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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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SARAH AFFONSO NASCEU HÁ 126 ANOS – O MINHO NA SUA VIDA E OBRA

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Sarah Affonso e Almada Negreiros em Moledo, concelho de Caminha

Sarah Affonso e a arte popular do Minho. A artista possui uma relação muito peculiar com a sua obra. Muitas vezes recordada como a mulher de Almada Negreiros, pretende-se evocar a artista como uma modernista reconhecida com um percurso próprio, de notável qualidade.

Nascida em Lisboa, em 1899, a vida de Sarah Affonso tem uma relação particular com a sua obra. Foram poucas as mulheres que souberam transpor em Portugal as barreiras sociais à afirmação das mulheres como artistas nas primeiras décadas do século XX. Foi a primeira mulher a frequentar, contra todas as convenções, o Brasileira, no Chiado, o que ilustra não só os preconceitos do seu tempo mas também o espírito independente com que os encarava. Mas se, por um lado, o tempo em que viveu condicionou o seu percurso artístico, foram também as suas vivências e memórias que usou como matéria-prima da sua arte. Foi a partir da sua própria vida – da infância e e dos laços de amizade e amor – que construiu uma linguagem e uma temática próprias.

Nascida em Lisboa numa família modesta, Sarah Affonso cedo foi viver para Viana do Castelo, onde ficou até aos 15 anos. Estes primeiros anos da sua vida marcariam indelevelmente a sua obra, desenvolvida nos trilhos dessa memória das paisagens minhotas, dos azuis, dos pinhais e das praias, do seu quotidiano e das tradições, das festas, profissões e feiras. Estudou pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde foi um dos últimos alunos de Columbano Pinheiro. Deste terá ficado com o gosto pelo retrato e pela encenação de uma certa intimidade (veja-se o Retrato de Tagarro e Waldemar Costa, 1929).

Expõe pela primeira vez em 1923, na Sociedade Nacional das Belas Artes em Lisboa (SNBA). Uma crítica de Mário Domingues aconselha-a a ir para Paris, o que faz no ano seguinte, suportada pelas poupanças do pai. Nos oito meses que passa na capital do mundo da arte frequenta aulas de modelo na Académie de Grande Chaumièr e, sobretudo, exercita o olhar – visita museus e exposições, mas também teatros e bailados, educando-se em tendências artísticas ignoradas em Portugal.

De volta a Lisboa, participa no primeiro e segundo Salão de Outono (SNBA, respetivamente 1925 e 1926). É neste período que começa a trabalhar nas artes decorativas, estratégia de sobrevivência habituais para os artistas portugueses nos anos 20. Faz ilustração de livros infantis, trabalhando frequentemente com Fernando de Castro (de Mariazinha em África - Romance para Meninos, 1925, a O Tesouro da Casa Amarela, 1932), e de imprensa (ABCzinho, entre outros), além de uma e outra incursão na cenografia. Mas trabalha sobretudo no bordado e no tricô. Após uma primeira exposição individual no Salão Bobonne, bem recebida pela crítica, volta em 1928 para Paris, vivendo do trabalho num atelier de costura. É particularmente impressionada por uma exposição de Henri Matisse, impacto que se pode detetar no quadro As Meninas deste ano (Museu do Chiado, Lisboa), exposto com algum sucesso no Salon d’Automne.

Após regressar a Lisboa no ano seguinte, em que expõe com José Tagarro no Salão Bobonne, participa em exposições coletivas (Salão de Artistas Independentes, 1930, onde expõe As Meninas; Salão de Inverno, 1932; Artistas Independentes, 1936; Exposição Moderna do Secretariado Nacional de Propaganda em 1940, 1942, 1944 – quando recebe o Prémio Souza-Cardoso por um retrato do filho – e 1945), e expõe individualmente em 1932, na Galeria do Século, e de novo em 1939. A receção crítica da sua obra foi, geralmente, boa, não obstante as categorias retóricas que subtilmente demarcavam as artistas mulheres (com uma obra inevitavelmente caracterizada como  «lírica», «feminina», «íntima», «delicada» ...) dos seus colegas masculinos.

Em 1934 casa com Almada Negreiros, que acabara de voltar de uma estadia de sete anos em Madrid. A prazo, as obrigações de sustentar a sua família, tarefa nem sempre fácil, concorreram para a voluntária retirada da pintura, em finais dos anos 40. Mas  nos primeiros anos do seu casamento desenvolve o que será a parte mais importante da sua obra pictórica. Dos retratos de meninas e mulheres e das paisagens urbanas passa para composições que incorporam motivos antes utilizados nos bordados, oriundos da cultura e imaginário populares. Evoca, a partir da  memória da infância passada no Minho, costumes (procissões, festas, alminhas) e mitologias populares (nomeadamente as sereias). A obra Casamento na Aldeia, de 1937, é representativa desta fase da obra de Affonso. Outro motivo frequente é a família, que retrata num universo íntimo com sugestões mágicas ou lendárias (veja-se Família, também de 1937).

Como já foi referido, foram várias as razões que levaram Sarah Affonso a abandonar a pintura. Às razões pessoais juntavam-se a insegurança profissional e a falta de condições de trabalho. Continuou, no entanto, com um trabalho menos visível nas artes decorativas e de apoio a Almada Negreiros, ainda pouco conhecido. Em finais dos anos 50, retomou algumas das direções interrompidas, como a ilustração infantil (entre outros de A Menina do Mar, 1958, de Sophia de Mello Breyner Andresen) e o desenho.

Em 1953 obras suas integraram a representação portuguesa na Bienal de S. Paulo. No mesmo ano, houve uma retrospetiva na Galeria Março, Lisboa, e outra em 1962, na Galeria Dominguez Alvarez, Porto. No entanto, foi – à semelhança de outras artistas mulheres, como Milly Possoz ou Ofélia Marques – algo esquecida pela historiografia, situação que só mais recentemente começou a ser corrigida. Neste aspeto, olhares mais demorados porventura revelariam, na «poética de ingenuidade» que caracteriza a obra de Affonso, uma proposta pictórica  mais pensada e consciente do que os motivos «inocentes» poderiam levar a crer, alimentada por uma cultura artística que não era comum em Portugal e um sentido de liberdade que lhe permitiu traçar sempre o seu próprio caminho.

Nota: Sobre a vida e a visão da artista pode-se consultar as Conversas com Sarah Affonso (Lisboa: Arcádia, 1982) de Maria José de Almada NEGREIROS, a sua nora, que serviram de base para Sarah Affonso (Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1989), da mesma autora. Para situar a artista no seu tempo, sobretudo no que diz respeito a questões de género, veja-se Emília FERREIRA, “Da deliciosa fragilidade feminina”, in Margens e Confluências, n. 11/12 (Dezembro 2006), p. 143-187.

Gerbert Verheij / Fonte: https://gulbenkian.pt/

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Sarah Affonso nasceu no dia 13 de maio de 1899, em Lisboa.

Passou a infância e a adolescência no Minho, cujas paisagens e costumes marcaram profundamente a sua obra. Estudou pintura na academia de Belas-Artes em Lisboa, onde foi aluna de Columbano Bordalo Pinheiro e onde fez a sua primeira exposição, antes de prosseguir os estudos em Paris. Seguiu as correntes modernistas, cultivando no entanto a arte popular, e afirmando-se como pintora nas primeiras décadas do século XX, altura em poucas mulheres o faziam.

Artista multifacetada, Sarah Affonso foi também ilustradora de livros para crianças, sendo dela os desenhos que ilustram “A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen. Casou-se com Almada Negreiros, artista multidisciplinar e modernista, cuja personalidade admirava. O retrato que fez de um dos seus filhos recebeu o prémio Amadeo de Souza-Cardoso.

Morreu no dia 15 de dezembro de 1983, em Lisboa.

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BARCELOS: “A INDEPENDÊNCIA DA ESSÊNCIA E DA FORMA” MOSTRA A ARTE DE FRANCISCO SIMÕES EM TRÊS ESPAÇOS MUNICIPAIS DISTINTOS

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“A Intemporalidade da Essência e da Forma” é a exposição de Francisco Simões que, em três espaços distintos - Galeria Municipal de Arte, Salão Nobre dos Paços do Concelho e Museu de Olaria - vai mostrar a obra deste importante e relevante multifacetado artista português. A mostra abre sábado 26 de abril, às 16h00, sendo a cerimónia de inauguração na Galeria Municipal de Arte.
No catálogo da exposição, o Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Mário Constantino Lopes, escreve que “é uma enorme honra para Barcelos podermos apresentar na nossa Galeria Municipal de Arte um dos mais notáveis artistas plásticos portugueses, cuja arte é um “espelho da alma e um testemunho da intemporalidade da beleza”.

“A Intemporalidade da Essência e da Forma”
Esta exposição conduz-nos a um universo de representação onde a figura feminina se assume como presença constante e estruturante. É difícil abordar o trabalho de Francisco Simões sem considerar a centralidade do feminino, seja na escultura, no desenho, na pintura ou na cerâmica.
O artista constrói uma linguagem plástica singular, enraizada numa reflexão contínua sobre a condição do ser e a configuração do espaço. Neste contexto, a mulher surge não apenas como tema, mas como matriz de uma poética que procura, essencialmente, a essência da forma. Na abordagem ao corpo da mulher, há uma clara intenção de ir além da superfície visível. Através da silhueta, do gesto e da postura, o artista procura captar uma dimensão intemporal, onde cada curva e volume ultrapassa a fiscalidade e adquire um valor simbólico e eterno. O seu percurso artístico propõe uma reflexão estética sobre a beleza, encarada como manifestação do que permanece e do que é absoluto dentro do efémero.
Francisco Simões articula a sua criação com as tradições da arte contemporânea, mas convoca, simultaneamente, problemáticas universais como o ciclo da vida, a transformação e a permanência. A sua obra não se limita à representação visual da mulher; constitui-se como expressão de uma estética da eternidade, da força e da essência do feminino.
Convida-nos a reconhecer o corpo feminino enquanto território simbólico de beleza e transcendência, e como metáfora da essência humana que persiste perante o decurso do tempo. O título da exposição, “Intemporalidade da Essência e da Forma”, remete para a dinâmica contínua do ser e da transformação. Francisco Simões propõe um olhar que transcende o tempo e as convenções da arte atual, desafiando o espectador a contemplar o que é verdadeiramente essencial. A sua prática artística não visa capturar a forma de modo superficial, mas antes extrair da mesma a sua profundidade ontológica, aquilo que, mesmo sendo transitório, encerra algo de eterno.
Ao convidar o espectador a atravessar os diversos territórios da criação — do desenho à escultura, da pintura à cerâmica —, Francisco Simões desafia-nos a reconhecer o que há de comum, de constante e de essencial em cada gesto artístico.
Esta exposição não constitui apenas um percurso estético; é, também, uma proposta filosófica e poética. Ao confrontar-nos com as obras de Francisco Simões, somos convidados a suspender certezas momentâneas e a abrir espaço para uma perceção mais profunda, aquela que nos liga ao que é perene, tanto na arte, como na existência.
A exposição vai estar patente ao público até ao dia 31 de agosto de 2025.
Francisco Simões
1946 Nasce em Porto Brandão, Almada
1965 Conclui o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio

1966 Inicia a atividade gráfica com o pintor Mário Costa
1967 É bolseiro da OCDE em Roma, Turim, Novara, Verona e Milão
1968 Trabalha no Museu do Louvre a convite de Germain Bazin
1969 Vai viver para o Funchal onde inicia a carreira docente e o curso de escultura da Academia de Música e Belas Artes da Madeira
1972 É diretor da Escola Preparatória da Ribeira Brava
1974 Conclui o curso de escultura e é nomeado membro da Comissão Diretiva do Museu da Quinta das Cruzes, Funchal
1975 Regressa a Lisboa e é responsável pedagógico do Serviço Cívico Estudantil do Ministério da Educação e Cultura
1976 É eleito vereador da Câmara Municipal de Almada
1980 Cessa funções autárquicas e dedica-se à atividade escultórica e pictórica em simultâneo com a docência
1987 É-lhe concedida uma bolsa pelo Ministério da Educação a fim de se dedicar em exclusivo a projetos de escultura e pintura
1989 É nomeado consultor de Artes Plásticas para o projeto "A Cultura começa na Escola"
1990 Colaborador do JL (Jornal de Letras, Artes e Ideias)
1991 Instala a sua residência e ateliê em Sintra
1992 É nomeado pelo Ministério da Educação membro do grupo de trabalho de Humanização e Valorização Estética dos Espaços Educativos | Obtém a carta de residência em França
1996 A Escola Secundária do Laranjeiro passa a designar-se Escola Secundária Francisco Simões em homenagem ao artista plástico reconhecido nacional e internacionalmente. É-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural pela Câmara Municipal de Oeiras
1997 É nomeado assessor do Secretário de Estado da Administração Educativa
1998 É nomeado assessor do Ministro da Educação 1999. É-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Sintra 

2005 Cessa funções como membro do projeto Valorização Estética dos Espaços Educativos
2006 Reforma-se do ensino público e cessa funções no Ministério da Educação
2019 Distinguido com o Prémio da Lusofonia 2018 e é-lhe atribuído o cargo de Comissário da Cultura pelo Instituto do Mundo Lusófono (IMLus).

FAMALICÃO: PAULA REGO PARA VER ATÉ JANEIRO NA FUNDAÇÃO CUPERTINO DE MIRANDA

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“Sonhos e Metamorfoses: O Surrealismo de Paula Rego" é o nome da nova exposição patente na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão. A mostra abriu ao público na passada sexta-feira, dia 11 de abril, com a presença do secretário-de Estado da Cultura, Alberto Santos, e do presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos.

Com curadoria de Catarina Alfaro, Marlene Oliveira e Perfecto Cuadrado, a exposição apresenta o universo surrealista de Paula Rego, destacando a intensidade e riqueza da sua obra. Estará aberta ao público até 4 de janeiro de 2026.

Mário Passos fala numa oportunidade única “para conhecer o trabalho de uma das figuras mais incontornáveis da arte nacional e internacional”.

Paula Rego é uma das artistas mais proeminentes de Portugal, reconhecida internacionalmente pela expressão e narrativa das suas obras. A sua arte aborda temas como a condição feminina, a política, a literatura e também a cultura popular, utilizando uma linguagem visual única que cruza o universo onírico com a realidade. Tem nas suas obras uma forte expressão surrealista, combinando o inconsciente, o bizarro e os seres imagináveis com factos reais. 
Em 2025, completaria 90 anos do seu nascimento e esta exposição, explica a Fundação Cupertino de Miranda, é uma homenagem à sua vida e obra, contribuindo para apresentar uma nova visão da sua arte. A exposição, em parceria com a Fundação D. Luís I, apresenta uma seleção de pinturas, desenhos e gravuras representativas de várias fases da carreira da artista, com especial enfoque no surrealismo.

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ARTISTA VIANENSE TERESA MORAIS SILVA DEDICA ILUSTRAÇÃO À MORDOMIA DO SENHOR DOS PASSOS

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Teresa Morais Silva acaba de executar mais uma das suas magníficas ilustrações, desta feita alusiva à Mordomia do Senhor dos Passos. Nesta ilustração, representa trajes de Dó com o raminho de flores roxas que será este ano oferecido ao andor do Senhor dos Passos. Esta ilustração é inspirada numa fotografia do fotógrafo Ricardo Sousa.

“O meu pai era um fervoroso devoto do Senhor dos Passos e decorou o andor durante os mais de vinte anos que trabalhou na Sé de Viana. Era o sr Jerónimo Teles e é a ele, o meu pai, que dedico esta ilustração”, afirma a autora.

Este ano, Teresa Silva vai também participar no desfile envergando um traje de cerimónia de Morgada.

Teresa Silva é natural de Viana do Castelo. Nasceu em 1979 e desde os primeiros anos de infância demonstrou sempre muita sensibilidade artística, sobretudo para as artes visuais com recurso a lápis ou tintas e trabalhos manuais.

É licenciada em Professores do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico, variante Educação Visual e Tecnológica na Escola Superior de Educação de Viana do Castelo e leccionou durante 7 anos na Região Autónoma dos Açores. Regressou ao continente e permaneceu  6 anos em Aveiro onde se dedicou ao Bordado de Viana tendo Carta de Artesã.

Em 2018 regressou a Viana do Castelo e passou a dedicar-se por completo às artes plásticas.

Em 2023 criou um atelier de ilustração, tendo sempre por base de inspiração os Trajes do Alto Minho, sobretudo o Traje à Vianesa.

Possui particular gosto por ilustrar registos fotográficos antigos, sobretudo do inicio do século XX.

Os principais materiais que utiliza são os lápis de carvão, lápis de aguarela secos, marcadores, marcadores de aguarela e papel rugoso de aguarlas. Esta Inspiração vem do profundo amor pelo Traje, sendo que a primeira vez que envergoui um em cortejos da Romaria de Nossa Senhora d’Agonia tinha apenas 6 anos de idade, tendo aprendido a trajar com o saudoso sr Amadeu Costa e a D. Maria Emília de Sena Vasconcelos, amigos próximos do seu pai. São já 36 anos a trajar Viana.

O seu maior desejo é poder expor o meu trabalho na terra que a viu nascer e perpectuar no tempo, através da técnica manual da ilustração, o valor incalculável que tem a memória do Traje à Vianesa.

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ARCOS DE VALDEVEZ: O QUE É O COLETIVO56?

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O Coletivo56, criado em Arcos de Valdevez apresenta eventos únicos que celebra todas as formas de arte, desde música minimalista, às performances inovadoras, passando pela gastronomia e experiências imersivas.

Realizado em sábados aleatórios, estes eventos adaptam-se aos locais em que são realizados, ajustando o conteúdo às suas características específicas. São convívios inclusivos de ambiente seguro e adequados para todas as gerações, oferecendo uma experiência enriquecedora para todos os públicos.

Tem como objectivo dinamizar as Artes e a Cultura no Alto Minho, promovendo uma plataforma para artistas locais se apresentarem e, ao mesmo tempo, proporcionando o encontro e a troca de experiências com artistas de outras localidades e estilos.

Acreditamos que essa fusão criativa pode gerar um ambiente único de aprendizagem e inspiração, incentivando a convivência entre os artistas e o público.

Pretendem criar espaços contagiantes, pedagógicos e culturais repletos de cor e sons vibrantes, onde a união e a inclusão sejam um ponto de partida entre os criadores, artistas e apreciadores da arte.

É uma oportunidade de fortalecer a cena cultural local e incentivar a troca de conhecimentos, fomentando um ambiente e sentimento de colaboração e crescimento mútuo.

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MUNICÍPIO DE ARCOS DE VALDEVEZ LANÇA OBRA DA ESCOLA DE ENSINO ARTÍSTICO

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No âmbito da visita do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre a Arcos de Valdevez foi lançada a obra da Escola de Ensino Artístico. Um investimento realizado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), de valor superior a 2 milhões de euros.

“A Educação é um pilar fundamental do desenvolvimento sustentável que queremos para Arcos de Valdevez”. Este projeto surgiu da vontade de “crescer no ensino artístico”. Conforme disse João Manuel Esteves, Presidente da Câmara Municipal, os alunos de Arcos de Valdevez começaram por ter acesso ao Ensino Articulado da Música através do CAV – Conservatório de Arte de Valdevez, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Valdevez e o Município. O projeto foi crescendo e os alunos interessados foram aumentando. A Câmara Municipal e os parceiros sentiram a necessidade da existência de um “edifício maior, com mais e melhores condições para o ensino da música, do teatro, e da Dança”.

Com área de construção de aproximadamente 1.400m2, este edifício, tem dois pisos e organizar-se-á em torno do auditório. Está prevista a criação de espaços especializados para o ensino de artes dramáticas, dispondo de um estúdio, uma sala de trabalho/caracterização, vestiários e balneários.

O piso inferior, será dedicado ao ensino da música e do teatro, comportando 12 salas de estudo e prática de instrumento, 3 salas de formação musical, camarins e outras salas de apoio.

Está ainda prevista a criação de uma zona de receção, com tesouraria e secretaria incorporada, gabinetes para a direção, professores e reuniões.

Para o Presidente da Câmara “este dinamismo resulta do facto do Município ter estabelecido várias parcerias. Uma delas robusta com o Agrupamento, Associação de Pais, Associação de Estudantes e as Associações do Concelho.”

Assim, com esta intervenção a Autarquia arcuense dá continuidade ao projeto educativo no concelho, garantindo melhores condições de ensino e novas oportunidades, bem como promovendo o sucesso educativo e o bem-estar dos alunos arcuenses.

“A Educação propicia qualificação, que garante mais e melhor emprego; proporciona mais rendimento, mais condições de vida para as pessoas e condições para que os investimentos se fixem e atraia novos”, atestou.

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BRAGA APOIA CANDIDATURA DA “ARTE DE SABER FAZER DA CALÇADA PORTUGUESA” À UNESCO

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O Município de Braga continua a sua aposta na valorização do património cultural ao apoiar a candidatura da "Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa" à Lista Indicativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. A candidatura, submetida na passada sexta-feira pela Associação da Calçada Portuguesa à Comissão Nacional da UNESCO, visa preservar esta tradição secular e garantir o devido reconhecimento dos mestres calceteiros.

A calçada portuguesa é um dos mais icónicos elementos da identidade e cultura nacionais, sendo um património vivo que valoriza os espaços urbanos e projecta a cultura portuguesa a nível internacional. No entanto, enfrenta desafios que ameaçam a sua continuidade, tornando essencial o reconhecimento do trabalho dos calceteiros, verdadeiros guardiões desta arte.

O Município de Braga juntou-se a esta iniciativa, ao lado de outros sete municípios – Estremoz, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto de Mós e Setúbal – e mais de vinte instituições ligadas à cultura, academia e formação. O apoio da autarquia bracarense reforça o seu compromisso com a salvaguarda do património material e imaterial, contribuindo para a preservação e promoção da calçada portuguesa.

A calçada portuguesa tem um papel fundamental na valorização urbana e no turismo, sendo um elemento distintivo presente em diversas cidades do mundo historicamente ligadas a Portugal. O Município de Braga reconhece a importância desta candidatura como um passo essencial para garantir a perenidade desta arte e assegurar a devida dignificação dos seus mestres.

A Associação da Calçada Portuguesa, fundada em 2017 com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, tem sido a entidade impulsionadora desta candidatura, trabalhando activamente na protecção, valorização e promoção da calçada portuguesa a nível nacional e internacional. O Município de Braga congratula-se por fazer parte deste movimento de salvaguarda do património, reforçando a importância da cooperação institucional para a afirmação da cultura portuguesa no mundo.

Com esta candidatura, o Município de Braga pretende que a calçada portuguesa continue a ser um símbolo vivo da identidade nacional e que os mestres calceteiros recebam o reconhecimento que merecem.

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PONTE DE LIMA INAUGURA AMANHÃ A EXPOSIÇÃO “A ARTE AO SERVIÇO DA HISTÓRIA”

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Comemorações dos 900 Anos do Foral de Ponte de Lima 1125-2025

Vários artesãos locais, de diferentes artes e ofícios, foram convidados a criar uma peça inspirada nos 900 anos do Foral de Ponte de Lima – vila fundada antes de Portugal se fazer nação. A iniciativa resultou numa exposição intitulada "A arte ao serviço da História | 900 anos do Foral Teresiano" que será inaugurada no próximo dia 15 de março, pelas 16h00.

Visite a mostra artesanal patente ao público até 28 de setembro e associe-se às comemorações dos nove séculos da vila limarense.

Esperamos por si no interior do Parque Temático do Arnado!

PONTE DE LIMA EXPÕE “A ARTE AO SERVIÇO DA HISTÓRIA”

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Comemorações dos 900 Anos do Foral de Ponte de Lima 1125-2025

Vários artesãos locais, de diferentes artes e ofícios, foram convidados a criar uma peça inspirada nos 900 anos do Foral de Ponte de Lima – vila fundada antes de Portugal se fazer nação. A iniciativa resultou numa exposição intitulada "A arte ao serviço da História | 900 anos do Foral Teresiano" que será inaugurada no próximo dia 15 de março, pelas 16h00.

Visite a mostra artesanal patente ao público até 28 de setembro e associe-se às comemorações dos nove séculos da vila limarense.

Esperamos por si no interior do Parque Temático do Arnado!

PONTE DE LIMA EXPÕE “A ARTE AO SERVIÇO DA HISTÓRIA”

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Comemorações dos 900 Anos do Foral de Ponte de Lima 1125-2025

Vários artesãos locais, de diferentes artes e ofícios, foram convidados a criar uma peça inspirada nos 900 anos do Foral de Ponte de Lima – vila fundada antes de Portugal se fazer nação. A iniciativa resultou numa exposição intitulada "A arte ao serviço da História | 900 anos do Foral Teresiano" que será inaugurada no próximo dia 15 de março, pelas 16h00.

Visite a mostra artesanal patente ao público até 28 de setembro e associe-se às comemorações dos nove séculos da vila limarense.

Esperamos por si no interior do Parque Temático do Arnado!

3.ª feira a domingo das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00

Centro de Interpretação do Território

MAPEAR’25 – BRAGA REFORÇA A APOSTA NA EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

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Esta segunda-feira, 17 de fevereiro, marcou um passo importante para a promoção das artes performativas em Braga. Foi assinada a parceria entre o Município e os Agrupamentos de Escolas, Escolas Profissionais e Escolas Privadas do concelho, garantindo o sucesso da MAPEAR'25 – Mostra Escolar de Artes Performativas.

O evento, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, que destacou a importância desta iniciativa para a formação e valorização artística dos alunos.

De 29 de abril a 7 de maio, a MAPEAR'25 acontece no Espaço Vita e contará com a participação de 12 grupos escolares nas áreas do teatro, música e dança. A entrada é livre para toda a comunidade!

Esta mostra, integrada no ATLAS - Programa de Mediação Cultural de Braga, não só dá palco ao talento dos jovens como também reforça o compromisso da cidade com a cultura e a educação.

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POVOA DE LANHOSO: AmpliArte – SIGO IMPLEMENTA PROJETO PILOTO PARA REFORÇAR ALUNOS PELA ARTE

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A Vice-Presidente e Vereadora da Educação, mas também com responsabilidades na Promoção da Igualdade, Fátima Moreira, participou na passada sexta-feira na primeira sessão do projeto piloto AmpliArte, junto de alunos/as da Escola Secundária. Ângelo Dias, Diretor do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso esteve também presente no arranque deste projeto.

Este projeto, promovido pelos serviços do SIGO do Município da Póvoa de Lanhoso é de intervenção primária e pretende ser um complemento às ações já existentes que são diariamente asseguradas pelos/as docentes junto dos alunos abrangidos, que integram a turma de Medidas de Suporte à Aprendizagem e Inclusão.

No âmbito deste projeto, fundamentado em técnicas de expressão plástica, serão também realizados jogos pedagógicos e efetuadas dinâmicas de grupo, por forma a trabalhar ao máximo de capacidades e competências dos alunos, durante as 15 sessões que estão calendarizadas até ao mês de Maio.

O AmpliArte tem como objetivo geral ensinar às crianças e jovens acompanhadas no âmbito de Medidas de Suporte à Aprendizagem e Inclusão uma variedade de técnicas de expressão plástica que estes/as possam utilizar nos seus tempos livres, sendo, assim, um apoio e orientação na planificação de atividades lúdicas e recreativas que os/as próprios/as jovens queiram realizar.

Para Fátima Moreira, a responsável da autarquia por estas áreas que requerem a melhor atenção e sensibilidade pelos decisores políticos, “pretende-se com o AmpliArte desenvolver um trabalho de intervenção primária, complementar à já existente, e através das atividades que vão desenvolver, queremos que contribuam para aumentar o bem-estar e promovam o desenvolvimento de competências sociais e emocionais destes jovens”.

VIANA DO CASTELO LANÇA CONCURSO PARA CRIAÇÃO DE ARTE URBANA QUE VALORIZE AZULEJARIA E BORDADO

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O executivo da Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, esta terça-feira, as normas do concurso de criação artística “Coração de Viana”, inserido na programação cultural da VIII Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025.

O concurso será lançado com a finalidade de fomentar a criação de peças de arte pública, a expor em espaços urbanos, que valorizem, celebrem e reinterpretem a tradição de azulejaria e do bordado de Viana do Castelo, certificado e absolutamente singular.

De acordo com a proposta apresentada pelo Vereador da Cultura, Manuel Vitorino, o concurso “permitirá desenvolver uma convocatória aberta a artistas residentes no território desta rede de cidades do Noroeste Peninsular, dinamizando a arte urbana de Viana do Castelo”.

O concurso tem como objetivos estimular a criatividade artística e a pesquisa sobre o bordado de Viana do Castelo e a azulejaria da cidade; promover a valorização do património cultural local; selecionar as melhores propostas de intervenção artística em espaços urbanos; apoiar projetos de criação integral de obras contemporâneas inscritas nas artes visuais, que dialoguem com as tradições artísticas vianenses.

Destina-se a artistas residentes no território dos municípios do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, sendo admitidas propostas de criação individual ou coletiva, sendo apenas aceite uma proposta por participante ou coletivo.

Para cada temática, o 1º prémio receberá um valor monetário de 6.000 euros, o 2º prémio 3.500 euros, o 3º prémio 2.500 euros, o 4º prémio 1.000 euros, o 5º prémio 500 euros, e as propostas do 6º ao 10º prémio receberão 300 euros.

As propostas devem ser entregues de 20 de janeiro até 14 de fevereiro de 2025, com a divulgação dos resultados prevista para 24 de fevereiro. As propostas selecionadas deverão ser executadas numa 1ª fase (temático bordado de Viana) a 21 de março e a 2ª fase (temática azulejaria) a 5 de maio, permanecendo por um período mínimo de um ano.

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA VISITA DOIS MARCOS DE DESCENTRALIZAÇÃO CULTURAL DE CERVEIRA

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O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, esteve, esta manhã, em Vila Nova de Cerveira para uma visita à XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira e ao Palco das Artes. A segunda figura do Estado Português foi acompanhada pelo Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Rui Teixeira, e pelo Presidente da Assembleia Municipal, António Quintas, bem como por alguns deputados da Assembleia Municipal.

Aproveitando o momento para agradecer publicamente o apoio concedido ao evento, através da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e que a FBAC integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, o Presidente Rui Teixeira referiu que “o projeto político saído do 25 de Abril, em que se ambicionava a promoção da dignidade, da igualdade de oportunidades, de acesso à cultura, da justiça, do trabalho e dos direitos sociais, tem de ser continuado e valorizado pelo Estado Português”. E acrescentou: “A Bienal Internacional de Arte de Cerveira é, por isso, corolário das conquistas de Abril e hoje, passados 46 anos, já se afirmou como um dos acontecimentos mais marcantes das artes plásticas do nosso país e um evento de referência para a cultura artística nacional e internacional. Permanece, na sua essência, como um local de encontro, criação e experimentação artísticas, descentralizador e consolidador da oferta cultural da região Norte e do país”.

Após a visita à XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC), sob o tema “És Livre?”, o Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco passou ainda pelo Palco das Artes, por forma a testemunhar a pujança de Vila Nova de Cerveira na dinamização cultural, com eventos reconhecidos nacional e internacionalmente e estruturas físicas dotadas de condições acústicas e de conforto de elevada exigência, posicionando-se na vanguarda da promoção de atividades multiculturais.

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PONTE METÁLICA DE FÃO É IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO

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A ponte metálica de Fão, que atravessa o rio Cávado, inscrevia-se na antiga Estrada Real que ligava o Porto a Viana do Castelo. Começou a ser construída em 1888, sob projecto de engenheiro Reynaud e tendo como director da obra o engenheiro Abel Maria Mota. Quatro anos depois, em 1892, era inaugurada mantendo-se em funcionamento até 2006, ano em que foi encerrada para obras de beneficiação.

A ponte, de tabuleiro metálico plano, com passeio para peões e candeeiros metálicos, é sustentada por sete pilares ovais. As cornijas são lisas, e uma delas, a jusante, assenta sobre cachorros. Na margem esquerda os peões acedem ao tabuleiro através de escadas. Por sua vez, a guarda metálica é formada pelos elementos que conferem solidez e estabilidade à ponte, ou seja, vigas em T, outras perpendiculares e tirantes na diagonal, o que desenha um recticulado em forma de losangos.

(RC) | Fonte: DGPC

GUSTAVE EIFFEL – O ENGENHEIRO FRANCÊS A QUEM DEVEMOS A CONSTRUÇÃO DA PONTE RODO-FERROVIÁRIA DE VIANA DO CASTELO – FALECEU HÁ 101 ANOS

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Passam hoje precisamente 101 anos sobre a data do falecimento do engenheiro Gustave Eiffel, autor de diversas obras de arte na nossa região como a ponte sobre o rio Âncora no concelho de Caminha e a ponte rodo-ferroviária sobre o rio Lima em Viana do Castelo.

Em virtude de se tratar de uma construção e ferro e ainda devendo-se ao facto do engenheiro Gustave Eiffel ter vivido em Barcelos, também é frequente atribuir-se-lhe a autoria da ponte de Fão, no concelho de Esposende. Porém, esta constituiu um projeto de Abel Maria da Mota, fabricada em Lisboa e construída sob a orientação de um engenheiro francês de nome Reynaud.

Gustave Eiffel viveu em Barcelinhos, entre 1875 e 1877, e deixou várias obras no país, de Viana a Olhão, passando por Barcelos, Esposende, Alijó e, entre outros concelhos, o Porto, onde a sua firma concebeu e construiu a Ponte Maria Pia, que em 1876 permitiu a ligação ferroviária entre o Porto e Vila Nova de Gaia. A travessia que ficou nas bocas do mundo por ostentar o maior arco em ferro até então construído, foi projectada por um dos melhores engenheiros da sua firma, Théophile Seyrig. Que pouco tempo depois estava a trabalhar por conta própria e a disputar mercado ao próprio Eiffel.

Eiffel fez-se acompanhar da sua secretária – Victorinne Roblot – que morreu em Barcelinhos no dia 3 de abril de 1877, onde foi sepultada. Após a sua morte, Eiffel abandonou Portugal, limitando-se a fazer chegar até aqui as suas diretrizes de trabalho, seguidas pela “(…) legião dos seus auxiliares e cooperadores, que soubera preparar com afectuosa autoridade, fazendo de cada um amigo”.

Fonte: Wikipédia

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CAMINHA: PONTE DO RIO ÂNCORA TRAÇADA POR GUSTAVE EIFFEL ENCONTRA-SE ATUALMENTE NA SUCATA EM PÓVOA DE LANHOSO!

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A Ponte do Rio Âncora, uma das pontes portuguesas traçadas por Gustave Eiffel, foi inaugurada em 1 de Julho de 1878. Virou monte de sucata em Póvoa de Lanhoso.

Fonte: Arquivo Municipal do Porto / Reprodução de foto de Emílio Biel

Para: Assembleia da República - Presidente da Assembleia da República.

Ex mo Sr. Presidente da Assembleia da República e Senhores Deputados: Vimos pela presente petição solicitar a todos vós, e ao Governo em particular, para que interceda junto da autarquia da Póvoa de Lanhoso - Distrito de Braga, para que esta restitua a Ponte ferroviária Eiffel, que realizava a primitiva travessia do rio Âncora, em Caminha, à autarquia de Âncora.

Após a substituição dessa infraestrutura no final dos anos 80, por uma mais capaz de responder aos novos paradigmas de carga e velocidade na ferrovia - Linha do Minho - a Ponte Eiffel do Âncora foi doada pela CP - Comboios de Portugal - à autarquia da Póvoa de Lanhoso, para realizar a travessia rodoviária de um rio, nunca tendo sido adaptada ao mesmo, tendo a autarquia construído uma em betão armado.

Após todo este tempo, sem que a Ponte Eiffel fosse condignamente utilizada, decidiu a autarquia da Póvoa de Lanhoso colocar a mesma num espaço de uma empresa de iluminação - a DAEL - em Covelas.

Actualmente essa importantíssima obra de arte dos tempos áureos da nossa ferrovia padece de uma constante degradação, tendendo a desaparecer. Gostaríamos que a Direcção Geral do Património Cultural, com o apoio da Assembleia da República, encontrasse uma solução digna para esse património industrial desenhado pela mão de um dos mais brilhantes génios do ferro: Alexandre Gustave Eiffel.

A autarquia de Âncora, tentou há uns anos a esta parte reaver a infraestrutura, que apesar de tudo se encontra retida por questões burocráticas. Assim, solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou.

A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes - é identidade.

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PÓVOA DE LANHOSO: A II MOSTRA ARTÍSTICA INFANTO-JUVENIL ENCHEU DE ESPÍRITO NATALÍCIO A TENDA DO “NATAL NA PRAÇA”

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A II Mostra Artística Infanto-Juvenil decorreu ontem na tenda do Natal na Praça. Foi uma tarde cheia, com as intervenções dos/das alunos/as dos Agrupamento de Escolas do concelho e da EPAVE.

O Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, antecedendo o início desta Mostra deu as boas vindas a todos/as os/as presentes e agradeceu o envolvimento de toda a comunidade escolar no trabalho desenvolvido no Plano Nacional das Artes apresentado nesta Mostra que pelo segundo ano consecutivo se apresenta ao público. “Vamos assistir apenas a uma pequena parte do trabalho que é desenvolvido nos nossos Agrupamentos de Escolas e na EPAVE, ao longo de todo o ano. Quero agradecer o vosso trabalho, dar os parabéns aos meninos e às meninas, mas também aos pais e encarregados/as de educação que fazem a sua parte ajudando a criar as condições para que seja possível desenvolver estas iniciativas”.

O programa desta tarde de animação começou a cumprir-se com a atuação dos/as alunos/as da turma C do 6.º ano da Escola Básica do Ave e do Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior do Rotary Club.

“À procura de um pinheiro” foi o tema que se seguiu, interpretado pelas crianças de 5 anos, do Jardim de Infância de Serzedelo e das Escolas Básicas do Cávado, António Lopes, da Póvoa de Lanhoso e Elvira Câmara Lopes. Foram 111 crianças em palco, que com uma melodia cativante, deixaram uma mensagem profunda sobre a amizade, a natureza e o verdadeiro espírito natalício.

A Escola Básica António Lopes partilhou uma história de esperança e gratidão com a interpretação da canção “Estrela que nos guia”, acompanhados à guitarra pelo professor de música das Atividades Extra Curriculares, Carlos Gonçalves. A este tema seguiu-se “Melodias e harmonia” com flautas de bisel, momento este em que os/as alunos/as das AEC’s puderam partilhar o resultado das suas aprendizagens.

A Escola Básica do Ave fez-se representar logo de seguida, no âmbito da disciplina de Complemento à Educação Artística da Dança, com duas danças, “Believer” e What do you mean”. As crianças continuaram a surpreender, desta vez com outra forma de expressão, o teatro, com um trecho da peça “O primeiro Natal”, à qual se seguiram “os pequenos ajudantes do Pai Natal”, com um clássico de Natal.

Os direitos da criança foram relembrados e, numa alegre, mas séria, alusão ao Dia Nacional do Pijama, os/as alunos/as lembraram a todos os presentes que “com amor, todos podemos mudar a vida de alguém”.

Os/as estudantes da EPAVE trouxeram uma poesia de Abril, através da voz de Débora Alves que declamou o poema “Na rua 25 de Abril”, da autoria de Leonardo Lopes.

Dando continuidade à celebração da Liberdade, a EPAVE apresentou ainda o tema “A Gaivota”.

Mas o programa contava também com o “Coro Vozes de Ouro” do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio que apresentou temas do Conto Álami, que nos fala de uma pequena folha que corajosamente enfrenta vários desafios até concretizar os seus sonhos.

A encerrar esta tarde de espetáculo, os/as alunos/as mais crescidos da Escola Secundária apresentaram excertos de poemas, acompanhados musicalmente por colegas.

No final, a Vereadora da Educação, Fátima Moreira, deu os parabéns a toda a comunidade escolar por esta Festa, elogiando a participação de todos. Foi ainda nesta oportunidade que entregou certificados de participação ao Diretor do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, e aos representantes do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio e da EPAVE.

QUEM AINDA SE RECORDA DO ESCANO – UMA PEÇA DA NOSSA MOBÍLIA TRADICIONAL?

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Quem alguma vez em tempos recuados entrava em casa de pobres lavradores no Minho, Trás-os-Montes ou na Galiza, deparava não raras as vezes na cozinha, junto à lareira, com uma curiosa peça de mobília – o escano ou escanho.

Tratava-se de um banco largo e comprido, de espaldar alto, com assento móvel que serve de tampa a uma caixa dentro da qual se fazem alguns arrumos. E, ao mesmo tempo, lugar de convívio nas noites longas e frias do inverno.

O termo escano deriva do latim scamnum e o assento também é designado por escabelo, curiosamente uma palavra por diversas vezes citada na Bíblia. No país vizinho, é recorrente designar por escanos os assentos dos deputados como sinónimos de mandatos.

Os seus ornamentos, principalmente nos apoios dos braços, indicaval geralmente a posição social do dono da casa. E, uma armação de madeira que se pode baixar, faz por vezes de mesa.

Ainda é vulgar encontrar-se estas peças de mobiliário nas casas rurais do interior. Porém, as que atualmente se vendem nas feiras não passam de uns caixotes toscos sem graça alguma. Mas, não deixa de ser interessante a recuperação da nossa mobília tradicional, nomeadamente pela sua utilidade, ainda que afastado do calor abrasador das lareiras.

Fontes: Bluteau, 1712-1728, Suplemento I, p. 392; Moraes, 1994, vol. II, p. 446; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 228; Lexicoteca,  985, vol. I, p. 945. CO e OV

BRAGA: PINTURAS DE ARTE URBANA ILUSTRAM CAIXAS DE ENERGIA ELÉTRICA NA CIDADE

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2.ª edição do Projeto “In The Box”

Decorreu, esta manhã de sábado, um passeio pelo Centro Histórico e uma conversa animada com os artistas/ autores das pinturas que ilustraram e deram nova cara às caixas de eletricidade, que se encontram em espaço público na cidade de Barcelos.

Esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, contou com vinte propostas de igual número de artistas, sendo que o júri – composto por três pessoas: um elemento da Associação de Artesãos do Galo, um artista plástico local e um professor/técnico da área das artes – selecionou oito propostas.

Através desta iniciativa, o Largo Dr. José, o Campo 5 de Outubro, a Rua Irmã S. Romão, a Rua Dr. Manuel Pais e a Rua Dr. Teotónio da Fonseca ganharam mais cor com a pintura das caixas de distribuição das caixas elétricas. O cinzento característico destes equipamentos deu lugar a um conjunto de desenhos e pinturas que retratam motivos alusivos às “Artes e Ofícios Tradicionais” de Barcelos.

De pincel e paleta na mão, oito artistas tiveram a missão de colorir as dez caixas de eletricidade escolhidas e selecionadas por técnicos da Casa da Juventude de Barcelos em conjunto com a E-REDES, revestindo-as de novas histórias.

A iniciativa denominada “In The Box”, promovida pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Barcelos, era destinada a artistas locais e nacionais, com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos.

O Município de Barcelos atribuiu prémios de participação para fazer face às despesas de produção, incluindo materiais para as intervenções.

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ESE-IPVC ACOLHE ENCONTRO INTERNACIONAL DE ARTES

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O 19.º Encontro Internacional das Artes, subordinado ao tema "Ressonâncias artísticas: pensar o impercetível", ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro de 2024 na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O evento apela à reflexão sobre a Comunidade, o Património, a Educação, a Criação Artística e as Práticas Artísticas. Nele “pretende-se explorar a polarização das perspetivas atuais e a interdisciplinaridade das artes, questionando o espaço para o novo, diante da dinâmica de consumo algorítmica”, afirma a comissão organizadora do evento.

É na articulação com estes tópicos que as atividades estarão organizadas em conferências, mesas-redondas, workshops e performances.

Contando com a participação de diversos docentes, investigadores e artistas oriundos de Inglaterra, Portugal, Brasil e Moçambique, este evento tem como intuito promover o diálogo entre diferentes áreas, num cruzamento de perspetivas, assim como propiciar um espaço de partilha e reflexão das práticas educativas, artísticas e científicas que definem e virão a definir a interação entre academia e comunidade.

Do programa destacam-se a presença de uma das referências na educação artística, a brasileira Ana Mae Barbosa e a performance sonora «Parafuso Perdido no Aspirador» do artista-escultor plástico sonoro de Viana do Castelo, João Ricardo.

Através das publicações e parcerias, o 19.º Encontro Internacional das Artes incentiva práticas colaborativas, fomenta o associativismo, fortalece redes de interesse e promove ligações interterritoriais e interculturais.

O programa completo pode ser consultado em https://www.ipvc.pt/ese/19-o-encontro-internacional-das-artes/