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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MUNICÍPIO DE BARCELOS ASSINALA DIA INTERNACIONAL DO ARTESÃO

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O Município de Barcelos comemora, no próximo dia 19 março, às 14h30, o Dia do Artesão, realizando para o efeito a conferência “A Criatividade e as Artes Tradicionais como Fatores de Desenvolvimento Sustentável”, na Biblioteca Municipal.

A iniciativa conta com a participação da Vereadora do Pelouro da Cultura e Turismo do Município de Barcelos, Maria Elisa Braga; Nuno Rodrigues, da Câmara Municipal de Barcelos; Cláudia Pedrosa, da Training Academy & Quality Manager da empresa Living Tours; Isabel Quintas, da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e Graça Ramos, da Associação Portugal à Mão.

Após a abordagem das temáticas que incidem sobre a criatividade no setor tradicional, haverá troca de interações com o público.

A participação nesta conferência é gratuita, mas carece de inscrição, através do email barcelos.creative.city@cm-barcelos.pt ou através do telefone 253097364.

Além da conferência “A Criatividade e as Artes Tradicionais como Fatores de Desenvolvimento Sustentável”, no mesmo dia, pelas 17h00, vão ser inauguradas duas exposições: na Torre Medieval, “Interpretações Artesanais sobre a Revolução de 25 de Abril de 1974”; no Posto de Turismo, “A arte de fazer bonecos em croché, por Elisabeth Gonçalves”.

“Interpretações Artesanais sobre a Revolução de 25 de Abril de 1974”

Esta exposição pretende dar corpo e vida à visão representativa que a comunidade artesanal de Barcelos tem sobre os acontecimentos de 25 de Abril de 1974.

Os trabalhos expostos, além de relembrar o marco mais significativo da história recente de Portugal, constituem um magnífico e diversificado conjunto de produções artesanais locais bem elucidativas da criatividade que emana das mãos dos artesãos barcelenses, atestando o título de Barcelos Cidade Criativa da UNESCO.

“A arte de fazer bonecos em croché, por Elisabeth Gonçalves”

Elisabeth Gonçalves aprendeu a fazer bordados com a mãe, nomeadamente o ponto de cruz e o ponto cheio. Mais tarde deparou-se com a técnica amigurumi - criação japonesa caracterizada pela união de pontos de croché e tricô -, o que a levou a produzir personagens de desenhos animados.
Ciente da dificuldade da rentabilidade financeira da atividade, Elizabeth empenha-se na diferenciação do seu produto, através da personalização das peças, colocando em cada uma delas um bocadinho de si.

Ambas as exposições estarão patentes ao público até 12 de maio.

Com estas iniciativas, o Município pretende não só assinalar a importância do artesão no contexto das artes e ofícios barcelenses, mas também recordar que Barcelos é a única cidade portuguesa que integra a Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área do Artesanato e Arte Popular.

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REDE EUROPEIA DE CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA E PÁSCOA REALÇA VALOR DO ARTESANATO

Artesanato na RECESSAP

A Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa e Páscoa realizou várias atividades para realçar o valor do artesanato através da sinalização de oficinas de artesanato e da elaboração de um guia.

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A Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa e Páscoa tem desenvolvido várias atividades para chamar a atenção das oficinas de artesanato nas cidades que integram a Rede.

Por um lado, implementou sinalética própria nas oficinas que lhe estão associadas. No total, foram identificados cinquenta espaços onde se colocou um selo autocolante com o logótipo da Rede Europeia. Este selo tem um código QR que remete para um guia onde se pode obter informação mais pormenorizada sobre o artesanato e suas manifestações contemporâneas na Rede Europeia.

Os espaços de artesanato localizados nos municípios dos países membros da Rede Europeia, incluem oficinas de bordado, madeira, tambores, escultura, ourivesaria, talha, alfaiataria, pintura, entre outros.

Este é mais um passo para dar visibilidade a todas estas oficinas que fazem parte desta rede e cujo trabalho é realizado durante todo o ano, sendo, em alguns casos, um sector de importância económica nos respetivos municípios. Graças a esta sinalética, valoriza-se todo um conjunto de recursos que fazem parte do legado tangível e intangível relacionado com as tradições ligadas à Semana Santa.

Guia “O artesanato e suas manifestações contemporâneas”

A Rede Europeia também elaborou um guia com o objetivo de dar visibilidade às oficinas de artesanato que, herdeiras deste património, continuam em atividade e são peça fundamental na preservação do património. Estas oficinas estão abertas e podem ser visitadas ao longo de todo o ano, mostrando e promovendo as tradições da Semana Santa.

Estas tradições estão intimamente ligadas à criação artística e artesanal dos respetivos territórios. O artesanato é, hoje em dia, uma arte fruto da história que preserva o trabalho manual num mundo maioritariamente industrializado, cujas oficinas têm, ao longo dos séculos, legado um património material que dá forma e idiossincrasia às várias formas de celebração da Semana Santa.

São, portanto, um património ainda vivo e que marca as várias celebrações e as suas particularidades que, em alguns casos, evoluíram ao longo do tempo dando origem a manifestações artísticas contemporâneas. Bordados, esculturas, peças de ourivesaria, vestuário, ou instrumentos musicais são apenas alguns exemplos de um vasto catálogo que difere de região para região.

O artesanato na Rede Europeia

A RECESSAP inclui, entre as suas linhas de atuação, a valorização das tradições artesanais ligadas às celebrações da Semana Santa. Em resultado disso, às ações recentemente realizadas junta-se a desenvolvida no mês de maio do ano transato que incluiu um programa de intercâmbio para mais de vinte jovens europeus oriundos de Espanha, Turquia, Roménia, Sérvia, Croácia, Itália, Dinamarca e Eslovénia.

Mais sobre a Rede Europeia

A Rede Europeia de Celebrações da Semana Santa e Páscoa foi criada em 2019 e dela fazem parte da Fundação Italiana Federico II, representando os municípios de Palermo e Caltanissetta, da Sicília, Itália; o município de Birgu, em Malta; a Comissão de Quaresma e Celebrações da Semana Santa, em Braga, Portugal; as representações da Paixão de Cristo em Skofja Loka, Eslovénia; os municípios que fazem parte da rota Caminos de Pasión: Alcalá la Real em Jaén, Baena, Cabra, Lucena, Priego de Córdoba e Puente Genil em Córdoba e Carmona, Écija Osuna e Utrera em Sevilha. Também dentro da geografia espanhola encontramos Orihuela em Alicante; Lorca em Múrcia e Viveiro em Lugo.

Esta Rede tem como objetivo promover e divulgar o património cultural, tanto material como imaterial, relacionado com as comemorações da Semana Santa e da Páscoa, através de ações que valorizem este património, promovam o desenvolvimento turístico sustentável e contribuam para a salvaguarda do património imaterial através de trabalhos científicos e de investigação. Da mesma forma, o seu principal objetivo é unir forças e sinergias para consolidar um modelo de estudo, salvaguarda e divulgação do património das tradições da Semana Santa e da Páscoa na Europa.

Mais informação em www.holyweekeurope.com

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FAMALICÃO EXPÕE "FÉ DE BARRO"

Exposição «Fé de Barro» | Até 6 de Abril, no MUSEU PIO XII.

Exposição relativa à coleção de todos os padroeiros venerados nos altares das 54 paróquias do Arciprestado de Famalicão, esta mostra resulta de uma parceria entre o Arciprestado de Famalicão e a Fundação Castro Alves e foi apresentada, primeiramente, no Museu de Arte Sacra da Capela da Lapa, em Famalicão, entre 31 de Outubro de 2022 a 30 de Junho de 2023.

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GUIMARÃES: UNIVERSIDADE DO MINHO EXPÕE “CANTARINHAS DOS NAMORADOS”

A exposição "Cantarinha dos Namorados" inaugura amanhã, dia 11 de janeiro, pelas 17h, na Galeria da Garagem Avenida. A exposição, realizada pelo coletivo de estudantes 1.º ano da Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Minho (LAV), foca a interpretação artística da "Cantarinha dos Namorados" de Guimarães, propondo um olhar contemporâneo sobre este objeto, respondendo às questões ou inquietações artísticas, a partir da nossa perspetiva contemporânea, com olhos no futuro.

Orientação e curadoria de Natacha Antão e Mónica Faria, e colaboração de Najla Leroy, com apoio técnico de Rui Gonçalves e Alice Prata.

Sinopse | Na interseção entre arte e artesanato, os objetos tornam-se eloquentes depositários de conhecimento, incorporando tradições, valores e saberes. Cada objeto, seja considerado peça artística ou artesanal, emerge como um capítulo vivo da narrativa cultural e social, entrelaçando a habilidade manual com expressões individuais e coletivas. Estes objetos transcendem assim a sua materialidade, transformando-se em cápsulas do passado e do presente, modos e formas de entender o futuro. Esses objetos não são apenas testemunhas da destreza manual, mas também guardiões da identidade cultural, portadores de narrativas sem as quais é difícil entender-nos a nós mesmos, os outros, e a nossa omunidade. Ao contemplar essas criações, somos convidados a desvendar histórias entrelaçadas, onde as grandes e as pequenas narrativas convergem, num diálogo atemporal que questiona e espelha o poder, a ordem, os lugares, a paisagem, os valores, os saberes, os significados.... Com recurso à pesquisa e atuação artística, convida-se à realização de um projeto que reinterprete as “cantarinhas dos namorados” de Guimarães, produto tradicional certificado, propondo um olhar contemporâneo sobre este objeto. Esta proposta não tem constrangimentos técnicos nem conceptuais, respondendo antes às questões ou inquietações artísticas, a partir da nossa perspetiva contemporânea, com olhos no futuro.

“Cantarinha dos Namoradas” está patente até ao dia 5 de fevereiro. Entrada pelas traseiras do edifício da Garagem Avenida, R. de Vila Flor SN, 4810-225 Guimarães.

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BARCELOS: MUSEU DE OLARIA RECEBE EXPOSIÇÃO “O ATELIER SEM O SEU ARTISTA: UMA ODE A FRANCISCO FÉLIX”

Patente na Sala da Capela até 31 de março

A Sala da Capela do Museu de Olaria vai receber, de 10 de janeiro a 31 de março, a exposição “O Atelier sem o seu artista: uma ode a Francisco Félix”.

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Francisco Félix (1933-2021) foi uma figura multifacetada, autor conhecido por criar peças de artesanato únicas. Dedicou-se a produzir diversas peças de decoração, nomeadamente o Galo de bico aberto, tão característico, mas também os coretos, os músicos, os presépios, e as estatuetas.

A presente exposição faz uma retrospetiva do ateliê, da obra, e o que ficou por terminar de uma vida toda dedicada à arte, através das imagens capturadas por João Falcão, nos últimos dois anos, após a partida de Francisco, seu avô.

Cada imagem revela as peças inacabadas, os espaços agora vazios, os utensílios que ainda guardam a sua marca, e até o par de sapatos com que trabalhava e que permanece como um eco silencioso da sua presença. A exposição leva-nos a conhecer as peças que compõem o seu legado, cada obra é mais do que argila moldada; é a expressão da criatividade de Francisco Félix que transcende o tempo e a ausência física.

No coração da exposição, encontramos as peças que Francisco deixou por concluir. São promessas por cumprir, formas que aguardam a transformação no calor do forno.

O Atelier sem o seu Artista" é mais do que uma mostra de arte, é uma celebração do processo criativo que transcende a vida de Francisco Félix.

Pode visitar a exposição de terça-feira a sexta-feira, das 10h00 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Biografia

Francisco Esteves Araújo, conhecido como Francisco Félix, nasceu em Galegos Santa Maria, Barcelos, a 5 de dezembro de 1933, sendo o terceiro de dez filhos.

Era filho de Félix da Costa Araújo e de Maria de Jesus Esteves e afilhado de batismo do mestre oleiro, Francisco de Sousa (Francisco do Monte), de Areias de S. Vicente, Barcelos.

Francisco Félix cresceu numa família com tradição na cerâmica e acompanhou, desde muito novo, os seus pais na produção e venda de cerâmica em feiras por todo o país, nomeadamente nas regiões de Trás-os-Montes e Alto Douro e nas Beiras. O facto de ter passado grandes temporadas fora deu-lhe a oportunidade de conhecer diferentes realidades e desenvolver uma perspetiva única, distinta da dos seus conterrâneos.

Aos 26 anos, casou-se com Maria Zulmira Fonseca Falcão e estabeleceu a sua própria oficina no lugar de Aldeia, em Galegos Santa Maria. Foi aqui que criou diversas peças, incluindo o seu distinto "Galo de bico aberto". Posteriormente, e devido ao falecimento do seu sogro, trabalhou na fábrica familiar "Sociedade Decorativa de Louças de Barcelos, Lda." em Manhente, que se dedicava ao fabrico e venda de cerâmica decorativa para todo o país e para exportação. Durante esse período, Francisco tornou-se responsável pela produção de peças decorativas, nomeadamente a modelagem, e pelo fabrico dos moldes, colaborando com diversos artistas nacionais e da Galiza, sendo muito procurado para concretizar os esboços de peças desses mesmos artistas.

Nos seus raros tempos livres, dedicava-se ao artesanato, especialmente à roda, produzindo "caretos" e cabeçudos. Quando se aposentou, criou o seu próprio ateliê, onde continuou a criar peças únicas. Com a ajuda da sua esposa, especialista em pintura, dedicou-se então à produção de peças de decoração, nomeadamente o Galo de bico aberto, tão característico, mas também os coretos, os músicos, os presépios, e as estatuetas. Também, desde essa altura, utilizou o vidrado, nomeadamente em peças utilitárias, técnica que aprendeu enquanto muito jovem, na casa da sua avó paterna.

Mais tarde, e por solicitação da Câmara Municipal de Barcelos, fez vários workshops de pintura cerâmica para turistas e visitantes da cidade, nas instalações dos Serviços de Turismo.

Por todo o trabalho realizado em prol do artesanato de Barcelos, a Câmara Municipal prestou-lhe homenagem postumamente.

Francisco Félix foi, sem dúvida, um artesão talentoso, que contribuiu significativamente para a promoção e preservação da tradição figurativa em Barcelos, tendo colaborado com outros artistas e deixado um legado duradouro no mundo do artesanato.

EXPOSIÇÃO EM VILA VERDE REÚNE CENTENAS DE PEÇAS ARTESANAIS DIABÓLICAS

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Foi inaugurada na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela a “Expodiabólica”, uma exposição de figuras populares alusivas ao Diabo. A exibição decorre da iniciativa “Aqui Há Cultura” do Município de Vila Verde em parceria com a EPATV.

No total estão apresentadas 117 peças alusivas ao imaginário popular do Diabo dos mais reconhecidos artesãos populares de Barcelos como Júlia Côta, António Ramalho, António Roriz, Irmãos Baraça, Carlos Dias, Conceição Sapateiro, Inês Machado, Irene Salgueiro e Irmãos Mistério. A “Expodiabólica” também contém uma mostra e ilustrações sobre a presença e origem do demónio no imaginário da cultura popular portuguesa e na civilização ocidental.

As peças são o resultado de uma investigação Fernando Capela Miguel, colecionador e curador da exposição, que fez uma visita guiada ao público. A inauguração contou com a presença de Arnaldo Sousa, professor da EPATV, e Michele Alves, vereadora da Câmara Municipal de Vila Verde. Vários alunos da EPATV também estiveram presentes na inauguração.

A “Expodiabólica” vai estar na Biblioteca Prof. Machado Vilela até dia 5 de janeiro.

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EXPOSIÇÃO DE ARTESANATO LEVA A VILA VERDE ALGUNS DOS MAIS REPRESENTATIVOS ARTESÃOS POPULARES DE BARCELOS

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Na última ação do Projeto “AQUI HÁ CULTURA!” para o ano de 2023, estará patente ao público na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, de 13 de dezembro a 5 de janeiro, uma exposição em que se encontram representados alguns dos mais conhecidos artesãos populares de Barcelos como Júlia Côta, António Ramalho, António Roriz, Irmãos Baraça, Carlos Dias, Conceição Sapateiro, Inês Machado, Irene Salgueiro ou Irmãos Mistério.

Sob a designação “Expodiabólica”, a mostra é constituída por 117 peças – tantas quantos os nomes pelos quais o Mafarrico é popularmente designado, segundo a investigação realizada pelo curador da exposição, Miguel do Sul – numa multifacetada iconografia ilustrativa das representações do Diabo no imaginário português e na cultura popular.

A inauguração decorrerá pelas 10h00 do próximo dia 13 de dezembro, quarta-feira, nela se incluindo uma visita guiada pelo curador.

Projeto conjunto da Escola Profissional Amar Terra Verde e do Município de Vila Verde, a iniciativa “AQUI HÁ CULTURA” terá continuidade em 2024, estando o respetivo programa em fase de elaboração.

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AQUI HÁ CULTURA! – EXPOSIÇÃO DE ARTESANATO TRAZ A VILA VERDE ALGUNS DOS MAIS REPRESENTATIVOS ARTESÃOS POPULARES DE BARCELOS

Na última ação do Projeto “AQUI HÁ CULTURA!” para o ano de 2023, estará patente ao público na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, de 13 de dezembro a 5 de janeiro, uma exposição em que se encontram representados alguns dos mais conhecidos artesãos populares de Barcelos como Júlia Côta, António Ramalho, António Roriz, Irmãos Baraça, Carlos Dias, Conceição Sapateiro, Inês Machado, Irene Salgueiro ou Irmãos Mistério.

Sob a designação “Expodiabólica”, a mostra é constituída por 117 peças – tantas quantos os nomes pelos quais o Mafarrico é popularmente designado, segundo a investigação realizada pelo curador da exposição, Miguel do Sul – numa multifacetada iconografia ilustrativa das representações do Diabo no imaginário português e na cultura popular.

A inauguração decorrerá pelas 10h00 do próximo dia 13 de dezembro, quarta-feira, nela se incluindo uma visita guiada pelo curador.

Projeto conjunto da Escola Profissional Amar Terra Verde e do Município de Vila Verde, a iniciativa “AQUI HÁ CULTURA” terá continuidade em 2024, estando o respetivo programa em fase de elaboração.

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PÓVOA DE LANHOSO SORTEOU CORAÇÃO DE FILIGRANA

Decorreu o Sorteio de um coração de filigrana no âmbito da iniciativa dos Fins-de-semana Gastronómicos

Ana Correia, de Braga,  foi a vencedora do sorteio do coração de filigrana que decorreu no Castelo de Lanhoso, no âmbito dos “fins-de-semana gastronómicos”.

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A edição deste ano apresentou uma novidade com a qual a Câmara Municipal pretendeu reforçar a iniciativa, adicionando-lhe dois ingredientes culturais: o Castelo de Lanhoso e a Filigrana.

A proposta consistiu em oferecer aos clientes dos restaurantes entradas gratuitas para a Torre de Menagem e um cupão que os habilitava ao sorteio de um coração de filigrana certificada de Portugal, produzido pelos filigraneiros locais, que decorreu hoje.

A associação destes parâmetros pretendeu “ajudar a reforçar a identidade da Póvoa de Lanhoso, como terra da Maria da Fonte, do Castelo de Lanhoso e da Filigrana”, tal como realçou o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, na conferência de imprensa em que esta iniciativa gastronómica foi apresentada, no passado mês de Fevereiro.

Recordamos que ao longo do ano, foram sete os fins-de-semana em que os restaurantes aderentes apresentaram os mais tradicionais pratos típicos da gastronomia minhota, designadamente:  o “Cozido à Portuguesa” (19 e 21 de fevereiro), o “Cabrito à S. José & Rochas do Pilar”( 17 a 19 de março),  a Vitela assada (15 e 16 de abril), o “Senhor Bacalhau”(13 e 14 de maio), o “Bife à romaria”(1 a 3 de setembro), o “Pica no Chão”(21 e 22 de outubro), tendo a edição de 2023 ficado completa com as “Papas de sarrabulho e rojões” (25 e 26 de Novembro). De salientar, ainda, o envolvimento do setor turístico com a participação de 12 empreendimentos turísticos que se associaram, oferecendo nos referidos fins-de-semana, descontos de 10% aos clientes.

“Com os olhos postos na promoção do que é nosso, a Câmara Municipal continua apostada em fomentar a organização de iniciativas como esta, que visam a promoção de todas as ofertas culturais, turísticas e gastronómicas da Póvoa de Lanhoso, contribuindo para consolidar as terras da Maria da Fonte como destino de excelência”, reiterou Ricardo Alves, Vereador do Turismo, agradecendo a todos quantos participaram neste sorteio.

VIANA DO CASTELO LEVA CORAÇÃO A LONDRES

Coração de Viana é peça central em mural na inauguração do Little Portugal em Londres

Um tradicional coração de Viana rodeado de objetos e flores de todos os países lusófonos vai estar no centro de um mural a inaugurar na quarta-feira em Londres para celebrar o bairro conhecido por ‘Little Portugal”.

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O mural, de quatro metros de altura por três metros de largura, vai ser pintado numa parede junto à biblioteca Tate South Lambeth, em Stockwell, no sul da capital britânica, zona onde se encontram muitos comércios e emigrantes portugueses.

O vereador local da autarquia londrina de Lambeth, Diogo Costa, afirmou à Agência Lusa que a iniciativa pretende dar mais visibilidade à comunidade portuguesa, concentrada há várias décadas naquele bairro.

"O português é a segunda língua mais falada em Lambeth e muitas pessoas não o sabem. A comunidade portuguesa não é muito ativa e não se envolve muito, por isso torna-se invisível”, disse.

A ideia partiu internamente dos serviços municipais, que concorreram a financiamento da Câmara Municipal de Londres, e posteriormente abriram um concurso para executar o projeto.

A candidatura vencedora foi das artistas Alex Bowie e Eduarda Craveiro, em parceria com a organização Brixton Project.

“Já tinha feito outro mural em Brixton e fiquei muito interessada porque, apesar de ser escocesa, quando me mudei para Londres, trabalhei na Stockwell Primary School, que fica em Little Portugal”, explicou Bowie, artista interessada por temas sociais.

As duas já se conheciam e tinham trabalhado juntas, mas a origem portuguesa de Eduarda Craveiro, lusodescendente que cresceu em Watford, a norte de Londres, foi importante para este projeto.

“Achei que o Coração de Viana era um bom símbolo como ponto de partida, e usámos esta ideia de "o que há no teu coração” para fazer 'workshops' com a comunidade”, explicou.

Durante várias semanas, trabalharam com crianças do ensino primário, membros da organização Respeito e outros grupos para fazer desenhos, colagens ou falar sobre coisas que consideravam importantes.

Bowie relatou que perguntaram às pessoas: "Se passassem por um mural na parede, o que acham que as representaria? Que coisas são importantes para a vossa identidade lusófona?’”.

Após semanas de contactos pelo bairro, as duas artistas juntaram-se para desenhar o produto da consulta com a comunidade.

O resultado foi um Coração de Viana decorado com silhuetas de objetos simbólicos, como uma guitarra de fado, uma sardinha, um berimbau, uma máscara de carnaval, uma garrafa e copo de vinho, um chapéu da Madeira, uma tartaruga de Goa.

O fundo é azul para representar o mar e à volta estão flores de diferentes países lusófonos, como cravos e lotus.

As cores dominantes são os tons do traje tradicional da Madeira que viram num rancho folclórico, que são também as cores da maioria das bandeiras dos países de língua portuguesa: amarelo, azul, verde, laranja e vermelho.

“O Coração está no meio, remete para a ideia de saudade, de pensar do país, das coisas que são importantes, a sensação de ser de dois sítios diferentes, e dentro do coração são as pessoas todas juntas”, explicou Eduarda Craveiro.

No mural lê-se "Bem-vindo a Little Portugal", em português e em inglês, e haverá uma placa para explicar sobre os diferentes elementos.

Pessoalmente, para Eduarda Craveiro esta foi também uma viagem de autodescoberta.

"Gosto de Portugal e também gosto de Inglaterra, mas parece que 'Little Portugal' é um bom meio-termo, porque quando lá estamos parece mesmo que estamos em Portugal e não há problema em estar em ambos”, confiou.

A lusodescendente espera que o mural funcione como "uma espécie de ponto de referência para as pessoas saberem que existe o ‘Little Portugal'”.

Fonte: Porto Canal

BARCELOS: EXPOSIÇÃO “O PRESÉPIO, UMA TRADIÇÃO, VÁRIAS INTERPRETAÇÕES

São feitos de barro e de ferro, também são de bordados e de pinhas, e até de espinhas de bacalhau, os mais de cem presépios patentes na Torre Medieval e no Posto de Turismo, na exposição “O Presépio, Uma Tradição, Várias Interpretações”. A mostra/venda abriu hoje ao público (24 de novembro) e é composta por trabalhos de mais de 30 artesãos do concelho e evidencia a riqueza do artesanato concelhio e a preponderância da temática do presépio no imaginário religioso local.

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O presépio é uma das peças mais simbólicas do Figurado de Barcelos. É, também, uma das mais procuradas, não só pela variedade e tipologia de representações, mas como testemunho de uma realidade sociocultural muito influenciada pelos valores cristãos, de que o Natal é uma das maiores expressões.

O presépio (e as figuras que o compõem) é um dos principais motivos dos trabalhos dos barristas e surge no contexto de expressão de vivências quotidianas arreigadas, simbolizando a harmonia universal e a perfeição humana, na esteira da tradição franciscana da representação do nascimento de Jesus.

O Figurado barcelense começou a ganhar dimensão a partir da década de 60 do século XX. Artesãos como Rosa Ramalho, Rosa Côta, Mistério, Ana Baraça, entre outros, notabilizaram esta produção no contexto da arte popular, abrindo-lhe novos caminhos. O Figurado deixou, então, de ser uma arte só de bonecos sortidos e apitos, para ganhar um novo lugar, retratando a vida quotidiana – o trabalho, a vida familiar, a religião, as lendas e as tradições.

A exposição “O Presépio, Uma Tradição, Várias Interpretações” está na Torre Medieval e no Posto de Turismo, até 7 de janeiro de 2024.

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BARCELOS CELEBRA A CRIATIVIDADE

Nos dias 17 e 18 de novembro, a Casa da Criatividade de Barcelos vai celebrar a criatividade com duas atividades: uma Creative Talk com artesãos de Barcelos, intitulada "Novas gerações do Figurado de Barcelos", dia 17 de novembro, com início pelas 21h00, na Casa da Criatividade.

No dia 18 de novembro, vai realizar-se uma Visita Guiada designada "A cidade e a criatividade", onde os participantes vão percorrer alguns dos espaços criativos de Barcelos. Esta atividade terá o seu ponto de partida na Casa da Criatividade pelas 9h30.

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BARCELOS: BORDADO DE CRIVO DE SÃO MIGUEL DA CARREIRA

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A “Arte de Bordar o Crivo em São Miguel da Carreira” faz desde 2023, parte Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

O bordado de crivo é uma arte têxtil com particular expressão no sudeste do concelho de Barcelos, sobretudo na freguesia de São Miguel da Carreira, sendo historicamente tributária dos antigos linhares que pontuavam os campos desta região, já que são de linho os panos sobre o qual é executado o crivo.

Tradicionalmente, o bordado de crivo de São Miguel da Carreira é muito utilizado no têxtil para o lar, assim como em contexto religioso na decoração de toalhas de altar ou de batizado. Mais recentemente, têm-se tentado novas abordagens ao aplicar o bordado de crivo em peças de vestuário.

No entanto, a situação do bordado de crivo é bastante frágil, dada diminuição do número de pessoas dedicadas a esta produção. Em 2023, apenas quatro bordadeiras de três unidades produtivas artesanais certificadas dominam todas as fases de produção do bordado de crivo.

Para inverter esta situação, a Câmara de Barcelos decidiu avançar para o processo de inscrição da “Arte de Bordar o Crivo em São Miguel da Carreira” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, contribuindo assim para o estudo e registo desta prática e para a implementação de medidas de salvaguarda que garantam a sua viabilidade futura.

Fonte: Wikipédia / Foto: Feira de Barcelos