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A tradição ainda é o que era! – milhares de romeiros vão rumar a Arga de S. João para cumprir promessas a S. João ou pedir-lhe ajuda para arranjarem casamento ou cura de verrugas, quistos, doenças de pele e infertilidade. Nem todos vão a pé como antigamente mas poucos são os minhotos que dispensam esta festa pois ela continua a ser uma das mais genuínas de toda a região e do país. E, até da vizinha Galiza não faltam os nossos irmãos galegos a comungar da mesma Fé – e da mesma identidade cultural!
Muitos ainda vão em ranchos como antigamente, subindo a pé o monte, cantarolando aqui e merendando acolá. Pelo caminho, o “penedo do casamento” é sítio obrigatório de paragem no percurso dos romeiros. Os solteiros atiram-lhe uma pedra para que esta fique em cima dele, dependendo o tempo de espera do casamento das tentativas feitas até o conseguir. Reza a lenda que o penedo “arranja testo para qualquer panela”… porém, como os tempos estão difíceis, vão ouvindo-se com frequência cantar os seguintes versos:
Ó meu Senhor S. João
Casai-me que bem podeis
Já tenho teias de aranha
Naquilo que bem sabeis
Uma vez chegado ao local do santuário, situado a cerca de 800 metros de altitude, os peregrinos dão três voltas à capela findas as vão dar uma esmola ao santo… e outra ao diabo!
Cumprida a devoção, a romaria dá lugar ao folguedo. Juntam-se os tocadores de concertina e abrem-se as goelas para os cantares ao desafio. Canta-se e dança-se no terreiro até ao amanhecer. Come-se e bebe-se nas tasquinhas à volta do santuário ou nas lojas dos “quarteis” onde também existe alojamento para pernoitar pois, caso contrário, terá de ser feito ao relento, na área envolvente do mosteiro. Apesar de ainda ser Verão, as noites são frias e, como agasalho, recomenda-se um copito de aguardente com mel, uma especialidade típica da Serra d’Arga.
Um poeta alfacinha de que não recordamos o nome, terá criado estes graciosos versos a repeito de S. João Baptista e de seu primo Jesus a quem baptizou nas águas do rio Jordão:
São João, reparem nisto,
Teve este grande condão;
Ao baptizar Jesus Cristo,
Foi quem fez de Cristo cristão
Mal despontam os primeiros raios de sol, é chegada a altura de regressar a casa. A aldeia regressa à sua habitual pacatez e o silêncio volta à serra. Apenas uma escassa centena de almas habita as pouco mais de duas dezenas de habitações que compõem Arga de S. João, abrangendo uma extensão de treze quilómetros quadrados.
- S. João d’Arga é uma das mais genuínas romarias minhotas. Para o ano lá voltaremos!
Fotos: Município de Caminha
A Festa das Nortadas vai regressar a Fão amanhã, dia 12 de julho, numa iniciativa do Município de Esposende.
O Largo do Cortinhal foi o palco escolhido para acolher este evento, que decorrerá a partir das 21h30, com entrada livre. A animação musical estará a cargo do cantor esposendense Zé Praia e Amigos, nomeadamente Os Sanfonetas, Tiago Rio e André Costa.
A zona ribeirinha de Fão volta, assim, a receber esta carismática festa, que, a pretexto das nortadas tão típicas desta região, fomenta o convívio, num ambiente de música e animação.
“Póvoa em Festa”, de 12 de Julho a 24 de Agosto – mês e meio de animação na Póvoa de Lanhoso
Serão 7 os fins-de-semana de festa que vão colorir e animar as noites da Póvoa de Lanhoso. A edição deste Verão arranca já no dia 12 de Julho e prolonga-se até ao dia 24 de Agosto, com uma programação diversificada e transversal, apresentando o cartaz opções que vão desde a animação musical às propostas culturais.
Dos inúmeros momentos que estão agendados, destacam-se alguns como é o caso do evento “As Bandas convidam os Pêgas”, no qual as duas bandas de música povoenses, a Banda Musical de Calvos e a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários se apresentam juntamente com os Pêgas, um grupo musical povoense em ascensão. Esta apresentação está marcada para o dia 1 de Agosto no Parque do Pontido.
A Festa Animal realiza-se no dia 3 de Agosto na Praça Eng.º Armando Rodrigues e esta iniciativa conta com o apadrinhamento do escritor Pedro Chagas Freitas, bem como a participação da Equipa Cinotécnica da GNR. Também para esta data está marcada a abertura da 29.ª Exposição Aberta de Artes Plásticas que vai estar patente na Galeria de exposições do Theatro Club.
O Sentir Póvoa, a noite dedicada à Póvoa de Lanhoso terá como temas, este ano, o Gonçalo Sampaio, mas também o Castelo de Lanhoso, a Filigrana e a Maria da Fonte e vai realizar-se no Parque do Pontido na noite de 8 de Agosto.
Para atrair o público mais jovem o Papillon dará um espetáculo no dia 9 de Agosto, abrilhantando a noite da Juventude que contará também com a participação do DJ Kardo.
Para 14 e 15 de Agosto está marcado o já tradicional Festival de Folclore Prof. Gonçalo Sampaio, que vai já sua 28.ª edição.
O desporto, com o Meeting das Águas Abertas, na Barragem das Andorinhas, o Torneio de Ténis, a apresentação das equipas do Sport Clube Maria da Fonte para a próxima época e eventos ligados ao centenário deste Clube; o teatro, com peças do Grupo Cénico e do TEM, a dança, a música popular, as exposições, as caminhadas, as feiras, uma festa da espuma, os eventos relacionados com bem-estar como as taças tibetanas; e outros dedicados às crianças como as histórias da Mari Popó e magia preenchem o programa que vai ser oferecido durante os próximos tempos.
A praça Eng.º Armando Rodrigues, o Parque do Pontido, o Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos e o Theatro Club foram os locais escolhidos para serem o palco dos artistas da Póvoa de Lanhoso, a cargo de quem estará a responsabilidade de proporcionar aos/às povoenses noite de alegria e festa.
Os ranchos folclóricos, as bandas de música, as escolas de dança, os/as artistas e os atores e as atrizes povoenses são quem vai conferir a este verão o dinamismo que fará a diferença neste Póvoa em Festa, valorizando o que é da Póvoa de Lanhoso, contribuindo para a manutenção das raízes e das tradições populares, ao mesmo tempo que projeta as novas gerações.
Este sábado, para abrir teremos a iniciativas da programação do centenário do Maria da Fonte, com a apresentação de um livro e com a inauguração de uma exposição e, à noite, duas opções, teatro com a peça “Pedaços do Zé, Pedaços de nós”, no Theatro Club e festa, na praça Eng.º Armando Rodrigues com as artistas Cláudia e Joana.
No domingo, a manhã no Pontido é dedicada às crianças e no Centro Interpretativo do Carvalho de Calvos, também de manhã, decorre a primeira sessão com Taças Tibetanas.Para os/as povoenses, para os/turistas e, em especial para os/as emigrantes que, nesta altura do ano regressam à Póvoa de Lanhoso para estarem com os seus amigos e com os seus familiares, que sejam momentos memoráveis de partilha e felicidade.
Não existe no Minho romaria que se preze sem uma vibrante arruada dos zés p'reiras. E a Romaria da Senhora d'Agonia é um excelente exemplo.
Os grupos chamados “Zés-Pereiras” são característicos das festas e romarias do Minho ou, para ser mais preciso, de toda a região de Entre-Douro-e-Minho.
Desfilam pelas ruas tocando instrumentos de percussão — caixas de rufo, timbalões e bombos; assim como aerofones melódicos: pífaros e gaita-de-fole, por vezes, acompanhados de gigantones e cabeçudos.
Mais recentemente, pela popularidade alcançada na região, a concertina tem vindo a ser introduzida nestes grupos, acompanhando o ritmo marcial dos bombos e gaitas-de-foles.
As mordomas são quem administra os bens da confraria e organiza a festa popular de cariz religioso.
O termo mordomo empregue no galego e no português, provém do latim major de onde deriva o prefixo mor junto com o vocábulo domus que significa casa. São, por assim dizer, quem governa a casa, razão pela qual também era outrora utilizado para designar os magistrados encarregues da cobrança de impostos.
Na Romaria da Senhora d’Agonia são as rainhas da festa – as guardiãs das nossas tradições!