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Passou um mês que o Clube de Gastronomia de Ponte de Lima homenageou o navegador João Álvares Fagundes.
Na estátua do descobridor da " Terra Nova dos bacalhaus", feito reconhecido pelo rei D. Manuel I, a presença do mundo lusíada e do "fiel amigo", associou-se: recordemos, a Academia do Bacalhau de Bruxelas, representada pela tesoureira Filipa Pedro e confrade Cherry, e os confrades Maria dos Anjos Mendes e o autor destas linhas; do Canadá, em cuja baía da Nova Escócia foi gravada no solo com pedra portuguesa a presença de Fagundes em 1521, estiveram o fundador da Casa do Minho em Winnipeg, Manuel Sousa, natural de S. Martinho da Gândara, Ponte de Lima, e esposa D. Conceição, além de gente gestora da Nação: o deputado á Assembleia da República, José Maria Costa, e o vice-presidente do município vianês, Manuel Vitorino, o Chef Domingos Gomes, de Cardielos, (VC), além de outros amigos e apreciadores do "rei" das mesas nacionais. entre as faltas, justificadíssima, ado Chef Thomas Egger, um austríaco e expert em comidas portuguesas com bacalhau: por isso, fomos confirmar a Tabuaço: casa cheia, fila de espera, turistas nacionais e estrangeiros. muita, muita gente, para um - bacalhau na telha (com 90 anos) - com a honra e simpatia de Faustino Lopes, Adjunto do Presidente da Câmara, ausente por motivos justificados, e novos confrades da Academia da capital belga: Victor Alves Gomes, ex-Presidente da Assembleia Geral, e o vice da Direcção, Manuel Meireles. Viva o Bacalhau! Viva os Chefs que o sabem cozinhar (BEM)!
Viva o Fagundes que descobriu esse banco de pesca para Portugal!
Um grupo de amigos, parceiros do nosso Clube de Gastronomia de Ponte de Lima e outros mais, visitaram a capital da Ribeira Lima, no âmbito dum programa oficial e particular.
Entre a dezena e meia de integrantes da comitiva, salientamos: a Presidente da Casa do Minho no Rio de Janeiro, Fátima Gomes, acompanhada do antigo eurodeputado e actual assessor jurídico município de Lisboa e deputado à sua Assembleia Municipal, Inácio Faria e esposa, Isabela Barreto, professora universitária; um fundador da Casa do Minho de Winnipeg, Canadá, Manuel Sousa, de Ponte de Lima e esposa D. Conceição; António Martínez Coello, aposentado de docente Instituto de Bacharelato e fundador da geminação de Xinzo de Límia com Ponte de Lima, juntamente com José Ramón Fernandez, engenheiro mecânico de motos de alta competição; a Presidente da Ronda Típica de Charlette Sur-Loing, cidade francesa geminada com Ponte de Lima e esposo; o Vice-Presidente da Confraria dos Gastrónomos do Minho, professor Francisco Aires de Abreu; o Administrador do Conselho Europeu de investigação / Comissão Europeia em Bruxelas e confrade Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica, Victor Gomes; o antigo Vereador Limiano e também Director comercial da Adega de Ponte de Lima e Presidente da Junta de Arcozelo, João Inácio Barreto; o agrónomo pela Agrária de Ponte de Lima e Pós - Graduado em Sistemas Agroalimentares Sustentáveis, Micael Fernandes; o ex-gestor de reservas do maior grupo hoteleiro de Termas em Portugal, hoje professor na EB da Correlhã, Francisco Remy; o comerciante do ramo automóvel e membro do Clube, Alberto Silva; o chefinho responsável de cozinha na Taverna da Cadeia Velha, João Leonardo Matos e o bancário e chefe de sala no "Fátima Amorim", Filipe Matos.
O trajecto da visita iniciou-se com cumprimentos no salão nobre dos Paços do Concelho, na pessoa do Presidente Vasco Ferraz e seus vereadores Carlos Lago e Gonçalo Rodrigues.
Seguiu-se um tributo ao diplomata, poeta e gastrónomo António Feijó no seu monumento, onde relembramos a sua carreira iniciada no consulado de Portugal no Rio de janeiro, depois Pernambuco e Rio Grande do Sul; daqui transitou para a Suécia com serviço extensivo ã Noruega e Dinamarca. o programa estacionou mais tempo foi em Estorãos na Queijaria do Aromas4U.
O CEO agrónomo Rui Amorim com seus pares no sector dos vinhos e lacticínios exercitou o trajecto económico e sustentável da empresa com dez anos, e provou-se o que há de novo Alvarinho e Loureiro produzidos em Ponte de Lima, tal como os queijos: fresco, amanteigado, mistura e o ambicionado flamengo de formato bola - o popular LIMIANINHO - pela primeira vez saído do fabrico após vários testes.
Depois, a excursão regressou á vila: nova paragem na emblemática Casa (de produtos) da Terra / Minho Fumeiro: ciceroniados pelo gerente Fernando, eis que surge um desfile de iguarias: presuntos, chouriça de carne, queijos de ovelha e vaca, simples e curados, etc.
Para molhar, um Loureiro da Casa do Barreiro, na Gemieira, de longa tradição no mercado nacional e fóra! Para fechar, a visita com esta gente que divulga, promove, organiza eventos e outras iniciativas no âmbito da cultura popular e também da gastronomia, tivemos que saborear com mais tempo, " ... aquele arroz de forno [com pato] ...", e uma entrada singular: cogumelos recheados com alheira, tudo recolhido na sua monumental obra de Eça de Queirós, "Os Maias", lançada em 1888. Fecho de cardápio, a vez da sobremesa: o LIMIANINHO dividido fatiamente para todos os comensais, pelo autor do ágape , o Chef Filipe Morgado, secundado por um mix de figos do Algarve acompanhados por tiras de marmelada e queijo de ovelha; e, a rematar o Leite Creme queimado a férrea.
Um convívio de quase nove horas em terras limianas, entre a amizade e a tradição da mesa e suas especialidades motivaram um palavra aos que vieram de longe: QUEREMOS VOLTAR, Adeus não....
St. Catharines, Canadá — 23 de agosto de 2024
A atleta portuguesa Bruna Parente fez história esta sexta-feira, 23 de agosto, com a conquista da melhor classificação de Portugal num Mundial de Remo na categoria Sub-23 - 4º lugar.
A decorrer entre os dias 18 e 25 de agosto, em St. Catharines, Ontário, Canadá, este evento juntou 3 Campeonatos num só (Junior, Sub-23 e Sénior), contando com a participação remadores de 45 países, que competiram na distância de 2000 metros.
A jovem remadora, natural de Viana do Castelo, competiu em Skiff Ligeiro Feminino Sub-23 e, para chegar à final, teve de disputar uma eliminatória e uma repescagem. Depois de ultrapassar de forma determinada estas duas etapas da competição, chegou o momento de disputar um lugar entre as 6 melhores a nível mundial, na Final A. As remadoras da Austrália, Itália, Alemanha, África do Sul e França eram as adversárias. Com o seu característico início forte, aos 500 metros, Bruna vinha na 2ª posição. No meio de prova as adversárias reagiram e, na entrada para os últimos 500 metros, a atleta vinha no 5º posto. Com uma impressionante ponta final, recuperou uma posição e alcançou o 4º lugar, com um tempo de 7:47,89, a apenas 9 segundos do pódio.
Depois da medalha de bronze alcançada no Europeu de Sub-23, em 2023, esta é, sem dúvida, uma excelente forma de finalizar esta sua última época na categoria.
Destaque ainda para o 5º lugar alcançado pelo Diogo Gonçalves, em Skiff Masculino Sub-23 e o 8º lugar da dupla Pedro Rodrigues e Afonso Santos, no Double Masculino Sub-23.
Para mais informações sobre o Campeonato Mundial de Remo em Sub-23:
Site do evento - https://worldrowing.com/event/2024-world-rowing-senior-under-23-under-19-championships/
Streaming Direto (a partir de -1:36:00) - https://www.youtube.com/live/8_AytiUM0to
Texto - Rui Alves
Fotos - Retiradas da transmissão do evento pelo Youtube
Uma comitiva de Halifax, no Canadá, visita, entre hoje e quarta-feira, Viana do Castelo, para avançar com os seus objetivos de desenvolvimento urbano sustentável como parte do programa financiado pela União Europeia - programa IURC. O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, recebeu hoje a comitiva no Centro de Mar, instalado a bordo do Navio Gil Eannes.
Na sessão de boas-vindas, o autarca referiu as semelhanças entre as duas cidades, Viana do Castelo e Halifax, marcadamente marítimas. “Em Viana do Castelo existe uma tradição muito profunda e enraizada em torno do mar. Existe, aliás, uma relação histórica com o Canadá, que foi concretizada através do nosso Gil Eannes, que suportava a frota bacalhoeira em St. John's”, indicou o autarca.
“Acreditamos que o futuro da cidade e do país terá de passar pelo mar e atividades associadas. Em Viana do Castelo, existe uma forte aposta na pesca, nas energias renováveis e offshores, na investigação, na inovação em torno do desenvolvimento sustentáveis, áreas que são prioridades para o Município, desde sempre com identidade ligada ao mar”, referiu ainda.
Também a comitiva destacou as similaridades entre Halifax e Viana do Castelo e a importância desta visita para a partilha de conhecimento e experiências em torno do desenvolvimento sustentável.
Durante estes três dias, a comitiva visita ainda a Aceleradora Tecnológica de Viana do Castelo, reunindo com empresas lá sedeadas, o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA), Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo, Santa Luzia, entre outros.
A visita enquadra-se na participação de Halifax no programa de Cooperação Internacional Urbana e Regional (IURC) financiado pela União Europeia, na América do Norte. A IURC tornou-se uma rede internacional de referência para a inovação urbana e o desenvolvimento urbano sustentável.
Nesse sentido, Viana do Castelo, Braga e Halifax abriram as suas portas ao diálogo e à parceria com parceiros globais, recorrendo a um conjunto mais amplo de boas práticas e recebendo apoio na identificação de modelos inovadores para atingir os seus objetivos. As três cidades iniciaram a cooperação em janeiro de 2024, participando em diversas convocatórias técnicas e realizando agora a primeira visita de estudo para trabalhar nas seguintes áreas temáticas: Soluções baseadas na natureza: Gestão de Água e Resíduos; Agricultura Sustentável: Sistemas Alimentares e Hortas Urbanas; Educação, empregos e competências: atração de talentos e inovação corporativa.
O programa IURC da América do Norte é financiado pela União Europeia, estabelecendo parcerias entre cidades europeias e cidades canadianas e norte-americanas para facilitar o intercâmbio de conhecimentos através de ferramentas online e apoio presencial, como visitas de estudo, participação em eventos temáticos e de networking, e capacitação.
A cidade de Toronto, no Canadá, é um dos palcos das comemorações do Dia de Portugal nas comunidades portuguesas. Também aqui os minhotos desfilaram comm os seus estandartes e trajes tradicionais. As imagens são do jornalista José Figueiras a quem agradecemos.
Foi hoje apresentado em Toronto o livro “Memórias da Ditadura – Sociedade, Emigração e Resistência”.
A obra, concebida pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico inédito de Fernando Mariano Cardeira, antigo oposicionista, militar desertor, emigrante e exilado político, foi apresentada na Peach Gallery, um dos espaços culturais de referência da comunidade luso-canadiana.
O historiador Daniel Bastos (dir.), acompanhado do comendador Manuel DaCosta, no decurso da apresentação do livro “Memórias da Ditadura – Sociedade, Emigração e Resistência”, na Peach Gallery em Toronto
A sessão de apresentação, que encheu a Peach Gallery de emigrantes, lusodescendentes, líderes comunitários e dirigentes associativos luso-canadianos, esteve a cargo do comendador Manuel DaCosta, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto, que enalteceu o trabalho de Daniel Bastos em prol promoção e divulgação das comunidades portuguesas. Segundo o mesmo, a apresentação do livro no ano em que se assinala meio século da Revolução de Abril e no início das comemorações da Semana de Portugal em Toronto, constitui um justo reconhecimento do papel da comunidade luso-canadiana ao longo dos anos no engrandecimento dos valores da liberdade e da portugalidade.
Refira-se que a totalidade das receitas da venda dos livros que esgotaram rapidamente, reverteram a favor da Magellan Community Foundation, uma instituição responsável pela construção em Toronto, do primeiro lar de cuidados a longo termo para idosos de expressão portuguesa.
A sessão cultural encheu a Peach Gallery de emigrantes, lusodescendentes, líderes comunitários e dirigentes associativos luso-canadianos
Após a apresentação da obra, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira e prefácio do investigador José Pacheco Pereira, realizada com o apoio institucional da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, e onde é revelado o espólio singular de Fernando Mariano Cardeira, cuja lente humanista e militante teve o condão de captar fotografias marcantes para o conhecimento da sociedade, emigração e resistência à ditadura nos anos 60 e 70. A iniciativa cultural computou a estreia do documentário “África, como eu a vi”, uma produção da MDC Media Group, realizada por Paulo Fajardo, que através da recolha de testemunhos de antigos combatentes da Guerra Colonial, homenageia aqueles que lutaram pela inclusão de Portugal num mundo de consciência democrática.
A Casa do Minho do Canadá, situada na cidade de Winnipeg, festejou 50 anos, fundada que foi a 5 de Maio de 1974, por um grupo de amigos oriundos de Portugal, principalmente Manuel Rodrigues Sousa, de S. Martinho da Gândara, casado com Maria da Conceição Sousa, da vila de Ponte de Lima.
Um vasto programa de dois dias preencheu a efeméride, com muito empenho e trabalho duma vasta equipa dirigida pelo Presidente Samuel Sousa, seguidor dos passos do pai fundador.
A cerimónia foi aberta pela governadora da província, Maritoba, Anita Neville, ao som do Hino do Canadá e restantes autoridades: cônsul de Portugal, Paulo Cabral; Presidente da Câmara de Winnipeg, Scott Gillingham; o vice, da de Viana do Castelo, Manuel Vitorino e o Presidente da Junta de Chafé, António Oliveira Lima
Durante mais de dez horas assistimos à animação, com música popular portuguesa, do DJ Kevin Fontes e clássica. Foram interpretantes desse momento, mais de duas dúzias de grupos, duetos, artistas individuais, da região e de outras partes do Canadá. Recordamos algumas das participações: Associação Cultural do Minho, de Toronto; Centro Cultural Português de Mississauga, Ontário; Alegria, da Associação Portuguesa de Manitoba; Aldeias de Portugal; Estrelas do Norte, de Totonto; Balada Dance Team, da Roménia; Pérolas do Atlântico, da Casa dos Açores, Ontário; os sons quentes da Banda Brazilian Vibe, e da Itália, a Stelle Di Calabria, o Coral Alexis Chlopecki Singer, de Maritoba e Croatian Dance Group, da Croácia.
Em tempo de intervenções de convidados, solicitaram-nos uma palestra de meia hora para recordar o navegador João Álvares Fagundes (1460?-1522). Enumeramos nossas pesquisas em Portugal e França, recordando o ilustre altominhoto que, entre um e dois anos antes de falecer foi pioneiro dos portugueses no Canadá, ao reconhecer as actuais províncias marítimas da Nova Escócia, Terra Nova e Labrador, cujas ilhas e terras o rei D. Manuel I lhe reconhecera por carta de 22 de Março de 1521, documento da Torre do Tombo, Lisboa.
Quanto a gastronomia, ela repartiu-se pelo jantar de Sábado, um Roast beef, e o almoço de Domingo, com o Sarrabulho á moda de Ponte de Lima. Na cozinha, ampla, a coordenação de serviço por parte dos Chefs: Jeff Coelho, luso – canadiano, e Paulo Santos, que nos acompanhou de Ponte de Lima em mais de treze horas de avião com as miudezas necessárias para o prato típico limiano; no salão de festas, oito centenas de comensais deliciaram – se com o eficaz apoio de quinze colaboradores na confecção das iguarias, enquanto outros tantos serviam às mesas, os ágapes escolhidos e os vinhos verdes e maduros com todo o carinho e atenção.
No próximo dia 1 de junho (sábado), é apresentada em Toronto a obra “Memórias da Ditadura – Sociedade, Emigração e Resistência”.
O livro, concebido pelo historiador Daniel Bastos a partir do espólio fotográfico inédito de Fernando Mariano Cardeira, antigo oposicionista, militar desertor, emigrante e exilado político, é apresentado, às 10h00, na Peach Gallery em Toronto.
Neste novo livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, e prefácio do historiador e investigador José Pacheco Pereira, realizada com o apoio institucional da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, Daniel Bastos revela o espólio singular de Fernando Mariano Cardeira, cuja lente humanista e militante teve o condão de captar fotografias marcantes para o conhecimento da sociedade, emigração e resistência à ditadura nos anos 60 e 70.
Através das memórias visuais do antigo oposicionista, assentes num conjunto de centena e meia de imagens, são abordados com particular incidência, o quotidiano de pobreza e miséria em Lisboa, a efervescência do movimento estudantil português, o embarque de tropas para o Ultramar, os caminhos da deserção, da emigração “a salto” e do exílio, uma estratégia seguida por milhares de portugueses em demanda de melhores condições de vida e para escapar à Guerra Colonial nos anos 60 e 70.
Em plena celebração de meio século de liberdade em Portugal, e no início das comemorações da Semana de Portugal em Toronto, a Peach Gallery, localizada na 722 College Street, um dos espaços culturais de referência da comunidade luso-canadiana, após a apresentação do livro, exibirá estreia de documentário “África, como eu a vi”, realizado e produzido por Paul Fajardo, através dos testemunhos de antigos combatentes do Ultramar.
Neste sentido, esta iniciativa cultural no âmago da comunidade portuguesa em Toronto, metrópole onde vive a maioria dos mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes presentes no Canadá, constitui um reconhecimento do contributo e papel inestimável da comunidade luso-canadiana ao longo dos anos no engrandecimento dos valores da liberdade e da portugalidade.
Refira-se que a edição da obra se deveu em grande parte ao mecenato de empresas que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura, em particular, do grupo empresarial do comendador luso-canadiano Manuel DaCosta, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto. Sendo que a totalidade das receitas da venda dos livros na sessão aberta à comunidade, reverte a favor da Magellan Community Foundation, uma instituição responsável pela construção em Toronto, do primeiro lar de cuidados a longo termo para idosos de expressão portuguesa.
A comunidade portuguesa residente no Canadá, realiza mais uma vez cerimónias da Páscoa, onde para além de actividade religiosa também a gastronomia está incluída no programa. Assim, na cidade de Winnipeg, capital da província de Manitoba, o Centro Português Casa do Minho, liderado por Sammy Sousa, de Ponte de Lima, realiza no Domingo 31 do corrente, o Banquete da Páscoa. Trata-se de um convívio á mesa, limitado ao espaço da sede da coletividade, cuja ementa compreenderá uma canja de galinha e Bacalhau á Brás, entre outras iguarias.
Recorde-se, que a Casa do Minho de Winnipeg, tem realizado este ano vários eventos gastronómicos como:o Jantar Minhoto com Bacalhau á Braga (ou à Narcisa); a Feijoada Minhota, o Domingo Gordo com Carne Alentejana, a Massa à Portuguesa com Bacalhau desfiado, e agora, o Banquete pascal.
Sobre a sede desse centro cultural português, informemos que se situa nas chamadas pradarias canadianas. Manitoba, é um território que faz fronteira com os Estados Unidos da América, os estados de Dakota do Norte e do Minnesota.
No âmbito da promoção da cozinha tradicional portuguesa, a Casa do Minho de Winnipeg, pretende ainda realizar mais eventos similares. Em estudo está um almoço com Sarrabulho á Moda de Ponte de Lima, animação cantares populares, e uma outra actividade com vinhos brancos e tintos.
Desde o Quebec, jornal LusoPresse dedica notícia às janeiras pelo Grupo de Folclore 'Casa de Portugal' sediado no Principado de Andorra.
Nas últimas décadas, a comunidade portuguesa de Winnipeg consolidou-se como uma das mais organizadas, cultural e socialmente, na região. No entanto, nem sempre foi assim. Quando a Casa do Minho foi fundada, no longínquo ano de 1974, a comunidade já contava com cerca de vinte e cinco mil pessoas, mas era servida apenas por uma associação. Embora a intenção não tenha sido de rivalizar com a única organização existente na época, a Casa do Minho foi inevitavelmente formada por necessidade. O que aconteceu depois é um exemplo de perseverança, resiliência, compromisso e dedicação dos seus associados e amigos.
Manuel Rodrigues Sousa é um exemplo dessa devoção. Foi um dos fundadores da Casa do Minho e tornou-se uma figura respeitada na comunidade portuguesa de Winnipeg devido às suas décadas de dedicação abnegada como voluntário com funções e responsabilidades variadas. Ainda ativo no campo associativo, o seu legado transpôs gerações e inspirou outros jovens a seguir os seus passos. Um exemplo perfeito disso é o seu filho mais novo, Samuel Sousa, que tem estado no centro das atenções em muitas das iniciativas da organização e que agora é o seu novo presidente.
Nascido a 10 de novembro de 1943, em S. Martinho de Gandra, Ponte de Lima, Manuel Sousa trabalhou desde cedo como lavrador. Rapidamente desenvolveu uma afeição especial pelo folclore e juntou-se ao grupo da sua aldeia na tenra idade de 15 anos. Em 1964, alistou-se no exército e um ano depois viajou para a Guiné-Bissau para lutar numa guerra colonial desnecessária durante três longos anos. Voltou para a sua cidade natal em 1967, quatro dias após o falecimento do seu pai. Nesse mesmo ano, casou-se e começou a trabalhar como camionista para uma fornecedora de materiais de construção. Cinco anos depois, a 4 de junho de 1972, partiu para o Canadá num voo que pousou em Toronto, cidade onde planeava ficar e, mais tarde, juntar a sua família. No entanto, ele foi convencido por conhecidos a voar mais para o oeste, para Winnipeg, onde chegou dias depois. Eventualmente adquiriu estatuto de residente permanente no Canadá e, a 16 de abril de 1975, viajou a Portugal para trazer consigo a sua esposa e dois filhos, tornando Winnipeg o seu lar permanente.
Quando cheguei, a comunidade era grande. Há quem diga que naquela época tínhamos mais portugueses aqui do que agora porque a imigração estava aberta e tínhamos gente a chegar a toda a hora. […] Embora aqui tivéssemos muita gente, havia pouco envolvimento na comunidade”, disse Manuel Sousa em entrevista realizada via Zoom. “Em 1973, comecei a envolver-me. A Associação Portuguesa de Manitoba era a única associação na altura, mas eram poucas as pessoas que estavam envolvidas”, acrescentou.
Embora a participação da comunidade na vida associatiava não fosse proeminente, Manuel Sousa testemunhou a integração inaugural de um rancho português no Folklorama, um evento que exibe as diversas culturas e etnías de Winnipeg durante duas semanas repletas de interesse a cada agosto. "O Senhor José Vieira, natural de Oleiros (Ponte da Barca), formou o rancho, em 1967 ou 68, que fazia parte da Associação Portuguesa. Em 1973, o Sr. Vieira convidou-me para fazer parte do grupo”, recordou Manuel Sousa.
Foi aqui que Manuel Sousa se envolveu pela primeira vez no trabalho comunitário em Winnipeg, mas mal sabia ele que o rancho folclórico da Associação serviria de prelúdio para a formação da Casa do Minho. Aconteceu que, na época, o rancho não tinha equipamento para ampliar o som para que os irmãos Garcia e Luciano Matias, os acordeonistas que acompanhavam o rancho na altura, fossem devidamente ouvidos pelo público. Garcia Matias decidiu comprar um microfone e um conjunto de colunas e então propôs que, embora não cobrasse pelos ensaios, lhe pagassem 10 dólares por cada atuação. Os elementos do rancho concordaram prontamente mas o Sr. Vieira não conseguiu convencer a Direcção da Associação Portuguesa, que tinha dois administradores que se opunham veementemente à proposta. Disso resultou uma ruptura entre José Vieira e a Associação, que o levou a formar o seu próprio grupo denominado Casa do Minho Portuguese Folk Dances. Assim, a nova associação foi formada. José Vieira tornou-se o seu primeiro Presidente.
“Em 4 de maio de 1974, o Sr. Vieira registou o grupo no Folk Arts Council. Foi na garagem dele que fizemos os primeiros ensaios”, recordou Manuel Sousa. “Sou um dos fundadores, membro número 8. Não tínhamos membros pagantes e formamos o nossa próprio Executivo composta por voluntários. Demos-lhe o nome de Casa do Minho mas, na altura, pouquíssimos membros eram minhotos”, acrescentou.
Durante cerca de nove anos, o folclore manteve-se como a principal atividade da associação, mas o teatro, produzido pelos seus voluntários, e organizações de jantares para celebrar ocasiões especiais como a Páscoa e o Ano Novo também iam ganhando o seu espaço. “A nossa primeira peça [de teatro] foi em 1975. Depois começámos a comemorar o Carnaval, a Páscoa e o Ano Novo [numa época em que] esses jantares formais não eram organizados. Fomos nós que começámos. Alugávamos salões e os voluntários serviam”, disse Manuel Sousa. A primeira festa de Ano Novo foi realizada em 1976.
Embora a garagem de José Vieira se tenha tornado um local viável para os ensaios nos meses de verão, as coisas não pareciam tão promissoras quando o primeiro inverno chegou, obrigando o grupo a mudar-se para um local com aquecimento adequado. “O Bomba Club, na Sargent [Avenue] tinha uma cave espaçosa. Como o Sr. Vieira era cliente lá, eles concordaram em alugar o espaço para nós ensaiarmos. Pagávamos 20 ou 30 dólares por mês. Depois, alugámos uma casinha na Isabel [Street] onde ficamos até 1983. Depois, havia um senhor dono de uma padaria (Continental Bakery) que não usava o espaço do último andar. Alugámos por 100 dólares por mês”, lembrou Manuel Sousa.
É em 1983 que a Casa do Minho assiste a um crescimento significativo. Após nove anos de tentativas falhadas para participar do Folklorama de Winnipeg, a sua candidatura foi finalmente aprovada. Foi Manuel Sousa que ficou responsável por todo o processo, já que José Vieira se encontrava de férias em Portugal na altura. "O Senhor Vieira estava em Portugal e fomos chamados para uma reunião no Folk Arts Council. O meu inglês era fraco na altura e tive que trazer ajuda. Fizeram algumas perguntas e eu disse-lhes que representaríamos o norte de Portugal, de Valença a Coimbra. Disse-lhes também que os Açores e a Madeira não estavam bem representados [no folklorama] e que também os representaríamos. Eles disseram que considerariam a nossa participação e sugeriram que encontrássemos um salão para servir como nosso pavilhão. Sir John Franklin [Centro Comunitário] tinha um salão e uma cozinha separada. Lá, podíamos receber mais gente”, contou Manuel Sousa. Mais tarde, a cave da Imaculada Conceição, igreja católica portuguesa, tornou-se o local do pavilhão do Folklorama da Casa do Minho até que a organização adquiriu o seu edifício atual, em 1997.
Fotos: Paulo Ferreira