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Primeiro grande concerto no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril na Casa das Artes
A Casa das Artes de Famalicão estreia Lá No Xepangara - A Cultura Africana em José Afonso, o primeiro grande concerto realizado no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril, no dia 27 de janeiro, às 21h30. Trata-se de uma criação da Portugal Music 360 em parceria com a Casa das Artes de Famalicão e o Teatro Narciso Ferreira.
LÁ NO XEPANGARA é a homenagem lusófona a José Afonso e reúne Manuel de Oliveira, Selma Uamusse, Karyna Gomes, Edu Mundo e Fred Martins. Depois de se estrear em Vila Nova de Famalicão, o espetáculo “Lá no Xepangara” irá circular o país ao som da música e da palavra de José Afonso.
O projeto pretende refletir a forte presença da cultura africana na vida e obra de José Afonso e sobre o seu papel na luta pela descolonização, democratização e pelo desenvolvimento da sociedade e cultura lusófonas. A partir da obra de José Afonso, como exemplo paradigmático do papel determinante da arte e da cultura na revolução portuguesa, o projeto tem como principal objetivo a aproximação da comunidade lusófona e dos jovens a uma personalidade incontornável na luta pela democracia, enaltecendo assim a contemporaneidade e, sobretudo, o caráter universal da obra de José Afonso.
O coletivo conta ainda com Pedro Oliveira na percussão, João Frade no acordeão, Albano Fonseca no baixo e com a consultoria e mediação de Viriato Teles.
Ações de mediação
Refira-se que este espetáculo inclui ações de mediação, a realizar no Teatro Narciso Ferreira, designadamente duas masterclasses que promoverão a reflexão em torno da música africana e do trabalho de José Afonso, destinadas a escolas do 1º e 2º ciclos, no dia 25 de janeiro, e escolas de música, no dia 26 de janeiro. As ações realizam-se em ambos os dias às 10h30.
A ação de mediação para escolas 1.º e 2.º ciclos irá promover uma reflexão aberta ao diálogo, discussão e partilha com alunos e professores, sobre a dualidade de sentidos em que desenvolveu a relação de José Afonso com o continente africano, e especificamente com Angola e Moçambique, de cuja descolonização também foi paladino.
Neste trabalho observamos a forma como estas experiências se refletiram, através da análise das canções, cartas e outra documentação, da recolha de testemunhos e daquilo que o próprio José Afonso afirmou em entrevistas e depoimentos.
Esta ação é orientada por Manuel de Oliveira e Viriato Teles e contará com convidados do elenco artístico do Concerto “Lá no Xepangara”
De caráter transgressor, José Afonso é um inovador em todo o espectro da sua música. Da balada de Coimbra, às incorporações da música etnográfica portuguesa e à fusão com a pulsação rítmica e melodias Africanas, revolucionou a canção popular portuguesa de forma indelével. E a ação de mediação com estudantes do ensino de Música pretende facilitar uma compreensão da composição de José Afonso e a sua evolução. Nesta, serão convidados os alunos à interpretação conjunta de algumas canções paradigmáticas da evolução da sua obra.
Ensaio aberto
O TNF é palco, no dia 26 de janeiro, às 15h30, de um Ensaio Aberto à comunidade. De acesso livre à lotação da sala, os interessados devem comunicar a reserva de lugares para o e-mail: casadasartes@famalicao.pt
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Banda
Edu Mundo - Voz, guitarra, percussão
Fred Martins - Voz, guitarra
Karyna Gomes – Voz
Selma Uamusse – Voz
Pedro Oliveira – Percussão
João Frade – Acordeão
Albano Fonseca – Baixo
Manuel de Oliveira - Guitarra e braguesa
APOIO ANTENA 1
Produção
Direção de projeto: Manuel de Oliveira
Produção Executiva: Simão Barros
Direção Técnica: Hélder Costa
Projeto de Luz: Paulo Ribeiro
Consultoria e Mediação: Viriato Teles
Mediação: Joaquim (Quiné Teles)
Parceiros: Bando à Parte, CARB Cooperativa Artística da Raia Beirã, Cenáculo Associação Cultural e Artística, RDP África.
Produção Fotográfica:
Direção Criativa: Ana Caracol e Pedro Ferreira
Fotografia: Pedro Ferreira
Assistente de Fotografia: Pedro Lamego
Agradecimentos: Ana Bragança, Lena Afonso, Nancy Vieira, Nuno Saraiva (Mais 5), Rodrigo Areias, Ovídio de Sousa Vieira
UM PIANO NA GUINÉ
Mobilizado para a Guiné, logo no início da guerra, CÂNDIDO LIMA levou consigo o inverosímil: um piano.
Serão as peças então criadas, em pleno cenário bélico, que o compositor nos dará a ouvir, no sábado, 28 de Janeiro, às 17,30 h., no Centro Mário Cláudio, em Venade, Padedes de Coura.
Trata-se de um evento mais, integrado no ciclo MEMÓRIAS DA GUERRA EM ÁFRICA
O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, visitou a região das Beiras, Portugal, a convite da Câmara do Comércio da Região das Beiras (CCBR) nos dias 7 e 8 de setembro, com uma programação que incluiu encontros empresarias, diplomáticos, políticos e associativos.
No dia 7, ao lado de membros da CCRB, Aristides Gomes almoçou com empresários no concelho do Fundão e aproveitou o momento para conversar sobre as relações entre os dois países com Paulo Fernandes, presidente da autarquia local.
Nesse mesmo concelho, o guineense conheceu a Incubadora e o Centro de Congressos locais. Houve ainda espaço para reuniões com Alcina Cerdeira, vereadora na Câmara Municipal do Fundão, e com Carlos São Martinho, presidente da MA e diretor da Escola Profissional do Fundão. Nos Paços do Concelho, a visita do ex-primeiro-ministro da Guiné Bissau visou “estreitar pontes e abrir corredores com os países da CPLP e de toda a América do Sul”.
Nas ruas do Fundão, um momento inusitado. Alunos guineenses da Escola Profissional do Fundão, que acabaram os seus cursos há cerca de dois meses, reconheceram Aristides Gomes e mantiveram com ex-governante “uma conversa amigável e franca” sobre “as suas preocupações por terem acabado o estágio, em áreas como o comércio, a metalomecânica e outros e, apesar da falta de mão de obra em Portugal, ainda não foram chamados para qualquer trabalho na região”.
No final do dia 7 de setembro, Aristides Gomes participou num jantar oferecido pela Casa do Brasil – Terras de Cabral, no Fundão, que serviu para celebrar o bicentenário da independência do Brasil e que reuniu diversos nomes integrantes da comunidade brasileira na região, com uma aposta forte na promoção da lusofonia. Neste jantar, estiveram presentes também Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, e João Morgado, presidente da Casa do Brasil – Terras de Cabral.
Todas estas iniciativas foram acompanhadas de perto por José Manuel Diaz, consultor da Câmara Municipal de Amarante, e por Ana Correia, presidente da Câmara do Comércio da Região das Beiras, que acredita que o encontro irá gerar boas conexões intercontinentais.
“Conversamos bastante sobre vários projetos que pretendemos colocar em ação. Teremos muitos trabalhos importantes a fazer em breve conectando a lusofonia e os mercados em África e na Europa”, disse Ana Correia.
“A Saga do Alferes Vicente” é o mais recente romance deste escritor, nascido em Bravães, Ponte da Barca, que se iniciou nas lides literárias em 1986, com a publicação da novela intitulada "Cabrito Montês", muito bem recebida pela critica e pelo público.
Seguiram-se depois os romances "Fizeram de mim soldado", publicado em 1992 e “Os homens também hibernam” em 1995. Em 2005 publicou um livro de crónicas "Crónicas (des)alinhadas e um livro de poesia “Pecúlio” e em 2018 o livro “A minha filha Inês”.
A Saga do Alferes Vicente é tão só um romance de abordagem à guerra colonial numa perspetiva política e sociológica onde se enlaça o regime, os “serviçais” dele, Coimbra de 1969, o poder castrense e a violência sobre a juventude da época ainda que rebeldias, voluntarismo, amores e ternuras se entrelacem no adoçar da narrativa. Este Vicente, o irmão, o pai Laurindo e outras personagens, de maior ou menor relevância, são escolhidos do coletivo nacional, muitos grãos de semente na farinha para um só pão, a passarem na peneira crítica mas também humana e poética do autor.
A região limiana, mais concretamente Ponte da Barca e Ponte de Lima, está sempre presente no romance, desde o seu início: Vicente e o seu irmão gémeo nascem na Quinta do Sobreirinho, no coração do Minho. Mas, a acção estende-se a outras localidades do país e até Àfrica ao tempo da Guerra Colonial. E, temporalmente, até aos nossos dias, acompanhando as transformações políticas.
Jaime Ferreri vive em Ponte da Barca e a par de uma dedicada carreira docente na área da informática e matemática, desenvolveu o gosto pela criação literária e pela dramaturgia, tendo ao longo dos anos encenado inúmeras peças de teatro, com particular destaque para as encenações anuais, por altura da Semana Santa, de “A Mui Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo” no mosteiro de Bravães, Ponte da Barca.