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“Pombas e Pombais da Minha Terra” e “Brinquedos de Barro” em exposição na Torre Medieval
Há mais duas exposições de artesanato a merecer visita e atenção. “Pombas e Pombais da Minha Terra” e “Brinquedos de Barro” estão patentes a partir de hoje, na Torre Medieval, e mostram o que de melhor e mais criativo se faz no nosso concelho.
“Pombas e Pombais da Minha terra”
Nesta exposição, que abarca as diversas artes e ofícios do concelho, tradicionais e contemporâneas, pretende dar-se a conhecer umas das primeiras peças do Figurado de Barcelos, uma peça maravilhosa que, para além da função decorativa, é também utilitária, servindo de castiçal. Pretende-se ainda dignificar estes pequenos edifícios emblemáticos da ruralidade do Norte de Portugal que, apesar de terem sido esquecidos, constituem um património cultural de extrema importância para a preservação da biodiversidade e conservação da vida selvagem. Estão em exposição cerca de cinquenta pombais de vinte e cinco artesãos do nosso concelho.
“Brinquedos de Barro”
A exposição” Brinquedos de Barro” tem por objetivo valorizar os brinquedos que faziam o deleite de qualquer criança; recordar memórias da infância; mas, acima de tudo, relembrar aos pais que é importante a existência de tempo livre para que as crianças possam explorar o seu meio envolvente, sem quaisquer influências, para que a criatividade e a imaginação possam sobressair de forma intuitiva e espontânea.
Pretende-se, igualmente, que o artesão também brinque um pouco, deixando a sua capacidade artística fluir, para que novos brinquedos de barro possam surgir.
Pode visitar as exposições na Torre Medieval, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.
Na Sala da Capela até janeiro de 2025
É inaugurada, no próximo sábado, às 17h00, na Sala da Capela do Museu de Olaria, a exposição “Amores Imperfeitos”, da artista Madalena Macedo, que estará patente ao público até 19 de janeiro de 2025.
“Amores Imperfeitos” é uma mostra de obras em cerâmica que exalta o prazer de modelar barro. As falhas, os erros, as gretas embebem as peças de beleza e magia. As imperfeições emprestam voz e alma às esculturas. Elas falam por si próprias e entre elas. Têm corpos espessos, marcados pelas ferramentas e pelos dedos. Alguns nasceram dos pedaços de barro que se acumulam no local de trabalho, outras renasceram dos cacos, mas todas são únicas. Contêm em si as vozes que me habitam no dia a dia. São a criança feliz a voar na roda de oleiro e que pousa, no velho muro, as pequenas figurinhas toscas e encantadas. São o adulto que ainda se espanta num mundo de decadência. Nesta coleção, sente-se o perfume da terra molhada e da uva esmagada enquanto se espera pelo fim da fornada. Ao barro misturei literatura, amassei sorrisos e memórias, contei histórias assim nasceu a felicidade. Em suma, “Amores Imperfeitos” é a memória de Barcelos guardada pela criança eterna em mim e pelo abraço quente da amizade.
Pode visitar a exposição de terça-feira a sexta-feira, das 10h00 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
Sobre a artista
Madalena Macedo, artista plástica, nasceu em Guimarães a 23 de janeiro de 1966. Frequentou a Cooperativa “Árvore”, no Porto e em Guimarães. É licenciada em Línguas e Literaturas Europeias - Universidade do Minho. Desde sempre viveu e trabalhou no meio artístico sobretudo ligado à cerâmica e à pintura. Evoluiu, utilizando diversas técnicas, suportes e matérias. Realizou pinturas em painéis de decoração pública e trabalhou em ilustração de livros, retrato, pintura de azulejos, escultura, pintura a óleo e acrílico, entre outros. Parte do percurso foi feito em França com a revista literária e pictural “Les Amis de Thalie” como ilustradora. Na última década, foi curadora de variados eventos coletivos de arte. Tem participado em vários eventos artísticos e em exposições coletivas e individuais em Portugal, Espanha, França e Itália.
Rosa Ramalho (14 de Agosto de 1888 - 24 de Setembro de 1977), nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista, faleceu há 47 anos.
“O seu trabalho é caracterizado por peças figurativas que evocam o surrealismo e transitam entre o real e o fantástico. As suas peças exprimem uma imaginação prodigiosa e uma visão singular do através de personagens como as alminhas, o cristo, os cabeçudos, o galo, o galo mulher, o homem-sereia, o carrocho, a cabra, a pinha, a banda, a ceia, o cavaleiro, entre outras.
Rosa Ramalho nasceu no lugar da Cova, na freguesia de São Martinho de Galegos, concelho de Barcelos. O apelido adotado por ela, e sob o qual veio a ser conhecida, vem de uma expressão que sua avó dizia a seu pai: “não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!”. Filha de um sapateiro, Luís Lopes e de uma tecedeira, Emília Barbosa, ela nunca frequentou a escola. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade quando se casou aos 18 anos e teve oito filhos (três morreram à nascença). Durante esse período, para fazer algum dinheiro, Rosa ia para casa de uma vizinha que modelava figuras, depois das suas atividades domésticas e domiciliárias. Inicialmente, para tecer tiras de cestas, mas depois para, por olho e por hábito, aprender a fazer essas tais figuras com barro por cozer (ou chacota) e com tintas não-cerâmicas, a partir da terra que tinha à disposição. Mas foi só após a morte do marido, em 1956, que, já com 68 anos de idade, iniciou o trabalho pelo qual veio a ser conhecida, com figuras de contornos dramáticos e fantasiosos, provenientes de uma imaginação fértil e repleta de mitologias locais.
A trajetória artística de Rosa começa com as tradicionais feiras populares, e foi assim que ela vendeu seus primeiros bonecos em Barcelos. Quando o pintor Antonio Quadros conheceu seu trabalho, passou a divulgar as suas exposições nas feiras. Quando o trabalho de Rosa ficou conhecido pelos membros da Escola Superior de Belas Artes do Porto, a modelagem de figuras em barro passou a ser valorizada pela "elite" artística e ganhou um estatuto superior no país.
Uma das suas peças, encontrada no acervo da Fundação Marques da Silva (FMS), da Universidade do Porto, integrou a exposição "Mais que Arquitectura", no Palacete Lopes Martins, em 2020.
Boa parte da obra de Rosa Ramalho pode ser encontrada no Museu de Olaria, em Barcelos, numa sala inteiramente dedicada ao figurado. São cerca de 250 peças que representam as várias fases do seu trabalho. Algumas da primeira fase, quando ela também pintava as peças, e outras da fase em que começou a contactar com os alunos de Belas-Artes da Universidade do Porto, e ainda figuras inacabadas.
O seu trabalho é continuado atualmente pela neta Júlia Ramalho que a acompanhava no trabalho do telheiro.
Em 1968 recebeu a medalha "As Artes ao Serviço da Nação". Nesse ano foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.
Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.”
Fonte: Wikipédia
Rosa Ramalho pôs as mãos no barro desde criança, mas só ficou célebre na arte da olaria tradicional portuguesa depois de ficar viúva.
De origens humildes, filha de um sapateiro e de uma tecedeira, Rosa Barbosa Lopes nasceu em 1888 na freguesia de S. Martinho de Galegos, em Barcelos. A partir de uma expressão de uma frase recorrente da avó ao seu pai – “Não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!” – juntou ao seu nome o apelido Ramalho pelo qual ficou conhecida.
Nunca frequentou a escola e com apenas sete anos, a troco de algum dinheiro, começou por fazer tiras de cestas em casa de uma vizinha que modelava uns bonecos toscos em barro, imitando as cestas em vime que vira umas mulheres ciganas fazer.
Casou aos 18 anos, juntando-se ao seu marido no ofício de moleiro para sustento da família. Teve 8 filhos (três morreram à nascença) e durante os quase 50 anos de casamento, o barro tornou-se apenas num passatempo familiar com as crianças.
Só em 1956, tinha então 68 anos, é que se dedicou novamente à arte de moldar o barro, dando asas à sua imaginação fértil. Inspirada pela vida rural minhota que a envolvia e pelo imaginário fantasmagórico de infância produziu peças retratando cenas como a matança do porco e as procissões, passando por bruxas, lobisomens, bichos e monstros de um universo surreal que a distinguiria entre os barristas da região.
Percorreu feiras locais e regionais do norte de Portugal e foi na feira das Fontainhas no Porto que o pintor António Quadros reparou no seu trabalho, divulgando-o e contribuindo assim para o seu reconhecimento, tendo também sugerido que assinasse as suas peças retirando a sua obra do anonimato.
Umas das mais importantes ceramistas portuguesas, elevou a arte do figurado de barro de Barcelos, tendo trabalhado até ao fim dos seus 89 anos de vida.
Fonte: EGEAC
Rosa Ramalho pôs as mãos no barro desde criança, mas só ficou célebre na arte da olaria tradicional portuguesa depois de ficar viúva.
De origens humildes, filha de um sapateiro e de uma tecedeira, Rosa Barbosa Lopes nasceu em 1888 na freguesia de S. Martinho de Galegos, em Barcelos. A partir de uma expressão de uma frase recorrente da avó ao seu pai – “Não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!” – juntou ao seu nome o apelido Ramalho pelo qual ficou conhecida.
Nunca frequentou a escola e com apenas sete anos, a troco de algum dinheiro, começou por fazer tiras de cestas em casa de uma vizinha que modelava uns bonecos toscos em barro, imitando as cestas em vime que vira umas mulheres ciganas fazer.
Casou aos 18 anos, juntando-se ao seu marido no ofício de moleiro para sustento da família. Teve 8 filhos (três morreram à nascença) e durante os quase 50 anos de casamento, o barro tornou-se apenas num passatempo familiar com as crianças.
Só em 1956, tinha então 68 anos, é que se dedicou novamente à arte de moldar o barro, dando asas à sua imaginação fértil. Inspirada pela vida rural minhota que a envolvia e pelo imaginário fantasmagórico de infância produziu peças retratando cenas como a matança do porco e as procissões, passando por bruxas, lobisomens, bichos e monstros de um universo surreal que a distinguiria entre os barristas da região.
Percorreu feiras locais e regionais do norte de Portugal e foi na feira das Fontainhas no Porto que o pintor António Quadros reparou no seu trabalho, divulgando-o e contribuindo assim para o seu reconhecimento, tendo também sugerido que assinasse as suas peças retirando a sua obra do anonimato.
Umas das mais importantes ceramistas portuguesas, elevou a arte do figurado de barro de Barcelos, tendo trabalhado até ao fim dos seus 89 anos de vida.
Fonte: EGEAC
Rosa Ramalho aos 86 anos (1973). Fotografia de Carlos Coutinho.
Escultora, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa, começou a aprender o seu ofício aos sete anos, quando experimentou modelar peças de barro em casa de uma vizinha, no concelho de Barcelos. A partir dos 18 anos, idade com que se casou, deixou o trabalho como barrista, ao qual só regressou após enviuvar, quando tinha já perto de 68 anos. Foi então que a arte de modelar a imaginação se tornou a sua paixão, começando a frequentar feiras e romarias. A sua obra despertou, nessa altura, a curiosidade de jovens estudantes, alunos da Escola Superior de Belas Artes do Porto, e as suas obras, evocativas do Surrealismo, tornaram-se um fenómeno do artesanato português. Foi, assim, a primeira barrista a ter um reconhecimento singular e chegou a receber, em 1981, o grau de Dama da Ordem Militar de Sant’iago da Espada.
Em 2021, um conjunto de peças suas estiveram em mostra na Galeria Avenida da Índia (Galerias Municipais de Lisboa), no âmbito da exposição coletiva “Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos”.
Rosa Ramalho nasceu em 14 de agosto, no ano de 1888.
Rosa Ramalho fotografada por Eduardo Gageiro em 1968
Fonte: Lisboa Cultura
Festa do Emigrante | Programa da RTP | 29 de Julho | 10h00
Este ano, a Mostra de Artesanato tem um atrativo especial. A RTP estará em Barcelos, no recinto das Mostra, 29 de Julho, das 10h00 às 17h30, com o programa especial – Festa do Emigrante.
Pode assistir ao vivo ou acompanhar em direto.
Um certame irresistível – Mostra Internacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos
Por estes dias, Barcelos, Cidade Criativa da UNESCO, vai acolher dentro de si uma outra pequena grande cidade. A cidade do artesanato, das artes e ofícios populares, do trabalho ao vivo e do mercadejo, das tradições e do folclore, da música, das tasquinhas e outras gastronomias, do convívio e da animação de rua, dos encontros e reencontros.
Está aí à porta a 41.ª Mostra Internacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, entre 26 de julho e 4 de agosto, no Parque da Cidade, o sítio do costume, o sítio de sempre. Afirmando-se como, senão o maior, mas dos mais importantes certames na área do artesanato, a Mostra apresenta, mais uma vez, um programa de qualidade, cujo principal objetivo é a promoção do artesanato e dos artesãos.
A Mostra continua a ser o evento do ano na área do artesanato, afirmando Barcelos como Cidade Criativa da UNESCO, trazendo à cidade muitos milhares de pessoas, mantendo um cruzamento harmonioso com a gastronomia e os vinhos, a música popular e o folclore nacional e internacional.
Este ano a mostra conta também com a presença de uma representação da cidade espanhola de Manises, que participa pela segunda vez neste certame, depois do acordo de geminação entre os dois Municípios. As duas cidades integram a Rede das Cidades Criativas da UNESCO, e têm como elemento comum a forte tradição da cerâmica e do artesanato. Na edição deste ano, participam 122 artesãos, 96 dos quais de Barcelos.
Este evento, um dos mais antigos do país, conta com a presença dos mais importantes artesãos de cada setor do artesanato (figurado, olaria, cestaria e vime, ferro e derivados, madeira e bordados) e retrata toda a riqueza da arte e do trabalho tradicional.
Perde-se nos tempos a origem da malga como peça de cerâmica utilizada na cozinha doméstica para o consumo de alimentos líquidos. Não obstante, o seu uso continua a ser muito apreciado no Minho, nomeadamente pelos melhores apreciadores de vinho verde tinto.
Não vai distante o tempo em que a refeição do aldeão se resumia a uma tijela de caldo com um naco de carne previamente cozida, acompanhada de um pedaço de broa. Esta louça era geralmente comprada nas feiras, aliás à semelhança de outros utensílios domésticos.
Primitivamente confecionada em barro, só muito mais tarde cerâmica vidrada tornou-se acessível ao povo. A porcelana estava reservada para as famílias mais abastadas, muito embora a nossa região seja rica em caulinos como sucede em Barcelos e Viana do Castelo e Portugal um dos mais conceituados do mundo na louça de porcelana.
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o vocábulo malga deriva do grego magida que significa prato ou escudela, daí derivando o termo em latim “magida” (magidae) que significa tigela de servir à mesa.
A imagem que acima se reproduz data de 1900 a 1919 e mostra mulheres minhotas em traje tradicional, com bilha e malga de barro. A malga é, pois, uma das peças de louça tradicionais do Minho que continua a ser bastante apreciada!
Foto: Centro Português de Fotografia
De 26 de julho a 4 de agosto, no Parque da Cidade
Por estes dias, Barcelos, Cidade Criativa da UNESCO, vai acolher dentro de si uma outra pequena grande cidade. A cidade do artesanato, das artes e ofícios populares, do trabalho ao vivo e do mercadejo, das tradições e do folclore, da música, das tasquinhas e outras gastronomias, do convívio e da animação de rua, dos encontros e reencontros.
Está aí à porta a 41.ª Mostra Internacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, entre 26 de julho e 4 de agosto, no Parque da Cidade, o sítio do costume, o sítio de sempre. Afirmando-se como, senão o maior, mas dos mais importantes certames na área do artesanato, a Mostra apresenta, mais uma vez, um programa de qualidade, cujo principal objetivo é a promoção do artesanato e dos artesãos.
A Mostra continua a ser o evento do ano na área do artesanato, afirmando Barcelos como Cidade Criativa da UNESCO, trazendo à cidade muitos milhares de pessoas, mantendo um cruzamento harmonioso com a gastronomia e os vinhos, a música popular e o folclore nacional e internacional.
Este ano a mostra conta também com a presença de uma representação da cidade espanhola de Manises, que participa pela primeira vez neste certame, depois do acordo de geminação entre os dois Municípios. As duas cidades integram a Rede das Cidades Criativas da UNESCO, e têm como elemento comum a forte tradição da cerâmica e do artesanato. Na edição deste ano, participam 122 artesãos, 96 dos quais de Barcelos.
Este evento, um dos mais antigos do país, conta com a presença dos mais importantes artesãos de cada setor do artesanato (figurado, olaria, cestaria e vime, ferro e derivados, madeira e bordados) e retrata toda a riqueza da arte e do trabalho tradicional.
Workshops criativos e trabalho ao vivo
O Município de Barcelos volta a apostar nos workshops diários, onde se pode aprender os primeiros passos das diversas áreas das artes e ofícios: tecelagem, olaria, figurado, bordados, cestaria, entre outras.
A Mostra Internacional de Artesanato e Cerâmica é também uma ótima oportunidade para ficar a conhecer melhor o maravilhoso mundo criativo dos artesãos de Barcelos, já que na sua esmagadora maioria vão estar a trabalhar ao vivo durante o decorrer do certame.
A mostra deste ano voltará a homenagear os artesãos do concelho, com a realização da “Gala do Artesanato”, no último dia do evento.
Muita música e Animação
No plano musical, são muitos os destaques do cartaz. A cantora Marisa Liz atua no dia 2 de agosto, e no dia seguinte, é a vez de subir a palco o projeto Amália Hoje, interpretado pela voz de Sónia Tavares. O folclore é presença diária, com arruadas pelo recinto, e a subida ao palco dos grupos participantes do Festival Folclore Rio nos dias 26, 28 e 29 de julho. A música portuguesa está em evidência com os espetáculos da Big Band BMO e Convidados, a 30 de julho, e a atuação da banda Siga a Farra, no dia 1. Também a dança estará presente com o espetáculo “Liberdade” apresentado pela ARCA, no dia 31 de julho.
Festa do Emigrante | Programa da RTP
Agosto é o mês de regresso a casa de muitos emigrantes barcelenses espalhados pelo mundo. Para celebrar os encontros e reencontros das famílias, a RTP estará em Barcelos, no recinto da Mostra, no dia 29 de julho, entre as 10h00 e as 17h30, com um programa muito especial – a Festa do Emigrante. Pode assistir ao vivo ou acompanhar em direto.
Estes e muitos outros são os motivos que farão desta edição um verdadeiro sucesso. A abertura está marcada para o dia 26 de julho, às 18h00.
A Mostra Internacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos estará aberta à segunda, das 10h00 às 24h00, de terça a sexta-feira, das 18h00 às 24h00, e ao fim de semana, das 16h00 às 24h00.
O Museu de Olaria de Barcelos foi distinguido pela Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica pelo seu desempenho no setor da preservação e divulgação no setor da cerâmica em Portugal. Em sessão realizada no Teatro da Vista Alegre, em Ílhavo, também foram distinguidos o Departamento de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro, a Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre e o Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica - CENCAL.
Na sessão em que estiveram presentes representantes de várias cidades e vilas cerâmicas portuguesas, bem como representantes de membros honorários da Associação e alguns membros do Conselho Consultivo, foi dada posse aos corpos dirigentes para mais um mandato de dois anos, sendo que Barcelos integra de novo a direção.
A AptCVC - Associação Portuguesa das Cidades e Vilas de Cerâmica tem 29 cidades e vilas portuguesas associadas. Pertence ao Agrupamento Europeu de Cidades Cerâmicas, composto por 7 países, e à Academia Internacional de Cerâmica, sediada em Genéve, que este ano realiza o seu Congresso Mundial, em Portugal, sob a organização da AptCVC, nas cidades de Alcobaça e Caldas da Rainha, no 3.º semestre de setembro.
Exposição «Fé de Barro» | Até 6 de Abril, no MUSEU PIO XII.
Exposição relativa à coleção de todos os padroeiros venerados nos altares das 54 paróquias do Arciprestado de Famalicão, esta mostra resulta de uma parceria entre o Arciprestado de Famalicão e a Fundação Castro Alves e foi apresentada, primeiramente, no Museu de Arte Sacra da Capela da Lapa, em Famalicão, entre 31 de Outubro de 2022 a 30 de Junho de 2023.
Abre ao público, amanhã (12 de janeiro), pelas 17h00, na Torre Medieval de Barcelos, a exposição “Traços de contemporaneidade na Cerâmica de Barcelos"- composta por louças d’ A Tulipa - Cerâmica Decorativa.
Esta mostra pretende dar a conhecer a vertente mais moderna da cerâmica de Barcelos, uma produção com excecionais coleções de louça utilitária e decorativa, onde a qualidade e a inovação são os elementos fundamentais para alcançar o sucesso.
Sendo a olaria uma produção artesanal identitária do território barcelense, e com o intuito de promover, valorizar e preservar esta louça tão característica do concelho, o Município de Barcelos tem vindo, desde 2018, a realizar exposições dedicadas à louça regional de Barcelos.
Este ano pretende-se dar a conhecer um outro registo de louça utilitária, também um produto local, mas com uma conotação contemporânea, tendo-se optado pela cerâmica “A Tulipa”, uma unidade com pergaminhos na identidade cerâmica local.
A exposição ““Traços de contemporaneidade na Cerâmica de Barcelos” está patente até 10 de março, na Torre Medieval de Barcelos, e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30. A entrada é livre.
Cerâmica “A Tulipa”
Sediada na freguesia de Manhente, a Tulipa foi fundada por Manuel Oliveira, em 1976. À semelhança da maioria das empresas cerâmicas do concelho, o tipo de produção variava consoante as necessidades do mercado. Iniciou-se com a produção de figuras/ bibelôs, no entanto eram peças muito trabalhosas, pelo que posteriormente começaram a fazer peças decorativas mais simples em faiança e terracota.
Hoje, “A Tulipa” está sobretudo sob a gerência de António Oliveira, um dos seis filhos de Manuel Oliveira que, com uma vasta experiência no setor, pretende adaptar os produtos e conhecimentos às necessidades dos seus clientes e tendências do mercado, garantindo sempre a máxima qualidade e rigor. Praticamente toda a produção é exportada para a Europa, fundamentalmente para a Alemanha, um mercado deveras muito exigente.
Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos abre portas a 28 de julho
Imagine que, num só lugar, pode encontrar mais de uma centena de artesãos, 130 expositores, um vasto programa de animação com folclore internacional, animação de rua, música e gastronomia! Ora, isso e muito mais vai estar à sua disposição no Parque da Cidade, na Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, entre os dias 28 de julho e 6 de agosto.
O evento, que vai para a sua quadragésima edição, volta a reunir em Barcelos - Cidade Criativa da UNESCO - o que de melhor se faz no concelho e no país no artesanato e na arte popular.
São mais de cem artesãos e de 130 stands que, à sombra do arvoredo do emblemático Parque da Cidade, permitem o contacto direto com artesãos a trabalhar ao vivo, juntamente com um diversificado programa de animação, com particular destaque para o folclore internacional e para os concertos musicais que este ano contam com a presença da Banda Atlantis, Augusto Canário, Sérgio Mirra, Bárbara Tinoco e Áurea.
A gastronomia é outro ponto forte desta iniciativa, com uma Praça de Alimentação onde diversas associações concelhias servem pratos típicos e petiscos da região, possibilitando jantares de convívio a famílias e a grupos de amigos.
Workshops criativos e trabalho ao vivo
Com a meteorologia a prever tempo quente, os 10 dias da Mostra serão uma ótima oportunidade para ficar a conhecer melhor o maravilhoso mundo criativo dos artesãos de Barcelos, já que na sua esmagadora maioria vão estar a trabalhar ao vivo durante o decorrer do certame. Simultaneamente, e também todos os dias, haverá workshops criativos das diversas áreas da atividade artesanal, com particular destaque para os trabalhos em barro.
A mostra deste ano voltará a homenagear os artesãos do concelho, com a realização da “Gala do Artesanato”, no último dia do certame.
Por ocasião da celebração dos seus 60 anos de existência, foi inaugurada hoje no Museu de Olaria a grande exposição “Olarias de Portugal", uma mostra que permite percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses, ilustrados por cerca de 650 peças.
A sessão que marcou a abertura desta mostra foi presidida pelo presidente da Câmara de Barcelos, acompanhado da vereadora da Cultura.
Após um enquadramento histórico, feito pela diretora, Cláudia Milhazes, da vida do Museu e do seu papel na preservação, estudo, divulgação e promoção das olarias e figurado, o presidente da Câmara, Mário Constantino, sublinhou a importância desta nova exposição permanente, quiçá a mais rica e representativa das olarias portuguesas. "É mais um excelente produto cultural que muito orgulha Barcelos e faz o nosso Museu ganhar ainda mais dimensão nacional e internacional", referiu o autarca.
A exposição "Olarias de Portugal" está organizada por três pisos diferenciados, nos quais estão expostas peças de cerâmica e olaria dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa, Leiria, e ainda dos núcleos do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores, bem como naturalmente peças da olaria e do figurado de Barcelos, desde os finais do século XIX, até aos dias de hoje.
A arte de produzir louça com barro além de ancestral é, indiscutivelmente, fruto da necessidade humana. O uso de recipientes para conservar, cozinhar, servir, ornamentar, para a promoção de rituais ou satisfação de crenças, calcorreia séculos.
A exposição "Olarias de Portugal" convida-o a percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses. Desde o processo de extração do barro, à preparação da pasta para ser trabalhada pelo oleiro, passando pelas características únicas de cada centro produtor. O caminho começa no primeiro piso com as louças de Barcelos, seguindo até aos distritos de Vila Real e Bragança. Depois de se subir as escadas, no piso superior, encontram-se louças dos distritos da Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa e Leiria, e ainda da envolvente do Alentejo, Algarve, e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
No terceiro piso, o destaque releva a antiguidade e criatividade do Figurado de Barcelos e as mudanças que o mesmo foi sofrendo ao longo dos anos. Mas a visita não termina aqui, no retorno, descendo as escadas, encontra-se a louça decorativa produzida no território barcelense, desde os finais do século XIX.
O percurso museológico pelas Olarias de Portugal termina com a possibilidade de se poderem apreciar algumas das obras contemporâneas da coleção do Museu.
O Museu de Olaria
Decorria o ano 1963, quando foi inaugurado o Museu de Cerâmica Regional, em Barcelos. Onze anos antes, o etnógrafo Joaquim Sellés Paes de Villas-Bôas doara a sua coleção de louça utilitária e figurado ao Município, promovendo a criação de um museu. Uma sala subterrânea, por baixo do Paço dos Condes, foi o local escolhido para acolher a coleção.
Muito se discutiu e se fez em torno deste museu e do que ele significava, enquanto polo dinamizador da investigação cerâmica em Portugal. Sim, a vontade de quem o dirigia ultrapassava o limite concelhio, entendia Eugénio Lapa Carneiro que tinha de ser um museu útil e vivo e foi assim que se manifestou aquando de uma doação de uma pequena biblioteca: “[…] o museu de Barcelos deve ser apetrechado de modo a servir os estudiosos da cerâmica popular, portugueses e estrangeiros, deve preparar-se para desempenhar cabalmente o seu papel de centro promotor de estudos sobre cerâmica popular.” (Carneiro. 1969). Não chegava uma coleção, importava ter um centro de investigação. Com Eugénio Lapa Carneiro, a coleção do museu foi aumentando, desafiou antropólogos e etnógrafos para estudarem cerâmicas de países lusófonos: João Lopes Filho fez um importante levantamento em Cabo Verde; Adélio Marinho Macedo Correia para além do Alentejo, percorreu Angola onde desenvolveu um trabalho imensurável. Com a inclusão de Isabel Maria Fernandes na equipa, a investigação do mundo do barro ganhou nova dimensão. O museu desempenhava agora um papel fulcral na perspetiva do estudo, mas também na divulgação e promoção do seu acervo.
A incorporação de peças nacionais e de países de língua oficial portuguesa como Angola, Cabo Verde, Brasil, Timor, Moçambique e Guiné são reflexo da sua vivência, intimamente ligada à história nacional.
Em 1995, foi inaugurado o Museu de Olaria; nova designação, mudança de instalações com a adaptação a museu da Casa dos Mendanhas de Benevides, onde hoje se encontra.
O acervo, com mais de 10 000 peças, é apresentado de forma sucinta nesta exposição, contudo conscientes de que a riqueza da olaria portuguesa não se limita neste espaço. É, por isso, que Cláudia Milhazes, diretora do museu, refere que: “o papel do museu na comunidade extravasa as instalações, a olaria requer ainda muita investigação e tem sido uma preocupação constante transmitir conhecimento, desde o público escolar ao público em geral, bem como a promoção de novos artistas no mundo da cerâmica”.
O Museu de Olaria quer ser útil para manter a olaria viva!
Vai ser inaugurada, no Museu de Olaria, em Barcelos, no próximo sábado, pelas 17 horas, a exposição "Olaria de Portugal", uma mostra que permite percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses.
Esta exposição apresenta louças dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa, Leiria, e ainda dos núcleos do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores.
Em destaque, estão também a olaria e o figurado de Barcelos, com peças desde os finais do século XIX.