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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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ARQUITETO CAMINHENSE VENTURA TERRA E A SUA CASA EM LISBOA

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Nome incontornável da arquitetura portuguesa, ligado à modernização de Lisboa no início do século XX, Miguel Ventura Terra nasceu neste dia 14 de julho, no ano de 1866. Entre as suas obras contam-se, por exemplo, os Liceus Pedro Nunes e Camões, a Sinagoga de Lisboa e o Teatro Politeama.

Fonte: EGEAC

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«Casa Ventura Terra»

Rua Alexandre Herculano, 57

[Do lado direito a Sinagoga de Lisboa «Shaaré Tikvá» (Portas da Esperança) inaugurada em 1904, projecto do arq. Ventura Terra]

O Prémio Valmor de Arquitectura de 1903 coube a um edifício, a «Casa Ventura Terra», na Rua Alexandre Herculano, 57, do qual Miguel Ventura Terra (1866-1916) foi o arquitecto e proprietário.

Edifício com decoração sóbria, vãos esguios com persianas articuladas de recolha lateral, elementos que o distinguiram dos edifícios da altura.

Destaque ainda para o friso superior de azulejos pintados no estilo Arte Nova.

Mantém a função original, habitação para rendimento.

Data(s): [c. 1903-1904]

Fotógrafo: Joshua Benoliel

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas do Minho, Caminha, a 14 de Julho de 1866. Frequentou o curso de Arquitectura da Academia Portuense de Belas Artes entre 1881 e 1886. Nesse ano, viajou até Paris como pensionista do Estado, na classe de Arquitectura Civil. Na capital francesa estudou na École Nationale et Speciale des Beaux-Arts e no atelier de Victor Laloux. Regressou a Portugal em 1896 e foi nomeado arquitecto da Direcção de Edifícios Públicos e Faróis. Nessa altura, triunfou no concurso para a reconversão do edifício das Cortes na Câmara dos Deputados e Parlamento, em Lisboa.

Foi autor de palacetes, de habitações de rendimento mais qualificadas, essencialmente na capital portuguesa, construções eclécticas, cosmopolitas e utilitárias, mas também de importantes equipamentos urbanos como a primeira creche lisboeta (1901), da Associação de Protecção à primeira Infância; a Maternidade Dr. Alfredo da Costa (1908) e os liceus Camões (1907), Pedro Nunes (1909) e Maria Amália Vaz de Carvalho (1913).

Projectou, igualmente, dois pavilhões da representação portuguesa na Exposição de Paris, de 1900, bem como o pedestal do monumento ao Marechal Saldanha (em Lisboa), com o escultor Tomás Costa (1900); a Basílica de Santa Luzia, de Viana do Castelo (1903); a Sinagoga de Lisboa (Shaaré Tikvá ou Portas da Esperança) inaugurada em 1904 na Rua Alexandre Herculano; o edifício do Banco Totta & Açores, na Rua do Ouro, Lisboa (1906); o Teatro Politeama, Lisboa (1912-1913), representativo da Arte do Ferro; e o Palace Hotel de Vidago.

Alcançou quatro vezes o Prémio Valmor de Arquitectura (1903, 1906, 1909 e 1911) e uma Menção Honrosa, no mesmo concurso (1913).

Também trabalhou na área do urbanismo, nomeadamente com projectos para o parque Eduardo VII (em Lisboa), planos para a zona ribeirinha da capital (1908) e o plano de urbanização do Funchal (1915).

Ventura Terra foi um dos grandes responsáveis pela criação da Sociedade dos Arquitectos Portugueses, em actividade desde 1903, e da qual foi o primeiro presidente. Exerceu o cargo de vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais e foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa até 1913. Morreu em Lisboa a 30 de Abril de 1919.

Fonte: Lisboa de Antigamente

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CORETOS DA MÚSICA SÃO TEMPLOS A APOLO

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Coreto em Ponte de Lima junto à avenida António Feijó

Deverá ascender a mais de um milhar a quantidade de coretos espalhados pelas mais diversas cidades, vilas e aldeias do nosso país. Durante muitas décadas, eles constituíram um dos principais locais de atração popular nas praças e jardins públicos, juntando à sua volta o público em tardes amenas de domingo para ouvir e apreciar a atuação das bandas de música.

Com o aparecimento das bandas filarmónicas, sentiu-se a necessidade de se erguer em local público um palanque propositadamente destinado à sua atuação a fim de levarem ao povo o seu reportório, executando magistrais peças musicais e, desse modo, sensibilizando-o para a cultura musical.

O termo coreto provém do grego “khoros”, vertido para o latim “choru” e que significa uma espécie de coro, edificado ao ar livre, propositadamente construído para a realização de concertos musicais. Quais templos dedicados a Apolo, deus romano das artes e da poesia, muitos dos coretos existentes em Portugal constituem autênticas obras de arte que merecem ser preservadas e de novo servir de palco para a atuação das bandas filarmónicas, constituindo aliás essa a razão da sua existência.

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Coreto em Cossourado, Paredes de Coura

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Coreto em Guilhadeses, Arcos de Valdevez

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Coreto em Fão, Esposende

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Coreto em Caldas das Taipas, Guimarães

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Coreto em Fafe

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Coreto em Barcelos

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Coreto no Bom Jesus, em Braga

ESPOSENDE: FRANCISCA FIGUEIREDO E PAULA SANTOS VENCEM PRÉMIOS VIANA DE LIMA 2023/2024

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Melhores alunas dos cursos de Arquitetura e Artes Plásticas da Universidade do Porto

Francisca Marques Figueiredo e Paula Alexandra Dias dos Santos, respetivamente finalistas dos Mestrados e Arquitetura e em Artes Plásticas (especialização em Pintura), no ano letivo 2023/2024, foram as vencedoras da 12.ª edição dos Prémios Viana de Lima Município de Esposende, cuja sessão de entrega decorreu na manhã de ontem, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em Esposende.

Os Prémios Viana de Lima, no valor unitário de 2000 euros, foram instituídos no âmbito de um protocolo assinado, em 2010, entre a Câmara Municipal de Esposende e a Universidade do Porto, dando cumprimento à vontade, expressa em testamento, do Arquiteto Alfredo Evangelista Viana de Lima. O protocolo estabelece que o Município de Esposende assume a gestão da Casa das Marinhas, da autoria de Viana de Lima e propriedade da Universidade do Porto, e se compromete a distinguir, anualmente e durante 30 anos, os dois melhores alunos dos cursos de Arquitetura e de Belas Artes.

Desta forma, o Município de Esposende tem vindo, desde 2014, a premiar o mérito e excelência destes alunos, cujo nome fica, assim, associado a Viana de Lima, figura incontornável da arquitetura e da cultura portuguesa. De acordo com o estabelecido, os premiados oferecem uma obra/trabalho da sua autoria para integrar o Fundo Viana de Lima, sendo que, nesta edição, Paula Alexandra Santos (Paula Craft) doou a pintura intitulada “One by One” e Francisca Figueiredo a sua tese de mestrado intitulada “O reviver de uma memória - A reconversão da Casa do Outeiro em Agualonga”.

Notando que “esta distinção tem vindo a afirmar-se como um marco de reconhecimento do talento e da excelência nas áreas da Arquitetura e as Artes Plásticas, celebrando não apenas os percursos individuais dos galardoados, mas também o território que lhe serve de inspiração e base de crescimento”, o Presidente da Câmara Municipal, Guilherme Emílio, felicitou as premiadas, salientando que o seu trabalho se distingue pela qualidade, sensibilidade e impacto cultural.

Agradeceu a presença do Vice-Reitor da Universidade do Porto, Pedro Alves Costa, do Diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, João Pedro Xavier, e da Diretora da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Lúcia Almeida Matos, considerando que “simboliza a ligação virtuosa entre a academia e o poder local, tão necessária para o fortalecimento cultural e a valorização do talento jovem”. Dirigindo-se aos estudantes do concelho presentes formulou votos para que vejam nestes exemplos motivos de inspiração.

A concluir a sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal considerou que estes prémios são um apelo à continuidade da criação, do pensamento crítico e da intervenção cultural”, além de “uma afirmação de que o Minho, e nele Esposende, é terra de gente criativa, capaz e determinada”.  Reiterou o compromisso do Município com a cultura, a educação e, acima de tudo, com a valorização das pessoas”.

Em representação do Reitor da Universidade do Porto, o Vice-Reitor, Pedo Alves Costa, afirmou que que este “é um dia de festa, de celebração académica e da academia”. Felicitou as alunas premiadas, e as suas famílias pelo apoio e retaguarda, sublinhando que esta distinção constitui “um extraordinário cartão de visita para o vosso futuro e percurso profissional”, atendendo a que o prémio “transporta e enaltece um legado de um nome essencial da arquitetura e da cultura artística do Séc. XX”

Pedro Alves Costa referiu, ainda, que o prémio “é, não só reconhecimento adicional do percurso académico, mas também um estímulo para que continuem a trilhar o caminho de excelência, combinando a aquisição de conhecimento, a criatividade, o arrojo e a dedicação, que são a chave do sucesso humano em todas as atividades humanas”. Salientou, ainda, o facto de as premiadas ficaram associadas também ao Fundo Viana de Lima, o que constitui “um impulso acrescido e um marco para as vossas carreiras”. Saudou também o Presidente da Câmara Municipal de Esposende por manter e valorizar a parceria com a Universidade do Porto.

A Diretora da Faculdade de Belas Artes, Lúcia Almeida Matos, felicitou as finalistas por este “momento relevante no seu percurso”, expressando a “satisfação, orgulho e gratidão”. Saudou o Município de Esposende pela atribuição dos prémios em reconhecimento do trabalho que se faz na academia, notando que se trata de “um incentivo forte”, e sublinhou o facto de as premiadas verem os seus trabalhos integrar o Fundo Viana de Lima. Com votos de sucesso para as galardoadas, deixou ainda uma palavra de reconhecimento aos docentes que contribuíram para o seu sucesso académico.

Na mesma linha, o Diretor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, João Pedro Xavier, felicitou as distinguidas, particularmente a aluna de Arquitetura, e expressou palavras de incentivo e de sucesso a ambas, desejando-lhes “o futuro o mais auspicioso possível”.

Ambas as premiadas agradeceram a distinção, considerando-a um reconhecimento do seu mérito académico e um incentivo para darem continuidade ao seu trabalho artístico e profissional.

A sessão de entrega dos prémios iniciou com um momento musical protagonizado pelo Trio de Guitarras da Escola de Música de Esposende, composto pelos professores João Campos, Pedro Barros e Luís Melo. Houve, ainda, lugar para o visionamento de um excerto do Programa da RTP “Visita guiada” à Casa das Marinhas, uma viagem pela emblemática obra de Viana de Lima, símbolo do modernismo português.

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EDIFÍCIO DO MUSEU MUNICIPAL DE ESPOSENDE FOI PROJETADO PELO ARQUITETO CAMINHENSE MIGUEL VENTURA TERRA

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O arquiteto Miguel Ventura Terra foi em 1908 o autor do projeto do edifício destinado ao Teatro-Club de Esposende, inaugurado em 1911.

Neste edifício, entra-se desde 1993 instalado o Museu Municipal de Esposende, o qual foi para o efeito adaptado pelo arquiteto bernardo Ferrão.

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas, no concelho de Caminha, em 14 de julho de 1866, tendo falecido em Lisboa em 1919. Entre as suas inúmeras obras, contam-se a renovação do Palácio de São Bento, a Maternidade Alfredo da Costa, o Teatro Club de Esposende, o Hotel e o Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo, o Hospital de Esposende e o edifício do banco de Portugal, no Porto.

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ARQUITETO MIGUEL VENTURA TERRA E SUA FAMÍLIA À VARANDA DE SUA CASA EM LISBOA – “PRÉMIO VALMOR” DE ARQUITETURA JUNTO À SINAGOGA DE LISBOA

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Rua Alexandre Herculano, Lisboa, na varanda do Arq. Miguel Ventura Terra, prédio doado às Belas Artes de Lisboa e Porto para com o seu rendimento pagar bolsas de estudos a alunos talentosos sem possibilidades financeiras, conforme placa gravada no edificio.

Esta foto deve ser de 1904, a Rua Alexandre Herculano ainda tinha este aspeto. A foto pertence á família Terra e o seu autor é António Joaquim Terra, irmão de Miguel Ventura Terra.

Texto: Alda Sarria Terra (Sobrinha-bisneta de Miguel Ventura Terra)

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CAMINHENSE MIGUEL VENTURA TERRA FOI UM DOS MAIS NOTÁVEIS ARQUITETOS PORTUGUESES DO SEU TEMPO – ERA NATURAL DE SEIXAS – A ELE SE DEVE A CONSTRUÇÃO DA SINAGOGA DE LISBOA

Passam 121 anos desde a data da inauguração em Lisboa da Sinagoga Shaaré-Tikvá, cuja primeira pedra havia sido lançada dois anos antes. O projeto é da autoria do caminhense Miguel Ventura Terra, considerado um dos maiores arquitetos da sua época, tendo-lhe valido o Prémio Valmor de Arquitetura.

O templo encontra-se situado na rua Alexandre Herculano, nº 59, edificado dentro de um quintal muralhado visto que não era então permitida a outras denominações religiosas para além da Igreja Católica, a construção com fachada para a via pública. O terreno para a construção da sinagoga foi adquirido pela comunidade judaica, em nome de particulares, dadas as dificuldades com que então se debatia para obter o reconhecimento oficial. Até então, o culto era exercido em diversas casas de orações que, no entanto, não reuniam as condições necessárias para o efeito.

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas, no concelho de Caminha, em 14 de julho de 1866, tendo falecido em Lisboa em 1919. Entre as suas inúmeras obras, contam-se a renovação do Palácio de São Bento, a Maternidade Alfredo da Costa, o Teatro Club de Esposende, o Hotel e o Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo, o Hospital de Esposende e o edifício do banco de Portugal, no Porto.

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ESPOSENDE ENTREGA PRÉMIOS VIANA DE LIMA

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O Município de Esposende vai proceder à entrega dos Prémios Viana de Lima Município de Esposende, em sessão a realizar na próxima terça-feira, dia 6 de maio, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, em Esposende.

Os Prémios Viana de Lima, no valor unitário de 2000 euros, foram instituídos no âmbito de um protocolo assinado, em 2010, entre a Câmara Municipal de Esposende e a Universidade do Porto, dando cumprimento à vontade, expressa em testamento, do Arquiteto Alfredo Evangelista Viana de Lima. O protocolo estabelece que o Município de Esposende assume a gestão da Casa das Marinhas, da autoria de Viana de Lima e propriedade da Universidade do Porto, e se compromete a distinguir, anualmente e durante 30 anos, os dois melhores alunos dos cursos de Arquitetura e de Belas Artes, sendo que findo esse prazo, o imóvel passa a ser propriedade da Câmara Municipal.

Alfredo Evangelista Viana de Lima foi um arquitecto português de grande relevo no panorama da arquitectura portuguesa do século XX.

Ocupa uma posição de destaque na segunda geração arquitectos modernistas portugueses, tal como Keil do Amaral, Arménio Losa ou Januário Godinho. A sua actividade projectual e intervenção cívica foram cruciais para a redefinição do pensamento e da prática arquitectónica nacional no período do pós-guerra.

Nasceu em Esposende a 18 de Agosto de 1913, filho único de Alfredo Viana de Lima, professor primário, e de Joaquina de Campos Evangelista de Lima. Formou-se em arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto (1929-41), onde foi colega de Januário Godinho, Agostinho Ricca e Mário Bonito, terminando o curso com uma tese intitulada Uma Biblioteca-Arquivo para o Ensino Universitário e a classificação de 19 valores. É ainda nessa época que conhece Iria Beaudouin, filha de uma família originária do sul de França, com quem viria a casar-se.

Estagiou na Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas sob a orientação do Arquiteto Rogério de Azevedo (1938-1941).

Realizou viagens de estudo a diversos países – Bélgica, Espanha, França, Holanda, Inglaterra, Jugoslávia, Itália, Suécia, Suíça –, centrando a atenção nas áreas da arquitetura e urbanismo.

Em 1947 foi um dos membros fundadores do grupo ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos). No ano seguinte participou ativamente no I Congresso Nacional de Arquitectura, onde apresentou uma comunicação intitulada O problema português da habitação, onde fazia a defesa dos princípios da Carta de Atenas, que reclamava para as edificações (urbanas ou rurais) e para os planos de urbanização dos centros populacionais.

Participou nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM) em Hoddesdon, Inglaterra (1951), Aix-en-Provence, França (1953), Dubrovnik, Jugoslávia (1956), Otterlo, Holanda (1959). Participou em muitas outras reuniões internacionais, no âmbito do CIAM e não só (Sigtuna, Suécia, 1952; Paris e La Serraz, 1955; Japão, 1959; etc.). Fez várias missões ao Brasil como consultor da UNESCO (1966-77).

Uma das suas obras mais marcantes é a habitação unifamiliar Honório de Lima, no Porto, demolida em 1971 ("um atentado patrimonial da maior gravidade" segundo Pedro Vieira de Almeida), onde se sente já uma deliberada aproximação a Le Corbusier. Radicalmente moderno, este projeto pioneiro de 1939 antecipa outros que o Porto iria conhecer nos anos seguintes. Segundo Carlos Duarte, trata-se de um "projeto-chave, pela sua qualidade e valor moral, que iria influenciar não só os arquitetos do Porto, mas os de todo o país".

Também devedor do exemplo da arquitetura brasileira (nomeadamente de Oscar Niemeyer, que conheceu pessoalmente cerca de 1968 e com quem haveria de se associar para a realização de dois projetos), a arquitetura de Viana de Lima concilia habilmente a invocação de raízes culturais e o exercício virtuosístico de uma linguagem tipicamente modernista, le-Corbusiana, numa síntese em que balanceia "uma modernidade sintática a que aderia e que lhe apetecia explorar" e um "inelutável desejo de recuperação do passado e de legitimação histórica".

Na sua extensa obra nas áreas do planeamento e da arquitetura assinalem-se ainda o plano de urbanização para a cidade de Bragança (início em 1960), o Bloco Habitacional de Costa Cabral, Porto, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, o Hospital Distrital de Bragança ou a sua própria casa em Esposende (Casa das Marinhas).

A partir da década de 1960 Viana de Lima dedicou-se também ao levantamento e recuperação de edifícios históricos e ao planeamento de zonas urbanas antigas.[1]

Em 1961 foi nomeado Assistente da Escola Superior de Belas Artes do Porto, então dirigida por Carlos Ramos, ascendendo ao cargo de Professor em 1974 (pede a demissão em 1981). Já à beira da reforma, entre Fevereiro e Julho de 1983 lecionou na secção de arquitetura da Escola de Belas-Artes de Lisboa; foi nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa. Ainda na década de 1970 dirigiu seminários em diversas universidades brasileiras (Baía; São Paulo; Recife)

No ano de 1972, Viana de Lima foi consultor da UNESCO em missão no Brasil. Ficou responsável por elaborar um panorama do centro histórico da cidade de São Luís-MA, que resultou no "Rapport et propositions pour la conservation, recuperation et expansion" de São Luís/Maranhão. Neste Relatório, além de sua preocupação com o contexto histórico, o arquiteto apresentou diretrizes e proposições para a expansão orientada da cidade, indicando elementos de planejamento urbano para a capital maranhense, como o Zoneamento.

Participou em diversas exposições, nomeadamente na do grupo ODAM, Ateneu Comercial do Porto, 1951 (onde expôs, entre outros projetos, o da moradia Honório de Lima), e na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, 1961, onde foi agraciado com o Grande Prémio de Arquitetura. Recebeu outras distinções, brasileiras e portuguesas. [3] [12]

Faleceu em 1991 e é consensualmente considerado um dos expoentes maiores da arquitetura portuguesa do Século XX.

A 9 de junho de 1993, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Fonte: Wikipédia

VIANA DO CASTELO PROMOVE PRÉMIO DE ARQUITETURA VIANA PRAXIS – INSCRIÇÕES JÁ SE ENCONTRAM ABERTAS

Viana do Castelo com pré-candidaturas abertas até 27 de abril ao prémio de arquitetura VIANA PRÁXIS

A Câmara Municipal de Viana do Castelo tem abertas, até 27 de abril, as pré-candidaturas do “VIANA PRÁXIS - Prémio de Arquitetura de Viana do Castelo” nas categorias “Edificado” e “Carreira”.

Considerando os elevados investimentos que a autarquia e entidades privadas têm feito ao longo dos anos no concelho, o município promove o VIANA PRÁXIS como um reconhecimento público e um estímulo para profissionais, cujo trabalho incida sobre o território de Viana do Castelo, visando distinguir as melhores intervenções urbanísticas como valorização do seu património edificado.

À categoria Edificado podem concorrer o proprietário do imóvel, o autor do projeto de arquitetura ou a empresa de construção de obras concluídas nos quatro anos anteriores à atribuição do prémio.

Esta categoria visa premiar obras de criação de novos espaços urbanos de edificações e obras de reabilitação urbana, inseridas em tecido urbano consolidado e circunscrito às Áreas de Reabilitação Urbana de Viana do Castelo legalmente constituídas, desde que se revele importante para a reabilitação urbana da envolvente e se enquadre no conceito de reabilitação urbana consagrado no Regime Jurídico da Reabilitação Urbana como “a forma de intervenção destinada a conferir adequadas características de desempenho e de segurança funcional, estrutural e construtiva a um ou a vários edifícios, às construções funcionalmente adjacentes incorporadas no seu logradouro, bem como às frações eventualmente integradas nesse edifício, ou a conceder-lhes novas aptidões funcionais, determinadas em função das opções de reabilitação urbana prosseguidas, com vista a permitir novos usos ou o mesmo uso com padrões de desempenho mais elevados, podendo compreender uma ou mais operações urbanísticas”.

A categoria Carreira visa distinguir personalidades, que ao longo da sua carreira mais se distinguiram em termos locais e nacionais, nos domínios da salvaguarda e valorização do património, resultando das suas atividades um claro benefício para o concelho de Viana do Castelo. Este prémio será atribuído a uma personalidade, eleita por nomeação direta dos membros do júri.

O Prédio Edificado atribui 5.000 euros ao autor do projeto, sendo o proprietário da obra premiado com um troféu com menção do prémio e o promotor com um diploma oficial. Já o Prémio Carreira recebe um diploma oficial.

Para a edição deste ano, as pré-candidaturas para a categoria “Edificado” estão abertas até dia 27 de abril. De 28 de abril a 2 de maio, acontece a apreciação, seleção e comunicação aos proponentes da aceitação das pré-candidaturas. As candidaturas são formalizadas de 5 a 16 de maio, com pedidos de esclarecimento através do e-mail vianapraxis@cm-viana-castelo.pt de 19 a 23 de maio. As candidaturas serão posteriormente analisadas e apreciadas, estando determinada para 12 de junho a data da cerimónia de entrega de prémios e exposição dos trabalhos.

Todas as informações e regulamento deverão ser consultadas em:

https://www.cm-viana-castelo.pt/viver/ordenamento-do-territorio/viana-praxis/premio-de-arquitetura-de-viana-do-castelo/

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REVISTA ITALIANA DE ARQUITETURA E DESIGN DESTACA MERCADO MUNICIPAL DE CAMINHA

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A prestigiada revista italiana de arquitetura e design, “Domus” destaca o Mercado Municipal de Caminha.

A revista descreve o equipamento como “um monumento acolhedor” e um “centro de energias urbanas vivas”.

Explica a revista que, “Em todo o mundo, os mercados são locais não apenas de intercâmbio comercial, mas também de encontros e relacionamentos, em torno dos quais muitas vezes se desenrolam dinâmicas urbanas vivas. Em Caminha, no norte de Portugal, esta dinâmica foi comprometida pelo facto de o antigo mercado ser um edifício degradado e obsoleto, completamente desligado do seu contexto.

A intervenção do Loftspace e Tiago Sousa enquadra-se na área do antigo mercado, demolido para dar lugar a um novo edifício, com o objetivo de reconfigurar o mercado como um espaço público vibrante e atrativo, em constante diálogo com a cidade”.

Recorde-se que o Mercado Municipal de Caminha foi também nomeado para “Projeto Público do Ano” na categoria “Arquitetura” dos prémios do jornal CONSTRUIR.

Os Prémios CONSTRUIR foram criados com o objetivo de “homenagear e celebrar o esforço e talento de empresas e profissionais dos diversos sectores da Construção. As nomeações são realizadas pela equipa do jornal CONSTRUIR, com a análise de critérios que passam pelo mérito, técnica, funcionalidade e inovação”.

O novo Mercado Municipal de Caminha foi inaugurado há pouco mais de um ano, a 18 de agosto. Trata-se talvez da obra mais ansiada de sempre na Vila de Caminha, um equipamento aguardado pela população há mais de quatro décadas, prometido inconsequentemente por diversas vezes, e que veio substituir um mercado que “nasceu” como provisório, mas que assim se manteve larguíssimos anos, sem condições. A obra de edificação do novo Mercado Municipal de Caminha implicou um investimento de cerca de 600 mil euros.

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“A LINHA DO VALE DO LIMA: ESPINHA DORSAL DE UMA NOVA URBANIDADE” FOI TEMA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NA UNIVERSIDADE DO MINHO DO ARQUITETO LIMIANO OLAVO FRANCO

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“A linha do Vale do Lima: espinha dorsal de uma nova urbanidade” foi em 2018, tema de dissertação de mestrado integrado em Arquitectura (área de especialização em Cidade e Território), na Universidade do Minho, do arquiteto limiano Olavo Araújo Franco. Foram orientadores os Professores Doutores André Cerejeira Fontes e João Rosmanino.

Transcreve-se o resumo da referida tese:

“No âmbito da área de estudo de Cidade e Território, a presente investigação tem como intuito valorizar a Linha Férrea do Vale do Lima, um caminho de ferro planeado, parte dele construído, mas nunca inaugurado. Para a compreensão do traçado da mesma é necessário centrar um estudo na relação do desenho da linha sobre o território ribeirinho entre Viana do Castelo e Ponte de Lima. O canal ferroviário já com pouca definição pontua a paisagem com lugares sem uso, considerados espaços residuais, que devem ganhar importância e que esta investigação pretende expor. Através do imaginário da Linha do Vale do Lima como uma infraestrutura viária pública ativa, propõe-se compreender estes lugares e (re)ativar um sistema de conexão de novas centralidades. Imaginar o desenvolvimento de pequenos centros urbanos marcados pela presença de apeadeiros ou estações e equipamentos de apoio aos habitantes. É neste contexto, que se define uma proposta capaz de (re)pensar o território tendo a linha do vale do lima como sua espinha dorsal e base do desenvolvimento de novas urbanidades que visam a prioridade do peão sobre o veículo e a densidade sobre a forma dispersa das áreas periurbanas da ribeira lima.”

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SABIA QUE FOI O ARQUITETO CAMINHENSE MIGUEL VENTURA TERRA QUEM PROJETOU A SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA?

Retrato de Miguel Ventura Terra no Hemiciclo, desenhando a planta do espaço, José Veloso Salgado, 1914, óleo sobre tela, coleção privada.

Miguel Ventura Terra nasceu em Seixas, concelho de Caminha, em 1866. Estudou Arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto.

Em 1886, frequentou a École des Beaux-Arts (recebendo o diploma de arquiteto de 1.ª classe) e o atelier do arquiteto Victor Laloux.

Premiado com várias medalhas de honra, ganhou o concurso para a remodelação do Palácio das Cortes. São de sua autoria importantes edifícios como a Sinagoga de Lisboa (1905), o Palacete Valmor e o Banco da Rua do Ouro (Banco Totta e Açores) (1906), os Liceus Camões (1907) e Pedro Nunes (1908), a Maternidade Alfredo da Costa (1908), a Casa Tomás Quartim (1911), distinguida com o Prémio Valmor, o Teatro Politeama (1912-1913) e a Igreja de Santa Luzia de Viana do Castelo.

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A Sala das Sessões, inaugurada em 1903, foi projetada pelo arquiteto Ventura Terra depois de um violento incêndio em 1895 ter destruído a primeira sala da Câmara dos Deputados, desenhada pelo arquiteto Possidónio da Silva.

A sala foi construída no local de um dos quatro claustros monásticos, ocupando ainda uma capela que lhe ficava anexa.

De planta semicircular e disposição em anfiteatro, pelo que tem a designação de Hemiciclo, tem carteiras de madeira de carvalho trabalhada ao estilo inglês, ordenadas por bancadas simples, onde se sentam os 230 deputados de acordo com a tradição parlamentar pós Revolução Francesa, da esquerda para a direita, voltados para a tribuna presidencial.

A iluminação zenital da sala é feita através de uma claraboia de estrutura em ferro e vidro, denunciando, tal como na Sala dos Passos Perdidos, as influências parisienses vanguardistas dos arquitetos-engenheiros, amenizadas aqui,  pelo neoclassicismo lisboeta de Miguel Ventura Terra (em contraste com o arrojado modernismo de José Marques da Silva que pontuava, à época, na arquitetura do Porto).

A decorar a sala, por detrás da tribuna da Presidência, está uma estátua de corpo inteiro representando a República, com uma esfera armilar nas mãos, da autoria do escultor Anjos Teixeira, datada de 1916.

Mais acima, destaca-se uma grande luneta pintada por Veloso Salgado, representando as Cortes Constituintes de 1821 - que elaboraram a Constituição de 1822, a primeira da história constitucional portuguesa - reunidas na Biblioteca do Convento das Necessidades em Lisboa. Este tema foi o eleito, após a avaliação das duas propostas apresentadas pelo pintor em 1923, tendo a pintura sido cuidadosamente estudada em numerosos esbocetos de composição e retrato, existentes no Museu da Assembleia da República. No centro da composição, disposta em torno da mesa da Presidência (na qual está o arcebispo da Baía, Frei Vicente da Soledade), destaca-se a figura do orador Manuel Fernandes Tomás, considerado um dos maiores mentores da Revolução Liberal de 1820.

Esta grande tela semicircular é emoldurada por brasões com as armas dos distritos e das antigas províncias ultramarinas, evocativos das circunscrições por onde os deputados eram eleitos, pintados por Benvindo Ceia.

As três pinturas do teto, distribuídas em torno da grande claraboia, foram executadas por Alves Cardoso e representam alegorias à Ciência, às Artes e à Indústria; à Pátria, à Paz e à Fortuna; ao Comércio e à Agricultura. Tal como a composição da luneta, estas foram executadas após a realização de estudos preparatórios, levados a concurso em 1921.

Por cima das tribunas destinadas ao corpo diplomático e às altas individualidades estão grupos escultóricos com figuras alegóricas, da autoria de Moreira Rato e de Teixeira Lopes, e, acima da mesa da Presidência, da autoria deste último.
No balcão da galeria central do último piso, destaca-se um relógio monumental de pedra, remodelado em 1990, com máquina eletromecânica com sistema de controlo de quartzo dos fabricantes alemães Bürk e Kienzle.

As galerias do primeiro piso, destinadas ao público, são pontuadas por seis estátuas de gesso, identificadas pelas inscrições nos respetivos plintos: a Constituição, de Simões de Almeida, sobrinho, a Lei, realizada por Francisco Santos, a Jurisprudência, de Costa Mota, tio, a Eloquência, moldada por Júlio Vaz Júnior, a Justiça, por Costa Mota, sobrinho e a Diplomacia, da autoria de Maximiano Alves, símbolos alegóricos ligados à arte de legislar e ao exercício do poder. A capacidade total das galerias é de 660 lugares.

Entre agosto de 2008 e março de 2009 realizaram-se obras de remodelação da Sala das Sessões da Assembleia da República, período em que as reuniões plenárias decorreram na Sala do Senado, especialmente adaptada para o efeito.

Estas obras permitiram dotar a sala de condições mais adequadas aos trabalhos parlamentares. Contudo, a arquitetura original do espaço, tal como concebida pelo arquiteto Ventura Terra no final do século XIX, manteve as suas características essenciais.

Nesta sala, realizam-se as sessões plenárias da Assembleia da República, isto é, as reuniões com os 230 deputados eleitos nas eleições legislativas. Todas as sessões plenárias são públicas e realizam-se, habitualmente, às quartas e quintas-feiras, às 15h00, e às sextas-feiras, às 10h00. Realizam-se também nesta sala as sessões solenes, como é o caso da sessão comemorativa do 25 de Abril ou da sessão de tomada de posse do Presidente da República.

Além das sessões plenárias, realizam-se ainda nesta sala as reuniões da Comissão Permanente (o órgão que funciona fora do período de funcionamento efetivo da Assembleia da República) e as reuniões das comissões parlamentares em que se procede ao debate na especialidade do Orçamento do Estado e das Grandes Opções do Plano.

Fonte: Assembleia da República

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CORETOS DA MÚSICA SÃO TEMPLOS A APOLO

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Coreto em Ponte de Lima junto à avenida António Feijó

Deverá ascender a mais de um milhar a quantidade de coretos espalhados pelas mais diversas cidades, vilas e aldeias do nosso país. Durante muitas décadas, eles constituíram um dos principais locais de atração popular nas praças e jardins públicos, juntando à sua volta o público em tardes amenas de domingo para ouvir e apreciar a atuação das bandas de música.

Com o aparecimento das bandas filarmónicas, sentiu-se a necessidade de se erguer em local público um palanque propositadamente destinado à sua atuação a fim de levarem ao povo o seu reportório, executando magistrais peças musicais e, desse modo, sensibilizando-o para a cultura musical.

O termo coreto provém do grego “khoros”, vertido para o latim “choru” e que significa uma espécie de coro, edificado ao ar livre, propositadamente construído para a realização de concertos musicais. Quais templos dedicados a Apolo, deus romano das artes e da poesia, muitos dos coretos existentes em Portugal constituem autênticas obras de arte que merecem ser preservadas e de novo servir de palco para a atuação das bandas filarmónicas, constituindo aliás essa a razão da sua existência.

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Coreto em Cossourado, Paredes de Coura

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Coreto em Guilhadeses, Arcos de Valdevez

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Coreto em Fão, Esposende

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Coreto em Caldas das Taipas, Guimarães

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Coreto em Barcelos

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Coreto no Bom Jesus, em Braga

CAMINHA: GEPPAV LANÇA OBRA SOBRE “O BARCO DE VILAR DE MOUROS E OUTRAS EMBARCAÇÕES DO RIO COURA”

Iniciativa no âmbito da IV Feira do Livro Luso-Galaica da Ribeira Minho. Sábado, pelas 18h00, nas arcadas dos Paços do Concelho

O Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense - GEPPAV vai apresentar o livro "O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura", no dia 31 de agosto, pelas 18h00, no âmbito da IV Feira do Livro Luso-Galaica da Ribeira Minho. A sessão terá lugar nas arcadas dos Paços do Concelho, em Caminha. A edição conta com o apoio da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros e da Câmara Municipal de Caminha.

A obra, que será apresentada por Carlos Antunes, diretor do Aquamuseu do Rio Minho, é da autoria de Paulo Torres Bento, Joaquim Aldeia Gonçalves, Basílio Barrocas e Plácido Ranha Silva Souto. O livro possui apontamentos, desenhos e fotografias inéditas de Octávio Lixa Filgueiras.

“O Barco de Vilar de Mouros e outras embarcações do Rio Coura” é o VII Caderno do Património Vilarmourense editado pelo Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, que desde 2004 tem vindo a investigar a história desta freguesia do concelho de Caminha e a memória coletiva do seu povo no contexto da região do Alto Minho.

De acordo com o GEPPAV, “até um passado recente, o Coura desempenhou um importante papel na vida e na economia dos vilarmourenses, da pesca e transporte, aos serviços agrícolas e ao simples recreio, mas desde há cerca de 30 anos que praticamente deixaram de se ver no rio, cada vez mais assoreado e invadido por vegetação, quaisquer embarcações”.

Assim acrescenta aquele organismo, “pesquisando nos arquivos da Capitania do Porto de Caminha, do Arquivo Histórico da Marinha, do Aquamuseu do Rio Minho e do Museu Marítimo de Ílhavo — neste último, o Fundo Especial Octávio Lixa Filgueiras, ali depositado pela família do mais relevante investigador das embarcações tradicionais portuguesas —, obtivemos a comprovação científica para reivindicar a especificidade de uma embarcação própria do Coura, o Barco de Vilar de Mouros, os pequenos barcos de fundo chato, de proa e popa afiadas (na freguesia conheciam-se vulgarmente por bateiras), que antes navegavam rio acima, rio abaixo e cujo rasto, como apurámos, se perde nos tempos”.

Carlos Antunes, conforme refere o CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental -, é licenciado em Ciências do Meio Aquático, doutorado pela Universidade do Porto em 1995 e Líder da Equipa de Ecologia de rios e zonas costeiras, no CIIMAR.

É diretor do Aquamuseu do Rio Minho e as suas principais áreas de investigação são ecologia aquática, biologia e gestão das pescas e comunicação de ciência, integrando as equipas de investigação Rivers and Coastal Ecology.

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ARQUIVO MUNICIPAL DE ESPOSENDE APRESENTOU DISSERTAÇÃO “PAISAGEM, PLANO E ARQUITETURA: O CASO DE OFIR”

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O Arquivo Municipal de Esposende acolheu, no passado sábado, dia 17 de agosto, a apresentação da dissertação do Mestrado Integrado em Arquitetura de Joel Capitão, que tem como tema “Paisagem, Plano e Arquitetura. O caso de Ofir”.

Trata-se de uma extensa e importante investigação sobre o núcleo balnear de Ofir, elaborada com recurso aos documentos do Arquivo Municipal, trabalho de campo e entrevistas. De realçar o contributo prestado por Fernando Vilar, ex-presidente da Junta de Freguesia de Fão e ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Fão, recentemente falecido, que facultou parte dos documentos, tendo sido alvo de referência especial na sessão.

Através de várias fontes, Joel Capitão retrata a génese e desenvolvimento de Ofir enquanto um dos primeiros núcleos de veraneio, em Portugal, e uma tipologia específica de casa de férias e equipamentos, abordando as características do território, das intervenções arquitetónicas e os seus autores. Um percurso e visão abrangente de todas as construções de férias em Ofir, a sua evolução e estado presente, que se destaca pela sua visão macro, riqueza dos dados recolhidos e elementos elaborados. Conciliando a consulta de documentação histórica e a realização de elementos técnicos (levantamentos topográficos, alçados e plantas), a dissertação reflete o importante trabalho de consulta das fontes documentais, mas igualmente de contacto e pesquisa no terreno, junto de moradores e das habitações ainda existentes.

A sessão contou também com uma mesa-redonda, na qual participaram o Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, o autor da dissertação, Joel Capitão, o Arquiteto Bruno Ricardo Abrantes Gil e a Arquiteta Susana Luísa Mexia Lobo, orientadores da dissertação e docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra; Ana Isabel Lopes, doutoranda e investigadora do CITCEM/FLUP e o Arquiteto Paulo Guerreiro, técnico do Município e com importante trabalho no estudo e preservação de Ofir.

A apresentação da dissertação foi acompanhada de intervenções sobre a evolução histórica do território de Ofir, a história e valorização dos núcleos residenciais de férias e das suas especificidades arquitetónicas, uma discussão que visou retratar e debater a origem, construção e preservação do património (histórico, arquitetónico e natural) existente em Ofir.

Está, igualmente, patente no Arquivo Municipal uma exposição de vários documentos utilizados na investigação e elementos elaborados pelo autor, como um levantamento e identificação de todas as casas de férias de Ofir e uma maquete do território analisado.

Enquadrada na iniciativa “Documentos & Investigação” do Arquivo Municipal de Esposende, esta iniciativa pretendeu divulgar o crescente número de estudos e trabalhos académicos alicerçados na documentação do Município.

Por esta via, o Município contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente no que se refere aos ODS 11.4 - fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o património cultural e natural do mundo e ODS 16.10 - assegurar o acesso público à informação e proteger as liberdades fundamentais, em conformidade com a legislação nacional e os acordos internacionais.

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ARQUITETO FERNANDO CERQUEIRA BARROS PARTICIPA NA GALIZA NO CONGRESSO INTERNACIONAL DE SOCIALIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO NO MEIO RURAL

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SOPA - Congresso Internacional de Socialização do Património no Meio Rural, decorre de 2 a 8 de Setembro, e este ano o tema são as Serras Meridionais de Galicia.

https://ruralisto.org/programa-sopa24/

No próximo dia 2 de Setembro na Casa da Cultura de Calvos de Randin (Galiza) o arquiteto arcuense Fernando Cerqueira Barros fará a comunicação:

. Património e Identidade – paisagens agro-pastoris e arquitectura popular tradicional na região transfronteiriça Gerês/Xurés.

(Fernando Cerqueira Barros. Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. APATRIGAL)

VIEIRA DO MINHO POSSUI UM DOS MAIS NOTÁVEIS ESPIGUEIROS DO MINHO

PATRIMÓNIO | Espigueiro Casas Novas situado na freguesia de Rossas

É o maior e por isso mais notável espigueiro existente no concelho. Com cerca de 25 metros de comprimento, tem trinta pés com mós em forma de mesa, excepto um par de pés com duas mós individuais, tudo em granito.

As padieiras, colunas e cápeas são também em granito. Parte dos balaústres são em madeira e outra foi substituída por pequenos tijolos. A cobertura é em telha.

Fontes, L., Roriz, A. Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, p. 116

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