O Município de Barcelos participou, em Badajoz, no Ato de Comunicação do “Projeto: Caminho Vertical - Operação de Importância Estratégica”, uma iniciativa no âmbito dos Caminhos de Santiago, apoiada pelo programa europeu Interreg VI-A Espanha – Portugal (POCTEP) 2021-2027. Em representação da Câmara Municipal de Barcelos, a Vereadora Elisa Braga, responsável pelo pelouro da Cultura e do Turismo, sublinhou a importância da cooperação transfronteiriça e, em particular, dos Caminhos de Santiago na valorização do território.
O CAMINO VERTICAL é um projeto transfronteiriço que tem como principal objetivo valorizar e dinamizar os Caminhos de Santiago menos conhecidos do oeste peninsular, promovendo a sua proteção, modernização e promoção como produto turístico vivo e sustentável.
Entre as diversas regiões espanholas (Badajoz, Cáceres, Cadiz, Córdoba, Extremadura, Huelva, Sevilha, Ourense e Zamora) e turísticas portuguesas (Região de Turismo do Alentejo e Turismo do Centro), Barcelos é o único município envolvido no projeto, demonstrando a importância do concelho no Caminho de Santiago. Através do Programa Interreg (POCTEP) o Município de Barcelos obteve um financiamento de 139 mil euros, verba a alocar aos seguintes objetivos: sinalizar as duas variantes do Caminho no concelho de Barcelos (Franqueira e Abade de Neiva), instalar estruturas de sombreamento e descanso, remover pontos negros em locais de perigo para os peregrinos, colocar sinalética, criar vídeos de informação, fazer promoção em feiras de turismo e elaboração de merchandising.
O CAMINO VERTICAL é um projeto transfronteiriço que tem como principal objetivo valorizar e dinamizar os Caminhos de Santiago menos conhecidos do oeste peninsular, promovendo a sua proteção, modernização e promoção como produto turístico vivo e sustentável.
O presidente da câmara municipal galega de A Estrada destacou, durante a entrega dos Prémios Abadesa Mariana, a importância patrimonial do Caminho da Geira e dos Arrieiros (CGA) e da ligação que estabelece entre Braga e Santiago de Compostela, enquanto rota de cultura e de peregrinação.
No tempo que leva, desde a apresentação em abril de 2017, o CGA tem motivado “a recuperação de muito património e história que unem Braga, uma das capitais culturais a nível europeu, e uma das grandes capitais de peregrinação, Santiago de Compostela”, referiu Gonzalo Louzao, no sábado, dia 5, na entrega dos prémios, no Museu do Móvel e da Madeira, em A Estrada, na Galiza.
Para o autarca, “esta via seguramente que jamais se recuperaria” sem o trabalho de associações como a Codeseda Viva – que promove os prémios – e “de muita gente”, pelo que foi feito nos municípios que unem Portugal e Galiza, “a nível da preservação da história, cultura, tradições e também da preservação de uma via turística tão importante como é o CGA”.
Na perspetiva de Gonzalo Louzao, o trabalho dos peregrinos e outros voluntários faz com que “a sociedade civil e as administrações públicas também se envolvam, para que se consigam os resultados que fazem do CGA um caminho de primeiríssimo nível, o mais cuidado possível, para que seja uma referência a seguir e uma das principais fontes municipais a nível cultural, económico e turístico”.
A 6.ª edição dos Prémios Abadesa Mariana distinguiu o escritor e peregrino português Luís Ferreira, pela obra dedicada ao Caminho de Santiago; a Associação Fervenza de Ouzande, da Galiza, pelos 25 anos a divulgar o património natural e cultural; e a hoteleira Maricarmen Gaspar, do Bar Pub Caminho da Geira, pelo apoio e dedicação aos peregrinos que passam por Codeseda.
“Este prémio reflete o trabalho de 13 anos a escrever livros sobre o Caminho de Santiago, muitas horas a dar informações aos peregrinos e a falar de norte a sul de Portugal, desde novembro em particular do CGA”, disse Luís Ferreira, autor de “Um Caminho que o tempo não apagou”, após receber o Prémio Abadesa Mariana 2025.
O escritor destacou ainda que a atribuição do prémio só aconteceu porque, antes de fazer o CGA, “houve pessoas que se dedicaram ao caminho, que fizeram o levantamento da sua história e o sinalizaram”, pelo que o troféu que levou para casa “é a imagem de todos aqueles que trabalham no CGA, associações, municípios e voluntários”.
Antes da entrega dos prémios, houve seis apresentações sobre temas relacionados com o Caminho de Santiago. O peregrino veterano Manuel Rocha, Irmão Maior da Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago, falou sobre o “Caminho Português da Costa – Uma peregrinação aberta ao mar”; o presidente da Associação de Amigos do Caminho Português, Celestino Lores, interveio sobre “O Caminho Português – Ultrapassando todas as expetativas”; e Carlos Fernández Coto, presidente da Associação para a Defesa do Património Cultural Galego, falou sobre o “Património que une Portugal e Galiza”.
Por seu lado, Andrés Sampedro, investigador do património de Ponteareas, abordou “A Rota de Ignacio Taverneiro – Uma história com muito por descobrir”; Daniel Antelo, da Associação Peregrinos Dezae, falou sobre “Os caminhos de Inverno e Sanabrés – Caminhando pela comarca do Deza”; e Luís Ferreira explicou “O CGA nas letras de um escritor”.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros estende-se por 239 quilómetros, inicia-se na Sé de Braga e atravessa os municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela do Homem. Nos últimos oito anos, foi percorrido por mais de cinco mil peregrinos, principalmente de Portugal e Espanha, mas também de outros 16 países europeus e de nações tão diversas como Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbaijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina e Uruguai.
Apresentado em 2017 na Galiza e em Braga, foi reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, a via mais bem preservada do antigo império romano ocidental, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos raros cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.
Inaugura a 4 de Abril, às 19h00, na Galeria da Torre da Cadeia Velha, a exposição "Caminhos: O Caminho e a Feira", promovida pela Asociación de Amigos e Amigas do Camiño Portugués a Santiago, em parceria com o Município de Ponte de Lima.
A exposição explora as relações entre a feira de Ponte de Lima e o movimento de peregrinação a Santiago de Compostela, que no Caminho Português tinha passagem quase obrigatória pela vila de Ponte de Lima.
A Rainha D. Teresa, no ano de 1125, outorgou carta de foral ao lugar de Ponte, e nele fez referência à feira, protegendo os habitantes da vila e os homens que de qualquer terra viessem à feira e dela regressassem.
Passaram séculos e a feira manteve sempre o mesmo local. Os costumes, os direitos e as mercadorias foram alterando-se, adaptando-se à mudança dos tempos, mas a feira, que acontece a cada 15 dias, nunca perdeu a sua identidade.
Os peregrinos que passam por Ponte de Lima rumo a Santiago de Compostela, hoje como no passado, atravessam a feira, numa comunhão quase impercetível. São eles, também, parte da identidade da feira.
A exposição apresenta composições com fotografias do Conde de Aurora e de Xulio Gil, e pinturas de J. Maria Barreiro, Alex Vazquez, Martina Bugallo, Amelia Palacios, Antón Sobral, Kuqui Pazos, Sergio Ribeiro e da pintora limiana Ana Rego.
A exposição estará patente na Galeria da Torre da Cadeia Velha até 4 de Maio, podendo ser visitada todos os dias, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.
QRcode vai permitir acesso a play list de sons etnográficos e tradicionais
No Salão Nobre dos Paços do Concelho realizou-se uma reunião de trabalho para assinalar o primeiro ano da assinatura do Protocolo de Cooperação para a instalação do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, que teve lugar em Março do ano passado.
A Vice-Presidente e Vereadora da Cultura, Fátima Moreira, acompanhada pelo Vereador do Turismo, Ricardo Alves, deu as boas-vindas aos representantes dos municípios presentes e aos que participaram online (Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Flor).
No início dos trabalhos esta responsável enalteceu o facto de “todos estarem alinhados na promoção e valorização deste caminho que vai permitir aos/às peregrinos/as explorar os nossos territórios, alavancando-se assim, o turismo do interior”.
Numa primeira fase, foram partilhados os resultados deste primeiro ano e, de seguida, foi feita uma apresentação, com uma proposta da sinalética que é considerada essencial para orientar os/as peregrinos/as ao longo dos 260 quilómetros, de uma forma autónoma. Este será um importante passo pois pretende-se que daqui a um ano estejam reunidas as condições necessárias para submeter a Caminho a certificação pelas entidades competentes.
Os Municípios tiveram oportunidade de fazer o ponto de situação em relação ao levantamento do mapa de quantidades e até quando é que conseguem instalar a sinalética básica no terreno, prevendo-se que seja conseguido por todos até ao final do ano.
Subprojecto “Sons do Norte”
Foi também decidido que este Caminho vai apresentar o subprojecto “Sons do Norte”. O desafio aos presentes passa pela criação de uma lista de músicas/poemas/sons associados a cada concelho que depois será carregada num QRCode e colocada nos totens de entrada do respetivo território.
O desenvolvimento deste subprojeto pretende incrementar uma novidade nos Caminhos de Santiago e partilhar com os peregrinos as sonoridades do Norte que tanto caracterizam a riqueza de Trás-os-Montes e o Minho.
Com a introdução desta novidade pretende-se valorizar este Caminho jacobeu e que os/as peregrinos/as ao percorrerem cada localidade possam de desfrutar da paisagem, do património edificado, da gastronomia … mas também conhecer diferentes “sonoridades e pronúncias” dos locais por onde passam, proporcionando experiências únicas a quem entrar nesta aventura.
A nova direção da Associação Espaço Jacobeus (AEJ), liderada por Eulália Fonseca, quer reforçar o apoio aos peregrinos ao longo da sua caminhada, durante os dois anos de mandato que agora assumiu, numa cerimónia que decorreu na Loja Interativa de Turismo de Felgueiras.
No discurso de tomada de posse, no sábado, dia 15, a presidente da associação jacobeia agradeceu à anterior direção “o seu empenho e esforço ao longo do mandato”, adiantando ser com “sentido de responsabilidade” que a sua “equipa assume funções perante esta prestigiada associação, cuja missão muito a privilegia”.
Entre os objetivos dos novos corpos sociais contam-se “dar apoio a todos os peregrinos associados ao longo das peregrinações, promover o culto de Santiago e realizar uma peregrinação” a Santiago de Compostela.
Para o cumprimento destes e de outros objetivos, Eulália Fonseca solicitou “ajuda e apoio” dos associados, para que a nova direção possa, “ao longo destes dois anos que agora se iniciam, atingir os objetivos a que se propõe e, em conjunto, dar continuidade ao bom caminho que todos partilham”.
O anterior presidente da AEJ, António Devesa, numa mensagem divulgada aos associados, afirma que, “olhando para trás”, vê um percurso de 16 anos ao serviço da associação “feito de desafios, de aprendizagens e, acima de tudo, de um imenso espírito de partilha e dedicação”.
“Foram anos intensos, repletos de histórias, encontros e projetos que fizeram da AEJ um espaço de acolhimento e inspiração para tantos peregrinos”, adianta, reconhecendo “o cansaço natural de quem se
entregou de corpo e alma, mas também uma enorme gratidão e alegria por tudo o que foi construído”.
Para António Devesa, “assim como ninguém chega a Santiago sozinho”, ele também não teria cumprido a sua missão sem o apoio dos associados, que “foram a força” que lhe “permitiu seguir sempre em frente, mesmo nos momentos mais desafiadores”.
A cerimónia de tomada de posse foi complementada com um convívio de associados da AEJ e convidados, que incluiu a tradicional queimada galega e a atuação da Tuna Académica do Polo Universitário de Felgueiras.
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso contribuiu para a promoção do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, na Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu de 12 a 16 de Março, no stand da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago.
Estas ações de promoção tiveram lugar a convite das Câmaras Municipais de Mirandela e de Braga, que disponibilizaram, respetivamente um horário na sexta-feira e no sábado. Estes Municípios são ambos parceiros deste novo caminho jacobeu, juntamente com os restantes dez que são parte integrante do Percurso e que foi apresentado publicamente a 20 de março de 2024, na Igreja Românica de Fontarcada. O Vereador do Turismo, Ricardo Alves, esteve presente, reforçando a importância deste produto turístico para a estratégia de promoção dos territórios envolvidos.
Nestas ações, os/as visitantes do stand tiveram oportunidade de assistir a um pequeno vídeo promocional do Caminho e receberem, gratuitamente, um íman onde consta toda a informação do itinerário, que também pode ser consultada aqui: https://www.povoadelanhoso.pt/caminho-portugues-santiago-leon-rosmithal/
Muitos dos/das visitantes já sabiam da existência deste percurso, no entanto, esta foi a oportunidade para esclarecer qualquer dúvida, pois, têm intenção de percorrer os 260 quilómetros que ligam Freixo de Espada à Cinta a Braga, assim que a sinalização estiver feita.
Foram registados, desde a data da apresentação do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, 80 peregrinos/bicigrinos. No presente ano está um grupo de 60 peregrinos a percorrer este itinerário, que têm ficado encantados com a imensidão paisagística que conseguem deslumbrar, nos trajetos/etapas já realizados.
O próximo passo é a aplicação da sinalização direcional de forma a permitir o pleno usufruto deste itinerário que foi, outrora, uma ligação extremamente importante entre Trás-os-Montes e o Minho e que, além de peregrinos/as, foi percorrido pela comitiva de Leon de Rosmithal, pelo Arcebispo Fernando da Guerra e pelo Arcebispo Frei Bartolomeu dos Mártires, ambos de Braga.
Recorda-se, ainda que a Póvoa de Lanhoso esteve presente na BTL, no stand do Município e no stand da Região de Turismo Porto e Norte, com artesãos a trabalhar ao vivo a arte da Filigrana.
Caminhada Ponte de Lima – Barcelos Pelos Caminhos de Santiago | 5 d abril de 2025
A Caminhada tem um grau de dificuldade muito elevada, num percurso de 35 KM (aproximadamente 9h), com partida às 8h de Arnado, Ponte de Lima.
A participação é livre e destina-se a maiores de 16 anos. Pode inscrever-se até ao dia 26 de março, sendo que as mesmas são limitadas a 100 participantes.
A equipa técnica do Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal, reuniu na Casa da Cultura-Museu da Escola, em Ribeira de Pena. A sessão de trabalhos, orientada pelos técnicos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Orlando Fernandes e Francisco Machado, debruçou-se, na primeira parte, sobre a análise feita ao número de peregrinos que percorreram este novo caminho jacobeu.
No ano passado foram 80 pessoas a transitar entre Trás-os-Montes e o Minho, utilizando, em parte, o que terá sido um importante eixo viário na Idade Média de ligação entre estes territórios.
No entanto, há também um grupo de 45 peregrinos que ainda estão a percorrer este itinerário (a próxima etapa é entre o Alijó e Vila Pouca de Aguiar).
Os técnicos da autarquia povoense comunicaram aos/às restantes técnicos presentes que no próximo mês de fevereiro, começa em Freixo de Espada à Cinta, um outro grupo de 60 pessoas a percorrer este caminho, por etapas.
Na segunda parte da reunião foi debatido um conjunto de características e metas para a futura aplicação de sinalética direcional, possibilitando aos peregrinos circularem no trajeto em autonomia total.
Recorde-se que este novo caminho jacobeu ainda não tem sinalética física e é com a ajuda de um mapa GPS e informações digitais que é possível aos peregrinos embarcar nesta aventura. Está previsto que durante este ano seja colocada informação uniformizada em toda a extensão para conferir a este novo caminho as características regulamentadas e existentes em outros semelhantes.
Com uma extensão aproximada de 260 quilómetros, o Caminho Português de Santiago Leon de Rosmithal terá sido o itinerário privilegiado das populações entre o Minho e Trás-os-Montes e utilizado pela Comitiva de Leon de Rosmithal.
A apresentação pública e assinatura de protocolos com vista à criação deste caminho decorreram em Março do ano passado com representantes dos 12 Municípios abrangidos por este caminho, designadamente, Vieira do Minho, Vila Flor, Murça, Alijó, Braga, Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Mirandela, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, além da Póvoa de Lanhoso.
Este é um excelente projeto do ponto de vista cultural e histórico, mas também pelo contributo que aporta à estratégia turística para a promoção de todos os territórios envolvidos.
No próximo dia 25 de janeiro, sábado, pelas 21h00, na Casa da Azenha, em Barcelos, a Editora Alma Letra, a Associação ACB - Albergue Cidade de Barcelos e a Amigos da Montanha - Associação de Montanhismo de Barcelinhos, com o apoio do Município de Barcelos, promovem a apresentação do livro "Bom Caminho - Património Cultural e Paisagístico dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela - O Caminho Central", da autoria de Artur Filipe dos Santos.
Ação reflete compromisso com a sustentabilidade e a preservação do património
Cerca de duas dezenas de voluntários procederam à limpeza e marcação do Caminho Português da Costa, no percurso que atravessa o concelho de Esposende, numa ação promovida pela Via Veteris - Associação Jacobeia dos Caminhos de Esposende e que contou com o apoio do Município e da empresa municipal Esposende Ambiente.
Com o objetivo de preservar a integridade ambiental e cultural desta emblemática rota de peregrinação para Santiago, que continuar a atrair milhares de visitantes de todo o mundo, a ação foi realizada em duas etapas; no dia 4 de janeiro, de Apúlia a Esposende, e, no dia 11 de janeiro, entre Esposende e Antas. Os trabalhos incidiram na limpeza dos trilhos, remoção de infestantes, detritos e resíduos, e na marcação das setas e sinalizações, essenciais para orientar os peregrinos ao longo do percurso.
O Caminho de Santiago, reconhecido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, não só é um percurso de valor histórico, económico e religioso, mas também uma rota que atravessa uma vasta diversidade de paisagens naturais do concelho de Esposende. Através deste esforço conjunto, conseguiu-se melhorar as condições de segurança e conforto para os peregrinos, promovendo também a sustentabilidade do ambiente natural. A marcação adequada das setas e o reforço da sinalização são fundamentais para garantir uma experiência segura e enriquecedora para os que percorrem o Caminho de Santiago.
Os voluntários envolvidos comprometeram-se a continuar a vigilância e manutenção do percurso ao longo do ano. A participação ativa da comunidade e o envolvimento dos cidadãos são essenciais para a preservação deste património, sendo este um exemplo claro de como a colaboração entre instituições e cidadãos pode resultar em melhorias significativas para todos.
O Município e a Esposende Ambiente agradecem a dedicação e empenho demonstrados pelos voluntários, reafirmando o compromisso de continuar a apoiar iniciativas desta natureza, considerando o Caminho de Santiago como um símbolo de acolhimento, respeito e sustentabilidade.
O número de peregrinos que partiram de Braga e chegaram a Santiago de Compostela pelo Caminho da Geira e dos Arrieiros aumentou 26,3% no ano passado, representando quase metade dos que iniciaram a jornada na Sé Catedral de Braga.
Segundo os dados agora divulgados pelo Serviço de Peregrinos de Santiago de Compostela, 1.124 pessoas que partiram de Braga receberam a Compostela, um aumento de 4,4% em relação a 2023. Deste total, 45,3% (509) optaram por peregrinar pelo Caminho da Geira e dos Arrieiros, que, assim, compensou as perdas verificadas nos outros dois itinerários principais.
Em Braga nascem ou passam quatro itinerários jacobeus — o Caminho de Torres também passa, mas não integra as estatísticas. O Caminho Português Central registou 608 partidas em Braga (-6,9% em comparação com 2023), enquanto o Caminho Minhoto Ribeiro certificou quatro (-81%). Três peregrinos percorreram o Caminho de São Rosendo, os primeiros em dois anos.
No total, considerando todos os pontos de partida, o Caminho da Geira e dos Arrieiros apresenta também o maior crescimento percentual (+26,1%), com 690 Compostelas atribuídas no ano passado. No entanto, as associações promotoras deste itinerário “estimam em 1.247 o total de peregrinos, 839 dos quais registados em fotografias”, porque muitos não solicitam a Compostela e, como tal, não entram nas estatísticas.
O Caminho Português Central, que tem uma variante por Braga, cresceu +7,6% no ano passado, para 95.453 peregrinos. Já o Caminho Minhoto Ribeiro registou uma descida significativa (-89,8%), para apenas 16 pessoas, mais dez do que aquelas que percorreram o Caminho de São Rosendo.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi percorrido por peregrinos provenientes de 25 países, sobretudo Portugal (58,7%), Espanha (25,3%) e República Checa (4,6%). Mas também da Alemanha, Itália, Polónia, Brasil, Austrália, Coreia do Sul, México, Canadá, Nova Zelândia e Porto Rico.
A maioria iniciou a jornada em Braga (73,8%) ou noutros pontos de Portugal (23,3%). Na Galiza, destacam-se localidades como Cortegada, Ribadavia ou Berán, sendo que nesta última está localizado o marco do KM 100, a distância mínima a percorrer a pé para se obter a Compostela.
A religião é a principal motivação dos peregrinos (53,9%). A maioria percorreu o Caminho da Geira e dos Arrieiros a pé (82,8%), têm idades entre 18 e 45 anos (46,1%) e entre 46 e 65 anos (39,6%). Os homens representam 65% do total de peregrinos que obtiveram a Compostela, sobretudo nos meses de junho, julho, agosto e maio, os mais concorridos.
No conjunto, os quatro caminhos com partidas de Braga registaram um aumento global de 7,5% de peregrinos que obtiveram a Compostela, num total de 96.165. Se a estes itinerários juntarmos o Caminho Português da Costa — que completa o conjunto dos cinco considerados nas estatísticas — nota-se um acréscimo de 20%, para 170.923 peregrinos que cumpriram os itinerários lusitanos.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros ocupa a segunda posição entre os itinerários que mais cresceram em termos percentuais, com uma subida de 26,1%, atrás do Caminho Português da Costa, que aumentou 42% em relação a 2023, para 74.758 peregrinos.
Com início na Sé de Braga, o Caminho da Geira e dos Arrieiros, que tem 239 quilómetros, passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela do Homem. Nos últimos seis anos, foi percorrido por mais de 5.000 peregrinos.
Foi apresentado em 2017, em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019, e divulgado em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, a via do género mais bem conservada do antigo Império Romano Ocidental, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos poucos que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.
No próximo dia 21 de Dezembro, às 12h, o Centro Galego de Lisboa inaugura a exposição fotográfica “El Camino de Elías Valiña” em homenagem ao fundador das setas amarelas do Caminho de Santiago, o padre Elías Valiña.
No mesmo dia da inauguração será projetado um filme documental sobre o tema, intitulado “Elías Valiña, el inventor de las flechas amarillas” e também gravado um podcast.
O historiador Joel Cleto esteve ontem em Viana do Castelo numa palestra dedicada ao tema "Em tempos de intolerância: A atualidade da Rainha Santa Isabel e do Caminho de Santiago".
A sessão, que contou com uma interessada plateia, foi promovida pela Associação dos Amigos do Caminho de Santiago de Viana do Castelo - AACSVC, com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo, no âmbito do programa de comemoração dos 20 anos desta Associação.
Fátima: Sucesso prolonga exposição sobre o Caminho de Santiago
A exposição "Não passes pelo Caminho... deixa antes que o Caminho passe por ti", patente no posto de turismo de Fátima, no concelho de Ourém, foi prolongada “devido ao sucesso alcançado, traduzido num número significativo de comentários positivos” de turistas e peregrinos dos Caminhos de Santiago e de Fátima.
Os visitantes têm agora até ao dia 30 de novembro para apreciar fotografias dos diversos percursos de Santiago e do património que atravessam, assim como objetos relacionados com a peregrinação jacobeia, imagens, símbolos e estatuetas de Santiago. A mostra inclui também histórias ilustradas de peregrinos, recordações, peças de artesanato e o pote da tradicional queimada galega.
A exposição resulta de uma parceria entre a Associação Espaço Jacobeus (AEJ), o Turismo Centro de Portugal e o Município de Ourém, e é composta por peças que fazem parte do espólio da associação ou foram cedidas por peregrinos para esta iniciativa.
Até ao momento foi vista por turistas e peregrinos de países como o Brasil, Colômbia, Chile, EUA, França, Bélgica, Líbano, Ucrânia, Alemanha, Polónia, Canadá, Espanha, Itália, Coreia do Sul ou Suíça; além, naturalmente, de muitos portugueses.
Segundo a delegada da AEJ em Fátima, Carina Frazão, a exposição foi concebida para incentivar os visitantes a seguirem “as famosas setas amarelas, como se fossem peregrinos”, e também para exibir objetos tradicionalmente usados por eles, como o cajado, a cabaça, a mochila e a credencial.
Para o presidente da AEJ, António Devesa, “esta exposição é um convite a quem visita o posto de turismo para começar a preparação do Caminho de Santiago”. “Quem começa a ler os testemunhos, ver as fotografias e observar o património exposto poderá compreender melhor o que representa o Caminho e avaliar se se adequa aos seus desejos”, salienta.
O diretor do Núcleo de Informação Turística (NIT) do Turismo Centro de Portugal, Carlos Figueiredo, considera “a mostra fantástica, que precisa de ser divulgada e servir como um ponto de aproximação entre as pessoas e de partilha de conhecimento”.
Por seu lado, a vice-presidente do Município de Ourém, Isabel Costa, destaca a importância da exposição para promover o Caminho de Santiago, uma vez que “muitas vezes, a ideia de que as pessoas já sabem o que é não corresponde à realidade”.
“Não passes pelo Caminho... deixa antes que o Caminho passe por ti” pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00; aos sábados, domingos e feriados, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
A Associação Espaço Jacobeus – Confraria de São Tiago, fundada em 2004, conta com 800 associados. É uma organização católica sediada em Braga, que “preserva, na sua essência, o espírito ecuménico de acolhimento a pessoas de todas as raças e credos, congregando nas suas atividades indivíduos de diferentes fés e convicções humanísticas”.
Em 2006, foi oficialmente reconhecida pela Arquidiocese de Braga e agregada à Arquiconfraria Universal do Apóstolo Santiago, com sede em Santiago de Compostela.
Valença recebeu os 25 peregrinos da Peregrinação Coletiva a Santiago de Compostela no passado sábado, 26 de outubro, no Albergue São Teotónio, numa ação promocional e dinamizadora deste traçado secular.
Este grupo percorreu, no sábado, os 38 km’s que ligaram o Museu dos Terceiros em Ponte de Lima e o Albergue São Teotónio em Valença, concluindo a primeira fase desta peregrinação coletiva a Santiago de Compostela, por etapas.
Os peregrinos saíram de Ponte de Lima, atravessaram a ponte romano / medieval subindo até à Labruja, seguindo depois pelo concelho de Paredes de Coura até chegar à entrada no concelho de Valença já nos limites de Cossourado com Fontoura.
Já no concelho de Valença este grupo teve a oportunidade de apreciar património jacobeu singular como o Cruzeiro do Senhor dos Caminhos, o caminho de inverno e o Cruzeiro Jacobeu do Senhor dos Aflitos em Fontoura, a ponte romano medieval da Pedreira, em Cerdal, a capela do Senhor do Bom Fim em Gandra e o monumento ao peregrino em Arão, entre outros.
Chegados ao Albergue São Teotónio os peregrinos foram brindados com um lanche de forma a restabelecer forças.
A Vice-presidente do Município de Valença, Ana Paula Xavier, realizou a etapa em solo valenciano e destacou a relevância que os Caminhos têm para o nosso concelho assim como a importância que Valença tem nos Caminhos de Santiago.
Recorde-se que a caminhada do Porto a Valença esteve dividida em quatro etapas, realizadas em quatro sábados e foi gratuita.
A caminhada entre Valença e Santiago de Compostela prossegue agora até à próxima quinta-feira, data previsível da chegada do grupo.
Esta peregrinação coletiva do Porto a Valença e daqui a Santiago de Compostela conta com o apoio da Câmara Municipal de Valença, bem como do Turismo do Porto e Norte de Portugal, das câmaras Municipais do Porto, Matosinhos, Maia, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Barcelos, Ponte de Lima e Paredes de Coura.
Este ano já receberam a Compostela 1.067 peregrinos que iniciaram em Braga o Caminho de Santiago, mais +7,9% em comparação com igual período do ano passado, destacando-se o Caminho da Geira e dos Arrieiros (CGA), pelo seu grande aumento de popularidade.
O CGA registou até sábado, dia 26, um aumento de 36,2% nas partidas de Braga, evoluindo de 354 para 482 peregrinos, comparando com o ano passado.
Segundo o Serviço de Peregrinos da Catedral de Santiago de Compostela, este caminho também registou um crescimento de 42,5% no número total de compostelas emitidas, consolidando-se como uma opção cada vez mais valorizada por quem procura uma peregrinação autêntica e imersiva.
Os dados indicam uma ligeira diminuição nas partidas de Braga pelo Caminho Português Central, que registou uma queda de 6,02% em termos homólogos. No entanto, o número global de peregrinos neste percurso cresceu 6,60%.
O aumento de peregrinos mostra Braga a consolidar-se como um ponto de partida relevante, com um contributo crescente do Caminho da Geira e dos Arrieiros. Segundo as associações que o promovem, foi percorrido este ano por mais de 1.200 peregrinos, havendo uma parte que não solicita a Compostela, logo não entra nas estatísticas oficiais.
O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela do Homem.
Nos últimos seis anos, foi percorrido por mais de 5.000 peregrinos, sobretudo de Portugal, Espanha, do resto da Europa, e de nações como do Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbaijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Correia do Sul, Colômbia, EUA, Japão, México, Porto Rico, Palestina e Uruguai.
Foi apresentado em 2017, em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019, e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).
O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, a via do género mais bem conservada do antigo império romano ocidental, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos poucos que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.
O Município de Barcelos consignou esta manhã a empreitada de “Beneficiação dos Caminhos de Santiago, em Tamel S. Fins, Aborim e Balugães”. Almejados há mais de dez anos, os trabalhos desta obra foram agora desbloqueados, após o IP – Infraestruturas de Portugal aprovar a intervenção que se vai desenvolver na Estrada Nacional 308, sendo que os trabalhos também incidem noutras vias, como a Estrada Regional 204, no seu troço a norte do Concelho.
A empreitada implica um financiamento de 409 mil euros (IVA incluído) e tem um prazo de execução de 270 dias.
sta obra vem complementar outras ações que o Município, de forma faseada, tem vindo a fazer em diversos troços do Caminho de Santiago, no sentido de criar condições de circulação mais cómodas e seguras para os peregrinos.
Relativamente aos trabalhos a executar, o projeto inicia-se no entroncamento com a EM 543, a 150m do Albergue da Casa da Recoleta, e termina o entroncamento com a EM 549, desenvolvendo-se numa extensão aproximada de 500m. Atravessa um pequeno aglomerado na parte inicial e zona florestal na parte final do percurso.
Atualmente, a circulação pedonal faz-se nas bermas e, por vezes, nas valetas, com exíguas condições de segurança para os utentes, o que potencia riscos acrescidos a automobilistas e peões. A intervenção visa a criação de um percurso pedonal formalizado em passeio em toda a extensão, o que implica a reformulação pontual do esquema de sinalização e segurança atualmente existente.
Quanto aos trabalhos na Estrada Nacional 308, o projeto prevê a criação de uma passadeira para peões, com um passeio na berma e valeta da faixa direita. Trata-se de uma solução de continuidade de percursos e pode constituir, por si só, um elemento atenuador de velocidades e de acalmia de trânsito, já que tem associada uma sequência de bandas cromáticas em cada faixa.
A empreitada inclui trabalhos referentes à drenagem de águas pluviais e colocação de sinalização rodoviária.