TERRAS DE BOURO: AMANHÃ HÁ CASTANHAS E FOLCLORE NO GERÊS

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Realizou-se ontem em Macau o Festival da Lusofonia 2025 que contou com a participação do Grupo “Macau no Coração”.
Uma vez mais, a cultura portuguesa fez-se representar nomeadamente através das danças e dos trajes do Minho, salientando a identidade de Macau como um ponte de encontro e convívio de culturas.











A Direção de Turismo de Macau está a levar a efeito a CreatorWeek Macao 2025, uma iniciativa que, conforme a própria organização informa, “a cerimônia de abertura do CreatorWeek Macao 2025 trouxe a cultura à vida — apresentando a experiência do Traje de Casamento Chinês e uma apresentação de dança folclórica portuguesa! Foi uma verdadeira celebração do charme único de Macau, onde o Oriente encontra o Ocidente, combinando arte, tradição e criatividade por meio da troca cultural.”
O Grupo “Macau no Coração” representou uma vez mais as tradições folclóricas minhotas naquele território atualmente integrado na República Popular da China, com séculos de convivência comum.

O Teatro Municipal de Viana do Castelo acolheu, esta quinta-feira, um evento de apresentação do teaser do filme de animação "Viana – A Lenda dos Corações de Ouro", momento que contou com apresentação de Pêpê Rapazote e Ana Guedes Rodrigues, e com a presença de Diogo Piçarra, Cuca Roseta, Contraponto, entre muitos mais.
No evento de apresentação, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, garantiu que “esta é uma iniciativa que assenta muito no que é a nossa matriz cultural, a nossa identidade, que pega numa história de Viana e em elementos fundamentais, nomeadamente as nossas mordomas e, através dessas personagens, que têm uma dimensão e um significado absolutamente histórico e coletivo, constrói uma lenda”.
O autarca refere que esta é uma iniciativa “à escala global”, “que não é para ficar entre muros, mas sim para projetar a nossa cidade, o nosso património, a nossa identidade, os nossos valores culturais”, pelo que o Município apoia “de forma convicta e consistente” este projeto para que o mesmo “tenha sucesso”.
“Estou expectante, acredito mesmo nesta iniciativa como uma ação de marketing territorial, de promoção da nossa identidade, do nosso património material e imaterial, nomeadamente o nosso património edificado. É uma história que incorpora as nossas tradições, mas também incorpora os nossos ícones, as nossas praças, os nossos monumentos, as nossas praças”, assumiu Luís Nobre.
Rui Miranda, produtor e cofundador da Watermelon Productions, revelou que “o amor por Viana” inspirou este projeto que iniciou há 5 anos, envolvendo cerca de 200 pessoas e culminando com 68 cenários que têm a capital do Alto Minho como fonte de inspiração.
O responsável indicou que o filme conta com 850 páginas escritas, 2.250 sequências e que será lançado em português e inglês, estando a ser preparados eventos de lançamento não só em Viana do Castelo, mas também em Londres e Nova Iorque. A produção deverá estar concluída em março de 2026, com antestreia prevista para o verão do próximo ano, também no Teatro Municipal Sá de Miranda.
Já Rodrigo Carvalho, realizador, destacou a “generosidade” e a “tradição” do povo português como caraterísticas que serviram de base a esta grandiosa produção. “O Coração de Ouro, símbolo português, motivou esta história” que conta com argumento de João Ramos e Henrique Silva.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Viana do Castelo garantiu a estreia mundial do filme de animação "Viana – A Lenda dos Corações de Ouro" na cidade. Com vozes de Daniela Melchior (Ana), Luke Newton (Thomas) e Pêpê Rapazote (Don Florentin, General), o filme de animação português mistura aventura, comédia, romance e música é inspirado na lenda de amor de Viana do Castelo.
O filme é produzido por Rui Lima Miranda, com produção executiva de André Picado e direção de Rodrigo Carvalho. O ator inglês Luke Newton, conhecido pela participação na série "Bridgerton", da Netflix, foi o escolhido para dar voz a Thomas, um artesão de guitarras portuguesas que se apaixona pela princesa Ana, personagem interpretada por Daniela Melchior.
O Protocolo de Cooperação e Apoio Financeiro entre o Município de Viana do Castelo e a Watermelon Productions Lda., aprovado em janeiro de 2024, refere que a empresa é “a maior produtora de animação portuguesa” e que está a produzir “um filme de animação 3D inspirado nas tradições, arquitetura e costumes de Viana do Castelo, para crianças e famílias”, contando “com um elenco internacional de atores premiados e com enorme popularidade”.
“A história remete para o norte de um Portugal medieval, onde a bela Ana apaixona-se pelo pobre artesão Thomas. A história de um amor impossível, por causa do pai dela que exige que os pretendentes da sua filha apresentem uma joia como prova de nobreza. Mas o jovem casal recusa-se a desistir. Com a ajuda dos fiéis companheiros, da generosidade das mulheres da cidade e do talento de um misterioso joalheiro, Ana e Thomas enfrentarão muitos desafios por amor, incluindo o poderoso e malvado duque de Aragão”, refere a sinopse.




























Casa do Minho em Newark esteve em festa no passado sábado. O salão nobre do Portuguese Instructive Social Club de Elizabeth, em Nova Jérsia, foi pequeno para acolher os conterrâneos e amigos que ali acorreram para celebrar os 38 anos dos Grupos Folclóricos da Casa do Minho de Newark — uma data que reafirma o compromisso da comunidade portuguesa em preservar e celebrar as suas raízes.






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Domingos Cunha desembarcou no Rio de Janeiro em 1964, com apenas 14 anos e uma mala cheia de sonhos. Vinha de Póvoa de Lanhoso, no Norte de Portugal, num período de intensa emigração. Como milhares de compatriotas, buscava no Brasil a oportunidade de construir uma vida melhor e encontrou, nas ruas cariocas, uma comunidade portuguesa que mantinha vivas as tradições da terra natal: uma chegada marcada pela saudade e pelo trabalho.
Primeiro, morou em Vila Isabel, bairro da Zona Norte carioca. Domingos trabalhou ainda jovem em mercearias e padarias, ofícios comuns entre imigrantes. A saudade, porém, logo o aproximou das associações culturais portuguesas que se multiplicavam pela cidade desde o início do século XX. Foi nesse ambiente que conheceu a Casa do Minho do Rio de Janeiro, uma das mais ativas instituições lusas da capital, e o Rancho Folclórico Maria da Fonte, do qual se tornaria integrante e entusiasta.
Fundada em 08 de março de 1924, a Casa do Minho é referência da comunidade portuguesa no Brasil. Ali, o Rancho Folclórico Maria da Fonte tornou-se símbolo de identidade e memória, resgatando as danças, os trajes e as canções do Norte de Portugal.
“Entrei para a Casa do Minho do Rio de Janeiro em 1964, o ensaiador era Benjamin Pires, a sede ainda era na rua conselheiro Josino. Foi uma época incrível, pois era no Rancho Folclórico Maria da Fonte que eu matava as saudades da minha terra Natal, pois tinha apenas 14 anos, e recém chegado de Portugal”, recordou Domingos.
No Rancho Folclórico, Domingos conheceu outros imigrantes, fez amigos e, mais tarde, Perci, a mulher com quem vive até hoje e que “foi diretora da Casa durante a gestão de Miranda Matos”.
A Casa do Minho transformou-se num ponto de encontro e integração, onde as diferenças entre Brasil e Portugal se desfaziam em sotaques misturados, fados e conversas à mesa.
Nos anos 1970, Domingos mudou-se para Volta Redonda, município do Sul Fluminense, para trabalhar numa empresa local, onde continuou ligado à comunidade portuguesa e manteve viva a paixão pelo folclore.
“Deixei a Casa em 1973 quando comprei um posto de gasolina em Volta Redonda. Nessa região, ajudei a fundar a Casa de Portugal de Volta Redonda”, completou.
De volta ao Rio, decidiu investir num antigo desejo: abrir o próprio negócio, tornando-se, nos anos 1980, sócio do Bar e Restaurante Glória, tradicional estabelecimento fundado em 1945 e localizado na Rua Acre, nº 6, bairro da Saúde, próximo à Praça Mauá, que marca o início da Avenida Rio Branco, na zona central da cidade.
Uma vida marcada pela imigração, pelas saudades de Portugal, pelo carinho com o folclore e pelo amor ao Brasil.
Foto: arquivo pessoal/Domingos Cunha

O Grupo “Macau no Coração” acaba de atuar no “Lusophone Cultural Festival” que tem lugar na província de Cantão, da República Popular da China, dando a conhecer e vivenciar o património cultural imaterial único e distinto de Macau através da apresentação e atividades interativas de dança folclórica portuguesa.




Hoje estamos muito felizes que a ”Dança Folclórica Portuguesa“ tenha sido incluída oficialmente como um “Projecto do Património Cultural Intangível 2025”.
Continuaremos a preservar o património cultural de Macau e Portugal, expondo o encanto da Dança Folclórica Portuguesa. Trabalharemos também em conjunto para fortalecer esses laços, promover e partilhar ainda mais esta cultura tradicional rica e única com o mundo – afirma o Macau no Coração.
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Constituída há trinta e oito anos, a Casa do Minho em Newark é o local de encontro e união da comunidade minhota naquela cidade do Estado de New Jersey. Em Newark, os nossos conterrâneos vivem sobretudo no Ironbund, um bairro onde aliás vive a maior parte por portugueses e brasileiros ali radicados e onde o português é a língua mais usada.
A Casa do Minho revela a pujança e a juventude de uma comunidade que procura ardentemente manter vivas as suas raízes culturais e a sua identidade. O seu Rancho folclórico e o seu grupo de zés-pereiras constituem a alma da associação, bem assim como o seu grupo de Juventude.
Mesmo distante das suas terras de origem ou de seus pais, os nossos conterrâneos em Newark dançam o vira, a chula e a cana-verde como qualquer minhoto que não foi arrancado ao seu rincão natal porque, apesar do imenso oceano que o separa, o coração está sempre presente. Por isso, ele vibra ao som da concertina e depressa se embala ao ritmo do nosso folclore.
À sua maneira, os nossos conterrâneos radicados nos Estados Unidos da América como, aliás, um pouco por todo o mundo, constituem os seus ranchos folclóricos, reeditam as festas, preservam as tradições e sobretudo conservam os laços que os unem entre si e fazem dos minhotos uma efetiva comunidade, preservando a solidariedade humana que é, afinal de contas, a primeira razão de ser da criação da Casa do Minho em Newark.

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A praça da Closa da cidade de Ordino no Principado de Andorra viveu uma noite mágica de cultura tradicional portuguesa e de dança contemporânea a cargo do Grupo de Folclore Casa de Portugal.
A cerimónia inaugural da 5ª edição do Contradans, Festival de Dança e Cultura Popular, iniciou com o discurso de boas vindas das autoridades locais e dos organizadores num ambiente de celebração da cultura, comunidade e tradição.
A continuação, o Grupo de Folclore Casa de Portugal, encarregado de inaugurar o festival, entrou em palco apresentando o colorido dos trajes e a vivacidade das danças do Alto Minho como Góta de Gondarém e Chula de Viana.
Seguiu o momento mais esperado pelo público, a estreia de dança contemporânea a cargo de um reduzido grupo de membros do Grupo de Folclore Casa de Portugal que, vestidos para a ocasião, apresentaram duas danças idealizadas pela coreógrafa andorrana Paula Pons. A primeira dança teve como acompanhamento musical a peça Saia da Carolina, de Carolina Deslandes e a segunda, Maria Joana, uma versão do grupo Calema em colaboração com Nuno Ribeiro e Marisa. O som das versões portuguesas e o movimento das coreografias arrancou calorosos aplausos e emocionou o público presente, destacando a Ministra de Cultura do Principado, Monica Bonell, a Vice-Presidente do Parlamento de Andorra, Sandra Codina e a presidente da câmara de Ordino, Maria del Mar Coma, entre outras. Por parte portuguesa, o evento contou com a presença de Duarte Pinto da Rocha, Cônsul-Geral de Portugal no Principado e vários membros do movimento associativo lusitano.
Fundindo-se num caloroso abraço com Paula Pons, os bailarinos do Grupo visivelmente emocionados, receberam os aplausos e elogios do público e autoridades presentes.
Em entrevista aos meios de comunicação andorranos, a Co-diretora do Contradans, Sandra Tudó, elogiou a apresentação do Grupo de Folclore Casa de Portugal destacando que o Grupo mantenha "a sua tradição, o que é muito importante" mas também que "tenha aceite o desafio de introduzir a contemporaneidade" neste evento. Após a atuação seguiu um desfile pelas ruas de Ordino formado por diferentes grupos de Gigantones e Cabeçudos e pelos membros do Grupo de Folclore Casa de Portugal.
A 5ª edição do Festival Contradans vai decorrer de 2 a 5 de outubro, mês no qual o Grupo de Folclore Casa de Portugal tem prevista a participação no dia 18 no Festival de Múrcia (Espanha) e de 24 a 26 a participação na 46ª Feira de Andorra la Vella.
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Espetáculo etnográfico no palco principal da 'Cidade das Tradições'
No passado domingo, no âmbito do programa 'Cidade das Tradições', levado a efeito em Lisboa pela Fundação Inatel, a Rusga representou a etnografia minhota através de um espetáculo temático, intitulado, "Trechos da Romaria do Mártir S. Vicente de Braga", levado à cena no palco principal do evento. O guião do espetáculo, passou em revista alguns dos momentos mais emblemáticos e caracterizadores da segunda maior Romaria do casco urbano bracarense, imediatamente a seguir às Sanjoaninas bracarenses, Festas da Cidade. Foi de forma entusiástica (com um constante bater de palmas), que o público presente acolheu os diferentes momentos em palco. Desde os pregoeiros, aos preparativos da festa, passando pela procissão em honra do Santo Mártir, pelos espécimes cantados pelas devotas romeiras, até a animação do adro da igreja - após as cerimónias religiosas -, com danças e cantares em jeito de fim das festividades vicentinas.
Tal como previa o programa, findo o espetáculo em palco, a segunda prestação da Rusga consistiu numa Oficina de Dança, sob a designação, 'E, siga a Rusga!'. Esta oficina - bastante concorrida, com jovens e menos jovens, nacionais e estrangeiros -, proporcionou momentos de maior proximidade entre o público presente e o Grupo. Foi um grande momento de partilha e de aprendizagens para quem nunca tinha experienciado as danças e respetivos ritmos minhotos, através dos malhões, chulas e viras.
A "Cidade das Tradições", é uma iniciativa da Fundação INATEL, que este ano contou com o apoio da Comissão Nacional da UNESCO e da Região de Turismo Porto e Norte, para uma grande celebração do património cultural imaterial português, na sua riqueza e diversidade do país, com especial enfoque na 'Pronúncia do Norte'.
P'la Direção
O Presidente
José Ribeiro Pinto
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O grupo “Macau no Coração” participou na Exposição Mundial de Kansai, no Japão, integrado no Pavilhão da República Popular da China. Trata-se da Semana de Eventos de Macau que decorre durante três dias seguidos em Osaka. Amanhã decorre a abertura oficial do certame.
De acordo com a organização, a "Okai World Expo 2025, Semana do Evento de Macau" realizou-se durante três dias, com o tema "Feeling Macau" para promover o património cultural imaterial de Macau e eventos de festivais em grande escala, e para demonstrar aos viajantes globais o encanto único da cidade, que combina as culturas oriental e o ocidental e reflete as culturas antigas e modernas.
Mais uma vez, o Minho marca a sua presença em terras do oriente através do Grupo “Macau no Coração” com os seus componentes trajados à vianense. Elas, com os seus trajes domingueiros de lavradeira, deslumbraram o público com a beleza e encanto da mulher macaense – as nossas minhotas de Macau!
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Herança e Modernidade foi o mote escolhido pelo Grupo de Folclore Casa de Portugal sediado no Principado de Andorra para a cerimónia inaugural da 5ª edição do Contradans.
A paróquia de Ordino irá acolher de 2 a 5 de outubro o Festival de Dança e Cultura Tradicional que este ano irá contar pela primeira vez com presença portuguesa. A Praça da Closa será o espaço principal da inauguração com os discursos por parte das autoridades e dos organizadores do evento. Seguidamente o Grupo de Folclore Casa de Portugal irá apresentar danças tradicionais do seu reportório inserido na região da ribeira Lima (Viana do Castelo).
A continuação, um grupo de elementos do Grupo de Folclore Casa de Portugal irá apresentar, pela primeira vez, um conjunto de danças contemporâneas (um dos requisitos do certame), fusionando a dança tradicional com a dança moderna. Trata-se de um espetáculo criado para a ocasião sob o título Herança, em homenagem ao testemunho passado de geração em geração na defesa da cultura popular e Modernidade, representando a evolução da dança até aos dias de hoje, que consta de duas atuações e para o qual contou com a colaboração da coreógrafa e professora de dança andorrana Paula Pons. Desde o mês de março os elementos do grupo têm trabalhado para apresentar um espetáculo de dança de fusão combinando estilos como o folclore, o pop e o hip hop.
Após a cerimónia inaugural a comitiva encabeçada pelo Grupo de Folclore Casa de Portugal e os cabeçudos de Olivella, de Andorra la Vella e de Canillo irão percorrer as ruas mais centrais da cidade de Ordino.
O evento segue nos dias seguintes com mais atuações de grupos de dança, workshop de instrumentos, utensílios e sandálias, entre outros.
José Luís Carvalho
Presidente
GFCP
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