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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PAREDES DE COURA: A PEREGRINAÇÃO DE MÁRIO CLÁUDIO – 55 ANOS DE VIDA LITERÁRIA

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Os 55 anos de vida literária de Mário Cláudio são o ponto de partida para o Congresso Internacional ‘A Peregrinação de Mário Cláudio’, que ao longo de três dias, entre Amarante [10 out] e Paredes de Coura [11 e 12 out], reúne notáveis académicos e estudiosos do autor de ‘Amadeo’, ‘Tiago Veiga’ e ‘Retrato de rapaz’, entre outros, num encontro que também contempla conferências, apresentação de livros e traduções, visitas, música, teatro, visionamento de filme e roteiro literário.

Este ano cumprem-se 55 anos de vida literária de Mário Cláudio, inaugurada em 1969 com a publicação do livro de poemas ‘O Ciclo de Cypris’. Para além dessa efeméride, o romance ‘Amadeo’ celebra os 40 anos da sua publicação, tendo-lhe sido atribuído em 1984 o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores. De resto, Mário Cláudio foi ainda agraciado mais duas vezes com o prémio APE – Retrato de Rapaz (2015); Tríptico da Salvação (2019).

Por estes motivos, juntamente com o Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL), Grupo 1 – Literatura e Cultura Portuguesas da Universidade de Lisboa, o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra (CECH), o Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Universidade Católica Portuguesa (CEFH), os municípios de Amarante e de Paredes de Coura decidiram organizar ‘A Peregrinação de Mário Cláudio: nos 55 anos de vida Literária. Congresso Internacional’, como forma de homenagear o autor e promover a leitura, o estudo e a reflexão de uma obra profundamente portuguesa e universal.

Com a presença de académicos da Universidade de Coimbra, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Université Sorbonne Nouvelle, Paris 3, Università Degli Studi di Padova, Universidade Fernando Pessoa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal do Paraná, Università Degli Studi di Napoli L’Orientale, Universidade do Minho, Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal Fluminense, Università Degli Studi di Perugia, Universidade de Aveiro e Universidade do Porto, ‘A Peregrinação de Mário Cláudio: nos 55 anos de vida Literária’ não só ganha dimensão internacional, como também é um claro tributo a um dos nomes maiores das Letras em língua portuguesa, que escolheu Paredes de Coura para viver e onde no Centro Mário Cláudio, em Venade, reúne precioso espólio e pretende criar um centro de pesquisa e em rede dedicado as escritores do Norte de Portugal e Galiza.

FADISTA MÁRCIA CONDESSA NASCEU EM MONÇÃO HÁ 109 ANOS!

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Márcia Condessa – uma das mais afamadas cantadeiras do fado e empresária do ramo – nasceu em Monção há 109 anos. Ficou célebre a sua casa típica à Praça da Alegria, em Lisboa. Aliás, muitos foram os minhotos que ali atuaram, com os nossos trajes tradicionais. Márcia Condessa nunca esqueceu as suas raízes e ajudava os seus conterrâneos sempre que podia. Acerca da sua biografia, transcrevemos o que é referido no Portal do Fado.

“Márcia Condessa nasceu em Monção a 28 de Setembro de 1915. Não tendo possibilidade para realizar estudos, veio ainda jovem para Lisboa para procurar trabalho.

A sua ligação ao fado inicia-se no restaurante da Bica onde Márcia Condessa trabalhava e, por vezes, cantava fados e também algumas canções galegas.

Em 1938, quando o jornal "Canção do Sul" organiza o Concurso da Primavera, os frequentadores e habitantes do bairro pedem a Márcia Condessa que participe em representação da Bica. A fadista acede aos pedidos, passa nas eliminatórias e chega à final do concurso, realizada a 11 de Julho de 1938, numa das salas da redacção do jornal.

Nesta prova cada cantadeira interpreta dois fados do seu repertório, um castiço e outro canção e, conforme é referido na edição do jornal de 16 de Julho, onde se publica a acta do concurso, foi atribuído pelo júri o "1º prémio e por unanimidade, o título de «Rainha do Fado - 1938» à candidata do Bairro da Bica, Márcia Condessa, a qual reúne sobejamente os predicados requeridos de dicção, voz e expressão."

Vencido o concurso e apresentada a fadista na capa da referida edição do jornal "Canção do Sul", a cantadeira passa a actuar em várias casas de fado e espectáculos vários até abrir, na década de 1950, o seu próprio restaurante típico.

Quando em 1938 Márcia Condessa arrecadou o título de «Rainha do Fado», no Concurso da Primavera do jornal "Canção do Sul", abraçou a carreira de fadista como sua profissão.

Os locais onde interpretou o fado abarcam várias casas de fado, mas foi na Adega Machado que integrou o elenco permanente durante vários anos, até ter inaugurado o restaurante "Márcia Condessa", desde aí condicionando a sua carreira artística para as apresentações diárias e gestão deste espaço.

A 16 de Abril de 1942, Márcia Condessa volta a ser a capa do jornal "Canção do Sul" que apenas quatro anos passados da sua estreia a adjectiva como "Uma Titular no Fado Antigo" e "A Voz da Humildade".

Em 1944, a fadista actuou no Coliseu do Porto, no espectáculo "Mãe Portuguesa", onde se juntava na interpretação a dois outros grandes nomes do universo fadista, Ercília Costa e a Júlio Proença. (cf: "Canção do Sul", 16 de Setembro de 1944).

É no nº 38 da Praça da Alegria que a fadista abre a casa "Márcia Condessa", a qual se tornará um ponto de referência nos circuitos de exibição dos fadistas mais destacados. Para além das actuações da própria Márcia Condessa, passaram por este espaço artistas como Celeste Rodrigues, Alcindo Carvalho, Teresa Nunes, Alfredo Marceneiro, Fernando Farinha ou Beatriz da Conceição.

Este será o espaço onde a cantadeira se manterá até decidir afastar-se da carreira artística em meados da década de 1970, passando depois o espaço a ser gerido por um sobrinho seu e, mais tarde, passando pelas mãos de vários sócios, que mantiveram o nome da casa. No decorrer da década de 1990 a casa deixou de ser espaço de apresentação de fado e passou a ser o restaurante "O Púcaro".

Márcia Condessa fez também actuações no estrangeiro. Durante 8 meses esteve no Brasil, integrada numa companhia de teatro, da qual faziam também parte Irene Isidro, António Silva e Ribeirinho. E, já depois de ter a sua casa aberta ao público, fez um espectáculo em Marrocos, integrando uma comitiva de Estado.

Apesar da sua longa carreira não existem quase registos discográficos de Márcia Condessa. Em formato CD existe apenas uma edição conjunta com Adelina Ramos e Berta Cardoso, na colecção "Fados do Fado" da Movieplay. Aqui surgem reeditados os quatro temas que a fadista gravou para a editora Alvorada em 1962: "Embuçado", "Fado menor (quadras soltas) ", "Canção do Mar" e "Fado das Caravelas".

Márcia Condessa faleceu a 1 de Julho de 2006, quando estava perto de completar 91 anos. O seu funeral realizou-se na sua terra natal, em Monção.”

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QUEM É A VIMARANENSE ELISABETE MATOS – A MAIS CONSAGRADA CANTORA LÍRICA DE PORTUGAL?

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Natural de Guimarães, Elisabete Matos é uma consagrada cantora de ópera que tem em Puccini e Wagner os compositores por si mais interpretados. Deixamos aos leitores a sua própria biografia oficial.

Elisabete Matos nasceu em Braga onde estudou canto e violino. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, mudou-se para Espanha a fim de completar a sua formação com Ángeles Chamorro, Marimí del Pozo, Félix Lavilla e Miguel Zanetti.

Depois da sua estreia na Ópera de Hamburgo como Alice Ford (Falstaff) e Donna Elvira (Don Giovanni), papel que voltou a cantar em Lisboa, Las Palmas e Santander, participou, em 1997, na inauguração do Teatro Real de Madrid, interpretando Marigaila na estreia mundial de Divinas Palabras, de Antón García Abril, ao lado de Plácido Domingo. Imediatamente, é convidada por Domingo para estrear o papel de Dolly na Washington Opera, numa nova produção de Sly, de Wolf-Ferrari, com José Carreras como protagonista. De seguida, interpretou o mesmo papel no Teatro Regio de Turim, no Japão (com a Washington Opera) e na Ópera de Roma, desta vez com Plácido Domingo no elenco.

Interpretou, entre outros papéis, Chimène em Le Cid, de Jules Massenet, no Teatro de la Maestranza de Sevilha e na Washington Opera, com Plácido Domingo; a protagonista de Margarita la Tornera, também com Plácido Domingo, no Teatro Real de Madrid; Elsa em Lohengrin, na sua estreia no Gran Teatre del Liceu de Barcelona; Mimí em La Boheme, no Teatro de São Carlos de Lisboa; La Voix Humaine, na Maestranza; Zaza, no Teatro Regio de Turim e na Opéra de Nice; Elisabetta, numa nova produção de Don Carlo no Teatro Real de Madrid e em Palermo; La Battaglia di Legnano, no Teatro Massimo Bellini de Catânia; Freia em Das Rheingold, em Turim, Ópera de Roma e Liceu de Barcelona; o papel titular de Suor Angelica, no Palau de les Arts de Valência; Tosca, no La Fenice de Veneza, Teatro Massimo Bellini de Catania, em Chipre (com a Arena de Verona), Porto, Messina, no Festival de Macerata, em Tóquio, Lisboa e Cardiff (com a Welsh National Opera); La Vida Breve, em Lisboa; Amelia Grimaldi de Simon Boccanegra, no Teatro Real e Catania; Sieglinde em Die Walküre, na Maestranza, Centro Cultural de Belém e Liceu de Barcelona; Senta em O Navio Fantasma, em Nápoles, Sevilha e Madrid; Katia Kabanova e Els Pirineus, no Liceu de Barcelona; Madame Lidoine de Os Diálogos das Carmelitas, no La Scala de Milão, dirigida por Ricardo Muti; o papel titular de La Dolores, no Teatro Real de Madrid; Gutrune (Götterdämerung) e Rosa (Gaudi) no Liceu de Barcelona; Amélia de O Baile de Máscaras em Nápoles e em Bari; Condessa de Capriccio, no Centro Cultural de Belém; Santuzza de Cavalleria Rusticana, no São Carlos de Lisboa e no San Carlo de Nápoles; Abigaille (Nabucco), em Toulon; a protagonista de Norma, no Festival de Mérida e no Teatro Villamarta de Jerez; Elisabeth de Tannhäuser, no Liceu de Barcelona; Iphigénie en Tauride, no Teatro Campoamor de Oviedo; Turandot, em Antuérpia, Gante, Jerez e Valência (no Palau de les Arts, sob a batuta de Lorin Maazel); La Gioconda, em Tóquio; Minnie de La Fanciulla del West, em Lucca (com o Maggio Musicale Fiorentino).

Entre os seus compromissos mais recentes destacam-se Gutrune (Götterdämmerung), com Zubin Metha, e Cassandre (Les Troyens), com Valery Gergiev, ambos no Palau de les Arts de Valência.

Após o seu êxito como Senta (O Navio Fantasma) no Teatro Real de Madrid, cabe referir entre os compromissos futuros de Elisabete Matos a estreia como Lady Macbeth, na Ópera Nacional do Reno (Estrasburgo), e Isolda (Tristão e Isolda), no Campoamor de Oviedo, além de Iphigénie en Tauride, no Liceu de Barcelona, e da sua estreia na Metropolitan Opera de Nova Iorque como Minnie de La Fanciulla del West.

Para além dos teatros líricos, Elisabete Matos apresenta-se com frequência nas salas de concerto, interpretando habitualmente lied e concerto sinfónico, num vasto repertório que vai desde Bach até à música contemporânea. Destacam-se um recital de canções russas na Fundação Gulbenkian de Lisboa e no Festival de A Corunha; a Nona Sinfonia de Beethoven em Cagliari, dirigida por Lorin Maazel (com quem actuou também em Milão), no Auditório Nacional de Madrid (sob a direcção de López Cobos) e na Gulbenkian; O Chapéu de Três Bicos de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim; um concerto de árias de Mozart com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Giuliano Carella; Offrandes, de Varèse, dirigida por C. Walmar; e os Wesendonk Lieder em Lisboa. Em Março de 2001, participou com Plácido Domingo, José Carreras e Mariella Devia, entre outros cantores de renome, no concerto que Zubin Mehta dirigiu em Parma em memória de Verdi, e que foi transmitido para todo o mundo.

Gravou o Requiem de Suppé com o Coro e Orquestra da Fundação Gulbenkian de Lisboa, sob a direcção de Michel Corboz, para a Virgin Classics; o papel titular de La Dolores, de Bretón, para a Decca, pelo qual foi galardoada com um Grammy em 2000; e Margarita la Tornera, de R. Chapí, para a RTVE, ambas com Plácido Domingo. Também com Domingo gravou em DVD a ópera Le Cid, de Massenet, com a Washington Opera. Recentemente, foi lançado em DVD O Chapéu de Três Bicos, de Manuel de Falla, com a Chicago Simphony Orchestra, dirigida por Daniel Baremboim.

Elisabete Matos foi nomeada Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa.

Foi galardoada com a Medalha de Ouro por Mérito Artístico da Cidade de Guimarães.

Fonte: http://www.elisabete-matos.com/

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PEDRO HOMEM DE MELLO NASCEU HÁ 120 ANOS!

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Passam hoje 120 anos sobre a data de nascimento do poeta e folclorista Pedro Homem de Mello. 

O poeta Pedro Homem de Mello foi reconhecidamente um dos mais eminentes folcloristas portugueses. De seu nome completo Pedro da Cunha Pimentel Homem de Mello, nasceu no Porto em 1904 onde também veio a faleceu em 5 de Março de 1984.

Apaixonado pelas tradições do Minho em geral e pelos costumes das gentes da Serra d’Arga, da Apúlia e de Viana do Castelo em particular, adoptou Afife como a sua própria terra, aí tendo vivido no Convento de Cabanas. E é em Afife que se guardam os seus restos mortais.

A Pedro Homem de Mello se deve a divulgação do folclore português através da RTP – ao tempo não existiam outros canais televisivos – bem como muitos poemas que ficaram célebres através da voz de Amália Rodrigues, Frei Hermano da Câmara e Sérgio Godinho. Entre eles, lembramos “Povo que Lavas no Rio”, “Havemos de Ir a Viana” e “O Rapaz da Camisola Verde”.

A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe homenagem, consagrando o seu nome na toponímia da capital.

Clicar aqui aqui

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VIANA DO CASTELO EVOCA ALBERTO DE OLIVEIRA E SILVA NO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO

O Município de Viana do Castelo promove no próximo dia 27 de setembro, pelas 21h30, a tertúlia “Que farei com este quartel?”, a ter lugar no Centro Cultural do Alto Minho, no âmbito do centenário do nascimento Dr. Alberto Marques Oliveira e Silva – Um vianense lutador da liberdade.

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Quem foi o vianense Alberto de Oliveira e Silva?

Alberto Marques de Oliveira e Silva (Monserrate, 9 de Outubro de 1924 — 10 de Fevereiro de 2011), duma família de burguesia urbana, sendo o pai Oficial do Exército e a mãe doméstica, foi um advogado desde 1951, consultor jurídico e político português.

Nascido a 9 de Outubro de 1924, na freguesia de Monserrate em Viana do Castelo, onde fez os seus estudos primários e secundários, então chamado "Curso Geral dos Liceus" (5º ano) e o "curso complementar" (7º ano).

Licenciou-se em Direito com o Curso de Ciências Pedagógicas, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, destacou-se desde os tempos de estudante como opositor ao Estado Novo, tendo sido preso pela polícia política PIDE, sendo julgado em Lisboa e condenado na pena de 18 meses de prisão correccional, acusado de crimes políticos (1947).

Chamado a prestar serviço militar obrigatório na Escola Prática de Cavalaria de Torres Novas, sendo-lhe negada a promoção a oficial miliciano (1948), colocado como soldado na Companhia Disciplinar de Penamacor (1948).

Participou no Movimento Estudantil e foi membro do MUD (Movimento de Unidade Democrática) em Coimbra, criado em 1945. Membro da Comissão Distrital do MUD de Coimbra (1946)

Foi Presidente do [MUD/Juvenil da Universidade de Coimbra em 1947, sucedendo a Francisco Salgado Zenha.

Apoiante activo da candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República (1949).

Membro da Comissão Distrital de Viana do Castelo da Candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República (1958).

Participou em todos os Movimentos da Oposição Democrática à ditadura e foi candidato a Deputado, pela Oposição Democrática, em 1969.

Participou no III Congresso da Oposição Democrática ocorrido em Aveiro no ano de 1973, organizado por Joaquim Barros de Sousa.

Militante da  Acção Socialista Portuguesa (1965–1973).

É membro fundador do Partido Socialista e foi Membro da Comissão Nacional e da Comissão Política Nacional.

Fonte: Wikipédia

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VIANA DO CASTELO: NELSON DE VILARINHO – O GRANDE TOCADOR DE CONCERTINA DO ALTO MINHO – TAMBÉM DANÇAVA NA CASA DE CABANAS QUE PERTENCEU A PEDRO HOMEM DE MELLO

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Pedro Homem de Mello, reconhecido poeta e folclorista português, organizava frequentemente festas na sua casa, em Afife, para as quais eram convidados os ranchos folclóricos da região e os amigos. 27 e 28 de Setembro de 1970.

Autor: Manuel da Fonte

Cedida por: Família Fonte | Fonte: Lugar do Real

GOVERNO INDICA A BRACARENSE MARIA LUÍS ALBUQUERQUE PARA A COMISSÃO EUROPEIA

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A economista Maria Luís Albuquerque acaba de ser indicada pelo primeiro-ministro para integrar a Comissão Europeia, aguardando-se o parecer em relação à sua aceitação por parte da Presidente Ursula Von Der Leyen.

Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque nasceu em Braga a 16 de Setembro de 1967 e exerceu o cargo de Ministra das Finanças entre 2013 e 2015.

PINTOR HENRIQUE MEDINA NASCEU HÁ 123 ANOS – VIVEU E TRABALHOU EM ESPOSENDE

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Passam precisamente 123 anos sobre a data de nascimento do pintor Henrique Medina, considerado um dos mais celebrados retratistas do século XX.

Nasceu no Porto mas a maior parte da sua vida foi passada em Esposende onde possuía o seu atelier que veio a ser transformado em museu.

É vasta a sua obra. Porém, destacamos o quadro que retrata D. Maria Estela Veloso de Antas Varajão, magnificamente trajada de mordoma vianense, que atualmente se ostenta em lugar de destaque nos paços do concelho de Viana do Castelo.

Maria Estela Veloso de Antas Varajão veio a ser esposa do marechal Costa Gomes que foi o segundo Presidente da República após o 25 de Abril de 1974.

POETA SÁ DE MIRANDA NASCEU HÁ 543 ANOS – ENCONTRA-SE SEPULTADO EM AMARES

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“(…) Quanto ao primeiro, sou üa pobre velha estrangeira, o meu nome é Comédia; mas não cuideis que me haveis por isso de comer, porque eu naci em Grécia, e lá me foi posto o nome (…). Ali vivi muitos anos a grande meu sabor; passaram-me despois a Roma, pera onde então, por mandado da fortuna, corria tudo. (…) despois a grandeza daquele Império que parecia pera nunca acabar, todavia acabou. E assi como a sua queda foi grande, assi levou tudo consigo, ali me perdi eu com muitas das boas artes, e aí jouvemos longo tempo como enterradas, que já quase não havia memória de nós, té que os vizinhos em que duns nos outros ficara algüa lembrança cavaram tanto que nos tornaram à vida, maltratadas porém, e pouco para ver. Agora que já íamos (como dizem) ganhando pés, sentiu-nos logo aquela nossa imiga poderosa, que nos da outra vez destruíra, foi-se lá, pôs outra vez tudo por terra. Bem entendeis que digo pola guerra, imiga de todo bem. Venho fugindo, aqui neste cabo do mundo acho paz, não sei se acharei assossego. (…) Eu trato cousas correntes, sou muito clara. (…) Cuidáveis que não havia de trazer de mulher senão o trajo? Ora vistes que também trouxe a língua. Agora sabei que inda havemos de fazer um caminho longo. (…)”

Os Estrangeiros

Sá de Miranda, autor de cantigas, vilancetes, sonetos e comédias, nasceu neste dia 28 de agosto, no ano de 1481.

Fonte: EGEAC

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Sá de Miranda e a sua esposa D. Briolanja de Azevedo adquiriram uma propriedade em 1530, que, anexando terrenos, se veio a transformar na Quinta da Tapada, na freguesia de Fiscal em Amares, de cuja Casa Sá de Miranda foi 1.º Senhor até à sua morte. Encontra-se hoje sepultado na Igreja de Carrazedo – Amares.

A Casa da Tapada é uma propriedade classificada como Imóvel de Interesse Público, tendo sido adquirida recentemente pelo conceituado grupo alentejano de vinho, Herdade das Servas, numa aposta de investimentos no Vinho Verde Loureiro e potencial turístico da quinta.

QUEM FOI O POETA VIANENSE ANTÓNIO MANUEL COUTO VIANA?

António Manuel Couto Viana nasceu em Viana do Castelo a 24 de Janeiro de 1923, filho de um ilustre minhoto e de uma asturiana, e faleceu em Lisboa a 8 de Junho de 2010. Poeta, dramaturgo, contista, ensaísta, memorialista, tradutor, gastrólogo e autor de livros para crianças, foi também empresário teatral, director artístico, encenador e ator.

Com vasta obra publicada nas mais variadas vertentes literárias, António Manuel Couto Viana foi um dos maiores poetas do nosso tempo. Ensaísta, poeta, dramaturgo, tradutor e encenador, O livro de poemas O Avestruz Lírico, publicado em 1948, marca o início da sua carreira literária.

Ao longo da sua vasta carreira literária e artística, publicou mais de uma centena de livros, muitos dos quais traduzidos para inglês, francês, castelhano e mandarim, vulgo chinês. Encenou e dirigiu companhias de Ópera do Teatro Nacional de São Carlos, do Círculo Portuense de Ópera e da Companhia Portuguesa de Ópera. A sua paixão pelo teatro começa desde muito novo, quando recebeu por herança o Teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, mantendo-se sempre durante toda a vida ligado a companhias de teatro para a infância.

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António Manuel Couto Viana à conversa com o Engº Manuel de Sá Coutinho (Aurora) e Carlos Gomes (Administrador do BLOGUE DO MINHO).

Da sua obra literária salientamos:

  • O Avestruz Lírico(1948)
  • No Sossego da Hora(1949)
  • O Caminho É por Aqui(1949)
  • Era uma Vez... Um Dragão(1950)
  • O Coração e a Espada(1951)
  • Em Louvor do Teatro Infantil(1951)
  • Auto das Três Costureiras(1952)
  • A Face Nua(1954)
  • O Fidalgo Aprendiz(1955)
  • A Tentação do Reino(1956)
  • O Acto e o Destino(1957)
  • Um Espinho da Flor(1959)
  • Mancha Solar(1959)
  • O Milagre de Ourique(1959)
  • A Rosa Sibilina(1960)
  • Do Cimo desse Telhado(1962)
  • Relatório Secreto(1963)
  • Poesia (1948/1963)(1965)
  • O Teatro ao Serviço da Criança(1967)
  • Desesperadamente Vigilante(1968)
  • Antígona, Ajax e Rei Édipo(1970)
  • O Avarento(1971)
  • O Senhor de Pourceaugnac(1971)
  • Pátria Exausta(1971)
  • Em Redor da Mesa(1972)
  • 10 Poesias de Agustin de Foxá(1973)
  • Raiz da Lágrima(1973)
  • O Almada Que Eu Conheci(1974)
  • 2 "Modernistas" do Alto Minho(1976)
  • 709 Poesias de Reclamo à Casa Brasileira(1977)
  • Coração Arquivista(1977)
  • Nado Nada(1977)
  • Voo Doméstico(1978)
  • João de Deus e um Século de Literatura Infantil em Portugal(1978)
  • As Pedras do Céu(1979)
  • Júlio de Lemos, num Retrato Breve e Leve(1979)
  • Retábulo para Um Íntimo Natal(1980)
  • As (E)vocações Literárias(1980)
  • Morte e Glória de Narciso no Poeta Alfredo Pimenta(1982)
  • Frei Luís de Sousa à Luz de Novas Luzes(1982)
  • Ponto de Não Regresso(1982)
  • Para um Encontro com o Poeta Alfredo Pimenta(1983)
  • Versos de Cacaracá(1984)
  • Uma Vez uma Voz: Poesia Completa - 1948-1983(1985)
  • as antologias “Tesouros da Poesia Popular Portuguesa”(1984)
  • Postais de Viana(1986)
  • O Senhor de Si(1991)
  • Café de Subúrbio(1991)
  • Colegial de Letras e Lembranças(1994)
  • A Gastronomia no Teatro e na Poesia Portuguesa(1994)
  • Bom Garfo e Bom Copo(1997)
  • Por Outras Palavras(1997)
  • Comeres em Lisboa: Roteiro Gastronómico(1998)
  • Prefiro Pátria às Rosas(1998)
  • Dez Peças de Teatro Infantil
  • Teatro Português d'Outrora Agora
  • Restos de Quase Nada(2007)
  • Disse e Repito(2008)
  • Bichos diversos em verso(2008)
  • Que é que eu tenho Maria Arnalda?(2009)
  • Cancioneiro do Rio Lima(2001).
  • 60 anos de poesia(2 vols.) (2004)

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A POESIA ESTÁ COMIGO

                                 Queres cantar fados, ler sinas

                                 Por ruas tortas, escusas?

                                 Ou tens pretensões mais finas?

                                 - Não me esperem nas esquinas:

                                 Não marco encontros a musas.

                                

                                 Cantem outros a desgraça

                                 Em quadras fáceis, banais,

                                 Cheias de mofo e de traça:

                                 Soluços de fim de raça,

                                 Com vinho, amor, ódios, ais.

                                

                                 E dos parques silenciosos

                                 De estátuas, buxo e luar,

                                 Cresçam sonetos cheirosos,

                                 Requintados, vaporosos

                                 Qual uma renda de altar.

                                

                                 Para mim basta o que tenho:

                                 Umas rimas sem valia,

                                 Mas próprias, do meu amanho;

                                 Minha colheita, meu ganho

                                 - Poesia! Poesia!

VIANA DO CASTELO: CLÁUDIO BASTO – O ETNÓGRAFO QUE FOI O AUTOR DA OBRA “TRAJE À VIANESA”

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Cláudio Filipe de Oliveira Basto, nado en Viana do Castelo o 13 de agosto de 1886 e finado en Carcavelos o 2 de maio de 1945, foi un etnógrafo e filólogo portugués.

Fixo os estudos de ensino secundario en Viana do Castelo, o curso xeral, e en Braga os estudos complementarios. Fixo o curso médico cirúrxico na Facultade de medicina do Porto, defendendo a tese Alma doente (a génese da psicastenia). Participou na folga académica de 1907, sendo un dos organizadores no Porto, e está entre os alumnos que rexeitaron ser exculpados, non presentándose ós exames. Nesa época fundou xunto con Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto a revista Nova Silva, da que se desligou cando no segundo número se fixo crítica de Afonso Costa. Concluíu os estudos no 1911, amante da súa terra e de espírito eminentemente pedagóxico, practicamente non vai exercer en medicina.

Casou no 1917 en Lisboa, coa súa colega de profesión Hermínia Costa de Oliveira Basto, con quen tivo un fillo. A actividade principal foi a docencia; no instituto de Viana do Castelo, onde estudara, impartiu as disciplinas de Letras e de Ciencias, tamén impartiu clases de ensino secundario, ensino superior e clases de ensino técnico. Exerceu durante algúns anos funcións de médico escolar; do 1911 ó 1926. En 1944 afastouse da actividade docente por motivos de saúde.

Exerceu durante a súa etapa de profesorado actividade relacionadas coa investigación e divulgación científica, centrando o seu interese na etnografía e na filoloxía, dedicando parte fundamental da súa obra ó estudo da cultura tradicional do Alto Minho.

Foi fundador ou co-fundador das revistas LímiaLusa e Portucale entre outras, deixando numerosos artigos breves sobre a lingua portuguesa nas revistas que dirixía ou nas que colaborou. Hai un busto de Cláudio Basto creado por Manuel Rocha en Viana do Castelo.

O seu primeiro traballo filolóxico de certa extensión, «Falas e tradições do distrito de Viana do Castelo», foi publicado na Revista Lusitana (nº 13, 1910), que fundara José Leite de Vasconcelos no 1889.

En «Nomes das "agulhas" sêcas», Revista Lusitana (nº 19, 1916) describe os nomes para denominar á folla do piñeiro no norte de Portugal, indicando os lugares onde se emprega cada termo.

Fai un coidadoso estudo acerca da «"Saudade" en Português e Galego», publicado na Revista Lusitana (nº 17, 1914), e despois en separata o ano seguinte, un ensaio en sete páxinas sobre as diferentes formas de "saudade". E sobre o tema apunta Cáudio Basto varios exemplos de formas recollidas principalmente no libro Follas Novas de Rosalía de Castro.

Non topo, en verdade, estudo máis grato que o do vocábulo saudade, o cal vivindo na lingua dos dous pobos, xunguíndoos a dozura dos co-dialectos e os temperamentos iguais, é sen dúbida un dos máis agarimosos e expresivos vencellos de consanguinidade, ou mellor, de unidade.

En 1930 publicou Traje à Vianesa, iniciada en 1923 coma un breve ensaio titulado «Do Traje "à vianesa" em geral e do traje de Alfife em especial», configurando os estudos relativos ó traxe popular.

Cláudio Basto ocupouse con frecuencia de asuntos que até ese momento non suscitaran interese nos filólogos: «A linguagem dos gestos em Portugal (esbôço etnográfico)», na Revista Lusitana (nº 36, 1938); «Formação popular de "nomes-de-unidade"», en Miscelânea de estudos em honra de D. Carolina Michaëlis de Vasconcellos (1933), onde recompila palabras coa terminación –eiro, que no canto de colectivo, fan referencia a obxectos individuais, polo menos entre a xente do norte de Portugal; «Formas de tratamento, em português», Revista Lusitana (29, 1931).

Nas revistas que dirixiu ou nas que colaborou, lémbrese que foi fundador ou co-fundador de varias revistas, deixou numerosos artigos breves sobre a lingua portuguesa, resaltando o uso popular pándego, etimoloxías inesperadas ou algunha explicación de ortografía.

Tamén cabe sinalar seu labor de recensión; como a serie de «Nótulas ao Novo Dicionário», publicadas na Fôlha de Viana (1913-1916) sobre a obra de Cândido de Figueiredo. Escribiu algunhas noticias biográficas de filólogos; sobre Gonçalves Viana, na Revista Lusitana (nº 17, 1914), de Teófilo Braga, Revista Lusitana (nº 28, 1930), de Mário Barreto, en Portucale (nº 4, 1931). Fai para a Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (1943) algúns artigos, merece resaltar o referido a «Dialectos portugueses», onde o filólogo vianés fai unha revisión bastante completa da dialectografía portuguesa.

Realizou algúns traballos que teñen certo interese no referente ós estudos literarios: A linguagem de Camilo (1927), sobre Camilo Castelo Branco; A linguagem de Fialho (1917), sobre Fialho de Almeida; Foi Eça de Queirós um plagiador? (1924), sobre Eça de Queirós. Preparou a edición anotada de Os Lusíadas (1930), escribindo amais outros artigos de camonoloxía.

Ten ademais obra de cronista, novelista e poeta: Ironia Galante (1912); Flores do frio (1922); O Doutor Diabo (1928).

Bibliografia: Hermínia Basto, como organizadora: Miscelânea de Estudos à Memória de Cláudio Basto, contando coa colaboración de corenta escritores e amigos que conviviran con el. Porto (1948).

Fonte: Wikipédia

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QUEM FOI O ETNÓGRAFO VIANENSE CLÁUDIO BASTO – AUTOR DA OBRA “TRAJE À VIANESA”?

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Cláudio Filipe de Oliveira Basto nasceu em Viana do Castelo, a 23 de agosto de 1886, e morreu em Carcavelos a 2 de maio de 1945.

Formado em 1911, fez o Curso Médico-Cirúrgico na Faculdade de Medicina do Porto em 1912. Dedicou-se à docência no liceu de Viana, onde lecionou até 1927 as disciplinas de Letras e Ciências. Durante este período, foi Vogal da Comissão Administrativa (1911 a 1913) e Inspetor interino do círculo escolar de Viana (1919). Lecionou na Escola de Ensino Normal (1916 a 1918), na Escola Primária Superior João da Rocha (desde 1919) e em escolas industriais (1916 a 1944). Em 1944 afastou-se da sua atividade profissional por motivos de saúde, lecionando na Escola Industrial de Faria Guimarães. Paralelamente à educação, exerceu durante alguns anos funções de médico-escolar (1911 a 1926), debruçando-se sobre a linguagem e costumes da medicina popular.

Desenvolveu atividade enquanto escritor, etnógrafo e filólogo. Destacou-se no campo da Etnografia Portuguesa, dedicando parte fundamental da sua obra ao estudo da cultura tradicional do Alto Minho.

Os seus estudos etnográficos versaram as temáticas relacionadas com as expressões e tradições orais, o trajo, o teatro e a medicina popular, contribuindo de forma significativa para a investigação do património etnográfico na sua especificidade local e regional, sendo a revista Lusa (1977 a 1922), de Viana do Castelo, por ele fundada e dirigida, um dos mais expressivos exemplos. Fundou ainda as publicações Limia e revista Nova Silva (com Leonardo Coimbra, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto), tendo sido redator da imprensa local em O Povo (1908-1910), O Minho (1918) e Gazeta de Viana (1911-1916), para além do mensário portuense O Tripeiro (1930-1931) e da sua colaboração na revista Lusitana. Dirigiu a revista Portucale, por convite de José Leite de Vasconcelos, contribuindo com diversos artigos para os seus arquivos etnográficos.

Foi autor de uma vasta e sólida obra, da qual se destacam os trabalhos relativos à dialectografia portuguesa, nomeadamente Tradições Populares, Falas e Tradições de Viana (1910), Nótulas ao Novo Dicionário (1913-1916), A Linguagem de Fialho e a obra Nomes das “agulhas” secas (1917), sendo considerado um trabalho pioneiro em Portugal sobre geografia linguística. Colaborou com Carolina Michaëlis de Vasconcelos e José Leite de Vasconcelos na obra Seio da Virgem-Mãe, Considerações sobre a História de uma quadra popular (1922) e foi autor de A Linguagem dos gestos em Portugal - esboço etnográfico (1938). Da sua produção etnográfica consagrou à temática da literatura oral a recolha do cancioneiro português em Flores de Portugal (1926) e estudos sobre crenças e superstições em Treze à Mesa (1914) e Comparações Tradicionais Portuguesas (1924).

Em 1930 publicou a sua obra de referência intitulada Traje à Vianesa, iniciada em 1923 num breve ensaio da coleção Diário de Notícias, intitulado Do Traje “à vianesa” em geral e do traje de Alfife em especial – notas regionais, configurando os estudos relativos ao traje popular, ou “fato à lavradeira” (traje de festa), usado nas festas e romarias das freguesias limítrofes de Viana do Castelo, nomeadamente em Afife, Carreço, Areosa, Meadela, Santa Marta e Perre.

Em 1939 publicou Silva Etnográfica, uma obra de compilação de uma série de artigos sobre etnografia minhota dispersos nas publicações periódicas com as quais colaborou, versando as temáticas do casamento, da feira dos “pucarinhos” de Vila Real, dos bordados, da alimentação, entre outras. Colaborou em diversas miscelâneas, das quais se destaca a dedicada a J. Leite de Vasconcelos, em 1934, e foi produtor de bio-bibliografias dos etnógrafos A. Tomás Pires, Teófilo de Braga, Gonçalves Viana e Mário Barreto.

Nota bibliográfica elaborada pelo DPI/IMC com base na seguinte bibliografia:

AA.VV., 1948, Miscelânea de estudos à Memória de Cláudio Basto, organizada por Hermínia Basto, Porto.

AA.VV., “Basto (Claúdio)”, Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol.4, Lisboa, Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, Lda., 345-346.

BASTO, Cláudio, 1930, Traje à vianesa, Vila Nova de Gaia.

PEREIRA, Benjamim Enes, 2009 [1965], Bibliografia Analítica de Etnografia Portuguesa (edição em formato electrónico), Lisboa, Instituto dos Museus e da Conservação.

ALMEIDA, Justino Mendes de, 1989, “Cláudio Basto, notável investigador vianês”, Estudos Regionais, Revista de Cultura do Alto Minho, 39-51.

Fonte: DGPC

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BARCELOS: ROSA RAMALHO NASCEU HÁ 136 ANOS!

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Escultora, ceramista e figura emblemática da olaria tradicional portuguesa, começou a aprender o seu ofício aos sete anos, quando experimentou modelar peças de barro em casa de uma vizinha, no concelho de Barcelos. A partir dos 18 anos, idade com que se casou, deixou o trabalho como barrista, ao qual só regressou após enviuvar, quando tinha já perto de 68 anos. Foi então que a arte de modelar a imaginação se tornou a sua paixão, começando a frequentar feiras e romarias. A sua obra despertou, nessa altura, a curiosidade de jovens estudantes, alunos da Escola Superior de Belas Artes do Porto, e as suas obras, evocativas do Surrealismo, tornaram-se um fenómeno do artesanato português. Foi, assim, a primeira barrista a ter um reconhecimento singular e chegou a receber, em 1981, o grau de Dama da Ordem Militar de Sant’iago da Espada.

Em 2021, um conjunto de peças suas estiveram em mostra na Galeria Avenida da Índia (Galerias Municipais de Lisboa), no âmbito da exposição coletiva “Ernesto de Sousa, Exercícios de Comunicação Poética com Outros Operadores Estéticos”.

Rosa Ramalho nasceu em 14 de agosto, no ano de 1888.

Rosa Ramalho fotografada por Eduardo Gageiro em 1968

Fonte: Lisboa Cultura

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QUEM FOI O POETA LIMIANO JOÃO MARCOS?

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João Gonçalves Ribeiro de seu nome completo nasceu na freguesia de Rebordões - Santa Maria, no concelho de Ponte de Lima, em 25 de Abril de 1913.

Foi vasta a sua produção literária que se encontra publicada. De entre ela, salientamos, em poesia, “Um Novo Mundo Perfeito”, “Colonizados”, “Ode Terrestre – Separata do “Cardeal Saraiva”, “Manhãs de Abril”, “O Ser e o Nada”, “Meu Verde Minho”, “Epopeia do Homem Cósmico”, “Balaio de Camarinhas”, “Versos do Fim do Dia” e “Epopeia do Homem Lusíada”. Na ficção, “Entre o Amor e a Loucura”. “Uma Terra que se chamou Geridel”, “Nas Ourelas do Fogo” e “Estrasburgo 1964”. Na investigação histórica, “O Conde da Barca na política europeia do pré-liberalismo” e “O Cardeal Saraiva – Evocação de Frei Francisco de S. Luís”. Deixou também inéditos a aguardar publicação.

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Evocando a sua memória, transcreve-se seguidamente o artigo “João Marcos: Decano dos Poetas Limianos”, da autoria de Carlos Gomes, publicado em 2004, escassos meses antes de falecer, na revista “O Anunciador das Feiras Novas”, nº. 21, publicação anual de informação, cultura, turismo e artes limianas que se edita em Ponte de Lima.

JOÃO MARCOS: DECANO DOS POETAS LIMIANOS

Não é em vão que se nasce em terras limianas, glorificadas pelos nossos maiores poetas como Diogo Bernardes, Frei Agostinho da Cruz e António Feijó. Ponte de Lima, coração desta região encantada onde os montes de Parnaso envolvem o mítico Letes, tem o privilégio de poder contar com muitos desses poetas entre os seus filhos mais extremosos. João Marcos, justamente considerado o decano dos escritores da Ribeira Lima, é natural de Rebordões – Santa Maria e nunca esqueceu a terra que lhe serviu de berço, mesmo quando o exílio o forçou a partir para terras distantes” – foi com estas palavras que o autor deste artigo começou por prefaciar o livro “João Marcos – 50 anos de vida literária” que transcreve a conferência levada a efeito por Cláudio Lima, em 1997, nas instalações da Casa do Concelho de Ponte de Lima, em Lisboa. Com efeito, tratou-se de uma homenagem justíssima que conterrâneos e amigos resolveram prestar-lhe, revelando-lhe a admiração que sentem pela sua pessoa e pelo seu trabalho nomeadamente como escritor e poeta e ainda um tributo pelo que tem feito no sentido do engrandecimento de Ponte de Lima. E, por ser merecida, também a Câmara Municipal de Ponte de Lima decidiu atribuir-lhe a medalha de mérito cultural, gesto louvável porque teve a virtude de lembrar um dos seus filhos mais ilustres.

Não pretendemos com o presente trabalho proceder a uma análise exaustiva da obra literária de João Marcos nem tão pouco seguir o percurso da sua vida – Cláudio Lima fê-lo melhor do que ninguém, podendo com toda a justiça ser considerado o seu biógrafo. Apenas procuramos render a nossa humilde e sincera homenagem a um dos mais ilustres filhos da terra limiana de quem temos recebido inúmeras manifestações de amizade de que muito nos orgulhamos.

João Marcos não é apenas um poeta limiano. Ele é sobretudo um homem solidário que exprime nos seus versos uma preocupação com o sofrimento humano e revela um compromisso permanente com um ideal de paz e harmonia entre os homens e, simultaneamente, entre o Homem e o Universo. Como disse Cláudio Lima na conferência que proferiu em sua homenagem, “... a par das preocupações sociais (por vezes no seio delas), a poesia de João Marcos patenteia sempre uma inquietação metafísica, uma busca e aprofundamento da natureza do ser, uma incursão porfiada às fronteiras-limite do mistério”.

João Marcos Gonçalves Ribeiro de seu nome completo, o nosso ilustre conterrâneo nasceu na freguesia de Rebordões - Santa Maria, no concelho de Ponte de Lima, em 25 de Abril de 1917, tendo portanto já ultrapassado a provecta e respeitável idade de oitenta e sete anos. Como curiosidade, refira-se que o dia do seu nascimento é no calendário litúrgico dedicado a S. Marcos, facto que muito provavelmente determinou a escolha do seu nome, tanto mais que descende, pelo lado materno, de uma família influente e tradicionalmente monárquica oriunda de Vila Franca de Xira, donde se conclui também rigorosamente observadora dos costumes católicos. Mas esse é também o dia em que, sessenta e um anos após a data do seu nascimento, veio a ocorrer em Portugal um golpe militar que se transformou numa revolução que se prometia libertadora para o povo português e que, por um feliz acaso, ficou conhecida por “Revolução dos Cravos”, facto esse que também marcou um homem que, já em discordância com o regime do Estado Novo, embarca para o Brasil em 5 de Agosto de 1939 de onde só regressa oito anos depois. Aliás, a comprová-lo, foi precisamente o nome “Revolução dos Cravos” a designação escolhida que serviu de título a um poema que publicou no seu livro “Manhãs de Abril” e do qual extraímos a seguinte passagem:

 

1º acto: Quinta-feira central

de um ano como tantos mais.

Do meu dia natal

mais um beijo de outros natais.

Festa a ser resumida

num bolo de bastantes velas,

família reunida

em manifestações singelas

- mais um vinte e cinco de Abril

soprado na noite vil

 

Pese embora as influências sobre si exercidas pelas leituras de Rosseau, Proudhon e mais tarde Sartre e ainda o seu posicionamento político adverso à ditadura, João Marcos manteve sempre um elevado portuguesismo que o impeliu a regressar a Portugal. Como Cláudio Lima referiu, “se Ferreira de Castro, nos seringais amazónicos, sofria da lonjura do seu Caima debruado de choupos; se Miguel Torga, nos capinzais mineiros, obsessivamente lançava o pensamento ao seu Douro coleante e impetuoso, também João Marcos, nas poluídas avenidas do Rio ou de S. Paulo, suspirava pelas edénicas belezas do seu Lima”. Aliás, sendo nós conhecedores da sua opinião, entre outros aspectos, relativamente à situação em que ilegitimamente Olivença se encontra sob ocupação de Espanha e os direitos que a esse respeito assistem ao nosso país, estamos em condições de reconhecer o seu patriotismo. Ao prefaciar o seu livro “A Minha Alma Brasileira”, afirma a Drª Manuela Rodrigues tratar-se de “um português, minhoto da mais preclara cepa, com as suas raízes profundas nesse canto do país onde os celtas e os visigodos plantaram corações e almas fortes, de antes quebrar que torcer. Tão fortes que são capazes de partir, criar raízes e voltar, mantendo a portugalidade mais profunda, sem contudo deixarem de absorver de passagem o que de melhor as culturas locais lhes apresentam“.

Colaborador assíduo da revista “O Anunciador das Feiras Novas” e de numerosas publicações de índole cultural e regional, o escritor João Marcos possui uma obra literária assinalável repartida pela poesia, o conto literário, a ficção, o teatro e a investigação histórica. “Polifonia Singela” é o título do seu primeiro livro que publica em 1946, ainda no Brasil, editado pela Norte Editora, do Rio de Janeiro. Trata-se de um livro de poemas que, conforme o Jornal de S. Paulo referiu, são “de leitura agradável e sugestiva, com poesias realmente encantadoras, conseguirá este livro prender a atenção do leitor, pois tem sensibilidade, denota largueza de vistas e expressão justa”. É precisamente de “Polifonia Singela” que repingamos o seguinte quinteto:

 

Numa terra longe, à procura da sorte,

Vai um peregrino, talvez a pensar

No destino incerto, no inseguro norte:

Procurando a vida, pode achar a morte...

Mas a vida importa, tem de a procurar!

 

Desde então, a produção literária do escritor João Marcos não mais parou. Publicou em poesia “Um Novo Mundo Perfeito” em 1953, “Colonizados” em 1975, “Ode Terrestre – Separata do “Cardeal Saraiva” em 1986, “Manhãs de Abril” em 1994, “O Ser e o Nada” em 1996, “Meu Verde Minho” em 1997, “Epopeia do Homem Cósmico” em 2000, “Balaio de Camarinhas” em 2001, “Versos do Fim do Dia” em 2002 e “Epopeia do Homem Lusíada” em 2003Na área da ficção estreou-se em 1987 com o romance “Entre o Amor e a Loucura”, em 1992 publicou “Uma Terra que se chamou Geridel”, em 1993 “Nas Ourelas do Fogo” e, em 1999, o romance “Estrasburgo 1964”. No domínio da investigação histórica publicou em 1993 “O Conde da Barca na política europeia do pré-liberalismo” e em 1995 “O Cardeal Saraiva – Evocação de Frei Francisco de S. Luís” que constitui a edição da conferência que entretanto realizou na Casa do Concelho de Ponte de Lima. Recentemente publicou “A minha Alma Brasileira” que constitui um livro de contos e narrativas que transmite o seu sentir e experiências vividas durante o seu exílio no Brasil, tendo ainda participado com um conto da sua autoria numa colectânea a que foi dado o título “Contos do Minho” e que reuniu duas dezenas de contistas minhotos. Além dos trabalhos publicados, João Marcos possui ainda numerosos inéditos a aguardar publicação, trabalhos de grande valor a aguardar o interesse de alguma editora ou, quem sabe, de qualquer outro organismo cuja actividade esteja orientada para finalidades culturais.

Ainda segundo Cláudio Lima, “em toda a sua obra poética explora João Marcos esse inesgotável veio da nossa tradição lírica moderna. Com maior ou menor ímpeto de militância a favor dos desfavorecidos da sorte e excluídos da sociedade; com diversificados modelos de composição e registos de inspiração, o ideal romântico da poesia como instrumento de denúncia e arma de combate (Victor Hugo, Antero de Quental, etc.) sempre tem apaixonado e mobilizado o vate limiano”. E é precisamente do seu livro “Epopeia do Homem Lusíada” que extraímos o seguinte poema:

Sou português e vou do Algarve ao Minho

sou marinheiro e vou até Timor

de leste a oeste abrindo o meu caminho

levando a língua, a fé e o meu amor.

 

Eu sou Vasco da Gama, sou Cabral,

Fernão de Magalhães... sou lusitano

e levo o coração de Portugal

além de toda a terra e mar oceano.

 

Eu levo a minha língua, a minha lei,

as normas e o sentir do meu viver;

além, em toda a parte, espalharei

as eternas raízes do meu ser.

 

Sem medo, para além do bem, do mal,

abrir um novo mundo é o meu destino,

levar o Império, a Fé, levar meu Hino,

os perigos vencer, sou Portugal.

 

Com efeito, parafraseando Cláudio Lima, a poesia de João Marcos constitui “um permanente convite à elevação, ao compromisso com a vida e os valores que a substantivam, à prática de um exercício reflectivo sobre o Homem e o Universo. Mesmo quando parece deter-se em coisas miúdas e prosaicas, mesmo quando a sua musa azougada o seduz aos bosques de um erotismo faunesco ou o tenta enredar nos liames de um telurismo primário e convencional – sempre o Poeta se esquiva ao conceito gasto, ao efeito fácil, e imprime o seu selo de autenticidade, fazendo do acto de escrever não um mero auto-enamoramento narcisista, mas o reflexo nítido do que de mais nobre e imperecível deve fundamentar a vida e sublimar a arte”.

Enquanto permaneceu no Brasil, João Marcos foi secretário de Direcção da Companhia de Navegação Aérea, redactor de publicidade científica na sucursal da Companhia Química Rhodia Brasileira e na filial dos Laboratórios Farmacêuticos Glassop. De regresso a Portugal, trabalha como correspondente comercial de uma empresa sediada no Porto, é chefe de correspondência estrangeira da Companhia Colonial de Navegação e, colaboração com a sua espôsa, Drª Agostinha Andrade, licenciada em Farmácia, funda em 1958 a Farmácia “Andrade Ribeiro” que ainda mantém, situada numa das mais movimentadas e bem situadas artérias de Lisboa – a avenida Infante Santo.

Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas, exerceu a carreira docente em diversos estabelecimentos de ensino oficial, leccionando Filosofia, História e Ciências Sociais. O escritor João Marcos é membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa de Poetas, da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, do Círculo de Cultura Luso-Brasileira e da Sociedade de Língua Portuguesa. Faz ainda parte da Tertúlia Rio de Prata que reúne cerca de quatro dezenas de escritores os quais, todos os anos, vêm publicando um simpático livrinho de poemas com o título “Florilégio de Natal”. A convite da Casa do Concelho de Ponte de Lima, Cláudio Lima proferiu nas suas instalações em Lisboa uma palestra evocativa da passagem dos cinquenta anos de vida literária do escritor, iniciativa que decorreu no dia 25 de Janeiro de 1997 e contou com a presença de apreciável número de conterrâneos.

Com a sua primeira obra publicada há quase sessenta anos, João Marcos, em relação a quem curiosamente se desconhece qualquer pseudónimo literário, é actualmente o decano dos poetas limianos e muito provavelmente de todos os escritores portugueses. A sua obra literária é cada vez mais reconhecida e divulgada. Pena é que, apesar do ritmo a que tem vindo a editar os seus trabalhos literários, muitos dos seus inéditos continuem à espera de uma oportunidade de publicação. O talento e o valor de uma obra tem, frequentes vezes, a particularidade de levar um certo tempo a ser devidamente reconhecida e avaliada pelos espíritos menos iluminados.

BIBLIOGRAFIA:

LIMA, Cláudio. João Marcos – 50 anos de vida literária. O Anunciador das Feiras Novas. Ponte de Lima, 1996

LIMA, Cláudio. João Marcos – 50 anos de vida literária. Casa do Concelho de Ponte de Lima, Lisboa, 1997

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A imagem mostra o escritor João Marcos (à esquerda) e Carlos Gomes (Administrador do BLOGUE DO MINHO)

JOSÉ AFONSO NASCEU HÁ 95 ANOS – SUA MÃE NASCEU EM PONTE DE LIMA EM 1901

Maria das Dores Dantas Cerqueira nasceu a 18 de julho de 1901, na vila de Ponte de Lima. Era filha de Domingos José Cerqueira, professor primário, natural de Santa Maria dos Anjos, vila de Ponte de Lima, e de Rosa Augusta Dantas, natural da freguesia de Santa Marinha de Arcozelo, concelho de Ponte de Lima.

Seguindo a carreira de seu pai, professora da instrução primária, casou, em Aveiro, a 22 de abril de 1927, com José Napomuceno Afonso dos Santos, Juiz na carreira judicial ultramarina.

Faz hoje 95 anos que dava à luz um menino a que deram o nome de José. Este filho ficará para sempre conhecido por Zeca Afonso.

[Imagem do livro de batismo da paróquia de Santa Maria dos Anjos, vila e concelho e Ponte de Lima - CÓDIGO DE REFERÊNCIA

PT/ADVCT/PRQ/PPTL35/001/00030

Fonte: Arquivo Distrital de Viana do Castelo

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A ASCENDÊNCIA PONTE-LIMENSE DE JOSÉ AFONSO

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  • Crónica de José Sousa Vieira

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987)

Nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, resultado, segundo o seu irmão mais velho, João, “da enxertia de uma cepa beirã em vide minhota, ambas transplantadas para a foz do Vouga”.

A “cepa” era José Nepomuceno Afonso dos Santos, natural do Fundão, magistrado, e a “vide” a professora primária Maria das Dores Dantas Cerqueira, nativa de Ponte de Lima, como seus pais, Rosa Augusta Dantas e Domingos José Cerqueira.

Deste seu avô, que Zeca Afonso não conheceu, escrevia Júlio de Lemos ser de “inteligência ricamente dotada” e “a bondade em pessoa” (cf. Anais Municipais de Ponte de Lima, pág. 91). José Carlos de Magalhães Loureiro, no número 22, ano 2005, de “O Anunciador das Feiras Novas”, páginas 157 a 159, dá-nos relevantes elementos desta personalidade que deixou, para a posteridade, os seus descendentes, destacando-se José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (José Afonso), mas também um papel não negligenciável na história do ensino no nosso país, com marca perene na sua “Cartilha Escolar”, aparecida em 1912.

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D. ANACLETO OLIVEIRA – ANTIGO BISPO DA DIOCESE DE VIANA DO CASTELO – NASCEU HÁ 78 ANOS!

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Passam precisamente 78 anos sobre a data de falecimento de D. Anacleto Cordeiro Golçalves de Oliveira que foi Bispo da Diocese de Viana do Castelo e aqui deixou profundas e gratas recordações.

Como testemunho de memória, aqui deixamos as suas gentis palavras traduzidas nos votos natalícios em 2018:

“Caríssimo Carlos,

Obrigado pela oportunidade que me dá de lhe manifestar, a si e a todos os leitores do Blogue, os meus sentidos votos natalícios:

Que o Deus Menino a todos “aqueça” com o seu carinhoso amor e ilumine com aquela luz que nos permite ver para além de nós próprios e das aparências: Ele que, deitado na manjedoura de Belém e envolto em fraldas, nos mostra o caminho para a verdadeira paz – a que nasce de uma solidariedade sem fronteiras, aquela de quem desce ao nível dos outros, independentemente da sua condição social, cultural ou religiosa!

Para todos um abraço caloroso.

Anacleto Oliveira”

QUEM É SÉRGIO MOREIRA – O AUTOR DA FOTOGRAFIA DO CARTAZ DAS FESTAS DE SERRELEIS?

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Sérgio Moreira é um dos mais conhecidos e conceituados fotógrafos minhotos. Natural de Santa Marta de Portuzelo, à sua terra natal dedica muito do seu labor que publica na sua página do Facebook “Imagens da minha terra - Santa Marta de Portuzelo” em https://www.facebook.com/SergioMoreiraFotografia/posts/1430601463664931?comment_id=1430677023657375&notif_t=share_reply&notif_id=1489014307781187

A ele se devem inúmeras produções fotográficas para cartazes como os de Santa Marta de 2013, 2015, 2016. É também autor dos cartazes da Romaria da Senhora d’Agonia em 2015, de Perre em 2013 e de Serreleis em 2016 e 2024.

Mas, também a beleza da mulher do Minho não escapa à sua objectiva atenta, dedicando-lhe também a página no Facebook “Beleza e Tradição”, no endereço https://www.facebook.com/belezadamulherdominho/?fref=ts

Sérgio Moreira frequentou a Academia dos Olhares, no Porto, e o Instituto Portuguesa de Fotografia. É fotógrafo da United Photo Press e trabalha na Câmara Municipal de Viana do Castelo.

Esta paixão e arte é ainda partilhada com Silvia Moreira, sua esposa e companheira também nesta área da fotografia, transmitindo-lhe naturalmente a sua sensibilidade e perspectiva.

Através da fotografia, Sérgio Moreira presta uma verdadeira homenagem ao Minho e à mulher minhota, considerada a mais bela de Portugal!

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QUEM É A ARTISTA LIMIANA RITA SÁ LIMA – AUTORA DO CARTAZ DAS FEIRAS NOVAS?

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Rita Sá Lima, artista plástica, natural de Ponte de Lima, é licenciada em Artes Plásticas e mestre em pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Trabalha numa linguagem criada a partir do desenho cego, no qual são feitos os movimentos percetivos do objeto, sem olhar para o suporte, que posteriormente alia à pintura, onde a cor e a gestualidade tomam o papel principal.

Já participou em diversas exposições coletivas, e já expôs individualmente, tendo recebido duas menções honrosas, nomeadamente no XXVIII Salão de Primavera 2015 e Galeria de Arte do Casino Estoril.

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