João Alpuim Botelho nasceu em 1967, em Viana do Castelo. Licenciado em História (FLL, 1989), possui o Mestrado em Museologia, tendo defendido uma tese sobre “Panorama Museológico do Alto Minho” (U.N.L., 2007).
Desde 1991, trabalha na Câmara Municipal de Viana do Castelo e, desde 1999, foi responsável pelo Museu do Traje, criado em 1997, com a gestão e direção da instalação e processo de adesão à Rede Portuguesa de Museus concluído em 2004.
No âmbito da sua atividade no Museu do Traje realizou cerca de 20 exposições de temática etnográfica, ligada à investigação e pesquisa da vida rural tradicional e da identidade alto minhota.
Publicou, entre catálogos e artigos, cerca de 50 trabalhos sobre a mesma temática. Destes trabalhos relevo a edição de Uma Imagem da Nação, O Traje à Vianesa, com Benjamim Pereira e António Medeiros (ed CMVC, 2009)
Ainda no âmbito dos Museus desenvolvi um conjunto de Núcleos Museológicos situados nas freguesias do Concelho de Viana do Castelo, que dispõe de cinco em funcionamento (Moinhos de Vento de Montedor, em Carreço; Moinhos de Água, em S.L. Montaria; do Pão, em Outeiro; do Sargaço, em Castelo de Neiva; das actividades Agro-Marítimas, em Carreço) estando esta rede em permanente alargamento.
Desde Julho de 2009 sou Chefe de Divisão de Museus da Câmara Municipal de Viana do Castelo, tendo a meu cargo dois Museus que integram a Rede Portuguesa de Museus: o Museu de Arte e Arqueologia e o Museu do Traje
Iniciou a sua vida profissional no Centro Nacional de Cultura com Helena Vaz da Silva, no Dep de Divulgação Patrimonial em 1990/91. Entre 1995 e 2002 deu aulas no Curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPVC de História de Artes e Ofícios Tradicionais, Animação Cultural e Património e Museologia.
Entre 2002 e 2005, foi Diretor Executivo da Culturporto – associação de produção cultural privada, financiada pela Câmara Municipal do Porto, responsável pela gestão do Teatro Rivoli e pela Animação da Cidade. Durante este período, e para além da atividade normal do teatro Rivoli, organiza o projeto Bairros - projeto de criação artística com crianças de bairros desfavorecidos, a Festa na Baixa, conjunto de atividades de animação e divulgação do património da Baixa do Porto, o Capicua 2002, Ciclo de programação comissariado por Eduardo Prado Coelho, o Pontapé de Saída, ciclo de programação de encontro entre as artes e o futebol, no âmbito do Euro 2004, Colóquio Encenação do Passado, com Marc Augé, Vítor Oliveira Jorge, Jorge Freitas Branco, Nuno Carinhas, Abertura da Livraria do Rivoli, primeira livraria do Porto dedicada às Artes de Palco, Fundação da Sem Rede, Rede de Programação de Novo Circo, para a divulgação da disciplina de novo circo, integrada por 13 espaços culturais.
Integrou o Grupo de Trabalho para a Animação da Cidade durante o Euro 2004, criado pela Câmara Municipal do Porto para a coordenação da animação da cidade durante o Campeonato Europeu de Futebol e também a Comissão Executiva da exposição Homenagem a Fernando Galhano: 1904 -1994, na Biblioteca Almeida Garrett, em Novembro de 2004.
Realizou a Exposição Sala do Oriente de José Rodrigues Proposta para uma viagem, no Convento de S. Paio, Vila Nova de Cerveira, em Dezembro de 2006.
Atualmente é o responsável pelo Museu Bordalo Pinheiro, um dos museus municipais de Lisboa.
A Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas de Braga e a Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Fafe, com a colaboração do Município de Fafe, vão levar a efeito uma simbólica homenagem ao Dr. Parcídio Summavielle, ex-presidente da Câmara de Fafe, e nele a todos os resistentes e antifascistas do concelho, no próximo dia 27 de março, uma quarta-feira, aproveitando o aniversário natalício dessa figura ímpar de fafense, de resistente e de democrata. Um homem de Abril.
A sessão tem lugar no salão nobre do Teatro-Cinema, a partir das 18.00 horas, durante a qual serão abordados aspetos da vida e obra de Parcídio Summavielle, pelos seguintes oradores:
- Paulo Sousa (em nome da Comissão Promotora de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga)
- Artur Coimbra (Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em Fafe)
- Ricardo Gonçalves (convidado)
- Parcídio Summavielle (homenageado)
- Presidente da Câmara (encerramento).
No final, serão cantados os parabéns ao aniversariante.
A APP BioRegisto, uma inovadora iniciativa da Câmara Municipal de Viana do Castelo, já registou um total de 3.195 observações submetidas correspondentes a 792 espécies registadas e validadas e 220 utilizadores registados. Criada em 2018, a aplicação móvel tem um fim científico, mas destina-se a todos os públicos e corresponde a uma plataforma de ciência cidadã lançada pelo município para registo de observações da biodiversidade.
Os dados reportados no BioRegisto são utilizados tanto pelo Município de Viana do Castelo em ações de educação ambiental, por exemplo, como por grupos de investigação a nível nacional em trabalhos académicos. A APP BioRegisto constitui a primeira plataforma de Ciência Cidadã que o município coloca à disposição de todos os públicos, permitindo a identificação de espécies de todo o território nacional. Permite, assim, a qualquer cidadão, inserir registos fotográficos de espécies animais, vegetais, rastos e vestígios de qualquer localização.
A plataforma visa a divulgação do património biológico, contribuindo para a sua conservação através do conhecimento. Desde 2020, conta com uma aplicação móvel, facilitando e agilizando a participação de todos.
Cumprindo os princípios de ciência cidadã, estabelecidos pela Associação Europeia de Ciência Cidadã, o BioRegisto encontra-se integrado na EU-Citizen.Science - plataforma online para partilha de conhecimentos, ferramentas, formação e recursos de ciência cidadã.
Com o objetivo de auxiliar os utilizadores da plataforma BioRegisto e outros cidadãos interessados a identificar espécies em saídas de campo e a reconhecerem e registarem através de fotografia características úteis para a identificação dos seres vivos, o município tem vindo a realizar ciclos de workshops teórico-práticos orientados por especialistas reconhecidos a nível nacional.
Estes ciclos de workshops BioRegisto efetuam-se desde 2022 e contam com uma forte adesão do público. Neste ano, serão realizados seis workshops com os temas: “Flora invasora” (dia 23 de março, das 10h – 17h; formadora: Elizabete Marchante, Universidade de Coimbra); “Mamíferos” (dia 20 de abril, das 10h – 12h; formador: Vasco Flores Cruz); “Répteis” (dia 18 de maio, das 10h – 12h; formador: Vasco Flores Cruz); “Flora aquática, ripícola e halófita” (dia 6 de julho, das 10h -12h; formador: Jael Palhas, Universidade de Coimbra); “Líquenes” (dia 26 de outubro, das 10h – 12h; formadora: Joana Marques, Universidade do Porto); e “Cogumelos” (dia 9 de novembro, das 10h – 17h: formador: Rui Cardoso, Associação Aldeia).
É objetivo do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental dar continuidade e promover este projeto, fomentando junto do público em geral e do público escolar o aumento do conhecimento sobre a biodiversidade do território.
As constituintes de 1911 e os seus deputados / obra compilada e dirigida por um antigo official da Secretaria do Parlamento. - Lisboa : Livr. Ferreira, 1911. - 541 p.; 20 cm (Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal)
Francisco de Paula Rodrigues Alves (Guaratinguetá, 7 de julho de 1848 – Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1919) foi um advogado e político brasileiro, conselheiro do Império, presidente da província de São Paulo, presidente do estado de São Paulo, ministro da fazenda e quinto presidente do Brasil.
Governou São Paulo por três mandatos: entre 1887 e 1888, como presidente da província, como quinto presidente do estado de 1900 a 1902 e como nono presidente do estado de 1912 a 1916.
Elegeu-se duas vezes presidente da República, cumprindo integralmente o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo mandato (que deveria se estender de 1918 a 1922).
Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu em 7 de julho de 1848 na Fazenda do Pinheiro Velho, bairro do Machadinho, em Guaratinguetá, terceiro filho de Isabel Perpétua de Marins e Domingos Rodrigues Alves.[1] Sobre seu pai, Rodrigues Alves dedicou a seguinte nota em seus escritos:
“Meu pai. Veio para o Brasil em 1832, no brigue Rio Lima partindo de Viana e chegando com quarenta e seis dias de viagem. Trouxe a fortuna de 12 vinténs em prata. Depois de uma permanência de cinco anos no Rio, empregado no comércio, enfermou (disseram os médicos que estava sofrendo do coração) e aconselharam-no a seguir para o interior. Foi para Guaratinguetá, onde se dedicou ao comércio e lavoura, constituindo família. Faleceu em 5 de maio de 1912. Eu acabava de tomar posse do governo do Estado.”
Passou sua infância no sobrado da família localizado no Largo do Rosário (atual Praça Conselheiro Rodrigues Alves), fazendo os estudos primários em sua cidade natal. Com 11 anos foi enviado para estudar no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro; concluiu os estudos secundários em 1865, ingressando no ano seguinte na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1870.
De volta a Guaratinguetá, é nomeado promotor interino, sendo depois efetivado. Em 1873 torna-se juiz municipal e posteriormente substituto do juiz de direito da comarca. Nesse mesmo período correu seu primeiro mandato como deputado provincial pela Província de São Paulo. Em 11 de setembro de 1875 casou-se com Ana Guilhermina de Oliveira Borges, e mudam-se para a casa construída anos antes a mando do pai de Ana Guilhermina, José Martiniano de Oliveira Borges, que hoje abriga o Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues Alves. Nos anos seguintes atua como advogado em Guaratinguetá e se torna sócio de duas empresas ligadas à sua família: a “Viúva Borges e Genros”, responsável pela fazenda Três Barras, em Guaratinguetá, e a “Rodrigues Alves e Irmão”, que administrava fazendas em Jaú e São Manuel. A fazenda Três Barras havia sido adquirida em 1858 por José Martiniano, sogro de Rodrigues Alves e de seu irmão e sócio, o Coronel Virgílio Rodrigues Alves, casado com sua filha Maria Guilhermina de Oliveira Borges. As terra que compunham as duas empresas foram posteriormente incorporadas à “Companhia Agrícola Rodrigues Alves”, administrada pelos descendentes de Rodrigues Alves e Virgílio. Ainda em Guaratinguetá, colabora no periódico “O Parahyba”. Em 1891 perdeu a filha mais velha, Guilhermina, acometida de tifo, e mais tarde no mesmo ano a esposa, falecida durante o parto. Não chegou a se casar novamente, e suas filhas Catita (Ana) e Marieta (Maria) cumpriram o papel de primeiras-damas em seu mandato como presidente da República. O estilo reservado do de Rodrigues Alves lhe trouxe a fama de dorminhoco, o que o fez ser chamado de “Morfeu” e “Soneca” pela sátira política. Outra alcunha era a de “Papai Grande”, recebida nos tempos de presidência da república.
Por ocasião de sua chegada ao Rio de Janeiro para tomar posse como presidente, a revista satírica “O Malho” não perdoou seu tipo simples, descrevendo-o “com as suas calças cor de pinhão, com o seu chapeuzinho de coco, com o seu ar pacatão de provinciano solene. Ninguém diria, se não fosse todo o engrossamento do pessoal, que ali estava o presidente da República: parecia simplesmente o presidente da câmara municipal de Guaratinguetá”.
Fonte: Wikipédia
Dr. Rodrigues Alves circulando no Rossio, em Lisboa, por ocasião da sua vinda a Portugal
FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES - EX-PRESIDENTE DO BRASIL - DESCENDIA DE NATURAIS DA CORRELHÃ (PONTE DE LIMA)
Domingos Rodrigues Alves, pai de Francisco de Paula Rodrigues Alves, era natural da Correlhã, em Ponte de Lima
Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu em 7 de julho de 1848 na Fazenda do Pinheiro Velho, bairro do Machadinho, em Guaratinguetá, terceiro filho de Isabel Perpétua de Marins e Domingos Rodrigues Alves. Sobre seu pai, Rodrigues Alves dedicou a seguinte nota em seus escritos:
“Meu pai. Veio para o Brasil em 1832, no brigue Rio Lima partindo de Viana e chegando com quarenta e seis dias de viagem. Trouxe a fortuna de 12 vinténs em prata. Depois de uma permanência de cinco anos no Rio, empregado no comércio, enfermou (disseram os médicos que estava sofrendo do coração) e aconselharam-no a seguir para o interior. Foi para Guaratinguetá, onde se dedicou ao comércio e lavoura, constituindo família. Faleceu em 5 de maio de 1912. Eu acabava de tomar posse do governo do Estado.”
Fonte: Ilustração Portugueza, 2ª Série, nº 676, 3 Fevereiro 1919 / Hemeroteca Municipal de Lisboa
Cantor Zeca Afonso descendia pelo lado materno de famílias limianas
Passam precisamente 37 anos desde a data do falecimento do cantor José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos - vulgo Zeca Afonso.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos de seu nome completo, era filho de José Nepomuceno Afonso dos Santos, natural do Fundão, e de Maria das Dores Dantas Cerqueira. Aliás, Zeca Afonso viveu em Ponte de Lima os primeiros três anos de vida, antes de ter sido levado para Angola.
Sua mãe foi professora primária e nasceu em Ponte de Lima nos começos do século XX. Outros antepassados do cantor eram oriundos de Arcozelo e São Martinho da Gandra. Domingos José Cerqueira, seu avô materno, foi professor de instrução primária em Ponte de Lima. Porém quis o destino que José Afonso viesse a nascer em Aveiro, em 2 de agosto de 1929.
Angola, Moçambique, Belmonte, Coimbra, Faro e Setúbal são algumas referências geográficas que se encontram na rota da sua vida. Ponte de Lima é, porventura a menos conhecida. De resto, além de não ter ao que se saiba vivido alguma vez em terras limianas, também não deverá ter encontrado matéria-prima para as suas letras, apesar da fonte de inspiração que o rio Lima sempre constituiu para muitos poetas.
Domingos Cerqueira – autor da “Cartilha Escolar” e tio materno de Zeca Afonso – nasceu em Ponte de Lima!
Sarah Affonso e Almada Negreiros em Moledo, concelho de Caminha
Sarah Affonso nasceu no dia 13 de maio de 1899, em Lisboa.
Passou a infância e a adolescência no Minho, cujas paisagens e costumes marcaram profundamente a sua obra. Estudou pintura na academia de Belas-Artes em Lisboa, onde foi aluna de Columbano Bordalo Pinheiro e onde fez a sua primeira exposição, antes de prosseguir os estudos em Paris. Seguiu as correntes modernistas, cultivando no entanto a arte popular, e afirmando-se como pintora nas primeiras décadas do século XX, altura em poucas mulheres o faziam.
Artista multifacetada, Sarah Affonso foi também ilustradora de livros para crianças, sendo dela os desenhos que ilustram “A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen. Casou-se com Almada Negreiros, artista multidisciplinar e modernista, cuja personalidade admirava. O retrato que fez de um dos seus filhos recebeu o prémio Amadeo de Souza-Cardoso.
Morreu no dia 15 de dezembro de 1983, em Lisboa.
Veja o vídeo da conferência “Os Dias das Pequenas Coisas - Conversas Sobre Sarah Affonso”, que decorreu em 2019 no Museu Nacional de Arte Contemporânea:
3.º Congresso Ibero-americano decorre no Altice Forum Braga
Durante três dias, a Cidade de Braga recebe o 3.º Congresso Ibero-americano de Biotecnologia. O “BIO.IBEROAMÉRICA 2022” reúne, no Altice Forum Braga, cientistas, empreendedores, indústria e clínicos, que desenvolvem a sua investigação e o seu trabalho na área da Biotecnologia.
A sessão de abertura decorreu esta Quinta-feira e contou com a presença de Ricardo Rio que lembrou que a Biotecnologia é “uma das mais importantes chaves” para responder aos desafios actuais e futuros da sociedade. Para o Autarca, a realização deste congresso em Braga deve-se “sobretudo à capacidade científica instalada na Cidade” que, quer no INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, quer na Universidade do Minho, têm desenvolvido um trabalho muito relevante com impacto na sociedade, através da transposição efectiva para o tecido empresarial do conhecimento cientifico que vai sendo produzido neste sector.
“Braga olha com muita expectativa para este sector da biotecnologia. A nível municipal, uma temos a Startup Braga que, além das tecnologias de informação, da nanotecnologia e das ciências da saúde, tem na Biotecnologia uma das áreas estratégicas de sua actuação. Por isso, estamos muito receptivos a novos projectos e novas ideias de negócio para este sector”, começou por referir Ricardo Rio.
Lembrando que Biotecnologia é um sector em contínuo crescimento e que possui grande impacto no desenvolvimento do mundo sustentável, o presidente da Câmara Municipal garantiu que Braga “está particularmente comprometida com o desenvolvimento sustentável” e disponível para ser “um verdadeiro laboratório vivo para novas experiências, novos conceitos e novos serviços que possam ser desenvolvidos na área da biotecnologia”.
Este congresso, que nas edições anteriores foi realizado em Salamanca e em Brasília, apresenta-se como uma oportunidade para as sociedades de Biotecnologia do espaço ibero-americano em aprofundar as áreas de desenvolvimento no sector.
“Ao longo dos últimos anos, Braga colocou-se como uma referência internacional, assumindo-se como uma verdadeira Capital da Inovação em vários domínios de actividade e esse reconhecimento deve-se também ao percurso muito importante de todos os que cá trabalham nesta área da Biotecnologia”, concluiu Ricardo Rio.
O Congresso será preenchido com apresentações, debates, workshops e diversas acções paralelas de forma a reforçar a colaboração entre os investigadores e todos os agentes económicos e sociais que desenvolvem a sua actividade em Biotecnologia em Portugal, em Espanha e na América Latina.
A sessão de abertura contou ainda com a participação de Lars Montelius, director do INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, Lorenzo Pastrana, responsável pelo gabinete de Investigação, Tecnologia e Inovação do INL, e de José Teixeira, presidente da Sociedade Portuguesa de Biotecnologia.
O “BIO.IBEROAMÉRICA 2022” vai abordar temas que abrangem as diferentes áreas da Biomedicina e Biomateriais, Biotecnologia Agrícola, Marinha, Alimentar, Ambiental e Industrial (Bioenergia e Biorremediação), Biotecnologia Molecular, Biologia de Sistemas e Engenharia Metabólica, Birreactores, Biocatálise, Processos de Separação e Biossensores, Biotecnologia Quântica, Nano biotecnologia, bioinformática, Ética e Sociedade.
A convite da Associação Cidadãos de Esposende, um dos mais prestigiados biólogos nacionais esteve em Esposende para avaliar alguns pontos marcados como de interesse turístico e paisagístico no concelho de Esposende, espaços englobados na Rede de Observatórios da Natureza.
Nuno Gomes Oliveira é Doutorado em Biologia pela Univ. de Coimbra, licenciado em Biologia pela Univ. de Bordéus e diplomado em Ecologia Humana pela mesma Universidade, foi fundador em 1974, do Núcleo Português de Estudo e Proteção da Vida Selvagem e autor dos projetos Parque Biológico de Gaia, Parque Biológico de Vinhais, Reserva Natural Local do Estuário do Douro é autor de vários livros e centenas de artigos e palestras.
A visita às estruturas teve início no “Observatório de Esposende”, localizado a escassos metros da marginal de Esposende que foi imediatamente catalogado como “uma peça interessante”, mas não como um observatório de aves já que o acesso e posição de observação estão erradas, deixando Nunes de Oliveira a indicação que seria importante investir na ajuda de um ornitólogo experiente que certamente teria obtido resultados muitos melhores.
O segundo local visitado, a “Torre de Observação Panorâmica de Belinho”, uma estrutura com 12 metros de altura, que para Nunes de Oliveira fase ao seu deplorável estado de conservação aconselha à urgente reparação ou desmontagem, sendo ainda alvo de reparo a localização, exatamente do lado oposto ao que seria previsto num observatório.
A última estrutura visitada, “Observatório da Redonda” em Marinhas foi também alvo de reparos, para o Biólogo Nunes de Oliveira é um observatório em que pouco se observa já que esta mal posicionado algo tão primário como a aproximação não foi tida em conta.
Para o prestigiado Biólogo os locais visitados em Esposende são investimentos feitos sem critérios técnicos e condenados à falta de manutenção o que os torna/tornou rapidamente obsoletos, sendo motivo (eles próprios) de degradação da paisagem.
A Associação Cidadãos de Esposende já tem previsto a visita para o próximo mês de mais uma personalidade nacional com o objetivo de analisar a segurança na Ecovia do Litoral Norte.
Captura da sardinha autorizada a partir de 17 de Maio. A qualidade da sardinha depende em grande medida do começo da nortada
“No S. João, a sardinha pinga no pão” – diz o povo imbuído na sua sabedoria empírica. Com efeito, é por esta altura que a sardinha é mais gorda, devendo-se tal facto a circunstâncias de ordem climática e geofísica únicas na costa portuguesa que fazem desta espécie um exemplar único em toda a Península Ibérica.
Tradição de origens remotas, a sardinha era tradicionalmente pescada por meio da arte xávega, método que consistia numa forma de pesca por cerco. Deixando uma extremidade em terra, as redes são levadas a bordo de uma embarcação que as vai largando e, uma vez terminada esta tarefa, a outra extremidade é trazida para terra. Então, o saco é puxado a partir da praia, outrora recorrendo ao auxílio de juntas de bois, atualmente por meio de tração do guincho ou de tratores. Entretanto, as modernas embarcações de arrasto vieram a ditar a morte da arte xávega e, simultaneamente, a ameaçar a sobrevivência das próprias espécies piscícolas, colocando em causa o rendimento familiar dos próprios pescadores.
A sardinha constitui um das suas principais fontes de rendimento, representando quase metade do peixe, calculado em peso, que passa nas lotas portuguesas. Matosinhos, Sesimbra e Peniche são os principais portos pesqueiros de sardinha em todo o país.
Quando, no início da Primavera, o vento sopra insistentemente de norte durante vários dias, os pescadores adivinham um verão farto na pesca da sardinha, do carapau, da cavala e outras espécies que são pescadas na costa portuguesa. A razão é simples e explica-se de forma científica: esta época do ano é caracterizada por um sistema de altas pressões sobre o oceano Atlântico, vulgo anticiclone dos Açores, o qual se reflete na observância de elevadas temperaturas atmosféricas, humidade reduzida e céu limpo. Verifica-se então uma acentuada descida das massas de ar que resultam no aumento da pressão atmosférica junto à superfície e a origem de ventos anticiclónicos que circulam no sentido dos ponteiros do relógio em torno do centro de alta pressão, afastando os sistemas depressionários. Em virtude da situação geográfica de Portugal continental relativamente ao anticiclone, estes ventos adquirem uma orientação a partir de norte ou noroeste, habitualmente designado por “nortada”.
Sucede que, por ação do vento norte sobre a superfície do mar e ainda do efeito de rotação da Terra, as massas de água superficiais afastam-se para o largo, levando a que simultaneamente se registe um afloramento de águas de camadas mais profundas, mais frias e ricas em nutrientes que, graças à penetração dos raios solares, permite a realização da fotossíntese pelo fito plâncton que constitui a base da cadeia alimentar no meio marinho. Em resultado deste fenómeno, aumentam os cardumes de sardinha e outras espécies levando a um maior número de capturas. E, claro está, o peixe torna-se mais robusto e apetecível.
O mês de Junho, altura em que outrora se celebrava o solstício de Verão e agora se festejam os chamados "Santos Populares" – Santo António, São João e São Pedro – é, por assim dizer, a altura em que a sardinha é mais apreciada e faz as delícias do povo nas animações de rua. Estendida sobre um naco de pão, a sardinha adquire um paladar mais característico, genuinamente à maneira portuguesa.
Por esta altura, muitos são os estrangeiros que nos visitam e, entre eles, os ingleses que possuem a particularidade de a fazerem acompanhar com batata frita, causando frequente estranheza entre nós. Sucede que, o “fish and chips” ou seja, peixe frito com batatas fritas, atualmente bastante popular na Grã-Bretanha, teve a sua origem na culinária portuguesa, tendo sido levado para a Inglaterra e a Holanda pelos judeus portugueses, dando mais tarde origem à tempura que constitui uma das especialidades gastronómicas mais afamadas do Japão.
Biólogo José Alves da Universidade de Aveiro participa na investigação
Depois de 30 anos a monitorizar os movimentos de animais que habitam a zona polar ártica, cerca de 150 investigadores de mais de 100 instituições, entre os quais o biólogo José Alves, da Universidade de Aveiro (UA), não têm dúvidas: as alterações climáticas que levaram o ártico a entrar num novo estado ecológico, provocaram alterações na dinâmica espácio-temporal dos animais que habitam a região. O artigo foi publicado hoje na revista Science.
O biólogo José Alves segura um Moleiro-parasítico (Stercorarius parasiticus), ave predadora do ecossistema ártico, marcado no sopé do glaciar Eyjafjallajökull, na Islândia, onde à semelhança de todo o ártico os efeitos do aquecimento global são muito notórios. (Créditos: Verónica Méndez)
O trabalho demonstra como aves migradoras alteraram os seus padrões migratórios e várias populações de renas mudaram a sua fenologia reprodutora em resposta às alterações climáticas no ártico. Por outro lado, ursos, alces e lobos não modificaram as suas taxas de deslocação em resposta à precipitação, embora os alces se movimentem mais com as temperaturas mais altas no verão, sugerindo diferenças nestas respostas em diferentes níveis tróficos do ecossistema ártico.
José Alves, investigador no Departamento de Biologia e no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), um dos laboratórios Associados da UA, e coautor do artigo, indica que “no ártico, o aquecimento global tem-se manifestado de forma muito notória, pois as temperaturas têm aumentado nos polos de forma mais acentuada do que no resto do globo, um fenómeno denominado por amplificação polar ártica”. O fenómeno, aponta o biólogo, “coloca os animais que habitam esta região na linha da frente dos efeitos das alterações climáticas”.
“A investigação de excelência desenvolvida pelo investigador José Alves no âmbito do estudo com animais que habitam na zona polar ártica foi aceite numa das revistas mais prestigiadas do mundo, a Science”, congratula-se Artur Silva. O Vice-reitor da UA para a Investigação aponta que “este estudo, e outros desenvolvidos pelo Investigador e sua equipa, mostram a relação que existe entre comportamentos e alterações fisiológicas dos referidos animais e as alterações climáticas do planeta”. Por isso, o responsável não tem dúvidas: “O investigador José Alves, um dos bons representantes da comunidade científica da Universidade de Aveiro, contribui com os seus estudos para alertar o Mundo para as consequências do aquecimento global”.
Seguimento cada vez mais detalhado
Desde mamíferos marinhos, como baleias e focas, a aves terrestres, como são exemplo as águias e os passeriformes, passando pelas aves marinhas, como a andorinha-do-mar ou o airo, e mamíferos terrestres, como ursos e renas, até às aves limícolas, como o ostraceiro ou o maçarico-de-bico-direito, todos estes animais têm cada vez mais sido alvos de programas de monitorização remota, com recurso a aparelhos electrónicos de seguimento, como é o caso dos transmissores GPS.
Inicialmente, apenas animais de maior porte tinham capacidade para transportar este tipo de aparelhos, mas a rápida inovação tecnológica das últimas décadas, possibilitou a existência de equipamentos com precisão GPS pesando apenas 1 grama. Esta miniaturização permitiu aos investigadores que se dedicam ao estudo da ecologia destas espécies no árctico, colocar estes aparelhos num número cada vez mais diversificado de espécies (201 e a aumentar) transformando esses indivíduos em autênticos bio-sensores.
Em suma, os cientistas conseguem registar os seus movimentos com muita precisão e quantificar alterações nas suas deslocações, monitorizando estes padrões em grande detalhe. Seguindo alguns indivíduos é, assim, possível perceber como estas espécies respondem (ou não) às alterações que ocorrem nos seus habitats. E os padrões de movimento de todos estes grupos não enganam: o ártico está a mudar, e a forma como estas espécies usam estes habitats também.
Respostas comportamentais nem sempre favoráveis
À primeira vista até pode parecer que estes animais estão a responder a estas alterações no clima, contudo nem sempre estas respostas são suficientes ou se traduzem em resultados favoráveis para estas populações. José Alves, que estuda as aves limícolas na Islândia desde 2006, indica, por exemplo, o caso do ostraceiro, uma ave migradora que tem uma proporção cada vez maior de aves residentes, ou seja, que passam o inverno na Islândia, enquanto as restantes migram para o Reino Unido, Irlanda e continente europeu durante os meses mais frios do ano.
Esta alteração de comportamento não é alheia aos invernos cada vez mais amenos que se têm vindo a fazer sentir no país. Contudo, explica José Alves, “quando há um inverno mais rigoroso, como no ano passado, várias destas aves acabam por morrer! E esse é um preço muito alto a pagar”. Esta alteração no comportamento e movimentos migratórios dos indivíduos desta espécie que se reproduzem na Islândia faz com que esta seja a latitude mais a norte onde passam o inverno.
Existem também alterações na fenologia destas espécies. É o caso, por exemplo, do maçarico-de-bico-direito, que tira partido da antecipação da primavera chegando às zonas de reprodução na Islândia cada vez mais cedo no ano. Contudo, a janela mais larga de temperaturas favoráveis durante esta época do ano tem feito também com que os agricultores expandam a área agrícola, pois têm mais tempo para tirar partido de épocas mais longas para crescimento de feno (uma das poucas culturas viáveis nestas latitudes). Ao perderem habitat natural, os maçaricos colocam cada vez mais os seus ninhos nas zonas agrícolas.
Mas o crescimento rápido destas plantas não permite que haja tempo suficiente para incubar os ovos e fazer com que as crias sejam grandes o suficiente para escapar às máquinas quando se inicia a ceifa. “O tempo de incubação e crescimento das crias é praticamente o mesmo independente da temperatura. Estes ritmos não se alteram muito devido a factores extrínsecos”, explica José Alves. O investigador adianta que “são processos que estão ajustados aos habitats naturais no ártico e sub-ártico, mas desadequados para feno de crescimento rápido plantado nestes habitats artificiais, que se têm expandindo devido às alterações climáticas que aí se fazem sentir”.
Evitar a 6ªvaga de extinção
A concluir, o investigador sugere que, num momento em que se planeia o relançamento da economia na Europa, se promovam esforços para reduzir as emissões de carbono, limitando assim o aquecimento global que se faz sentir de forma muito prevalente no ártico. “É preciso dar tempo a estas espécies de responder às alterações que enfrentam, para que se evite a cada vez mais evidente 6ª vaga de extinção, que é consequência da ação humana”, apela.
Este artigo tem por base uma grande base de dados que permitiu a criação do Arctic Animal Movement Archive – AAMA. Os autores apelam à contribuição de mais investigadores para que essa informação origine novas descobertas.
A equipa de José Alves encontra-se neste momento num período de intensa atividade de monitorização e seguimento de aves limícolas no estuário do Tejo. Muitas destas espécies migram para o ártico e sub-ártico na primavera e a maior e mais importante zona húmida de Portugal para as aves limícolas desempenha um papel fundamental nesta fase do ano, permitindo que estas aves cheguem nas melhores condições aos seus locais de nidificação nessa região.
O conhecimento adquirido pelos investigadores ao longo da rota migratória do Atlântico Leste nas últimas décadas tem sido crucial para a implementação de medidas de conservação para estas aves.
Bando de ostraceiros em voo em Hvalfjörður na costa oeste da Islândia, uma espécie que têm vindo a alterar os seus comportamentos migratórios com um número cada vez maior de indivíduos a permanecer todo o ano na Islândia, tirando partido dos invernos mais amenos que se tem vindo a fazer sentir nestas latitudes. (Créditos: Sölvi Vignisson)
Os ostraceiros que invernam na Islândia e que, apesar de invernos amenos serem cada vez mais frequentes, podem em anos mais rigorosos enfrentar vários dias com temperaturas abaixo de zero. A alteração no seu comportamento migrador, passando a residentes na Islândia tem subjacente risco de enfrentar condições de tal forma adversas que nem todos conseguirão persistir. (Créditos: Sölvi Vignisson)
José Alves desenvolve investigação no ártico e sub-ártico desde 2006, estudando as aves limícolas migradoras que se reproduzem no interface entre a tundra e zonas agrícolas a altas latitudes e que durante o inverno migram para locais mais amenos, nomeadamente os estuários portugueses.
Macarico-de-bico-direito (Limosa limosa) capturado no seu território de reprodução em Floi í Fridland, que recebeu um transmissor para seguimento detalhado dos seus movimentos. Esta espécie migradora tem adiantado as datas de chegada à Islândia, reproduzindo-se mais cedo em anos mais quentes. (Créditos: Verónica Méndez)
Francisco Guerreiro (PAN) celebra decisão que impossibilita patenteação de animais e plantas obtidos através de processos biológicos
Na passada semana, o Instituto Europeu de Patentes (IEP) reconheceu que não é possível patentear plantas e animais obtidos através de processos essencialmente biológicos ao abrigo da Convenção Europeia de Patentes, uma batalha iniciada em 2012 e fortemente reivindicada pelos Verdes/Aliança Livre Europeia (Verdes/ALE).
A decisão do Instituto vem confirmar que não é possível registar plantas ou animais simplesmente encontrados na natureza ou que sejam obtidos através das técnicas de melhoramento ou reprodução clássicas, tais como o cruzamento e seleção (Artigo 53(b) EPC).
O eurodeputado do partido Pessoas, Animais e Natureza (PAN), Francisco Guerreiro, em linha com a posição dos Verdes/ALE, defende o uso livre de sementes, opondo-se fortemente, à apropriação por meio de patenteação daquilo que são elementos naturais e que não devem ser propriedade de ninguém ou de corporações.
“Para além do facto de ser errado e perigoso privatizarmos aquilo que comemos e, também, outros elementos naturais que nos rodeiam, a patenteação de plantas e animais restringe os direitos dos agricultores. Patentes sobre plantas naturais privam os agricultores dos seus direitos, pois estes ficam impossibilitados de reproduzir as variedades patenteadas e de usar sementes livremente. Em causa está aquilo que chamamos de biopirataria à custa da diversidade biológica. Esperávamos há muito por esta decisão e, agora, aplaudimo-la vigorosamente”, afirmou o eurodeputado Francisco Guerreiro.
Esta batalha de penteação teve início em 2012, quando o IEP concedeu patentes a uma variedade de tomate "enrugado" e brócolos que não foram de forma alguma modificados geneticamente.
Com esta decisão, várias empresas multinacionais e agroquímicas - que já controlam entre 60 a 90% do setor de sementes - puderam patentear plantas comuns, bastando para tal apenas descrever uma característica mínima e particular específica da planta. Isto cedia-lhes direitos sobre todas essas mesmas plantas, levando a que o poder destas empresas sobre o setor alimentar aumentasse ainda mais.
A Diretiva da Comissão Europeia 98/44 estabelece que as plantas e animais obtidos por meio de melhoramento clássico ou apenas presentes na natureza não podem ser patenteados. No entanto, o IEP não é forçado a seguir a legislação da União Europeia por fornecer decisões e pareces independentes, baseados na sua própria interpretação.
Em resposta à decisão de 2012 do IEP, o Parlamento Europeu adotou uma resolução a exigir esclarecimentos sobre o direito de patentes para plantas, à qual a Comissão Europeia respondeu em novembro de 2016 que a legislação Europeia nunca pretendeu ceder patentes a características naturais que são introduzidas através de processos biológicos.
Na sequência do parecer da Comissão, o Conselho de Administração do IEP acabou por alterar a sua política para não conceder patentes nestes casos. No entanto, a Grande Câmara de Recurso do mesmo instituto rejeitou esta decisão a 18 de dezembro de 2018, argumentando que o Conselho de Administração havia ultrapassado os seus poderes e que, portanto, poderiam ser concedidas tais patentes.
“Esta troca e anulação de decisões por parte do IEP denunciam como o processo de tomada de decisão do IEP se baseia numa lógica operacional interna confusa e que necessita de revisão, pois ignorou ao longo destes anos os limites impostos às patentes pelos legisladores da UE e pelos tratados internacionais e convenções, tais como a Convenção de Nagoya e a Convenção sobre Diversidade Biológica”, afirmou ainda Francisco Guerreiro.
De acordo com o comunicado do IEP, "de forma a assegurar a legalidade do processo e de proteger os interesses dos proprietários de patentes e candidatos", a nova interpretação do Artigo 53 (b) EPC não terá efeito retroativo sobre as patentes europeias concedidas antes de 1 de julho de 2017 ou sobre os pedidos de patente europeia pendentes registados antes dessa data.
Este sábado, 13 de julho, há Devesa em Família, no Parque da Devesa, com uma sessão sobre a importância ecológica e a diversidade de morcegos em Portugal.
A iniciativa é de participação livre, será dirigida pelo biólogo Vasco Flores Cruz e contará com um passeio guiado noturno pelo parque para escutar e identificar as diferentes espécies existentes.
A oficina decorrerá entre as 21h30 e as 23h00, com início nos Serviços Educativos do Parque.
100 mil euros para “Reabilitação e Requalificação dos Ecossistemas Ribeirinhos”
Na sequência dos incêndios ocorridos até ao final de Outubro de 2017, o Município de Arcos de Valdevez, em articulação com a APA – Agência Portuguesa do Ambiente, encontra-se a executar a empreitada de “Reabilitação e Requalificação dos Ecossistemas Ribeirinhos”, a qual pretende promover a proteção dos recursos hídricos das aéreas afetadas.
Foi no âmbito deste projeto que foi realizada na freguesia de Cabreiro uma ação de sensibilização e esclarecimento à população onde se encontram a ser realizadas as intervenções, nomeadamente Cabreiro, Sistelo e Loureda, na qual marcaram presença a Câmara Municipal, a APA, a Junta de Freguesia local, a Assembleia de Compartes, a Associação Florestal Atlântica, representante empresa, responsável pela elaboração do projeto e a empresa que se encontra a executar o projeto no terreno.
Nesta ação, a população ficou esclarecida acerca das medidas que serão implementadas no terreno e mais informada sobre como deve proceder naquilo que toca ao corte de árvores junto das linhas de água e formas de consolidar melhor os terrenos, que graças aos incêndios ficaram mais desprotegidos e à mercê da erosão.
Nas linhas de água, com esta empreitada será feito o corte e remoção de material vegetal arbóreo e arbustivo ardido; a remoção de sedimentos e outro material nos leitos e a recuperação da secção de vazão das passagens hidráulicas e pontões.
Ao nível das medidas para minimizar a erosão e o arrastamento dos solos será feita a consolidação e recuperação de taludes e margens; a reposição/reabilitação da galeria ripícola (plantação e/ou sementeira de espécies autóctones); a reabilitação de açudes existentes, com objetivos de correção torrencial e a construção de pequenas obras de correção torrencial.
Naquilo que se refere às medidas para minimizar o efeito das cheias e inundações, será levada a efeito a construção e/ou recuperação de bacias de retenção – escavação e a construção e/ou recuperação de bacias de retenção – dique.
Por último, relativamente às medidas a implementar para assegurar o uso balnear, será promovida a limpeza da zona de banhos e da aérea envolvente e a reabilitação das condições biofísicas de suporte.
Esposende define medidas de defesa da área marinha do Litoral Norte
Realizou-se hoje, em Esposende, o terceiro encontro promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e que visa a elaboração de planos de gestão de habitats naturais, da fauna e da flora selvagens, que incidem sobre sítios de importância comunitária, no caso concreto do Litoral Norte.
Em relação à área de Esposende, este terceiro encontro reuniu representantes do Município de Esposende e da administração central, assim como representantes da Capitania, de ONG, universidades e associações locais.
“Estes encontros permitem reunir contributos muito valiosos para a definição das medidas de conservação desta área marinha do Litoral Norte. Numa base de diálogo e de troca de ideias, foi possível apontar objetivos precisos de defesa do nosso território”, adiantou a vice-presidente da Câmara Municipal de Esposende, Alexandra Roeger.
Os participantes neste encontro de Esposende fizeram incidir a sua análise sobre a ausência de boas práticas de gestão, nas diversas atividades e usos do espaço e dos recursos marinhos, assim como os conflitos entre interesses económicos e setoriais.
No caso concreto do Litoral Norte e tendo identificadas como atividades mais relevantes as pescas, a atividade balnear e a atividade marítimo-turística, pretende-se elencar medidas que contribuam para a manutenção do ciclo de vida de espécies e para a manutenção do património genético e da biodiversidade.
Será agora elaborado um plano de gestão que preveja a conjugação das questões relacionadas com a compatibilização entre os diferentes interesses setoriais e com a disponibilidade de recursos financeiros.
O plano de gestão das áreas marinhas incide sobre o Litoral Norte, Peniche/Santa Cruz, Sintra/Cascais, Arrábida/Espichel e Costa Sudoeste.
‘O Tritão-Palmado’: A história de um anfíbio cada vez mais raro em Portugal
Cumprindo a sua missão de promoção e divulgação do património natural da bacia hidrográfica do rio Minho, o Aquamuseu do rio Minho apresenta, entre 4 de abril e 31 de maio, uma pequena exposição bimestral em painéis intitulada ‘O Tritão-Palmado’.
Por ser pouco conhecido, o objetivo é dar a conhecer algumas das características gerais, reprodução, habitat e ameaças, deste anfíbio que pode ser encontrado junto das nossas linhas de água e que nos ajuda a combater pragas.
O Tritão-Palmado é uma das espécies de maior distribuição no mundo, mas em Portugal existe em número reduzido. Apesar de não estar ainda muito ameaçado, as rápidas alterações climáticas, a destruição de habitats e a poluição das águas onde habita estão a fazer diminuir rapidamente o número existente.
De realçar que o Tritão-Palmado desempenha um papel importante na natureza, sendo que na Galiza, por exemplo, chamam-lhe ‘limpa fuentes’, porque se sabe que onde esta espécie habita a água é sempre limpa.
Aluno do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto vence as Olimpíadas Portuguesas de Biologia
António Francisco da Costa Teixeira, aluno da EB 2,3/S de Celorico de Basto, venceu, categoricamente, a Olimpíadas Portuguesas de Biologia. O aluno recebeu a distinção, no dia 27 de maio, no pavilhão do conhecimento, em Lisboa.
“Foi uma surpresa para todos, sabíamos que o Francisco estava entre os 10 melhores mas ter ficado em 1º lugar é para nós um orgulho ainda maior” disse o vereador da Educação da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Fernando Peixoto, que esteve na entrega de prémios. “É muito importante ver estes resultados, fruto do empenho de toda a comunidade escolar, é um aluno brilhante que tem condições de ensino e de aprendizagem, agora vamos torcer para que tudo corre pelo melhor nas Olimpíadas Internacionais que terão lugar no Reino Unido”, destacou.
António Francisco disse que vencer este prémio foi uma “sensação indescritível, apesar de ter dado o máximo nas provas, o resultado foi um choque, concorri com tantos colegas meus dedicados e talentosos”. O aluno explicou-nos como se preparou para as provas, “nas provas teóricas, onde fui selecionado para a final, os conhecimentos testados eram, em grande parte, relativos ao programa do secundário das disciplinas de Biologia e Geologia (10 e 11 anos) e Biologia (12 ano) que tínhamos de possuir tanto para o exame nacional que realizei no ano passado, como para o dia-a-dia na sala de aula. Para a final foi fundamental o treino que realizei em tempos livres, no laboratório da escola, com a ajuda da professora Isabel, onde desenvolvi um maior à vontade no laboratório”.
Nestas olimpíadas, António Francisco concorreu com mais de 20 mil alunos, de cerca de 600 escolas, tendo arrecadado o 1º lugar nacional. Neste concurso os 4 primeiros classificados irão agora participar nas Olimpíadas Internacionais de Biologia, no Reino Unido, onde estará o António Francisco a representar Portugal e Celorico de Basto. Os classificados do 5º até ao 8º lugar irão marcar presença nas Olimpíadas Ibero-Americanas.
António Francisco tem noção do desafio que terá pela frente, “tenho noção que será um desafio dificílimo. Eu irei enfrentar aquilo que de melhor tem o mundo em termos de alunos de biologia. Todavia, tenho a certeza que os meus colegas e eu iremos representar Portugal com a maior dedicação e empenho” realçando que mais importante que o resultado “são os conhecimentos adquiridos e sobretudo, as amizades que fiz e farei e que ficarão para sempre”.
Aluno de Celorico de Basto entre os 10 primeiros classificados nas Olimpíadas Portuguesas de Biologia
António Francisco da Costa Teixeira, aluno da EB 2,3/S de Celorico de Basto está entre os 10 primeiros classificados nas Olimpíadas Portuguesas de Biologia 2017 tendo concorrido com cerca de 20000 alunos de mais de 600 escolas. O aluno vai receber o prémio amanhã, 27 de maio, sábado, a Lisboa, e foi recebido hoje, nos paços do Concelho de Celorico de Basto, pelo Presidente da Câmara Municipal que quis felicitar, pessoalmente, o aluno pelo excelente resultado obtido neste concurso.
“Este prémio, que será atribuído ao António Francisco amanhã, é sinal da dedicação, do empenho, do gosto, da entrega a uma matéria tão específica como a biologia. E é para nós um orgulho verificarmos que os nossos jovens estão a ser bem acompanhados com as melhores condições de ensino e aprendizagem, num envolvimento conjunto de toda a comunidade escolar” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva. “Sabemos que estás entre os 10 primeiros classificados e isso é por si só um feito extraordinário” disse.
Nestas olimpíadas António Francisco concorreu com mais de 20 mil alunos, de cerca de 600 escolas, tendo sido classificados aos 10 melhores de cada um dos anos em concurso do 9º, 10º, 11º e 12º. O António Francisco frequenta o 12º ano de ensino.
Importa ainda referir que a entrega dos prémios será no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa e será feita pelo presidente da Câmara Municipal ou por um representante do município de onde é oriundo o aluno galardoado.
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso aderiu à Semana da Primavera Biológica, que se realizou de 20 a 26 de março. Esta participação traduziu-se na comemoração do Dia da Árvore e do Dia Mundial da Água.
A Semana da Primavera Biológica visa desenvolver atividades que constituem exemplos extraordinários de um elevado espírito de cidadania ativa, refletindo o dinamismo de uma sociedade atenta e empenhada em promover hábitos saudáveis.
Assim durante estas comemorações, foram desenvolvidas atividades de hortas verticais com as crianças, foram semeadas variedades biológicas e foram plantadas alfaces. Participaram nesta atividade 30 crianças entre os 4 e 5 anos.
No Dia da Árvore, 21 de março, foi desenvolvida uma atividade de exploração das variedades arbóreas autóctones, dando ênfase ao Carvalho Alvarinho, o exemplar mais velho da Península Ibérica. Participaram nesta atividade 22 jovens da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso.
As comemorações do Dia Mundial da Água desenvolveram-se em várias datas. Foi desenvolvida uma atividade na EBI do Ave – Taíde, com experiências para melhor conhecermos as propriedades da água e em que participaram cerca de 50 alunos. No Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos foram preparadas também atividades, que começaram com o visionamento do filme de animação “A água é um mundo fantástico”, cuja mensagem é perceber o ciclo da água e adotar medidas de redução do consumo de água no nosso quotidiano. Foram ainda desenvolvidas experiências laboratoriais em que participaram cerca de 55 crianças do Centro Escolar D. Elvira Câmara Lopes.