O Vice-presidente da Câmara Municipal Olegário Gonçalves esteve, em representação do Município, na 3ª Convenção Europeia dos Territórios Vinhateiros, organizada pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), em parceria com o Município de Lagoa.
Neste âmbito foi apresentada a Região Europeia da Gastronomia e Vinho – Vale do Lima que integra os municípios de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo.
Olegário Gonçalves evidenciou a importância da gastronomia para a promoção e desenvolvimento do território, afirmando que esta candidatura foi uma excelente oportunidade para posicionar Arcos de Valdevez e o Vale do Lima como uma referência ao nível da enogastronomia em Portugal.
No âmbito da Região Europeia da Gastronomia e Vinho 2025 serão realizadas diversas atividades e iniciativas nos 4 municípios, ligadas à gastronomia e aos vinhos da região, sendo ainda reforçada a presença do Vale do Lima nas principais feiras e eventos nacionais e internacionais da área da gastronomia
A 3ª Convenção Europeia dos Territórios Vinhateiros reuniu especialistas, representantes municipais e parceiros do setor vitivinícola, tendo como objetivo definir novas estratégias para a promoção integrada dos territórios vinhateiros, fomentar o trabalho em rede entre municípios e parceiros, apresentar projetos inovadores, bem como fortalecer a cooperação entre os participantes.
O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, foi selecionado para uma visita EU Councillors a Bruxelas, no âmbito do projeto «Construir a Europa com os Eleitos Locais». O objetivo passa por aprofundar o impacto das políticas da União Europeia na comunidade local, formando elementos ativos da União Europeia localmente, através de iniciativas diversas, mas também incentivando ao envolvimento dos jovens para com o projeto europeu.
Durante dois dias (23 e 24 janeiro), os membros BELC (eleitos locais) participaram em reuniões temáticas sobre o funcionamento das instituições, os projetos a desenvolver, os programas com replicação nos concelhos em diferentes áreas, a Política de Coesão, o Pacto Ecológico Europeu da UE e as suas implicações para a política de ambiente e adaptação às alterações climáticas; a economia circular, os desafios da PAC - Contribuição do Plano Estratégico da PAC para o desenvolvimento sustentável das áreas rurais em Portugal, a Transição para um turismo mais responsável e sustentável na EU, o acesso à educação, incluindo educação para sustentabilidade ambiental e digitalização.
A representação de Vila Nova de Cerveira como membro ativo deste projeto é, para o Presidente da Câmara Municipal, um compromisso com o projeto mais amplo que é a União Europeia, “uma herança que devemos continuar a defender e fortalecer, pois o futuro apresenta-se desafiador e temos de estar unidos para o enfrentar e vencer”. Rui Teixeira sublinha que “o Município cerveirense está perfeitamente alinhado a Europa, com vários projetos europeus em curso, que permite a partilha de conhecimento, experiência e boas práticas com dezenas de cidades e instituições do ‘velho continente’. Temos sabido aproveitar as várias oportunidades que vão surgindo em prol do desenvolvimento do concelho, e estes dias aprofundaram-se temáticas plasmadas na nossa estratégia municipal como a economia circular, a juventude, o ambiente, entre outras”.
«Construir a Europa com os Eleitos Locais» cria uma rede europeia de políticos locais eleitos, destinada a comunicar sobre a UE numa aliança sem precedentes entre o nível de governação europeu e local. Implementado em estreita cooperação com o Parlamento Europeu e a Rede de Conselheiros Regionais e Locais da UE do Comité das Regiões, o projeto permite aos políticos locais trabalhar em conjunto e disseminar informações sobre tópicos relacionados com a UE que dizem respeito aos seus eleitores a nível local, além de ajudar a impulsionar o envolvimento e promover debates sobre estas questões e sobre o futuro da Europa.
O Comissário Europeu da Agricultura e alimentação é natural do Luxemburgo, vereador eleito no município de Winseler em 2011, completa a 21 de Fevereiro próximo 43 anos de idade. Militante do Partido Popular Social Cristão e seu Secretário-Geral.
Como eurodeputado desde 2018 até á sua nomeação para Comissário Europeu, Hansen exerceu também o cargo de coordenador do seu grupo político, o PPE, na Comissão de Comércio Internacional e ainda Relator nomeado para Acordo de Comércio e Cooperação pós-Brexit com o Reino Unido.foi também mebro do CESE (Comité Económico e Social Europeu), um órgão de consulta do Parlamento
A sua carreira académica foi concluída em Estrasburgo, com o Mestrado em Geociências e Gestão de Riscos, na Universidade Louis Pasteur .
Mas, o seu nome ou a sua pessoa, é a partir de ontem, referência na História da Alimentação em Portugal, e na de Ponte de Lima em especial. Na qualidade de Comissário Europeu, Christophe HANSEN assinou há uma semana
REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2025/98 DA COMISSÃO de 14 de janeiro de 2025 relativa à inscrição da especialidade tradicional garantida «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» (ETG) no registo das especialidades tradicionais garantidas pela União nos termos do Regulamento (UE) 2024/1143 do Parlamento Europeu e do Conselho.
E, como ontem noticiamos, também foi ontem que o Jornal Oficial da União Europeia publicou o documento que confere preservação e autenticidade para a iguaria de Ponte de Lima, a qual agora regulamentada goza de protecção jurídica e cultural, inscrita na Lista dos produtos de Indicação Geográfica Protegida, isto é, uma ETG (Especialidade Tradicional garantida). Oxalá nós Limianos, portugueses e europeus, saibamos proteger esse Património Imaterial do velho continente e dum país que tal como o nosso município existem há 900 anos!
O Arroz de Sarrabulho á Moda de Ponte de Lima ocupa assim, desde ontem, 21 do corrente mês de Janeiro, o número 3640 da Lista de Produtos classificados pela Comissão Europeia – Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, como uma ETG (Especialidade Tradicional Garantida).
Para mais informações aconselhamos os amigos leitores a consultarem as bases de dados eAmbrosia, e ainda a relação de sistemas de qualidade e o portal GIView.
Ponte de Lima na véspera de mais um Fim de Semana Gastronómico 24,25 e 26 de Janeiro, dedicado ao seu prato típico, recebe assim o reconhecimento europeu, internacional, com atribuição de logotipo específico, selo de garantia cujo certificado será entregue em data oportuna, informou- nos fonte oficial de Bruxelas.
Mas, recordamos, que mais noticiário sobre a conclusão do processo de classificação do Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima no Blog do Minho, foi publicado nos últimos dias.
O Arroz de Sarrabulho á Moda de Ponte de Lima acaba de ser classificado pela Comissão Europeia como uma ETG (Especialidade Tradicional Garantida), informou hoje o Director Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural em Bruxelas.
Termina assim, o percurso de uma dezena de anos para a concretização desse objectivo, após uma série de investigações, testes, recolhas de amostras, elaboração do caderno de especificações, aqui salientando-se os perfis sensoriais do arroz, chouriça de verde, tripa, beloura e rojões, realizadaos no laboratório da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, instalada no antigo convento de Refóios. O coordenador técnico do processo elaborado o ano passado para a capital europeia nos termos do Aviso publicado no Diário da República de 15 de Março de 2023, o docente da ESA/IPVC Nuno Vieira de Brito, condensou assim o dossiê para obtenção dessa garantia ao Produto Tradicional Português.
Nas fundamentações históricas ou origem do Sarrabulho de Ponte de Lima, avultam estudos e artigos da autoria do saudoso Francisco Sampaio ea e do autor destas linhas, com arranque a 12 de Março de 2004, comunicações apresentadas ao – Seminário de apresentação do projecto “ Confraria Gastronómica do Sarrabulho á Moda de Ponte de Lima “, realizado no auditório dos Paços do Concelho.
A iguaria de Ponte de Lima e de Portugal encontra-se assim “ protegida contra a falsificação e uma utilização indevida”, tal como “ a forma como o produto é fabricado ou a sua composição”. Nos termos da legislação comunitária para o sector agrícola.
Com os 900 anos da fundação de um dos municípios mais antigos do país, anterior á Nacionalidade (1143), a nossa Terra recebe nesta data um galardão á sua gastronomia e aos seus agricultores e/ou empresários, onde produtores e restauração têm elevado valor económico, turístico e social
Também, é uma forma de assinalar o centenário da morte da “mãe” do Arroz de Sarrabulho de Ponte de Lima, a empresária e Cozinheira Clara Rosa Penha (ocorrido a 2 de Setembro de 1924), com seu restaurante fundado em 1860 e onde é relembrado a introdução dum prato do mundo rural no circuito comercial.
Terminado o prazo da consulta pública do Sarrabulho em 24 de Dezembro último, a boa notícia que recebemos de Bruxelas pelo dirigente máximo do processo de classificação há momentos atrás, resta-nos sublinhar que a receita – padrão seja cumprida, defendida, usada em prol da qualidade e de preservação duma ementa que minha tia-trisavó paterna introduziu , continuado por sua sobrinha, bisavó do autor, Maria Adelina Penha, e finalmente terminada sua missão gastronómica com a sua - neta da fundadora do restaurante / casa de comidas / hospedaria, Belozinda Penha Varela, falecida em 2002.
Aguardemos agora pela publicação da receita do prato típico Limiano em todas as línguas da União Europeia e publicação do relatório final de peritos no Jornal Oficial, o que deverá acontecer dentro de três semanas, informou-nos ainda a Comissão Europeia / Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
A celebração nos Estados Unidos da América do Haloween ou “noite das bruxas” mais não constitui do que uma transposição que foi feita do culto dos mortos que os colonos levaram da Europa e que agora nos procuram vender da mesma forma que nos impingem a coca-cola e a comida de plástico que dispensa os talheres que apenas servem a gente civilizada – é a globalização de acordo com o modo de vida americano e que rejeita as diferenças culturais entre os povos.
Mas, o que nos surpreende é que, possuindo o nosso povo riquíssimas e profundas tradições, entre as quais as que se relacionam com o culto dos mortos, ainda exista quem, com aparente formação académica, insista em transmitir nas escolas aos seus alunos costumes que na realidade não lhes pertencem. Trata-se de uma pedagogia de natureza duvidosa que contraria inclusive o princípio da ligação da Escola com o meio que a envolve.
No seguimento da notícia em primeira mão ontem publicada no BLOGUE DO MINHO, inserimos hoje o respectivo link do Jornal Oficial das Comunidades Europeias, texto bilingue (Português e Inglês) para consulta dos interessados.
O registo provisório termina no Natal, pelo que, caso não haja oposição, por parte de pessoa singular ou colectiva, ele será transformado em definitivo.
A notícia do reconhecimento do prato típico de Ponte de Lima como E(specialidade) T(radicional) G(arantida) foi bem aceite por Limianos em geral, ouvimos, especialmente o sector da restauração; mas escutamos também muitos consumidores a alertar para que esse selo (certificado) de garantia de produto gastronómico e turístico, seja também objecto de reflexão para melhoria do ágape em alguns estabelecimentos comerciais, ou reformulação do mesmo, aquando das auditorias previstas na regulamentação europeia.
Publicação de um pedido de registo de um nome em conformidade com o artigo 50.o, n.o 2, alínea b), do Regulamento (UE) n.o 1151/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo aos regimes de qualidade dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios
(C/2024/5684)
No seguimento desta publicação, as autoridades de um Estado-Membro ou de um país terceiro, ou uma pessoa singular ou coletiva com um interesse legítimo e estabelecida ou residente num país terceiro, podem, nos termos do artigo 61.o do Regulamento (UE) 2024/1143 do Parlamento Europeu e do Conselho (1), declarar oposição junto da Comissão no prazo de três meses a contar desta data.
«Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima»
TSG-PT-02975 - 12.7.2023
Portugal
Nome a registar
«Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima»
Tipo de produto [em conformidade com o Anexo XI]
Ponto 2.21. Pratos cozinhados
Justificação do registo
3.1. Indicar se o produto
- é o resultado de um modo de produção, transformação ou composição que correspondem a uma prática tradicional para esse produto ou género alimentício,
- é tradicionalmente utilizado para fazer referência ao produto específico,
- é produzido a partir de matérias-primas ou ingredientes utilizados tradicionalmente.
Diversos documentos atestam a preparação ancestral deste prato gastronómico, nomeadamente o registo de uma receita do arroz de sarrabulho, semelhante à atual, num copiador de correspondência da Casa de Bertiandos (Ponte de Lima), entre 1844 e 1850 (Arquivo Municipal de Ponte Lima, PT-AMPL-Casa de Bertiandos-Copiadores de Correspondência_1844-1850-16-17), ou ainda nas referências feitas pelo Conde D’Aurora, autor limiano, no seu livro de 1935, O Pinto: infância, paixões e morte de um cacique eleitoral (Ed. Livraria Tavares Martins, Porto, p. 57), relativamente à sua composição e preparação.
Segundo reza a história, a partir de 1916, este prato extravasa as cozinhas particulares (Couto Viana, A. M., O Anunciador das Feiras Novas, 2000), preservando os ingredientes específicos tradicionalmente utilizados na região de Ponte de Lima, designadamente a beloura, a chouriça de verde, a tripa branca e os rojões, mas também o vinho e/ou o vinagre de vinho verde tinto. A forma de preparação de cada um dos produtos e a apresentação do prato cozinhado atualmente mantêm as suas características tradicionais.
3.2. Indicar se o nome
é tradicionalmente utilizado para fazer referência ao produto específico,
identifica o caráter tradicional ou a especificidade do produto.
O nome «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima», já referenciado na publicidade de diversos restaurantes locais na publicação Feira Novas de 1951 («Festas do Concelho de Ponte de Lima», Feiras Novas, Tipografia Guimarães, 1951) e em número da revista O Anunciador das Feiras Novas de 1986 (ano 3, série 2, n.o 3, Ponte de Lima, 1986) e de 1987 (ano 4, série 2, n.o 3, Ponte de Lima, 1987, p. 41), designa um prato cozinhado constituído por arroz cozido num caldo de carnes variadas, acompanhado por pedaços de carne e enchidos preparados especificamente para o efeito. Neste prato é tradicional a aromatização com especiarias e com vinagre e/ou com vinho verde tinto. O começo da preparação deste prato fora do âmbito familiar deu-se no início do século XX, pela mão da famosa cozinheira Clara Penha (1836-1924), tendo-se desde então afirmado nas ementas diárias de Ponte de Lima pela mão de familiares e seguidores fiéis, perpetuando-se até hoje tanto em restaurantes famosos como em pequenas tabernas que preparam e servem diariamente este prato cozinhado seguindo sempre a receita historicamente consolidada.
Descrição
4.1. Descrição do produto identificado com o nome inscrito no ponto 1, incluindo as principais características físicas, químicas, microbiológicas ou organoléticas que demonstram a especificidade do produto [artigo 7.o, n.o 2, do Regulamento de Execução (UE) n.o 668/2014 da Comissão de 13 de junho de 2014]
«Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» designa um prato cozinhado que se apresenta com duas partes distintas:
- um arroz malandro, não empapado, com bastante calda, de cor castanha escura, sem coágulos, e onde sobressai a presença de carne desfiada. O aroma é perfumado com notas de cominhos, louro e limão; o sabor é intenso, ligeiramente ácido, com notas pronunciadas de cominhos, cravinho e louro;
- um conjunto de carnes e enchidos em que são obrigatórios: a beloura, apresentada às rodelas, de massa homogénea e de cor castanha uniforme, com aroma e sabor moderado a louro e alho; a chouriça de verde, de massa moderadamente homogénea, em que se nota a presença da cebola, com aroma e sabor ligeiramente adocicado, e em que se distingue a presença dos cominhos, alho e louro; a tripa branca, de cor clara homogénea, com aroma a alho e louro e sabor levemente picante também a alho, louro e cominhos; os rojões de porco, que se apresentam sob a forma de pequenos cubos de carne da perna de porco, macios e suculentos, com uma cor dourada homogénea, refletindo, quer no aroma, quer no sabor, a vinha de alhos em que foram temperados; e em que são facultativos: o bucho, o fígado, o coração, os bofes e o sangue de porco, devidamente cozinhados e apresentados em pequenos pedaços fritos em banha de porco, e batatas ou castanhas devidamente preparadas
Caracterização físico-química dos componentes [arroz, rojões, chouriça de verde, beloura e tripa, prontos a consumir (valores em g/100 g de parte edível)].
4.2. Descrição do método de obtenção do produto identificado com o nome inscrito no ponto 1, incluindo, se pertinente, a natureza e características das matérias-primas ou ingredientes utilizados e o método de preparação do mesmo [artigo 7.o, n.o 2, do Regulamento de Execução (UE) n.o 668/2014 da Comissão, de 13 de junho de 2014)
A preparação do «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» compreende as seguintes fases de elaboração dos diferentes componentes do prato:
Arroz
Ingredientes para a preparação da calda do arroz:
- ½ kg de carne de vaca (preferencialmente ganso redondo);
- ½ kg de carne de porco (costeletas e um osso da suã, preferencialmente de porco da raça bísara ou de cruzado de bísaro);
- ½ kg de carne de galinha (preferencialmente gorda); poderá também ser usada uma chouriça de carne (150 g) e um pouco de entrecosto de porco fresco;
- 1 kg de arroz carolino;
- ¼ l de sangue de porco, ao qual foi adicionado vinagre de vinho verde tinto ou vinagre de vinho tinto misturado com vinho verde tinto da região.
Condimentos de base:
- sal (NaCl) próprio para fins alimentares, 1-1,5 % (10-15 g por kg de arroz);
- folha de louro (Laurus nobilis), quanto baste;
- pimenta (Piper nigrum), quanto baste;
- cravinho (Syzygium aromaticum), quanto baste;
- noz-moscada (Myristica fragrans), quanto baste;
- cominhos (Cuminum cyminum), quanto baste;
- sumo de um limão (Citrus limonum)
Confeção do arroz
Num tacho, põem-se as carnes todas a cozer em água fria (aproximadamente três litros) e junta-se um pouco de louro e cravinho, noz-moscada, sal e pimenta. Deixam-se cozer as carnes muito bem, retirando a espuma que se forma à superfície. Logo que as carnes estejam bem cozidas, retira-se tudo do lume. As carnes, depois de arrefecidas, são desfiadas. À calda de cozer as carnes, depois de retificados os temperos, é retirada a gordura que porventura esteja a mais, levando-se novamente ao lume, e deixa-se levantar fervura tendo-se já acrescentado a água necessária. Junta-se o arroz. Quando estiver meio cozido, juntam-se as carnes desfiadas e o sangue de porco liquefeito. Retificam-se os temperos e deixa-se ferver até o arroz estar completamente cozido. Junta-se-lhe então o sumo de limão, o cravinho e os cominhos em pó e serve-se de imediato.
Beloura
As matérias-primas tradicionalmente utilizadas na confeção da beloura são:
- farinha de milho (40-60 %, podendo compreender até 80 % no caso de não utilização de farinha de trigo);
- farinha de trigo (20-30 %), de utilização facultativa e a substituir por igual proporção de farinha de milho;
- farinha de centeio (20-30 %);
- sal (NaCl) próprio para fins alimentares, 1,3 % [13 g (valor médio) de sal por kg de mistura de farinhas];
- pimenta branca (Piper nigrum), quanto baste;
- cominhos (Cuminum cyminum), quanto baste;
- 1 folha de louro (Laurus nobilis);
- 1 ramo de salsa (Petroselinum crispum);
- 1 dente de alho (Allium sativum L.), seco, não germinado, de utilização facultativa;
- pimentão vermelho (Capsicum annuum), quanto baste, de utilização facultativa;
- sangue de porco (14 % vol/massa farinha);
- banha de porco, quanto baste;
- água de cozer o bucho, as chouriças ou, preferencialmente, os molhinhos (tripas de porco), quanto baste.
Método de preparação e confeção
As farinhas são peneiradas e escaldadas numa bacia ou alguidar com um pouco de água quente ou com a água em que se cozeram as chouriças. Em seguida, juntam-se num alguidar todos os ingredientes (farinha escaldada, sal, pimenta e cominhos) e amassam-se com o sangue de porco. Quando a massa se soltar do alguidar, molda-se com as mãos em forma de bola, cilindro ou rolos em cima de uma mesa polvilhada com farinha. Depois leva-se a cozer na água em que foram cozidas as chouriças ou os molhinhos (tripas de porco) ou em água com sal, louro, salsa e/ou um pouco de banha de porco.
Quando as belouras vêm à superfície é sinal de que estão cozidas. Deixam-se arrefecer e acondicionam-se em alguidar de barro separadas por folhas de louro. Por fim, cortam-se em rodelas finas e fritam-se em pingue (banha de porco).
Chouriça de verde
—
½ kg de redenho de porco picado;
—
2 cebolas (Allium cepa) picadas;
—
200 g de salsa (Petroselinum crispum) picada;
—
pimenta branca (Piper nigrum), quanto baste, de utilização facultativa;
—
pimentão vermelho (Capsicum annuum), quanto baste, de utilização facultativa;
—
sal (NaCl) próprio para fins alimentares, 1,6 % [16 g (valor médio) de sal por litro de sangue];
—
1 folha de louro (Laurus nobilis), de utilização facultativa;
—
cominhos (Cuminum cyminum), quanto baste;
—
água de cozer o bucho, as chouriças ou, preferencialmente, os molhinhos (tripas de porco);
—
tripa fina de porco, fresca;
—
sumo de limão (Citrus limonum), quanto baste, de utilização facultativa;
—
mistura de vinagre com o tradicional vinho verde da região (branco ou tinto, ou mistura dos dois), pela acidez característica, de utilização facultativa;
—
farinha de milho («farinha milha»), de utilização facultativa;
—
1 l de sangue de porco;
—
fio do norte (fio de linho polido), para atar;
—
banha de porco.
Método de preparação e confeção
O processo de preparação da «Chouriça de Verde» começa pela lavagem da tripa fina de porco fresca em água com limão, sal e/ou vinagre e um pouco de farinha milha, para que fique bem esfregada. A tripa fica em repouso várias horas ou de um dia para o outro. Depois de esfregada e lavada, a tripa é virada do avesso.
Uma vez preparada a tripa de porco, juntam-se os ingredientes numa bacia ou alguidar. Adiciona-se a cebola picada, o redenho picado, a salsa picada, o sal, os cominhos, a pimenta (facultativo), a folha de louro (facultativo) e o sangue de porco. Mistura-se tudo muito bem e enche-se a tripa com a ajuda de um funil. A tripa ata-se com um nó na ponta com fio do norte. A tripa não se enche totalmente, ficando «meia cheia, meia vazia».
De seguida, leva-se a cozer a «Chouriça de Verde» em água com folha de louro e/ou um pouco de banha. Para se verificar se o processo de cozedura da «Chouriça de Verde» está completo, pica-se com uma agulha ou garfo. Se esta não apresentar sangue, está cozida. Depois de cozida, a «Chouriça de Verde» é frita em banha de porco. Depois de frita, corta-se em doses individuais, serve-se de imediato, quente, com os rojões e restantes acompanhamentos do prato. A «Chouriça de Verde» não é fumada.
Tripa branca
—
farinhas de milho (de 50 a 100 %), trigo (até 25 %) e centeio (até 25 %), preferencialmente de milho (100 %);
—
pimentão vermelho (Capsicum annuum), quanto baste, de utilização facultativa;
—
pimenta branca (Piper nigrum), quanto baste;
—
alho (Allium sativum L.), seco, não germinado, de utilização facultativa;
—
1 folha de louro (Laurus nobilis);
—
cominhos (Cuminum cyminum), quanto baste;
—
água de cozer o bucho ou as chouriças, quanto baste, preferencialmente;
—
2 limões (Citrus limonum);
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sal (NaCl) próprio para fins alimentares, 0,7-1,6 % (0,7 -1,6 g de sal por 100 g de tripa de porco);
—
tripa de porco fresca.
Método de preparação e confeção
Lavam-se bem as tripas e deixam-se a repousar umas horas em água e limão. Juntam-se os restantes ingredientes e um pouco da água de cozer o bucho. Mistura-se bem e amassa-se. Enchem-se as tripas com a massa obtida e, depois de cheias, colocam-se a cozer na água de cozedura do bucho. Quando estiverem cozidas, retiram-se da panela e cortam-se em pedaços (3-5 cm de comprimento) que se levam a fritar. Servem-se de imediato.
Rojões
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1,5 kg de carne de porco (perna, preferencialmente de porco da raça bísara ou de cruzado de bísaro);
—
sal (NaCl) próprio para fins alimentares; 0,5-1,5 % (5-15 g de sal por kg de carne de porco);
—
alho (Allium sativum L.), seco, não germinado, quanto baste;
—
pimenta branca (Piper nigrum), quanto baste;
—
1 folha de louro (Laurus nobilis);
—
½ l de vinho verde branco da região, pela acidez característica;
—
banha de porco, quanto baste.
Método de preparação e confeção
Corta-se a perna de porco em pedaços e coloca-se a marinar em vinho verde branco, alho, sal, pimenta e louro. A carne é depois cozinhada nesta vinha de alhos e num pouco de gordura, preferencialmente banha de porco.
O «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» poderá também ser acompanhado, nomeadamente, de bucho, fígado, coração, bofes e sangue cozido e frito.
Bucho
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bucho de porco;
—
sal (NaCl) próprio para fins alimentares;
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alho (Allium sativum L.), seco, não germinado, de utilização facultativa;
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folha de louro (Laurus nobilis);
—
água;
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banha de porco.
Confeção
Coze-se o bucho em água temperada com sal, louro e alho. Quando estiver cozido, retira-se e reserva-se a água de cozedura. Corta-se o bucho em tiras que, de seguida, se fritam em banha de porco. Serve-se de imediato juntamente com os restantes acompanhamentos do prato.
Fígado
—
fígado de porco;
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banha de porco.
Corta-se o fígado em tiras, que se fritam em banha de porco e se juntam às restantes frituras.
Coração e bofes
Cozem-se ambos na calda que se prepara para o arroz. Quando estiveram cozidos, retiram-se, cortam-se em pedaços, fritam-se em banha de porco e juntam-se às restantes frituras.
Sangue de porco
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sangue de porco;
—
sal (NaCl) próprio para fins alimentares;
—
alho (Allium sativum L.), seco, não germinado, de utilização facultativa;
—
folha de louro (Laurus nobilis);
—
água;
—
banha de porco.
Confeção
Coze-se o sangue de porco em água temperada com sal, louro e alho. Estando cozido, corta-se em pedaços que se fritam em banha de porco e se juntam à travessa das frituras.
Batatas/castanhas
Assam-se ou alouram-se em gordura, preferencialmente banha de porco.
A carne de porco usada na preparação de qualquer um dos componentes do «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» deve provir, preferencialmente, de porcos da raça bísara, explorada em linha pura, ou de animais resultantes dos seus cruzamentos.
4.3. Descrição dos principais elementos que determinam o caráter tradicional do produto [artigo 7.o, n.o 2, do Regulamento de Execução (UE) n.o 668/2014 da Comissão de 13 de junho de 2014)
O Alto Minho é uma região rica em cultura e tradições, que apresenta uma gastronomia muito própria e povoada de rituais. Em Ponte de Lima, a gastronomia tem o seu ex-líbris no «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima», servido com rojões de porco, um prato rico em sabores e tradição.
Existem muitas referências históricas ao arroz de sarrabulho, com particular destaque para Clara Penha, a cozinheira que «comandava um regimento de mulheres na preparação do repasto para o jovem padre, fidalgos, clero e ricos-homens do Vale do Lima. Cozia-se o arroz, fritava-se a beloura, alouravam-se os rojões, enfim preparava-se o sarrabulho enquanto a pequena sobrinha, vaidosa nos socos novos, namoriscava o leite-creme e a aletria […]» (Brito, N. V. e Vale, A. P., Sarrabulho de Ponte de Lima: A Gastronomia da Tradição, Município de Ponte de Lima e Associação Concelhia das Feiras Novas, 2011).
Esta pioneira do «Arroz de Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima» teve enorme relevo. Maria de Lurdes Modesto cita-a no acervo da sua Cozinha Tradicional Portuguesa ao dar nota do seu encontro e aprendizagem em novembro de 1977, no Casino do Estoril, precisamente numa homenagem a esta divulgadora desta receita tradicional. Maria de Lurdes Modesto escreveria, aliás, sobre a génese da receita: «E que rico mortório de porco é o sarrabulho! Um nunca acabar de pratos fartos e saborosos que reúnem a família e os amigos em torno de uma toalha de linho. Que manancial de boas comezainas não é o porco (com sua licença!)» (Modesto, M. L., Praça, A., Calvet, N., Festas e Comeres do Povo Português, vol. I, Editorial Verbo, 1999).
Reconhecida como receita de tempos imemoriais, está associada à criação do porco enquanto principal fonte da subsistência alimentar das famílias, por ser mais económico e mais fácil de produzir. Desde a nobre família de Bertiandos, em cujo arquivo familiar se descreve o método de confeção do arroz de sarrabulho, passando pelos seus parentes, os Condes D’Aurora, que se descrevem os costumes de tempos antigos, a mesa farta e fidalguia: «Já viera o arroz de sarrabulho, rodeado de costeletas e tiras de morcela. Apareceram e ficara tudo limpo, as tripas com o bucho. Da cozinha chegava pela porta aberta forte alarido e cheirinho de belos petiscos [...]. O fidalgo pedia mais rojões com fígado [...]» (Aurora, Conde d’, O Pinto: infância, paixões e morte de um cacique eleitoral, Livraria Tavares Martins, Porto, 1935).
No entanto, com o aumentar do número de feiras e tascas em Ponte de Lima, como bem descreve Franclim Castro Sousa em As Feiras e Tascas de Ponte 1960-2000 (edição Fundação Caixa Agrícola do Noroeste, 2019), surgem diversas referências aos novos estabelecimentos e ao «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima», nomeadamente com a abertura, em 1951, do restaurante Casalina, propriedade da mãe daquele autor, «uma catedral de boa gastronomia, no que toca a vinhos e petiscos, que merece ser recordada». O arroz de sarrabulho era então anunciado «em restaurantes e tabernas como poderoso chamariz» nos diferentes periódicos locais, em particular no Anunciador das Feiras Novas, nas décadas de 40 e 50 do século passado, que, posteriormente, Couto Viana (O Anunciador das Feiras Novas, Ano 17, série 2, n.o 17, Ponte de Lima, 2000, p. 177-179) tão bem caracteriza.
O sarrabulho começa, pois, a surgir nos anos 30 nas casas de pasto e tascas, em dias de feira de Ponte de Lima, como um prato composto por «arrozinho a fugir em caçoila tortulho» e, ao lado, numa travessa, os rojões, as frituras de belouras, chouriça de verde e tripa enfarinhada, acompanhados de batatas louras salteadas. São deste tempo as referências ao sarrabulho na primeira metade do século XX, na Pensão Barros, de Dores Petiscas, como um prato típico que fazia a diferença: a Petiscas servia o «prato composto» que, no dizer de José Rosa de Araújo, «era um prato individual para cada um, contendo arroz de sarrabulho, com dois rijões e uma chouriça de verde» (Araújo, J. R., «Ponte de Lima – Pátria do Sarrabulho», Revista Limiana, n.o 17, Ponte de Lima, 2010).
O «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» generalizou-se na restauração de Ponte de Lima pelas mãos da famosa cozinheira Clara Penha e, mais tarde, da sua sobrinha, Belozinda Varela, herdeira ciosa dos seus saberes e fiel perpetuadora deste prato único. Desta ancestral «família do arroz de sarrabulho» provêm numerosas cozinheiras, que ainda hoje perpetuam na restauração o «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» (Faria. A., «Homenagem a D. Belozinda Varela. Elogio […] e Segredo das Grandes Cozinheiras Minhotas», IV Congresso de Gastronomia de Viana do Castelo, A Caça e a Mesa, 23-25 de outubro, Viana do Castelo, 1987).
Esta receita, que se foi alargando à restauração nas primeiras décadas do século XX com o aparecimento dos restaurantes/residenciais, manteve as características do saber-fazer e dos produtos tradicionais, tendo sido valorizada com a introdução de carnes desfiadas e de miudezas para acompanhar os rojões, bem como de castanhas.
Para proteger esta importante receita, inicia-se, em março de 2004, o Projeto «Confraria Gastronómica do Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima», em cujo seminário de apresentação Francisco Sampaio considerou que, por fim, se estava a «fazer a História do Arroz de Sarrabulho em Ponte de Lima, como prato de excelência e bem merecedor da sua elevação a confraria, enquanto i) cozinha étnica (pelo menos a partir de 1860), ii) cozinha familiar, iii) cozinha caseira e iv) cozinha tradicional».
«O arroz de sarrabulho distinguiu-se a partir de Ponte de Lima e difundiu-se a sua receita, revelando na atualidade uma elevada notoriedade. As matérias-primas utilizadas, o “saber-fazer” dos produtores da região, que seguem uma tradição histórica transmitida de geração em geração, têm permitido preservar a qualidade e a identidade do “Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima” e respetivos acompanhamentos A habilidade, experiência e gosto, aliados ao esmero e dedicação de cada cozinheira(o), permitiram difundir o “Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima”, mantendo a originalidade e autenticidade dos seus vários componentes: a escolha minuciosa das carnes para o arroz, a preparação cuidadosa da calda do arroz com as carnes desfiadas, a qualidade do sangue (o inicial, “logo a escorrer do porco” para as belouras, o seguinte para os enchidos e o final para o arroz); a “mão certa” para os temperos; o uso da água de cozer o bucho na preparação dos enchidos e das belouras; a vinha de alhos dos rojões; e “as frituras”, tudo é feito com um saber próprio que se aprende e aperfeiçoa» (Sampaio, F., A Boa Mesa do Alto Minho. Editorial Notícias, 2003).
O «Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima» manteve, pois, até à atualidade, na sua composição, o arroz, as belouras (preferencialmente «Beloura de Ponte de Lima»), a chouriça de verde (preferencialmente «Chouriça de Verde de Ponte de Lima»), a tripa branca e os rojões, aos quais se acrescentam por vezes as vísceras e o sangue cozido e frito. Por regra, o arroz de sarrabulho é servido numa caçarola e os restantes elementos em travessa separada. Atualmente é o ex-líbris da gastronomia limiana, a verdadeira alavanca da sua atividade, atração final para milhares de visitantes que, durante o ano, elegem Ponte de Lima como local do seu roteiro.
(1) Regulamento (UE) 2024/1143 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de abril de 2024, relativo às indicações geográficas para o vinho, as bebidas espirituosas e os produtos agrícolas, bem como às especialidades tradicionais garantidas e às menções de qualidade facultativas para os produtos agrícolas, que altera os Regulamentos (UE) n.o 1308/2013, (UE) 2019/787 e (UE) 2019/1753 e que revoga o Regulamento (UE) n.o 1151/2012 (JO L, 2024/1143, 23.4.2024, ELI: http://data.europa.eu/eli/reg/2024/1143/oj).
Entre os vários deputados ontem eleitos para o Parlamento Europeu encontram-se dois minhotos. São eles o Bruno Gonçalves, do Partido Socialista. Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade do Minho, Bruno Gonçalves tem 27 anos e nasceu na cidade de Braga. Foi líder da Juventude Socialista e de Braga e é o atual secretário-geral dos jovens da Internacional Socialista.
E, Paulo Cunha, do Partido Social Democrata. Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada no Porto. Natural de Vila Nova de Famalicão, município que presidiu entre 2013 e 2021, Paulo Cunha assume, desde julho, o cargo de vice-presidente do PSD.
Braga entre as cidades nomeadas ao galardão europeu
Braga está entre as cidades que concorrem ao título de Capital Verde Europeia em 2026. No total são nove as cidades, com mais de cem mil habitantes, seleccionadas para o galardão atribuído pela Comissão Europeia. Além de Braga, Guimarães também faz parte desta lista de cidades que se destacam pelos padrões de sustentabilidade ambiental, social e económica.
“Ser Capital Verde Europeia não é ser uma cidade perfeita, mas sim uma cidade que, apesar dos seus problemas, consegue conjugar a natureza e o ecossistema com a interacção humana da forma mais equilibrada possível. Uma Capital Verde tem de reflectir o processo de transformação de um território, com o objectivo de ser cada vez mais sustentável e amigo do meio ambiente e é isso que temos vindo a fazer ao longo dos últimos anos, num trabalho que não envolve só o Município, mas também os cidadãos, as instituições e empresas do Concelho”, referiu hoje Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, durante a apresentação da candidatura, que decorreu no Parque da Rodovia.
Segundo o Autarca, esta candidatura “é um desafio à participação e envolvimento de todos os Bracarenses na construção da sustentabilidade ambiental e reflecte qualidade do trabalho e compromisso contínuo em promover práticas sustentáveis e inovadoras para um futuro mais verde e saudável para todos”. Ricardo Rio lembrou que Braga está “a abraçar a inovação digital e a tirar partido da tecnologia para criar um ambiente urbano mais inteligente e sustentável, com progressos muito significativos em vários domínios, como a mobilidade inteligente, a energia e a participação dos cidadãos”.
Sob o mote ‘Tudo se reduz à natureza’, a candidatura assenta em sete temas. Qualidade do ar; Água; Biodiversidade, zonas verdes e utilização sustentável do solo; Resíduos e economia circular; Ruído, Mitigação e Adaptação às alterações climáticas são os indicadores e boas práticas da Cidade que serão avaliados por um painel de especialistas independentes.
Aposta na sustentabilidade para tornar Braga mais resiliente
Esta candidatura é o reconhecimento dos esforços para transformar Braga numa Cidade mais sustentável e resiliente. Uma das metas já estabelecidas passa por reduzir 55% dos gases com efeito de estufa até 2030 e a criação de um roteiro para a descarbonização que se insere numa visão a longo prazo para alcançar a neutralidade climática até 2050, existindo já trabalho no sentido de alargar os espaços verdes, salvaguardar a qualidade das águas com intervenções nos rios, melhorar a gestão dos resíduos, entre outros.
Braga foi pioneira no desenvolvimento de um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (que privilegia o peão, a bicicleta e os transportes públicos), para o qual foram desenvolvidas transformações físicas no espaço público. Promoveu o Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga, já substituiu 60% da sua frota de transportes públicos por veículos eléctricos e a gás natural (reduzindo 13% de emissões por distância percorrida - um esforço que se prolongará até 2030), está a substituir toda a iluminação pública por lâmpadas LED e a promover a criação de comunidades de energia renovável. A criação do Centro de Sustentabilidade Inteligente
“Estamos empenhados em implementar políticas que promovam a eficiência energética, a preservação do meio ambiente e estamos muito focados em trabalhar na promoção de uma mobilidade urbana mais sustentável, criando condições de atractividade para a utilização dos transportes públicos, atraindo também utilizadores para os modos suaves como a bicicleta ou modos pedonais”, concluiu Ricardo Rio.
Altino Bessa, vereador do Ambiente, destacou a importância desta nomeação para a Cidade, sublinhando “só o facto de Braga constar nesta lista é motivo de orgulho e a demonstração estamos no caminho certo no trabalho que tem sido feito por todos. Esta é uma oportunidade única para demonstrar as nossas boas práticas e dar continuidade à nossa estratégia ambiental que nos últimos quatro anos nos colocou como um dos melhores municípios no galardão ECOXXI”, referiu.
Abordagem inovadora à gestão ambiental urbana
Uma das medidas que consta nesta candidatura, é a criação de uma nova plataforma - Braga Green AI - Centro de Sustentabilidade Inteligente (BGAi), que representa uma abordagem inovadora à gestão ambiental urbana. Ao tirar partido da inteligência artificial e dos sistemas de dados integrados, a BGAi estabelece um novo padrão para a forma como as cidades podem melhorar as suas práticas de sustentabilidade e envolver-se com as suas comunidades. A plataforma desenvolverá uma base de dados ambientais a partir de várias fontes e o modelo de inteligência artificial será treinado com conjuntos de dados específicos de Braga. O GBAi funcionará como um pólo centralizador das iniciativas em curso nos vários domínios e reforçará o empenho da comunidade local em tornar Braga uma cidade mais verde.
“O objectivo para esta candidatura passa por valorizar os esforços alcançados pelo Município e pelos cidadãos em áreas como a eficiência energética, as áreas verdes, os serviços ambientais, a mobilidade sustentável e a qualidade de vida”, sublinhou Altino Bessa.
Como explicou vereador, Braga possui uma grande variedade de espaços verdes, incluindo parques, jardins e praças no centro urbano, santuários naturais na periferia da cidade e zonas fluviais, agrícolas e florestais. 55% da população urbana vive a menos de 300 metros de um espaço verde público. O Município tem desenvolvido um conjunto de iniciativas neste domínio, como a regularização, naturalização e repovoamento de massas de água e da sua biodiversidade, a plantação de vegetação autóctone em áreas florestais e nas margens dos rios - foram plantadas mais de 38 500 árvores desde 2014, a recuperação ou criação de novos espaços verdes (Monte Picoto, Ecovia do Rio Este, Rodovia, Parque da Ponte, Parque das Camélias, entre outros) e hortas urbanas (mais de 3 hectares e 5.000 utentes).
Brasov (Roménia), Córdoba (Espanha), Heilbronn (Alemanha), Klagenfurt on Lake Wörthersee (Austria), Linz (Austria), Riga (Letónia) e Rybnik (Polónia), são as restantes cidades na corrida ao título europeu. Até ao momento, Lisboa foi a única cidade portuguesa a arrecadar o galardão, no ano de 2020.
Um painel de sete especialistas independentes irá realizar uma avaliação técnica de cada candidatura, onde serão elaborados relatórios individuais de avaliação. Em Julho serão anunciadas as três cidades finalistas. A cidade vencedora recebe um prémio financeiro no valor de 600 mil euros e irá suceder a Valência, actual Capital Verde Europeia, e a Vilnius, na Lituânia, já eleita para o ano de 2025.
Todas as informações sobre a candidatura de Braga a Capital Verde Europeia em 2026, estão disponíveis em: https://bragaverde.pt
Os candidatos da CDU ao Parlamento Europeu Vítor Rodrigues, também vereador da Câmara de Braga, e Joel Moriano, participaram em acções de contacto com a população na Feira de Póvoa de Lanhoso e nas praias fluviais de Prado e Adaúfe.
Os candidatos da CDU afirmaram não temer comparações quanto ao trabalho realizado pelos deputados das várias forças políticas no PE.
Vítor Rodrigues afirmou que “Os deputados da CDU não guardam no segredo dos deuses o que andam a fazer no PE, pelo contrário, tornam público e divulgam o mais possível as suas posições e votações, as suas declarações e propostas. Já de outros pouco ou nada se conhece”.
Por seu lado, Joel Moriano destacou que “os deputados da CDU nunca vacilaram contra os interesses dos monopólios e do grande capital, esses sim, os principais beneficiários das imposições da UE e da política de direita de sucessivos governos. É esta a sua opção. Perguntamo-nos se outros partidos poderão dizer o mesmo. Quando os deputados da CDU no Parlamento Europeu propuseram o aumento do financiamento do transporte público, PS, PSD e CDS votaram contra. Quando propusemos que se desse centralidade ao financiamento de áreas sociais e laborais, sectores produtivos, preservação da biodiversidade, acolhimento e integração de refugiados e migrantes, PS, PSD e CDS votaram contra. Quando os nossos deputados no PE propuseram que os fundos fossem usados para a melhoria da situação económica e social, PS, PSD e CDS votaram contra e mais grave ainda, acharam que esses fundos deveriam ir para o militarismo e a guerra. Quando os nossos deputados no PE recusaram as novas regras orçamentais, que nos procuram impor mais um corte de 2,8 mil milhões de euros de despesa pública, lá estiveram PS, PSD e CDS a dar o seu voto a favor de mais cortes e menos soberania”.
Nos contactos realizados, os candidatos da CDU sublinharam que nestas eleições todos dos votos contam e que a situação nacional e na União Europeia exige uma votação expressiva na CDU.
No âmbito das eleições europeias, o Bloco de Esquerda organizará uma conversa intitulada "Nosso futuro, nossa libertação", com a eurodeputada e candidata na lista europeias, Anabela Rodrigues, na biblioteca municipal de Caminha, na próxima sexta-feira, dia 31 de maio, às 21h15.
Este encontro visa promover o debate sobre as eleições europeias, sublinhando a importância da luta pela igualdade e justiça social.
“Vale bem a pena confiar na CDU” – afirmou João Oliveira em Guimarães
No Largo do Toural, em Guimarães, a CDU levou a cabo um comício-festa perante centenas de pessoas. A animação esteve a cargo do grupo “Cantares da Terra”, que interpretou diversas canções de música popular e de intervenção.
Inês Rodrigues, mandatária da CDU em Guimarães nas eleições ao Parlamento Europeu e membro da Assembleia Municipal de Guimarães, deu o mote para as intervenções políticas, referindo “Sempre contigo, para o que der e vier”. É com este lema que a CDU se apresenta nestas eleições para Parlamento Europeu. Mais do que um lema, esta afirmação corresponde ao compromisso das forças de integram a CDU e dos seus candidatos com a defesa dos interesses nacionais, custe o que custar e em todas as circunstâncias”.
Por seu lado, Vítor Rodrigues, candidato ao PE e vereador na Câmara de Braga, aproveitou a oportunidade para desenvolver algumas matérias regionais que também têm relação directa com estas eleições:
“Neste Portugal concreto, e nesta região em que intervimos, está à vista desarmada de quem quer ver, a destruição de importantes setores industriais, a precariedade, o aumento do desemprego e as desigualdades salariais entre homens e mulheres, elas que são também as mais afetadas pela precariedade, pelos baixos salários e pelos despedimentos. Está também à vista o desmantelamento da agricultura, em particular, de produções outrora tão importante neste distrito, como é o caso do leite, paradigma da destruição da nossa pequena e média agricultura pelos ditames da PAC. Mas este é também o Portugal concreto que luta. Que luta pelo direito à saúde, pela dignificação e melhoria do Serviço Nacional de Saúde, pela construção de nova ala cirúrgica no Hospital de Braga, pela construção do novo Hospital de Barcelos, pelos investimentos nos Hospitais de Guimarães e Famalicão, ou pela requalificação e reabertura da Unidade de Saúde na Apúlia.
O país concreto que luta por mais e melhores transportes públicos, pela ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, por mais carreiras e pela articulação intermodal dos transportes. A este propósito, não é admissível, num distrito que ainda mantém importantes polos industriais, que os trabalhadores se vejam forçados a recorrer ao transporte próprio, ou que tenham de comprar passes diferentes apenas porque, nos poucos quilómetros que separam as suas casas do seu local de trabalho, mudam de comunidade intermunicipal.
Merece aqui referência a iniciativa do PCP de propor a requalificação da Nacional 103 entre Braga e Vieira do Minho, uma exigência justa e mais que necessária para as populações desta zona do distrito, sujeitas à sinistralidade rodoviária, e as únicas que continuam sem qualquer alternativa à velhinha estrada nacional.
Este é o país concreto que luta pelo aumento da produção nacional, que exige a defesa da indústria, da agricultura e das pescas. Que exige a nova barra em Esposende, e uma política agrícola mais justa para os pequenos e médios agricultores, que garanta a soberania alimentar e o fim da ditadura da grande distribuição.
Este é o país concreto que exige a construção das novas residências universitárias em Braga e Guimarães, e o alargamento da oferta pública de habitação a preços controlados, rejeitando a lógica de por o Estado a subsidiar o rentismo e os sempre crescentes lucros da banca”.
A vimaranense Mariana Silva, dirigente do Partido Ecologista Os Verdes e candidata ao PE, afirmou:
“Os partidos que compõe a CDU são dos que nunca desistem nem de sonhar, nem de lutar. Nunca desistimos da mobilidade para todos a preços acessíveis, e a prova disso é que, com a nossa luta, conquistámos há 5 anos uma melhoria imensa no passe social. No entanto, muito está por fazer, não podemos aceitar ter um país a duas velocidades, em que esta resposta existe numa parte dele e em que noutras localidades as populações estão isoladas sem que o direito à mobilidade lhes esteja garantido. Também aqui não desistimos. Não desistimos das questões ambientais, e também não acordámos ontem para elas, nem somos aves de arribação que saltam para lá apenas por estarem na ordem do dia. Nós lembramos que o carinho revelado pelo ambiente nos papéis e nas notícias de jornais, tem de ter impacto nas opções políticas que precisam de ser tomadas. Investir na defesa do ambiente, na proteção e conservação da natureza e da biodiversidade, é investir na saúde, na economia, na qualidade de vida das pessoas e do Planeta”.
A última intervenção do comício coube a João Oliveira, 1º candidato da CDU ao PE. Começou por destacar a intervenção distintiva dos deputados da CDU no PE, “Esta é uma força confiável como o prova o seu profícuo trabalho no Parlamento Europeu e que faz dos deputados eleitos pela CDU os mais activos, coerentes e intervenientes deputados portugueses representados no Parlamento Europeu em defesa dos interesses nacionais, dos trabalhadores e do povo. Um trabalho valioso e um volumoso trabalho nos mais diversos domínios que se distingue das demais forças políticas no Parlamento Europeu não apenas pelas opções políticas de fundo, mas pela capacidade e empenhamento revelados na procura de soluções de problemas com propostas concretas com impacto na vida dos trabalhadores e do povo. E sublinho volumoso trabalho, porque os dois deputados do PCP/ CDU, além da ligação permanente aos problemas do País que 1 600 iniciativas de contacto com mais diversos problemas dos trabalhadores, das populações e instituições, testemunham, averbam no seu activo 520 intervenções no Plenário, outras tantas perguntas à Comissão e Conselho Europeu, além da responsabilidade directa em dezenas de Relatórios, o mais recente dos quais sobre os direitos das crianças e dos pais”.
Referiu João Oliveira que é “um trabalho que confirma a CDU como a força necessária que faz a diferença no pantanoso consenso comunitário das políticas da direita e da social-democracia – as políticas neoliberais que são a marca de água da intervenção e acção dessas forças no Parlamento Europeu (...) têm sido os deputados da CDU que desde a primeira hora se apresentaram no Parlamento Europeu com iniciativa própria e os olhos postos nos problemas do País e não a secundar, dar aval ou legitimar as orientações fabricadas pela burocracia de Bruxelas e às ordens do Directório das grandes potências e contrárias aos nossos interesses”.
Desenvolvendo as questões relacionadas com os direitos dos trabalhadores, sublinhou que “a CDU foi neste mandato(...), tal como tem sido e é aqui no País, uma força com uma intervenção ímpar”. Acrescentou ainda que “nada do que diz respeito aos trabalhadores passou ao lado dos deputados eleitos pela CDU. Lá se bateram na defesa dos seus direitos, entre eles, da negociação e contratação colectivas e da valorização das relações e condições laborais e do aumento de salários, por oposição à sua precarização, desregulação, instabilidade, pelo princípio da proibição do despedimento sem justa causa, do salário igual para trabalho igual, pela valorização das reformas e pensões, mas também pela universalidade dos direitos à saúde, à educação, à segurança social, entre outros. Lá encontraram os nossos deputados a intervir activamente na discussão da proposta da Directiva denominada “Os salários mínimos adequados na União Europeia”, denunciando os seus efeitos na perpectuação dos modelos de baixos salários, particularmente em países com as características do mercado de trabalho português. Lá estivemos a denunciaram a natureza do chamado Pilar Europeu dos Direitos Sociais e do respectivo Plano de Acção – uma forma de branqueamento e “maquilhagem social” de políticas neoliberais, de nivelamento por baixo de direitos laborais e sociais”.
João Oliveira afirmou ainda que “O resultado de tudo isto foi a crescente concentração e centralização da riqueza nas mãos dos grupos económicos e financeiros e de uma minoria cada vez mais opulenta e o empobrecimento do conjunto dos trabalhadores. O essencial dessa política que conduziu a esta situação de degradação social e de desvalorização do trabalho, permanece hoje nas opções do conjunto das forças que servem o grande capital PSD,PS,CDS, IL e Chega”.
A alternativa que a CDU protagoniza impõe-se como necessária e o trabalho levado a cabo pelos seus eleitos confirma a importância do voto na CDU.
O comício terminou com a “Grândola, Vila Morena”, canção icónica da Revolução de Abril, e com um apelo à mobilização para o voto na CDU.
O candidato da CDU ao Parlamento Europeu e vereador da Câmara de Braga, Vítor Rodrigues, participou, em Braga, num conjunto de acções de contacto com trabalhadores e as suas estruturas representativas.
A CDU esteve em contacto com jardineiros e varredores da AGERE e com os trabalhadores do Complexo Grundig. A CDU esteve ainda reunida com a União dos Sindicatos de Braga / CGTP-IN.
Vítor Rodrigues afirmou que “O voto na CDU é necessário e insubstituível. O Parlamento Europeu não precisa de mais deputados ao serviço dos grupos económicos e das multinacionais. Precisa, isso sim, de deputados comprometidos com o povo, os trabalhadores e o País e que, como os da CDU, fazem o que dizem e dizem o que fazem, cá em Portugal, como em Bruxelas”.
O vereador e candidato da CDU acrescentou “PSD, CDS, Chega, IL e PS vão ter de responder o porquê de tantas medidas, tantas decisões, e nem uma, uma que seja, que ponha em causa ou belisque sequer os interesses dos grupos económicos. Esses grupos económicos que crescem à medida que crescem as injustiças e desigualdades. Há dúvidas? Vejam-se os recentes resultados financeiros da banca. Enquanto milhares de famílias e micro, pequenos e médios empresários continuam apertados, a banca continua a encher, e que bem que lhe faz a política e as opções do BCE de manter altas as taxas de juro. Mas ponha-se os olhos também na GALP e nos seus 333 milhões de euros de lucros no primeiro trimestre deste ano. Exemplos entre muitos que concentram cada vez mais a riqueza que é criada com o esforço físico e intelectual dos trabalhadores. Tudo isto e os salários continuam baixos, e por vontade do Governo assim continuarão nos próximos anos. Mas é assim também nas pensões; é assim com a precariedade, os horários desregulados, com turnos que dificultam ou mesmo impossibilitam a conciliação da vida laboral com a vida pessoal e familiar”.
O Distrito de Braga do Partido CHEGA tem quatro militantes na lista de candidatos a Eurodeputados, dentre eles o Vice-Presidente da Distrital Filipe Aguiar.
Neste último fim de semana foram realizadas ações de campanha para as europeias no Centro de Braga, próximo à sede do Partido. Brevemente, o cabeça de lista às eleições europeias e vice-presidente do CHEGA, António Tânger Corrêa, marcará presença em Braga.
“A União Europeia é um projeto de crescimento coletivo, uma herança que devemos celebrar e continuar a defender e fortalecer”, afirma o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira. Mais um ano, e o Município cerveirense assinala o Dia da Europa (9 de maio), de uma forma simbólica, mas marcante. O Castelo de Cerveira, ex-libris do concelho, surgirá iluminado com a cor azul da bandeira europeia, nas próximas duas noites e, na manhã desta quinta-feira, será hasteada a bandeira da União Europeia no edifício dos Paços do Concelho.
O Município de Vila Nova de Cerveira está cada vez mais em sintonia com o resto da Europa, com vários projetos europeus em curso, que permite a partilha de conhecimento, experiência e boas práticas com dezenas de cidades e instituições do ‘velho continente’. Um deles, o mais recente e com um grande impacto - projeto ARCHETHICS - envolve o Castelo de Cerveira, daí ter sido o monumento destacado para assinalar esta efeméride.
De acordo com o Presidente da Câmara Municipal, “o atual estado de abandono impõe a necessidade do Castelo de Cerveira voltar a fazer parte do quotidiano da comunidade”, pelo que encara a essência e a integração neste projeto europeu em curso como “uma oportunidade mais abrangente para refletir, em conjunto, novas rotas culturais que integrem este monumento nacional no dia a dia dos cerveirenses e dos turistas, recuperando a relação afetiva e histórica entre o Castelo e a sua população, e restaurando a sua centralidade”.
O autarca Rui Teixeira destaca ainda a capacidade do município no que diz respeito ao aproveitamento dos fundos comunitários. “Temos sabido aproveitar as várias oportunidades que vão surgindo em prol do desenvolvimento do concelho e há bons resultados à vista e para desfrute da população como seja o recém-inaugurado Palco das Artes”, afirma, acrescentando: “O futuro apresenta-se desafiador. Temos de estar unidos para o enfrentar e vencer”.
As próximas eleições europeias - 9 de junho - revestem-se de uma importância fundamental com vista à preservação dos valores funcionais da União Europeia, designadamente a democracia e o Estado de Direito, num cenário caraterizado por uma situação global complexa e desafiante. Pretende-se assim, com este ato de iluminação de edifícios, realçar a premência de preservar os valores definidores do modo de vida europeu sensibilizando as pessoas para a importância de votarem nas eleições europeias.
De relembrar que o Dia da Europa assinala o aniversário da histórica «Declaração Schuman», em que num discurso proferido em Paris, a 9 de maio de 1950, Robert Schuman, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa, capaz de trazer a paz ao continente europeu. Desta ideia, baseada na cooperação conjunta, assentou criação da União Europeia (UE). Menos de um ano mais tarde, era assinado um tratado que criava uma entidade com essas funções. Considera-se que a União Europeia atual teve início com a proposta de Schuman.
O Município de Vila Nova de Famalicão assinala esta quinta-feira, dia 9 de maio, o Dia da Europa, com o tradicional hastear da bandeira europeia nos Paços do Concelho, pelas 09h00.
O momento será acompanhado pelo executivo municipal e acontecerá ao som do “Hino à Alegria”, composto por Ludwig Van Beethoven em 1823 e adotado como Hino Europeu em 1972, que será interpretado pela Orquestra de Sopros da ArtEduca.
Logo de seguida, o executivo municipal inaugura a exposição itinerante “Expressa-te pela Europa”, nos Paços do Concelho, onde se poderão ler as mensagens, desejos e votos sobre a União Europeia redigidos pelos Clubes Europeus das escolas do concelho.
A Europa e os programas europeus vão ser também tema de discussão no encontro “EUI & URBACT Infosessions”, que a Direção-Geral do Território (DGT) promove em Famalicão esta quarta e quinta-feira, dias 8 e 9 de maio.
O primeiro dia ficará marcado por um conjunto de visitas guiadas a boas práticas inovadoras no centro urbano da cidade de Vila Nova de Famalicão, sob o mote do desenvolvimento urbano sustentável. Já o segundo dia decorrerá na Casa das Artes e contará com duas sessões informativas: a EUI Infosession - 3.º Concurso Ações inovadoras (manhã) e a URBACT Infosession - Concurso de Boas Práticas (tarde).
Ao longo deste semana, o município famalicense, através da Casa da Juventude, tem também promovido um conjunto de atividades educativas e culturais juntos dos mais jovens sobre a União Europeia e os seus valores.
Recorde-se que em 2024, Vila Nova de Famalicão é Região Empreendedora Europeia.