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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PONTE DE LIMA: CARICATURISTA SEBASTIÃO SANHUDO NASCEU HÁ 173 ANOS!

173º aniversário do caricaturista Sebastião Sanhudo

Nascido na paróquia de Santa Maria dos Anjos, vila de Ponte de Lima, no dia 20 de fevereiro de 1851, é filho de Inácio José de Sousa Sanhudo e de sua mulher Maria José de Lima Sampaio. Destacou-se como caricaturista em vários periódicos sendo que foi diretor e ilustrador no jornal humorístico “O Sorvete”.

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo

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QUEM FOI O VALENCIANO ALFREDO MÂNCIO – O JORNALISTA E CARICATURISTA QUE VIVEU A MAIOR PARTE DA SUA VIDA EM PONTE DE LIMA E FOI PROPRIETÁRIO DE VÁRIOS PERIÓDICOS HUMORÍSTICOS?

Alfredo Mâncio faleceu há 118 anos

Alfredo Mâncio, poeta, jornalista e caricaturista, nasceu em Valença em agosto de 1868 e faleceu na noite de 24 de dezembro de 1905, em Ponte de Lima onde viveu a maior parte da vida.

Foi proprietário e ilustrador de vários periódicos humorísticos – “O Phantasma” (1892-1901), no qual obteve a colaboração de Sebastião Sanhudo, “O Monóculo” (1896), “O Bohemio” (1896) e o “Piparotes”(1889). A partir de 1904, publicou em “O Commercio”, dirigido pelo próprio e editado por Duarte B. da Costa.

Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima

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MUNICÍPIO DE FAFE PROMOVE EXPOSIÇÃO “QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ” COMPOSTA POR CARICATURAS DE CHICO BUARQUE

Exposição será inaugurada esta sexta-feira no Salão Nobre do Teatro Cinema, dia em que haverá também um espetáculo musical que complementa a mostra.

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Esta sexta-feira, 14 de outubro, às 17h00, inaugura no Salão Nobre do Teatro Cinema a exposição "Quem te viu e quem te vê", composta por um conjunto de caricaturas alusivas ao cantor e compositor Chico Buarque, uma homenagem ao ícone da Música Popular Brasileira . A mostra, de entrada livre, exibe caricaturas selecionadas num concurso realizado no Brasil e conta com o aval do artista. Os desenhos foram avaliados por um corpo de jurados qualificados, formado pelo desenhista profissional Cássio Loredano, pelo jornalista Bruno Liberati e pelo ilustrador e publicitário Eduardo Baptistão.

No dia de inauguração da exposição, será promovido no Teatro Cinema, e em jeito do complemento à exposição, um espetáculo musical em tributo a Chico Buarque. Trata-se de um concerto com os cantores Marcus Lima e Thais Motta, acompanhados do pianista Cristóvão Barros, e que apresentará um repertório especial dedicado aos grandes clássicos do homenageado. Os bilhetes têm o custo de 5 euros e podem ser adquiridos na Loja Interativa de Turismo de Fafe ou na Ticketline.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1944, Chico Buarque compôs cerca de 400 canções e a sua discografia conta com pelo menos 45 discos próprios. Compositor, músico, cantor, escritor e dramaturgo, participou em vários festivais, conquistou diversos prémios, entre eles o Grammy. Na literatura, foi agraciado com o Prémio Camões, o maior reconhecimento conferido a um escritor da língua portuguesa.

ARQUIVO EPHEMERA TRAZ EXPOSIÇÃO “PROIBIDO POR INCONVENIENTE” A VIANA DO CASTELO

Proibido por Inconveniente, a exposição realizada em conjunto pelo Arquivo EPHEMERA e a Câmara Municipal de Lisboa, entre 7 e 27 de Abril do corrente ano, em Lisboa, no espaço da antiga sede do jornal Diário de Notícias, poderá ser vista em Viana do Castelo, de 5 a 30 de Outubro, no espaço dos Antigos Paços do Concelho, na Praça da República, diariamente, das 10 às 17 horas. A inauguração será no dia 5 de outubro, pelas 18 horas, com a presença de José Pacheco Pereira.

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Uma vez mais, o Arquivo EPHEMERA de José Pacheco Pereira, pela mão do seu núcleo de Viana do Castelo, com o apoio da Câmara Municipal, proporcionará o contacto com um conjunto de materiais raros que documentam um período e um assunto muito importante da nossa História, partindo dos materiais das censuras materiais do Arquivo EPHEMERA, e de outros cedidos por particulares vianenses, familiares de opositores ao Estado Novo.

E porque falamos de Censura, refere Pacheco Pereira no texto de abertura do catálogo, que um dos feitos da Censura em Portugal, foi o de ter deixado uma nostalgia perversa do Portugal da Ditadura, onde era feito crer que todos se entendiam, havia “consensos”, não havia corrupção e todos trabalhavam para o “bem comum”.

Nesse sentido, a Censura foi, talvez a mais eficaz arma do regime da ditadura, cujos efeitos ainda hoje estão submersos no nosso quotidiano. O que a Censura protegia era o Poder, todas as hierarquias que dele emanam, exigindo mais do que respeito, “respeitinho”. “Proibido por inconveniente”, nas palavras de Pacheco Pereira, tem uma intenção a que podemos chamar pedagógica, mostrando a Liberdade pela sua negação.

Nos dias 8 e 22 de outubro, às 11 horas, serão organizadas visitas guiadas por voluntários do EPHEMERA para o público em geral, mediante inscrição prévia, para grupos de 25 pessoas.

As Escolas poderão agendar visitas guiadas, para todos os ciclos, em datas a marcar, com a duração de cerca de uma hora, limitadas a uma turma por sessão.

Aquando da inauguração da exposição, os filhos do Dr. Ribeiro da Silva, ilustre advogado oposicionista vianense, farão entrega ao Arquivo Municipal, na pessoa do Senhor Presidente da Câmara, de parte do seu espólio documental, constituído por cartas, folhetos políticos, textos políticos, apontamentos de reuniões partidárias e de associações cooperativas, processos judiciais de opositores, assim como textos publicados pela sua mulher, assinados como Rosa Gomes de Castro, em diferentes periódicos.

A curadoria da exposição é da responsabilidade de Carlos Simões e de Júlia Leitão de Barros, com o apoio na montagem de Carlos Vieira.

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BARCELOS: BISPO D. ANTÓNIO BARROSO CARICATURADO POR RAFAEL BORDALO PINHEIRO

A 2 de agosto de 1899, toma posse como novo bispo do Porto, D. António Barroso (1854 - 1918), bispo missionário, natural de Barcelos, conhecido por ser uma figura conciliadora e pelo seu carácter destemido.

Rafael Bordalo Pinheiro caricatura-o alguns meses depois desta tomada de posse, salientando precisamente essa sua faceta conciliadora. Nesta ilustração, o prelado atravessa o rio Douro sobre pedras, equilibrando-se com uma vara que é de facto um "pau de dois bicos". Numa das margens encontra-se um membro da anticlerical "comissão liberal"; na outra um grupo de jesuítas acossados. Conciliador, o bispo procurou acalmar diplomaticamente os ânimos entre poderes e facções, após a ocorrência no Porto do muito falado "caso Calmon" e a publicação do polémico decreto regulamentador dos institutos religiosos, de 10 de Março de 1901, circunstâncias que fraturaram profundamente a sociedade portuguesa e acenderam reações anticongreganistas.

Ilustração publicada n'"A Paródia" de 10 de abril de 1901.

Leia os jornais bordalianos em https://museubordalopinheiro.pt/.../jornais-bordalianos/

Fonte: Museu Bordalo Pinheiro

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PONTE DE LIMA: LIMIANOS DERROTAM OS TURCOS

Publicou em 1908, o Almanaque Ilustrado de “O Comércio do Lima”, um artigo que descreve em traços gerais a tradição limiana do Auto da Turquia que tem lugar na Freguesia de S. João da Ribeira, o que a seguir transcrevemos:

“No terceiro domingo de agosto, no logar de Castro, freguezia de S. João da Ribeira, a pouco mais de um kuilómetro da vila, tem logar a festividade e romaria do Senhor da Cruz da Pedra.

(…) Ao fim da tarde é costume fazer-se a exibição dum combate simulado entre turcos e cristãos, cheio de peripecias entre o engraçado e ridiculo que fazem rir os romeiros a bandeiras despregadas.

Criticou essa exibição, tradicional nesta romaria, o malogrado Alfredo Mancio que a morte surpreendeu no vigor dos annos, de subito, brutamente, na tarde do Natal de 1905, cortando uma existência que éra de muito valor pela imparcialidade no seu falar, graça e verdade no seu escrever e consciência crítica no seu craião de caricaturista.”

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O artigo vem acompanhado de uma caricatura da autoria de Alfredo Mancio – discípulo do caricaturista limiano Sebastião Sanhudo. Alfredo Mâncio

Alfredo Augusto Mâncio de seu nome completo, foi poeta, jornalista e caricaturista. Publicou vários jornais humorísticos como O Phantasma, Piparotes, O Monóculo e O Bohémio, tendo sido também o responsável pela edição de O Commercio, uma publicação sem a vertente humorista dos anteriores. Nasceu em Valença em Agosto de 1868 e faleceu em Dezembro de 1905, onde viveu a maior parte da vida.

Em S. João da Ribeira, no concelho de Ponte de Lima, a peça toma a designação de “Auto da Turquia” e tem lugar de Crasto, por ocasião da Festa do Senhor da Cruz da Pedra que se realiza no segundo domingo de Agosto. Aqui defrontam-se dois exércitos, ostentando as bandeiras onde se inscrevem as respetivas insígnias – a cruz da Cristandade e a Lua Minguante com a Estrela que identifica os muçulmanos – e integrando doze personagens cada, incluindo o rei, o porta-bandeira, o capitão e um espião. Os cristãos saem sempre vitoriosos e o auto termina com a rendição inevitável dos turcos e a sua conversão ao Cristianismo.

Esta tradição filia-se no teatro pré-vicentino cujas origens remontam à Idade Média e versam a história lendária do imperador Carlos Magno e a temática das guerras entre cristãos e sarracenos, estes geralmente identificados como turcos em virtude da sua dominação se ter estendido a zona oriental do mar Mediterrâneo.

Com ligeiras alterações e diferentes designações, encontramos esta tradição na representação do “Auto de Floripes” que ocorre no mês de Agosto, em Mujães, no concelho de Viana do Castelo e ainda na localidade de Portela Suzã esta representação toma a designação de “Auto de Santo António”.

Com ligeiras alterações e diferentes designações, encontramos ainda a representação do “Auto da Floripes” em Palme, no concelho de Barcelos e “Baile dos Turcos”, em Penafiel. Em Argozelo, no concelho de Vimioso, é designado por “Auto da Floripes”ou ainda “Comédia dos doze pares de França”. Em Parada, no concelho de Bragança, chamam-lhe “Auto dos Sete Infantes de Lara”. Em Sobrado, no concelho de Valongo, designa-se por “Dança dos Bugios e Mourisqueiros” enquanto em Vale Formoso, na Covilhã, toma o nome “Descoberta da Moura”. Também é representada no concelho de A Canhiza, na Galiza, com o nome “Auto do Mouro e do Cristão”.

Em Pechão, no concelho de Olhão, o auto “Combate de Mouros e Portugueses” serviu de argumento a uma longa-metragem do realizador Miguel Mendes que, num misto de ficção e documentário, procura retratar o sofrimento da comunidade piscatória daquela vila algarvia.

Também em São Tomé e Príncipe, com a representação de “A Tragédia do Marquês de Mântua e do Príncipe D. Carlos Magno”, também designado por “São Lourenço”por ocorrer no dia dedicado a este santo. Este auto toma no dialeto são-tomense a designação de “Tchiloli” cuja representação tem lugar na Ilha do Príncipe.

Pelo menos, no que a Ponte de Lima diz respeito, os limianos saem sempre vitoriosos na contenda com os turcos, levando à conversão destes ao Cristianismo!

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Foto: José Costa Lima

VIANENSE JOÃO ALPUIM BOTELHO APRESENTA EM LISBOA O “MANGUITO” DE RAFAEL BORDALO PINHEIRO

João Alpuim Botelho e Isabel Galhano Rodrigues vão apresentar amanhã em Lisboa o número 3 dos Cadernos de Bordalo, com o tema “Do Manguito e outros Gestos na obra de Rafael Bordalo Pinheiro”.

A apresentação vai ser feita pelo António Costa Santos.

Juntando este tema, este apresentador (e, já agora, estes autores) neste museu, a coisa tem tudo para correr bem – e será muito melhor se puder ir também.

5ª feira, dia 30, às 18.30, no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa.

O vianense João Alpuim Botelho, antigo diretor do Museu do Traje em Viana do Castelo, é atualmente o diretor do Museu Bordalo Pinheiro.

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CARTOONISTA VENEZUELANO LEONARDO RODRÍGUEZ CARICATURA O VIANENSE JOÃO ALPUIM BOTELHO

Não digam a ninguém, mas fomos à gaveta do diretor do Museu, o Joao Alpuim Botelho, e encontrámos lá isto. Devem ser planos para uma nova estátua em frente à entrada do Museu.

Caricatura da autoria do cartoonista venezuelano Leonardo Rodríguez, onde vemos o diretor do Museu Bordalo Pinheiro metamorfoseado na estátua de Bordalo e do gato Pires, que se encontra à entrada do museu.

Leonardo Rodriguez é um galardoado cartoonista venezuelano residente em Barcelona, e que fez recentemente parte do júri do World Press Cartoon.

Leonardo Rodríguez perdeu recentemente a mãe, devido à Covid. Durante a doença, Leonardo teve que suportar os custos de hospitalização da mãe, que continuam a ser pagos. Para suportar os custos, o artista criou uma campanha de angariação de fundos, dando em troca uma caricatura.

Saiba aqui como participar na campanha e ficar com uma caricatura sua: https://tinyurl.com/wt8ktm8n

E conheça aqui o trabalho do Leonardo: https://www.leonardorodriguez.net/

E aqui: https://www.instagram.com/leonardo_rodriguez_artist/

Fonte: https://www.facebook.com/MuseuBordaloPinheiro

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EXPOSIÇÃO DO ARTISTA LIMIANO ALFREDO CÂNDIDO EM 1929

Exposição de Alfredo Cândido em 1 de Junho de 1929. Identificados na foto: 1-Joaquim Cardoso, 2-Adolfo Sardinha, 3-Raimundo Sardinha, 4-Maria Mata de Sousa, 5-Alfredo Cândido, 6-Rego Barros, 7-Maria do Carmo C. Dias Branco, 8-António Dias Branco, 9-Angélico de Sousa, 10-Gomes de Carvalho, 11-Carlos de Seixas. 12-António dos Santos Carvalheiro, 13-José Augusto Ruivo.

Na foto, Alfredo Cândido aparece assinalado com uma cruz, além da numeração.

Fonte: ANTT

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QUEM FOI O CARICATURISTA LIMANO ALFREDO CÂNDIDO?

Alfredo Cândido foi Presidente da Direcção da Casa de Entre-Douro-e-Minho

Alfredo Cândido nasceu em Arcozelo, nas «verdes margens do Lima», como ele gostava de dizer, a 27 de Janeiro de 1879.

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Em criança perdia-se nos labirintos da imaginação, nos jogos de olhar, no manejo do lápis e nos primeiros delírios tripudiante das linhas curvas. Deve ter feito caricaturas de alguns professores e por essa razão mudou várias vezes de escola até chegar à Industrial de Viana do Castelo. Foi lá que acabou o curso. Depois fez-se à vida.

Chegou a Lisboa nos finais do século XIX. «Por causa de uma caricatura, estando depois empregado,» lembra ele anos mais tarde, «fui inesperadamente posto na rua. Foi então que me fiz navegador e atravessei as florestas incultas do Brasil, aonde fiz os meus estudos d’apprès nature, pintando os retratos de várias surucucus que pousaram graciosamente.»

Depois, Alfredo Cândido iniciou, no Rio de Janeiro e em São Paulo, uma carreira resplandecente ligada aos grandes momentos do jornalismo e da charge brasileira da época. Colaborou em várias revistas ilustradas: «Portugal Moderno», «Cidade do Rio» de José do Patrocínio.

Alfredo Cândido deixava em cada obra a pequena história de um instante complexo, de um quadro tenso de alegria ou de tristeza, de uma consonância ou dissonância com a vida.

É verdade que procurava frequentemente os casos estapafúrdicos dos homens no tempo através das suas representações criativas e acessíveis aos outros homens. Por isso, os seus queixumes: «uma caricatura representou sempre uma ameaça e uma espera; duma vez foram suspensos três jornais e eu estive quase a ser também definitivamente suspenso.»

Apesar de tudo, o humorista limiano teve um papel de destaque na cultura brasileira. Conviveu com grandes vultos das artes e das letras no Café dos Artistas (O Papagaio).

Chegou a compor a letra de uma valsa “Despedida em Lágrimas” para J. Bulhões.

Em 1912, talvez um pouco antes, voltou a Portugal. Colaborou no «Brasil Portugal», no «Vira», «Novidades» e em outros jornais, revistas e anuários.

Fez caricaturas de ministros, juízes, cambistas, poetas, banqueiros, republicanos e monárquico, entre eles o Conselheiro Luciano Cordeiro; Juiz Conselheiro Francisco Mário da Veiga; Dr.Teófilo Braga; Pereira de Miranda; Dr. Afonso Costa; Moreira Júnior; Henrique Burnay; Dr. Jaime de Magalhães Lima; Fialho de Almeida; Dr. António José de Almeida; Dr. Manuel de Arriaga; Conselheiro Dr. Hintze Ribeiro; Dr. Bernardino Machado; Rei D. Carlos; Marquês de Soveral; José Maria Alpoim; Guerra Junqueiro; Conselheiro Dr. João Franco; Dias Ferreira; Mariano de Carvalho.

Ilustrou vários livros em prosa e em poesia, participou nas duas primeiras exposições dos Humoristas (1912, 1913) e em muitas outras que se realizam nas cidades de Lisboa e do Porto.

Nessa década, percorreu o país em viagens românticas na busca de temáticas para as suas telas. E em 1923 inaugurou uma exposição de aguarelas no Rio de Janeiro.

O sentimentalismo do seu pincel é reconhecido com a primeira medalha de aguarela da Sociedade Nacional de Belas-artes.

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Assinatura de Alfredo Cândido (Presidente da Direcção da Casa De Entre-Douro-e-Minho)

Pertenceu ao Grupo dos Amigos-Defensores do Museu Rafael Bordado Pinheiro, foi Secretário da assembleia-geral da Sociedade Nacional de Belas Artes, Presidente do Conselho Superior da Federação das Colectividades de Recreio e Vice-presidente da assembleia-geral da Casa do Minho. (3)

Morreu em Lisboa, a 27 de Julho de 1960.

Fonte: http://df46tic8anocdm.blogspot.com/

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Também o historiador limiano Luís Dantas a ele se referiu no seu blogue “Da minha sebenta” em http://limianismo.blogspot.com/

“Nunca se terá acomodado ao deixar correr a vida, como águas calmas em estiagem no rio Lima fronteiro à sua além da ponte(1) natal.

Os traços, as tintas, os pincéis e os lápis, foram o seu perfil, em constante volúpia de tom e de forma, muitas vezes confundindo o significado de risco. Nascido a 27 de Janeiro de 1879, completaram-se 50 anos da sua morte em 27 de Julho(2), mas as suas caricaturas, o seu humorismo, ainda servem para ilustrar obras actuais, comprovando o valor da sua intervenção artística e o rigor crítico ou evocativo das suas produções.”

  • Na Freguesia de Arcozelo, no concelho de Ponte de Lima
  • Faleceu em Lisboa, nesse dia, no ano de 1960
  • Foi também Presidente da Direcção da Casa de Entre-Douro-e-Minho

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Alfredo Cândido caricaturado por Francisco Valença

A INAUGURAÇÃO DA PONTE INTERNACIONAL SOBRE O RIO MINHO – VISTA PELO CARICATURISTA LIMIANO SEBASTIÃO SANHUDO

“Família hespanhola, composta de sogra, filha e genro, que nos visitou por occasião da inauguração da ponte internacional.

Estes não passaram a ponte a pé, vieram no comboio”

- “O Sorvete – Jornal de Caricaturas”. 9º Ano. Nº. 411, de 28 de Março de 1886. Porto / Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima

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LIMIANO SEBASTIÃO SANHUDO CARICATUROU LEAL DA CÂMARA

A colaboração do limiano Sebastião Sanhudo na revista “A Corja!” – semanário de caricaturas – dirigida pelo caricaturista e aguarelista Leal da Câmara, iniciou-se no segundo número daquela publicação, precisamente com uma caricatura do próprio director que “protestou” pelo exagero dos traços fisionómicos.

De referir que Leal da Câmara nasceu em Pangim, capital do Estado de Goa, não tendo os detalhes escapado ao traço irónico de Sebastião Sanhudo.

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LIMIANO SEBASTIÃO SANHUDO E LEAL DA CÂMARA CARICATURARAM “A CORJA!” NOS FINAIS DO SÉCULO XIX

“A Corja! Semanário de caricaturas” foi uma publicação concebida pelo caricaturista Leal da Câmara destinada a criticar as personalidades políticas de maior relêvo à época, com particular incidência no próprio rei D. Carlos.

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Sebastião Sanhudo

Leal da Câmara cuja residência na Rinchoa, concelho de Sintra, é actualmente uma casa-museu bastante visitada por alunos e estudiosos locais, reuniu à sua volta artistas de renome à época de entre os quais destacamos o limiano Sebastião Sanhudo.

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Sebastião Sanhudo caricaturado no semanário A Corja!

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Cabeçalho do semanário A Corja!

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Casa Museu de Leal da Câmara, na Rinchoa (Freguesia de Rio de Mouro), concelho de Sintra

VIANENSE JOÃO ALPUIM BOTELHO – DIRECTOR DO MUSEU BORDALO PINHEIRO – É O ORADOR DA PRÓXIMA SESSÃO DO CICLO “O HUMOR EM BORDALO”

Joao Alpuim Botelho, aqui sob o olhar atento de Bordalo Pinheiro, é o orador da próxima sessão do ciclo O Humor em Bordalo | Ciclo de palestras nos 175 anos do nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro.

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O diretor do Museu Bordalo Pinheiro estará aqui em direto no domingo, 28 de março, pelas 18h, para nos apresentar "Ter Razão e ter Graça, para uma gramática do humor em Rafael Bordalo Pinheiro".

Nesta apresentação, João Alpuim Botelho propõe uma viagem sobre o humor de Bordalo Pinheiro, desmontando algumas das suas técnicas e explicando como pode ser uma ferramenta de leitura da vida política e social do final do século XIX.

Mais informações em https://museubordalopinheiro.pt/ativi.../o-humor-em-bordalo/

[Imagem: João Alpuim Botelho no Museu Bordalo Pinheiro. Fotografia de Ana Carvalho/Blog "No Mundo dos Museus".]

BERNARDINO MACHADO CARICATURADO SOBRE UM BOIÃO DE MANTEIGA DE PAREDES DE COURA

Bernardino Machado: “Um machado para a monarquia e um achado para a república”

A imagem reproduz uma caricatura da autoria de Francisco Valença, com texto de Albino Forjaz de Sampaio, datada de Junho de 1910, inserta na publicação “Varões Assinalados”, satirizando Bernardino Machado com a sua vestimenta característica, surge de pé sobre um boião onde se lê a incrição “Manteiga de Paredes de Coura” (numa alusão à sua actividade industrial). Em fundo, um barrete frígio resplandecente.

Fonte: Fundação Mário Soares

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MULHER DO MINHO NÃO FAZIA MANGUITO

O manguito é um gesto grosseiro destinado a ofender alguém. Muito popularizado noutros tempos, nomeadamente através das caricaturas e da cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro, ele foi caindo em desuso e actualmente é praticamente desconhecido.

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Nas tabernas dos minhotos, em Lisboa, era usual ver-se exposto ao lado de Santo António, um boneco em cerâmica do “Zé Povinho” – daqueles feitos nas Caldas da Rainha! – com os dizeres “Queres fiado, toma!”.

A imagem não é inteiramente explítica mas sugere um "manguito". Porém, não existe memória da mulher minhota, apesar de humilde e pouco instruída, ser grosseira ao ponto de fazer “manguitos” seja a quem for… mas a política inventa sempre destas coisas!

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