as laranjas doces sejam em diversos países denominadas por “portuguesas” como sucede na Grécia onde lhe chamam portokali, na Turquia que toma o nome de portokal, na Roménia portocala e em Itália portogallo, designações que claramente remetem para Portugal.
A laranja também se encontra associada à cura do escorbuto, a doença que tão elevado número de marinheiros dizimou ao tempo das navegações dos Descobrimentos Portugueses e que levou nomeadamente à perda de cerca de dois terços da tripulação que seguiam nas naus de Vasco da Gama aquando da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Beneficiando de um clima ameno com reduzidas amplitudes térmicas, a laranja doce encontra em Amares uma região propícia para a sua cultura, sendo terra afamada pelas suas suculentas laranjas de casca fina que estão na origem de múltiplas especialidades da nossa gastronomia, entre as quais se destaca o delicioso pudim de laranja. E, a sua importância é de tal ordem que Amares ostenta nos seus símbolos heráldicos uma laranjeira arrancada de verde. Amares é, pois, no Minho a capital da laranja!
Ingredientes:
Raspa e sumo de duas laranjas
1 chávena de medida de ovos - são 8 ovos
1 chávena de leite
3/4 de chávena de açúcar
caramelo liquido q.b.
Preparação:
Barre a forma com o caramelo e reserve. Num recipiente coloque os ovos inteiros e junte-lhes o açúcar. Bata muito bem, com o fouet até ter duplicado de volume. Raspe as laranjas, retire-lhes o sumo e junte aos ovos. Por fim junte o leite e continue a bater, até estar bem envolvido. Transfira para a forma e leve a cozer em banho-maria cerca de 50m. Se durante a cozedura o pudim estiver a crescer muito, junte água fria no tacho, para baixar. Deixe arrefecer na forma e leve ao frigorífico, até estar bem fresquinho. Desenforme e sirva, o pudim, acompanhado de rodelas de laranja.
“Como é do conhecimento geral, a Laranja de Amares é hoje uma marca muito especial para o concelho e, enquanto elemento vegetal, é mesmo um dos símbolos distintivos do nosso brasão”, começou por explicar o vice-presidente e vereador da Cultura, Isidro Araújo. “O reconhecimento das fruteiras regionais como património vegetal de interesse público é de grande importância não só para um desenvolvimento regional assente em produtos tradicionais, como também para a sua proteção. A laranja de Amares, apesar de não ter um aspeto tão atrativo como as demais, é hoje conhecida e renomeada em todo o país pela sua qualidade e como um fruto específico dada as suas características como fruto sazonal e, neste sentido, queremos proteger esta marca tão forte do concelho”.
A proposta já aprovada em reunião de câmara vai ser apreciada na próxima Assembleia Municipal de Amares.
Com origem asiática, provavelmente na região entre a Índia e os Himalaias, a laranja doce foi no século XVI trazida da China para a Europa pelos portugueses, tendo-se o seu cultivo disseminado para os mais diversos pontos do mundo, nomeadamente o continente africano e América. Não admira, pois, que as laranjas doces sejam em diversos países denominadas por “portuguesas” como sucede na Grécia onde lhe chamam portokali, na Turquia que toma o nome de portokal, na Roménia portocala e em Itália portogallo, designações que claramente remetem para Portugal.
A laranja também se encontra associada à cura do escorbuto, a doença que tão elevado número de marinheiros dizimou ao tempo das navegações dos Descobrimentos Portugueses e que levou nomeadamente à perda de cerca de dois terços da tripulação que seguiam nas naus de Vasco da Gama aquando da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Beneficiando de um clima ameno com reduzidas amplitudes térmicas, a laranja doce encontra em Amares uma região propícia para a sua cultura, sendo terra afamada pelas suas suculentas laranjas de casca fina que estão na origem de múltiplas especialidades da nossa gastronomia, entre as quais se destaca o delicioso pudim de laranja. E, a sua importância é de tal ordem que Amares ostenta nos seus símbolos heráldicos uma laranjeira arrancada de verde. Amares é, pois, no Minho a capital da laranja!
A Feira do Melão Casca de Carvalho está de volta à cidade de Barcelos. Nos próximos dias 10 e 11 de agosto, a Avenida da Liberdade acolhe mais uma edição dedicada a este fruto autóctone singular e muito apreciado na região.
Este certame tem como objetivo a preservação e promoção de um produto característico de Barcelos, o Melão Casca de Carvalho, cativando o público e demonstrando a importância que este fruto tem para os agricultores da região.
A Feira conta com quatro produtores de melão e um produtor de vinho da região.
Evento desenrola-se este fim-de-semana na Praça-Mercado Municipal
A festa do melão e do vinho verde volta a Famalicão já esta sexta-feira. De 2 a 4 de agosto, a Praça-Mercado Municipal vai acolher espetáculos, workshops, momentos de showcooking e zonas de venda e degustação de melão casca de carvalho, vinho verde e de produtos defumados.
E se este evento surge para fazer com que os famalicenses saboreiem o melão, o vinho verde e os defumados, o Verde Melão também permite promover manjares do concelho. Uma das iguarias que marcam presença neste mercado de sabores é o vinho verde da Casa de Compostela, produzido em Requião e maioritariamente vendido a portugueses. Aliado ao vinho, não poderia faltar, para não fugir à regra, os famosos melões de casca de carvalho, como é o caso dos produzidos pela família Martins, em Brufe e Cavalões.
Para Joaquim Dias, diretor técnico da Casa Agrícola de Compostela, participar no Verde Melão faz com que os famalicenses conheçam os vinhos que são produzidos no concelho e aprendam sobre os diferentes produtos. “O Verde Melão ajuda-nos a divulgar os nossos vinhos e, assim, quando as pessoas veem os nossos produtos nas prateleiras do supermercado já sabem de onde vêm”, explicou.
“Queremos que as pessoas venham [à Praça-Mercado], queremos mostrar e dar a provar os nossos vinhos” - só assim é que as pessoas passam a atribuir valor aos produtos locais, reforçou Joaquim Dias. Adicionalmente, o evento traz ainda reconhecimento ao concelho, disse o diretor técnico: o Verde Melão “faz com que o concelho seja conhecido como produtor de bom melão e bons vinhos”.
Para além de Famalicão, os melões da família Martins são vendidos em vários pontos da região Norte, como Braga, Guimarães e Vila Verde. Segundo o produtor Ricardo Martins, os famalicenses apreciam muito os seus produtos e os clientes habituais fazem questão de os visitar no Verde Melão.
Entre sexta e domingo, é certo que todos terão a oportunidade de saborear uma fatia fresca de um dos melões de casca de carvalho da família Martins no Verde Melão. No entanto, Ricardo está ansioso por contactar com clientes de fora do concelho e por levá-los a experienciar os seus produtos. “Este evento é uma forma de divulgarmos e de nos darmos a conhecer”, referiu. E, embora estejam num ambiente familiar, com música tradicional e comerciantes amigos, a exigência é mantida. “Nós temos de levar bom melão, porque as pessoas fazem questão de comprovar a nossa qualidade” e só assim é que, depois, querem voltar e comprar os nossos produtos, acrescentou.
A família Martins tem plantações de melões distribuídas por seis hectares e meio de terreno no concelho. E, quando Ricardo e André, irmãos, responsáveis pela venda e criação desta fruta, dizem de onde são, os clientes já sabem que os melões são bons, porque “Famalicão tem uma excelente qualidade e tem bons produtores”.
A par da fruta da família Martins, os melões de casca de carvalho também serão trazidos por Joaquim Gonçalves. A Frutivinhos e os Vinhos Castros são outras marcas de vinho verde que os visitantes do Verde Melão poderão descobrir. Os enchidos partem do Talho Divino Salvador, do Fumeiro do Fernando e do negócio de Rosa Mendes.
Durante os três dias do evento, na Praça-Mercado Municipal, o chefe Álvaro Costa será o responsável por dinamizar momentos de showcooking. Os espetáculos de cozinha estão marcados para as 18h00, todos os dias.
Quanto à animação cultural, o fado chegará ao mercado, no dia 1, pelas 21h30. No dia seguinte, os Cantares ao Desafio estão marcados para as 16h30 e, às 21h30, será a vez da Banda H1 atuar no Verde Melão. O domingo terá igualmente diversas atividades. Pelas 16h30, os famalicenses podem voltar a acompanhar os Cantares ao Desafio. Depois do showcooking, o mercado vai receber Guimafloyd – Tributo a Pink Floyd, às 19h30. As festividades terminam na sexta e no sábado pela 1h00, e no domingo, às 21h00.
Recorde-se que o Verde Melão é promovido pelo Município de Vila Nova de Famalicão. A programação completa pode ser consultada www.famalicao.pt.
O Municipio de Arcos de Valdevez tem realizado várias ações de promoção dos produtos locais.
Após a plantação do pomar de variedades regionais, o Município procedeu à respetiva poda das macieiras do pomar, podendo na altura, os interessados inscreverem-se e reservarem as quantidades que pretendessem de cada variedade.
Assim, procedeu-se à entrega de cerca de 243 “garfos”, provenientes da poda de 11 variedades regionais, a 13 candidatos.
Esta foi mais uma iniciativa, realizada em articulação com o IPVC, de valorização das árvores de fruto da região, nomeadamente das macieiras.
A propagação destas espécies frutícolas, continua a ser feita essencialmente pela via de enxertia, um processo de propagação vegetativo, através do qual se obtém plantas geneticamente idênticas à planta mãe, o que permite a perpetuação das características próprias de cada variedade.
O Município pretende com esta iniciativa promover a continuidade e preservação destas espécies, valorizando os produtos e saberes regionais e tradicionais.
Mais de mil pessoas passaram pela primeira edição do «Verde Melão», uma iniciativa que conjugou três emblemáticos produtos de Vila Nova de Famalicão, o vinho verde, o melão casca de carvalho e os enchidos, e que se revelou uma plataforma de encontro e confraternização entre os famalicenses e os muitos emigrantes que se encontram de férias no concelho.
A Praça – Mercado Municipal foi o palco duma festa que se desenvolveu ao longo do último fim-de-semana, e que contou com a presença de três produtores de melão casca de carvalho do concelho - Aires Mesquita, Augusto Martins e Joaquim Gonçalves -, um produto de características únicas muito dependente das condições climatéricas e da existência de um microclima favorável que só existe entre o Minho e Douro Litoral.
Os vinhos verdes foram apresentados pela Casa Agrícola de Compostela, Vinhos Castro e Frutivinhos, e os enchidos pelo Fumeiro do Fernando, Fumeiro Rosa Mendes e Talho Divino Salvador.
Para além da venda e degustação dos produtos típicos da região, a iniciativa contou ainda com animação variada e com a realização do showcooking «Ideias de utilização do melão casca de carvalho e harmonizações», a cargo do Chef residente da Praça, Álvaro Costa.
«Verde Melão» acontece este fim de semana, de 19 a 21 de agosto, na Praça - Mercado Municipal
«Verde Melão» é o nome da iniciativa que celebra dois emblemáticos produtos da região: o vinho verde e o melão casca de carvalho. De 19 a 21 de agosto, a Praça – Mercado Municipal de Famalicão recebe perto de uma dezena de produtores, numa festa que inclui um dia dedicado ao emigrante famalicense.
Promovido pelo Município de Famalicão, «Verde Melão» conta com a presença de três produtores de melão casca de carvalho do concelho - Aires Mesquita, Augusto Martins e Joaquim Gonçalves -, um produto de características únicas muito dependente das condições climatéricas e da existência de um microclima favorável que só existe entre o Minho e Douro Litoral.
O certame contará ainda com três produtores de vinho - Casa Agrícola de Compostela, Vinhos Castro e Frutivinhos -, bem como produtores de fumeiro - Fumeiro do Fernando, Fumeiro Rosa Mendes e Talho Divino Salvador - do concelho.
Para além da venda e degustação dos produtos típicos da região, a iniciativa prevê ainda a realização do showcooking «Ideias de utilização do melão casca de carvalho e harmonizações», a cargo do Chef residente da Praça, Álvaro Costa, no sábado, dia 20, a partir das 16h00.
O segundo dia do certame é dedicado à comunidade emigrante que por esta altura do ano está de regresso às origens e com muita vontade de voltar a saborear os produtos da terra. A Festa do Emigrante acontece no sábado à tarde, com um momento de boas-vindas e sessão de networking.
Também não vai faltar animação musical no «Verde Melão», com o concerto de Maria do Sameiro, no dia 19, e de Costinha, no dia 21, ambos com início pelas 18h00, e DJ Sets nos dias 19 e 20 de agosto, a partir das 21h00.
Potenciar e valorizar os produtos tradicionais do concelho e da região junto dos famalicenses e da comunidade emigrante é o grande objetivo da iniciativa «Verde Melão», promovido pelos pelouros do Turismo e Relações Internacionais do Município de Vila Nova de Famalicão.
A Feira do Melão Casca de Carvalho está de volta à cidade de Barcelos. Nos próximos dias 6 e 7 de agosto, a Avenida da Liberdade acolhe mais uma edição dedicada a este fruto autóctone singular e muito apreciado na região.
Este certame tem como objetivo a preservação e promoção de um produto característico de Barcelos, o Melão Casca de Carvalho, cativando o público e demonstrando a importância que este fruto tem para os agricultores da região.
A Feira conta com 6 produtores de melão e um produtor de vinho da região.
A sidra – frequentente designada por “vinho de maçã” – foi desde sempre um produto bastante apreciado pelos minhotos em dia de festa ou nas feiras e romarias. Degustado pela malguinha como quem bebe vinho verde, a sua frescura e acidez vai ao encontro do paladar das nossas gentes, sobretudo nas tardes escaldantes de verão.
O seu método de produção é em tudo semelhante ao do vinho, desde o esmagar e da prensagem até ao processo de fermentação que leva à produção de um suco fermentado a partir das maçãs cuja graduação alcoólica pode atingir os 10 graus.
No Minho a sua produção é caseira e feita de forma artesanal. Porém, em virtude da sua elevada procura, algumas marcas de refrigerantes passaram a produzi-la de maneira industrial e a introduzi-la nos circuitos comerciais, nomeadamente nas grandes superfícies. De resto, a sua importância económica faz com que países como a Inglaterra, Irlanda e França se encontrem entre os seus maiores produtores, sendo notória a sua maior influência nos países do norte da Europa onde tal bebida teve a sua origem.
Também na Madeira possui enorme popularidade desde o início do seu povoamento, facto a que naturalmente não é alheia a influência dos minhotos que se encontram entre os seus principais povoadores.
Havia lavradores que produziam a sidra destinada a ser vendida aos taberneiros nas festas e romarias e faziam dela boa receita. Porém, necessitavam de libertar o vasilhame para nele armazenar o vinho porque as vindimas estavam próximas e, apesar de muito apreciarem a sidra, não lhe davam a mesma importância que ao verdasco que deveria durar o ano inteiro. E, assim, a sidra foi diminuindo a sua produção e desaparecendo dos hábitos de consumo.
Mas a sidra está de volta: o Minho está de novo a despertar para um dos seus produtos endógenos e a colocá-la na lista das suas especialidades vinícolas. E, eis que Ponte de Lima acaba de anunciar a realização de um festival de sidras e bebidas de pomar já para o próximo mês de Agosto. E podem ter a certeza que a moda vai pegar!
“Laranjas de Portugal: séculos de cultivo e consumo” apresentado em Amares no dia 4 de junho
A Biblioteca Municipal de Amares acolho no próximo dia 4 de junho, pelas 15h30 a apresentação do novo livro da historiadora Anabela Ramos, intitulado “Laranjas de Portugal: séculos de cultivo e consumo”.
A obra será apresentada pelo Professor Doutor Francisco Mendes, da Universidade do Minho. De seguida será servido um lanche e laranjada, oferta da empresa Quelha Branca, que trabalha com o produto local, a afamada laranja de Amares.
A obra de Anabela Ramos resulta de um estudo demorado e complexo, como é explicado na introdução, apenas possível “cruzando livros de cozinha, livros médicos, farmacopeias, relatos corográficos, tratados agrícolas e outra documentação avulsa, em especial ligada ao mundo agrícola dos mosteiros”.
Através destes documentos, a autora mostra-nos como evoluiu o cultivo, o consumo e o comércio do fruto, esclarecendo como passámos das laranjas azedas para as laranjas muito mais doces no nosso país e na Europa. Pelo meio, Anabela Ramos dá-nos a ver a presença da laranja e da flor de laranjeira em séculos de culinária e de usos medicinais, e regista o uso decorativo da árvore em pomares e jardins. Descobrimos, assim, por que razão em tantas línguas diferentes a palavra usada para designar a laranja é um termo derivado da palavra “Portugal”. O livro apresenta ainda as regiões portuguesas onde o cultivo da laranja se destaca, de Amares aos Açores, e termina com receitas de cozinha com laranja ou flor de laranjeira, selecionadas do século XVI ao XXI.
Em suma, concentra-se nas páginas da obra uma história de vários séculos, com informações novas que resultam da original investigação da autora. A laranja, que tantas vezes nos passa despercebida, ganha assim uma nova atenção. E a viagem que o livro nos leva a fazer a tempos antigos e a outras geografias como a China, a Índia ou outras paragens do mundo não deixará que voltemos a olhar para as laranjas da mesma maneira.
O livro reserva ainda a surpresa de deliciar o olfato dos leitores que o abrirem com o aroma a laranja, que foi aplicado no interior do papel da capa.
Laranja de Amares e outros produtos locais transformados em opções diferenciadoras e de excelência para consumo. Nova empresa aposta na sustentabilidade, redução de desperdício e valorização de produtos endógenos
Novas formas sustentáveis de produzir e conservar a fruta fresca, reduzindo o desperdício e valorizando a produção local, é a aposta de um empresário, oriundo de Braga, que escolheu o concelho de Amares para instalar o seu projeto. Na Quinta D’Aguião, situada em Portela, António Peixoto produz fruta da época, conjugando as excelentes condições climatéricas com o melhor da natureza, para fazer chegar ao consumidor um produto diferenciador e de excelência.
Fruta em Pó, para adicionar a bolos, sobremesas, batidos ou iogurtes e snacks de fruta, como rodelas de laranja desidratada, são alguns dos produtos que resultam da transformação da matéria-prima, através de um processo natural de desidratação da fruta e que prometem um novo impulso à economia local. Das folhas das árvores surgem, ainda, as tisanas para proporcionar uma experiência gustativa única.
Em visita ao local, Manuel Moreira, Presidente da Câmara Municipal de Amares, destacou a mais-valia dos produtos locais, a importância da laranja de Amares e da inovação. “Amares é uma terra muito rica, com caraterísticas excelentes para diversas produções agrícolas, nomeadamente a nossa laranja, de caraterísticas tão peculiares. Num mercado competitivo é muito importante a existência de produtos diferenciadores. A inovação permite chegar a novos eixos de mercado e, seguramente, dessa forma a economia mexe. Esta empresa conseguiu criar um produto diferente e de qualidade, numa produção sustentável. É um excelente caminho a seguir”.
Neste processo de transformação, António Peixoto adianta que é apenas utilizada a exposição solar para produzir produtos naturais, mais saudáveis, sem utilizar aditivos, nem corantes ou conservantes.
“São produtos 100 % naturais, cujo único açúcar que contém é o presente naturalmente na fruta. O processo de desidratação é um processo natural que não tem nenhum processo químico e o produto tem uma durabilidade bastante longa que pode ir até dois anos. Aqui tudo é aproveitado, desde as cascas até à polpa e daí resulta um produto saudável e sustentável”, refere o empresário.
“É uma gama de produtos que tem uma aplicabilidade muito alargada, seja para o pequeno-almoço, sobremesa, ou como aromatizante de uma bebida. A Laranja de Amares é, neste momento, o produto que estamos mais empenhados em trabalhar, mas também trabalhamos com frutos vermelhos, limão, baby kiwi e outras frutas”.
A empresa está a iniciar o processo de criação de uma linha orientada para a restauração e cozinha, com pó de tomate, chuchu e malagueta, por exemplo, que podem ser usados como condimento. António Peixoto acrescenta que estão a trabalhar na criação de uma marca para desencadear todo o processo de marketing e comercialização, mas até lá quem estiver interessado em comprar pode descolar-se até à Quinta d´Aguião, na Rua do Cruzeiro nº 288 | 4720 – 585 Portela Amares.
O Largo Dom Gualdim Pais prepara-se para acolher a 76ª Feira Franca de Amares. A iniciativa está de regresso no dia 15 de maio, com uma feira de produtos locais, uma exposição fotográfica e um showcooking com degustação. Estão previstas também as III Jornadas dos Citrinos, que vão decorrer no Auditório Conde de Ferreira, a partir das 14h30.
A participação nas Jornadas é gratuita, mas de inscrição obrigatória. O interessados podem inscrever-se através do link: https://forms.gle/M6M1ztt8zxPBrjm6A
O evento vai decorrer em conformidade com as recomendações da Direção Geral de Saúde.
Classificar a Laranja de Amares como património vegetal de interesse municipal é a intenção do Município de Amares que apresentou, recentemente, uma proposta com o objetivo de preservar a identidade de um dos símbolos mais icónicos do concelho.
“Como é do conhecimento geral, a Laranja de Amares é hoje uma marca muito especial para o concelho e, enquanto elemento vegetal, é mesmo um dos símbolos distintivos do nosso brasão”, começou por explicar o vice-presidente e vereador da Cultura, Isidro Araújo. “O reconhecimento das fruteiras regionais como património vegetal de interesse público é de grande importância não só para um desenvolvimento regional assente em produtos tradicionais, como também para a sua proteção. A laranja de Amares, apesar de não ter um aspeto tão atrativo como as demais, é hoje conhecida e renomeada em todo o país pela sua qualidade e como um fruto específico dada as suas características como fruto sazonal e, neste sentido, queremos proteger esta marca tão forte do concelho”.
A proposta já aprovada em reunião de câmara vai ser apreciada na próxima Assembleia Municipal de Amares.
Com origem asiática, provavelmente na região entre a Índia e os Himalaias, a laranja doce foi no século XVI trazida da China para a Europa pelos portugueses, tendo-se o seu cultivo disseminado para os mais diversos pontos do mundo, nomeadamente o continente africano e América. Não admira, pois, que as laranjas doces sejam em diversos países denominadas por “portuguesas” como sucede na Grécia onde lhe chamam portokali, na Turquia que toma o nome de portokal, na Roménia portocala e em Itália portogallo, designações que claramente remetem para Portugal.
A laranja também se encontra associada à cura do escorbuto, a doença que tão elevado número de marinheiros dizimou ao tempo das navegações dos Descobrimentos Portugueses e que levou nomeadamente à perda de cerca de dois terços da tripulação que seguiam nas naus de Vasco da Gama aquando da descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Beneficiando de um clima ameno com reduzidas amplitudes térmicas, a laranja doce encontra em Amares uma região propícia para a sua cultura, sendo terra afamada pelas suas suculentas laranjas de casca fina que estão na origem de múltiplas especialidades da nossa gastronomia, entre as quais se destaca o delicioso pudim de laranja. E, a sua importância é de tal ordem que Amares ostenta nos seus símbolos heráldicos uma laranjeira arrancada de verde. Amares é, pois, no Minho a capital da laranja!
Espanha determina suspensão da colheita mecanizada de azeitonas, entre o pôr-do-sol e o amanhecer até ao dia 1 de maio de 2019
É necessária uma avaliação independente do impacto ambiental que esta atividade exerce sobre a avifauna
Em resposta a pergunta do PAN o Governo comprometeu-se com realização de estudo e regulamentação da atividade que ainda não avançaram
PAN apresenta requerimento ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural que quer medida vinculativa em Portugal
Em Espanha, por intermédio da Junta da Andaluzia, a Consejeria de Agricultura, Ganaderia, Pesca de Desarrollo Sostenible publicou a 15 de Outubro de 2019, com base no princípio da prevenção, uma decisão vinculativa onde determina a suspensão da colheita mecanizada de azeitonas, entre o pôr-do-sol e o amanhecer até ao dia 1 de Maio de 2019, até que seja elaborada uma avaliação independente do impacto ambiental que esta atividade exerce sobre a avifauna.
Em pergunta parlamentar n.º 1001/XIII/4ª, o PAN, Pessoas-Animais-Natureza, questionou o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural relativamente às ações que pretendia adotar para a prevenção e minimização do impacto desta atividade. Como resposta, em fevereiro de 2019, o MAFDR informou que através do ICNF, “determinou a realização de um estudo e o acompanhamento desta situação, para avaliar potenciais impactes associados a esta prática de colheita” e que o estudo irá identificar a eventual necessidade de regulamentar a atividade “com vista a minorar o impacto desta prática na biodiversidade”.
No entanto, com o aproximar da nova época da colheita de azeitona, não foi divulgado o estudo nem foi regulamentada a atividade o que resultará, certamente em impactos negativos na biodiversidade, tal como aconteceu na época passada.
O PAN avançou agora para um requerimento ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural que quer a suspensão da colheita mecanizada de azeitonas, na época de 2019/2020, entre o pôr-do-sol e o amanhecer, com base no princípio da prevenção.
A reconversão do método de cultivo tradicional dos olivais para intensivo e superintensivo alterou o método de colheita da azeitona, sendo que para otimizar a produção tem vindo a ser adotada, neste tipo de olivais, a colheita mecanizada em modo contínuo, ou seja, durante todo o dia e noite.
Tanto na Andaluzia como no Sul de Portugal, foram detetados casos de grande mortalidade na população de aves migratórias no decorrer da atividade das últimas colheitas noturnas de azeitona em olivais intensivos e superintensivos.
Segundo declarações do presidente do ICNF à comunicação social, através de ações de fiscalização efetuadas a 25 cargas de azeitonas colhidas em 75 hectares, verificou-se a mortalidade de 480 aves, representando uma média de 6,4 aves mortas por hectare. Extrapolando-se este valor para os 15 mil hectares de olival intensivo existentes, esta atividade representa a morte de 96 mil aves migratórias anualmente.
Como plantar um pomar com variedades regionais de fruteiras, que seja representativo das variedades existentes no Gerês;é a atividade que o projeto REVITAGRI vai levar a cabo no próximo dia 19 de janeiro, sábado, na freguesia do Campo do Gerês, Terras de Bouro.
Uma manhã diferente, em pleno contacto com a Natureza.
Esta sessão será liderada pelo Professor Raúl Rodrigues, da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, com a colaboração da Associação de Compartes do Campo do Gerês e Associação Agroecológica do Gerês.
A participação é livre e não carece de inscrição. O ponto de encontro é às 09h:30min, junto ao "Café Stop", para em conjunto seguir para o local.
Aconselha-se roupa e calçado apropriado .
Este projeto visa uma clara transferência de conhecimento de uma entidade do sistema científico e tecnológico (IPVC) para os atores locais do PNPG, mais concretamente para as empresas ligadas ao agronegócio, tendo sempre como metas a capacitação dos agentes locais, a valorização dos recursos endógenos do PNPG e o acréscimo de valor a estes recursos.
Mapear e caracterizar o Agronegócio no PNPG, numa plataforma acessível e atualizada, facilitando o acesso à informação da fileira, permitindo um conhecimento de debilidades e potencialidades técnicas e de mercado é um dos objetivos do RevitAGRI-PNPG. A descrição do projeto, cujo documento se anexa, identifica todas as linhas orientadoras.
A coordenação do projeto está afeta à Escola Superior Agrária do IPVC estando também integrada nesta candidatura a Escola Superior de Ciências Empresariais do Politécnico de Viana.