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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MUNICÍPIO DE ARCOS DE VALDEVEZ APOSTA NO ENSINO DA MÚSICA E DANÇA

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A ocupação dos tempos livres, o desporto e a cultura continuam a ser uma aposta do Município de Arcos de Valdevez, no âmbito da Educação das crianças e jovens do concelho.

Assim, a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez assinou dois protocolos que vão permitir dar continuidade ao ensino de duas vertentes essenciais para o desenvolvimento de aptidões e sensibilidades da nossa comunidade escolar.

No seguimento da aposta educativa do Município, foram celebrados protocolos com o Conservatório de Arcos de Valdevez para o ensino da Música, e com a Associação de Arte e Dança de Arcos de Valdevez, para o ensino da Dança e Movimento, com o valor global de 38. 974,00€.

Ambos os protocolos são referentes ao ano letivo 2025/2026 e estão enquadrados nas AEC´s (Atividades de Enriquecimento Curricular) do 1º Ciclo do Ensino Básico, e na vertente de Apoio à Família, que integra os Jardins de Infância.

Para o Município de Arcos de Valdevez, as atividades recreativas e culturais promovem o desenvolvimento harmonioso da condição física, intelectual e moral da sociedade.

O executivo considera fundamental proporcionar à população condições de acesso à prática do desporto e ocupação de tempos livres, promovendo atividades assentes em padrões formativos, sociais e culturais.

A assinatura dos protocolos contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Olegário Gonçalves, da Vereadora da Educação, Marlene Barros, do presidente da direção do Conservatório de Arcos de Valdevez, Nuno Brito, e da presidente da Associação de Arte e Dança de Arcos de Valdevez, Diana Ataíde.

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FAMALICÃO DANÇA FEZ VIBRAR OS FAMALICENSES

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O Pavilhão Municipal de Vila Nova de Famalicão recebeu, no passado sábado, 8 de novembro, a 11.ª edição do Famalicão Dança, um evento dedicado à competição de dança desportiva nacional e internacional, organizado pela Academia Gindança com o apoio da Câmara Municipal.

O evento, que contou com a presença de Mário Passos, presidente da Câmara Municipal, e Pedro Oliveira, vice-presidente e vereador do desporto, incluiu o Campeonato do Mundo de Sub-21 nas 10 Danças, competição oficial atribuída pela World DanceSport Federation (WDSF), e reuniu 30 campeões nacionais de 17 diferentes países. Kristupas Mlinskas & Liepa Rudnickaite, da Lituânia, foram os grandes vencedores da noite, após várias rondas que fizeram vibrar o público presente.

O Famalicão Dança voltou também a dar palco à 6.ª e última prova do Circuito Nacional de Dança Desportiva, em latinas e standard, atribuída pela Federação Portuguesa de Dança Desportiva (FPDD), que contou com a participação de cerca de 150 pares de 30 escolas nacionais.

A 11.ª edição do Famalicão Dança destacou-se também pela referência ao bicentenário do nascimento do escritor Camilo Castelo Branco, procurando unir a dança à literatura e ao património cultural do concelho.

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PAREDES DE COURA: NOVEMBRO TRAZ “COZIDO À MODA DE COURA” CONDIMENTADO COM BALLET, NOVO CIRCO E SPACE FESTIVAL

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Os dias estão mais frios e chuvosos e convidam à comidinha de conforto como o sempre apelativo ‘Cozido à Moda de Coura’, mas também ao reconforto dos sentidos com o bailado pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, ao novo circo via ‘La Nuit du Cirque’, à música com o Space Festival e ao teatro da companhia Terra Amarela com o espectáculo ‘Mãos Minhas’.

Tudo isto num mês que se quer aconchegante para os courenses e quem nos visita, começando pelo sempre apelativo ‘Cozido à Moda de Coura’ que no fim de semana de 15 e 16 de novembro pode ser degustado em oito restaurantes que elegeram este suculento e saboroso prato courense como a mais nobre das iguarias para estes dias mais frios.

Inserido nos Domingos Gastronómicos promovidos pelo Município, o ‘Cozido à Moda de Coura’ junta-se a muitas outras iniciativas como o bailado com o espetáculo “Public Domain, o Eurídice e o Instante e o almada E TUDO!” pela Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, com uma viagem pela sociedade contemporânea entre espaços, devoções e corações, a 7 de novembro, no Centro Cultural.

Também pelo Centro Cultural, mas também noutros espaços como a Capela do Espírito Santo e Quartel das Artes vai passar o Space Festival - Festival Itinerante de Música Experimental & Improvisada, a 12 e 13 de novembro, com ‘Stones and Seeds’, que une três grandes nomes do jazz nacional e internacional, ‘URTIQA’ com música improvisada e o projeto ‘Novelo Vago’, para além da projeção do filme “Space Festival - Um documentário experimental e improvisado”.

O novo circo, numa coprodução Centro Cultural de Paredes de Coura e Cineteatro António Lamoso, com o apoio da DGArtes, toma o palco na noite de 14 de novembro com o espetáculo trazido pelo ‘Duo Acaso’, Fernando Nogueira e Tjasa Dobravec. “Isla of Flightless Birds” é uma obra visual e poética que reflete sobre a comunicação, transformando o espaço num organismo vivo que cresce, altera-se e esvazia-se, e associando-se assim à Rede Internacional La Nuit du Cirque.

Já a companhia Terra Amarela traz a Coura a peça ‘Mãos minhas’, um espetáculo em Língua Gestual Portuguesa, recorrendo ao roubo perpetrado num museu, onde desaparece a obra de arte mais importante da civilização ocidental. Pode uma obra de arte contar-nos a história de uma Língua? Pode uma Língua contar a história de um Museu?

Estas e muitas outras propostas fazem deste novembro um mês intenso em Coura, ao qual também não falta o cinema, os programas Família e Bebés, as caminhadas pelas sempre apelativas e deslumbrantes paisagens envolventes e também as oficinas com construções Lego na Caixa dos Brinquedos.

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FAMALICÃO RECEBE OS MELHORES DANÇARINOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS SOB O “CHAPÉU” DE CAMILO CASTELO BRANCO

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Famalicão Dança regressa dia 8 de novembro ao Pavilhão Municipal de Famalicão

O ritmo das danças de salão está de regresso a Vila Nova de Famalicão no próximo dia 8 de novembro. O Famalicão Dança, que vai na 11ª edição, volta a trazer a terras de Camilo os melhores dançarinos nacionais e internacionais.

Com organização a cargo da Academia Gindança, e o apoio do Município de Vila Nova de Famalicão, o evento que colocou o concelho no mapa mundial da dança desportiva promete novidades. “Ano após ano, temos conseguido elevar a fasquia e, este ano, não será exceção”, destaca Anabela Gomes, presidente da direção, sem querer levantar o véu sobre as surpresas desta edição, mas sublinhando a ligação do evento ao património cultural famalicense.

Anabela explicou que, aquando a criação da logomarca do Famalicão Dança, houve o cuidado de incorporar “um elemento cultural e histórico do concelho” - neste caso, uma alusão ao escritor Camilo Castelo Branco, através do desenho da cartola sobre a qual os bailarinos dançam. “Em 2025, celebrarmos o bicentenário do seu nascimento, quisemos realçar este vínculo ao romancista, aliando a dança à literatura e ao património cultural do nosso concelho”, como uma autêntica coreografia literária.

A edição deste ano inclui a organização do Campeonato do Mundo Sub-21 nas 10 Danças - competição oficial atribuída pela World DanceSport Federation (WDSF) -, uma prova aberta que vai reunir em Famalicão os campeões nacionais de vários países e que contempla cinco danças latinas e cinco danças standard, com participantes de todos os continentes. Até ao momento, encontram-se inscritos cerca de 25 pares de 17 países.

“O Famalicão Dança é uma montra de talentos, que traz a Vila Nova de Famalicão os melhores atletas nacionais e internacionais da modalidade” refere Pedro Oliveira, vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

“Vamos receber os melhores pares do escalão de sub-21, logo, à semelhança do que vem acontecendo, sabemos que será um evento competitivo de qualidade” comenta o autarca, acrescentando que “a atribuição da organização de uma competição internacional à Gindança não acontece por acaso. Deve-se à sua competência e histórico na modalidade, que a tornam um parceiro de excelência”.

A preceito das edições anteriores, o Famalicão Dança volta a dar palco à 6.ª e última prova do Circuito Nacional de Dança Desportiva, em latinas e standard, atribuída pela Federação Portuguesa de Dança Desportiva (FPDD). A competição vai contar com a participação de cerca de 150 pares de todo o país, sendo decisiva para as classificações finais e a definição dos atletas que vão integrar a seleção nacional de 2026.

A presidente da FPDD, Marina Rodrigues, destaca o “profissionalismo e as provas dadas” pela Gindança, no que respeita à capacidade e qualidade na organização de competições desportivas de alto nível, reforçando a confiança tanto da federação nacional, como a internacional, no trabalho da associação famalicense. “Queremos que quem visite o nosso país fique bem impressionado e que seja bem acolhido”, salienta.

Refira-se que a apresentação oficial da 11ª edição do Famalicão Dança aconteceu esta terça-feira, 28 de outubro, na Casa dos Caseiros da Casa de Camilo, em Seide S. Miguel, na presença da comunicação social e parceiros institucionais.

Já é possível reservar bilhetes para o Famalicão Dança 2025 através do site oficial do evento (www.famalicaodanca.com), onde também se encontram disponíveis mais informações sobre esta iniciativa desportiva. 

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MUNICÍPIO FAMALICENSE APRESENTA FAMALICÃO DANÇA 2025

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Amanhã, terça-feira, 28 de outubro, pelas 11h00, na Casa de Camilo, em Seide

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Academia Gindança convidam os órgãos de comunicação social para a apresentação da 11.ª edição do Famalicão Dança, amanhã, dia 28 de outubro, pelas 11h00, na Casa dos Caseiros da Casa de Camilo, em Seide S. Miguel.

A prova, organizada pela Gindança - Associação de Ginástica e Dança de Famalicão, acontece no próximo dia 8 de novembro, no Pavilhão Municipal de Famalicão.

A edição deste ano inclui a organização do Campeonato do Mundo Sub-21 nas 10 Danças - competição oficial atribuída pela World DanceSport Federation (WDSF) -, numa prova aberta que reúne os campeões nacionais de vários países e contempla cinco danças latinas e cinco danças standard, com participantes de todos os continentes.

A preceito das edições anteriores, o Famalicão Dança volta a incluir a 6.ª e última prova do Circuito Nacional de Dança Desportiva, uma etapa decisiva, que encerra a época nacional de 2025. Vão marcar presença nesta prova mais de 100 pares provenientes de todo o país, onde serão determinadas as classificações finais e os atletas que integrarão a seleção nacional de 2026.

ANDORRA: MAGIA LUSITANA NA INAUGURAÇÃO DO CONTRADANS 2025 – CRÓNICA DE JOSÉ LUÍS CARVALHO

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A praça da Closa da cidade de Ordino no Principado de Andorra viveu uma noite mágica de cultura tradicional portuguesa e de dança contemporânea a cargo do Grupo de Folclore Casa de Portugal.

A cerimónia inaugural da 5ª edição do Contradans, Festival de Dança e Cultura Popular, iniciou com o discurso de boas vindas das autoridades locais e dos organizadores num ambiente de celebração da cultura, comunidade e tradição.

A continuação, o Grupo de Folclore Casa de Portugal, encarregado de inaugurar o festival, entrou em palco apresentando o colorido dos trajes e a vivacidade das danças do Alto Minho como Góta de Gondarém e Chula de Viana.

Seguiu o momento mais esperado pelo público, a estreia de dança contemporânea a cargo de um reduzido grupo de membros do Grupo de Folclore Casa de Portugal que, vestidos para a ocasião, apresentaram duas danças idealizadas pela coreógrafa andorrana Paula Pons. A primeira dança teve como acompanhamento musical a peça Saia da Carolina, de Carolina Deslandes e a segunda, Maria Joana, uma versão do grupo Calema em colaboração com Nuno Ribeiro e Marisa. O som das versões portuguesas e o movimento das coreografias arrancou calorosos aplausos e emocionou o público presente, destacando a Ministra de Cultura do Principado, Monica Bonell, a Vice-Presidente do Parlamento de Andorra, Sandra Codina e a presidente da câmara de Ordino, Maria del Mar Coma, entre outras. Por parte portuguesa, o evento contou com a presença de Duarte Pinto da Rocha, Cônsul-Geral de Portugal no Principado e vários membros do movimento associativo lusitano.

Fundindo-se num caloroso abraço com Paula Pons, os bailarinos do Grupo visivelmente emocionados, receberam os aplausos e elogios do público e autoridades presentes.

Em entrevista aos meios de comunicação andorranos, a Co-diretora do Contradans, Sandra Tudó, elogiou a apresentação do Grupo de Folclore Casa de Portugal destacando que o Grupo mantenha "a sua tradição, o que é muito importante" mas também que "tenha aceite o desafio de introduzir a contemporaneidade" neste evento. Após a atuação seguiu um desfile pelas ruas de Ordino formado por diferentes grupos de Gigantones e Cabeçudos e pelos membros do Grupo de Folclore Casa de Portugal.

A 5ª edição do Festival Contradans vai decorrer de 2 a 5 de outubro, mês no qual o Grupo de Folclore Casa de Portugal tem prevista a participação no dia 18 no Festival de Múrcia (Espanha) e de 24 a 26 a participação na 46ª Feira de Andorra la Vella.

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ANDORRA: HERANÇA E MODERNIDADE LEVA A PORTUGALIDADE AO CONTRADANS

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Herança e Modernidade foi o mote escolhido pelo Grupo de Folclore Casa de Portugal sediado no Principado de Andorra para a cerimónia inaugural da 5ª edição do Contradans.

A paróquia de Ordino irá acolher de 2 a 5 de outubro o Festival de Dança e Cultura Tradicional que este ano irá contar pela primeira vez com presença portuguesa. A Praça da Closa será o espaço principal da inauguração com os discursos por parte das autoridades e dos organizadores do evento. Seguidamente o Grupo de Folclore Casa de Portugal irá apresentar danças tradicionais do seu reportório inserido na região da ribeira Lima (Viana do Castelo).

A continuação, um grupo de elementos do Grupo de Folclore Casa de Portugal irá apresentar, pela primeira vez, um conjunto de danças contemporâneas (um dos requisitos do certame), fusionando a dança tradicional com a dança moderna. Trata-se de um espetáculo criado para a ocasião sob o título Herança, em homenagem ao testemunho passado de geração em geração na defesa da cultura popular e Modernidade, representando a evolução da dança até aos dias de hoje, que consta de duas atuações e para o qual contou com a colaboração da coreógrafa e professora de dança andorrana Paula Pons. Desde o mês de março os elementos do grupo têm trabalhado para apresentar um espetáculo de dança de fusão combinando estilos como o folclore, o pop e o hip hop.

Após a cerimónia inaugural a comitiva encabeçada pelo Grupo de Folclore Casa de Portugal e os cabeçudos de Olivella, de Andorra la Vella e de Canillo irão percorrer as ruas mais centrais da cidade de Ordino.

O evento segue nos dias seguintes com mais atuações de grupos de dança, workshop de instrumentos, utensílios e sandálias, entre outros.

José Luís Carvalho

Presidente

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OLGA RORIZ DANÇA EM PONTE DE LIMA

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No dia 26 de setembro de 2025, às 21h30, o Município Ponte de Lima apresenta no Teatro Diogo Bernardes, o espetáculo de Dança, O Salvado, Um Solo de Olga Roriz.

Doze anos passaram desde A Sagração da Primavera, o seu último solo. Agora, a coreógrafa sente-se novamente impelida a um confronto inevitável consigo mesma. Com o título O Salvado (tudo o que ela conseguiu salvar), este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Não se trata de uma busca formal por novas linguagens, mas da continuidade de uma luta partilhada. Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe? Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença? O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se? Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Tudo suspenso. Tudo no ar. Tudo ancorado na memória. Ouvem-se as suas músicas preferidas. Outras que nunca conheceu. E talvez, no meio de tudo, se escute a sua própria voz. Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topografia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. Um registo que não apenas arquiva o que foi, mas que também interroga o que ainda está por vir. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, complementam-se, lutam entre si. O tempo que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria — dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar.

QUEM É A BAILARINA E COREÓGRAFA VIANENSE OLGA RORIZ?

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Olga Roriz é uma coreógrafa e bailarina portuguesa nascida em Viana do Castelo, em 8 de agosto de 1955.

Entre vários galardões recebidos encontram-se o Prémio Bordalo (1991) e o Prémio Almada (2003). Foi nomeada Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2004).

Cedo foi para Lisboa onde iniciou os estudos de dança na Escola do Teatro Nacional de São Carlos, com Ana Ivanova. Com 18 anos de idade completou o curso da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1976 ingressou no elenco do Ballet Gulbenkian dirigido por Jorge Salavisa, onde permaneceu até 1992.

Iniciou o seu trabalho coreográfico nesta Companhia, para a qual criou mais de 20 obras, algumas das quais de reconhecido sucesso nacional e internacional, tanto pela crítica como pelo público. Internacionalmente os seus trabalhos têm sido apresentados nas mais importantes cidades, bem como em Nova Iorque, Brasil, Senegal e Egipto. Alguns deles foram gravados pela RTP.

Como coreógrafa tem sido convidada a trabalhar com agrupamentos como a Companhia Nacional de Bailado, Dança Grupo e Companhia de Dança Contemporânea em Portugal; Ballet Teatro Guaira, no Brasil; Ballet de Monte Carlo, no Mónaco; Compañía Nacional de Danza, em Espanha; English National Ballet, no Reino Unido, Reportory American Ballet, nos EUA, e Maggio Danza di Firenze, em Itália.

Criou, ainda, 5 espectáculos a solo apresentados nos festivais Encontros ACARTE, Eurodanse, Mulhouse, Le Triangle, Rennes, e Danse à Aix.

Tem trabalhado regularmente em ópera e teatro, colaborando com encenadores como João Perry, Ricardo Pais, Claude Lulé, João Lourenço, Carlos Avilez, Silvio Porcaretti, Adriano Luz e Manuel Coelho.

Entre Maio de 1992 e Outubro de 1994 foi Directora Artística da Companhia de Dança de Lisboa.

Em Fevereiro de 1995 fundou a Companhia Olga Roriz.

Em 1997 encenou para o Teatro Nacional de São Carlos a ópera Perséphone de Igor Stravinsky, e em Janeiro de 1999, para o Teatro Plástico, estreou-se em encenação para teatro na peça Crimes Exemplares de Max Aub, onde assinou também a dramaturgia e uma nova versão do texto.

Em 15 de dezembro de 2017 recebeu o doutoramento honoris causa pela Universidade de Aveiro.

Desde 2022, é sócia correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa (9.ª Secção - Comunicação e Artes).

Fonte: Wikipédia

FOLCLORE: O QUE É O VIRA?

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O Vira é um gênero músico-coreográfico do folclore português. Mais conhecido como característico do Minho, o Vira é todavia também dançado em muitas outras províncias, entre as quais a Estremadura. São vários os tipos de viras conhecidos: Vira Antigo (Reguengo Grande, Lourinhã e Casais Gaiola, Cadaval), Vira das Sortes (Olho Marinho, Óbidos), Vira Valseado (Outeiro da Pedra, Leiria), Vira de Costas (Colaria, Torres Vedras), Vira das Desgarradas (Reguengo Grande, Lourinhã), Vira Batido (Casais Gaiola, Caldas da Rainha), Vira de Três Pulos (Assafora, Sintra) e Vira de Dois Pulos (Lagoa, Mafra).

Se o nome da maior parte deriva de particularidades coreográficas, há também os que resultam da função que exercem, como é o caso do vira das sortes, que era especialmente tocado, pelas ruas e no baile respectivo, quando os rapazes iam às sortes; e o vira das desgarradas, que se tocava no princípio do baile enquanto não se reunia toda a juventude e também por vezes nos intervalos, tendo como característica o ser cantado ao desafio entre as moças e os rapazes. A forma coreográfica é sucedânea da dança de roda: os pares, formam uma grande roda, que evolui no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Em certo ponto, os rapazes abandonam os pares na roda e dirigem-se ao centro, onde batem com o pé direito e regressam, voltando até os respectivos pares. A roda recomeça a girar e, da próxima vez, são as moças que vão ao centro e assim sucessivamente.

Já em Casais Gaiola, Painho e Cadaval, o vira batido nunca era dançado com os pares juntos. Ao início, após a formação da roda, vão os rapazes ao meio onde batem os pés por três vezes, logo retomando o seu lugar na roda. Depois, é a vez das moças fazerem os mesmos passos, estas regressam à roda justamente quando a música ganha um andamento mais rápido, altura em que os pares passam até atingir o seguinte, após o que regressam, sempre ao ritmo valseado, ao par inicial. Andam sempre separados.

As origens do vira, que alguns situam no ternário da valsa oitocentista e outros buscam mais atrás, no fandango, parecem ser de remota idade, como defendeu Gonçalo Sampaio e também Sampayo Ribeiro, que as coloca antes do século XVI e levanta mesmo a hipótese de filiação na canção que acompanhava o bailado ou tordião.

Tomaz Ribas considera o vira uma das mais antigas danças populares portuguesas, salientando que já Gil Vicente a ele fazia referência na peça Nau d’Amores, onde o dava como uma dança do Minho. Note-se, a respeito de filiações e semelhanças, a proximidade do Vira de Dois Pulos de Lagoa e Mafra com o fandango.

Fonte: Wikipédia

GRUPO “MACAU NO CORAÇÃO” LEVA O FOLCLORE MINHOTO ÀS ESCOLAS – FOTOS DE ANA MANHAO SOU

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A convite da Federação de Dança de Macau, o Grupo “Macau no Coração” realizou na escola primária do Colégio D. Bosco um workshop de dança e tradições folclóricas portuguesas, ensinando a executar passos e contando histórias do folclore e instrumentos musicais. Esta iniciativa insere-se num conjunto de visitas de Estudo Promocional,

"Dançando o mundo juntos" patrocinado pela Associação Chinesa de Dançarinos Folclóricos (CFA) em Pequim. Semana Internacional de Arte Juvenil" foi realizada em Zhuhai, Macau e Hong Kong de 23 a 29 de julho de 2025.

Cerca de 300 pessoas participaram da turnê de intercâmbio de estudos, e 8 instrutores e professores assistentes foram enviados para ensinar e intercâmbio com jovens estudantes de dança.

Através da música e da dança, da introdução de fantasias e do fundo histórico e cultural, os participantes irão aprender mais sobre as características da dança local portuguesa e aprofundar a sua compreensão do património cultural de Macau.”

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FOLCLORE: QUAIS AS ORIGENS DA CONTRADANÇA?

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O Grupo de Danças e Cantares de Perre, inaugurou em 2021 por ocasião das comemorações do seu 36º aniversário, um monumento alusivo à Contradança, da autoria do pintor Mário Rocha.

Uma das danças que se tornou característica em Portugal e é interpretada por numerosos grupos folclóricos é aquela que se designa por contradança. Esta dança é interpretada nomeadamente pelo Grupo de Danças e Cantares de Perre, de Viana do Castelo. Trata-se de uma dança ou, para falar com mais propriedade uma mistura de várias danças com melodias diversas, obedecendo os seus executantes à voz de um mandador, qual "baile mandado" que de algum modo nos faz lembrar a tradicional dança algarvia com aquele nome. Tendo dado origem às quadrilhas, foi a contradança uma dança muito apreciada nos bailes que se organizavam nos finais do século passado, nomeadamente no Palácio das Laranjeiras, no dos Condes de Farrobo e até na corte então instalada no Palácio da Ajuda. É que, à semelhança do que sucedeu com o folclore austríaco que viu as suas valsas invadirem os salões aristocráticos, também a contradança acabaria por animar os bailes da corte e da nobreza europeias e inclusive inspirar grandes compositores como Mozart e Wagner.

Em Malaqueijo, no concelho de Rio Maior é uma das localidades portugueses onde tal costume se encontra mais arreigado, sobretudo pelo modo como toda a comunidade revive esta tradição desde há muitas décadas, sempre por ocasião dos festejos em honra do seu padroeiro, dançando colectivamente a contradança nas ruas da terra. Dizem as suas gentes que aquela dança entrou nos costumes locais desde que um mancebo da terra que o serviço militar o levou para a combater em França por ocasião da primeira guerra mundial, trouxe para a sua terra a tradicional moda francesa que rapidamente foi adoptada pelo povo de Malaqueijo.

Na realidade e sem pretender contestar à influência que nalguns casos poderão ter exercido os soldados portugueses que regressaram de França e das trincheiras da Flandres, integrados no Corpo Expedicionário Português, tudo leva a crer que a contradança aparece no nosso país por altura das invasões francesas e ainda, muito provavelmente, em virtude dos numerosos portugueses que ingressaram as tropas napoleónicas. De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a "contradança" era originariamente um música popular inglesa cuja designação "country dance" que quer dizer "dança nacional" veio por corrupção a ser denominada "contredanse" desde que, no século XVII foi introduzida em França, e finalmente contradança com o seu aportuguesamento. Assim sendo, a própria designação contradança não constitui mais do que um equívoco resultante de uma deficiente tradução.

Em todo o caso é inquestionável a influência francesa nas origens da contradança no nosso folclore, como aliás atestam algumas expressões empregues pelo mandador aquando da sua execução. Contudo, não é de excluir por completo alguma influência que de igual forma poderão ter exercido os militares ingleses que então combateram ao lado dos portugueses o invasor napoleónico e por cá permaneceram enquanto a corte de D. João VI esteve exilada no Brasil. É que, afinal de contas, era aos nossos "amigos de Peniche" que originariamente pertencia a "country dance" e que com toda a certeza a executavam com maior requinte e perfeição.