PÓVOA DE LANHOSO: SIGO E NÚCLEO DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO PROMOVEM AÇÕES DE FORMAÇÃO
O SIGO – Serviço Municipal para a Igualdade de Género e de Oportunidades da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, em parceria com o Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NACJR) Gerês Cabreira da Unidade Local de Saúde (ULS) Braga, vai promover ações de informação sobre mutilação genital feminina, estando a primeira agendada para o dia 18 de fevereiro 2025.
O Dia Internacional da Tolerância Zero contra a Mutilação Genital Feminina assinala-se a 6 de fevereiro e a promoção destas ações pretende contribuir para uma maior sensibilização para esta temática.
As referidas ações irão decorrer com base na parceria estabelecida no Protocolo SIGO com o Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso, e com base nos objetivos definidos no Plano de Ação para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e à Violência Doméstica (PAVMVD) e a Estratégia Nacional para os Direitos da Criança (2021-2024).
As sessões irão realizar-se nos Centros de Saúde de Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Verde e Terras de Bouro durante o próximo mês, e destinam-se a todos profissionais de saúde interessados.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), coloca Portugal entre os países em risco no que respeita à prática da Mutilação Genital Feminina devido aos fortes fluxos imigratórios provenientes da Africa subsaariana, Médio Oriente, Ásia e América Central e América do Sul. Assim, segundo dados de 2023, em Portugal as autoridades de saúde detetaram 223 casos de mutilação genital feminina (MGF), o que representa um aumento de mais de 17% face ao ano anterior, tendo estes casos sido identificados em diversos contextos de saúde “consultas de vigilância da gravidez, parto, puerpério, e em consultas e internamentos nos cuidados de saúde hospitalares e cuidados de saúde primários”.
Face à existência de comunidades imigrantes residentes em Portugal e na nossa comunidade local, importa salientar a necessidade de promover projetos e ações de informação/sensibilização dirigidas a redes locais multidisciplinares e multissetoriais, bem como a toda a sociedade civil, de modo a contribuir para o combate, daquilo que são as práticas tradicionais nefastas contra a saúde das meninas e mulheres.