Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

BRAGA: SANTUÁRIO DO BOM JESUS DO MONTE ASSINALA DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE

500122653_18456471877074536_2806262649160640541_n.jpg

A Confraria do Bom Jesus do Monte tem o prazer de anunciar que, muito em breve, será lançado o «Guia da FAUNA e da FLORA do Bom Jesus do Monte».

A obra da autoria de Daniel Martins Antunes, que será apresentada no próximo dia 28 de Maio, é uma edição da Confraria do Bom Jesus do Monte com o apoio do Município de Braga, Universidade do Minho, Fundação Bracara Augusta, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional - Norte, Portugal 20 30 e União Europeia.

ANP|WWF APELA A MEDIDAS URGENTES FACE AO AGRAVAMENTO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DO LOBO IBÉRICO

A Organização Não-Governamental de Ambiente ANP|WWF manifesta a sua profunda preocupação com os resultados do censo nacional (2019-2021) do lobo-ibérico (Canis lupus signatus), publicados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e hoje noticiados pela imprensa. Publicados com atraso, os dados confirmam uma deterioração do estado de conservação desta espécie emblemática em Portugal, com uma redução significativa da sua área de presença e uma diminuição do número de alcateias confirmadas e prováveis.

Em comparação com o censo de 2002/2003 o relatório agora disponibilizado assinala uma diminuição acentuada na área com presença confirmada de lobo-ibérico: em duas décadas a área estimada de 20.400 km², diminuiu para 16.000 km², representando uma redução de 23%​, mostrando ainda uma diminuição de 8% no número de alcateias (que só não é mais significativa, pois o núcleo da Peneda-Gerês teve um aumento de 50%).

Os lobos representam um elemento-chave dos nossos ecossistemas, já que, como predadores de topo, ajudam a manter o equilíbrio natural e apoiam a diversidade da vida selvagem. Em Portugal, o lobo-ibérico está classificado pelo Livro Vermelho de 2023 como "Em Perigo", estando em pior estado do que em Espanha (tem a classificação de “Quase Ameaçado” no país vizinho). Para a ANP|WWF, os dados confirmam que têm sido escassos e pouco ambiciosos os esforços dos últimos Governos para travar o declínio da espécie, agravado pela perda e fragmentação de habitat, perseguição direta, escassez de presas naturais, os incêndios florestais e as alterações climáticas.

“Esta situação torna-se ainda mais preocupante tendo em conta o panorama internacional e a mais recente resolução da Convenção de Berna, apoiada por Portugal, que determinou a diminuição do estatuto de proteção do lobo, colocando em causa décadas de esforços de conservação cujos desígnios continuam por cumprir, como se vê, aliás, em relação ao próprio lobo-ibérico, subespécie do lobo cinzento”, considera Catarina Grilo, Diretora de Conservação e Políticas da ANP|WWF.

Em dezembro de 2023, a presidente da Comissão Europeia apresentou uma proposta para diminuir o estatuto de proteção do lobo de “estritamente protegida” para “protegida”, o que permite abates “seletivos” em caso de conflito com populações rurais. Nos meses que se seguiram, Portugal posicionou-se sempre, e bem, contra a redução da proteção. No entanto, em setembro de 2024, alterou o seu sentido de voto, abrindo um precedente e dando um passo muito perigoso ao contribuir para a desproteção da biodiversidade. A proposta foi formalmente adotada na reunião do Conselho da UE, a 26 de setembro, e submetida ao Comité Permanente da Convenção de Berna, que este mês de dezembro acabou por aprovar a diminuição do estatuto do lobo, uma decisão amplamente criticada por organizações ambientais, cientistas e demais especialistas em conservação da natureza.

Em declarações ao jornal Expresso durante as votações no seio da União Europeia, a Ministra do Ambiente e Energia justificou este voto alegando que, em Portugal, não haveria qualquer redução do estatuto desta espécie e as medidas aprovadas não serão aplicadas no território nacional, dado haver legislação específica nacional de proteção desta espécie. No entanto, é difícil acreditar que Portugal conseguirá resistir à pressão para flexibilizar as suas normas ambientais, especialmente depois de outros países começarem a fazê-lo, situação que, complementada com os dados do censo agora publicados, leva a um potencial ainda mais danoso para a conservação do lobo ibérico no país.

A ANP|WWF teme que o atraso de um ano na publicação deste relatório se deva a uma tentativa de reter a divulgação destes resultados negativos até à votação, o que, a confirmar-se, demonstra falta de compromisso com a transparência e a conservação da biodiversidade em Portugal, para lá de uma já confirmada falha grave na implementação de medidas eficazes para conservar esta espécie ameaçada.

Face aos dados agora atualizados e recolhidos com metodologias baseadas na ciência, a ANP|WWF apela uma vez mais ao Governo que assuma a sua responsabilidade e implemente medidas eficazes para reverter este cenário preocupante, nomeadamente:

  • Inviabilização de projetos de infraestruturas em áreas de localização conhecida de alcateias;
  • Proibição de caça (incluindo abates extraordinários de javalis) em áreas de localização conhecida de alcateias e em épocas de reprodução;
  • Melhoria e agilidade nos mecanismos de compensação por danos, com um modelo baseado na manutenção/aumento de alcateias e na ampliação da área de presença de lobo;
  • Promoção de iniciativas de valorização territorial, envolvendo proprietários, municípios e criadores de gado, destacando os benefícios económicos da coexistência com o lobo;
  • Priorização da prevenção de incêndios florestais, que ameaçam não apenas os habitats do lobo, mas também comunidades locais e outras espécies;
  • Convocação urgente de uma reunião do Plano de Ação para a Conservação do Lobo-Ibérico, para discutir estes resultados e rever as ações prioritárias.

“Proteger o lobo-ibérico não é apenas uma questão de conservar uma espécie. Trata-se de garantir a integridade dos nossos ecossistemas, promover a coexistência harmoniosa entre pessoas e a vida selvagem, e respeitar os compromissos internacionais de Portugal em relação à salvaguarda da biodiversidade. Apelamos à coragem do atual Governo para que esta situação possa ser revertida com urgência”, conclui Vasco da Silva, Coordenador de Florestas e Biodiversidade da ANP|WWF.

AVE RARA AVISTADA EM CAMINHA JUNTO À FOZ DO RIO MINHO

Capturarave.JPG

Ave rara avistada em Portugal pela segunda vez

A íbis-eremita nasceu no Jardim Zoológico de Halle, na Alemanha, em maio de 2023, e foi libertada em março deste ano na região de Cádis, em Espanha.

Uma das aves mais ameaçadas do mundo, a íbis-eremita, foi avistada na passada semana na foz do rio Minho, junto a Caminha, na fronteira com Espanha.

"É a primeira vez que é vista por aqui", disse o especialista Manu Sobrino Senra, autor da página El Naturalista Cojo, ao jornal local Telemariñas, adiantando que a "grande notícia" foi confirmada pela Associação Naturalista do Baixo Minho (Anabam).

O especialista confirmou ainda que a ave nasceu no Jardim Zoológico de Halle, na Alemanha, em maio de 2023, e foi libertada em março deste ano na região de Cádis, em Espanha.

íbis-eremita terá estado naquela zona espanhola durante "seis a sete meses" e depois desapareceu. Foi novamente avistada a 21 de outubro em Estoi, Faro, antes de ser encontrada junto ao rio Minho.

A ave foi classificada como estando em "perigo crítico", nos anos 90, numa altura em que restavam apenas alguns exemplares da espécie em Marrocos.

Em 2004, Espanha lançou um projeto para estabelecer a população residente desta espécie na região de Cádis. Desde então, tem acompanhado estas aves naquilo a que chamam de "migração assistida pelo homem".

Fonte: https://sicnoticias.pt/

CDU QUESTIONA GOVERNO APÓS VISITA À CASCATA DO TAHITI NO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS

0.jpg

Uma delegação da CDU com a participação de Alfredo Maia, deputado à Assembleia da República, e de dirigentes do PCP e do PEV, visitou a Cascata da Fecha de Barjas, também conhecida por Cascata do Tahiti, no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

A iniciativa teve lugar da sequência da divulgação para Câmara Municipal de Terras de Bouro da intenção de iniciar a 1 de Agosto a concretização de uma intervenção que consiste no alargamento da via, na criação de zonas de estacionamento e de estar para os visitantes e na construção de um amplo miradouro projetado sobre as cascatas, em sistema de “passadiço”, incluindo aparentemente uma ponte sobre o rio, e suportado numa estrutura de “estacas” metálicas.

Para o efeito, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) emitiu um “parecer favorável condicionado”, sujeitando a intervenção “ao cumprimento de um conjunto de requisitos que visam a minimização do impacto causado pela intervenção”, segundo a resposta escrita do seu Conselho Diretivo a um pedido de esclarecimento, sem, contudo, especificar tais requisitos.

Na sequência da visita e preocupado com as questões relacionadas com a segurança e os impactos ambientais, o Grupo Parlamentar do PCP solicitou aos ministérios do Ambiente e Energia e da Administração Interna, lhe sejam prestados os seguintes esclarecimentos:

1 – Que impactes da intervenção em causa foram identificados pelo ICNF?

2 – Que requisitos, determinados pelo ICNF, deve cumprir a intervenção proposta?

3 – Tendo em conta que se perspetiva o início da obra, recebeu o ICNF garantias de que os requisitos identificados serão integralmente cumpridos?

4 – Além do ICNF, foram oportunamente consultadas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), no que tange à gestão do domínio público hídrico e às vantagens e desvantagens em matéria de emergência e socorro?

5 – Em caso afirmativo, que avaliações, reparos e recomendações foram feitos?

6 – Entre os requisitos invocados pelo ICNF na resposta ao “Jornal de Notícias” referida supra, constam restrições de acesso ao ponto crítico, quer normativos, quer físicos, designadamente com a instalação de barreiras e sinalética?

7 – Na ponderação da intervenção em causa, foi considerada a vantagem em promover iniciativas e ações de sensibilização e educação para a visitação em espaços naturais, designadamente em termos de riscos, tipo de calçado e vestuário desaconselháveis e  criação e conservação de percursos pedestres devidamente sinalizados e homologados?      

8 – Na avaliação dos impactes da intervenção em causa, foi especificamente considerado o aumento significativo da carga de presença humana e automóvel, devido ao efeito de atração do passadiço/miradouro a construir?

9 – Nesse caso, que avaliação foi feita relativamente aos impactes sobre a fauna e a flora?

10 – Qual é a previsibilidade de ocorrência de maior número de acidentes – designadamente quedas diretas do miradouro e resultantes  tentação de maior aproximação ao “objecto” observado?

11 – Tendo em conta a evidente escassez de meios do PNPG para as atividades correntes do Parque Nacional, mas considerando também a tendência de aumento da visitação em geral nesta área protegida, que medidas de reforço das equipas de vigilantes da natureza estão a ser tomadas?  

12 – Considerando os riscos associados à visitação em locais como a Cascata da Fecha de Barjas, está concretamente prevista a presença permanente no local de vigilantes da natureza que, entre outras funções, assegurem informações e conselhos aos turistas?

13 – Tendo em conta que o Rio Arado se desenvolve num vale encaixado, suscetível de proporcionar o chamado “efeito de chaminé” em caso de incêndio florestal, que ponderação foi feita relativamente aos riscos para pessoas e bens (veículos, por exemplo) ali concentrados em maior número?

14 – A massa de visitantes e a afluência de viaturas automóveis esperadas, sobretudo em certos períodos do ano, é compatível com a plena fluidez das operações de resgate e socorro e de manobra dos meios operacionais exigíveis em quaisquer situações de emergência?

1 (20).jpg

2 (13).jpg

3 (13).jpg

4 (10).jpg

5 (4).jpg

6 (1).jpg

MINHO: É NO MÊS DE MAIO QUE CANTA O GAIO!

Magnífica ave imitadora capaz de reproduzir numerosos sons que capta no seu habitat, podemos encontrá-lo com muita frequência pelas serras d’Arga, na Peneda e no Gerês, no Corno do Bico em Paredes de Coura, nas lagoas de Bertiandos em Ponte de Lima e no Pinhal do Camarido, em Caminha, junto ao estuário do rio Minho.

O gaio é uma aves que mais temas do nosso cancioneiro popular inspira, danças e cantares do nosso folclore um pouco por todo o país, geralmente associado à primavera.

800px-Garrulus_glandarius_B_Luc_Viatour.jpg

Foto: Wikipédia

CÂMARA MUNICIPAL DE VIANA DO CASTELO AVANÇA COM PROJETO PARA CONSERVAÇÃO DOS HABITATS E DA AVIFAUNA

biocosteiro cmia (1).jpeg

A Câmara Municipal de Viana do Castelo está a iniciar um projeto, que irá decorrer durante três anos, focado não só na conservação dos habitats, mas também nas espécies de avifauna que nidificam em Espanha e Portugal, principalmente em áreas de Rede Natura 2000.

O Município é parceiro da Deputação de Pontevedra e da entidade SEO/Bird Life, no desenvolvimento do projeto “Biocosteiro”, alvo de financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Para além de ações mais concretas de intervenção no território, como a eliminação de espécies invasoras em determinadas áreas, será realizada uma forte campanha de sensibilização e comunicação. Paralelamente, pretende-se criar um modelo de gestão turística responsável e sustentável como forma de minimizar o impacto do Homem em áreas já muito sensíveis.

Avaliando o espaço transfronteiriço, desde Pontevedra até Viana do Castelo, encontra-se uma elevada riqueza patrimonial, cultural, etnográfica, paisagística e ambiental.

Este território localizado na Rede Ecológica da União Europeia – Rede Natura 2000, onde se verifica um crescente desenvolvimento turístico, partilha espaço com diversas espécies de aves, algumas migratórias, outras em situação de proteção ou catalogadas em perigo, vulnerável ou ameaçadas. O território é ainda marcado pela presença de espécies de flora exóticas invasoras que acabam por colocar em causa a biodiversidade local e transformar os ecossistemas.

Desta forma, o trabalho de proteção e conservação irá desenvolver-se de forma integral, com a colaboração integral entre os setores público e privado, mediante a proposta e desenvolvimento das melhores práticas de conservação e gestão turísticas.

Em Viana do Castelo, a Divisão de Ambiente e Alterações Climáticas da Câmara Municipal, através do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA= e do Gabinete Técnico Florestal, continuarão a desenvolver a proteção do Borrelho-de-coleira-interrompida (Charadrius alexandrinus) e o controlo de vegetação exótica invasora, nomeadamente através da implementação de técnicas aconselhadas para o combate do chorão-das-praias (Carpobrotus edulis) e da acácia-de-espigas (Acacia longifolia), ambas espécies invasoras com grande expressão no território.

Com os desafios que o planeta enfrenta, cada vez com mais expressão, nomeadamente na perda de biodiversidade por vários fatores, com este projeto dá-se ainda cumprimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, 11|Cidades e Comunidades sustentáveis, 13|Ação Climática, 14|Proteger a Vida Terrestre e 17|Parcerias para a Implementação dos objetivos.

biocosteiro cmia (2).jpeg

biocosteiro cmia (3).jpeg

biocosteiro cmia (4).jpeg

biocosteiro cmia (5).jpeg

ESTARÁ A CABRA GERESÃ DE REGRESSO AO MINHO?

Considerada extinta no nosso país desde os finais do século XIX, a cabra geresã – também conhecida com cabra montês – sobreviveu noutras regiões montanhosas de difícil acesso na Península Ibérica como as Astúrias. Não obstante o turismo e os caçadores de troféus, esta espécie tem vindo a regressar à nossa região, partularmente à área protegida do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Capturarcabrager.JPG

Fonte: Vieira, José Augusto. Ilustração: Almeida, João de. O Minho Pittoresco. Livraria António Maria Pereira. 1886

De acordo com o site oficial do Parque Nacional da Peneda-Gerês, “Durante muitos anos, a cabra montês estava presente em todas as regiões montanhosas da Península Ibérica. Com o decorrer dos anos as suas populações sofreram um forte decréscimo. Em meados do século XIX, a cabra montês desapareceu na vertente francesa dos Pirinéus e, nos finais deste mesmo século, extinguiu-se em Portugal a última população que ocupava a Serra do Gerês, onde ocorria, como nalgumas montanhas galegas, a subespécie Capra pyrenaica lusitanica. Já no início do século XXI, terá também desaparecido nos Pirinéus, ficando a área de distribuição reduzida às regiões montanhosas no Centro e Sul de Espanha. Com o objectivo de uma acção de reintrodução da espécie na Serra do Xurês, em 1997, as entidades espanholas colocaram num cercado de aclimatação, situado junto à fronteira portuguesa, indivíduos da subespécie C. p. victoriae (provenientes de um outro cercado no Parque Nacional do Invernadero). Foi ainda colocado noutro cercado, também junto à fronteira, mais um casal. Em resultado de fugas e libertações de animais destes cercados, em 1999 registou-se a presença da espécie na Serra Amarela e na Serra do Gerês. Apesar desta espécie ter habitado num passado recente a área que agora se encontra a recolonizar, o curto período

da reocupação não permite ainda garantir o futuro da presente situação.

Os animais observados em Portugal pertencem a uma população transfronteiriça de cabra-montês, que em território nacional não ultrapassa os 50 indivíduos. Identificam-se duas subpopulações: a da Serra do Gerês, constituída por dois núcleos, e a da Serra Amarela. O aumento do número de indivíduos e a presença de crias confirmam a reprodução na Natureza dos exemplares reintroduzidos.

A espécie ocorre em zonas montanhosas rochosas, florestas e matos temperados, pastagens naturais e artificiais, terrenos agrícolas e plantações envolventes. A presença humana pode condicionar o uso de áreas preferenciais de alimentação.”

11453275_OiOEp.jpeg

A imagem mostra o único exemplar vivo fotografado de um bode no Gerês. Este exemplar foi capturado em 20 de Setembro de 1890 e fotografado pelo famoso clínico Dr. Ricardo Jorge. A fotografia foi publicada, dezoito anos mais tarde, na revista “Ilustração Portugueza”. Lamentavelmente, a cabra geresiana é uma das espécies animais da nossa região que o homem levou à extinção.

ESTARÁ O URSO PARDO A REGRESSAR AO MINHO?

O último urso pardo que habitava em Portugal foi abatido no Gerês em meados do século XIX. Entretanto, a espécie parece estar a regressar ao Minho através da Galiza, tendo recentemente sido avistados a escassa distância de Melgaço.

Brown_bear.jpg

O urso-pardo-cantábrico ou urso-pardo-ibérico, ou apenas urso-ibérico anteriormente Ursus arctos pyrenaicus é uma população de ursos pardos da Eurásia  Ursus arctos arctos que vive nas montanhas cantábricas da Espanha . Em média, as fêmeas pesam 85 kg mas podem chegar a 150 kg

Um grupo de estudantes espanhóis do colégio Poeta Uxío Novoneyra registou imagens da presença de um urso-pardo na Serra de Courel, na Galiza, a 150 km de Melgaço.

As imagens foram registadas no âmbito de um trabalho sobre a fauna local, onde podemos ver outros animais que vivem na serra, como o lobo-ibérico, o javali, a raposa ou o texugo.

A conclusão foi que existem cerca de 370 ursos pardos na cordilheira cantábrica, que se estende por mais de 400 quilómetros pelo norte de Espanha, entre a Galiza e o País Basco.

Fonte: Portugal de Norte a Sul

O urso pardo, provavelmente extinguiu-se entre o século XVII e XIX embora no século XX alguns foram vistos temporariamente, vindos das serras de Espanha. O último urso foi abatido, numa montaria de populares a 2 de dezembro de 1843, na Serra da Mourela, no Gerês; o corpo do animal foi depois levado para Montalegre, para ser exibido. Esse urso seria já um animal errante, que se aventurou para o lado de cá da fronteira (ainda hoje há uma população considerável no norte de Espanha). Enquanto espécie com uma população reprodutora no nosso país, ter-se-á extinguido no século XVII.

Em 2005 foram encontradas pegadas de urso-pardo em Peña Trevinca a apenas cerca de 20 km de Portugal (Parque Natural de Montesinho). Acredita-se que durante os últimos anos, o êxodo rural, o aumento da área de carvalhal e do número de ungulados selvagens, foi favorável à expansão do urso-pardo, nesta região da Península Ibérica.

Ramón Grande Del Brio refere-se a Portugal, na sua obra (1994-2000) «Informe sobre el oso pardo y las montañas Galaico-Leonesas» : «Parece inegável o perigo que representa para os ditos plantígrados uma dispersão excessiva em áreas boscosas nas províncias de León, Ourense, Zamora e possivelmente também, de alguns pontos do Norte de Portugal.»

Parece então plausível colocar a possibilidade de o urso-pardo por vezes, entrar em Portugal, uma vez que um urso-pardo pode percorrer em um só dia mais de 20 km.

Fonte: Wikipédia

ARCOS DE VALDEVEZ: ARDAL REALIZA ATIVIDADES COM ALUNOS DO 12º ANO SOBRE O LOBO IBÉRICO

A ARDAL está a desenvolver o projeto “Lobo e Homem – Plano de Pedagogia e Interpretação Ambiental sobre o Lobo Ibérico”, tendo a Porta do Mezio recebido os alunos do 12º ano do ensino secundário e profissional do concelho de Arcos de Valdevez.

lobo ibericoav.jpg

Com estes alunos foram promovidas visitas à Porta do Mezio onde foi promovido o debate e reflexão sobre o Lobo Ibérico.

Este projeto tem por objetivo promover o conhecimento e a sensibilização para a preservação da natureza, nomeadamente o Lobo Ibérico, seus habitats e relações com a comunidade, e os habitats de conservação prioritária e as espécies animais endémicas, raras ou de distribuição limitada em geral.

Este projeto é cofinanciado pela União Europeia, no âmbito do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR.

VIANA DO CASTELO: APP BioRegisto JÁ REGISTOU 2.058 OBSERVAÇÕES CORRESPONDENTES A 560 ESPÉCIES

No Dia Internacional da Vida Selvagem, a APP BioRegisto já registou cerca de 2.058 observações correspondentes a 560 espécies registadas e validadas. Com um fim científico, mas destinado a todos os públicos, esta é uma plataforma de ciência cidadã lançada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo para registo de observações da biodiversidade.

app bioregisto (1).jpg

A APP BioRegisto constitui a primeira plataforma de Ciência Cidadã que o município coloca à disposição de todos os públicos, permitindo a identificação de espécies de todo o território nacional. Permite, assim, a qualquer cidadão, inserir registos fotográficos de espécies animais, vegetais, rastos e vestígios de qualquer localização.

A Câmara Municipal pretende reforçar a participação do público naquilo que são atividades integradas em projetos de ciência cidadã e diretamente ligadas à fotografia no meio natural, que fomentem observações da natureza, o menos intrusivo possível, e que respeitem não só a integridade física das espécies, mas também a sua forma de viver.

Este processo visa contribuir para a divulgação do património biológico da região, mas também zelar pela sua conservação, através do conhecimento. Neste sentido, lançou-se em 2021 três desafios de ciência-cidadã: “Desafio BioRegisto - FLORESTA”, “Desafio BioRegisto - MAR” e “Desafio BioRegisto - RIO”. Os Desafios contaram com um total de 66 participantes e 466 observações submetidas. Ao vencedor de cada Desafio foram oferecidos um conjunto de guias de identificação e livros de natureza.

O “Desafio BioRegisto-FLORESTA” incidiu em zonas florestais e montanhosas e decorreu entre os meses de março e maio de 2021 e contou com um total de 20 observações submetidas.

O “Desafio BioRegisto-MAR” incidiu em zonas marinhas costeiras e não costeiras e decorreu entre os meses de junho e agosto de 2021 e contou com um total de 133 observações submetidas.

Já o “Desafio BioRegisto-RIO” incidiu em zonas ribeirinhas e estuarinas e decorreu entre os meses de setembro e novembro de 2021 e contou com um total de 313 observações submetidas.

app bioregisto (2).jpg

PONTOS DE OBSERVAÇÃO DA FAUNA E FLORA VALORIZAM PERCURSO DA ECOVIA DO RIO LIMA

Na sequência da candidatura “Viver a Natureza em Ponte da Barca” (NORTE-04-2114-FEDER-000230), foram colocados dois observatórios de avifauna no Troço dos Açudes da Ecovia do Rio Lima. Trata-se de um investimento da Câmara Municipal de Ponte da Barca de cerca de cinco mil euros, que permite aos utilizadores da zona ribeirinha a observação de espécies de avifauna, mas também da flora envolvente aos observatórios.

261193664_3977063985727888_957155147540452577_n.jp

No âmbito desta candidatura foi feito um estudo pormenorizado da fauna, flora e Geologia da Ecovia do Rio Lima em Ponte da Barca, atestando a excelente qualidade da zona ribeirinha e das galerias ripícolas nele presentes.

De entre as espécies de fauna é possível observar guarda-rios, corvo-marinho, garça-real, lontra, enguia, entre outras…  Quanto à flora, amial, freixial, borrazeiral-branco são apenas algumas das muitas espécies que podemos encontrar.

Para além destes pontos de observação, está previsto a colocação de painéis informativos junto aos mesmos, com informação das inúmeras espécies que ali podem ser observadas  bem como as suas características.

261316167_3977073942393559_8346517416569220219_n.j

261531580_3977074389060181_8448269267855293558_n.j

MUNICÍPIO DE BRAGA INAUGURA EXPOSIÇÃO "FILATELIA DO MUNDO. ENTRE A FAUNA E A FLORA"

Colecção estará patente de 5 a 20 de Novembro no Palácio do Raio

O Município de Braga, em parceria com o Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia, inaugura na próxima Sexta-feira, dia 5 de Novembro, exposição de Filatelia com mostra de selos de todo o mundo.

Cartaz Filatelia.jpg

“Filatelia do Mundo. Entre a Fauna e Flora”, resulta da genialidade de um bracarense que nasce uma das mais belas colecções de Filatelia na esfera da fauna e flora. João Rogério Gaspar Lemos de Medeiros fez uma “viagem” pelo mundo sem sair de Braga e conseguiu reunir alguns dos mais belos selos postais sobre a vida natural. Apaixonado por filatelia, a partir da correspondência por carta, comunicou com conhecidos e amigos em todos os cantos do mundo conseguindo reunir uma imensa colecção de selos que são hoje uma verdadeira relíquia para todos quantos apreciam a filatelia. Assinalam-se cem anos do nascimento do coleccionador que, de forma tão minuciosa, compilou um pouco da esfera natural em pequenos álbuns, deixando um espólio magnífico e único.

Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Braga refere que “é impossível ficar indiferente a uma colecção desta qualidade, principalmente quando remete para uma temática tão particular. Impressiona a destreza e capacidade organizacional de compilar todos estes selos, mas também a selecção rigorosa e as temáticas escolhidas pelo coleccionador”.

O vereador explica que estamos perante um manancial raro de selos e revelador das relações interculturais já existentes à época. “Chegaram por correspondência, estiveram anos guardados e agora é tempo de os mostrar à cidade. De Macau à Suíça, somos convidados a conhecer a fauna e flora do mundo através da Filatelia. Do mundo para Braga e agora de Braga para o mundo, esta colecção pode ser apreciada por todos e, com esta colecção, pretendemos mostrar a beleza e a magnitude da biodiversidade a partir dos selos postais”.

Braga é “Melhor Destino Europeu”, mas é também melhor destino natural com uma opulenta fauna e flora que convivem entre os meios urbano e rural. Cidade de simbioses e contrastes, foi também morada para a partilha de conhecimento através da troca de saberes entre filatelistas que nutriam especial afecto pelo património natural. Esta colecção mostra a diversidade da fauna e flora. Analisando as várias séries de selos é perceptível a sensibilidade e dedicação à prática da Filatelia. Um processo de recolha e partilha que se pode chamar de interculturalidade ambiental, pela multiplicidade de espécies e correspondência entre diferentes nacionalidades.

Um espólio que muito honra e orgulha a sociedade bracarense e, particularmente, todos os que se dedicam à Filatelia. A partir desta exposição pretende-se também sensibilizar para a preservação da biodiversidade e valorização dos ecossistemas naturais que nunca, como hoje, foi tão premente.

A exposição será inaugurada na próxima Sexta-feira, pelas 17h00, no Palácio do Raio e estará patente até dia 20 de Novembro.

FAUNA E FLORA DE TERRAS DE BOURO ILUSTRAM PUZZLES ESCOLARES

No âmbito do projecto de combate ao insucesso escolar e depois de uma visita escolar ao Rio Homem, no seguimento da exploração da obra “O segredo do rio” de Miguel Sousa Tavares, surgiu a ideia de fazer puzzles com imagens da fauna e flora de Terras de Bouro, para os meninos de uma forma lúdica aprenderem mais sobre este tema. A ação de entrega dos puzzles ao Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro contou com a presença da Vereadora Municipal da Educação, Dr.ª Ana Genoveva Araújo. As imagens dos puzzles foram gentilmente cedidas pelo Sr. Professor Luís Borges, a quem a Sra. Vereadora, em nome do Município, agradeceu.

Tal como a Sra. Vereadora referiu “os puzzles são mais uma ferramenta didática e pedagógica que estarão à disposição da Sra. professora bibliotecária para o desenvolvimento de atividades e são uma bela forma de aprender a brincar”.

Os puzzles foram entregues no AE de TB, mas serão distribuídos em todos os Jardins de Infância, assim como ao 1º e 2 º ciclos de ensino básico.

IMG-20210609-WA0018.jpg

IMG-20210609-WA0020.jpg

IMG-20210609-WA0021.jpg

IMG-20210609-WA0022.jpg

IMG-20210609-WA0028.jpg

IMG-20210609-WA0032.jpg

IMG-20210609-WA0034.jpg

IMG-20210609-WA0035.jpg

IMG-20210609-WA0037.jpg

IMG-20210609-WA0038.jpg

IMG-20210609-WA0047.jpg

IMG-20210609-WA0048.jpg

IMG-20210609-WA0050.jpg

AQUAMUSEU DO RIO MINHO DINAMIZA EXPOSIÇÕES NAS REDES SOCIAIS

Devido ao confinamento parcial decretado pelo Governo, a partir desta quarta-feira, 4 de novembro, para 121 concelhos portugueses, entre os quais consta o de Vila Nova de Cerveira, o Aquamuseu do rio Minho vai estar temporariamente encerrado ao público, mantendo-se ativo na vertente digital, disponibilizando informação sobre duas exposições em curso: o linguado e o meixão.

Linguado.jpg

Através da rede social Facebook, com periodicidade semanal vai ser colocada informação relativa à espécie em causa, complementada com registo fotográfico. Objetivo é que este conhecimento mais em detalhe possa ser absorvido e partilhado, seja em contexto escolar seja em ambiente familiar.

Assim, até final de novembro, os ‘amigos’ do Facebook do Aquamuseu do rio Minho vão conhecer um pouco mais em detalhe a vida do linguado ou solea solea. O linguado é uma espécie demersal que se pode encontrar a viver em substratos arenosos no mar e pode chegar a atingir os 70cm de comprimento e ultrapassar os 2Kg de peso. Camufla-se facilmente com o substrato onde costumam habitar, sendo uma capacidade muito importante quer para conseguir alimento quer para eles próprios não serem detetados por possíveis predadores.

Já mais prolongada no espaço temporal, até dezembro, é possível obter mais informação relativa mente ao meixão. O rio Minho é o único rio, em Portugal, onde é permitida a pesca de meixão, graças a um acordo entre as autoridades portuguesas e espanholas. No passado, o meixão era consumido pelas gentes ribeirinhas, sendo vendido à malga, porta a porta. Quando o seu valor económico aumentou, passou a ser vendido, quase na totalidade, para Espanha onde há uma forte tradição no seu consumo.

Para aceder a esta informação, faça like na página do Facebook Aquamuseu Rio Minho.

Enguia - Foto de meixões.jpg