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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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BLOCO FILATÉLICO COM TRAJE À VIANESA FOI HOJE APRESENTADO DURANTE A RECEPÇÃO À PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ÍNDIA

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A Presidente da República da Índia iniciou hoje uma visita de Estado a Portugal.

No início da Visita de Estado a Portugal, a Presidente da República da Índia, Draupadi Murmu foi recebida pelo Presidente da República na Praça do Império - Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, numa cerimónia oficial de boas-vindas. Foram prestadas Honras Militares, com a execução dos Hinos Nacionais dos dois países, salva de 21 tiros, revista e desfile da Guarda de Honra.

Após deslocação para o Palácio de Belém com escolta de honra por regimento a cavalo da GNR, a Chefe de Estado indiana foi recebida pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. De seguida, dirigiram-se à Sala das Bicas para a fotografia oficial, tendo a Presidente indiana assinado o livro de honra.

De seguida, foi apresentada a emissão de um selo dos CTT evocativo do 50.º aniversário do restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países.

Realizada a apresentação das delegações, a Presidente Draupadi Murmu reuniu-se com o Presidente da República, tendo-se seguido um encontro dos dois Chefes de Estado alargado às respetivas delegações.

Fonte e fotos: Presidência da República

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MADEIRA FESTEJA O NATAL COM CARNE DE VINHA-D’ALHOS QUE É UM PRATO TÍPICO ORIGINÁRIO DO MINHO

O vindalho é uma especialidade tipica madeirense com origem na gastronomia minhota muito apreciada na época natalícia. Em virtude do povoamento do território levada a efeito pelos minhotos, a carne de vinha-d’alhos tornou-se um prato típico da quadra natalícia, o qual está naturalmente relacionado com a matança do porco. Aqui é feita com carne de porco que, após ser temperada com vinagre, vinho branco, alho, louro, segurelha, sal e pimenta, é deixada a marinar pelo menos durante dois dias. Depois é cozida na própria marinada e guardada. Na altura de comer, é frita com banha de porco e servida com pão frito na mesma gordura da cozedura.

Esta especialidade espalhou-se para outras regiões do mundo como Goa onde toma a designação de vindalho, a Índia e o Paquistão onde aqui é denominado por vindaloo. Porém, em virtude da proibição religiosa do consumo de carne de porco, esta foi substituída por carne de frango, borrego e até peixe. Em virtude da emigração indiana para o Reino Unido, também aqui o vindalho adquiriu bastante popularidade e tornou-se muito apreciado.

Com efeito, a culinária minhota é apreciada nos mais diversos recantos do mundo e adaptada ao gosto dos diferentes povos.

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Carne de Vinha-d'Alhos à moda da Madeira. (Foto: https://www.receitasemenus.net/)

CAMINHA: JÁ PROVOU O SARAPATEL DA SERRA D’ARGA – UMA DAS IGUARIAS DA COZINHA TRADICIONAL MINHOTA?

O sarapatel é uma especialidade da gastronomia minhota que a epopeia dos Descobrimentos levou até à Índia e ao Brasil

O sarapatel é uma das especialidades da gastronomia tradicional das aldeias da serra d’Arga. Constituindo uma espécie de cabidela feita com as miudezas de cabrito, este prato é especialmente apreciado por ocasião da Romaria ao São João d’Arga que todos os anos se realiza nos dias 28 e 29 de agosto, considerada uma das mais genuínas festas minhotas.

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BRAGA ENCONTRA A ÍNDIA

O Embaixador da Índia em Portugal, Manish Chauhan, foi recebido hoje, dia 10 de Maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga e da InvestBraga.

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A recepção enquadra-se num conjunto de contactos que têm por objectivo estreitar laços com a comunidade diplomática de diversos países e abrir portas dos mercados internacionais à comunidade empresarial local.

Nesta deslocação, o embaixador teve a oportunidade de conhecer as potencialidades económicas, empresariais e turísticas de Braga, referindo a intenção de reforçar laços nas áreas da sustentabilidade ambiental e do empreendedorismo e sublinhando a importância de estabelecer relações de amizade com um território pertencente à União Europeia.

Já Ricardo Rio salientou que Braga está fortemente empenhada em construir uma relação duradoura com diversos países e agentes económicos, no sentido de colocar a Cidade no radar do investimento internacional.

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BRAGA INAUGURA EXPOSIÇÃO "TERRA DE SONHOS - SER MULHER NA ÍNDIA RURAL"

Terça-feira, dia 12 de Outubro, pelas 18h00, na Praça da República

O Município de Braga convida o vosso órgão de comunicação social a acompanhar a inauguração da Exposição ´Terra de Sonhos – Ser Mulher na Índia Rural´, que terá lugar amanhã, Terça-feira, dia 12 de Outubro, pelas 18h00, na Praça da República. A iniciativa contará com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.

A exposição, promovida pela Fundação “la Caixa” em colaboração com o Município de Braga e a BPI, estará patente até dia 9 de Novembro. Pela mão de Cristina García Rodero, apresenta a singularidade e assimetria do mundo rural da Índia. Através do seu trabalho, a fotógrafa propõe-nos uma forma particular de ver a Índia, um mundo complexo e fragmentado.

Cada fotografia constrói um código visual coerente e, acima de tudo, transcendente. A imagem transforma-se em arte e derrubam-se as barreiras territoriais em prol dos direitos humanos. Neste âmbito inserem-se várias acções da Fundação ”la Caixa”, que mostram a influência das imagens na sensibilidade contemporânea e destacam o papel dos grandes criadores visuais do século XXI na nossa forma de ver o mundo.

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D. DOMINGOS XAVIER DE LIMA – FILHO DO 1º MARQUÊS DE PONTE DE LIMA – CASOU COM D. EUGÉNIA DE CASTRO DA GAMA, DESCENDENTE DE VASCO DA GAMA

No dia em que se comemora a chegada do grande navegador Vasco da Gama à Índia – 20 de Maio de 1498 – lembramos que na sua linha de descendência encontramos em 8ª posição D. Eugénia Maria Josefa Xavier Teles de Castro da Gama (1776-1839), que foi 11.ª Condessa da Vidigueira e 7.ª Marquesa de Nisa e 7.ª Condessa de Unhão, filha do anterior.

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A ilustre descendente de Vasco da Gama casou com Casou com D. Domingos Xavier de Lima (1765-1802), célebre almirante, filho do 1. Marquês de Ponte de Lima e 7.º Marquês de Nisa e 11.º Conde da Vidigueira e 7.º Conde de Unhão e 11.º Almirante da Índia por casamento.

Com efeito, D. Domingos Xavier de Lima era filho de Thomaz Xavier de Lima Nogueira Telles da Silva, 14º Visconde de Vila Nova da Cerveira e 1º Marquês de Ponte de Lima, e D. Eugénia Maria Josefa de Bragança, 2ª filha dos quartos Marqueses de Alegrete, recebe o título de marquês de Nisa como presente de casamento do Príncipe D. João (futuro rei D. João VI), pois este pertencia na realidade à sua mulher, e sobrinha por via materna, D. Eugénia Xavier Telles da Gama. Com o casamento recebe também o título de 11ª Almirante do Mar da Índia, uma vez que D. Eugénia era Condessa da Vidigueira, e que o 1º marquês de Nisa tinha sido 5º Conde da Vidigueira, D. Vasco Luís da Gama, descendente do descobridor do caminho marítimo para a Índia.

Domingos Xavier de Lima – o célebre Almirante Marquês de Nisa – distinguiu-se particularmente pela sua carreira militar, tendo-se celebrizado ao comando da esquadra portuguesa no Mediterrâneo no contexto das guerras napoleónicas, em particular no cerco da ilha de Malta ao lado da Armada britânica comandada por John Jervis e posteriormente por Lord Nelson.

Fonte: Wikipédia

CARNE DE VINHA-D’ALHOS OU VINDALHO: A GASTRONOMIA MINHOTA VIAJOU PARA A MADEIRA E A ÍNDIA PORTUGUESA

À semelhança do sarapatel, o vindalho é uma especialidade goesa com origem na gastronomia minhota, à qual foram acrescentadas especiarias como as malaguetas, muito ao gosto local.

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Vindalho (Foto Wikipédia)

 

O vindalho é confeccionado com carne de porco cortada aos cubos e temperada com sal e vinagre. Depois de frito, é feiro um refogado de cebola com malagueta moída, alhos, coentros, cominhos, açafrão-da-terra, tamarindo e vinagre. Depois de bem misturados estes ingredientes e bem fritos, adicionam açúcar, a carne, a marinada e água de tamarindo. É apurado num tacho fechado a fim de que o molho fique suficientemente expesso. É geralmente servido com arroz.

Esta especialidade espalhou-se para outras regiões da Índia e Paquistão onde é denominado por vindaloo. Porém, em virtude da proibição religiosa do consumo de carne de porco, esta foi substituída por carne de frango, borrego e até peixe. Em virtude da emigração indiana para o Reino Unido, também aqui o vindalho adquiriu bastante popularidade e tornou-se muito apreciado.

Também na Madeira, em virtude do povoamento do território pelos minhotos, a carne de vinha-d’alhos tornou-se um prato típico da quadra natalícia, o qual está naturalmente relacionado com a matança do porco. Aqui é feita com carne de porco que, após ser temperada com vinagre, vinho branco, alho, louro, segurelha, sal e pimenta, é deixada a marinar pelo menos durante dois dias. Depois é cozida na própria marinada e guardada. Na altura de comer, é frita com banha de porco e servida com pão frito na mesma gordura da cozedura.

A culinária minhota é apreciada nos mais diversos recantos do mundo e adaptada ao gosto dos diferentes povos.

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Carne de Vinha-d'Alhos à moda da Madeira. (Foto: https://www.receitasemenus.net/)

GOA PRESERVA TRADIÇÃO DA CHEGA DE BOIS

O tão apreciado sarapatel não é o único elemento cultural que une Goa e, de uma maneira geral, as gentes do antigo Estado Português da Índia à nossa região. Também as tradicionais chegas de bois muito comuns em Cabeceiras de Basto e no planalto barrosão que integra a vila minhota do Salto, são preservadas pelas gentes goesas de raízes católicas, as quais não professam portanto as crenças hindús nomeadamente em relação a estes animais.

Antes de votações, legalização de touradas de volta à agenda em Goa

O candidato do Congresso para o sul de Goa, Francisco Sardinha, que tinha movido uma resolução no Parlamento para a legalização de touradas em Goa durante a sua passagem anterior entre 2009-2014, prometeu levá-lo novamente.

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Apesar de ser banido por uma ordem da alta corte de Bombaim em Goa e mais tarde confirmada pelo Supremo Tribunal, as touradas continuam esporadicamente e é considerado o segredo mais bem guardado de Goa. O esporte que tem raízes na história colonial de Goa é praticado em aldeias dominadas por católicos de Goa. (FOTO HT)

 

A demanda longa de Goa pendente de legalização de touradas está de volta na agenda como as partes procuram superar uns aos outros em sua perseguição para o voto católico potencialmente significativo, que compõe um significativo 26% do eleitorado.

Com margens finas - muitas vezes na faixa de alguns milhares de votos - fazendo a diferença, os candidatos estão ansiosos para ir além do ordinário para garantir que todos os grupos de interesse são atendidos.

O candidato do Congresso para o sul de Goa, Francisco sardinha, que tinha movido uma resolução no Parlamento para a legalização de touradas em Goa durante a sua passagem anterior entre 2009-2014, prometeu levá-lo de novo,

"Eu sou a favor de touradas. Vou levá-la de novo. Quando os seres humanos lutam (boxe) você vê-los... Então, se os touros são feitos para combater o que está errado nele? Sardinha disse ao Hindustan Times.

Candidato BJP para o sul de Goa e sentado MP Narendra Sawaikar muito arremessados para a atividade.

"A tourada é uma coisa tradicional que vem acontecendo em Goa. Na matéria de Jallikattu, o governo da União tinha apoiado o carrinho (do governo do estado). Nós vamos apoiá-lo ", anunciou Sawaikar.

Apesar de ser banido por uma ordem da alta corte de Bombaim em Goa e mais tarde confirmada pelo Supremo Tribunal, touradas continua esporadicamente e é considerado o segredo mais bem guardado de Goa. O esporte que tem raízes na história colonial de Goa é praticado em aldeias dominadas por católicos de Goa.

Goa tem um eleitorado 11,31 lakh-forte que seja dividido ingualmente entre as circunscrições norte e sul de Goa, ambas detidas atualmente pelo BJP. Wooing católicos que compõem 26% do eleitorado do estado-16% no norte de Goa e 36% no sul de Goa-é visto como crucial para as chances de um candidato.

Ao contrário do esporte na Espanha, onde o touro necessariamente morre para acabar com a luta, localmente a luta termina quando um touro foge do local declarando o outro o vencedor, um fato que os apoiantes usam para fortalecer seu argumento.

Entretanto, os peritos legais permaneceram céticos sobre o movimento.

"Se houver uma mudança na lei central (prevenção da crueldade contra os animais Act), então touradas podem ser permitidas. Mas eu não acho que é viável porque foi banido, a proibição foi confirmada pelo HC e SC. Quando algo foi confirmado pelo SC, não vejo nenhuma justificativa para que o Parlamento intervenha e o altere ", afirmou o advogado Cleofato Almeida Coutinho acrescentando que Goa tem apenas dois MPs cuja influência é pouco.

A promessa de legalizar touradas tem sido repetida ao longo de vários anos por políticos com pouco sucesso como tentativas foram stonewalled pelo governo central e do Supremo Tribunal.

Gerard de Souza / https://www.hindustantimes.com/

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QUEM FOI O VIMARANENSE PEDRO MIRANDA MALHEIROS?

Pedro Machado de Miranda Malheiros, o Monsenhor Miranda, (Guimarães, c. 1780 — Rio de Janeiro, 9 de abril de 1838) foi um sacerdote, militar e magistrado luso-brasileiro. Era filho de Paulo de Melo Machado e de Gracia Pereira de Castro e Silva.

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Bacharel em Filosofia e doutor em Cânones pela Universidade de Coimbra, foi nomeado monsenhor da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa.

Combatente militar contra a invasão dos franceses da península ibérica em 1808, foi sargento-mor do batalhão dos privilegiados voluntários de Nossa Senhora de Oliveira da vila de Guimarães. Depois promovido a major deste batalhão, foi nomeado em 1810 Desembargador do Paço e da Mesa da Consciência e Ordens. Veio para o Brasil junto com a corte de Portugal, onde foi nomeado chanceler-mor do reino do Brasil.

De 1819 a 1821 foi inspetor da colônia de Nova Friburgo, responsável pela construção e organização da mesma.

Acompanhou Dom João VI em seu retorno a Portugal, mas estando seu nome na lista dos proibidos de desembarcar em Portugal por ordem das cortes de Lisboa, retornou ao Brasil.

Proclamada a Independência do Brasil naturalizou-se brasileiro, continuando no exercício de chanceler-mor do Império.

Foi um dos maiores defensores da imigração europeia, tendo atuado em sua promoção e organização dentro do Brasil. Encarregava-se pessoalmente dos imigrantes alemães chegados, sendo inclusive responsável por designar alguns, vistos como prejudiciais, para envio a colônias mais distantes, como foi o caso dos enviados para São João das Missões, no Rio Grande do Sul.

Em 1828 foi nomeado ministro do Supremo Tribunal de Justiça.

Foi sepultado em catacumba da Igreja de Sant'Ana, igreja esta demolida quando da construção da Estrada de Ferro D. Pedro II.

Fonte: Cultura Portuguesa da Índia / https://www.facebook.com/groups/133088186701834/

VASCO DA GAMA PARTIU RUMO À ÍNDIA HÁ 520 ANOS!

Faz hoje precisamente 520 anos sobre a data da expedição de Vasco da Gama rumo à Índia, com partida da praia de Belém. Às ordens do Rei D. Manuel I, de Portugal, o Capitão-Mór chefiou uma esquadra constituída por 4 naus – São Gabriel, São Rafael, Bérrio e São Miguel – com uma tripulação total de 170 homens, entre marinheiros, soldados e religiosos.

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Investido de funções diplomáticas e militares, Vasco da Gama levou consigo cartas de D. Manuel I destinadas aos soberanos dos reinos com quem iria contactar e padrões para colocar nas terras onde iria aportar. Cerca de um ano depois, Vasco da Gama aportou em Calecute, comprovando a passagem de Sueste investigada por Bartolomeu Dias e que veio abrir caminho aos portugueses o acesso ao negócio das especiarias até então dominado pelos muçulmanos.

Foram muitas as consequências do descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, mas salientamos os mais importantes:

- O reconhecimento da costa oriental africana uniu os três grandes continentes – Europa, Ásia e África – abrindo ao ocidente o conhecimento do vastíssimo Oriente;

- Deslocou do Mediterrâneo para o Atlântico o eixo principal da actividades comercial, situação que se mantém até à actualidade;

- No domínio religioso, enfraqueceu o poderio do Islão e abriu caminho à expansão da Cristandade;

- Operou uma profunda transformação mental no que respeita ao conhecimento humano, contribuindo para a formação de um novo espírito científico segundo o qual “a experiência é a mãe de todas as coisas”, constituindo uma das bases do Renascimento.

A grandeza e importância histórica do descobrimento do caminho marítimo para a Índia dispensa qualquer explicação com vista ao seu esclarecimento – ao invés, o mesmo já não se pode dizer em relação à indiferença por parte de Lisboa perante um tão grande feito levado a cabo por um dos maiores vultos da História de Portugal!

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VASCO DA GAMA PARTIU RUMO À ÍNDIA HÁ 520 ANOS!

Faz hoje precisamente 520 anos sobre a data da expedição de Vasco da Gama rumo à Índia, com partida da praia de Belém. Às ordens do Rei D. Manuel I, de Portugal, o Capitão-Mór chefiou uma esquadra constituída por 4 naus – São Gabriel, São Rafael, Bérrio e São Miguel – com uma tripulação total de 170 homens, entre marinheiros, soldados e religiosos.

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Investido de funções diplomáticas e militares, Vasco da Gama levou consigo cartas de D. Manuel I destinadas aos soberanos dos reinos com quem iria contactar e padrões para colocar nas terras onde iria aportar. Cerca de um ano depois, Vasco da Gama aportou em Calecute, comprovando a passagem de Sueste investigada por Bartolomeu Dias e que veio abrir caminho aos portugueses o acesso ao negócio das especiarias até então dominado pelos muçulmanos.

Foram muitas as consequências do descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, mas salientamos os mais importantes:

- O reconhecimento da costa oriental africana uniu os três grandes continentes – Europa, Ásia e África – abrindo ao ocidente o conhecimento do vastíssimo Oriente;

- Deslocou do Mediterrâneo para o Atlântico o eixo principal da actividades comercial, situação que se mantém até à actualidade;

- No domínio religioso, enfraqueceu o poderio do Islão e abriu caminho à expansão da Cristandade;

- Operou uma profunda transformação mental no que respeita ao conhecimento humano, contribuindo para a formação de um novo espírito científico segundo o qual “a experiência é a mãe de todas as coisas”, constituindo uma das bases do Renascimento.

A grandeza e importância histórica do descobrimento do caminho marítimo para a Índia dispensa qualquer explicação com vista ao seu esclarecimento – ao invés, o mesmo já não se pode dizer em relação à indiferença por parte de Lisboa perante um tão grande feito levado a cabo por um dos maiores vultos da História de Portugal!

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BRAGA RECEBE EMBAIXADOR DA ÍNDIA

Embaixador da Índia recebido no Salão Nobre dos Paços do Concelho

O Embaixador da Índia em Portugal, Jitendra Nath Misra, foi recebido hoje, dia 22 de Dezembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.

A visita surge na sequência de um conjunto de contactos que o Embaixador tem efectuado em vários pontos do País e antecipa uma visita mais detalhada que terá lugar no próximo ano, e que incluirá passagens pela Universidade do Minho e INL, assim como reuniões no âmbito da InvestBraga.

De acordo com Ricardo Rio, deste contacto resultaram já várias iniciativas conjuntas a concretizar a breve prazo, sobretudo no domínio económico e cultural. “Esperamos acolher no próximo ano performances de artistas e grupos folclóricos Indianos na Cidade. Vamos igualmente estabelecer uma ligação com o tecido económico da Índia, procurando oportunidades de parceira e apresentando o que de melhor a nível empresarial se faz no nosso Concelho”, referiu.

O MINHO NA HERANÇA CULTURAL DOS PORTUGUESES DE MALACA

Malaca fica situada no litoral sul da Península Malaia, entre Kuala Lumpur e Singapura, a milhares de quilómetros de distância de Portugal. Muitos dos seus habitantes descendem dos descobridores portugueses e de suas famílias miscigenadas, nomeadamente com gentes da antiga Índia Portuguesa e do antigo Reino do Sião, atual Tailândia, onde também se estabeleceram. Em 1511, já lá vão mais de quinhentos anos, Afonso de Albuquerque ali aportou conjuntamente com um milhar de homens. Falam o papiá Kristáng que é como quem diz “fala cristã” e que constitui um crioulo português utilizado na Malásia e em Singapura. São conhecidos como os portugueses de Malaca.

Esta comunidade é atualmente constituída por cerca de cinco mil falantes a viver em Malaca e teve a sua origem nos casamentos celebrados entre navegadores portugueses e migrantes goeses, também eles de ascendência indo-portuguesa, com mulheres malaias.

Com o objetivo de dominar o comércio das especiarias provenientes das Filipinas, Timor, Macau e Ilhas Molucas, os portugueses apoderaram-se de Malaca e ali mantiveram o seu domínio durante quase século e meio até cair em mãos holandesas quando estes, rivalizando com a Espanha e aproveitando-se da situação difícil em que Portugal se encontrava após a proclamação da Restauração da Independência, lograram tomar o território que viria mais tarde a passar ao domínio britânico.

Apesar de jamais terem visitado Portugal e serem escassos os contactos com a cultura e as entidades portuguesas desde o fim da soberania portuguesa naquele território ocorrida no século XVII, os portugueses de Malaca procuram por todos os meios preservar a sua herança cultural e identificar-se o mais possível com os símbolos e até as regiões portuguesas como se nelas tivessem nascido de facto. A manutenção desta identidade tem sido fundamental para assegurar um estatuto próprio e conferir uma autoestima a um povo que, afinal, possui um passado que resulta da grande epopeia realizada pelos portugueses que aproximou povos e criou novas identidades.

Um dos aspetos curiosos da maneira de ser dos portugueses de Malaca consiste na forma como executam danças tradicionais portuguesas como o “Vira di Santa Marta”, o “Verdi Gayo” e a “Ti Anika”, algumas das quais introduzidas em meados do século passado por missionários portugueses enviados com o propósito de lhes prestar assistência religiosa. Existe, porém, quem acredite que algumas daquelas dançam foram levadas pelos navegadores portugueses ao tempo das caravelas.

Os trajes que exibem são naturalmente estilizados e constituem cópias aproximadas dos trajes mais genuínos. As danças são executadas a um ritmo porventura alterado. As cores e formas exuberantes dos trajes minhotos encontram-se entre as suas preferidas. Mas, não se questiona aqui o rigor etnográfico dos seus trajes nem a autenticidade do seu reportório mas a sinceridade dos seus sentimentos que os levam a orgulharem-se das suas origens portuguesas e do legado deixado pelos seus ancestrais, apesar de nunca terem experimentado a felicidade de pisar a terra que viu nascer os seus antepassados antes de partirem nas naus para cumprirem um desígnio e uma missão que foi o de estabelecer o predomínio dos portugueses nos mares do Oriente.

É, naturalmente, algo de bastante comovente quando vemos que, apesar da distância temporal e geográfica que os separa de Portugal, continuam a sentir-se espiritualmente ligados a esta Pátria que a consideram como sua, mantêm a identidade que os identifica por todos os meios ao seu alcance e sem usufruir de quaisquer apoios por parte das entidades portuguesas, orgulhando-se da sua herança cultural e conservando-a com a dignidade que lhes é devida como portugueses. E, envergando fatos que de alguma forma procuram sugerir os nossos trajes tradicionais, exibidos com muito garbo e carinho, vemo-los a executar danças com designações tão sugestivas como “Ao nosso Algarve”, “O Vira vamos”, “Fado di Coimbra” e “Kantu sen fazé fabor”. Trata-se, com efeito, de um extraordinário exemplo de portuguesismo que convida à reflexão por parte daqueles que jamais tiveram a necessidade de viver distante da sua Pátria.

Carlos Gomes in http://www.folclore-online.com/ (Adaptado)

Apesar da distância geográfica e dos quinhentos anos decorridos desde a chegada dos portugueses a Malaca, os seus descendentes conservam como podem a sua identidade cultural.