Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

CLUBE DE GASTRONOMIA DE PONTE DE LIMA RECOLHE RECEITAS CONVENTUAIS – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

PHOTO-2025-04-06-20-12-28.jpg

O Clube de Gastronomia de Ponte de Lima regressa ás pesquisas históricas sobre antigas receitas na região, especialmente no seu concelho. Uma consulta a livros de receita e despesa das antigas residências de frades e de freiras, como o de Refóios de Lima, Val de Pereira em Arcozelo e de S. António na sede do concelho, poderá fornecer mais algum receituário antigo de doces e frutas.

Recorde-se, que numa primeira degustação, o Chef Filipe Morgado apresentou há semanas atrás, a Torta de Tangerina (foto), com base em tradição familiar e quiçá de origem conventual, pois Val de Pereiras era prodigiosa em pomares além de ser tradição na fidalguia local , um membro familiar, feminino, seguir a clausura. Por outro lado, sabemos da proveniência de açúcar do nordeste brasileiro nos séculos XVII e XVII descarregado no porto de Viana do Castelo, e algum dele para entrega nos conventos no âmbito do dote e ofertas isoladas para a comunidade fradesca.

Ficamos então pelo aguardar de novidades, essas outras experiências gastronómicas doceiras, a somar ás já conhecidas.

E, a recolha deverá estar total ou parcialmente concluída nos próximos três meses, pois na segunda quinzena de Agosto, Ponte de Lima e Viana do Castelo irão receber durante dias dois diplomatas interessados em conhecer o resultado, e naturalmente participar da degustação organizada pelo nosso Clube de Gastronomia de Ponte de Lima.

PHOTO-2025-04-08-20-18-03 (2).jpg

NOS PASSOS DE FEIJÓ NA SUÉCIA: O ARROZ DOCE ESPECIAL E OUTRAS GULOSEIMAS – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

IMG_1019.jpg

Voltamos hoje com mais uma crónica da nossa visita á capital sueca no penúltimo fim de semana, acompanhado dos amigos e dedicados á causa culinária: João Leonardo Matos, de Arcozelo, Ponte de Lima, e Domingos Gomes, de Cardielos, Viana do Castelo.

Nas visitas a pastelarias e bares, ou provas de doces e cervejas de vários sabores, algumas singularidades doceiras estiveram em análise. Os trinetos de António Feijó tiveram a preocupação de nos dar a conhecer alguns desses ícones da gastronomia escandinava.

Assim ficaram na memória as deslocações ao Pub irlandês junto da sala de concertos ao entardecer de Sábado, 17 do corrente mês de Maio, e após o opíparo jantar no Villa Gothem , um encontro e degustação de mais sabores suecos num outro Pub: o  popular Charles Dickens.

Na reunião, em jeito de balanço de parte do programa até então cumprido, arrolamos as provas de produtos realizados, mais algumas que se viriam a concretizar, mais as que ficaram para uma outra oportunidade. Ah, e algumas serão recriadas para o nosso Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, pelo seu dedicado jovem de cozinha: João Leonardo Matos, gosta, empenha-se e apresenta algumas dessas especialidades de doces nacionais (Pudim Abade de Priscos, Leite Creme, Leite Real e tortas. Agora, vai acrescentar no seu cardápio de sobremesas, as que Feijó admirava, e outras posteriores à sua morte, ocorrida a 21 de Junho de 1917.

Se aprovamos algumas em Estocolmo, outras haverá para contentar o Clube a seu tempo, como o Risgrynsgrot, o arroz Doce especial, pois é confecionado com natas batidas e pedaços de Laranja, ou o Kladdkaka, um bolo de chocolate muito apreciado pelos suecos.

Mas de toda a doçaria nesse progressivo país na Europa do Norte, ficou-nos aos três viajantes o aplauso pelo kanelbulle, o apreciadíssimo bolo de canela em formato de caracol, em tamanho médio mas também fabricado em miniaturas. Esse doce foi uma experiência na recepção oficial na nossa embaixada, a repetição em dois dias em duas pastelarias, e o desejo de mais delícias em próximos tempos…

E, se o nosso povo soletra que “ o doce nunca amargou”, também para nós o pão da Suécia nos contentou: entre os de eleição do grupinho, salientamos o Knackebrod , um do tipo tosta e crocante, habitual para comer com manteiga, queijo e salmão fumado.

Ris-ala-malta - foto.jpg

AMARES É A CAPITAL MINHOTA DA LARANJA

Com origem asiática, provavelmente na região entre a Índia e os Himalaias, a laranja doce foi no século XVI trazida da China para a Europa pelos portugueses, tendo-se o seu cultivo disseminado para os mais diversos pontos do mundo, nomeadamente o continente africano e América. Não admira, pois, que as laranjas doces sejam em diversos países denominadas por “portuguesas” como sucede na Grécia onde lhe chamam portokali, na Turquia que toma o nome de portokal, na Roménia portocala e em Itália portogallo, designações que claramente remetem para Portugal.

A laranja também se encontra associada à cura do escorbuto, a doença que tão elevado número de marinheiros dizimou ao tempo das navegações dos Descobrimentos Portugueses e que levou nomeadamente à perda de cerca de dois terços da tripulação que seguiam nas naus de Vasco da Gama aquando da descoberta do caminho marítimo para a Índia.

Beneficiando de um clima ameno com reduzidas amplitudes térmicas, a laranja doce encontra em Amares uma região propícia para a sua cultura, sendo terra afamada pelas suas suculentas laranjas de casca fina que estão na origem de múltiplas especialidades da nossa gastronomia, entre as quais se destaca o delicioso pudim de laranja. E, a sua importância é de tal ordem que Amares ostenta nos seus símbolos heráldicos uma laranjeira arrancada de verde. Amares é, pois, no Minho a capital da laranja!

_20120325_P3250944

Ingredientes:

Raspa e sumo de duas laranjas

1 chávena de medida de ovos - são 8 ovos

1 chávena de leite

3/4 de chávena de açúcar

caramelo liquido q.b.

Preparação:

Barre a forma com o caramelo e reserve. Num recipiente coloque os ovos inteiros e junte-lhes o açúcar. Bata muito bem, com o fouet até ter duplicado de volume. Raspe as laranjas, retire-lhes o sumo e junte aos ovos. Por fim junte o leite e continue a bater, até estar bem envolvido. Transfira para a forma e leve a cozer em banho-maria cerca de 50m. Se durante a cozedura o pudim estiver a crescer muito, junte água fria no tacho, para baixar. Deixe arrefecer na forma e leve ao frigorífico, até estar bem fresquinho. Desenforme e sirva, o pudim, acompanhado de rodelas de laranja.

Receita: http://www.7gramasdeternura.com/

_20120325_P3250949

BOLINHOL DE VIZELA: UM DOCE QUE É UMA DELÍCIA!

O Bolinhol de Vizela, também denominado de “Pão-de-ló Coberto de Vizela”, é um bolo confecionado à base de ovos, sobretudo gemas, açúcar e farinha, coberto de açúcar e quase sempre retangular.

A referência mais antiga que se conhece relativamente ao “Bolinhol de Vizela”reporta-se à exposição industrial de Guimarães, que decorreu em 1884, e onde estiveram expostos vários tipos de doces de produção corrente no local, entre os quais o «pão-de-ló (bolinhol)». A história do “Bolinhol de Vizela” e o seu crescente destaque na doçaria local verifica-se a par do desenvolvimento das Termas de Vizela e da própria localidade, sobretudo a partir do início do século XX, com a realização de importantes obras na rede de transportes e comunicações.

Fonte: DGADR, com base em “Doçaria Tradicional Vimaranense”, 2011, Câmara Municipal de Guimarães.

SIDÓNIO: UM DOCE COM HISTÓRIA!

transferirsidonio.jpg

O “Sidónio” é um dos doces mais apreciados sobretudo em Caminha e Viana do Castelo. Trata-se de um bolo seco de cor acastanhada, com sabor predominante de amêndoa. Segundo consta, este bolo foi concebido na confeitaria vianense “Brasileira” em homenagem a Sidónio Pais.

O 4º Presidente da República, Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais, nasceu a 1 de maio de 1872 na vila de Caminha. Militar, catedrático da cadeira de Cálculo Diferencial e Integral na Universidade de Coimbra e diplomata, exerceu várias funções políticas que culminariam, em 1917, na presidência da República Portuguesa tendo sido assassinado no exercício dessas funções em dezembro de 1918.

04_sidonio_pais.jpg

Sidónio Pais dá o nome ao bolo "Sidónio"

ARCOS DE VALDEVEZ: ONDE A PÁSCOA É MAIS DOCE!

65166407_1224452557716295_2486566363921907712_n.jp

O concelho de Arcos de Valdevez é um dos concelhos minhotos que possui uma mais rica e variada doçaria tradicional. A sua fama ultrapassa os limites da nossa região. E, na Páscoa, quando o pároco vai dar a cruz a beijar e as portas abrem-se para receber conterrâneos e amigos que literalmente invadem o quinteiro perfumado de aromas de alecrim, funcho e rosmaninho, não há mesa que não disponha destas deliciosas iguarias que só as gentes arcuenses têm mestria de conceber.

São elas os Charutos dos Arcos e o Pão de Ló do Soajo, o Bolo de discos e os Calhaus do Soajo, o Bolo de Mel e, como não podia deixar de ser, os tão característicos Rebuçados dos Arcos.

A doçaria tradicional de Arcos de Valdevez também possui os seus guardiães que não deixam os seus méritos por mãos alheias. Encontram-se entre eles a Padaria do Soajo e a Doçaria Central, localizada na rua General Norton de Matos, na vila de Arcos de Valdevez.

Em relação à Doçaria Central – prestes a completar o seu duplo centenário! – é justo fazer-lhe uma referência especial. E, para isso, nada melhor do que transcrever o seu própria historia oficial.

“Fundada em 1830 a Doçaria Central tem como especialidades o Doce Sortido; Pão de Ló; Charutos dos Arcos e Rebuçados dos Arcos.

Desde que foi fundada por Francisca Doceira, em 1830, que cada doce guarda o saber e o sabor dos ensinamentos que recebeu num convento. O lento passar do tempo permitia mil e uma experiencias com açúcar, ovos, amêndoa, chocolate e coco transformando as receitas em verdadeiros tesouros.

Mantendo os segredos sempre em família, de geração em geração, entrar na Doçaria Central é recuar á época das balanças decimais, dos fornos a lenha e das batedeiras á manivela. Utensílios com mais de cem anos que guardam o sabor de sempre”.

- Quando visitar Arcos de Valdevez não deixe de deliciar-se com estas maravilhas da doçaria tradicional minhota!

11266139_478240095670882_371091339992586564_o.jpg

176692054_1977153409115363_6385508901968166918_n.j

Bolo_de_Discos_2_1_970_2500.jpg

bolo_de_mel_1_970_2500.jpg

178962666_1981645765332794_6163160429488711516_n.j

166647285_1779363588891853_6178779463011861877_n.j

VIANA DO CASTELO VIVE PÁSCOA DOCE DE 12 A 21 DE ABRIL

RS_PASCOA_PROG1_25 (1).jpg

A Páscoa Doce está de regresso de 12 a 21 de abril para assinalar esta celebração religiosa em Viana do Castelo. Mais uma vez, a programação une o religioso ao profano, conjugando fé e devoção com lazer e animação.

Neste período, de 12 de abril e até final do mês, estarão disponíveis duas exposições: até 27 de abril, “Páscoa com Tradição”, no piso 0 dos Antigos Paços do Concelho; e até 30 de abril, exposição “Da Paixão à Ressurreição”, nas coleções do Museu de Artes Decorativas.

O programa inclui o Feirão da Patanisca, que acontece das 10h00 às 13h00 de sábado, dia 12 de abril, na praça rainha da cidade, dinamizado pelo Grupo de Danças e Cantares de Perre e Grupo Folclórico e Cultural de Danças e Cantares de Carreço.

Dias 12 e 13 de abril, das 10h30 às 11h30, haverá Workshop de Palmitos na Praça da República. Já das 10h30 às 12h30 e das 15h00 às 17h00 a principal praça da cidade recebe também o workshop Ovos da Páscoa, para os mais novos.

Nessa noite de 12 de abril, às 21h30, haverá Ciclo de Música de Câmara, com o Quarteto Verazin (quarteto de cordas da Póvoa de Varzim), na Igreja da Misericórdia, com Diogo Coelho – violino, Jorman Torres – violino, Emídio Ribeiro – viola d´Arco, Burak Ozkan – violoncelo, acompanhados por David Dias Da Silva no clarinete.

O Desfile da Mordomia do Senhor dos Passos acontece pelo segundo ano consecutivo, às 16h00 de 12 de abril, com um percurso que vai acontecer nas principais ruas do centro histórico, durante a tarde, associando a fé à música e aos diferentes trajes regionais. A concentração é no pátio do Museu de Artes Decorativas, com o desfile a percorrer Largo de S. Domingos, Rua Manuel Espregueira, Avenida dos Combatentes da II Grande Guerra, Rua Grande, Praça da República e Passeio das Mordomas da Romaria.

No Domingo de Ramos, 13 de abril, às 10h30, Bênção e Procissão de Ramos e Missa da Paixão na Sé de Viana do Castelo. Pelas 15h30, Oração de Vésperas e Procissão do Senhor dos Passos, seguindo-se Sermão do Encontro na Praça da República. A Procissão inicia na Sé, seguindo pelo Largo Instituto Histórico do Minho, Praça da República, Passeio das Mordomas, Avenida Conde da Carreira, Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, Rua Grande, terminando na Sé Catedral.

Na Quinta-feira Santa, 17 de abril, a Sé acolhe a Missa Crismal, pelas 10h00, a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, com Lava-pés, às 19h00, com apresentação das ofertas para os pobres e Procissão do Santíssimo Sacramento.

Nessa noite de 17 de abril, das 20h00 às 24h00, a cidade promove a tradicional Visita às Igrejas e Capelas, num roteiro religioso por mais de duas dezenas de espaços religiosos de Viana do Castelo.

ROTEIRO RELIGIOSO NAS CAPELAS E IGREJAS DE VIANA DO CASTELO

23 igrejas e capelas abertas à oração das 20h00 às 24h00:

- Sé Catedral

- Igreja da Misericórdia

- Capela de N.ª Sr.ª do Resgate (Rua da Bandeira)

- Igreja de N.ª Sr.ª da Caridade

- Igreja de São Francisco (Ordem Terceira)

- Capela da Casa da Carreira (Câmara Municipal)

- Capela das Almas

- Igreja do Seminário do Carmo

- Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima

- Igreja da Sagrada Família

- Capela de St.ª Rita (junto ao Colégio do Minho)

- Capela de N.ª Sr.ª d’Agonia

- Capela de S. Roque (junto à da Sr.ª d’Agonia)

- Capela do Carmelo de St.ª Teresinha

- Capela do Seminário Diocesano

- Capela de N.ª Sr.ª das Candeias (Largo Vasco da Gama)

- Capela de Santa Catarina

- Igreja Paroquial de Monserrate / Igreja de São Domingos

- Capela de N.ª Sr.ª da Conceição da Rocha (junto à Sr.ª d’Agonia)

- Santuário do Sagrado Coração de Jesus - Santa Luzia

- Capela do Hospital

- Capela do Museu de Artes Decorativas (Largo de S. Domingos)

- Capela do Navio Gil Eannes

Na Sexta-feira Santa, 18 de abril, a Sé Catedral acolhe, às 10h00, Ofício de Leituras e Laudes. Pelas 15h00, Celebração da Paixão do Senhor, e, às 21h00, Via Sacra na cidade.

No Sábado Santo, 19 de abril, a cidade e as diversas freguesias do concelho acolhem as populares e tradicionais Queimas de Judas. Às 17h00, na Igreja da Misericórdia, apresenta-se o Cuore Armonico com DULCE JESU. Pelas 22h00, Vigília Pascal.

No Domingo de Páscoa, às 9h00, Compasso Pascal na Câmara Municipal de Viana do Castelo. Nesse dia, a Sé Catedral celebra eucaristias às 9h30, 11h00 e 18h00.

Na segunda-feira de Páscoa, 21 de abril, além do habitual compasso nas freguesias, vive-se a Páscoa a Três - Cerimónias da Segunda-feira de Páscoa no Largo das Neves, pelas 12h30.

A “Páscoa a Três” é um conjunto de iniciativas que se desenvolvem no período pascal nas comunidades que brindam na Mesa dos Três Abades – Barroselas, Mujães e Vila de Punhe. Este momento integra “Encontro das Cruzes, o “Brinde na Mesa dos Três Abades” e o “Hastear da Bandeira”. A diversa programação, que conjuga a fé com a tradição e o profano, destina-se aos locais, aos filhos da terra que regressam na época festiva e aos inúmeros curiosos que encontram um encanto especial nas tradições e nas vivências das gentes do vale do Neiva.

RS_PASCOA_PROG2_25.jpg

RS_PASCOA_PROG3_25.jpg

RS_PASCOA_PROG4_25.jpg

RS_PASCOA_ROTEIRO2_25.jpg

VILA NOVA DE CERVEIRA: MENTRESTIDO SALVAGUARDA TRADIÇÃO DO “BOLO DO TACHO” JUNTO DAS NOVAS GERAÇÕES

Bolo do Tacho 2.jpg

Depois de algumas oficinas de trabalho em torno do linho, da lã e do crochet, a Junta de Freguesia de Mentrestido, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, dinamizou, este fim-de-semana, um Workshop dedicado ao ‘Bolo do Tacho’ no novo espaço de preservação do património cultural imaterial local, e que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Rui Teixeira.

Inaugurado em dezembro de 2023, aquele polivalente resultou da requalificação profunda dos edifícios da antiga escola primária e do infantário de Mentrestido, com o intuito de acolher experiências de turismo de aldeia dedicado às artes e ofícios do linho, lã e crochet e à gastronomia associada ao ‘Bolo no Tacho’, bem como o serviço de atendimento médico da freguesia – SNS 24, atualmente a funcionar numa sala da sede da junta de freguesia.

Duas das atividades já estão a ser asseguradas com grande participação e entusiasmo da comunidade local, faltando apenas arrancar com a experiência gastronómica. Desta Este primeiro ‘Workshop do Bolo do Tacho’ teve como objetivo transmitir a sabedoria dos mais velhos na confeção desta iguaria junto das novas gerações, desde o processo de preparação/levedação da massa e corte das carnes até à confeção do prato através da fritura num braseiro.

Confecionado com mestria e paixão, o ‘Bolo do Tacho’ de Mentrestido preserva os sabores e técnicas ancestrais que o tornam único: dourado e aromático, crocante no exterior e macio no interior. Para o autarca Rui Teixeira, “estas iniciativas salvaguardam a identidade local, com uma participação grande e interessada de jovens e seniores, contribuindo para valorizar as populações do interior, combater a desertificação e preservar tradições”.

De relembrar que a requalificação dos dois edifícios públicos resulta num investimento de cerca de 300 mil euros, financiado através do Programa Operacional Regional do Norte 2020 com um fundo FEDER na ordem dos 194 mil euros e um apoio de 110 mil euros da Câmara Municipal, no âmbito da candidatura designada de "Qualificação das Experiências de Turismo de Aldeia no Minho – Valorização da Aldeia de Mentrestido/Vila Nova de Cerveira".

Bolo do Tacho 1.jpg

Bolo do Tacho 3.jpg

VILAVERDENSE MANUEL JOAQUIM MACHADO REBELO – QUE FOI ABADE EM PRISCOS – FOI O CRIADOR DO FAMOSO PUDIM BRACARENSE QUE TOMOU O SEU NOME: PUDIM ABADE DE PRISCOS!

Abade_de_Priscos

A origem do pudim abade de Priscos é sempre remetida a Braga em virtude desta paróquia pertencer àquele concelho. Porém, o famoso pároco que ficou conhecido pelo delicioso pudim que encanta todos quantos o provam era de Vila Verde, mais precisamente de Turiz, onde nasceu em 1834. E, naquela vila minhota veio a falecer em 1930.

Foi durante 47 anos pároco em Priscos, local onde desenvolveu os seus talentos culinários e, graças ao Arcebispo D. Manuel Baptista da Costa, veio a alcançar grande notoriedade com a organização de sumptuosos banquetes para altas dignidades como a Família Real, governantes, aristocratas e membros do clero.

O seu prestígio foi de tal ordem que algumas das suas afamadas receitas, incluindo o Pudim de Abade de Priscos, era à época ensinada às alunas do Magistério Primário Feminino de Braga.

Para manter o seu sabor tão característico, o pudim deve ser confeccionado num tacho de latão ou de cobre, onde se coloca meio litro de água. Assim que comece a ferver, junta-se meio quilo de açúcar, uma casca de limão, um pau de canela e cinquenta gramas de presunto ou toucinho cortado às tiras fininhas. Deixa-se ferver até atingir um ponto mais grosso.

À parte são batidas 15 gemas, às quais se junta um cálice de vinho do Porto. A calda de açúcar é passada por um coador fino para se juntar às gemas e mexe-se tudo.

Por fim, barra-se uma forma com açúcar em caramelo e junta-se o preparado, que vai a cozer em banho-maria durante 30 minutos. Deixe arrefecer e, quando estiver quase frio, retire da forma.

- Sirva e delicie-se!

765_360_design-sem-nome-20_1511437714

BOLINHOL DE VIZELA – UM DOS DOCES MAIS APRECIADOS DA NOSSA REGIÃO

O Bolinhol de Vizela, também denominado de “Pão-de-ló Coberto de Vizela”, é um bolo confecionado à base de ovos, sobretudo gemas, açúcar e farinha, coberto de açúcar e quase sempre retangular.

Características particulares: Distingue-se pela sua forma e pela presença da cobertura de açúcar.

Região: Concelho de Vizela.

Ingredientes utilizados: Ovos, açúcar e farinha.

Modo de preparação: Batem-se os ovos com o açúcar até se obter um preparado espesso e esbranquiçado. Junta-se a farinha, batendo apenas o necessário para ficar bem misturada. Deita-se a massa em formas retangulares, forradas com papel grosso. Vai a cozer em forno quente. Para a cobertura, pincela-se o bolo com uma calda de açúcar grossa e esbranquiçada.

Saber fazer: A confeção da calda de açúcar, posteriormente pincelada, manualmente, sobre a massa levemente húmida.

Formas de comercialização: Pastelarias do Concelho de Vizela.

Disponibilidade do produto ao longo do ano: Durante todo o ano.

Historial do produto: A referência mais antiga que se conhece relativamente ao “Bolinhol de Vizela”reporta-se à exposição industrial de Guimarães, que decorreu em 1884, e onde estiveram expostos vários tipos de doces de produção corrente no local, entre os quais o «pão-de-ló (bolinhol)». A história do “Bolinhol de Vizela” e o seu crescente destaque na doçaria local verifica-se a par do desenvolvimento das Termas de Vizela e da própria localidade, sobretudo a partir do início do século XX, com a realização de importantes obras na rede de transportes e comunicações.

Representatividade na alimentação local: Presença obrigatória na gastronomia de Vizela, sobretudo nas quadras festivas do Natal e da Páscoa.

Fonte: DGADR, com base em “Doçaria Tradicional Vimaranense”, 2011, Câmara Municipal de Guimarães e em: Vizela - Segredos de um Vale e Doces RegionaisFoto: Rádio Vizela Fonte: https://tradicional.dgadr.gov.pt/

22161764_mcgdo.jpeg

SIDÓNIO – O DOCE DE VIANA DO CASTELO QUE HOMENAGEIA O CAMINHENSE SIDÓNIO PAIS A QUEM O POETA FERNANDO PESSOA CHAMOU PRESIDENTE-REI

transferirsidonio.jpg

O “Sidónio” é um dos doces mais apreciados sobretudo em Caminha e Viana do Castelo. Trata-se de um bolo seco de cor acastanhada, com sabor predominante de amêndoa. Segundo consta, este bolo foi concebido na confeitaria vianense “Brasileira” em homenagem a Sidónio Pais.

Quando visitar esta região não deixe de apreciar o magnífico bolo chamado “Sidónio”.

04_sidonio_pais.jpg

Sidónio Pais que dá nome ao bolo "Sidónio"

O 4º Presidente da República, Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais, nasceu a 1 de maio de 1872 na vila de Caminha. Militar, catedrático da cadeira de Cálculo Diferencial e Integral na Universidade de Coimbra e diplomata, exerceu várias funções políticas que culminariam, em 1917, na presidência da República Portuguesa tendo sido assassinado no exercício dessas funções em dezembro de 1918.

Partilhamos a imagem do seu assento de baptismo. À época ainda não tinha sido criado o Registo Civil.

181823558_292841672487287_2379113842054717829_n.pn

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo

PÁSCOA EM ARCOS DE VALDEVEZ É TEMPO DE APRECIAR AS MAIS REQUINTADAS GULOSEIMAS E DOÇARIAS TRADICIONAIS

11266139_478240095670882_371091339992586564_o.jpg

O concelho de Arcos de Valdevez é um dos concelhos minhotos que possui uma mais rica e variada doçaria tradicional. A sua fama ultrapassa os limites da nossa região. E, na Páscoa, quando o pároco vai dar a cruz a beijar e as portas abrem-se para receber conterrâneos e amigos que literalmente invadem o quinteiro perfumado de aromas de alecrim, funcho e rosmaninho, não há mesa que não disponha destas deliciosas iguarias que só as gentes arcuenses têm mestria de conceber.

São elas os Charutos dos Arcos e o Pão de Ló do Soajo, o Bolo de discos e os Calhaus do Soajo, o Bolo de Mel e, como não podia deixar de ser, os tão característicos Rebuçados dos Arcos.

A doçaria tradicional de Arcos de Valdevez também possui os seus guardiães que não deixam os seus méritos por mãos alheias. Encontram-se entre eles a Padaria do Soajo e a Doçaria Central, localizada na rua General Norton de Matos, na vila de Arcos de Valdevez.

Em relação à Doçaria Central – prestes a completar o seu duplo centenário! – é justo fazer-lhe uma referência especial. E, para isso, nada melhor do que transcrever o seu própria historia oficial.

“Fundada em 1830 a Doçaria Central tem como especialidades o Doce Sortido; Pão de Ló; Charutos dos Arcos e Rebuçados dos Arcos.

Desde que foi fundada por Francisca Doceira, em 1830, que cada doce guarda o saber e o sabor dos ensinamentos que recebeu num convento. O lento passar do tempo permitia mil e uma experiencias com açúcar, ovos, amêndoa, chocolate e coco transformando as receitas em verdadeiros tesouros.

Mantendo os segredos sempre em família, de geração em geração, entrar na Doçaria Central é recuar á época das balanças decimais, dos fornos a lenha e das batedeiras á manivela. Utensílios com mais de cem anos que guardam o sabor de sempre”.

- Quando visitar Arcos de Valdevez não deixe de deliciar-se com estas maravilhas da doçaria tradicional minhota!

65166407_1224452557716295_2486566363921907712_n.jp

176692054_1977153409115363_6385508901968166918_n.j

166647285_1779363588891853_6178779463011861877_n.j

178962666_1981645765332794_6163160429488711516_n.j

bolo_de_mel_1_970_2500.jpg

Bolo_de_Discos_2_1_970_2500.jpg

PONTE DA BARCA CONFECIONA O MAIOR BOLO DE MEL DE PORTUGAL

485388212_653703854075666_7742089755823506064_n.jpg

No próximo dia 30 de março, Ponte da Barca será novamente o palco de uma das mais doces tradições do país: o Maior Bolo de Mel de Portugal. A partir das 14h30, todos os amantes da doçaria tradicional estão convidados a participar nesta festa gastronómica, que terá lugar no Choupal, uma zona pitoresca junto à belíssima zona ribeirinha da vila, oferecendo o cenário perfeito para esta celebração.

Esta edição, que já se tornou um evento anual imperdível, promete ser um verdadeiro espetáculo para os sentidos. O bolo, preparado pelas pastelarias Doce Lima e Patelaria Liz, será mais uma vez uma verdadeira obra-prima, que pretende superar os 216 metros de comprimento alcançados na edição anterior. O evento contará ainda com a animação musical de Cláudia Martins & Minhotos Marotos e o som das concertinas, que irão garantir muita música e alegria ao longo de toda a tarde. Além disso, pela manhã, a partir das 10h, haverá aniação para as crianças.

Esta nona edição visa valorizar os ingredientes mais tradicionais da região, como o mel e as nozes, e ao mesmo tempo dinamizar o comércio local, destacando o talento e a qualidade das pastelarias de Ponte da Barca.

Fica o convite para todos os que querem experimentar a verdadeira doçaria portuguesa e participar numa festa que promete ser inesquecível.

PONTE DE LIMA: FEIRA 100% AGROLIMIANO PROMOVE OS DOCES REGIONAIS

480560830_1070209868466088_4186643878052776011_n.jpg

Maria do Carmo Doces Regionais – Sabores que Contam Histórias

Os doces regionais fazem parte das festas e romarias de Ponte de Lima, trazendo consigo memórias de felicidade, partilha e tradição. Na Maria do Carmo Doces Regionais, cada receita preserva o sabor autêntico de outros tempos, mantendo viva a doçaria que marca as celebrações limianas.

Estaremos na X Feira 100% Agrolimiano – Uma Festa à Moda de Ponte de Lima!

21 a 23 de fevereiro 2025

Pavilhão de Feiras e Exposições de Ponte de Lima

Como produtores 100% Agrolimianos, levamos até si o verdadeiro sabor das tradições. Venha descobrir os nossos doces e deixe-se levar pelas memórias e pelo encanto da doçaria limiana.

Maria do Carmo Doces Tradicionais – Um pedaço de história em cada doce.

480563150_1070209885132753_5106039369576944131_n.jpg