A figura do Zé Povinho foi durante muitas décadas – a par de Santo António – um ícone nas tabernas de Lisboa, que tinham invariavelmente como donos galegos ou minhotos, com especial predominância para os oriundos de Ponte de Lima e Paredes de Coura.
“Um ramo de louro à porta / Indicava uma taberna / À noite era uma lanterna / Com sua luz quase morta” – tal como canta a barcelense Gisela João.
Lá dentro, em lugar cimeiro, Santo António segurava o menino dentro da sua capelinha e, a seu lado, a figura rústica do Zé Povinho garantia: Queres fiado… toma!
O taberneiro, qual sacerdote de Dionysos, perfila-se diante do balcão como se da ara dos ritos sacrificiais se tratasse, presidindo à liturgia pagã do vinho junto dos seus ungidos. E, no seu subido altar, nas suas funções de Baco, Zé Povinho assegurava o cumprimento do dever dos fiéis não deixarem de cumprir a sua obrigação do pagamento da despesa. Isto acontecia outrora quando existiam tabernas dos minhotos em Lisboa.
ROSA RAMALHO (Galegos - São Martinho, Barcelos, 14 de Agosto de 1888 - 24 de Setembro de 1977), nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista, e um dos seus Cristos.
Esta magnifica joia, foi criada nos finais do século XVIII, quando a Raínha D. Maria I (1734-1816) que, grata pelo nascimento do seu filho varão, pediu que lhe fosse feito um coração em ouro em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus.
Esta peça foi concebida numa forma de coração que se tornou icónica, e no topo, tem uma "coroa" com cornucópias que simbolizam as chamas que brotam desse símbolo cristão. Todo ele é preenchido com finos e delicados fios de filigrana.
Durante muito tempo, esta joia foi usada como símbolo religioso de dedicação e culto ao Sagrado Coração de Jesus, mas com o tempo, a sua popularidade conotou-a com o amor profano, passando a ser um símbolo de amor romântico.
Peça do Museu de Ourivesaria Tradicional de Viana do Castelo
O Grupo Etnofolclórico de Refoios do Lima realizou hoje o seu festival de folclore para o qual foram convidados vários grupos folclóricos maioritariamente da região do Minho.
Como lembrança oferecida aos grupos convidados, o grupo anfitrião ofereceu como lembrança uma peça do nosso artesanato tradicional: uma espadela do linho.
Esta iniciativa a nosso ver louvável é digna de registo, sobretudo numa altura em que muitas organizações têm vindo a optar por oferecer bugigangas em acrílico sem qualquer significado com a nossa cultura e tradições, desprezando desse modo o nosso artesanato e a subsistência dos artesãos que os produzem.
Quem recorre a tais bugigangas não sabe realmente o que anda a fazer na área do folclore!
Rosa Ramalho (14 de Agosto de 1888 - 24 de Setembro de 1977), nome artístico de Rosa Barbosa Lopes, ceramista, faleceu há 47 anos.
“O seu trabalho é caracterizado por peças figurativas que evocam o surrealismo e transitam entre o real e o fantástico. As suas peças exprimem uma imaginação prodigiosa e uma visão singular do através de personagens como as alminhas, o cristo, os cabeçudos, o galo, o galo mulher, o homem-sereia, o carrocho, a cabra, a pinha, a banda, a ceia, o cavaleiro, entre outras.
Rosa Ramalho nasceu no lugar da Cova, na freguesia de São Martinho de Galegos, concelho de Barcelos. O apelido adotado por ela, e sob o qual veio a ser conhecida, vem de uma expressão que sua avó dizia a seu pai: “não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!”. Filha de um sapateiro, Luís Lopes e de uma tecedeira, Emília Barbosa, ela nunca frequentou a escola. Aprendeu a trabalhar o barro desde muito nova, mas interrompeu a atividade quando se casou aos 18 anos e teve oito filhos (três morreram à nascença). Durante esse período, para fazer algum dinheiro, Rosa ia para casa de uma vizinha que modelava figuras, depois das suas atividades domésticas e domiciliárias. Inicialmente, para tecer tiras de cestas, mas depois para, por olho e por hábito, aprender a fazer essas tais figuras com barro por cozer (ou chacota) e com tintas não-cerâmicas, a partir da terra que tinha à disposição. Mas foi só após a morte do marido, em 1956, que, já com 68 anos de idade, iniciou o trabalho pelo qual veio a ser conhecida, com figuras de contornos dramáticos e fantasiosos, provenientes de uma imaginação fértil e repleta de mitologias locais.
A trajetória artística de Rosa começa com as tradicionais feiras populares, e foi assim que ela vendeu seus primeiros bonecos em Barcelos. Quando o pintor Antonio Quadros conheceu seu trabalho, passou a divulgar as suas exposições nas feiras. Quando o trabalho de Rosa ficou conhecido pelos membros da Escola Superior de Belas Artes do Porto, a modelagem de figuras em barro passou a ser valorizada pela "elite" artística e ganhou um estatuto superior no país.
Uma das suas peças, encontrada no acervo da Fundação Marques da Silva (FMS), da Universidade do Porto, integrou a exposição "Mais que Arquitectura", no Palacete Lopes Martins, em 2020.
Boa parte da obra de Rosa Ramalho pode ser encontrada no Museu de Olaria, em Barcelos, numa sala inteiramente dedicada ao figurado. São cerca de 250 peças que representam as várias fases do seu trabalho. Algumas da primeira fase, quando ela também pintava as peças, e outras da fase em que começou a contactar com os alunos de Belas-Artes da Universidade do Porto, e ainda figuras inacabadas.
O seu trabalho é continuado atualmente pela neta Júlia Ramalho que a acompanhava no trabalho do telheiro.
Em 1968 recebeu a medalha "As Artes ao Serviço da Nação". Nesse ano foi apresentada na Feira de Artesanato de Cascais e os seus trabalhos passaram a ser procurados por milhares de portugueses e estrangeiros.
Foi a primeira barrista a ser conhecida individualmente pelo próprio nome e teve o reconhecimento, entre outros, da Presidência da República, que em 9 de Abril de 1981, a título póstumo, lhe atribuiu o grau de Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.”
Fonte: Wikipédia
Rosa Ramalho pôs as mãos no barro desde criança, mas só ficou célebre na arte da olaria tradicional portuguesa depois de ficar viúva.
De origens humildes, filha de um sapateiro e de uma tecedeira, Rosa Barbosa Lopes nasceu em 1888 na freguesia de S. Martinho de Galegos, em Barcelos. A partir de uma expressão de uma frase recorrente da avó ao seu pai – “Não saias daqui, põe-te à sombra dos ramalhos!” – juntou ao seu nome o apelido Ramalho pelo qual ficou conhecida.
Nunca frequentou a escola e com apenas sete anos, a troco de algum dinheiro, começou por fazer tiras de cestas em casa de uma vizinha que modelava uns bonecos toscos em barro, imitando as cestas em vime que vira umas mulheres ciganas fazer.
Casou aos 18 anos, juntando-se ao seu marido no ofício de moleiro para sustento da família. Teve 8 filhos (três morreram à nascença) e durante os quase 50 anos de casamento, o barro tornou-se apenas num passatempo familiar com as crianças.
Só em 1956, tinha então 68 anos, é que se dedicou novamente à arte de moldar o barro, dando asas à sua imaginação fértil. Inspirada pela vida rural minhota que a envolvia e pelo imaginário fantasmagórico de infância produziu peças retratando cenas como a matança do porco e as procissões, passando por bruxas, lobisomens, bichos e monstros de um universo surreal que a distinguiria entre os barristas da região.
Percorreu feiras locais e regionais do norte de Portugal e foi na feira das Fontainhas no Porto que o pintor António Quadros reparou no seu trabalho, divulgando-o e contribuindo assim para o seu reconhecimento, tendo também sugerido que assinasse as suas peças retirando a sua obra do anonimato.
Umas das mais importantes ceramistas portuguesas, elevou a arte do figurado de barro de Barcelos, tendo trabalhado até ao fim dos seus 89 anos de vida.
Foram cerca de 140 mil os visitantes que decidiram explorar e conhecer as tradições, iguarias, usos e costumes destacados na Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão. O certame desenrolou-se durante dez dias e terminou este domingo.
A 39.ª edição da Feira de Artesanato e Gastronomia contou com 20 espetáculos, protagonizados por artistas famalicenses e por grandes nomes da música, como Plutonio, António Zambujo, Ana Laíns, entre outros. O certame contou ainda com a participação de perto de uma centena de artesãos e produtores gastronómicos provenientes de todo o país.
Abílio Macedo, de Vila do Conde, foi um dos artesãos que participou pela primeira vez no certame e é um dos participantes que conta voltar na próxima edição. “Achei que foi uma experiência maravilhosa: gostei imenso da dinâmica da feira e da simpatia da organização”, disse. “É sempre um gosto ver as pessoas interessarem-se pelo nosso artesanato, principalmente quando temos tantas visitas”.
Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a feira presenteou “dez dias de partilha, convívio e de muita cultura”. “O número de visitantes evidencia novamente que esta é uma das mais relevantes e conceituadas feiras do género na região e no país, e deveras apreciada”, apontou.
O autarca aproveitou ainda para deixar uma palavra de agradecimento às pessoas que passaram pela Feira de Artesanato e Gastronomia e aos que contribuíram para “que o evento se realizasse da melhor forma”. Mário Passos destacou ainda os artesãos, produtores gastronómicos e restaurantes que “voltaram a confiar em Famalicão para darem a conhecer as suas artes”e“os artistas que animaram o certame”.
39.ª edição desenrola-se até ao dia 8 de setembro, com Plutonio e António Zambulo em cartaz
Mais de 50 mil pessoas visitaram, nos últimos três dias, a Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão, na Praça Mouzinho de Albuquerque. O maior número de visitas registou-se este domingo, impulsionado pelo concerto de Cláudia Martins & Minhotos Marotos.
Nestes primeiros três dias, a feira já recebeu mais visitas do que os primeiros dias da edição do ano passado. Perante esta afluência, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos, espera inclusive que o número de visitantes da 39.ª edição da feira ultrapasse o número registado no último certame, já que este ano o evento “encontra-se mais ajustado ao conceito que Famalicão definiu para a Feira de Artesanato e Gastronomia”. “Estão reunidas todas as condições para que tenhamos mais uma excelente feira”, acrescentou ontem o autarca aquando da visita ao evento.
Este ano, a Praça Mouzinho de Albuquerque acolhe não só mais pessoas, mas também mais artesãos, produtores gastronómicos e stands. “Em Famalicão, temos artesanato e gastronomia, trazidos do Norte ao Sul do país, que representam o melhor que se faz em Portugal”, notou ainda Mário Passos. Também a programação cultural, com nomes de referência nacional e com projetos famalicenses, faz com que “a cidade seja um ponto atrativo e de passagem”, acrescenta.
Recorde-se que a Feira de Artesanato e Gastronomia tem entrada gratuita e desenrola-se até ao dia 8 de setembro. Aos saberes e sabores tradicionais, aliam-se diversos espetáculos musicais, que vão animar a feira durante dez dias. Os palcos do certame vão ainda acolher o 11.º Festival de Fado de Famalicão, no dia 4 de setembro, e os concertos de Plutonio (dia 3) e de António Zambujo (dia 5).
Não há minhoto que não se reconheça nos motivos que adornam a mitra do Bispo da Diocese de Viana do Castelo. Com efeito, ela remete-nos para os magníficos bordados de Cardielos e da região do Alto Minho em geral. É, porventura, uma forma de afirmar que o Bispo está com o seu povo e ele é a sua Igreja.
A mitra possui origens remotas que nos remetem para a época romana ao tempo do imperador Constantino. Trata-se de uma cobertura de cabeça usada como insígnia pontifical pelos prelados da Igreja Católica e outras igrejas cristãs. Melhor dizendo, apenas aos bispos é conferido o direito de uso da mitra.
A atracção das gentes minhotas por esse metal tão belo quanto precioso remete-nos para os confins da História, a um tempo em que as mulheres – ancestrais das actuais minhotas – se adornavam com torques e braceletes que agora inspiram os designers da moderna ourivesaria minhota.
A esse tempo, já os romanos que aqui se estabeleceram exploraram as jazidas auríferas existentes na nossa região. Porém, a sua importância no costume minhoto tem influências bem mais recentes!
Entretanto, chegado sobretudo ao século XIX, muitos foram o camponeses na região de Entre-o-Douro e Minho forçados a emigrar para o Brasil a fim de escapar à miséria que então assolava os campos. A filoxera que atingiu as vinhas e a indústrialização fomentada pela governação de Fontes Pereira de Melo constituíram alguns dos factores que estiveram na sua origem.
Não raras as vezes, os nossos conterrâneo se ocultaram nos porões dos navios que de Viana do Castelo zarpaval rumo a terras de Vera Cruz. E, uma vez chegados ao porto de Santos, no Brasil, esgueiravam-se sem qualquer registo para depois se aventurarem numa vida de glória ou de miséria.
Muitos dos nossos compatriotas enriqueceram e assim regressaram. Construíram as suas mansões - as chamadas casas dos brasileiros – ao longo do litoral minhoto. Eram eles os “brasileiros de torna-viagem”.
Do seu bolso ajudaram a construir escolas, beneficiaram igrejas e de um modo geral contribuíram para o progresso das suas terras de origem. Mas também não esqueceram as suas afilhadas, oferecendo-lhes geralmente um rico dote em oiro para que também elas viessem a conseguir um bom casamento... é isso que em grande medida explica uma certa ostentação do ouro nesta região!
Por conseguinte, este tornou-se um traço do carácter minhoto que define bem a sua personalidade, que combina bem com a sua natureza exuberante e maneira de estar. Algo que não é facilmente compreendido por pessoas de outras regiões do nosso país…
Distante da monotonia de outras terras, o minhoto vive desde que nasceu rodeado de uma paisagem alegre e ridente onde a grandeza das montanhas contrasta com a doçura verdejante das suas veigas. O minhoto é jovial e alegre. E, em todos os momentos da sua vida, mesmo nos mais difíceis, encara-os de frente e enfrenta-os com um sorriso nos lábios. O trabalho, a religião e a própria gastronomia são vividos em festa!
Foi essa sua paixão pelo ouro e a filigrana em geral que impulsionou a arte da ourivesaria, principalmente em Gondomar e Póvoa de Lanhoso. E, dela fez um dos ex-líbris de Portugal mundialmente reconhecido.
A39.ª edição do certame decorre entre hoje e dia 8 de setembro
O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos, visita amanhã, dia 1 de setembro, pelas 19h00, a 39.ª edição da Feira de Artesanato e Gastronomia de Famalicão.
A edição deste ano do certame arranca esta sexta-feira, pelas 18h00, com a participação de cerca de cem artesãos e produtores gastronómicos de todo o país e com mais de 20 momentos musicais.
Além de serem promovidos saberes e sabores tradicionais, a Feira dá ainda palco a grandes nomes da música local e nacional. Ana Laíns (31), Cláudia Martins & Minhotos Marotos (1), Plutonio (3), Pedro Moutinho (4) e António Zambujo (5) são alguns dos nomes que compõem o cartaz deste ano do evento.
A 39.ª Feira de Artesanato e Gastronomia tem entrada gratuita e vai desenrolar-se na Praça Mouzinho de Albuquerque, até 8 de setembro. O programa completo está disponível em www.famalicao.pt.
AS COLEÇÕES DO MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA | INSTRUMENTOS MUSICAIS | O BRINQUINHO
O brinquinho ou “bailhinho”, designações populares utilizadas na Madeira, é um dos instrumentos musicais tradicionais madeirenses mais divulgados, sendo a cana vieira uma das matérias-primas utilizadas na sua construção.
É um idiofone misto de concussão direta, composto por um conjunto de bonecos em pano (usualmente sete figuras, masculinas e femininas), trajando indumentária tradicional, portadores de castanholas nas costas e fitilhos, dispostos na extremidade de uma cana de roca, em duas ou mais séries circulares, de diâmetro desigual e encimado por uma destas figuras. É ornamentado, ainda, com tampas de garrafas (caricas), que também funcionam como castanholas.
Era costume, nos arraiais, para entretenimento, o povo formar rodas, tocando, cantando e dançando – os chamados brincos - termo que estará, provavelmente, relacionado com a designação deste instrumento.
Este instrumento possui um arame, o qual entra na cana, e o tocador segura no cabo imprimindo movimentos verticais, que fazem tocar as castanholas. É utilizado usualmente para marcar compasso. Sendo o seu uso mais comum entre os grupos de folclores da Região, também aparece isolado pelas mãos do povo, nos arraiais tradicionais.
Embora a sua origem seja incerta, segundo alguns autores este instrumento terá sido trazido para o arquipélago pelos primeiros colonizadores, estando a sua origem provavelmente relacionada com um instrumento que era utilizado nas Regiões do Minho e do Douro: a charola ou cana de bonecos.
BIBLIOGRAFIA
CAMACHO, Rui, TORRES, Jorge; Catálogo “Instrumentos musicais da tradição popular madeirense”, Centro de Documentação Musical Xarabanda, 2006.
Catálogo da “1ª Mostra instrumentos musicais populares: recolha, restauro, construção”, Direção Regional dos Assuntos Culturais, Câmara Municipal do Funchal, 1982.
39.ª edição tem entrada gratuita e desenrola-se até ao dia 8 de setembro
Esta sexta-feira, dia 30 de agosto, pelas 18h00, já se pode visitar a tão aguardada Feira de Artesanato e Gastronomia, na Praça Mouzinho de Albuquerque. Os visitantes vão poder contactar com cerca de uma centena de artesãos e produtores gastronómicos, conhecer os mais diversos saberes tradicionais e apreciar as mais variadas iguarias. Ao artesanato e à gastronomia, junta-se também um programa de animação cultural com mais de 20 momentos musicais.
No primeiro dia da feira, os visitantes podem percorrer a Praça Mouzinho de Albuquerque e visitar os diferentes expositores, como também participar nos espetáculos, protagonizados pelo Folc D’Ave e pela banda Cordel, marcados para as 21h30 e para as 22h30, respetivamente.
Durante os restantes dias, vão ser os concertos de Ana Laíns (dia 31), de Cláudia Martins & Minhotos Marotos (dia 1), de Plutonio (dia 3) e de António Zambujo (dia 5) a dinamizar a feira. O certame vai contar ainda com performances de grupos famalicenses. A banda Fammashow vai atuar no dia 2 de setembro e, nos dias 1 e 7, a feira vai ser animada por vários grupos folclóricos do concelho. No dia 4, o certame vai receber ainda o 11.º Festival de Fado de Famalicão, que vai incluir a atuação de Pedro Moutinho.
No dia 6 de setembro, pelas 23h00, depois dos concertos dos grupos Sons do Bairro e Lokapala, inicia-se a Silent Party. De modo a participarem nesta festa silenciosa – com lotação limitada –, os visitantes devem levantar os headphones, no local. Os auscultadores têm de ser devidamente devolvidos, no final do evento.
A 39.ª Feira de Artesanato e Gastronomia vai desenrolar-se na Praça Mouzinho de Albuquerque, de 30 de agosto a 8 de setembro. O programa completo está disponível em www.famalicao.pt.
O palmito é uma bonita peça de artesanato que geralmente as mordomas levam consigo nas festas e romarias minhotas. Trata-se de um arranjo de flores produzidos a partir de papel metalizado e lâminas de metal dobradas e armadas com arames finos. São também usados como ornamento em casas e eventos religiosos no Alto Minho, principalmente em Viana do Castelo e Ponte de Lima.
Desconhece-se a origem da tradição, inicialmente representada através de folhas de palmeiras, representando a inocência quando colocadas nas mãos de crianças ou moças virgens. Com efeito, na simbologia cristã, a palma simboliza o martírio, tal como aparece na representação de Santa Bárbara.
Em virtude da migração minhota para a Madeira, o palmito marca ali a sua presença principalmente nos festejos do Domingo de Ramos. No século XVIII, este costume foi também levado para o Brasil, mormente para Sabará, no Estado de Mins Gerais.