Albino António de Oliveira de Carvalho nascido em 1884 na Póvoa do Lanhoso, era comerciante no Alvito, Tomar, onde era conhecido por «Carvalho das Batatas».
Detido para averiguações a 26 de fevereiro de 1937, numa esquadra de polícia, foi enviado para a Prisão do Aljube, em Lisboa, onde permaneceu de 23 de março a 8 de agosto desse ano. Após uma passagem de quase dois anos pela Prisão de Peniche, entre agosto de 1937 e maio de 1939, regressou por uns dias ao Aljube, de 7 a 12 de maio de 1939, passando ainda pelo reduto norte da Prisão de Caxias, até embarcar para o Campo de Concentração do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, a 20 de junho de 1939.
Como desenlace deste périplo prisional, foi no Tarrafal que agonizou e acabou por morrer no dia 22 de outubro de 1941, aos 56 anos, vítima de doença, maus-tratos e falta de assistência médica.
Barcelos recebe este fim-de-semana o LÍNGUA - Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias
O Theatro Gil Vicente, em Barcelos, recebe este fim-de-semana a segunda edição do LÍNGUA - Festival Internacional de Teatro em Línguas Minoritárias que abre, na sexta-feira, com a peça "O Milagre das Cruzes", com interpretação em língua gestual portuguesa, promovendo o conhecimento e o contacto com uma língua minoritária através de uma obra protagonizada pela companhia de teatro da APACI (Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão), de Barcelos, que trabalha artisticamente a inclusão de pessoas com deficiência e/ou incapacidade através do teatro.
No sábado, da Galiza, chega o premiado trabalho "O Meu Mundo non é deste Reino" do Teatro da Ramboia, que traz a palco a língua galega e, de Marrocos, a companhia Blanc'art de Casablanca traz o espetáculo "Soupir" em dialeto darija. No domingo, o cartaz é dedicado ao público infantil, e é em língua cabo-verdiana ou crioulo que "Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto" sobe a palco pela mão do Saaraci Coletivo Teatral, companhia na diáspora entre Portugal e Cabo Verde.
O certame terá, ainda, um debate com criadores, programadores e diretores de companhias e associações internacionais, sobre a importância do teatro como expressão para a salvaguarda e a difusão das línguas minoritárias. Haverá também espaço para formação, com destaque da oficina para crianças sobre língua mirandesa, dirigida pelo autor e professor Duarte Martins. A música ocupa também destaque neste festival como um espetáculo de música tradicional galega do grupo “A Ponte Vella”, e um concerto do projeto “Sons de Barro” da Banda Musical de Oliveira.
A programação do LÍNGUA abarca o teatro em línguas minoritárias e transcende as suas fronteiras. O Festival abre-se ao teatro, amador, comunitário, popular, étnico, numa procura de teatros do mundo reais como são feitos e vividos no nosso tempo. A organização é da companhia Teatro de Balugas e do Clube UNESCO para a Salvaguarda do Teatro em Línguas Minoritárias, com o financiamento do Município de Barcelos, da Fundação INATEL e o apoio de várias entidades nacionais e internacionais.
Mario Lucio é uma das figuras mais reconhecidas da cena cultural e musical cabo-verdiana, tanto local como internacionalmente. Citando o nome de Mario Lucio aparece um músico, um cantor-compositor, e um dos principais artistas do país de todos os tempos. É o escritor mais premiado do país internacionalmente, o poeta que marca a viragem na nova poesia cabo-verdiana com o livro “Nascimento de Um Mundo”, um dos mais conceituados pensadores da sua geração, o autor do “Manifesto a Crioulização”, a obra mais atual sobre o fenómeno da Crioulização no mundo, de que é um pensador expoente, o Ministro da Cultura que lançou a nova epistemologia sobre a Cultura, com a obra “Meu Verbo Cultura”. Nasceu no Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde, a 21 de outubro de 1964 e por isso mesmo estas apresentações em 2024 com o foco do seu 60º Aniversário.
Carta de Joaquim de Saint Maurice para o Presidente da Junta Central do Partido Republicano Evolucionista, António José de Almeida, comunicando recepção de telegrama informando da indigitação do candidato às eleições seguintes pelo círculo de Cabo Verde, Augusto Joaquim Alves dos Santos, professor da Universidade de Coimbra. Datada de 26 de Junho de 1915.
Recorde-se que o Dr. Alves dos Santos foi um ilustre limiano, nascido na Freguesia de Santa Maria da Cabração.
Mario Lucio é uma das figuras mais reconhecidas da cena cultural e musical cabo-verdiana, tanto local como internacionalmente. Citando o nome de Mario Lucio aparece um músico, um cantor-compositor, e um dos principais artistas do país de todos os tempos. É o escritor mais premiado do país internacionalmente, o poeta que marca a viragem na nova poesia cabo-verdiana com o livro “Nascimento de Um Mundo”, um dos mais conceituados pensadores da sua geração, o autor do “Manifesto a Crioulização”, a obra mais atual sobre o fenómeno da Crioulização no mundo, de que é um pensador expoente, o Ministro da Cultura que lançou a nova epistemologia sobre a Cultura, com a obra “Meu Verbo Cultura”. Nasceu no Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde, a 21 de outubro de 1964 e por isso mesmo estas apresentações em 2024 com o foco do seu 60º Aniversário.
Albino António de Oliveira de Carvalho nascido em 1884 na Póvoa do Lanhoso, era comerciante no Alvito, Tomar, onde era conhecido por «Carvalho das Batatas».
Detido para averiguações a 26 de fevereiro de 1937, numa esquadra de polícia, foi enviado para a Prisão do Aljube, em Lisboa, onde permaneceu de 23 de março a 8 de agosto desse ano. Após uma passagem de quase dois anos pela Prisão de Peniche, entre agosto de 1937 e maio de 1939, regressou por uns dias ao Aljube, de 7 a 12 de maio de 1939, passando ainda pelo reduto norte da Prisão de Caxias, até embarcar para o Campo de Concentração do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, a 20 de junho de 1939.
Como desenlace deste périplo prisional, foi no Tarrafal que agonizou e acabou por morrer no dia 22 de outubro de 1941, aos 56 anos, vítima de doença, maus-tratos e falta de assistência médica.
Fonte: Museu do Aljube Resistência e Liberdade / ANTT
A convite de Isaías Varela, presidente da Câmara de São Domingos, cidade geminada com Barcelos, o presidente da Câmara, Mário Constantino, acompanhado pelo vereador Carlos Reis, esteve, no passado fim de semana, em Cabo Verde, a participar na cerimónia comemorativa do 28º aniversário daquele município.
A cerimónia oficial, que contou com a presença do presidente da República de Cabo Verde, teve lugar na histórica freguesia de Nossa Senhora da Luz, situada na Baía dos Alcatrazes, que é considerada a segunda e mais antiga povoação de Cabo Verde.
Na ocasião, o mais alto magistrado de Cabo Verde teve ocasião de testemunhar as palavras dos presidentes da Câmara de Barcelos e de São Domingos, que expressaram vontade de reforçar os laços de cooperação cultural e de formação profissional e científica.
Este foi o primeiro encontro entre os autarcas Mário Constantino e Isaías Varela, já que ambos lideram novos executivos municipais saídos vencedores das últimas eleições autárquicas.
As comemorações do 28º aniversário de São Domingos tiveram um significado muito especial, já que decorreram no mesmo dia e âmbito das celebrações do jubileu pelos 450 anos da freguesia Nossa Senhora da Luz, cuja emblemática igreja com o mesmo nome é um dos mais antigos templos católicos da África subsariana. A Baía dos Alcatrazes, onde está edificada a referida igreja, desempenhou um papel preponderante na história da descoberta de Cabo Verde e da Ilha de Santiago, em particular, tendo sido a sede da antiga Capitania de Alcatrazes, criada há mais de cinco séculos.
O arroz pica-no-chão - tal como ainda é designado no Minho a cabidela - é um dos mais afamados pratos da cozinha tradicional minhota. Mas, não existe quem não o aprecie um pouco por todo o país e ainda em terras longínquas onde as naus e caravelas nos levaram desde o século XV.
Com algumas semelhanças ao sarapatel – outra iguaria que os minhotos levaram até aos confins da Àsia – a Cabidela é atualmente uma especialidade da nosso cozinha tradicional muito apreciada em Cabo Verde onde é conhecida por “arroz de cabidela”, em Angola como “galinha à Cabidela”, em Macau que derivou na “Cabidela de Pato”, em Goa como “Cabidela de Leitão” e, no Brasil, como “Galinha ao molho pardo”. Em Angola, por vezes acompanhado por angu, termo proveniente do dialeto quimbundo que identifica um preparado de fubá ou seja, uma farinha produzida a partir do milho ou arroz moído. Foi no século XVIII introduzida no Brasil pelos portugueses, substituindo frequentemente a farinha de mandioca.
A utilização do sangue na confeção dos alimentos é um costume antigo de muitos povos. Entre nós, existem registos do seu emprego pelo menos desde o século XVI, com aplicação no cozinhar do pato, perú, porco, cabrito e outras peças de caça, além naturalmente da galinha que a imaginação dos minhotos levou a designar por “arroz pica-no-chão”.
O Município de Braga celebrou um protocolo de cooperação com o Município de São Miguel, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, no sentido de fortalecer as relações socioculturais e económicas entre os dois municípios.
O protocolo, formalizado por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, e por Herménio Fernandes, autarca da cidade cabo-verdiana, foi assinado no Salão Nobre dos Passos do Concelho e prevê a possibilidade de se desenvolver uma intensa actividade económica entre os dois municípios, através do incremento das relações comerciais com destaque para os sectores do agronegócio, do turismo e das economias criativas.
“Este protocolo vai permitir aprofundar as relações de cooperação e de parceria com o Município de São Miguel, tendo em vista o desenvolvimento socioeconómico e cultural dos munícipes das duas regiões”, referiu Ricardo Rio, sublinhando que este é “um passo importante para aproximar as duas regiões e iniciar uma cooperação profícua”.
O acordo vai estimular o intercâmbio, a troca de boas práticas administrativas de gestão pública, a troca de informações e de experiências no âmbito cultural, artístico, económico, educacional, turístico, científico e também desportivo.
Esta ligação pretende da uma melhor resposta às necessidades dos munícipes, apostando na excelência da gestão pública, com relevância para a eficácia, eficiência, inovação e rentabilização dos recursos ao serviço do desenvolvimento.
Esta troca de boas práticas é ainda uma oportunidade para fortes parcerias nos domínios da Protecção Civil, Polícia Municipal, Habitação, Desporto, Inovação, Educação, Formação, Cultura, Empreendedorismo, Género, Infância, Água, Saneamento e Ambiente.
O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, recebeu nos Paços do Concelho, no dia 15 de julho, o Presidente da Câmara Municipal de São Domingos, Cabo Verde, Isaías Varela, no âmbito de uma visita a Portugal com o propósito de reforçar a cooperação com municípios geminados, designadamente com o Município de Barcelos, cuja geminação remonta a 1997.
Durante a visita, Isaías Varela acompanhado do Vereador da Cultura, Indústrias Criativas, Juventude, Desporto, Voluntariado e Associativismo, Nélson Furtado Barros, e da Vereadora da Indústria, Turismo, Comércio, Empreendedorismo e Ambiente, Zuleika Bento Rodrigues, transmitiu muito agrado por estar, pela primeira vez, em Barcelos, afirmando que a “promoção de trocas culturais, sociais, educativas, turísticas ou outras, entre as populações dos dois municípios, e designadamente das suas diversas organizações representativas são os propósitos essenciais do acordo”.
Isaías Varela referiu que esta visita a Portugal tem como objetivo apresentar e fortalecer os laços de boas relações de amizade e de cooperação estabelecida ao longo dos anos com as cidades geminadas com S. Domingos, com o intuito ainda de relançamento, aprofundamento e dinamização da cooperação nas mais diversas áreas. O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos mostrou-se satisfeito com esta parceria de cooperação que dura há 24 anos, referindo que “nestes anos temos tido alguma relação de intercâmbio e espero que assim continue porque a troca de culturas e as realidades dos diferentes territórios levam a um conjunto de experiências que poderão contribuir positivamente para o desenvolvimento de relações de cooperação entre os dois municípios”.
Miguel Costa Gomes mostrou-se ainda disponível para fortalecer ainda mais estes laços com São Domingos, dentro do que é possível, salientando que “esta troca de culturas é importante e essencial para o desenvolvimento de ambas as cidades”.
Esta é a primeira deslocação de presidente da Câmara Municipal de São Domingos ao exterior desde que tomou posse no dia 25 de novembro de 2020, após vencer as eleições de 25 de outubro do mesmo ano.
O Concelho de São Domingos é um concelho/município rural da ilha de Santiago, Cabo Verde, com 137,6 km² e 13.305 habitantes. O Dia do Município é 13 de março.
Há sensivelmente um mês, o Instituto do Património Cultural (IPC) de Cabo Verde, que tem por missão a identificação, inventariação, investigação, salvaguarda, defesa e divulgação dos valores do património cultural, móvel e imóvel, material e imaterial da nação insular, antiga colónia portuguesa, localizada perto da corta noroeste de África, apresentou virtualmente o projeto do futuro Museu da Emigração de Cabo Verde.
A iniciativa, que visa a preservação e valorização da identidade cultural do arquipélago, formado por dez ilhas vulcânicas na região central do Oceano Atlântico, através de um espaço museológico que permita perpetuar e salvaguardar todo o processo histórico da emigração cabo-verdiana, constitui no âmbito da cultura lusófona uma excelente notícia e um projeto estruturante. Pois como assinalam os responsáveis do IPC, Cabo Verde é “historicamente desde a sua génese um país de emigração, migração interna entre as ilhas, emigração para o estrangeiro”, como seja, a emigração para o continente africano, como por exemplo, para outras antigas colónias lusas, designadamente São Tomé e Angola, e para vários países europeus, mormente para Portugal.
Na esteira das palavras do antropólogo Gaudino Cardoso, Cabo Verde, cuja metade da população vive fora do país, consequência da escassez de recursos naturais e da pobreza económica do território insular, constitui “Avenidas de Comunicação com o resto do Mundo”.
Uma “avenida de comunicação” que no caso concreto de Portugal contribui para que a comunidade cabo-verdiana seja atualmente uma das comunidades imigrantes mais representativas. No início deste século estimava-se que havia 83 000 descendentes ou originários de Cabo Verde a residirem no território nacional, dos quais 90% na Grande Lisboa. Como sustenta Sandra Maria Moreira Cabral da Veiga, na tese Os Emigrantes cabo-verdianos em Portugal: Identidade construída, os cabo-verdianos “constituem o grupo contemporâneo de emigrantes com níveis de consolidação mais significativos no contexto da sociedade portuguesa” e são “uma das mais importantes comunidades de emigrantes em Portugal, quer em termos numéricos, quer históricos”.
Futuro polo dinamizador das profundas relações históricas e culturais da nação cabo-verdiana com a pátria lusa e o mundo lusófono, o recente anúncio da criação do Museu da Emigração de Cabo Verde pode ter igualmente o condão de despertar em Portugal o adormecido projeto do Museu Nacional da Emigração, cuja criação foi aprovada, como recomendação, pela Assembleia da República, a 27 de outubro de 2017, e cuja construção está prevista desde 2018 em Matosinhos.
Um projeto, há muito ambicionado pelas comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, cuja passagem do papel para a realidade peca por tardia, que além de uma perspetiva polinuclear de articulação com vários museus municipais e regionais ligados ao fenómeno migratório, como é o caso por exemplo, do Museu das Migrações e das Comunidades, em Fafe, o Espaço Memória e Fronteira, localizado em Melgaço, e o Museu da Emigração Açoriana, instalado na Ribeira Grande. Deve igualmente, possuir uma dimensão de articulação e cooperação transnacional, não só com outros núcleos museológicos espalhados pelas comunidades portuguesas, como é o caso da Galeria dos Pioneiros Portugueses, um espaço museológico em Toronto, que se dedica à perpetuação da memória e das histórias dos pioneiros da emigração portuguesa para o Canadá, mas também com o mundo lusófono, como é o caso do vindouro Museu da Emigração de Cabo Verde.
Mais do que qualquer outra manifestação artística ou desportiva, é o folclore que mais contribui para a amizade e confraternização entre os povos, qualquer que seja a sua identidade nacional, étnica, racial ou cultural. Através da aceitação – e da admiração! – de diferentes culturas, o folclore jamais pretende impor padrões culturais, estabelecer “igualitarismos” que na realidade não existem, estabelecer critérios de superioridade. A diversidade é a sua verdadeira riqueza!
Diversas são as comunidades que se integram na nossa sociedade sem abdicarem da sua identidade cultural. Criam laços de amizade com o povo português e alcançam sucesso profissional. Não existem "povos perfeitos" mas, seguramente, os portugueses estarão longe de serem um povo mau!...
De norte a sul de Portugal realizam-se eventos de cariz etnográfico que respeitam a diversidade das culturas dos povos, da sua identidade. Cito, a título de exemplo, o FolkMonção, o ÂncoraFolk e o FolkLoures, sem desconsideração por numerosos outros eventos com a mesma dignidade mas cuja enumeração seria difícil de momento.
Aquilo que temos vindo a assistir – e nos entristece! – nada tem a ver com questões de ordem racial mas simplesmente de manipulação política. E, nesse sentido, apelamos a que todos os grupos folclóricos sejam criativos na organização dos seus eventos, integrando sempre que possível as comunidades imigrantes fixadas nas suas regiões.
- Queremos a paz e jamais deixaremos de nos manipular por oportunistas que procuram pescar em águas turvas!
ICCO, do Grupo ACO Shoes, de Vila Nova de Famalicão, vai crescer na ilha de São Vicente
O Governo de Cabo Verde esteve representado ao mais alto nível nas comemorações dos 25 anos da ICCO – Indústria de Componentes e Calçado Ortopédico, a empresa que o famalicense Armindo Costa fundou em 1993, como estratégia de internacionalização da ACO, empresa-mãe do grupo com sede em Mogege, Vila Nova de Famalicão.
O momento de cantar os parabéns aos 25 anos da ICCO, na presença do primeiro-ministro de Cabo Verde, com bolo e champagne para todos, foi uma manifestação de grande alegria, numa comunhão fraterna entre os responsáveis da empresa, autoridades políticas e os 250 trabalhadores.
Líder em Portugal na produção de calçado de conforto para senhora, que é vendido em 37 países, a ACO entrou em Cabo Verde para produzir gáspeas, que correspondem à parte superior do calçado, representando, em média, 55% do processo de fabrico de um par de sapatos ou sandálias.
Para Cabo Verde, país que importa quase tudo aquilo que consome, uma fábrica que exporta tudo aquilo que produz é um bem raro e de alto valor estratégico para a economia. O ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, fez questão de conhecer a empresa de capital português, o que aconteceu na manhã de sábado, 15 de setembro, data que, em 1993, foi o primeiro dia de trabalho na ICCO.
A celebração do aniversário aconteceu ao jantar, no Hotel Porto Grande, em Mindelo, a cidade da eterna Cesária Évora. O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, presidiu à cerimónia, ao lado de Armindo Costa, do ministro do Comércio e Indústria, Alexandre Monteiro, e do presidente da Câmara de São Vicente, Augusto Neves, e todos os colaboradores da empresa. Armindo Costa, por seu turno, tinha com ele toda a família, com destaque para os filhos Paula Costa e Fernando Costa e para o neto Diogo Costa, que estão a trabalhar no grupo.
O primeiro-ministro de Cabo Verde declarou que o seu Governo atribui “particular importância” às empresas que operam no setor exportador, por se tratar de uma área “essencial para Cabo Verde”, também geradora de empregos e rendimentos.
Para o chefe do Governo, mais do que comemorar 25 anos de existência, o momento é de celebrar “a capacidade empreendedora, o compromisso com Cabo Verde e com São Vicente”, de um empresário que “acreditou em Cabo Verde e investiu”. Por isso, assegurou que o seu Governo continua “muito interessado” em desenvolver, em conjunto, as medidas que se “mostrarem necessárias para a ICCO continuar a crescer, a exportar, a investir e a criar postos de trabalho, emprego e rendimento” para os seus colaboradores.
Na ocasião, Ulisses Correia e Silva aproveitou para lembrar algumas medidas que tomou desde que assumiu a governação, entre elas as questões fiscais, mas deixou a garantia de que na área dos transportes vão chegar “diversas soluções”, com “regularidade e previsibilidade”. Da mesma forma, anunciou que no campo da energia, o seu Governo encontra-se a trabalhar “em diversas frentes” para melhorar a eficiência energética com impacto nas tarifas. E até final do ano será criado um figurino de janela única para as operações de comércio externo, precisamente para facilitar todos os procedimentos relacionados com os negócios de importação e exportação.
“Podem contar com o Governo porque aqui estamos a casar interesses, é win-win [ganhar-ganhar], pois o país precisa ganhar mais com a exportação, com o emprego, e a empresa precisa de condições para criar mais emprego e fazer exportações”, concluiu Ulisses Correia e Silva.
O administrador e fundador da ICCO, Armindo Costa, por seu lado, disse que abraçou o projeto empresarial, em 1993, com os objetivos de garantir, por um lado, o crescimento internacional da ACO, empresa-mãe sediada em Vila Nova de Famalicão, que fundou em 1975, e, por outro, a partir de Portugal, contribuir para o desenvolvimento económico de Cabo Verde.
O empresário, que disse querer continuar a contar com a “excelência da mão-de-obra” cabo-verdiana, numa empresa cujo calçado é vendido em 37 países dos vários continentes, nos mercados “mais desenvolvidos do mundo”, anunciou projetos para fazer a ICCO, que atualmente emprega 250 pessoas, crescer e aumentar o número de postos de trabalho. “Mas há problemas de infraestruturas e de logística que precisamos ultrapassar”, advertiu, ao mesmo tempo que se mostrava “convicto na sensibilidade” do Governo às questões relacionadas com a eficácia no escoamento dos produtos da empresa. “O nosso compromisso com Cabo Verde é cada vez maior”, reiterou Armindo Costa, para quem o futuro da ICCO em Cabo Verde será “aquele que o país quiser”.
Por fim, e como prenda de aniversário, Armindo Costa anunciou que vai ser processado um mês de salário extra a todos os trabalhadores que se encontravam na empresa em 31 de Dezembro de 2017.
ACO, de Vila Nova de Famalicão, fabrica componentes de calçado na ilha de São Vicente. Grupo português é líder no calçado de conforto assinala 25 anos de presença em Cabo Verde
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Dias Monteiro, são dois dos convidados do empresário português Armindo Costa no jantar comemorativo dos 25 anos da presença do grupo de calçado ACO na ilha de São Vicente, que vai decorrer no próximo sábado, 15 de Setembro, a partir das 19h00, no Hotel Porto Grande, em Mindelo.
Com 80 anos, Armindo Costa, que em 1975 fundou a ACO – Fábrica de Calçado, empresa líder em Portugal no segmento do calçado de conforto, e que, entre 2002 e 2013 foi presidente do Município de Vila Nova de Famalicão, a sua terra natal, ainda lidera o projeto empresarial, agora com o apoio dos filhos, Fernando Costa e Paula Costa, e de um dos netos, Diogo Costa.
Em 1993, Armindo Costa escolheu Cabo Verde para investir na internacionalização da ACO – Fábrica de Calçado, nascendo, assim, a ICCO – Indústria de Componentes e Calçado Ortopédico, que colocou o Mindelo e a ilha de S. Vicente na rota das exportações do calçado de conforto. Hoje, a ICCO gera riqueza para a sociedade cabo-verdiana, proporcionando emprego e integrando a lista restrita dos grandes contribuintes para as Finanças do país.
“A celebração destes 25 anos de trabalho, cooperação e sucesso vai acontecer com um jantar-convívio a realizar no próximo dia 15 de Setembro, a partir das 19h00, no Hotel Porto Grande, em Mindelo, que será um encontro fraterno com os nossos parceiros e colaboradores”, afirma Armindo Costa, orgulhoso e feliz.
“Estamos a gerar riqueza para a sociedade cabo-verdiana, consolidando a presença da ACO em Portugal e no mundo”, afirma Armindo Costa, fundador e administrador da ICCO, adiantando que integrar o grupo dos grandes contribuintes de Cabo Verde é motivo “de orgulho, como investidor e empresário, pela boa gestão dos recursos, mas também motivo de responsabilidade perante a comunidade de S. Vicente e de Cabo Verde”.
A empresa que Armindo Costa fundou em Cabo Verde há 25 anos é participada em 98% pela portuguesa ACO – Fábrica de Calçado SA, com sede em Vila Nova de Famalicão, no Norte do país, da qual o empresário é fundador e presidente.
A fábrica cabo-verdiana começou a laborar em 1993, depois de os seus trabalhadores recrutados em Cabo Verde, a maioria do sexo feminino, terem recebido formação profissional na fábrica-mãe, em Portugal.
Na ICCO, são produzidos componentes para calçado de conforto, que correspondem a 55 por cento do processo produtivo. O transporte para Portugal – onde a produção é finalizada –, é feito por via aérea, o que garante o cumprimento dos prazos de entrega nos mercados internacionais.
Fundado em 1975, o grupo ACO Shoes emprega um total de 810 pessoas em três fábricas: 400 na empresa-mãe, em Vila Nova de Famalicão; 160 na ECCO Conforto, em Ponte de Lima; e 250 na ICCO, em Cabo Verde.
Anualmente, o grupo ACO, que é líder nas exportações portuguesas de calçado de conforto, produz 1,5 milhões de pares de sapatos, gerando um volume de negócios na ordem dos 35 milhões de euros.
O calçado do grupo ACO é vendido em 37 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Áustria, Austrália, Bélgica, Bielorrússia, Canadá, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, EUA, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Israel, Japão, Letónia, Lituânia, Noruega, Polónia, Portugal, Quirguistão, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.
Empresa de Armindo Costa, ex-autarca de Famalicão, está no país africano há 25 anos
A ICCO – Indústria de Componentes e Calçado Ortopédico, Limitada, empresa de Cabo Verde fundada em 1993 pelo empresário português e ex-presidente do Município de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, na ilha de São Vicente, passou a integrar a lista restrita de 139 grandes contribuintes do país, segundo revela um despacho assinado pelo ministro das Finanças, Olavo Correia, publicado recentemente no Boletim Oficial da República de Cabo Verde.
Em Cabo Verde, são considerados grandes contribuintes as entidades com um volume de negócios anual superior a 200 milhões de escudos cabo-verdianos (o equivalente a 1,8 milhões de euros) e entidades com um valor global de impostos pagos superior a 15 milhões de escudos cabo-verdianos (136 mil euros). A informação pública sobre os 139 grandes contribuintes é apresentada por ordem alfabética, não sendo revelados os valores do volume de negócios ou dos impostos pagos.
Estes critérios de seleção estão definidos na Portaria nº 55/2013, de 5 de novembro, do Ministério das Finanças e do Planeamento de Cabo Verde, documento que regula a criação da Repartição Especial dos Grandes Contribuintes.
NOVOS INVESTIMENTOS
“Em 1993, fomos ajudados pelo Governo de Cabo Verde, com estímulos ao investimento, decorrentes do facto de termos sido uma das primeiras empresas francas de capital estrangeiro a instalar-se no país. Passados 25 anos, estamos a retribuir, gerando riqueza para a sociedade cabo-verdiana”, afirma Armindo Costa, fundador e administrador da ICCO.
Em sua opinião, integrar o grupo dos grandes contribuintes de Cabo Verde é motivo “de orgulho, como investidor e empresário, pela boa gestão dos recursos, mas também motivo de responsabilidade perante a comunidade de S. Vicente e de Cabo Verde”.
“Estamos felizes em Cabo Verde e vamos continuar por muitos e bons anos. Cabo Verde é o país mais europeu de África, tem uma moeda estável, sendo talvez o país africano que mais se identifica com Portugal”, adiantou o presidente do grupo ACO Shoes, revelando que tem na forja o desenvolvimento de um projeto de crescimento industrial em Cabo Verde, onde atualmente laboram 250 funcionários.
“O nosso projeto de crescimento em Cabo Verde, que a seu tempo revelaremos, é o nosso compromisso com o país. Cabo Verde é bom para investir, dispondo de uma localização estratégica que foi importante no passado e continuará a ser importante no futuro”, considera Armindo Costa.
CABO VERDE PRODUZ COMPONENTES
A empresa que Armindo Costa fundou em Cabo Verde há 25 anos é participada em 98% pela portuguesa ACO – Fábrica de Calçado SA, com sede em Vila Nova de Famalicão, no Norte do país, da qual o empresário é fundador e presidente.
A fábrica cabo-verdiana começou a laborar em 1993, depois de os seus trabalhadores recrutados em Cabo Verde, a maioria do sexo feminino, terem recebido formação profissional na fábrica-mãe, em Portugal.
Na ICCO, são produzidos componentes para calçado de conforto, que correspondem a 55 por cento do processo produtivo. O transporte para Portugal – onde a produção é finalizada –, é feito por via aérea, o que garante o cumprimento dos prazos de entrega nos mercados internacionais.
Fundado em 1975, o grupo ACO Shoes emprega um total de 810 pessoas em três fábricas: 400 na empresa-mãe, em Vila Nova de Famalicão; 160 na ECCO Conforto, em Ponte de Lima; e 250 na ICCO, em Cabo Verde.
Anualmente, o grupo ACO, que é líder nas exportações portuguesas de calçado de conforto, produz 1,5 milhões de pares de sapatos, gerando um volume de negócios na ordem dos 35 milhões de euros.
Com marcas próprias e também em regime de “private label”, o calçado da ACO é vendido em 37 países de cinco continentes (Europa, Ásia, África, Oceania e América). Assim, os sapatos produzidos em Vila Nova de Famalicão podem ser encontrados na África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Áustria, Austrália, Bélgica, Bielorrússia, Canadá, Dinamarca, Emiratos Árabes Unidos, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Israel, Japão, Letónia, Lituânia, Noruega, Polónia, Portugal, Quirguistão, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.
Lídia Dias realizou visita a Santa Cruz e Tarrafal
O Coro Académico da Universidade do Minho (CAUM) organizou o Projecto Solidário "Prometeu" com o objectivo de o implementar nos municípios de Santa Cruz e do Tarrafal, na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. O projecto levou a cultura portuguesa a nível musical e social, de forma a potenciar laços e sinergias interculturais.
A convite do CAUM, Lídia Dias, vereadora da Cultura e Educação do Município de Braga, esteve três dias no Município de Santa Cruz testemunhando o trabalho de intervenção junto da comunidade e participando nas dinâmicas de grupo.
Encontros com o presidente da Câmara de Santa Cruz, Carlos Silva, e o seu executivo, com o Embaixador da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, com a Delegada de Saúde, com a directora e professores do Liceu Alfredo da Cruz Silva foram momentos importantes de troca de informações e de partilha de experiências, procurando estreitar relações de amizade e possíveis cooperações.
Representantes dos governos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste reunidos de 28 e 30 de julho
Caminha acolhe, na próxima semana,a X Conferência de Ministros da Juventude e Desporto da CPLP, recebendo os representantes dos governosde Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O encontro terá lugar entre os dias 28 a 30.
Na IXª Conferência, realizada na Ilha do Sal, em Cabo Verde, ficou acordado que a cimeira de 2017 teria lugar em Portugal e Caminha foi o concelho escolhido para receber este evento. Esta será, provavelmente, a mais importante cimeira setorial internacional realizada no concelho de Caminha, e que decorrerá no fim-de-semana em que aqui também ter lugar a Feira Medieval.
Na presidência desta Conferência estará oministro da Educação de Portugal, Tiago Brandão Rodrigues, que irá realizar a sessão de abertura.Esta conferência, decorre na sequência dos termos da Resolução 18/2016, de 17 de julho, em que os ministros participantes na IX Reunião acordaram, conforme referimos, realizar a próxima Reunião em 2017 e em Portugal.
A Conferência será uma oportunidade para apresentação e discussão de temas pertinentes e atuais comuns nas áreas da Juventude e do Desporto do espaço da CPLP.Entre os documentos estratégicos, serão analisados o relatório de atividade de 2016, o plano de atividades 2017/2018 e assuntos relativos aos Jogos Desportivos de 2018, bem como outros projetos estruturantes para o futuro da Conferência.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão a convite de Clemente Garcia, presidente do Município de São Domingos, em Cabo Verde, fez-se representar nas cerimónias do vigésimo terceiro aniversário deste Município, realizadas entre os dias 10 e 14 deste mês, através do seu Vice-Presidente, Ricardo Mendes e outro elemento da autarquia.
Durante a curta visita àquele concelho, o Vereador famalicense transmitiu ao edil de São Domingos a disponibilidade de Vila Nova de Famalicão colaborar com o Município cabo-verdiano em domínios onde este revela maiores carências.
Apresentou como exemplo um contacto que fizera com um responsável da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Famalicenses e que este de imediato dera conta da disponibilidade da corporação em oferecer viaturas suas aos seus homólogos de São Domingos. Prometeu ainda diligenciar junto de outras corporações, enquanto responsável pelo Pelouro da Proteção Civil, para se encontrar mecanismos de cooperação com a autarquia cabo-verdiana, especialmente através da doação de equipamentos.
Outra área que mereceu uma abordagem sumária entre os responsáveis das duas autarquias foi a eventual cooperação a nível técnico entre serviços. O eleito do Movimento para a Democracia (MPD), Clemente Garcia, deu conta que veria com bons olhos essa cooperação, especialmente na área da formação de Recursos Humanos tendo o autarca famalicense apontado áreas como a Proteção Civil, Modernização Administrativa, Ação Social, Educação, Empreendedorismo e Jurídico como possibilidades de trabalho a explorar e passíveis de serem estabelecidas parcerias.
Refira-se ainda que, durante a Sessão Solene do Aniversário de São Domingos, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão assinalou que constatara com imenso agrado que a grande aposta do executivo local eram as pessoas e que face ao elevado grau de necessidades sentidas no terreno este enveredara por uma gestão de qualidade, rigor e transparência. Afiançou que“também aqui, Vila Nova de Famalicão e São Domingos estão irmanados, pois este é tipo de gestão que temos seguido”.
Apesar de São Domingos ser um Município rural, cuja atividade económica assenta ainda maioritariamente na agricultura, e de dimensão média (tem 37,6 quilómetros quadrados de área e cerca de 15.000 habitantes), é de assinalar a presença do Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, nas cerimónias do dia 13 e a especial atenção que este deu aos eleitos locais de Portugal presentes na ocasião, colocando perguntas sobre os mais diversos assuntos.
Ricardo Rio recebeu o Presidente do Município da Ribeira Brava, de Cabo Verde. Encontro visou discutir cooperação entre os dois Municípios
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, recebeu esta Quarta-feira, dia 15 de Junho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o presidente da Câmara da Ribeira Brava, da ilha de São Nicolau, em Cabo Verde, Carlos Barbosa. De visita a Portugal, o autarca da Ilha de São Nicolau veio apresentar cumprimentos à autarquia Bracarense e discutir futuras possibilidades de cooperação entre os dois Municípios.
Na reunião mantida com o edil cabo-verdiano, Ricardo Rio destacou os “fortes laços que existem entre os dois povos e mais concretamente entre Braga e a Ilha de São Nicolau”, existindo uma geminação desde 1992. O autarca Bracarense demonstrou total disponibilidade do Município em aprofundar a colaboração com a Ribeira Brava, dando o exemplo de outro tipo de cooperações que Braga tem com outros Municípios de Cabo Verde, como o Tarrafal ou com a Ilha de Santiago, onde a Universidade do Minho desenvolveu um projecto de voluntariado internacional. Além disso, foi também destacado o importante papel que a comunidade estudantil cabo-verdiana tem nas universidades do Minho e Católica de Braga.
Carlos Barbosa destacou que a Ribeira Brava está neste momento empenhada em projectos nas áreas desportivas, da protecção civil e no desenvolvimento económico e social, fortalecendo a cooperação nestas áreas com o Município Bracarense. Ficou acordado nesta reunião que, a breve prazo, irão ser desenvolvidos contactos directos entre os diversos pelouros no sentido de desenvolver parcerias nestas e noutras áreas em que seja possível.
O Presidente da Câmara Municipal de Braga destacou também o seu empenho no estreitamento das relações internacionais e empresariais com os países africanos de língua portuguesa, sendo Cabo Verde um dos alvos prioritários neste sentido. “As empresas Bracarenses podem também ter aqui uma oportunidade de negócios, pois há investimentos a ser feitos que podem ser proveitosos para as nossas empresas”, defendeu Ricardo Rio.
São Nicolau é uma das ilhas do Barlavento de Cabo Verde. Povoada pela primeira vez no século XVI, é conhecida pelas suas montanhas e pela principal vila, Ribeira Brava, há muito sede da diocese de Cabo Verde. A sua outra vila é o porto do Tarrafal. O crescimento notório verificado despertou nas populações locais o desejo de autonomia, concretizada com a elevação da região do Tarrafal a Concelho, em 2005, resultado da desanexação de parte do território do concelho de São Nicolau, que passou a denominar-se concelho da Ribeira Brava. Esta é uma das regiões com quem Braga tem mais fortes relações em Cabo Verde.