O Município de Famalicão, em parceria com a Delegação de Braga da Ordem dos Engenheiros, promove no próximo dia 25 de setembro, pelas 14H30, na Casa das Artes de Famalicão, uma sessão dedicada à Engenharia e Economia, no âmbito do Ciclo de Conferências “Há Engenharia no Quadrilátero”.
O evento, integrado nas iniciativas que estão a ser promovidas no âmbito do ano da celebração da Região Empreendedora Europeia, Evento EER, é promovido
Nesta sessão serão abordados temas atuais da engenharia e da economia, numa análise que vai ter em consideração o concelho de Famalicão, o espaço do Quadrilátero Urbano e também transversais ao país, através do debate entre especialistas nos diversos assuntos como a importância económica do Quadrilátero no contexto regional e nacional, a apresentação do projeto e empreitada da variante à estrada nacional 14.
Inaugurada a 30 de junho de 1878, a Ponte Eiffel, um ícone da cidade de Viana do Castelo, celebra hoje 146 anos de existência.
Projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel, cuja morte aconteceu há 100 anos, e construída pela Casa Eiffel de Paris, é uma obra de arte rodoferroviária feita de ferro pudlado que liga as margens do Rio Lima. Garante a continuidade a Linha do Minho e a Estrada Nacional 13.
O elevador do Bom Jesus do Monte, em Braga, encontra-se em funcionamento desde 25 de Março de 1883, sendo atualmente o funicular mais antigo do mundo em funcionamento utilizando contrapesos de água. O depósito da cabine que se encontra na parte superior do percurso é atestado de água para, através da diferença de peso, fazer a outra cabine subir a encosta, sendo a água esvaziada quando chega ao sopé.
O elevador veio substituir a carreira dos “americanos” de Braga que consistia em veículos que circulavam sobre carris puxados por cavalos e que foram os antecessores dos atuais carros elétricos existentes em várias cidades. Porém, devido à subida íngreme para o Santuário do Bom Jesus, a tração dos veículos tinha aqui de ser também efetuada com a ajuda de bois.
Coube ao engenheiro suíço Niklaus Riggenbach a autoria do projeto que, a partir do seu país, deu todas as indicações para a sua execução, no local orientada pelo engenheiro Raul Mesnier du Ponsard. O êxito obtido levou à construção de vários ascensores em Lisboa, entre os quais o da Bica, Lavra, Glória e Santa Justa que ainda se mantêm em funcionamento.
Sessão de apresentação decorreu no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora
Consenso, determinação e compromisso marcaram, esta tarde, a sessão de apresentação do Estudo de Reconfiguração do Portinho de Vila Praia de Âncora. O trabalho, dado a conhecer pelo Professor António Trigo Teixeira, do Instituo Superior Técnico (IST), defende a construção de um “anteporto” e mereceu um excelente acolhimento da plateia, reunida no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora e maioritariamente constituída por pescadores e autarcas. Na ocasião, a Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, decidiu que os documentos afetos ao Estudo ficaram no concelho e o Presidente da Câmara informou que estarão disponíveis para consulta na Câmara Municipal de Caminha, para que o processo possa avançar com mais contribuições, mas de forma célere. Foi também anunciado que a nova dragagem, acordada, começará na próxima semana, com a chegada a Vila Praia de Âncora da draga.
A notícia de que o estudo estava concluído foi comunicada há dias pela Secretária de Estado, correspondendo ao compromisso assumido em maio de 2021, pelo então Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, em visita a Vila Praia de Âncora. Com um investimento de 50 mil euros, o trabalho expõe mais duas soluções, mas defende a construção de um “anteporto”, uma espécie de “hall de entrada”, que obriga à execução e duas obras, mas trará finalmente uma solução para os problemas reconhecidos ao Portinho, construído de forma deficiente há cerca de duas décadas e que, pela sua configuração, favorece até a acumulação de areia.
Expostas as principais caraterísticas e feito o enquadramento, o público teve oportunidade de colocar questões e foram várias as intervenções, prontamente respondidas. Várias das intervenções foram “informadas” pela experiência da pesca e esclarecidas sobretudo pelo Professor António Trigo Teixeira. Do debate resultou um consenso e foi clara a adesão, especialmente por parte dos pescadores, que se batem há largos anos por melhores condições, nomeadamente de segurança.
A proposta de um novo layout para o Portinho traduz um trabalho sério e continuado, que a própria Secretária de Estado fez questão de recordar. Teresa Coelho sublinhou o forte empenhamento do então Presidente da Câmara, Miguel Alves, que desde 2016 insistiu junto do Governo e organismos ligados ao setor dos portos e pescas para que fosse encontrada uma solução séria e a sério para os problemas do Portinho. As dragagens foram um dos compromissos que estão a ser cumpridos e que correspondem a soluções intermédias e pontuais sendo, no entanto, fundamentais. O outro foi a execução deste estudo.
Teresa Coelho salientou também que esse esforço foi continuado pelo atual Presidente, Rui Lages, que nunca deixou o assunto esmorecer, dialogando repetidamente com as diversas instâncias no sentido de ser encontrada a melhor solução para o Portinho de Vila Praia de Âncora.
A sessão de hoje espelha, de resto, o comprometimento a vários níveis, tendo contado com a participação do Diretor Geral da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos - DRGM, José Simão, e do Presidente da Docapesca, Sérgio Faias. Presentes também representantes da CCDR-N, Agência Portuguesa do Ambiente e Capitania do Porto de Caminha.
Os documentos estarão, a partir da próxima semana, disponíveis, seguindo-se depois as etapas necessárias à obra e ao respetivo financiamento. A reconfiguração do Portinho de Vila Praia de Âncora tem por objetivo minimizar as condições de assoreamento verificadas atualmente neste porto e reduzir substancialmente as operações de dragagem de manutenção, e, sobretudo, melhorar as condições de segurança para as embarcações no acesso ao porto, permitindo-se, assim, que os operadores e armadores conseguiam fazer a sua descarga do pescado em melhores condições.
A Câmara Municipal de Caminha apresenta o Estudo de Reconfiguração do Portinho de Vila Praia de Âncora, em sesão que terá lugar amanhã, dia 6 de julho, pelas 14h30, no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora.
A sessão conta com a participação do Diretor Geral da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos - DRGM, José Simão, e com a Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho.
O elevador do Bom Jesus do Monte, em Braga, encontra-se em funcionamento desde 25 de Março de 1883, sendo atualmente o funicular mais antigo do mundo em funcionamento utilizando contrapesos de água. O depósito da cabine que se encontra na parte superior do percurso é atestado de água para, através da diferença de peso, fazer a outra cabine subir a encosta, sendo a água esvaziada quando chega ao sopé.
O elevador veio substituir a carreira dos “americanos” de Braga que consistia em veículos que circulavam sobre carris puxados por cavalos e que foram os antecessores dos atuais carros elétricos existentes em várias cidades. Porém, devido à subida íngreme para o Santuário do Bom Jesus, a tração dos veículos tinha aqui de ser também efetuada com a ajuda de bois.
Coube ao engenheiro suíço Niklaus Riggenbach a autoria do projeto que, a partir do seu país, deu todas as indicações para a sua execução, no local orientada pelo engenheiro Raul Mesnier du Ponsard. O êxito obtido levou à construção de vários ascensores em Lisboa, entre os quais o da Bica, Lavra, Glória e Santa Justa que ainda se mantêm em funcionamento.
Desenvolvimento Económico e Sustentabilidade na base das Cidades do Futuro
A engenharia das cidades do futuro, foi o tema da conferência internacional que durante dois dias esteve em debate no Instituto de Engenharia de Espanha, em Madrid. Uma iniciativa que juntou decisores políticos de relevo internacional, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Engenheiro, patrocinadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela Federação Mundial de Organizações de Engenharia (WFEO).
Ricardo Rio foi um dos convidados desta conferência, com o presidente da Câmara Municipal de Braga a sublinhar que o trabalho em rede é fundamental para que as cidades do futuro possam corresponder às necessidades dos cidadãos e apontou caminhos a seguir para atingir melhores níveis de qualidade de vida e responder aos desafios actuais da sociedade.
“Mais do que uma ambição, o conceito de cidades do futuro é algo que tem de ser desenvolvido por todos. Actualmente existem muitos desafios e transformações para realidade urbana que são comuns em todas as Cidades de todo o mundo, independentemente da sua dimensão. Os desafios que, por exemplo, Madrid enfrenta, são os mesmos que enfrentamos em Braga e existem projectos que estão a ser desenvolvidos em determinados territórios que podem ser replicados por outras cidades. É por isso que a partilha de boas práticas é extremamente importante para todos”, referiu Ricardo Rio, no debate que contou também com a participação do autarca de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, do Embaixador do panamá em Espanha, Allen Sellers Lara, do director técnico do projecto Madrid Nuevo Norte, e da vice-presidente da Sociedade de Engenharia dos Emirados Árabes Unidos, Nahla Ahmed Alqasimi.
Como explicou Ricardo Rio, todos os decisores querem que as cidades do futuro sejam vocacionadas para a vivência dos seus cidadãos e que lhes forneça uma melhor qualidade de vida. Para isso, sublinhou o Autarca, “temos de adaptar as cidades e apostar no desenvolvimento económico de forma a termos capacidade de gerar riqueza, fixar pessoas, atrair projectos e investimento e criar e postos de trabalho qualificado. Depois temos que apostar na dimensão social e desenvolver uma cultura de inclusão, onde todos se sintam parte integrante da comunidade. Por último, existe a dimensão da sustentabilidade ambiental onde as cidades devem preparar e adaptar as suas infra-estruturas para responder aos impactos das alterações climáticas”, referiu.
“Em suma, ao trabalhar estas três dimensões com uma visão holística, através de uma nova forma de governança que junte contributos das instituições públicas, privadas, dos meios académicos, do sector empresarial e económico, estamos a contribuir, de uma forma estratégica, para a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável nos territórios”, concluiu Ricardo Rio.
Ciclo de visitas da InvestBraga ao tecido empresarial local
Decorreu hoje, dia 1 de Março, uma visita da InvestBraga à empresa Rosseti Engenharia, incluída num ciclo de visitas ao tecido empresarial local. A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga e da InvestBraga, Ricardo Rio, do administrador executivo da InvestBraga, Carlos Silva, do CEO da empresa, Pedro Martins, assim como do presidente da Junta de Sequeira, João Carlos Rocha.
A Rosseti Engenharia foi fundada no início de 2008, como uma pequena empresa familiar especializada em movimentação de terras e reparação de barragens de betão. O seu valor foi rapidamente reconhecido no mercado e, actualmente, assume-se como uma multinacional que, entre outros serviços, se dedica à construção de parques eólicos, solares e mini-hídricos. Em carteira está a participação no maior projecto fotovoltaico que está a ser desenvolvido na Europa.
De acordo com Ricardo Rio, estas visitas são essenciais para se perceber quais as ´necessidades, ideias ou propostas´ das empresas para melhorar a sua actividade, permitindo ainda dar visibilidade externa aos vários projectos de sucesso que existem em Braga.
“A Rosseti Engenharia é um exemplo de um excelente projecto empresarial que tem sido muito bem conduzido. Trata-se ainda de uma prova do valor da engenharia na sustentabilidade, na promoção da eficiência energética e na procura de soluções para a descarbonização. É uma empresa que responde em pleno aos novos desafios que se colocam na sociedade e é uma mais-valia quer para Braga, quer para os territórios onde está a desenvolver projectos”, afirmou.
Já Pedro Martins garantiu que a empresa “tem trabalhado em articulação com o Município, bem como com as Universidades e outras instituições locais, no sentido de encontrar recursos, colaboradores e massa crítica que permitam o crescimento da Rosseti Engenharia”.
Inovação e geração de conhecimento são fundamentais para acelerar transição energética
Engenharia e Sustentabilidade foram os temas em debate na conferência inaugural do ‘Ano OE Energia e Clima’, realizada esta Segunda-feira pela Ordem dos Engenheiros. A sessão, que decorreu no Altice Forum Braga, serviu de mote para discutir a crise energética, as estratégias de desenvolvimento ambientalmente sustentável, assim como a produção e o uso de energia que estão na base da transformação industrial, da inovação e da estrutura económica, a nível mundial.
Ricardo Rio foi um dos convidados da sessão de abertura deste ciclo de conferências e abordou os vários projectos implementados no Concelho, nomeadamente na área da mobilidade. O presidente da Câmara Municipal de Braga vincou que a sustentabilidade “é uma das temáticas fulcrais” da actuação da Autarquia, que elaborou o seu relatório de sustentabilidade, um documento estratégico que afirma um conjunto de compromissos que o Município quer valorizar nas suas políticas de concretização da sustentabilidade local. “Temos feito a monitorização numa base regular dos vários indicadores de desenvolvimento sustentável, num diagnóstico que nos permitiu detectar que 65% das nossas emissões são referentes à área da mobilidade”, referiu.
Como explicou Ricardo Rio, de acordo com os dados do Eurobarómetro de 2020, Braga era uma das cidades europeias onde se verificava maior utilização de viaturas próprias, com mais de 60% dos cidadãos a utilizar este meio de transporte. A frota dos transportes públicos era “bastante envelhecida” com uma idade média das viaturas acima dos 17 anos, com abastecimento a combustível fóssil. Por isso, continuou, “nestes últimos anos desenvolvemos um conjunto de acções para promover a descarbonização na área da mobilidade através do incentivo à utilização do transporte público - com um investimento considerável na renovação da frota, onde 40% das viaturas são eléctricas ou a gás natural -, e temos vindo a estimular a sociedade civil para que sejam parceiros neste esforço de descarbonização através do Pacto de Mobilidade Empresarial de Braga, que conta já com o envolvimento de mais de 40 empresas e instituições mais relevantes do Concelho”.
Lembrando ainda iniciativas como a instalação de painéis solares em todos os edifícios municipais, o programa de combate à pobreza energética que apoia famílias com menos recursos económicos a melhorar as condições de climatização dos seus edifícios, Ricardo Rio deixou o desafio aos engenheiros para que centrem as suas atenções no projecto ‘Baterias 2030’, que resulta de uma parceria entre o Município, o INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, a Universidade do Minho e o grupo DST, entre muitos outros Centros de Investigação, Universidades e empresas, para estudar em contexto de laboratório urbano novas formas de produção, de armazenamento e de gestão sustentável de energia. “A sustentabilidade só será alcançada com inovação e geração de conhecimento disruptivo que possa acelerar o processo de transformação”, concluiu.
Além de Ricardo Rio, esta conferência contou também, entre outros, com a intervenção do ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, que participou por videoconferência, do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e do bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Almeida Santos.
As conclusões deste ciclo de conferências serão posteriormente apresentadas em Aveiro, durante as comemorações do Dia Nacional do Engenheiro, que terão lugar em Novembro.
Vulgarmente conhecida por “roda de tirar água”, este engenho hidráulico é pouco conhecido no Minho. Trata-se de um sistema destinado a tirar água dos poços ou pequenas ribeiras com recurso ao emprego da força humana com força motriz.
Tradicionalmente, à semelhança da nora, a roda possui alcatruzes de barro que com o movimento da roda enchem-se de água sendo normalmente despejada para um pequeno aqueduto de irrigação. Era frequentemente utilizada para regar a horta ou pequenos terrenos de cultivo. O movimento da roda era feito pelo homem ou mulher caminhando sobre a mesma.
DKC de Viana: Colapso da sapata de um pilar da ponte nova sobre o Rio Lima (A28) constitui um perigo para a navegação e um risco para os desportos náuticos
Apenas visível na maré baixa, pois ficam ocultos quando a maré sobe, os pedaços da sapata (que aparentemente colapsou) de um dos pilares da ponte nova que atravessa o Rio Lima (A28) já foi objeto de aviso pela DKC de Viana hà largos meses.
Sobretudo pelos acidentes que já provocou, nomeadamente nos cascos de diversas embarcações.
Quando ocultos (a pouco menos de meia maré), pela configuração que apresentam e sem qualquer aviso ou sinalética que alerte as embarcações, podem constituir um perigo à navegação.
Não se trata de pedras ou penedos, é mesmo betão.
Por isso a DKC de Viana apela, uma vez que já formalizou essa circunstância a uma entidade pública e sem qualquer resultado prático (pelo menos que se veja), à reconstituição da sapata do pilar da ponte (ou remoção do betão que aí se encontra) e fique, à semelhança das outras, oculta e segura para que todos os que usufruem das belezas do Rio Lima não tenham a possibilidade desse percalço.
Será mais seguro para a pesca, para o lazer e a competição náutica, seja de remo, vela, canoagem, mergulho ou até de natação (águas abertas).
É uma situação que já tem alguns anos.
O pilar situa-se a sul da ponte, sendo um dos últimos pilares que se encontra dentro de água, conforme visível nas imagens.
Professor do Instituto Superior Técnico, responsável pela elaboração do estudo, veio reunir com Associação de Pescadores e Câmara Municipal de Caminha
Dando seguimento ao compromisso assumido pelo Governo no verão passado, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em coordenação com a Câmara Municipal de Caminha, deslocaram-se a Vila Praia de Âncora para reunir com pescadores na sede da Associação de Pescadores Profissionais e Desportivos daquela localidade. Em cima da mesa esteve a dragagem efetuada ao Porto de Mar que permitiu extrair cerca de cem mil metros cúbicos do seu interior que foram depositados no cordão da Duna dos Caldeirões mas, sobretudo, debater os pressupostos e soluções do estudo de reconfiguração do Portinho de Vila Praia de Âncora há muito desejado pelos pescadores e pelo Município.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Miguel Alves, que esteve presente na visita técnica ao local, “estamos a cumprir com a nossa palavra e estamos, sobretudo, a cumprir com o nosso dever. Desde que cheguei à Câmara de Caminha, sempre ouvi os pescadores profissionais e desportivos de Vila Praia de Âncora dizerem que o desenho do Portinho estava errado, que estavam pior com o novo Porto de Mar do que estava antes de ele ser construído e que nunca tinham sido ouvidos por parte das instituições, mesmo das autárquicas. Agora o estudo está a avançar como tinha sido prometido, e os pescadores estão a ser ouvidos e vão contribuir para a solução”.
A liderar a equipa que vai elaborar o estudo, está o Professor Trigo Teixeira, do Instituto Superior Técnico, dando garantia de competência e de isenção. O objetivo do trabalho dos especialistas é propor uma nova configuração para o porto de Vila Praia Âncora de forma a minimizar as condições de assoreamento, reduzir substancialmente as necessidades de dragagem de manutenção, e, sobretudo, melhorar as condições de segurança para as embarcações no acesso ao porto. Do estudo deverá resultar o desenho de um novo layout do porto, já com as correções necessárias, com vista a proceder-se à respetiva avaliação de impacte ambiental e depois à concretização das intervenções conjuntas DGRM/APA nos molhes de proteção.
Durante a visita técnica efetuada, ficou clara a importância da dragagem realizada até ao final de dezembro, mas também as suas limitações, decorrentes da morfologia do porto e do permanente movimento de sedimentos. Para Miguel Alves, “a presença no local foi essencial para os responsáveis da DGRM e da APA perceberem que, infelizmente, é preciso continuar a fazer dragagens e que elas têm que acontecer já este ano. O contrato de dragagens que assinamos há uns meses no Cineteatro dos Bombeiros de Vila Praia de Âncora vai ser muito útil para podermos garantir que, após o tempo de invernia, se possa reforçar o investimento de dragagem já efetuado. Só assim podemos dar mais garantias de navegabilidade e segurança de forma imediata”.
O autarca de Caminha não quis deixar de elogiar “a persistência e trabalho da Associação de Pescadores e a resiliência e contributo dos diferentes pescadores que nos ajudaram a refletir sobre o que é necessário fazer. A realização deste estudo é uma grande vitória da comunidade piscatória” rematou Miguel Alves.
A última dragagem efetuada em Vila Praia de Âncora resultou num investimento de 1.722.000 euros, financiado pelo POSEUR e com a DGRM a suportar a componente nacional (455.829 euros). O contrato para dragagem do Portinho está já assinado e garante a manutenção da infraestrutura até 2023. Tendo em conta a observação feita no local, o volume de movimentação de areias previstas para este ano será revisto.
O Presidente da Câmara Municipal marcou presença na sessão comemorativa do Dia Regional do Engenheiro, que aconteceu no Forte Santiago da Barra, em Viana do Castelo, tendo realçando o papel do engenheiro no trabalho desenvolvido no concelho, nomeadamente na transição digital, onde o grande desafio é a desmaterialização e a transição energética, área na qual onde Viana do Castelo tem vindo a investir nas energias oceânicas.
Nas celebrações do Dia Regional do Engenheiro marcaram ainda presença o Presidente da Ordem dos Engenheiros Região Norte, o Delegado Distrital de Viana do Castelo e o Presidente Regional da Assembleia Norte, tendo a cerimónia de encerramento contado também com o Bastonário da Ordem dos Engenheiros.
“Precisamos de profissionais para planear e afirmar o território de oportunidades que é Viana do Castelo”, enfatizou o edil vianense, recordando que, recentemente, o Município e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo assinaram um protocolo de colaboração institucional para a criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento que pretende agregar competências e estabelecer sinergias, num investimento municipal de 350 mil euros.
O novo Edifício do “Centro de Investigação e Desenvolvimento” do IPVC, a edificar no Campus da Praia Norte, tem como propósito integrar numa única infraestrutura dedicada ao desenvolvimento de investigação de elevada qualidade um conjunto de unidades de investigação do Instituto Politécnico recentemente aprovadas pela tutela.
A par das referidas unidades de investigação serão instalados no novo Edifício de Investigação várias estruturas laboratoriais de caráter aplicado que atualmente se encontram dispersas nas três escolas do IPVC situadas na cidade. O edifício, destinado à atividade das unidades de investigação já existentes no IPVC e outras que venham a ser criadas no âmbito de parcerias com outras instituições de ensino superior, vai ocupar uma área útil prevista de aproximadamente 5.000 m2.
O autarca lembrou ainda que, há algumas semanas, durante a assinatura de um memorando de entendimento para a criação de uma Comunidade de Energias Renováveis (CER) na Zona Industrial de Neiva, o Secretário de Estado Adjunto e da Energia indicou que a revisão da legislação do setor energético prevê a criação de três zonas livres tecnológicas, sendo que Viana do Castelo será consagrada com uma zona livre para as offshore e as energias oceânicas. Segundo João Galamba, a criação de uma Zona Livre Tecnológica em Viana do Castelo visa ir “além de projetos à escala industrial e ter também projetos-piloto, ser uma zona de testes, inovação, um laboratório vivo para energias oceânicas”.
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, acompanhado do vereador Pedro Sousa e de técnicos do Município, visitou no passado dia 21 de junho as obras de construção das barragens de Daivões e Alto Tâmega.
A visita foi efetuada no âmbito da preparação da reunião da Comissão de Acompanhamento Ambiental do Sistema Eletroprodutor do Tâmega que integra os presidentes de Câmara da área de intervenção da construção das barragens de Daivões, Alto Tâmega e Gouvães, responsáveis da empresa concessionária IBERDROLA, técnicos da APA, do ICNF, da CCDR-N, da DRCN e representantes de organizações ambientalistas.
Estes equipamentos integram o Sistema Eletroprodutor do Tâmega.
Passam precisamente 135 anos sobre a data da inauguração oficial da ponte internacional de Valença, tendo ao longo do tempo constituído a principal ligação do Minho à Galiza.
Fonte: Arquivo Dixital de Galicia
Projectada pelo arquitecto espanhol Pelayo Mancebo, os custos com a sua construção foram repartidos entre os governos de Espanha e Portugal.
Com 318 metros de comprimento, a ponte cruza o rio Minho através de dois tabuleiros – o superior para a linha-férrea e a inferior para o trânsito rodoviário e pedonal – e é composta por uma superstrutura em viga metálica, de treliça de rótula múltipla, com 5 tramos.
A pretensão dos comerciantes de Caminha relativamente à construção de uma ponte sobre o rio Coura foi pela primeira vez apresentada às Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza em 11 de Dezembro de 1821.
Em 31 de Janeiro de 1823, o deputado Francisco de Paula Travassos leu na Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portugueza, o parecer da Comissão de Estatística que, segundo o boletim oficial, consta o seguinte: “Leu mais o Sr. Travassos, por parto da mesma Commissão um parecer sobre as representações da camara e negociantes de Caminha, que pertendem se imponha o tributo do dez réis em cada alqueire de sal que entrar pela barra de Caminha, ou ali for armazenar-se entrando por qualquer outro porto, e isto pelo tempo de seis annos para a construcção de uma ponto sobre o rio Coura, de que muito se precisa para commodidades daquelles e vizinhos povos. Ficou para 2.ª leitura.”