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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PÓVOA DE LANHOSO FESTEJA A SÃO JOSÉ

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Multidão que acorreu aos primeiros dias das Festas de S. José brindada com um cartaz bem recheado

Folclore, cavaquinhos, um encontro de concertinas, cantares ao desafio, música popular e Chegas de Bois marcaram o primeiro fim-de-semana das festas de S. José, que também teve a II Corrida de S. José e a Caminhada de S. José, o concurso de Pesca Desportiva, as concentrações de Motas Clássicas e de Carochas e a abertura da Exposição de “S. José em Tela”, sem esquecer o público infantil, com as músicas do Professor Carlos.

Com o tempo a ajudar, os palcos da Praça Eng.º Armando Rodrigues e do Pontido com a atuação de vários artistas, as barracas dos comes e bebes em funcionamento e os divertimentos em permanente atividade, os primeiros dias de festa de S. José correram a preceito.

De entre algumas iniciativas destacamos a abertura da Exposição de S. José, que vai ter expostas 17 obras do Domingos Silva, um artista povoense, natural de Travassos. Desde 1994 que ele desenha as imagens de S. José que servem de base ao cartaz e restantes suportes necessários à divulgação das Festas Concelhias.

Também a II Corrida de S. José, organizada pelo Município, em parceria com o Grupo Desportivo da Goma (GDG), contou com a com a participação de mais de 360 atletas que, correndo num percurso desenhado pelas principais artérias da vila, acrescentaram maior dinâmica à Festa. Pela primeira vez, esta prova assumiu um carácter inclusivo com a participação de 5 utentes da Assis que, com as suas cadeiras empurradas por voluntários/as, cumpriram a distância da caminhada, bem como, dois atletas portadores de deficiência visual que também participaram, confirmando a sua capacidade de superação.

O domingo começou com a concentração de cerca de 120 Motas Clássicas no Largo António Lopes e, os Carochas, por seu lado, aglomeraram-se no Espaço da Feira Semanal, sendo mais de 90 os exemplares que puderam ser admirados por todos/as quantos/as passaram por aquele espaço.

Mais uma vez, o Parque do Pontido foi o local escolhido para a realização das acérrimas Chegas de Bois de S. José. No domingo de tarde foram inúmeras os/as aficionados/as que assistiram a este espetáculo de força e emoção, que decorreu cumprindo as regras de bem-estar animal e colocou frente a frente os melhores exemplares de bovinos da raça barrosã, provenientes de toda a região Norte.

A tarde de domingo contou ainda, além das várias atuações previstas, com a estreia do Grupo de Cantares do Cancioneiro Minhoto, que conta com mais de 70 elementos.

O S. José tem como ponto diferenciador também a gastronomia, sendo o Cabrito à S. José o prato mais procurado por estes dias. Foram 28 os restaurantes povoenses que aderiram à iniciativa e que apresentaram nos seus cardápios esta tradicional iguaria e, como sobremesa, as Rochas do Pilar. No dia mais importante das festas, terça-feira, dia de S. José, é ainda possível saborear e deliciar-se com este prato tão tradicional.

Neste dia, o mais marcante das festas, realiza-se a procissão de S. José, na qual irão participar 33 andores, representando as paróquias e os patronos das instituições locais, enfeitados com flores naturais, numa mensagem de boas vindas à primavera que se aproxima.

Os atrativos para visitar a Póvoa de Lanhoso são inúmeros e deixamos uma especial referência do vasto cartaz, para o Festival Jovem, com a presença de Mundo Segundo & Sam The Kid, o DJ Kardo, o Padre Guilherme e o DJ EAZY, agendados para sábado à noite, no Parque do Pontido.

A finalizar a edição deste ano do S. José, no dia 24 de Março, pelas 15h00, teremos o Cortejo Histórico de S. José “Abril: passado, presente e futuro”, evento que também faz parte do programa das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril. Os 21 carros alegóricos preparados pelas freguesias, vão contar e retratar momentos que fazem parte da história recente do nosso país e que tem na Revolução dos Cravos e na democracia a mais alta inspiração, estimando-se que sejam perto de 600 os/as figurantes envolvidos nesta iniciativa.

VIANA DO CASTELO: VILA FRANCA DO LIMA ANUNCIA FESTA DAS ROSAS – A PRIMEIRA GRANDE ROMARIA DO CICLO DE FESTAS DO ALTO MINHO

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Vila Franca do Lima, no concelho de Viana do Castelo, está em festa de 10 até 13 de Maio. Trata-se da Festa das Rosas, uma das mais emblemáticas romarias minhotas, famosa pelo seu desfile de cestos floridos da Festa das Flores, confecionados com caules, folhas, botões e pétalas de flores naturais, que as mordomas transportam à cabeça para oferta a Nossa Senhora do Rosário.

A Festa das Rosas de Vila Franca, em Viana do Castelo, é a primeira grande romaria do calendário festivo do Alto Minho e passou a ser também a primeira festa do concelho a constar no Inventário do Património Cultural e Imaterial nacional.

Remonta a 1622, o costume dos cestos floridos de Vila Franca do Lima, ocasião em que foi constituída a Confraria de Nossa Senhora do Rosário. Desde então, milhares de romeiros afluem a Vila Franca do Lima, todos os segundos domingos de Maio, em devoção ou simplesmente atraídos pela beleza singular da festa.

Desde há muito tempo que as Festas das Rosas se tornaram um cartaz turístico a atrair visitantes não apenas nacionais como estrangeiros, vindo deslumbrar-se com o colorido e a grandeza de uma das mais belas romarias minhotas.

Os cestos são revestidos e enfeitados com múltiplas flores naturais dos mais variados tons e matizes, pétalas e folhas que apresentam paisagens, monumentos, brasões e outros motivos decorativos que relevam bem o talento e a criatividade das mordomas que os transportam à cabeça e os vão oferecer a Nossa Senhora do Rosário, fixados por milhares de alfinetes de cabeça. Cada cesto florido pode atingir o peso de 50 quilos.

Fotos: https://www.romatours.pt/

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PÓVOA DE LANHOSO FESTEJA SÃO JOSÉ DE 15 A 24 DE MARÇO

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Se durante o ano são incontáveis as razões para visitar a Póvoa de Lanhoso, de 15 a 24 de março, estas são ainda mais, com a realização das Festividades Concelhias, em Honra de São José.  O principal cartaz turístico do concelho continua a oferecer palco ao que de melhor existe e é feito no concelho Povoense.

“Preparámos um cartaz equilibrado, bem conseguido, que preserva as tradições culturais e históricas do concelho, o que para nós é prioridade, e que assegura que os Povoenses e as pessoas que vão visitar a Póvoa de Lanhoso vão encontrar oferta de qualidade”, referiu o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, na apresentação pública do cartaz, na manhã desta quinta-feira, 29 de fevereiro, no emblemático Salão Nobre dos Paços do Concelho.

O Vereador do Turismo e Eventos, Ricardo Alves, a Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, o Vereador do Ambiente, Paulo Gago, e o artista plástico que, todos os anos, ajuda a abrilhantar e a enriquecer o São José, sempre com um cartaz diferente, Domingos Silva, também marcaram presença. Desta vez, o santo padroeiro foi retratado de uma forma mais realista, trazendo o brasão da Póvoa de Lanhoso ao peito.

Como habitualmente, os pontos altos destas Festividades, que aliam sagrado e profano, são a Majestosa Procissão (19 de março) e o Cortejo Histórico (24 de março), evento que também integra o programa das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril no Município, com o tema “Abril: passado, presente e futuro”.

O cantor Zé Amaro, com fortes ligações à Póvoa de Lanhoso, é o escolhido para animar a Noite Solidária (18 de março). O Padre Guilherme e Mundo Segundo & Sam the Kid também têm presença confirmada nestas Festas (23 de março), que dão sobretudo palco aos artistas Povoenses, como Tiago Barbosa (23 de março), por exemplo. As atuações musicais continuam a distribuir-se por três palcos: exterior dos Paços do Concelho, Praça Eng.º Armando Rodrigues e Anfiteatro do Pontido.

Do ponto de vista das novidades, pode referir-se a Corrida de São José com vertente inclusiva (16 de março), a estreia do Grupo de Cantares do Cancioneiro Minhoto nas Festas (17 de março), a apresentação do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal (20 de março) e o Festival Jovem (23 de março). Durante estas Festividades será evidente a preocupação do Município com a sustentabilidade, de uma forma que irá manter-se em eventos futuros.

Momentos como o Hastear da Bandeira, a Missa Solene e a Majestosa Procissão (19 de março), bem como o Cortejo Histórico (24 de março) terão transmissão em direto através das redes sociais do Município, de modo a que possam chegar a quem está longe, em particular, à população emigrante.

A evolução dos cartazes de São José da autoria do artista plástico Povoense Domingos Silva pode ser apreciada no âmbito da Exposição “São José em tela”, na Galeria do Theatro Club (abertura no dia 16 de março).

Procurando uma programação equilibrada, com continuidade, mas também novidade e preservação dos elementos mais característicos desta que é a primeira grande festa popular de cada ano, no Minho, a Câmara Municipal conta com a parceria de distintas entidades e instituições na organização de diversos momentos das Festas do Concelho.

Destacando a boa colaboração institucional, o Presidente da Câmara Municipal também aludiu às comemorações do centenário da constituição da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo (que coincide com a freguesia da Póvoa de Lanhoso), dando conta de um momento destas comemorações que se entrelaça com as Festividades Concelhias, mais concretamente, a realização de uma exposição de figuras de São José.

A realização do fim de semana gastronómico, nos dias 16, 17 e 19, destacando o Cabrito à São José e as Rochas do Pilar, completa as incontáveis razões para visitar a Póvoa de Lanhoso, entre 15 e 24 de março. Está quase tudo a postos para trazer para as ruas Povoenses e visitantes. O objetivo é de que as Festas de São José proporcionem momentos de felicidade e memórias para partilhar.

AS ARTES GRÁFICAS NA DIVULGAÇÃO DO FOLCLORE E DAS FESTAS E ROMARIAS

Não existe praticamente festa ou romaria, feira tradicional ou festival folclórico que não tenha o seu próprio cartaz a anunciar o evento e a divulgar o respectivo programa. Desde os mais simples aos melhores elaborados do ponto de vista gráfico, todos revelam uma preocupação de natureza publicitária que consiste em dar a conhecer a iniciativa e garantir o seu êxito em termos de participação do público. Alguns, porém, acrescentam também a inclusão de uma elevada quantidade de anúncios como forma de garantir os patrocínios que vão suportar as despesas da realização da festa.

Para além do cartaz propriamente dito, existem organizações que produzem outros suportes publicitários em papel como folhetos e pequenos opúsculos contendo o programa dos festejos. Toda esta divulgação deve ser ponderada do ponto estético como financeiro a fim de que possam corresponder da melhor forma aos objectivos pretendidos.

Antes de mais, deve atender-se a que o cartaz, destinado a ser afixado em locais públicos, para além de constituir um meio de publicidade visual, possui um valor estético e artístico, adquirindo por essa via também interesse histórico. Ele traduz formas de representação que têm a ver com as formas artísticas de cada época, traduzindo a visão do artista acerca do objecto publicitário e da própria comunicação ao exprimir ideias e sensações através da representação gráfica. Como exemplo, inúmeros cartazes produzidos em meados do século XX alusivos ao turismo ou a determinadas festas e romarias que contavam com um especial patrocínio do Estado Novo, revelam uma notória preferência pelas formas geométricas que caracterizaram o modernismo.

Nos casos em que o excesso de publicidade e a falta de bom gosto prejudicam a concepção gráfica da publicidade, é o próprio evento que sai desfavorecido ao ser transmitida uma imagem de uma iniciativa que em nada o valoriza. Em tais situações, para além de prejudicial, a divulgação que é feita apenas se traduz em encargos financeiros que a organização tem de suportar e que nem sempre são compensados com os patrocínios. Por outro lado, a sua afixação indiscriminada apenas resulta em poluição visual a contribuir para a degradação da localidade onde tal forma de divulgação ocorre.

Em regra, a produção gráfica é feita por meios litográficos ou seja, através de offset. Este meio de impressão possui custos fixos com fotocomposição, revelação de películas, montagem e transporte para a chapa e os respectivos materiais pelo que os seus custos apenas diminuem na medida em que as tiragens são mais elevadas. A isto acresce o facto da generalidade do material publicitário ser feito a cores, o que implica a selecção de cores – ciao, amarelo, magenta e preto – e a sua impressão em quadricomia, o que aumenta consideravelmente os seus custos globais. Não considerando eventuais casos de inclusão das designadas “cores directas” ou “suplementares” que mais não fazem do que onerar os seus custos. Por conseguinte, este meio de produção gráfica apenas é vantajoso para grandes tiragens, o que em muitos casos representa um desperdício e um gasto desnecessário.

Como alternativa, a impressão digital possui maior interesse para a produção de tiragens reduzidas, como convém a pequenas localidades onde a impressão de uma ou duas centenas de cartazes se revela suficiente. Neste caso, os custos são constantes e, não existindo custos fixos à priori, apenas entram em desvantagem em relação à impressão em offset a partir dos trezentos exemplares aproximadamente. Trata-se, como é evidente, de um processo de produção que mais convém a organizações que não necessitam de recorrer à utilização de grandes quantidades de publicidade em suporte de papel, tanto mais que é cada vez mais recorrente a utilização da Internet para o efeito.

Outro dos aspectos que nem sempre é tido em consideração reside no tipo de papel que é escolhido para o meio de divulgação pretendido, tanto no que respeita às suas características como à própria gramagem. É frequente depararmos com os mais variados géneros, alguns dos quais claramente não favorecem a divulgação que é feita enquanto, noutros casos, traduzem-se em esbanjamento e gastos desnecessários em material mais dispendioso. Procurando um ponto de equilíbrio entre critérios de qualidade e economia, o tipo de papel geralmente mais adequado na produção de cartazes para divulgação de festivais de folclore ou de romarias é o couché brilhante, com 115grs/m2, podendo eventualmente ser substituído pelo couché mate, aconselhando-se neste caso a aplicação de verniz de máquina que, para além do realce, contribui para a fixação das cores.

No que respeita às dimensões do cartaz, ele não deve ser definido de uma forma aleatória sob pena de perder a sua utilidade ou constituir uma maneira de esbanjar verbas que seguramente fazem falta à organização. Assim, importa antes de mais ter presente os locais públicos onde os cartazes vão ser afixados, existindo espaços que não se coadunam com cartazes de grandes dimensões. Por outro lado, deve ter-se em consideração as medidas padronizadas do papel uma vez que estas respeitam as dimensões das máquinas de impressão concebidas pelos fabricantes. Qualquer pequena diferença nos formatos pretendidos pode representar a duplicação dos custos em consequência do desperdício de matérias-primas.

A produção em separado de programas sob um formato de caderno possui como vantagens, além da inclusão da publicidade dos patrocinadores, a divulgação de conteúdos de natureza cultural relacionados com a localidade ou o evento, possibilitando que os mesmos sejam guardados como outra publicação de interesse.

Em regra, as organizações tendem a adoptar um modelo gráfico ou seja, um determinado estilo que as identifica nomeadamente pelas cores empregues, o tipo de letra e eventuais logótipos ou dísticos emblemáticos. O grafismo usado na divulgação em suporte de papel deve ser tanto quanto possível semelhante ao que é utilizado através da Internet, traduzindo-se em uniformidade e economia de meios e gastos.

Por fim, as organizações de eventos culturais que de alguma forma se identificam com a preservação do património cultural ou dos valores de uma determinada região, jamais devem contribuir para uma imagem de degradação da terra e de si mesmos, transformando-se em elementos repulsivos e indesejáveis a essa mesma causa que alegadamente dizem defender.