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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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BARCELOS FOI O CONCELHO DO MINHO ONDE SE CONSTRUÍRAM MAIS NOVAS CASAS EM 2023 E A POPULAÇÃO TAMBÉM AUMENTOU

Barcelos foi o concelho dos distritos do Minho e Alto Minho que registou a maior subida de construção de novas casas no ano passado. Segundo os números do INE- Instituto Nacional de Estatística - no concelho barcelense foram construídas em 2023 mais 233 casas do que no ano de 2022, o que significa um crescimento a rondar os 70%, a maior subida absoluta entre os 24 concelhos da região minhota.

Ao todo, no biénio 2022/2023, foram construídos no território barcelense 911 novos fogos habitacionais: 572 em 2023 e 339 em 2022.

Estes dados são tão mais significativos quando comparados com os verificados na década 2011 – 2021, no decorrer da qual em nenhum ano se chegou às 300 casas construídas.

Esta tendência de subida da construção de novos edifícios habitacionais também está a ser acompanhada pelo aumento da população residente no concelho. Segundo os mais recentes dados estatísticos do INE, o concelho de Barcelos registou um aumento de população residente, passando de 116 752 mil habitantes em 2021, para 117 005 em 2023.

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PAREDES DE COURA E A COLÓNIA AGRÍCOLA DE VASCÕES – O ESTADO NOVO E A COLONIZAÇÃO INTERNA

Colonia Agricola

MODSCAPES | Modernist Reinventions of the Rural Landscape. Colónia Agrícola de Vascões um ‘case study’ apresentado há seis anos na Estónia no âmbito do MODSCAPES

A Colónia Agrícola de Vascões, em Paredes de Coura, construída pela Junta de Colonização Interna durante o Estado Novo, foi apresentada no âmbito do projeto de investigação internacional MODSCAPES | Modernist Reinventions of the Rural Landscape, que decorreu há seis anos em Tartu, Estónia.

Reconhecida como um ‘case study’ do projeto de investigação internacional MODSCAPES, a equipa portuguesa do Centro de Estudos Arnaldo Araújo/ESAP apresentou diversas comunicações com os exemplos da modernidade das habitações, do impacte nas transformações sociais ocorridas na população, assim como as transformações ocorridas na paisagem e nos usos do solo.

MODSCAPES estuda as novas paisagens rurais produzidas pelo desenvolvimento agrícola e esquemas de colonização de grande escala, implementados no século XX em toda a Europa e que foram fundamentais para a construção das nações e produziram Paisagens Rurais Modernistas.

Com o passar do tempo, edifícios e paisagens deterioraram-se e os seus habitantes originais desapareceram. O contexto político mudou, mas as Paisagens Rurais Modernistas ainda permanecem e tornam-se cada vez mais difíceis de perceber como formas únicas de assentamento e de património cultural.

Recorde-se que MODSCAPES é um projeto financiado pelo programa HERA e desenvolvido por equipas baseadas em importantes universidades europeias, como a Faculdade d´Architecture La Cambre Horta, o Politecnico de Milano, a Habitat Unit de Berlim, a Estonian University of Life Sciences e o Centro de Estudos Arnaldo Araújo, da ESAP.

Por sua vez, o Município de Paredes de Coura, no quadro da estratégia de valorização do património histórico e arquitetónico do concelho, tem apoiado este projeto de diversas formas, ao envolver as populações de Vascões e da Colónia Agrícola na investigação em curso. Foi exemplo, o workshop local realizado em setembro do ano passado, quando a colónia agrícola da Boalhosa recebeu no seu seio investigadores e bolseiros do projeto internacional MODSCAPES, numa iniciativa que envolveu a população local e representantes do Município. Paralelamente, decorreu também no CEIA (Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida do Corno de Bico) uma exposição com o intuito de sensibilizar para a importância do património cultural e arquitetónico.

O QUE FOI A COLONIZAÇÃO INTERNA? – UMA POLÍTICA QUE COMEÇOU AO TEMPO DA DITADURA MILITAR IMEDIATAMENTE APÓS A SUA INSTAURAÇÃO EM 1926

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A foto, publicada no jornal “O Século” de 19 de Julho de 1926, documenta a entrega dos primeiros casais da Colónia Agrícola dos Milagres, em Leiria. Na imagem, o Ministro da Agricultura, General Alves Pedrosa junto de uma das famílias de colonos.

desertificação do interior constitui uma das realidades com que frequentemente nos insurgimos em resultado de políticas que consideramos erradas do ponto de vista demográfico. Na realidade, o que pretendemos criticar é o despovoamento do interior porquanto a desertificação diz mais diretamente respeito aos processos errados de cultivo e de gestão dos solos que levam à sua infertilidade e consequente avanço do deserto que abraça as regiões mais equatoriais e que, presentemente, ameaçam a própria Península Ibérica.

Porém, em meados do século XX, o Estado Novo seguiu uma política denominada de “colonização interna”, levada a cabo precisamente por um organismo denominado de Junta de Colonização Interna criado em 1936. No entanto, esta política foi iniciada pela Ditadura Militar, em 1926, nomeadamente com a constituição da Colónia Agrícola dos Milagres, em Leiria. Esta visou a fixação à terra e o povoamento de regiões com menos densidade populacional, atribuindo incentivos destinados a promover a pequena agricultura familiar e simultaneamente modernizando os processos agrícolas e integrando extratos sociais como colonos em África mal sucedidos, ferroviários, antigos militares e agentes da autoridade, em geral sempre famílias mais carenciadas. Esta política constitui uma das facetas da reforma agrária encetada pelo Estado Novo que inclusive deixou marcas na arquitetura do meio rural.

Um pouco por todo o país, sobretudo em localidades do interior, foram-lhes atribuídos terrenos baldios e construídas habitações onde foram implantadas “colónias agrícolas”. Ponte de Lima, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez, Monção, Montalegre, Leiria, Montijo e Cantanhede foram apenas algumas das localidades onde essa política foi implementada. Nem sempre os colonos se adaptaram e revelaram capacidade de iniciativa mas casos houve de sucesso e, recentemente, lograram ficar na posse das terras que trabalharam durante décadas. E vieram a integrar-se na vida local e criar as suas raízes.

Ainda atualmente é possível identificar as referidas “colónias agrícolas”, pelos seus traços característicos como a geminação das habitações, a semelhança existente entre si e a sua organização que por vezes contemplava a igreja, a escola primária e o posto médico.

Por exemplo, o projeto inicial da Colónia Agrícola da Boalhosa, em Paredes de Coura, compreendia quinze habitações geminadas com capacidade para trinta famílias, escola primária, residência do professor e forno comunitário. Por dificuldade de financiamento, a igreja e o posto médico inicialmente previsto nunca chegaram a ser construídos.

EM 1952, ASSEMBLEIA NACIONAL DEBATEU A CRIAÇÃO DE COLÓNIAS AGRÍCOLAS

A Assembleia Nacional, reunida em sessão extraordinária em 20 de novembro de 1952, debateu o Plano de Fomento Nacional, o qual incluiu as obras de colonização interna que visaram fixar populações no interior. No âmbito desse processo, saliente-se a criação de colónias agrícolas em Vascões, no concelho de Paredes de Coura, e Boalhosa, em Ponte de Lima. Na imagem, vê-se a Colónia Agrícola de Vascões, numa foto da Agenda Cultural de Parede de Coura.

OBRAS DE COLONIZAÇÃO INTERNA. - No que respeita a colonizarão interna, o Plano atribui 330:000 contos, assim distribuídos:

Contos

a) Conclusão das obras incluídas no plano aprovado pelo Decreto n.º 36 054................. 20:000

b) Obras incluídas no plano aprovado pelo Decreto n.º 36 054 e ainda não iniciadas......... 70:000

c) Obras de colonização nas áreas beneficiadas pelas obras de fomento hidroagrícola e enxugo de terrenos............................... 240:000

a) e b) O Decreto-Lei n.º 36054, de 20 de Dezembro de 1946, assinado pelo Digno Procurador Dr. Luís Supico Pinto, então Ministro da Economia, visa a «enriquecer a obra de fomento em que o Governo está empenhado com as primeiras realizações de vulto em matéria de colonização interna». Foi possível legislar neste sentido visto considerar-se então concluído, e com a aprovação da Câmara Corporativa, o plano geral de aproveitamento dos baldios reservados, únicos susceptíveis de obras de colonização, uma das primeiras realizações da Junta de Colonização Interna, criada em 1937 pelo Digno Procurador Dr. Rafael Duque.

No preâmbulo do decreto citado diz-se:

a) A área a colonizar abrange 115 682 ha, dos quais somente 14 709 se referem a terrenos não baldios;

b) É de 1532 o número de famílias a instalar em casais agrícolas, ou seja em explorações autónomas com área suficiente para assegurar uma vida desafogada, embora modesta;

) 47 569 ha de baldios destinam-se à divisão em 26 448 glebas, a atribuir em propriedade plena a outras tantas famílias de pequenos agricultores, para equilíbrio das suas explorações agrícolas, ou de trabalhadores rurais, que, ajudados, pelos membros do agregado familiar, poderão utilizar o tempo disponível na valorização da pequena parcela do terreno que constitui a gleba, passando assim a dispor de uma parte importante dos géneros necessários à sua alimentação e da família;

d) 41 433 ha serão utilizados em regime de logradouro comum, para cultura ou apascentação de gado, no interesse dos moradores mais necessitados;

e) 4 973 ha irão ser atribuídos, nos termos da base XXXI da Lei n.º 2 014, às juntas de freguesia e às Casas do Povo para a constituição de pequenas matas;

f) A verba a despender atinge 169:000 contos, dos quais 33:654 têm aplicação em trabalhos de interesse geral, tais como vias de acesso e instalações assistenciais, que constituem encargo normal do Estado; os restantes 135:346 contos abrangem o custo dos terrenos e das obras de interesse exclusivo dos colonos, e por isso mesmo o respectivo reembolso será efectuado de harmonia com o disposto na Lei n.º 2 014;

g) As verbas não reembolsáveis atingem cerca de 20 por cento do custo total, devendo, porém, notar-se que a maior parte das despesas desta natureza vai ser absorvida na construção das vias de acesso aos baldios, situados em zonas serranas de difícil povoamento e onde os povos, desde tempos remotos vivem isolados e entregues à pastorícia;

h) Calcula-se em 13:627 contos o rendimento bruto actual dos terrenos a colonizar a prevê-se que, executado o plano, o mesmo se eleve a 63:000 contos aproximadamente.

E o artigo 1.º precisa que os trabalhos a executar serão os projectos de colonização:

a) Da Herdado de Pegões, no concelho do Montijo;

b) Da Mata Nacional da Gafanha (1.ª parte - zona ao norte da estrada de Ilhavo à Costa Nova);

projectos esses que já tinham o parecer concordante da Câmara, Corporativa e que foram considerados como constituindo experiência, visto serem os primeiros a realizar pelo Estado nas zonas do pliocénico e em areias

c) Da zona beneficiada pela obra de fomento hidroagrícola em execução na campina de Idanha-a-Nova;

d) Do perímetro da Gafanhã (2.ª parte).

Estas obras, que deveriam iniciar-se em 1947 e estar concluídas em J951, foram orçadas em 169:000 contos.

A colonização da Herdade de Pegões é considerada pela Junta de (Colonização- Interna como a mais vasta e interessante obra a realizar, não só por atender a instalação de cerca de 600 casais agrícolas em 6 300 ha, como ainda por se admitir que os ensinamentos, colhidos possam contribuir para transformar a agricultura, de algumas dezenas de milhares de hectares de terrenos de pliocénico. No plano de colonização de Pegões figuram cinco tipos de casal, dois abrangendo regadio e três exclusivamente de sequeiro.

Por seu lado, na Gafanhã, trata-se não só de instalar novos casais, como de uma acção de emparceiramento, dada a extrema pulverização a que chegou a propriedade, originada por uma colonização espontânea que vem de há muitos anos e que, em 1933, foi avaliada como tendo a superfície média de 3 364 m na posse de 439 proprietários, trabalho esse que seria ampliado com o aproveitamento de 441 ha da Mata Nacional para a instalação de novos casais agrícolas, com 4 ha de cultura de regadio e sequeiro e 1,2 de pinhal, o que se admite seja suficiente para prover à manutenção da família, sem necessidade cie recorrera qualquer actividade fora da lavoura.

É sem dúvida - vasto e meritório o labor da Junta de Colonização Interna no que respeita ao estudo das possibilidades de valorização económica e social da terra portuguesa através de um conveniente aproveitamento dos baldios.

Na colonização de terrenos de sequeiro, único sector em que até agora interveio, a obra da Junta traduz-se pelos seguintes empreendimentos;

a) Reorganização da colónia agrícola de Milagres, em Leiria, constituída por 13 colonos e suas famílias, dos quais 4 em regime de fruição definitiva e 9 em regime de fruição, provisória;

b) Instalação da colónia agrícola, de Martim Rei (Sabugal), inaugurada oficialmente em 1948, compreendendo 39 casais, todos em regime de fruição definitiva;

c) Instalação da colónia agrícola de Pegões, constituída por 229 casais, dos quais 149 já prontos. Destes, 43 estão já na posse de colonos em regime provisório;

d) Instalação da colónia agrícola do Barroso, 125 casais, dos quais 115 já prontos e os restantes em construção. Destes 115 casais, 54 encontram-se já em regime de fruição provisória;

e) Instalação da colónia agrícola da Gafanha (1.º parte), 75 casais, dos. quais 17 já prontos, estando 10 na posse dos colonos em regime provisório;

f) Instalação da colónia agrícola do Alvão, 25 casais em vias de conclusão.

Em resumo: os empreendimentos citados, em que já se despenderam 68:802.138$08 dos quais 52:960.661$30 reintegráveis, e 15:841.476$78 não reintegráveis-, compreendem: 506 casais agrícolas, dos quais 333 já concluídos, estando destes 43 em regime de fruição definitiva e 116 explorados em regime provisório.

Admite-se que os casais em condições de receber colonos estejam ocupados, em regime provisório, na próxima Primavera.

Na verba não reintegrável estão incluídas escolas, capelas, estradas, postos médico-sociais, residências para técnicos, captações de água e outras obras de interesse colectivo.

Está previsto o início dos trabalhos no baldio da Boalhosa para a instalação de 68 casais e em qualquer outro que seja considerado superiormente, dado que a Junta de colonização Interna tem completos os estudos económicos dos baldios reservados incluídos no plano geral de aproveitamentos.

Julga-se quie a conclusão da obra em curso e as ainda não iniciadas previstas mo Decreto n.º 36054 requeiram verbas que se aproximem de 90:000 contos, a que há a acrescentar as absorvidas pelas obras complementares (obras de higiene e sociais do aldeamento) e bem assim o capital de exploração inicial, o que, em conjunto, deve aproximar-se de 25:000 contos. Resulta da apresentação destes números que a verba inscrita no Plano se afigura insuficiente para completa realização do previsto nas alíneas em causa, que compreende a instalação de cerca de 800 casais, segundo um estudo da Junta de Colonização Interna.

c) A colonização dos terrenos beneficiados pelas obras de hidráulica agrícola está por iniciar;

O primeiro projecto apresentado, relativo à colonização dos terrenos da várzea do Ponsul (incluída na 1.ª fase da obra de rega da campina de Idanha), deverá ser, por parecer da Câmara Corporativa, submetido a revisão, visto que se baseia nas disposições legais em vigor, de carácter genérico, que consideram apenas a expropriação total dos terrenos para a transformação em casais agrícolas, o que se afigura à Câmara não se coadunar com as características e possibilidades da região considerada.

É vasto e certamente difícil o trabalho a realizar neste sector, tão (diferentes são os casos a (considerar nas várias obras já concluídas ou em vias de conclusão, consideradas no Plano.

Não nos é possível, por escassez de elementos, pronunciar-nos sobre as condições a que devem obedecer essas obras de colonização, que não estão ainda projectadas, nem qual a ordem de prioridade. Mas parece-nos oportuno recordar, tal como se fez com o projecto de colonização do vale de Ponsul (campina de Idanha), a necessidade da revisão da legislação vigente, no sentido de a tornar mais de acordo com as possibilidades técnicas e económicas da lavoura e com a maneira de ser das nossas gentes.

Parece pois necessário rever alguns aspectos da Lei n.º 1949 e possivelmente completá-la de forma a que a colonização a realizar nas áreas beneficiadas pelas obras de fomento hidroagrícola e enxugo de terrenos possa vir a atingir os maiores objectivos práticos no domínio do económico e do social.

Neste sentido tem evoluído a orientação seguida nalguns países altamente interessados no aproveitamento hidroagrícola e sua valorização pela colonização.

Pelo que pode contribuir para o esclarecimento do problema, transcrevem-se as seguintes passagens do parecer sobre o projecto de colonização da várzea do Ponsul:

A Espanha tem uma larga prática dos problemas de hidráulica agrícola e de colonização. Viveram-se horas de ilusão e caiu-se nas duras realidades. A maneira de ser peculiar dos latinos e dos peninsulares nas suas reacções perante os grandes problemas de interesse colectivo foi exuberantemente demonstrada no que toca ao regime de exploração de algumas das grandes obras levadas a efeito. E isso conduziu o Governo Espanhol a actualizar a legislação adoptada no aproveitamento económico-social das zonas regadas. Assim, a Lei de 21 de Abril de 1949, «reconhecendo o direito dos proprietários», sem esquecer a alta finalidade social do regadio, modifica a de 26 de Dezembro de 1939 para colonização das grandes obras - considerada como fundamental, em matéria de legislação agrária, do regime político actual do país vizinho.

A los propietarios cultivadores directos de terras sitas em zonas regables que expresamente lo soliciten no se les expropriará la superfície de Ias mismas que, de acuerdo con Ias normas senaladas en el decreto aprobatorio dei plan general, pudiera series atribuída. Esta superfície reservable será fijada en atención a Ia cabida de Ias fincas y sistemas de llevanza de la tierra. En todo caso será primordialmente tenida en cueuta la necesidad de instalar el - mayor número posible de colonos, armonizando Ia consecución de este objetivo con los legítimos intereses de Ia propiedad privada y con el logro dei máximo rendimiento de Ia produccion agrícola en Ia zona.

Porém esta regalia é lógica e compreensivelmente condicionada pelo disposto no artigo 27: Dentro de los cinco anos siguientes a Ia declaración oficial de Ia «puesta en riego», la exploración de todos los terrenos v unidades comprendidos en el sector o fracción de superficie de Ia zona a que Ia mencionada declaracion se retfiera habrá de alcanzar los limites de intensiflad previstos en el plan correspondiente.

E o artigo 29 claramente diz que: Terminado el período de cinco anos que el artículo veintisiete senala para ultimar Ia transformación de Ia zona, el Instituto Nacional de Colonizacion podrá adquirir todas Ias tierras enclavadas en esta pertenecientes a propietarios que em diabo momento no hut-bieren dado cumplimento a Ia obligacióm de verificar Ia explotación de las mismas con el grado mínimo de intensidad previsto en el plan general de colonización.

De acordo com o espírito exposto, a legislação espanhola prevê nas zonas de regadio a constituição de a hortas familiares», a unidades de exploração do tipo médio» e «unidades superiores», com a superfície máxima de 125 lia. A lei admite que, no caso de haver terras disponíveis, seja facultada aos rendeiros dos terrenos expropriados a concessão de uma «unidade de exploração».

Além disso a lei salvaguarda o caso das propriedades que estejam submetidas ao regadio à data da aprovação do plano de colonização. Com efeito, a terceira das suas disposições finais estabelece que: Lãs fincas sitas en «zonas regables» que, ai publicarse el decreto aprobando el Plan de Cólonización correspondiente, estivieran transformadas en regadio y cultivadas normalmente, quedarán exceptuadas de lo dispuesto en la presente Ley, no siendo de aplicación, por tanto, sus preceptos en cuanto afectan a Ia propiedad de Ias fincas o partes de Ias mismas a que dicha transformación se refiera.

No mais recente plano geral de, colonização, o da zona de Valmuel, aprovado por Decreto de 14 de Dezembro de 1951, que abrange uma área próxima de 3 000 lia, estabelece-se, para «horta familiar» a área compreendida entre 0,20 ha e 0,40 ha; como a unidade do tipo médio» entre 6 e 8 ha, segundo as classes de terras; e para as «unidades superiores», 100 ha, mas com extensões que se «ajustem ao parcelamento técnico da zona». E neste plano calculam-se em 1130 a área das «terras excedentes» a expropriar, nas quais é possível instalar em «unidades de tipo médio» cento e setenta famílias, aproximadamente.

Por sua vez, as exigências mínimas a que devem corresponder as unidades de exploração são as seguintes:

a) Índice de extensão de cultura ou relação entre a superfície semeada em cada ano agrícola e a área útil do prédio -100 por cento;

b) Índice de produção bruta vendável, definida como quociente entre a produção bruta vendável da exploração, expressa em quintais métricos de trigo, e o número que representa os hectares úteis do prédio – 30;

c) Índice de trabalho ou número de jornais empregados por hectare útil da exploração – 60;

d) índice pecuário ou peso vivo expresso em quilogramas por hectare útil da propriedade – 250;

Consideram-se em cultivo normal de regadio os terrenos que no momento da publicação do Plano já estejam de acordo, quanto à sua produtividade, mão-de-obra e efectivos pecuários, com as normas estabelecidas para a zona regável;

A actual legislação espanhola parece-nos seriamente influenciada pela norte-americana aplicada à colonização dos regadios do Oeste e que, evolucionando em face dos, ensinamentos colhidos, tem no Colunbia Basin Project Act, de 1943, uma das suas realizações mais recentes. Neste grande país considera-se que o regadio é o único meio de colonização agrícola para tornar possível a constituição de numerosas unidades de cultura com as áreas extremas de 4 e 70 ha e com a capacidade económica para o sustento de uma família em nível digno de vida, adentro da concepção americana a este respeito. A política de colonização de regadios visa pois:

a) Impedir o monopólio da terra, favorecendo por sua via a formação de numerosas unidades de cultivo do tipo familiar;

b) Evitar as especulações com as terras postas em rega por obras realizadas com fundos do Estado;

c) Assegurar o reembolso ao Estado do custo das obras;

d) Dar aos colonos facilidades para que possam satisfazer os encargos da rega sem comprometer a economia das suas explorações.

O Reclamation Project Act, de 1939, estabelece as directrizes que hão-de garantir o êxito económico e social dos grandes regadios. As terras regadas só são oneradas pelo custo das obras na parte em que se admite que estes gastos possam ser reembolsados pêlos regantes no prazo de quarenta anos e sem encargos, atendendo ao interesse nacional da colonização. A restante despesa das obras ou é suportada pêlos municípios das regiões beneficiadas, ou não é considerada como reembolsável, sendo tomada como referente a benefício de interesse público de rendimento a longo prazo. Uma das preocupações da legislação americana é evitar, por parte dos proprietários de terras beneficiadas, a especulação na venda dos seus terrenos, tendo, por isso, sido publicado em 1926o Omnibus Acljustment Act, que regula a venda das terras em excesso. Nas mais recentes disposições legais considera-se que a área das propriedades nas zonas irrigadas deverá oscilar entre 16 e 64 ha. As unidades familiares - colonos - regulam por 32 há.

Neste país, no momento do início da utilização das barragens, já está previsto e estudado o plano de colonização, de forma que quando a água chegue aos terrenos os colonos tenham à sua disposição toda a assistência técnica para o desenvolvimento normal da exploração. Os proprietários não poderão vender durante o prazo de cinco anos as terras sem excesso» ou «não em excesso» a preço superior ao estabelecido pelo Governo, havendo pesadas penalidades para o não cumprimento das disposições legais.

Pela Farm Security Adininistration podem os colonos em circunstâncias financeiras difíceis obter os créditos para a cabal exploração das terras.

Nos Estados Unidos da América considera-se que o problema da colonização é de capital importância para o êxito dos projectos de rega. Quando a colonização se faz lentamente, as vantagens sociais e económicas em vista e o interesse nacional dos regadios ficam prejudicados, bem como o nível de vida dos colonos. Por esse motivo o Governo Americano determinou não empreender novos regadios sem ter assegurada a sua rápida colonização.

A colonização de terras de propriedade privada com colonos falhos de meios ou de ajudas dá- geralmente lugar a um desfile lastimável de fracassados e constitui prejuízo para a comunidade - assim se apresenta o problema- com manifesta objectividade. Considera-se também que o colono necessita de capital ou de crédito e de instrução. Para isso dispõe de centros de investigação e de ensino especiais para engenheiros e práticos de rega e os country agents, assistent country agents e o Extensive Ser vice, pêlos seus técnicos especializados em regadio, auxiliam na sua faina os colonos. Com a Farm Security Administration o Governo dá ainda apoio financeiro aos agricultores.

Nos Estados Unidos da América 96,7 por cento das explorações agrícolas das zonas irrigadas, que representavam 69,5 por cento da superfície regável em 1046 (1 784 307 ha), não ultrapassavam os 64 ha. Nesta extensa zona somente 66 000 ha, pertencentes a 906 proprietários, isto é, 3,7 por cento, constituíam terrenos sem excesso».

Pode concluir-se, pois, que o espírito dominante é o estabelecimento de numerosas unidades com possibilidades económicas interessando grande número de agricultores, a quem se presta um intenso e eficaz auxílio técnico, financeiro e administrativo.

Além do projecto da Idanha foi presente ao Governo um estudo preliminar para a colonização do vale do Sado.

É evidente que à margem do indicado no Plano haveria muitas sugestões a apresentar, directa ou indirectamente ligadas à colonização: o enxugo e colonização dos 5 000 ha de sapais da ria de Faro; os problemas do desemprego rural e a arborização no Alentejo; a defesa, em larga escala, dos terrenos da erosão; o alargamento do âmbito da lei dos melhoramentos agrícolas e a simplificação das formalidades para a obtenção de crédito; a sua ampliação nalguns sectores e simultaneamente a garantia da sua aplicação aos fins em vista; o combate à excessiva pulverização da propriedade e o fortalecimento da tradição familiar nos meios rurais, etc., são outros tantos factores complementares que nos limitamos a enunciar.

Na impossibilidade, por escassez de elementos, de uma análise mais profunda da parte do Plano referente às obras de colonização incluídas no Decreto-Lei n.º 36 054 e ainda não iniciadas, e por se desconhecer ainda- a orientação a seguir na exploração dos terrenos beneficiados incluídos na alínea c) do n.º V, tornasse a esta- Câmara difícil pronunciar-se, mas considera que (de manter a verba que lhes é consignada, possivelmente Insuficiente para imprimir às mesmas a intensidade que permita o maior aproveitamento económico social no menor espaço da tempo, e confia em que o Governo restabelecerá a ordem de prioridade e sequência em obediência aos superiores interesses do País.

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CELORICO DE BASTO APOIA NATALIDADE

Entrou em vigor o programa de apoio à natalidade – Nascer na Terra das Camélias

Aprovada em reunião de executivo de 14 de fevereiro e pela Assembleia Municipal a 24 do mesmo mês, a medida entra agora em vigor após publicação no Diário da República do passado dia 4 de abril.

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O programa de apoio à natalidade - “Nascer na terra das Camélias” efetua-se através de um apoio financeiro conferido às famílias sob a forma de vouchers a descontar no comércio local na aquisição de bens e/ou serviços considerados indispensáveis ao desenvolvimento saudável e harmonioso da criança. São beneficiários desta medida todos os residentes e recenseados no concelho de Celorico de Basto e aplica-se às crianças nascidas a partir de 1 de janeiro de 2023.

O valor a atribuir às famílias é de 400€ para o primeiro filho, 600€ para o segundo filho e 800€ para o terceiro filho.

O regulamento desta iniciativa e o formulário de candidatura a esta iniciativa estão disponíveis no balcão único e site da autarquia e deverão ser entregues no balcão único até 90 dias após o nascimento da criança ou entrada em vigor desta medida.

José Peixoto Lima, Presidente da autarquia, mostrou-se “satisfeito pela conclusão das formalidades que permitem operacionalizar esta medida importante, prestando um apoio financeiro às famílias que é também proveitoso para o comércio local e para a atratividade do concelho, contribuindo para a fixação e das famílias em Celorico de Basto.

CÂMARA DE BRAGA CRIA PROGRAMA DE INCENTIVO À NATALIDADE E ADOPÇÃO

 

 

 

Medida prevê atribuição de 200 euros por crianças nascidas ou adoptadas em 2023

A Câmara Municipal de Braga vai criar um programa de incentivo à natalidade e à adopção. A medida, denominada ‘Braga Mais Família’ que estará em análise na Reunião Descentralizada do Executivo, esta Quarta-feira, 14 de Dezembro, visa contribuir para o aumento da taxa de natalidade no Concelho.

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O apoio financeiro de 200 euros será atribuído às crianças nascidas entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2023, cujos agregados familiares tenham residência fiscal em Braga, no mínimo, há um ano antes da data de nascimento. Este incentivo será também concedido a crianças com idade igual ou inferior a 6 anos, que sejam adoptadas durante o próximo ano.

De acordo com o regulamento, o apoio será atribuído numa tranche única, por cada nascimento ou adopção, mediante comprovativo de despesas efectuadas em bens e serviços considerados indispensáveis ao desenvolvimento saudável da criança.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, recorda que a Autarquia “tem vindo a assumir um papel importante e relevante nesta área, através da implementação de diversas medidas de apoios às famílias”. Ainda assim, considera o Edil, “urge adoptar medidas concretas que contribuam para salvaguardar o futuro geracional da população do Concelho e para a fixação de residentes”.

Este apoio será atribuído a um dos progenitores, casados ou que vivam em união de facto, com quem a criança resida, ou ao progenitor/a que tiver a sua guarda ou ainda a qualquer pessoa singular a quem, por decisão judicial ou administrativa, a criança esteja confiada e com quem a mesma resida, nomeadamente por adopção.

O pedido de apoio terá de ser efectuado mediante o preenchimento de um formulário que deverá ser entregue no Balcão Único ou remetido por correio ou via electrónica. Do pedido devem constar diversos documentos que estão previstos no regulamento do programa que, posteriormente, poderá ser consultado no portal da Câmara Municipal de Braga. No caso de aprovação por parte do Executivo Municipal, o programa ‘Braga Mais Família’ entrará em vigor após publicação em Diário da República.

CÂMARA MUNICIPAL DE VIZELA ENTREGA MAIS 65 CHEQUES-BEBÉ

A Câmara Municipal de Vizela vai entregar mais 65 cheques-bebé, no valor de 1000 euros cada, no âmbito do Regulamento Municipal de Incentivo à Natalidade. A cerimónia terá lugar no Auditório Municipal Francisco Ferreira, no próximo dia 15 de dezembro, às 18.00h.

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De destacar que a Câmara Municipal de Vizela já entregou, desde a criação deste regulamento, cerca de 800 cheques-bebé, no valor de 1000 euros cada, uma medida adotada pelo Município de Vizela com o objetivo de desenvolver estratégias de estímulo à natalidade e à fixação da população, de modo a criar condições que favoreçam o bem-estar e a qualidade de vida dos munícipes, assim como uma medida de estímulo ao comércio local.

Este Regulamento está em vigor efeitos desde o dia 1 de janeiro de 2018 e prevê a atribuição de um valor de 1000,00€ por criança, onde 50% desse valor terá que ser gasto em despesas com a aquisição de bens ou serviços em empresas sedeadas no Concelho, e os restantes 50% serão atribuídos em dinheiro.

A atribuição deste incentivo financeiro à natalidade representa um investimento anual próximo dos 200 mil euros, sendo que cerca de 100 mil euros são indiretamente investidos no comércio local, sendo uma medida com um impacto positivo na melhoria da qualidade de vida das famílias e das crianças, ao mesmo tempo que se criam condições para promoção da economia local.

COURENSE FILIPA GUERREIRO APRESENTA HOJE NA FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN O SEU LIVRO “COLÓNIAS AGRÍCOLAS”

A sessão de apresentação tem lugar às 18h30

Apresentação e debate em torno do livro 'Colónias Agrícolas' de Filipa Guerreiro, em conversa com Frederico Ágoas (sociólogo), João Gomes da Silva (arquitecto paisagista) e moderação de André Tavares.

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Apresentação organizada em colaboração com a Biblioteca de Arte Gulbenkian, um lugar que proporciona condições singulares de preservação e utilização de documentação e que foi uma das fontes utilizadas na construção deste livro.

A publicação do livro Colónias Agrícolas e a realização do respectivo filme foram possíveis graças ao financiamento do Programa Garantir Cultura. A edição teve o apoio do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo / Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Imagem | Colónia Agrícola de Pegões © Mário Novais. Biblioteca de Arte / Fundação Calouste Gulbenkian

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VILA NOVA DE CERVEIRA: POPULAÇÃO IMIGRANTE A RESIDIR NO CONCELHO AUMENTOU 120% NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

“Todos somos fundamentais para se encontrar o melhor caminho (mais seguro e mais ordenado para todos: migrantes, países de origem e países de acolhimento) em torno das diversas migrações, que se afiguram, cada vez mais, como globais, positivas e inevitáveis” – Rui Teixeira, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira

Consciente do aumento, nos últimos anos, da população de nacionalidade estrangeira residente no município, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira levou a cabo um diagnóstico da população imigrante residente no concelho, cujos resultados foram apresentados, no passado dia 16 de novembro, no Fórum Cultural de Cerveira, assinalando o Dia Internacional da Tolerância.

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A apresentação pública contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, da Alta-Comissária para as Migrações, Sónia Pereira, da Vereadora da autarquia, Carla Segadães, do Professor da Universidade do Minho responsável pelo diagnóstico, José Cunha Machado, e da Técnica Superior da autarquia responsável pelo Plano Municipal para a Integração dos Migrantes, Cristina Martins.

Para o autarca de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira “o significativo aumento do número de migrantes no país nos últimos anos, com fortes impactos nas regiões, evidenciou a necessidade de se criarem estratégias de apoio à sua integração na comunidade de acolhimento. E, apesar das instituições da sociedade civil, nomeadamente as Organizações Não Governamentais e associações de imigrantes, se apresentarem como uma estrutura fundamental nas respostas imediatas a esta população, o poder local, pela capacidade de mobilização de meios e recursos para responder aos impactos dos movimentos migratórios nos seus territórios, afigura-se como um dos principais atores neste processo”.

Após a realização deste diagnóstico vai ser possível à autarquia definir, de uma forma mais estratégica e alinhada com as reais necessidades, novas Políticas Locais de Integração de Migrantes, nomeadamente, a criação de uma Equipa de Mediação Municipal e Intercultural e a criação de um Plano Municipal de Integração de Migrantes que deverá estar pronto no 1.º semestre de 2023 para que possa ser candidatado ao Alto Comissariado para as Migrações.

Na sua intervenção, a Alta-Comissária para as Migrações, Sónia Pereira, destacou que o Plano Municipal de Integração de Migrantes de Vila Nova de Cerveira é um dos 20 a serem desenvolvidos em Portugal.

GRANDE PARTE DOS IMIGRANTES A RESIDIR EM CERVEIRA SÃO HOMENS, ENTRE OS 20 E OS 49 ANOS, COM ESCOLARIDADE MÉDIA OU SUPERIOR

De acordo com os resultados provisórios dos Censos 2021, na comparação entre a população residente em 2011 e 2021, foi possível verificar que os residentes estrangeiros subiram de 278 em 2011 para 607 em 2021, correspondendo a uma variação de, aproximadamente, 120%, sendo na sua maioria oriundos de países não pertencentes ao espaço territorial da União Europeia. Esta população está a residir, maioritariamente, na União das Freguesias de Campos e Vila Meã, o que se explica pela sua oferta de trabalho na área industrial, e na União das Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe. Em contrapartida, as freguesias situadas no espaço mais interior do território cerveirense registam um número reduzido de estrangeiros residentes, nomeadamente, a União de Freguesias de Candemil e Gondar, Sopo, Mestrestido e Sapardos.

A população imigrante residente no concelho é, na sua maioria, do sexo masculino, na faixa etária entre os 20 e os 49 anos e possui um elevado nível de escolaridade (médio ou superior). Verifica-se, ainda, que quase metade se encontra acompanhada por outros elementos do agregado familiar (cônjuge, filhos ou pais).

A maioria encara Portugal como destino de médio ou longo prazo e pretende cá ficar, contudo, uma das questões levantadas, por cerca de metade dos inquiridos, foi a dificuldade em arranjar alojamento. Porém, os que arranjaram estão satisfeitos com as condições encontradas.

Entre as várias sugestões apontadas destaca-se a importância da realização de cursos de português, distinguindo um nível mais básico, para aqueles que chegam ou que ainda não dominam suficientemente a língua, de um nível mais avançado que decorre das necessidades das funções que são executadas no local de trabalho, a realização de festas e outras atividades culturais que possibilitem aos imigrantes mostrar e partilhar a sua própria cultura e gastronomia e que possam ser utilizadas para troca de experiências e para reuniões com as pessoas e instituições locais. Também consideram importante providenciar serviços de apoio, seja para a ajuda de emprego, seja para encontrar habitação e criar condições para que possam existir espaços de culto.

Recorde-se que o diagnóstico tinha como objetivos determinar a dimensão e a representação da população imigrante nas várias freguesias do concelho de Vila Nova de Cerveira, conhecer o seu perfil e a sua situação nas diferentes dimensões, entre as quais, a composição familiar, a habitação, a causa da migração, o emprego e empreendedorismo, a educação e a saúde, a língua, a cultura e os tempos livres, assim como, a integração na comunidade e o relacionamento com as entidades e os serviços públicos.

CARACTERIZAÇÃO VAI PERMITIR DEFINIR NOVAS POLÍTICAS LOCAIS DE INTEGRAÇÃO DE MIGRANTES

Em Vila Nova de Cerveira, diversas entidades e serviços trabalham todos os dias com migrantes, desde as juntas de freguesia, às escolas, centro de saúde, segurança social, associações, IPSS, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Centro Qualifica, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Autoridade para as Condições do Trabalho, entre outros. Os migrantes são, ainda, apoiados pelos Serviços Municipais de Intervenção Social, onde estão presentes o Gabinete de Inserção Profissional, o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, o acompanhamento dos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, a Loja Social, o Espaço Cidadão e o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM). A destacar este último, uma vez que os CLAIM são gabinetes/espaços de acolhimento, informação e apoio que têm como missão apoiar todo o processo de acolhimento e integração de pessoas migrantes, articulando com as diversas estruturas locais e promovendo a interculturalidade a nível local. Estes serviços prestam apoio e informação geral em diversas áreas, tais como, regularização, nacionalidade, reagrupamento familiar, habitação, retorno voluntário, trabalho, saúde, educação, entre outras questões do quotidiano.

Prosseguindo este caminho de apoio e integração, em maio deste ano foi assinado um Protocolo de Colaboração entre o Alto-Comissário para as Migrações e o Município de Vila Nova de Cerveira no âmbito do projeto-piloto “Integrar Valoriza”, tendo em vista o reforço das políticas de acolhimento e da integração de migrantes, através de uma abordagem transversal, intersectorial e interconcelhia de várias áreas governativas.

“Este diagnóstico pretende, agora, ser um instrumento que fomente a criação de um Plano Municipal para a Integração de Migrantes, com o objetivo de contribuir para o planeamento estratégico e de intervenção na área do acolhimento e da integração de migrantes que permitirá ao Município de Vila Nova de Cerveira consolidar a sua política local de integração como também criar, executar e apoiar medidas sustentáveis de promoção de igualdade de oportunidade, de redução de pobreza e exclusão social e de combate ao racismo e discriminação em diversas áreas fundamentais para a efetiva integração dos cidadãos migrantes na comunidade local em vários domínios como o mercado de trabalho e empreendedorismo, serviços de acolhimento e integração, educação e língua, capacitação e formação, cultura, saúde, cidadania e participação cívica, sensibilização da opinião pública, solidariedade e resposta social, racismo e discriminação, urbanismo e habitação, desporto e lazer” salientou o autarca cerveirense, reforçando que “todos somos fundamentais para se encontrar o melhor caminho (mais seguro e mais ordenado para todos: migrantes, países de origem e países de acolhimento) em torno das diversas migrações, que se afiguram, cada vez mais, como globais, positivas e inevitáveis”.

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TERRAS DE BOURO APROVOU AUMENTO DE APOIO À NATALIDADE

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No dia 24 de junho o Salão Nobre dos Paços do Concelho acolheu a terceira sessão ordinária deste ano da assembleia municipal. A sessão ficou marcada pela apresentação digital pelo Presidente da Câmara Municipal, Manuel Tibo das obras em curso, projetos e candidaturas em andamento, nomeadamente, o investimento representativo:

  • Requalificação da EM 531 e CM 1269(Moimenta/Brufe) no valor de 998.775,07 euros;
  • Projeto de construção do Centro Literário do Parque da Assureira (Gerês) no valor de 70.000,00 euros;
  • Requalificação de Miradouros na Serra do Gerês;
  • Centro BTT de Chorense, o valor é de 60.029,61 euros;
  • Sala Polivalente (Bombeiros Voluntários de Terras de Bouro) cujo valor é de 409.082,19 euros;
  • Centro Municipal de Proteção Civil é de 421.878,73 euros;
  • Reabilitação da Estrada da Ermida (cm 1276) cerca de 1.0000.000, 00 euros;
  • Sinalética da Via Romana;
  • Centro Cultural da vila de Terras de Bouro (Eficiência Energética) o valor é de 191.851,79 euros;
  • Museu de Vilarinho da Furna e Porta do PNPG (Eficiência Energética) cerca de 116.218,91 euros;
  • Rede Pedonal Estruturante e Acessível de Ligação entre Rio Caldo e Vilar da Veiga é de 771.000 euros;
  • Zona de Lazer Intermunicipal de Moimenta, o valor é de 257.340,60 euros;
  • Zona de lazer de Vilar, cerca de 46.118,15 euros; Zona de lazer de Gondoriz / Chamoim é de 49.286,63 euros;
  • Espaço exterior NPA570 – Campo do Gerês (Criação de espaços de apoio à visitação) o valor é de 52.623,60 euros,
  • Largos das Termas da Moimenta – Pesqueiras;
  • Novo Ancoradouro da embarcação de Recreio “Rio Caldo”, cerca de 380.927,00 euros;
  • Praia do Alqueirão (Vilar a Veiga), o valor é de 459.582,80 euros;
  • Variante da vila de Terras de Bouro, cerca de 283.489,00 euros;
  • Requalificação do Centro Interpretativo do Garrano (Covide);
  • Requalificação do Santuário do BOM JESUS DO MONTE DAS MÓS (Carvalheira), cerca de 125.230,30 euros e 
  • Canil Municipal 2ª fase em Gondoriz, o investimento ronda o valor de132.609,83 euros. 

 Na reunião magna foi ainda aprovado, entre outros assuntos, o novo valor do apoio de incentivo à natalidade, que fica a partir de agora estipulado nos mil euros por nascimento.

As deliberações constantes da ordem de trabalhos foram as seguintes:

1.Apreciação da atividade do Município, bem como da situação financeira do mesmo, nos termos definidos na alínea c) do n.º 2, do art.º 25, do Decreto-Lei nº75 / 2013 de 12 de setembro; Dada a conhecer;

2.Análise e votação do Regulamento para Concessão de Apoios ao Associativismo no Município de Terras de Bouro; aprovado por unanimidade;

3.Análise e votação do Regulamento Municipal de utilização e cedência de viaturas municipais; aprovado por unanimidade;

4.Análise e votação do Regulamento Municipal de incentivo à natalidade; aprovado por unanimidade;

6.Análise e votação do Regulamento Municipal da tabela de taxas e outras receitas; aprovado por unanimidade;

7.Apresentação para conhecimento de Proposta de Criação do Conselho Municipal de Educação de Terras de Bouro; Dada a conhecer;

8.Análise e votação de Proposta - Alteração ao mapa de pessoal – 2022; aprovada por unanimidade;

9.Análise e votação de Proposta - Desafetação de parcela de terreno do domínio público municipal; aprovada por unanimidade;

10.Análise e votação de Proposta – Isenção de IMI e IMT (Obras de Reabilitação Urbana em área integrada em ARU); aprovada por unanimidade;

11.Análise e votação da Terceira Revisão ao Documentos Previsionais para o ano de 2022. Aprovada por unanimidade.

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CÂMARA MUNICIPAL DA PÓVOA DE LANHOSO APOIA NATALIDADE E ECONOMIA DO CONCELHO

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso entregou o apoio monetário Naturalanhoso a mais 58 bebés. Para o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, este é um incentivo simbólico para que os Povoenses tenham cada vez mais filhos e filhas.

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A primeira entrega de 2022 decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 20 de junho, tendo um valor associado de 30.750 euros.

Os montantes atribuídos por criança têm de ser despendidos no comércio da Póvoa de Lanhoso, em produtos e serviços para o bebé. Por isso, esta medida, para além de ser de incentivo à natalidade, é também de apoio à economia local e de promoção da melhoria das condições e qualidade de vida dos agregados com crianças nos primeiros meses de vida.

“As boas medidas devem ser mantidas e esta é uma boa medida, que iremos continuar”, referiu o autarca Povoense, Frederico Castro.

Através desta resposta social, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso apoia diretamente as famílias Povoenses (independentemente da sua situação socioeconómica) e indiretamente os comerciantes instalados no concelho.

Os apoios estipulados variam entre 500 euros, para o primeiro e segundo filhos, e os 1000 euros (para o quarto filho e seguintes). O apoio financeiro para o terceiro filho é de 750 euros.

Estes montantes podem ser utilizados pelas famílias em bens e serviços para o recém-nascido, como vacinas, alimentação, vestuário, calçado e mobiliário, para dar apenas alguns exemplos.

As condições de candidatura e atribuição do apoio Naturalanhoso constam do Regulamento das Medidas de Apoio Social – Póvoa Solidária (https://bit.ly/3Og5QKv).

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BRAGA FOI O MUNICÍPIO QUE MAIS CRESCEU NA REGIÃO NORTE

Censos 2021 mostram crescimento de 11.839 mil habitantes face a 2011

O Instituto Nacional de Estatística divulgou hoje, dia 28 de Julho, os resultados preliminares do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação - Censos 2021.

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Braga foi o Município que mais cresceu na Região Norte. No que diz respeito à variação da população residente nos 10 municípios mais populosos do país, os dados mostram que Braga foi também o Município que registou o maior crescimento no número de habitantes, perfazendo agora um total de 193.333 mil cidadãos residentes.

Estes números equivalem a um crescimento de 11 839 (+6,5%) habitantes face aos dados obtidos nos últimos Censos, que datam de 2011. Também no número de habitações existentes no Concelho se registou um aumento, passando de 84,648 mil em 2011 para 89,343 mil habitações.

Dentro da estatística dos municípios mais populosos do país, Sintra, Cascais, Almada, Loures e Vila Nova de Gaia são os restantes municípios que apresentam ganhos em termos de habitantes. Já Lisboa, Porto, Matosinhos e Oeiras perdem população.

A nível nacional, os Resultados Preliminares dos Censos 2021 revelam que a população residente em Portugal é 10 347 892, um decréscimo de 2,0% face a 2011. Portugal registou ainda um ligeiro crescimento do número de edifícios e de alojamentos destinados à habitação, embora num ritmo bastante inferior ao verificado em décadas anteriores.

Os Resultados Preliminares estão disponíveis até ao nível geográfico de freguesia e acessíveis na Plataforma de Divulgação dos Censos 2021 – Resultados Preliminares, disponível em censos.ine.pt.

CENSOS 2021: CAMINHA É UM DOS CONCELHOS DO ALTO MINHO QUE MELHOR RESISTE À PERDA DE POPULAÇÃO

Dados provisórios indicam que aumentou o número de agregados familiares e de habitações no concelho de Caminha

De acordo com os números provisórios do CENSOS 2021 divulgados na manhã do dia de hoje, todos os concelhos do Alto Minho perderam população, acentuando-se a litoralização da população no distrito e em todo o país. Conforme se poderá constatar pela leitura do site www.ine.pt o concelho do distrito que melhor resiste à perda de população é Viana do Castelo (-3,2%), seguido de Valença (-3,5%), Vila Nova de Cerveira (-3,5%) e Caminha (-5,3%). Todos os restantes concelhos tem perdas superiores, com destaque para Melgaço que perdeu 15,6% da população relativamente a 2011. Toda a região Norte perdeu população (- 2,7%) bem como o país (-2,0).

Caminha tem agora 15.828 habitantes, sendo a maior parte Mulheres. Na comparação com 2011, o concelho de Caminha tem menos 856 indivíduos registados. A freguesia de Âncora é a única que tem mais população hoje que há 10 anos atrás. A freguesia que mais perde população é a das Argas, com um decréscimo de 23,6%.

O concelho de Caminha apresenta contudo, vários dados positivos neste último CENSOS. O número de agregados familiares cresceu 1,9%, o número de habitações aumentou 2,9% e o número de edifícios é superior em 3,1% quando comparado com os resultados de 2011. De facto, passada uma década do último trabalho censitário, o concelho de Caminha regista mais 120 agregados com crescimento assinalados nas freguesias de Âncora, Dem, Seixas, Vila Praia de Âncora, Vilar de Mouros, Vile e Caminha e Vilarelho.

Estes são os primeiros resultados oficiais dos CENSOS 2021 e têm um carácter preliminar, na medida em que são baseados em contagens resultantes do processo de recolha e divulgados antes do final do processo de tratamento e validação da informação recolhida.

A disponibilização dos resultados definitivos dos Censos 2021 está prevista para o 4º trimestre de 2022, existindo ainda uma apresentação de resultados provisórios até fevereiro do mesmo ano.Os resultados provisórios serão divulgados até ao final deste ano de 2021 e os resultados definitivos, com todo o detalhe de informação e já com o processo de tratamento e validação da informação recolhida integrado serão divulgados no segundo semestre de 2022.

PONTE DE LIMA É O CONCELHO MAIS JOVEM DO DISTRITO REGISTANDO, AINDA, O ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO MAIS BAIXO

No contexto da realidade demográfica do concelho, Ponte de Lima, de acordo com os Indicadores Estatísticos de Caracterização da Região Norte, atualizados a 15 de junho de 2020 (fonte INE), apresenta a Taxa de Proporção de Jovens dos 0 aos 14 anos mais alta do distrito (12,1%).

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Mostra-se igualmente positivo, na lógica de uma análise comparativa, o facto de Ponte de Lima registar um valor inferior, quando confrontado com os restantes municípios do distrito de Viana do Castelo, no que diz respeito ao índice de envelhecimento (população residente com 65 ou mais anos por cada 100 jovens com menos de 15 anos) de 182.8, sendo a média do Alto Minho de 225.70.

ARCOS DE VALDEVEZ INICIA CENSOS-2021

CENSOS 2021 – Arcos de Valdevez

O Município de Arcos de Valdevez e as Juntas de Freguesia, em parceria INE, iniciam no próximo dia 5 de abril a operação dos CENSOS 2021.

A operação começa com a distribuição das cartas, pelos recenseadores, nas caixas de correio de todos alojamentos do concelho, que permitirá a toda a população arcuense responder ao questionário, entre 19 de abril a 30 de maio, através do site da INTERNET (www.censos2021.ine.pt), assim como, caso sintam dificuldades, procurar ajuda nos balcões (eBalcão) que serão criados para o efeito nas respetivas juntas de freguesia ou ainda através da linha de apoio (210 542 021).

Numa última fase, caso as respostas não sejam efetuadas no site, no eBalcão ou telefonicamente, os próprios recenseadores efetuarão, posteriormente, porta à porta através da INTERNET,

De referir que, a edilidade considera que esta operação é de primordial importância pois “permite o conhecimento do parque habitacional e da realidade demográfica, social e económica do país, a nível nacional, regional e local, produzindo também informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas de desenvolvimento e para a tomada de decisões de investimentos municipais.”

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VIZELA INICIA PROCESSO DOS CENSOS 2021

Durante o mês de abril, o Instituto Nacional de Estatística, I.P. (INE) vai realizar o XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021.

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Para tal, foi já realizada uma reunião de trabalho para preparação do processo Censos 2021 em Vizela, apos a qual foram ministradas as sessões informativas a recenseadores e coordenadores de freguesia, as quais tiveram lugar na Casa das Coletividades, e cujo objetivo foi o de preparar as equipas de todas as freguesias do município para o trabalho de campo.

Assim, e por razões de segurança, o Município de Vizela, procedeu, previamente, à realização de testes COVID-19 a todos os intervenientes que irão estar em contacto com a população.

Chegados a este ponto, a partir do próximo dia 5 de abril e até ao dia 18, será entregue a todos os alojamentos, pelos recenseadores devidamente identificados e credenciados pelo INE, uma carta contendo um código e uma palavra passe necessários para responder aos Censos 2021, sendo esta depositada nas caixas do correio, colocadas por baixo da porta ou entregues em mão.

Nesse seguimento, a partir do dia 19 de abril e, preferencialmente, até ao dia 3 de maio, toda a população deverá responder via internet, acedendo ao sítio censos2021.ine.pt e, depois de colocar o código e a palavra passe constantes da carta e responder a todas questões, deverá escolher a opção “entregar” quando terminar, sendo este o procedimento mais fácil, simples e seguro.

Não obstante, os recenseadores prestarão apoio, através das mais diversas formas, a todos os respondentes que não possuam condições de responder através da internet.

Importa ainda referir que, ao longo de mais de 150 anos, os Censos têm colocado à disposição da sociedade o maior retrato estatístico de Portugal. Os organismos públicos, as entidades privadas e os cidadãos em geral, reconhecem a utilidade da informação censitária, enquanto fator essencial para a planificação de serviços ou para a definição de políticas em áreas como a educação, a saúde, a habitação e o emprego.

Censos 2021: Contamos todos. Contamos com todos. Sem si, não estão todos!

COURENSES SENSIBILIZADOS PARA O CENSOS 2021

Arranca na próxima segunda feira, 5 de abril, a operação Censos 2021 e em Paredes de Coura para além dos 17 recenseadores e 16 coordenadores que dão corpo à ação, até os seis párocos que compõem o Arciprestado do concelho foram convidados a sensibilizar os residentes para tão importante operação estatística fundamental para o conhecimento das principais características da população e da habitação do país, a sua realidade social e económica.

Assim, nos atos litúrgicos dos próximos dias os párocos do Arciprestado de Paredes de Coura vão sensibilizar os residentes para a importância do Censos, que de 10 em 10 anos, nos convoca a participar com informações imprescindíveis para a tomada de decisões do setor público e privado.

De caráter obrigatório -- a não colaboração prevê aplicação de multa --, o Censos traduz-se na resposta a um conjunto de perguntas sobre o nosso parque habitacional e realidade demográfica, social e económica.

Até 18 de abril, os recenseadores andarão pelas ruas das freguesias a fazer o levantamento de todos os edifícios de habitação/alojamento e a entregar o código para resposta via internet. Nessa altura, os recenseadores também perceberão se a pessoa conseguirá ou não preencher os censos via online a partir de 19 de abril e até 3 de maio. Caso a pessoa não consiga responder ao formulário, receberá a visita do recenseador que no caso de Paredes de Coura são naturais das freguesias para que haja a desejada familiaridade com as pessoas a quem visitam.

Todos devemos acolher, ouvir, respeitar e colaborar com os recenseadores que andarão no terreno. Todas as normas da Direção-Geral da Saúde serão cumpridas para evitar possíveis contágios e a consequente propagação do vírus. Todos beneficiaremos dos dados estatísticos que o Instituto Nacional de Estatística disponibilizará à sociedade, incentivando o estudo do presente para planear melhor o futuro.

A resposta aos Censos é fácil, segura e rápida. Responda pela internet: censos2021.ine.pt

Para mais informação sobre a operação Censos 2021, consulte o site: censos.ine.pt 

BARCELOS REALIZA CENSOS'2021

Censos 2021 realizam-se a partir de abril

O Instituto Nacional de Estatística (INE) realiza, a partir de 5 de abril, o trabalho no terreno dos Censos 2021, com maior uso de tecnologias e um plano de contingência, permitindo o recrutamento temporário de milhares de recenseadores.

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Nesta data, começarão a ser distribuídos os códigos livres nas caixas de correio de todos os alojamentos, por parte de recenseadores devidamente credenciados.

São estes códigos que vão permitir aos cidadãos responder de forma autónoma aos Censos, preferencialmente através da internet, ajudando a traçar o retrato atualizado da população e da habitação em Portugal.

A partir de 19 de abril, data da operação censitária, todos os cidadãos devem responder ao questionário, via internet, de preferência até 3 de maio, utilizando o código colocado deixado na caixa do correio, sendo que nesta fase não serão entregues questionários em papel.

O questionário, bem como todas as informações, estará disponível em: http://censos2021.ine.pt

A exaustividade da recolha e do tratamento dos dados dos Censos conferem a esta operação um papel único no conhecimento do parque habitacional e da realidade demográfica, social e económica do país, a nível nacional, regional e local, produzindo também informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas de desenvolvimento e para a tomada de decisões de investimento pelos sectores público e privado.

Os Censos 2021 serão realizados através de um questionário exaustivo junto de toda a população, com recurso a um processo de recolha de informação na sua maioria através da internet, estratégia que permite a melhoria da qualidade da informação recolhida e adequa-se às atuais formas de comunicação da sociedade.

VIZELA INICIA PROCESSO DOS CENSOS 2021

No próximo mês de abril, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai realizar o XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021.

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Nesse seguimento realizou-se ontem uma reunião de trabalho para a preparação do início do processo dos Censos 2021 em Vizela, que contou com a participação do Vereador Jorge Pedrosa, em representação do Presidente da Câmara Municipal, Victor Hugo Salgado, do delegado e subdelegado regional dos Censos 2021, respetivamente Carlos Barroso e Manuel Mira, da delegada municipal, Raquel Lopes Martins, dos Presidentes das Juntas de Freguesia e do Comandante da GNR de Vizela em suplência, Celso Alves Dias.

Depois desta reunião, seguir-se-á a formação dos recenseadores e dos coordenadores das freguesias (presidentes das juntas de freguesia), que terá lugar na Casa das Coletividades.

De realçar que o XVI Recenseamento da População e o VI Recenseamento da Habitação – Censos – terão lugar em 2021.

Ao longo de mais de 150 anos, os Censos têm colocado à disposição da sociedade o maior retrato estatístico de Portugal. Os organismos públicos, as entidades privadas e os cidadãos em geral, reconhecem a utilidade da informação censitária, enquanto fator essencial para a planificação de serviços ou para a definição de políticas em áreas como a educação, a saúde, a habitação e o emprego.

POPULAÇÃO DO CONCELHO DE CAMINHA REGISTOU TAXA DE CRESCIMENTO EFETIVO POSITIVA EM 2019

Números do INE confirmam o acerto da estratégia que tem sido seguida pelo Município

A população do concelho de Caminha aumentou durante o ano de 2019, verificando-se uma taxa de crescimento efetivo positiva, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é um excelente indicador, considerando até a realidade do Alto Minho, onde este índice é globalmente negativo, havendo apenas três municípios (entre os 10) com resultado positivo, ou seja, cuja população não diminuiu. São “boas notícias” e chegam “no momento certo”, como sublinha o Presidente da Câmara, Miguel Alves.

O INE divulgou este mês (17 dezembro) as estatísticas a nível nacional relativas ao ano de 2019, assim como o Anuário Estatístico Regional, contendo informação estatística detalhada à escala regional e municipal, no mesmo período. Em matéria de população/habitantes, Caminha evidencia capacidade de atração de população, uma vez que, sendo a taxa de crescimento natural negativa (fator aliás comum aos dez municípios e ao todo nacional), mesmo assim conseguiu crescer.

Para Miguel Alves: “precisamos de boas notícias e esta vem no momento certo. Nos últimos anos o concelho de Caminha tem trilhado uma estratégia de valorização do tecido económico que passa por uma aposta forte no Turismo e nos mais variados setores dos serviços e da construção”.

De realçar também o peso da população estrangeira com estatuto de residente, mais de quatro centenas de pessoas a escolherem o concelho de Caminha para se fixar. Entre os países com maior presença a este nível, destaque para o Brasil (78 residentes), seguido do Reino Unido, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e China, todos com 25 residentes cada, entre outras nacionalidades com presenças inferiores e variáveis.   

Os bons resultados não são, porém, fruto do acaso: “num contexto difícil em que o Alto Minho está a perder população, Caminha aguenta-se e aumenta essa mesma população, sobretudo graças a um reforço migratório que traz muita gente ao nosso concelho. Temos investido na qualificação do espaço público, na distribuição da fibra ótica, no alargamento da rede de saneamento e na prioridade à Educação e as pessoas reconhecem esse esforço. O crescimento exponencial do número de turistas no concelho, os mínimos históricos do desemprego em 2019 e a dinâmica do setor do imobiliário indiciavam que as coisas estavam a andar bem. A confirmação do INE de que crescemos em população em 2019, vem confirmar o acerto da estratégia que temos seguido porque apresenta resultados”, considera Miguel Alves.

FERNANDO CABODEIRA LANÇA "DEMOGRAFIA: É tempo... de dar mais Tempo à Natalidade e aos Fluxos Migratórios"

Centrando a sua investigação na área da demografia, com enfoque nos temas da natalidade e da fecundidade, Fernando Pereira Cabodeira, doutorado em Sociologia pela Universidade do Minho e radicado, há vários anos, em Vila Nova de Cerveira, apresenta o livro “DEMOGRAFIA: É Tempo … de dar mais Tempo à Natalidade e aos Fluxos Migratórios”. Trata-se de uma publicação refletiva, analítica e projetiva sobre as questões demográficas na Europa, em Portugal e, especificamente, no Alto Minho, auscultando autarcas e cidadãos.

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Com a chancela da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, e das Edições Afrontamento, a sessão pública de lançamento está agendada para dia 11 de setembro, pelas 18h00, no Jardim do Solar dos Castros, em Vila Nova de Cerveira.

“Será que o Alto Minho é o espelho do país e que o país reflete o Alto Minho?”. Esta questão é o ponto de partida de uma investigação em torno dos desequilíbrios demográficos e das políticas de natalidade e de imigração, como um dos maiores desafios que pairam no mundo, e aos quais a região alto-minhota não passa indiferente, obrigando ao estabelecimento de novas prioridades para a agenda do futuro.

“DEMOGRAFIA: É Tempo … de dar mais Tempo à Natalidade e aos Fluxos Migratórios” está organizada em quatro partes: numa primeira fase, o autor contextualiza a investigação, identificando causas e consequências da atual realidade demográfica em Portugal e procurando soluções que revertam a atual dinâmica regressiva; segue uma análise pormenorizada, através de questionário, às medidas adotadas ou a adotar pelos municípios portugueses como estímulo à natalidade; recorrendo a um estudo de caso, a terceira parte do livro apresenta uma análise da fecundidade no Alto Minho, auscultando os cidadãos sobre as perspetivas e intenções de constituição de família, motivos e condicionantes, fazendo a comparação com o inquérito nacional à fecundidade (2013); e, por fim, os movimentos migratórios erráticos registados devido aos diversos focos de conflito que implicam, na ótica do autor, a necessidade de se pensar na repovoação e na dinamização social pela via da integração social das comunidades que pretendem novas formas de vida, novas necessidades de orientação social e familiar e novos espaços de descoberta, além de se refletir na repovoação pela via da fecundidade.

Fernando Pereira Cabodeira radicado, há vários anos, em Vila Nova de Cerveira, doutorou-se em Sociologia, no ano de 2017, na Universidade do Minho, tendo defendido a tese “Alto Minho: Horizonte 2040 – Prospetiva Demográfica e Social (Que Presente para o Futuro?)”. Atualmente desempenha a atividade de consultor e é investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da UM. Tem publicado, na imprensa, vários artigos de opinião, nomeadamente de âmbito social e político.