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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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REVISTA ITALIANA DE ARQUITETURA E DESIGN DESTACA MERCADO MUNICIPAL DE CAMINHA

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A prestigiada revista italiana de arquitetura e design, “Domus” destaca o Mercado Municipal de Caminha.

A revista descreve o equipamento como “um monumento acolhedor” e um “centro de energias urbanas vivas”.

Explica a revista que, “Em todo o mundo, os mercados são locais não apenas de intercâmbio comercial, mas também de encontros e relacionamentos, em torno dos quais muitas vezes se desenrolam dinâmicas urbanas vivas. Em Caminha, no norte de Portugal, esta dinâmica foi comprometida pelo facto de o antigo mercado ser um edifício degradado e obsoleto, completamente desligado do seu contexto.

A intervenção do Loftspace e Tiago Sousa enquadra-se na área do antigo mercado, demolido para dar lugar a um novo edifício, com o objetivo de reconfigurar o mercado como um espaço público vibrante e atrativo, em constante diálogo com a cidade”.

Recorde-se que o Mercado Municipal de Caminha foi também nomeado para “Projeto Público do Ano” na categoria “Arquitetura” dos prémios do jornal CONSTRUIR.

Os Prémios CONSTRUIR foram criados com o objetivo de “homenagear e celebrar o esforço e talento de empresas e profissionais dos diversos sectores da Construção. As nomeações são realizadas pela equipa do jornal CONSTRUIR, com a análise de critérios que passam pelo mérito, técnica, funcionalidade e inovação”.

O novo Mercado Municipal de Caminha foi inaugurado há pouco mais de um ano, a 18 de agosto. Trata-se talvez da obra mais ansiada de sempre na Vila de Caminha, um equipamento aguardado pela população há mais de quatro décadas, prometido inconsequentemente por diversas vezes, e que veio substituir um mercado que “nasceu” como provisório, mas que assim se manteve larguíssimos anos, sem condições. A obra de edificação do novo Mercado Municipal de Caminha implicou um investimento de cerca de 600 mil euros.

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“A LINHA DO VALE DO LIMA: ESPINHA DORSAL DE UMA NOVA URBANIDADE” FOI TEMA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NA UNIVERSIDADE DO MINHO DO ARQUITETO LIMIANO OLAVO FRANCO

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“A linha do Vale do Lima: espinha dorsal de uma nova urbanidade” foi em 2018, tema de dissertação de mestrado integrado em Arquitectura (área de especialização em Cidade e Território), na Universidade do Minho, do arquiteto limiano Olavo Araújo Franco. Foram orientadores os Professores Doutores André Cerejeira Fontes e João Rosmanino.

Transcreve-se o resumo da referida tese:

“No âmbito da área de estudo de Cidade e Território, a presente investigação tem como intuito valorizar a Linha Férrea do Vale do Lima, um caminho de ferro planeado, parte dele construído, mas nunca inaugurado. Para a compreensão do traçado da mesma é necessário centrar um estudo na relação do desenho da linha sobre o território ribeirinho entre Viana do Castelo e Ponte de Lima. O canal ferroviário já com pouca definição pontua a paisagem com lugares sem uso, considerados espaços residuais, que devem ganhar importância e que esta investigação pretende expor. Através do imaginário da Linha do Vale do Lima como uma infraestrutura viária pública ativa, propõe-se compreender estes lugares e (re)ativar um sistema de conexão de novas centralidades. Imaginar o desenvolvimento de pequenos centros urbanos marcados pela presença de apeadeiros ou estações e equipamentos de apoio aos habitantes. É neste contexto, que se define uma proposta capaz de (re)pensar o território tendo a linha do vale do lima como sua espinha dorsal e base do desenvolvimento de novas urbanidades que visam a prioridade do peão sobre o veículo e a densidade sobre a forma dispersa das áreas periurbanas da ribeira lima.”

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SABIA QUE FOI O ARQUITETO CAMINHENSE MIGUEL VENTURA TERRA QUEM PROJETOU A SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA?

Retrato de Miguel Ventura Terra no Hemiciclo, desenhando a planta do espaço, José Veloso Salgado, 1914, óleo sobre tela, coleção privada.

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas, concelho de Caminha, em 1866. Estudou Arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto.

Em 1886, frequentou a École des Beaux-Arts (recebendo o diploma de arquiteto de 1.ª classe) e o atelier do arquiteto Victor Laloux.

Premiado com várias medalhas de honra, ganhou o concurso para a remodelação do Palácio das Cortes. São de sua autoria importantes edifícios como a Sinagoga de Lisboa (1905), o Palacete Valmor e o Banco da Rua do Ouro (Banco Totta e Açores) (1906), os Liceus Camões (1907) e Pedro Nunes (1908), a Maternidade Alfredo da Costa (1908), a Casa Tomás Quartim (1911), distinguida com o Prémio Valmor, o Teatro Politeama (1912-1913) e a Igreja de Santa Luzia de Viana do Castelo.

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A Sala das Sessões, inaugurada em 1903, foi projetada pelo arquiteto Ventura Terra depois de um violento incêndio em 1895 ter destruído a primeira sala da Câmara dos Deputados, desenhada pelo arquiteto Possidónio da Silva.

A sala foi construída no local de um dos quatro claustros monásticos, ocupando ainda uma capela que lhe ficava anexa.

De planta semicircular e disposição em anfiteatro, pelo que tem a designação de Hemiciclo, tem carteiras de madeira de carvalho trabalhada ao estilo inglês, ordenadas por bancadas simples, onde se sentam os 230 deputados de acordo com a tradição parlamentar pós Revolução Francesa, da esquerda para a direita, voltados para a tribuna presidencial.

A iluminação zenital da sala é feita através de uma claraboia de estrutura em ferro e vidro, denunciando, tal como na Sala dos Passos Perdidos, as influências parisienses vanguardistas dos arquitetos-engenheiros, amenizadas aqui,  pelo neoclassicismo lisboeta de Miguel Ventura Terra (em contraste com o arrojado modernismo de José Marques da Silva que pontuava, à época, na arquitetura do Porto).

A decorar a sala, por detrás da tribuna da Presidência, está uma estátua de corpo inteiro representando a República, com uma esfera armilar nas mãos, da autoria do escultor Anjos Teixeira, datada de 1916.

Mais acima, destaca-se uma grande luneta pintada por Veloso Salgado, representando as Cortes Constituintes de 1821 - que elaboraram a Constituição de 1822, a primeira da história constitucional portuguesa - reunidas na Biblioteca do Convento das Necessidades em Lisboa. Este tema foi o eleito, após a avaliação das duas propostas apresentadas pelo pintor em 1923, tendo a pintura sido cuidadosamente estudada em numerosos esbocetos de composição e retrato, existentes no Museu da Assembleia da República. No centro da composição, disposta em torno da mesa da Presidência (na qual está o arcebispo da Baía, Frei Vicente da Soledade), destaca-se a figura do orador Manuel Fernandes Tomás, considerado um dos maiores mentores da Revolução Liberal de 1820.

Esta grande tela semicircular é emoldurada por brasões com as armas dos distritos e das antigas províncias ultramarinas, evocativos das circunscrições por onde os deputados eram eleitos, pintados por Benvindo Ceia.

As três pinturas do teto, distribuídas em torno da grande claraboia, foram executadas por Alves Cardoso e representam alegorias à Ciência, às Artes e à Indústria; à Pátria, à Paz e à Fortuna; ao Comércio e à Agricultura. Tal como a composição da luneta, estas foram executadas após a realização de estudos preparatórios, levados a concurso em 1921.

Por cima das tribunas destinadas ao corpo diplomático e às altas individualidades estão grupos escultóricos com figuras alegóricas, da autoria de Moreira Rato e de Teixeira Lopes, e, acima da mesa da Presidência, da autoria deste último.
No balcão da galeria central do último piso, destaca-se um relógio monumental de pedra, remodelado em 1990, com máquina eletromecânica com sistema de controlo de quartzo dos fabricantes alemães Bürk e Kienzle.

As galerias do primeiro piso, destinadas ao público, são pontuadas por seis estátuas de gesso, identificadas pelas inscrições nos respetivos plintos: a Constituição, de Simões de Almeida, sobrinho, a Lei, realizada por Francisco Santos, a Jurisprudência, de Costa Mota, tio, a Eloquência, moldada por Júlio Vaz Júnior, a Justiça, por Costa Mota, sobrinho e a Diplomacia, da autoria de Maximiano Alves, símbolos alegóricos ligados à arte de legislar e ao exercício do poder. A capacidade total das galerias é de 660 lugares.

Entre agosto de 2008 e março de 2009 realizaram-se obras de remodelação da Sala das Sessões da Assembleia da República, período em que as reuniões plenárias decorreram na Sala do Senado, especialmente adaptada para o efeito.

Estas obras permitiram dotar a sala de condições mais adequadas aos trabalhos parlamentares. Contudo, a arquitetura original do espaço, tal como concebida pelo arquiteto Ventura Terra no final do século XIX, manteve as suas características essenciais.

Nesta sala, realizam-se as sessões plenárias da Assembleia da República, isto é, as reuniões com os 230 deputados eleitos nas eleições legislativas. Todas as sessões plenárias são públicas e realizam-se, habitualmente, às quartas e quintas-feiras, às 15h00, e às sextas-feiras, às 10h00. Realizam-se também nesta sala as sessões solenes, como é o caso da sessão comemorativa do 25 de Abril ou da sessão de tomada de posse do Presidente da República.

Além das sessões plenárias, realizam-se ainda nesta sala as reuniões da Comissão Permanente (o órgão que funciona fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da República) e as reuniões das comissões parlamentares em que se procede ao debate na especialidade do Orçamento do Estado e das Grandes Opções do Plano.

Fonte: Assembleia da República

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CORETOS DA MÚSICA SÃO TEMPLOS A APOLO

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Coreto em Ponte de Lima junto à avenida António Feijó

Deverá ascender a mais de um milhar a quantidade de coretos espalhados pelas mais diversas cidades, vilas e aldeias do nosso país. Durante muitas décadas, eles constituíram um dos principais locais de atração popular nas praças e jardins públicos, juntando à sua volta o público em tardes amenas de domingo para ouvir e apreciar a atuação das bandas de música.

Com o aparecimento das bandas filarmónicas, sentiu-se a necessidade de se erguer em local público um palanque propositadamente destinado à sua atuação a fim de levarem ao povo o seu reportório, executando magistrais peças musicais e, desse modo, sensibilizando-o para a cultura musical.

O termo coreto provém do grego “khoros”, vertido para o latim “choru” e que significa uma espécie de coro, edificado ao ar livre, propositadamente construído para a realização de concertos musicais. Quais templos dedicados a Apolo, deus romano das artes e da poesia, muitos dos coretos existentes em Portugal constituem autênticas obras de arte que merecem ser preservadas e de novo servir de palco para a atuação das bandas filarmónicas, constituindo aliás essa a razão da sua existência.

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Coreto em Cossourado, Paredes de Coura

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Coreto em Guilhadeses, Arcos de Valdevez

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Coreto em Fão, Esposende

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Coreto em Caldas das Taipas, Guimarães

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Coreto em Fafe

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Coreto em Barcelos

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Coreto no Bom Jesus, em Braga

CAMINHA: GEPPAV LANÇA OBRA SOBRE “O BARCO DE VILAR DE MOUROS E OUTRAS EMBARCAÇÕES DO RIO COURA”

Iniciativa no âmbito da IV Feira do Livro Luso-Galaica da Ribeira Minho. Sábado, pelas 18h00, nas arcadas dos Paços do Concelho

O Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense - GEPPAV vai apresentar o livro "O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura", no dia 31 de agosto, pelas 18h00, no âmbito da IV Feira do Livro Luso-Galaica da Ribeira Minho. A sessão terá lugar nas arcadas dos Paços do Concelho, em Caminha. A edição conta com o apoio da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e da Câmara Municipal de Caminha.

A obra, que será apresentada por Carlos Antunes, diretor do Aquamuseu do Rio Minho, é da autoria de Paulo Torres Bento, Joaquim Aldeia Gonçalves, Basílio Barrocas e Plácido Ranha Silva Souto. O livro possui apontamentos, desenhos e fotografias inéditas de Octávio Lixa Filgueiras.

“O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura” é o VII Caderno do Património Vilarmourense editado pelo Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, que desde 2004 tem vindo a investigar a história desta freguesia do concelho de Caminha e a memória coletiva do seu povo no contexto da região do Alto Minho.

De acordo com o GEPPAV, “até um passado recente, o Coura desempenhou um importante papel na vida e na economia dos vilarmourenses, da pesca e transporte, aos serviços agrícolas e ao simples recreio, mas desde há cerca de 30 anos que praticamente deixaram de se ver no rio, cada vez mais assoreado e invadido por vegetação, quaisquer embarcações”.

Assim acrescenta aquele organismo, “pesquisando nos arquivos da Capitania do Porto de Caminha, do Arquivo Histórico da Marinha, do Aquamuseu do Rio Minho e do Museu Marítimo de Ílhavo — neste último, o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras, ali depositado pela família do mais relevante investigador das embarcações tradicionais portuguesas —, obtivemos a comprovação científica para reivindicar a especificidade de uma embarcação própria do Coura, o Barco de Vilar de Mouros, os pequenos barcos de fundo chato, de proa e popa afiadas (na freguesia conheciam-se vulgarmente por bateiras), que antes navegavam rio acima, rio abaixo e cujo rasto, como apurámos, se perde nos tempos”.

Carlos Antunes, conforme refere o CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental -, é licenciado em Ciências do Meio Aquático, doutorado pela Universidade do Porto em 1995 e Líder da Equipa de Ecologia de rios e zonas costeiras, no CIIMAR.

É diretor do Aquamuseu do Rio Minho e as suas principais áreas de investigação são ecologia aquática, biologia e gestão das pescas e comunicação de ciência, integrando as equipas de investigação Rivers and Coastal Ecology.

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ARQUIVO MUNICIPAL DE ESPOSENDE APRESENTOU DISSERTAÇÃO “PAISAGEM, PLANO E ARQUITETURA: O CASO DE OFIR”

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O Arquivo Municipal de Esposende acolheu, no passado sábado, dia 17 de agosto, a apresentação da dissertação do Mestrado Integrado em Arquitetura de Joel Capitão, que tem como tema “Paisagem, Plano e Arquitetura. O caso de Ofir”.

Trata-se de uma extensa e importante investigação sobre o núcleo balnear de Ofir, elaborada com recurso aos documentos do Arquivo Municipal, trabalho de campo e entrevistas. De realçar o contributo prestado por Fernando Vilar, ex-presidente da Junta de Freguesia de Fão e ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Fão, recentemente falecido, que facultou parte dos documentos, tendo sido alvo de referência especial na sessão.

Através de várias fontes, Joel Capitão retrata a génese e desenvolvimento de Ofir enquanto um dos primeiros núcleos de veraneio, em Portugal, e uma tipologia específica de casa de férias e equipamentos, abordando as características do território, das intervenções arquitetónicas e os seus autores. Um percurso e visão abrangente de todas as construções de férias em Ofir, a sua evolução e estado presente, que se destaca pela sua visão macro, riqueza dos dados recolhidos e elementos elaborados. Conciliando a consulta de documentação histórica e a realização de elementos técnicos (levantamentos topográficos, alçados e plantas), a dissertação reflete o importante trabalho de consulta das fontes documentais, mas igualmente de contacto e pesquisa no terreno, junto de moradores e das habitações ainda existentes.

A sessão contou também com uma mesa-redonda, na qual participaram o Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, o autor da dissertação, Joel Capitão, o Arquiteto Bruno Ricardo Abrantes Gil e a Arquiteta Susana Luísa Mexia Lobo, orientadores da dissertação e docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra; Ana Isabel Lopes, doutoranda e investigadora do CITCEM/FLUP e o Arquiteto Paulo Guerreiro, técnico do Município e com importante trabalho no estudo e preservação de Ofir.

A apresentação da dissertação foi acompanhada de intervenções sobre a evolução histórica do território de Ofir, a história e valorização dos núcleos residenciais de férias e das suas especificidades arquitetónicas, uma discussão que visou retratar e debater a origem, construção e preservação do património (histórico, arquitetónico e natural) existente em Ofir.

Está, igualmente, patente no Arquivo Municipal uma exposição de vários documentos utilizados na investigação e elementos elaborados pelo autor, como um levantamento e identificação de todas as casas de férias de Ofir e uma maquete do território analisado.

Enquadrada na iniciativa “Documentos & Investigação” do Arquivo Municipal de Esposende, esta iniciativa pretendeu divulgar o crescente número de estudos e trabalhos académicos alicerçados na documentação do Município.

Por esta via, o Município contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente no que se refere aos ODS 11.4 - fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o património cultural e natural do mundo e ODS 16.10 - assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os acordos internacionais.

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ARQUITETO FERNANDO CERQUEIRA BARROS PARTICIPA NA GALIZA NO CONGRESSO INTERNACIONAL DE SOCIALIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO NO MEIO RURAL

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SOPA - Congresso Internacional de Socialização do Património no Meio Rural, decorre de 2 a 8 de Setembro, e este ano o tema são as Serras Meridionais de Galicia.

https://ruralisto.org/programa-sopa24/

No próximo dia 2 de Setembro na Casa da Cultura de Calvos de Randin (Galiza) o arquiteto arcuense Fernando Cerqueira Barros fará a comunicação:

. Património e Identidade – paisagens agro-pastoris e arquitectura popular tradicional na região transfronteiriça Gerês/Xurés.

(Fernando Cerqueira Barros. Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. APATRIGAL)

VIEIRA DO MINHO POSSUI UM DOS MAIS NOTÁVEIS ESPIGUEIROS DO MINHO

PATRIMÓNIO | Espigueiro Casas Novas situado na freguesia de Rossas

É o maior e por isso mais notável espigueiro existente no concelho. Com cerca de 25 metros de comprimento, tem trinta pés com mós em forma de mesa, excepto um par de pés com duas mós individuais, tudo em granito.

As padieiras, colunas e cápeas são também em granito. Parte dos balaústres são em madeira e outra foi substituída por pequenos tijolos. A cobertura é em telha.

Fontes, L., Roriz, A. Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, p. 116

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CONHECE A ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE VIANA DO CASTELO?

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A Estação Ferroviária de Viana do Castelo, originalmente denominada de Vianna, foi inaugurada a 24 de março de 1882, e é uma interface da Linha do Minho, que serve a cidade de Viana do Castelo.

O edifício da Estação, quase integralmente revestido a granito, situa-se no local onde existia o Convento de S. Teotónio de Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.

A sua arquitetura apresenta um desenho clássico e simétrico, com um corpo central mais elevado coroado por um frontão interrompido que deixa ver o relógio encimado por uma coroa real. O ferro fundido está presente na grande cobertura da plataforma e da linha férrea ao longo do edifício, nas guardas dos passadiços exteriores cobertos, virados à cidade, e nas vedações do recinto ferroviário.

No interior do edifício esculpido pela arte de quem o construiu, os passageiros usufruem de diversos serviços ferroviários: Intercidades, Celta (Porto/Vigo), Regional e InterRegional

Fonte: Infraestruturas de Portugal

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Estação de comboio no início do século XX

FAFE: CASA DO PENEDO É A “CASA MAIS ESTRANHA DO MUNDO”

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A Casa do Penedo está localizada nas Serras de Fafe, mais propriamente na União de Freguesias de Várzea Cova e Moreira do Rei, concelho de Fafe, na Região Norte de Portugal, devendo o seu nome ao facto de ter sido construída entre quatro rochas de grandes dimensões que integram a própria estrutura da casa.

Inaugurada a 13 de outubro de 1974, com um modo de construção incomum (iniciado pelo telhado), foi idealizada para estar perfeitamente integrada na paisagem e servir como abrigo de família. A sua localização única permite uma comunhão invulgar com a natureza, aqui podemos observar e interagir com espécies autóctones da nossa fauna e flora, observar as estrelas ou simplesmente desfrutar da paz e do ar limpo da montanha.

Recentemente considerada como a casa mais estranha do mundo, a Casa do Penedo viu o seu nome e imagem chegar aos quatro cantos do mundo, atraindo tanto curiosos como especialistas de arquitetura e amantes da Natureza.

Fonte: Casa do Penedo / Foto: Wikipédia

SINAGOGA DA COMUNIDADE ISRAELITA DE LISBOA FOI INAUGURADA HÁ 120 ANOS – FOI PROJETADA PELO ARQUITETO CAMINHENSE MIGUEL VENTURA TERRA

Passam 120 anos desde a data da inauguração em Lisboa da Sinagoga Shaaré-Tikvá, cuja primeira pedra havia sido lançada dois anos antes. O projeto é da autoria do caminhense Miguel Ventura Terra, considerado um dos maiores arquitetos da sua época, tendo-lhe valido o Prémio Valmor de Arquitetura.

O templo encontra-se situado na rua Alexandre Herculano, nº 59, edificado dentro de um quintal muralhado visto que não era então permitida a outras denominações religiosas para além da Igreja Católica, a construção com fachada para a via pública. O terreno para a construção da sinagoga foi adquirido pela comunidade judaica, em nome de particulares, dadas as dificuldades com que então se debatia para obter o reconhecimento oficial. Até então, o culto era exercido em diversas casas de orações que, no entanto, não reuniam as condições necessárias para o efeito.

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas, no concelho de Caminha, em 14 de julho de 1866, tendo falecido em Lisboa em 1919. Entre as suas inúmeras obras, contam-se a renovação do Palácio de São Bento, a Maternidade Alfredo da Costa, o Teatro Club de Esposende, o Hotel e o Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo, o Hospital de Esposende e o edifício do banco de Portugal, no Porto.

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MUNICÍPIO DE CAMINHA PROMOVEU A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA DA ARQUITETURA PORTUGUESA”

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A Biblioteca Municipal de Caminha acolheu a apresentação do livro “Introdução ao Estudo da História da Arquitetura Portuguesa”, de Alexandre Alves Costa.

A sessão contou com a presença do autor, foi apresentada por Eduardo Jorge Fernandes e moderada por Fontaínhas Fernandes. O presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, também esteve presente.

A iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal e Amigos da Rede de Bibliotecas de Caminha.

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FAMALICÃO: REABILITAÇÃO DA QUINTA DE DELÃES VENCE PRÉMIO JANUÁRIO GODINHO

Edifício sede da Caixa Agrícola em Famalicão foi também distinguido com Menção Honrosa

projeto de reabilitação da Quinta de Delães, promovido pela empresa Courtesywizard, foi o vencedor da quarta edição do Prémio Januário Godinho, galardão instituído pelo Município de Famalicão com o objetivo de promover a salvaguarda e valorização do património edificado.

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O projeto inicial é do arquiteto Mário Abreu e a intervenção proposta teve como estratégia “o princípio da intervenção mínima”, uma abordagem valorizada pelo júri e que tem em conta respeitar a linguagem própria da época de construção do edifício.

“Os resíduos da construção e demolição aumentaram 40% nos últimos anos, tendo sido nesta obra salvaguardado o princípio da sustentabilidade ambiental e o prolongamento do ciclo de vida útil do edifício”, aponta o júri na nota sobre a escolha do trabalho vencedor.

Nota ainda para a Menção Honrosa atribuída ao projeto de recuperação do edifício da sede do Crédito Agrícola do Médio Ave, localizado no centro da cidade de Famalicão.

Recorde-se que o Prémio Januário Godinho, com um valor monetário de 7 mil euros, foi criado em 2017 com o objetivo de promover a salvaguarda e valorização do património edificado do concelho de Famalicão, assim como promover a divulgação do trabalho desenvolvido por projetistas, construtores e promotores, atribuído com frequência bienal.

Recorde-se que Januário Godinho foi figura incontornável da arquitetura moderna portuguesa, com marca na importância que prestou à tradição, ao contexto e ao património edificado, em toda a sua obra. Em Vila Nova de Famalicão deixou alguns exemplos desta visão, de que se destaca o edifício dos Paços do Concelho e o antigo Tribunal; na freguesia de Antas o edifício para o Banco Português do Atlântico (1953); em Brufe a casa Afonso Barbosa (1940-42); na freguesia do Louro várias construções na Quinta de Seara, propriedade do banqueiro Artur Cupertino de Miranda, o mercado, a igreja, a Casa do Povo, o centro paroquial e o cemitério. Na freguesia de Requião, cujo promotor foi o industrial Manuel Gonçalves, destaca-se o projeto da Casa Manuel Gonçalves, a Quinta de Compostela e a Têxteis Manuel Gonçalves.

A entrega do Prémio Januário Godinho está marcada para a próxima segunda-feira, dia 22 de janeiro, pelas 17h30, na sala de conferências dos Paços do Concelho.

Créditos fotografias:

Casa de Delães 1 e Casa de Delães 2 | Angelino Cristóvão

Sede da Caixa Agrícola | João Paulo Silva

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MUNICÍPIO DE VIANA DO CASTELO ENTREGOU PRÉMIOS DE ARQUITETURA

Viana Práxis: Paula Santos vence categoria Carreira e Sebastião Meireles e Ana Filipa Ferro, com a obra Edifício Aliança, na categoria Edificado

A Câmara Municipal de Viana do Castelo entregou ontem os prémios VIANA PRÁXIS – Prémio de Arquitetura de Viana do Castelo, numa cerimónia que aconteceu na Biblioteca Barbosa Romero da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC) e que contou com a presença da Vereadora do Urbanismo, Fabíola Oliveira.

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O Prémio Carreira foi entregue a Paula Santos, arquiteta portuguesa com uma sólida carreira e reconhecimento nacional e internacional no exercício da arquitetura. Destaca-se pela atividade enquanto projetista de arquitetura, design de produto e joalharia, bem como enquanto docente e pela sua intervenção cívica. Colaborou nos escritórios dos arquitetos Carlos Guimarães e Eduardo Souto Moura e foi docente na Universidade Lusíada do Porto.

Em Viana do Castelo, o seu contributo está bem patente no projeto para o Edifício de Receção de Visitantes da Citânia de Santa Luzia (2001-2007), o edifício de apoio da Citânia (2005-2007) e o edifício de habitação e comércio Vianapolis (2001-2006), além de outros projetos singulares de encomenda privada. A sua obra está amplamente publicada, integrando também o “Roteiro da Arquitetura Contemporânea” de Viana do Castelo.

Paula Santos foi agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, pela sua participação na Exposição Expo’98, entre outras distinções e prémios que foi recebendo ao longo dos anos, tendo por isso sido a escolha do júri por unanimidade para a categoria Carreira do Viana Práxis – Prémio de arquitetura de Viana do Castelo.

Na categoria Edificado, Sebastião Meireles e Ana Filipa Ferro foram os vencedores como autores de projeto do Edifício Aliança, tendo sido contemplados com um prémio pecuniário no valor de 5 mil euros. Os proprietários do edifício foram igualmente premiados, recebendo um troféu indicativo do prémio, que será posteriormente colocado na fachada do edifício.

Fabíola Oliveira, Vereadora do Urbanismo, sublinhou que a escolha entre os finalistas foi renhida, tendo o júri sustentado esta decisão nas caraterísticas do projeto arquitetónico, associadas à preservação efetuada ao setor de muralha que se encontra no interior deste edifício. A intervenção premiada foi a que melhor incorporou os princípios subjacentes a esta iniciativa, tendo sido efetuada uma obra de reabilitação, que valorizou o património edificado da cidade, afirmando esta vertente como fator de identidade.

Antes, a sessão de abertura esteve a cargo do Pró-Reitor do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, António Curado, que evidenciou algumas iniciativas resultantes da parceria entre aquele instituto e a Câmara Municipal, nas quais se integra um elemento no júri deste prémio, bem como um elemento na comissão organizadora. António Curado fez ainda uma apresentação sobre o tema “A sustentabilidade na construção”, durante a qual apresentou três estudos de caso de boas práticas implementadas nas escolas daquele Instituto, salientando a questão da qualidade do ar como um fator importante para a saúde pública, muitas vezes esquecido na construção de edifícios.

A sessão prosseguiu com a intervenção da Vereadora Fabíola Oliveira, que enquadrou o percurso e o propósito desta iniciativa, ressalvando que, embora este tenha sido a segunda edição deste prémio bienal, VIANA PRÁXIS contempla na sua programação uma série de jornadas que incidem sobre questões relevantes do urbanismo, da arquitetura e da reabilitação urbana, tendo como foco principal a sustentabilidade social, económica, cultural e ambiental. 

Durante a cerimónia houve ainda referência ao arquiteto Fernando Távora, premiado na categoria Carreira da edição anterior do VIANA PRÁXIS, como homenagem ao centenário do seu nascimento e cuja obra tem grande relevância e impacto ainda hoje patente em Viana do Castelo e no IPVC.

A sessão terminou com a inauguração da exposição “Viana Práxis – Prémio de Arquitetura de Viana do Castelo 2023”, que ficará patente até ao final de janeiro de 2024 na Biblioteca Barbosa Romero.

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PRÉMIO DE ARQUITETURA DE VIANA DO CASTELO VAI SER ENTREGUE AMANHÃ

A Câmara Municipal de Viana do Castelo promove, esta quarta-feira, às 17h00, a entrega do Viana Práxis – Prémio de Arquitetura de Viana do Castelo, numa cerimónia que acontece na Biblioteca Barbosa Romero da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC).

O Viana Práxis é uma iniciativa municipal que pretende distinguir e estimular profissionais cujo trabalho incida sobre o território de Viana do Castelo. Pelas 17h00, acontece a sessão de abertura pela Vereadora do Urbanismo, Fabíola Oliveira, seguida da apresentação das obras finalistas pelos candidatos na categoria Edificado. Na sessão, António Curado irá fazer uma apresentação sobre o tema “A Sustentabilidade na Construção”.

Será, depois, atribuído, no âmbito do Prémio Edificado, 5.000 euros ao autor do projeto, recebendo o proprietário um troféu com menção do prémio e o promotor um diploma oficial. No âmbito do Prémio Carreira, os profissionais nomeados pelo júri irão receber um diploma oficial.

Pelas 18h30, acontece a inauguração da exposição “Viana Práxis – Prémio de Arquitetura de Viana do Castelo 2023”, na Biblioteca Barbosa Romero.

Face aos elevados investimentos que a autarquia e entidades privadas têm feito ao longo dos anos no concelho, a Câmara Municipal volta, assim, a distinguir as melhores intervenções urbanísticas como valorização do seu património construído.

À categoria Edificado puderam concorrer o proprietário do imóvel, o autor do projeto de arquitetura ou a empresa de construção de obras concluídas nos quatro anos anteriores à atribuição do prémio.

Já na categoria Carreira serão distinguidas personalidades que ao longo da sua carreira mais se destacaram em termos locais e nacionais, nos domínios da salvaguarda e valorização do património, resultando das suas atividades um claro benefício para o concelho de Viana do Castelo. Este prémio será atribuído a uma personalidade, eleita por nomeação direta dos membros do júri.

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