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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PAREDES DE COURA ANIMA COM MÚSICA E BAILADO

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Setembro está aí e a rentrée de Paredes de Coura mantém dias preenchidos com uma oferta cultural assinalável. Do concerto intimista de Caio, pseudónimo de João Santos, que nos traz um primeiro avanço para do “Descentrar 24” onde está o incontornável ‘Queda Livre’, mas também o bailado contemporâneo coreografado por Vasco Wellenkamp para ‘Na substância do tempo’ com inspiração na poesia de Sophia de Mello Breyner ou até as conversas em torno de Abril neste ano de celebração pelos 50 anos da restituição da liberdade e as Conversas na Casa Grande este mês sobre ‘A Ruralidade’ prometem um setembro intenso de iniciativas, às quais não faltam também o cinema com os blockbusters da estação, o programa família e as já habituais oficinas com as construções Lego na Caixa dos Brinquedos.

Comecemos por Caio, que volta a Coura, depois de também ter protagonizado em agosto do ano passado uma das Vodafone Music Sessions na igreja românica de Rubiães. Agora, pelo Centro Cultural promete a 20 de setembro desfilar algumas das suas canções do álbum prometido para final do ano, nomeadamente ‘Queda Livre’, “uma canção sobre encontrarmos o nosso lugar num mundo que cada vez mais se pode considerar preto e branco”, explica João Santos.

Por sua vez, a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo traz a Coura ‘Na substância do tempo’, um espetáculo em três momentos que inclui as peças ‘Em Redor da Suspensão’, ‘Outono para Graça’ e ‘Requiem’. ‘Em Redor da Suspensão’ surge da inspiração na poesia de Sophia de Mello Breyner, enquanto ‘Outono para Graça’ é um dueto coreografado inicialmente para a bailarina Graça Barroso, cofundadora da CPBC com Vasco Wellenkamp. Já ‘Requiem’, inspirada pela obra musical de Benjamin Britten, Sinfonia da Requiem, apresenta-se como uma peça alusiva à perda e ao cenário de guerra, retratando as consequências e impacto que estes dois agentes têm na sociedade.

As tertúlias e conversas voltam a marcar a agenda de setembro, com ‘Abril por fora e Abril por dentro’ neste ano de celebração pelos 50 anos do 25 de Abril, reunindo a 21 de setembro no Centro Cultural a conferência com Alfredo Cunha, João Pereira, Rui Vieira de Castro e Vitor Paulo Pereira, com moderação de Tiago Brandão Rodrigues. Já as Conversas na Casa Grande colocam a arquiteta paisagista Ana Isabel Queiroz a conversar com Vitor Paulo Pereira sobre o tema ‘A Ruralidade’.

Setembro também nos traz cinema com ‘Podia ter esperado por agosto’, dirigido por César Mourão, e o filme de aventura e ação realizado por Shawn Levy, ‘Deadpool & Wolverine’. Mas também há o Programa Família com ‘Manuel, uma homenagem poética a uma infância...’ e as já habituais oficinas/workshops com construções Lego na Caixa dos Brinquedos, para uma rentrée com múltiplas e apelativas iniciativas.

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ASSOCIAÇÃO ARTE DANÇA DE ARCOS DE VALDEVEZ PREMIADA EM VÁRIAS COMPETIÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS

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A associação de Arte Dança de Arcos de Valdevez/Dance Fuel tem conseguido grandes resultados em competições nacionais e internacionais de dança.

A EDADA – Dance Fuel forma quase duas centenas de alunos na área da dança, em distintas modalidades como a dança jazz, ballet clássico, dança commercial, dança contemporânea, acrodance, introdução à dança e preparação física para bailarinos. A escola conta com profissionais formados e certificados e orgulha-se de ser a única escola a certificar alunos nas modalidades de dança Jazz e ballet clássico.

Anualmente realiza os exames IDTA – International Dance Teachers Association, tendo obtido 5 classificações de mérito, com classificações entre os 70 e os 84 pontos, e 12 Distinções, com classificações entre os 85 e 100 pontos.

No último ano letivo também conquistou grandes prémios em competições como o All Dance Portugal, em Santa Maria da Feira, com 5 coreografias apuradas para o mundial e 10 para o europeu, destas 1 primeiro lugar, dois segundos e um terceiro.

No Stars Dance Galicia, em Ourense, Espanha, arrecadou três primeiros lugares, 2 segundos, dois terceiros e dois quartos. Conseguiu ainda os prémios de melhor coreografia solo teens; melhor vestiário Acrodance e melhor coreógrafa Acrodance.

No All Dance Europe conseguiu dois primeiros lugares, um segundo e ainda um 5º, um 7º, um 8º e um 9º.

A autarquia tem apoiado a escola/associação arcuense e felicita-a pela grande capacidade e profissionalismo da escola/associação arcuense, assim como enaltece o talento dos jovens bailarinos do concelho.

O MUNDO VAI DANÇAR EM PONTE DE LIMA

39º “O Mundo a Dançar” em Ponte de Lima – 8 de agosto | 22 horas | Parque do Arnado

Ponte de Lima recebe mais uma gala do Festival Internacional de Danças Folclóricas "O Mundo a Dançar" no próximo dia 8 de agosto, às 22 horas no Parque do Arnado.

Trata-se de um espetáculo que apresenta uma extraordinária viagem pelo mundo, mostrando a diversidade de tradições, costumes e culturas, sem sair de Ponte de Lima. “O Mundo a Dançar” é ritmo, cor e alegria protagonizado pelos grupos provenientes da Colômbia, Coreia, Espanha, México, Panamá, Sérvia, Taiwan e Uruguai.

O Festival Internacional de Danças Folclóricas é reconhecido pelo Concelho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore e de artes tradicionais, estatuto B da UNESCO desde novembro de 2006.

O Município de Ponte de Lima associa-se a este evento, promovendo este espetáculo no Arnado, junto à Igreja de Stº António da Torre Velha, entrada livre, no dia 8 de agosto, às 22 horas.

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PONTE DA BARCA: SARAU DAS ESCOLAS DE MÚSICA E BALLET MOSTROU TALENTO LOCAL E HOMENAGEOU ZÉ DAS BARBAS

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No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril

Na noite de sábado, o Auditório Municipal de Ponte da Barca foi palco de um Sarau apresentado pelas Escolas de Música e Ballet da Câmara Municipal de Ponte da Barca. Tendo como tema "Amigo, Maior que o Pensamento", inspirado numa canção de Zeca Afonso, o evento homenageou o já falecido Senhor José Pereira, carinhosamente conhecido como Zé das Barbas, uma figura ímpar do concelho barquense, e os jovens das Escolas de Música e Ballet deram um brilhante espetáculo para uma plateia cheia.

Esta celebração fez parte das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e contou com várias apresentações artísticas. Durante a sessão, Marques Pinto partilhou histórias sobre o homenageado, o que comoveu profundamente a família presente, que expressou a sua gratidão e relembrou o papel de Zé das Barbas na luta pela Democracia. A sua luta antifascista e o seu forte sentido de comunidade também foram destacados, sendo lembrado como "o mais bonito cravo de Ponte da Barca".

Presente esteve, também, o Presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, que enfatizou o enorme talento local e congratulou alunos e Professoras pelo trabalho e dedicação. Sobre o homenageado, salientou a dedicação aos seus ideais, sempre com respeito pelas diferenças.

O sarau Amigo, Maior que o Pensamento foi um evento marcante, com realce para os jovens artistas, professoras e amigos que participaram.

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PONTE DA BARCA RECEBE CONCERTO “AMIGO, MAIOR QUE O PENSAMENTO”

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Sarau das Escolas de Música e de Ballet do Município de Ponte da Barca

O Auditório Municipal de Ponte da Barca vai ser palco do Concerto "Amigo, Maior que o Pensamento", um Sarau das Escolas de Música e de Ballet do Município de Ponte da Barca.

O espetáculo, a decorrer no próximo sábado, 6 de julho, às 21h45, está integrado nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, e contará com as performances dos alunos das nossas escolas, assinalando os cinquenta anos da Revolução dos Cravos através da música e da dança.

VILA NOVA DE CERVEIRA: XX DANCERVEIRA – MAIS VALIA, MAIS ESPAÇOS, MAIS ATIVIDADES E UMA COREOGRAFIA VINDA DE PARIS

Para comemorar os 20 anos do Dancerveira, a ADEIXA – Associação de Dança do Eixo Ibero Atlântico, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, apresenta uma programação mais diversificada e arrojada. Alargado a cinco dias (26 a 30 de junho), o Festival Internacional de Dança’24 decorre em sete espaços públicos, com mais atividades de aprendizagem e convívio, além de uma gala especial e da apresentação de uma obra coreográfica completa exibida nas salas culturais de Paris.

Dividido entre workshops com profissionais de dança de renome em Portugal, Espanha e França, e aulas gratuitas para inscritos, com espetáculos para o público e momentos de diversão para os participantes, a edição deste ano tem como principais novidades a realização do espetáculo de abertura no Palco das Artes (26 de junho, 20h00), a organização de uma Gala Comemorativa do XX Dancerveira no Auditório Municipal (29 de junho, 23h00) e a presença da Brainstorm Dance Company estabelecida, desde 2022, na França, com o espetáculo Entrelacées, apresentando a mais atual e contemporânea da dança no momento no Auditório Municipal (30 de junho, 18h00). Com direção artística e coreografia de Juliana Kis, a produção - já exibida nalgumas salas culturais de Paris - cria um espaço de diálogo para os direitos das mulheres, levando o espectador a uma poderosa história de superação, destacando a força feminina e o desejo de construir um mundo melhor.

Este ano, com maior participação de 1200 bailarinos de 33 escolas de Portugal e de Espanha, e um público estimado de 6 mil pessoas, a vasta programação do DANCERVEIRA contempla ainda um conjunto de atividades que, além da união através da dança, pretende proporcionar momentos divertidos de interação entre os participantes, nomeadamente ‘Dança no Teatro’ no Palco das Artes, ‘Dança na Água’ e ‘DJ na Água’ no Parque do Castelinho, ‘Festa da Espuma’ e 'Party Insufláveis' no Baluarte de Santa Cruz, Pijama Party no Pavilhão Municipal, ‘Festa de Fantasias’ no Auditório Municipal, DJ Set+ Festa Ibicenca (vestidos de branco) no Auditório Municipal.

Consulte toda a programação nas redes sociais da Adeixa.

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CÂMARA MUNICIPAL DE VIZELA PROMOVE MATINÉS DANÇANTES

A Câmara Municipal de Vizela vai promover uma nova atividade destinada ao público sénior, as “Matinés Dançantes”, que terão lugar uma vez por mês.  A primeira será realizada no dia 19 de junho, na Casa do Park e contará com a animação de Augusto Canário.

Este programa municipal é destinado à população sénior, com o objetivo de criar um espaço de convívio para esta franja da população, fomentando o envelhecimento ativo e melhorando a qualidade de vida dos seniores, ocupando os seus tempos livres e evitando o sedentarismo e o isolamento.

O ciclo de matinés começa no dia 19 de junho, na Casa do Park, seguindo-se depois outros locais do Concelho, ao ritmo de um baile por mês. As inscrições podem ser efetuadas na Unidade de Ação Social, até ao próximo dia 15 de junho.

As tardes dançantes prometem muita diversão e dança, em especial para a população sénior, com música ao vivo, a festa está garantida e todos são convidados a participar e a partilhar momentos de alegria e convívio. 

A entrada é livre e os bailes decorrem entre as 15h e as 18h. Estão todos convidados a dançar!

Se gosta de dançar e conviver, não perca esta oportunidade!

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CÂMARA MUNICIPAL DE VIZELA PROMOVE MATINÉS DANÇANTES

A Câmara Municipal de Vizela vai promover uma nova atividade destinada ao público sénior, as “Matinés Dançantes”, que terão lugar uma vez por mês.  A primeira será realizada no dia 22 de maio, na Casa da Cultura Joaquim da Costa Chicória.

Este programa municipal é destinado à população sénior, com o objetivo de criar um espaço de convívio para esta franja da população, fomentando o envelhecimento ativo e melhorando a qualidade de vida dos seniores, ocupando os seus tempos livres e evitando o sedentarismo e o isolamento.

O ciclo de matinés começa no dia 22 de maio, na Casa da Cultura Joaquim da Costa Chicória, seguindo-se depois outros locais do Concelho, ao ritmo de um baile por mês. As inscrições podem ser efetuadas na Unidade de Ação Social, até a próxima sexta-feira, dia 17 de maio.

As tardes dançantes prometem muita diversão e dança, em especial para a população sénior, com música ao vivo, a festa está garantida e todos são convidados a participar e a partilhar momentos de alegria e convívio. 

A entrada é livre e os bailes decorrem entre as 15h e as 18h. Estão todos convidados a dançar!

Se gosta de dançar e conviver, não perca esta oportunidade!

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FOLCLORE: AS ORIGENS DA CONTRADANÇA

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O Grupo de Danças e Cantares de Perre, inaugurou em 2021 por ocasião das comemorações do seu 36º aniversário, um monumento alusivo à Contradança, da autoria do pintor Mário Rocha.

Uma das danças que se tornou característica em Portugal e é interpretada por numerosos grupos folclóricos é aquela que se designa por contradança. Esta dança é interpretada nomeadamente pelo Grupo de Danças e Cantares de Perre, de Viana do Castelo. Trata-se de uma dança ou, para falar com mais propriedade uma mistura de várias danças com melodias diversas, obedecendo os seus executantes à voz de um mandador, qual "baile mandado" que de algum modo nos faz lembrar a tradicional dança algarvia com aquele nome. Tendo dado origem às quadrilhas, foi a contradança uma dança muito apreciada nos bailes que se organizavam nos finais do século passado, nomeadamente no Palácio das Laranjeiras, no dos Condes de Farrobo e até na corte então instalada no Palácio da Ajuda. É que, à semelhança do que sucedeu com o folclore austríaco que viu as suas valsas invadirem os salões aristocráticos, também a contradança acabaria por animar os bailes da corte e da nobreza europeias e inclusive inspirar grandes compositores como Mozart e Wagner.

Em Malaqueijo, no concelho de Rio Maior é uma das localidades portugueses onde tal costume se encontra mais arreigado, sobretudo pelo modo como toda a comunidade revive esta tradição desde há muitas décadas, sempre por ocasião dos festejos em honra do seu padroeiro, dançando colectivamente a contradança nas ruas da terra. Dizem as suas gentes que aquela dança entrou nos costumes locais desde que um mancebo da terra que o serviço militar o levou para a combater em França por ocasião da primeira guerra mundial, trouxe para a sua terra a tradicional moda francesa que rapidamente foi adoptada pelo povo de Malaqueijo.

Na realidade e sem pretender contestar à influência que nalguns casos poderão ter exercido os soldados portugueses que regressaram de França e das trincheiras da Flandres, integrados no Corpo Expedicionário Português, tudo leva a crer que a contradança aparece no nosso país por altura das invasões francesas e ainda, muito provavelmente, em virtude dos numerosos portugueses que ingressaram as tropas napoleónicas. De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a "contradança" era originariamente um música popular inglesa cuja designação "country dance" que quer dizer "dança nacional" veio por corrupção a ser denominada "contredanse" desde que, no século XVII foi introduzida em França, e finalmente contradança com o seu aportuguesamento. Assim sendo, a própria designação contradança não constitui mais do que um equívoco resultante de uma deficiente tradução.

Em todo o caso é inquestionável a influência francesa nas origens da contradança no nosso folclore, como aliás atestam algumas expressões empregues pelo mandador aquando da sua execução. Contudo, não é de excluir por completo alguma influência que de igual forma poderão ter exercido os militares ingleses que então combateram ao lado dos portugueses o invasor napoleónico e por cá permaneceram enquanto a corte de D. João VI esteve exilada no Brasil. É que, afinal de contas, era aos nossos "amigos de Peniche" que originariamente pertencia a "country dance" e que com toda a certeza a executavam com maior requinte e perfeição.

GALIZA: A PRIMEIRA MUIÑEIRA COM NOTACIÓN MUSICAL ESTÁ DATADA EN 1786

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Muiñeira representada no gravado que Mariano Ovejero realizou do cadro de Dionisio Fierros de 1858.

Julio Alonso Monteagudo constatou que desde o século XVII circulaba pola Península Ibérica un baile coñecido como gaita galega que sería o antecedente máis directo

A muiñeira, que é tanto unha danza tradicional galega como a composición musical que a acompaña, converteuse no século XIX nun "elemento identitario" da Galiza que acompañou o rexurdir político e cultural da época, segundo comprobou Julio Alonso Monteagudo nas investigacións que lle permitiron elaborar a súa tese, Música e identidade galega. Do baile da gaita á muiñeira (S. XVII-XIX).

Alonso, que comezou a traballar no aspecto máis humano e social da música da man do antropólogo Marcial Gondar, concluíu a súa tese baixo a dirección da tamén antropóloga Nieves Herrero. Nas súas pescudas confirmou que a evolución política do provincialismo e do rexionalismo, como antecedentes do nacionalismo no século XIX, levou a unha busca de elementos que conformasen a identidade galega e á formación dun canon da música galega que se basea "nunha escolla, na recuperación da música tradicional, folclórica". É nese momento cando a muiñeira é considerada como un símbolo da Galiza.

O seu antecedente directo era "un baile chamado gaita galega", que non se interpretaba necesariamente co instrumento do mesmo nome, e que "desde o século XVII circulaba pola Península Ibérica". Alonso lembra que no século XVII son coñecidas e interpretadas "pezas populares coma as jácaras, as chaconas ou os canarios” e é a partir desa época cando os bailes cortesáns incorporan bailes populares coma eses, no caso da Galiza as pezas chamadas gaitas, que aparecen nos libros de composicións para guitarra, a cal era "o instrumento máis popular".

A popularidade da composición denominada galega fai que se incorpore tamén ás pezas teatrais, de xeito que "cando saía o personaxe galego soaba a gaita, interpretada con guitarra" e o público sabía que estaba a ver un personaxe de orixe galega, "frecuentemente un personaxe cómico, que cando sae á escena crea confusión". No ámbito relixioso a gaita galega "entra nos vilancicos, un xénero que non era só para o Nadal, tamén para as festas", aínda que neste caso o carácter cambia: "o personaxe galego pasa a ser honesto e honrado, por exemplo un pastor humilde, traballador e esforzado".

 A referencia máis antiga á muiñeira aparece "nun texto de 1745 de frei Martin Sarmiento", quen por certo compara os movementos deste baile cos que fan as galiñas e os galos, especialmente "os saltos que fan os galos"; a primeira destas composicións que puido atopar con notación musical Julio Alonso está datada no Nadal de 1786 e asínaa "o mestre de cap Desta maneira, López actúa de mediador para incorporala á música culta. A partir da publicación da Historia de Galicia de José Verea e Aguiar en 1838 xorde "o discurso que consolida a muiñeira como paradigma e referente identitario para a Galiza", apunta Alonso. Mesmo Manuel Martínez Murguía na súa Historia de Galicia publicará as primeiras transcricións con notación musical de música popular galega, que lle enviou o tamén escritor estradense Marcial Valladares Núñez, quen contaba cunha ampla formación musical. ela da Catedral compostelá Melchor López".

Fonte: nòsdiário